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quarta-feira, março 09, 2011
Bobby Fischer nasceu há 68 anos
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Iuri Gagarin nasceu há 77 anos
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terça-feira, março 08, 2011
Recordar Cinatti e a sua Poesia
Quem pode impedir a Primavera
Quem pode impedir a Primavera
Se as árvores se vão cobrir de flores
E o homem se sentiu sorrir à Vida?
Quem pode impedir a surda guerra
Que vai nos campos deslocando as pedras
- Mudas comparsas no ritmo das estações -
E da terra inerte ergueu milhares de lanças
Que a tremer avançam, cintilantes, para o limite
Em que a luz aquosa se derrama
Como um mar infinito onde o arado
Abre caminho misterioso à seiva inquieta!
Quem pode impedir a Primavera
Se estamos em Maio e uma ternura
Nos faz abrir a porta aos viandantes
E o amor se abriga em cada um dos nossos gestos.
Quem?...
Se os sonhos maus do Inverno dão lugar à Primavera!
Ruy Cinatti
Postado por Fernando Martins às 21:15 0 bocas
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A nova charruada na DREC chega aos media
Coordenador da DREC demitido por assinar documento contra a avaliação de professores
Professor demitido por contestar modelo de avaliação
Docente é demitido por contestar modelo de avaliação
Professor demitido por contestar avaliação
NOTA: Também falámos aqui do vergonhoso despedimento e caso de censura; mas, depois do caso da popota da DREN, que mandou embora o colega Charrua por um bufo lhe dizer que ele tinha dito uma piada sobre o Grande Líder, perdão, o pseudo-engenheiro Sócrates, agora a patroa da DREC acha por bem calar e mandar embora o Coordenador da Equipa de Apoio às Escolas de Coimbra por este ter assinado, enquanto professor da Escola Secundária Infanta da Dona Maria (a minha ex-escola...), um abaixo-assinado crítico do actual modelo de avaliação de professores. Curiosamente o Coordenador, Ernesto Paiva, é socialista, aliás como a Directora da Escola Infanta D.ª Maria, Rosário Gama, o deveria pôr as iluminadas almas que mandam no Ministério da Educação a pensar um bocadinho.
Assinar um documento destes é sinal de inteligência - só quem seja muito burro, como parece ser o caso da Engrácia, Directora Regional de Educação do Centro, se mete nesta trapalhada. Mas o que esperar dos boys e girls com que o PS infestou a Administração Pública...?
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Analfabetismos
Postado por Fernando Martins às 19:27 0 bocas
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Hoje é dia de Ruy Cinatti e de Timor
Os vínculos portugueses
Meu irmão, meu irmão branco,
De cor, como eu também
Aceita a minha aliança.
Bebe o meu sangue no teu.
Se te sentires timorense,
Bebe o teu sangue no meu.
Lenço enrolado nas mãos,
Apertadas, pele na palma.
Não a quero maculado.
Quero-lhe mais que á minha alma.
É penhor de uma aliança.
Quero-lhe mais que á minha alma.
Tenho o meu coração preso
A um símbolo desfraldado;
Um desenho atribuído,
Pelas minhas mãos hasteado.
Não piso a sombra de um símbolo
Pelas minhas mãos hasteado.
No Tatal – Mai – Lau aprendo
Alturas que ninguém viu
Na terra de português.
Hasteei-lhe uma bandeira.
Timor deu a volta ao mundo.
Hasteei nele a bandeira.
Ruy Cinatti
Postado por Pedro Luna às 19:05 0 bocas
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Cinatti nasceu há 96 anos
Ruy Cinatti Vaz Monteiro Gomes (Londres, 8 de Março de 1915 — Lisboa, 12 de Outubro de 1986) foi um poeta, antropólogo e botânico português.Estudou no Instituto Militar dos Pupilos do Exército e no Instituto Superior de Agronomia em Lisboa e etnologia e antropologia social em Oxford.Ruy Cinatti escreveu sobre São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.Foi co-fundador de Os Cadernos de Poesia (1940).
in Wikipédia
Quem não me deu Amor, não me deu nada.
Encontro-me parado...
Olho em meu redor e vejo inacabado
O meu mundo melhor.
Tanto tempo perdido...
Com que saudade o lembro e o bendigo:
Campo de flores
E silvas...
Fonte da vida fui. Medito. Ordeno.
Penso o futuro a haver.
E sigo deslumbrado o pensamento
Que se descobre.
Quem não me deu Amor, não me deu nada.
Desterrado,
Desterrado prossigo.
E sonho-me sem Pátria e sem Amigos,
Adrede.
Ruy Cinatti
Postado por Fernando Martins às 18:33 0 bocas
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Women - John Lennon
Postado por Fernando Martins às 15:34 0 bocas
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Carnaval na terra de um geopedrado
Postado por Fernando Martins às 15:33 0 bocas
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Sismo sentido em Barcelos
Postado por Fernando Martins às 14:17 0 bocas
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Porque hoje é o Dia da Mulher
Hoje que seja esta ou aquela,
pouco me importa.
Quero apenas parecer bela,
pois, seja qual for, estou morta.
Já fui loura, já fui morena,
já fui Margarida e Beatriz.
Já fui Maria e Madalena.
Só não pude ser como quis.
Que mal faz, esta cor fingida
do meu cabelo, e do meu rosto,
se tudo é tinta: o mundo, a vida,
o contentamento, o desgosto?
Por fora, serei como queira
a moda, que me vai matando.
Que me levem pele e caveira
ao nada, não me importa quando.
Mas quem viu, tão dilacerados,
olhos, braços e sonhos seus
e morreu pelos seus pecados,
falará com Deus.
Falará, coberta de luzes,
do alto penteado ao rubro artelho.
Porque uns expiram sobre cruzes,
outros, buscando-se no espelho.
Cecília Meireles
Postado por Geopedrados às 12:40 0 bocas
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Porque hoje é o Dia da Mulher
Postado por Fernando Martins às 12:26 0 bocas
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Erupção na Big Island
Mentiras velhas viram novas
Postado por Adelaide Martins às 12:06 0 bocas
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Jovens expulsos por interromper discurso de Sócrates
Postado por Pedro Luna às 11:51 0 bocas
Marcadores: José Sócrates, PS, rasca
Não sei porquê, mas agora é a vez do Sócrates andar à rasca...
Postado por Pedro Luna às 11:40 0 bocas
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Humor socialista
Postado por Pedro Luna às 11:34 0 bocas
Marcadores: ética, ética republicana, Freeport, Humor, José Sócrates
O poeta João de Deus nasceu há 181 anos
João de Deus de Nogueira Ramos (São Bartolomeu de Messines, 8 de Março de 1830 — Lisboa, 11 de Janeiro de 1896), mais conhecido por João de Deus, foi um eminente poeta lírico, considerado à época o primeiro do seu tempo, e o proponente de um método de ensino da leitura, assente numa Cartilha Maternal por ele escrita, que teve grande aceitação popular, sendo ainda utilizado. Gozou de extraordinária popularidade, foi quase um culto, sendo ainda em vida objecto das mais variadas homenagens e, aquando da sua morte, sepultado no Panteão Nacional. Foi considerado o poeta do amor.
in Wikipédia
A vida é o dia de hoje,
A vida é ai que mal soa,
A vida é sombra que foge,
A vida é nuvem que voa;
A vida é sonho tão leve
Que se desfaz como a neve
E como o fumo se esvai:
A vida dura um momento,
Mais leve que o pensamento,
A vida leva-a o vento,
A vida é folha que cai!
A vida é flor na corrente,
A vida é sopro suave,
A vida é estrela cadente,
Voa mais leve que a ave;
Nuvem que o vento nos ares,
Onda que o vento nos mares,
Uma após outra lançou,
A vida – pena caída
Da asa de ave ferida –
De vale em vale impelida,
A vida o vento a levou!
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segunda-feira, março 07, 2011
A ética republicana e socialista - versão funcionários-censores de empresa municipal socialista
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Notícia sobre exobiologia e possíveis fósseis em meteoritos
Postado por Fernando Martins às 20:32 0 bocas
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Ravel nasceu há 136 anos
Ali Farka Touré morreu há 5 anos
Postado por Fernando Martins às 00:30 0 bocas
Marcadores: Ali Farka Touré, Mali, música
Kubrick morreu há 12 anos
Stanley Kubrick (Nova Iorque, 26 de Julho de 1928 — Hertfordshire, 7 de Março de 1999) foi um dos cineastas mais importantes do século XX, considerado por muitos como o maior cineasta de todos os tempos, responsável por uma carreira notável e bem-estruturada, de inicio seus filmes eram sempre muito polémicos e mau recebidos pela crítica sendo que, certo tempo depois, tornaram-se todos clássicos consagrados pelos mesmos, foi sem sombra de dúvida um homem extravagante, polémico e à frente de seu tempo.
in Wikipédia
Postado por Fernando Martins às 00:12 0 bocas
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A ética republicana e socialista - versão Grupo de Trabalho para o Património Imaterial
Os ministros da Cultura e das Finanças extinguiram no mês passado um grupo de trabalho que haviam criado um ano antes, para fazer o levantamento dos bens culturais imateriais, mas que apenas se reuniu uma vez e não desenvolveu qualquer actividade de campo. Dois dos membros daquele grupo, que custou ao Estado cerca de 209 mil euros, acusam o Instituto dos Museus e da Conservação (IMC) de nunca ter proporcionado as condições indispensáveis ao seu funcionamento. Um deles, o ex-director regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo, Luís Marques, responsabiliza pessoalmente o secretário de Estado da Cultura, Elísio Sumavielle, pelo falhanço do projecto e por ter "lesado o interesse público".
Criado em Janeiro de 2010, o Grupo de Trabalho para o Património Imaterial tinha por objectivo a realização, "no campo", do levantamento "sistemático" e "tendencialmente exaustivo" do património cultural imaterial português. Este levantamento devia ser efectuado no quadro do Departamento do Património Imaterial do IMC e estar concluído até 31 de Dezembro deste ano, constituindo o ponto de partida para a inscrição dos bens imateriais no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial - tarefa que compete legalmente a uma comissão criada em Dezembro último.
Entre os bens cujo levantamento cabia ao grupo de trabalho avultavam "as tradições e expressões orais", "as expressões artísticas e manifestações de carácter performativo" e "as práticas sociais, rituais e eventos festivos". Para cumprir esta missão, dada a sua grandeza e a escassez de recursos do IMC - que tinha apenas três pessoas no Departamento do Património Imaterial (DPI), incluindo o director -, a ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, começou por escolher os anteriores directores regionais de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo, Luís Marques, do Norte, Helena Gil, e do Alentejo, José Nascimento, que ela própria substituiu quando assumiu funções, em Outubro de 2009. Nenhum deles era funcionário do Ministério da Cultura, pelo que foram contratados com a remuneração mensal de 2613 euros, "paga 14 vezes por ano", por um período de 24 meses, renovável por uma só vez.
De acordo com o previsto, o grupo começaria a trabalhar em Janeiro de 2010 nas instalações do IMC, no Palácio da Ajuda. O atraso na disponibilização das salas levou, porém, a que os três ex-directores nunca se chegassem a instalar em Lisboa. Já em Março, juntaram-se à equipa duas jovens técnicas que passaram a trabalhar diariamente no DPI, reforçando, na prática, o quadro daquele serviço.
Os três ex-directores, a acreditar nas "informações" avulsas que subscreveram em substituição dos relatórios trimestrais que o grupo estava obrigado a produzir, não fizeram praticamente nada até serem exonerados - com efeitos a partir de 1 de Março -, na sequência da extinção formal da equipa, no dia 12 do mês passado.
Luís Marques, que há longos anos trabalha na área do património imaterial, e Helena Gil não deixaram, contudo, de apontar o dedo ao IMC nas duas informações que apresentaram ao instituto, em Março e em Julho de 2010. Na primeira, a que juntam uma análise elaborada em conjunto sobre um inquérito lançado pelo DPI junto de centenas de entidades relacionadas com o património imaterial, salientam que essa iniciativa é da "exclusiva responsabilidade do DPI", não tendo o grupo de trabalho tido qualquer intervenção nela, "apesar de a maioria dos seus membros estar ao serviço desde Janeiro". Na segunda, afirmam que o grupo, "por razões exteriores à sua vontade [...], não conta ainda com as condições básicas de funcionamento, designadamente continua a aguardar a disponibilização das salas." Os seus membros, acrescenta o documento, "eventualmente a desempenhar tarefas a nível individual, não deram a conhecer o essencial de uma tal acção, nem reuniram em plenário e discutiram e definiram as regras e metas do seu trabalho".
"Inércia" e "desleixo"
Luís Marques e Helena Gil notam também que solicitaram reuniões a Graça Filipe - a subdirectora do IMC que tinha a responsabilidade do grupo de trabalho e se demitiu em meados de Fevereiro "por razões pessoais" - para lhe manifestarem a sua preocupação, "mas sem sucesso". Já José Nascimento, que o PÚBLICO não conseguiu ouvir, limitou-se a apresentar durante todo o ano três documentos de duas ou três páginas onde afirma ter analisado e estudado algumas convenções da UNESCO e ter traduzido alguns textos de "especialistas convidados pela UNESCO".
Contactado pelo PÚBLICO, Luís Marques insurgiu-se contra a ideia de que tinha estado um ano a receber sem fazer nada, adiantando que falou várias vezes em demitir-se, mas que sempre lhe disseram que ia finalmente haver condições para trabalhar, o que nunca aconteceu. "O que me dói é terem-me impedido de fazer o que há tanto tempo eu queria fazer", afirma, atribuindo a maior parte das culpas ao secretário de Estado da Cultura.
"A posição dele foi de completa inércia e desleixo funcional, ficando durante um ano praticamente de braços cruzados sem nos dar as condições mínimas de funcionamento. Esta actuação fez com que o interesse público fosse lesado", acusou o ex-director regional, sustentando que "a direcção do IMC também não pode ficar isenta de responsabilidades".
"Má-fé", acusa MC
Luís Marques "falta à verdade nas suas afirmações, que são insensatas e reveladoras de má-fé", disse o secretário de Estado da Cultura ao PÚBLICO, por email, em reacção às acusações que lhe são feitas pelo ex-director regional de Cultura.
Elísio Sumavielle acrescenta que, "curiosamente", o ex-director regional "só agora reclamou do funcionamento da comissão, depois da sua extinção", e sustenta que "o interesse público terá sido lesado, sim, mas pela sua improdutividade [de Luís Marques] e manifesta falta de resposta às orientações que recebeu por parte do IMC, entidade coordenadora do extinto grupo de trabalho".
Sumavielle diz ainda que "a extinção deste grupo traduz não só a insatisfação sentida pelo IMC com os resultados, como também a recente entrada em funções da Comissão de Património Imaterial, há muito aguardada, evitando-se, assim, duplicações desnecessárias nesta importante vertente de levantamento e registo patrimonial".
IMC explica-se
João Brigola, director do Instituto dos Museus e da Conservação (IMC), garante que a existência do grupo de trabalho foi sempre encarada como "efémera". A ideia, sublinha, era a de que "o grupo extinguir-se-ia assim que estivesse constituída a Comissão para o Património Cultural Imaterial", o que aconteceu em Dezembro". O despacho que criou o grupo diz, contudo, que ele vigoraria por dois anos, renováveis por mais dois. João Brigola acrescenta que, agora que aquela comissão está em funções, vai ser proposta a criação de um outro grupo de trabalho, de dimensão mais reduzida, para a apoiar na sua missão. O despacho que extinguiu o anterior grupo de trabalho afirma que após a entrada em funcionamento da comissão "não existe mais a necessidade" de o manter. No entanto, acrescenta, importa garantir-lhe a "devida liberdade de actuação" para constituir os grupos de trabalho que considere "mais adequados". A extinção, conclui o despacho, justifica-se pelas "medidas de consolidação orçamental".
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A Luta Continua!
Homens da Luta - A Luta é Alegria (Representante de Portugal do EuroFestival da Canção 2011)
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domingo, março 06, 2011
Afonso Costa nasceu há 140 anos
Afonso Augusto da Costa (Seia, 6 de Março de 1871 — Paris, 11 de Maio de 1937) foi um advogado, professor universitário, político republicano e estadista português.Foi um dos principais obreiros da implantação da República em Portugal e uma das figuras dominantes da Primeira República.in Wikipédia
Qual é coisa, qual é ela, que entra pela porta e sai pela janela?Afonso Costa não é, como escreveu A.H. de Oliveira Marques, o mais querido e o mais odiado dos Portugueses. É, com certeza, uma das figuras mais ridículas e abjectas da História de Portugal, epítome do que constituiu a I República, ou seja, um regime de vale-tudo, de ameaças, de extorsões, de perseguições e ódios. Afonso Costa jamais foi querido. Foi sempre temido, odiado, repudiado e no fim respeitado, pois ser amado significava perder a força necessária à consolidação da sua obra. A República Portuguesa, sobretudo nos seus defeitos (sim, porque não podemos esconder-lhe algumas virtudes) foi da sua lavra. Desde a tentativa de erradicação da Igreja Católica, às sovas que deu ou mandou dar aos seus opositores, passando pelos pequenos furtos ou os grandes roubos em que esteve envolvido, sem qualquer pejo, embaraço ou vergonha. Como escreveu Fernando Pessoa: «Não podendo Afonso Costa fazer mais nada, é homem para mandar assassinar. Tudo depende do seu grau de indignação.». Ora, a indignação de Afonso Costa teve vários graus, tantos ou mais do que aqueles que subiu na hierarquia da Maçonaria que o acolhia com fraternidade. Aliás, a raiva deste paladino da República nunca foi elitista, faça-se-lhe justiça: tanto se dirigia a monárquicos como a republicanos, dependendo de quem se atrevia a fazer-lhe frente.Político experimentado dos últimos anos do Rotativismo e da experiência do Franquismo, A. Costa sabia uma coisa: para governar um país como Portugal, a Democracia só podia vir depois. Mais, o primeiro passo para mandar nos portugueses, não é suspender o Parlamento, ou calar a Imprensa, é alimentar o mais possível o caciquismo e os clientelismos. Por isso, com uma mestria nem sequer igualada pelo seu sucessor das Finanças a partir de 1926, rodeou-se da família, criando uma Dinastia de Costas (a expressão aparece na sua correspondência), leal, forte, incorruptível (na qual a sua mulher teve um papel fundamental, mesmo apesar de às mulheres a República ter negado o direito ao voto), distribuiu benesses aos mais próximos, amigos ou inimigos, mantendo-os no bolso como qualquer bom gangster o faria.Contudo, Costa tinha um lado medroso que faz dele esse político tão extraordinário e vivo da nossa História. Rodeava-se da púrria (adolescentes vadios e marginais a quem oferecia bombas e armas para assustar a população) e ele próprio manejava a pólvora como ninguém; por outro lado era incapaz de enfrentar um opositor num frente a frente. E tinha medo, muito medo, do próprio terror que lançara. Quando, em 1917, Sidónio o mandou ir prender ao Porto andou escondido em guarda-fatos e dali saiu apupado por uma fila de mulheres. Passou vexames inacreditáveis: viu a sua casa ser esbulhada de alguns dos objectos que ele tinha furtado nos Palácios Reais e um dia de Julho de 1915, seguindo num eléctrico atirou-se pela janela fora ao som e à vista de um clarão que pensava vir de uma bomba. Não fora um atentado, apenas um curto-circuito…estatelou-se no chão de onde foi levantado pelos transeuntes em estado grave e, durante meses e anos a fio, Lisboa transformou esta cena patética numa adivinha popular: Qual é coisa, qual é ela, que entra pela porta e sai pela janela?Afonso Costa participou em negociatas e estranhos casos de favorecimento. Desapareceram processos durante o seu ministério na Justiça e não poucas vezes viu o Parlamento envolvê-lo na “roubalheira” de que fala Raul Brandão e na qual políticos e militares participavam. Em França um banqueiro virou-se para António Cabral, ex-ministro da Monarquia perguntando-lhe: - “Conhece um tal de Afonso Costa, em Portugal”. António Cabral disse que sim, que o conhecia bem… ao que o capitalista respondeu – “Pois deve ser um dos homens mais ricos do seu país, dada a quantia que possui na conta que por cá abriu…”Nada o detia. Para além de manipular a legislação a seu favor (algo que facilmente podia fazer dado que controlava, a partir da proeminência do seu Partido Democrático, veja-se o Caso das Binubas, de que hoje ninguém fala…) executava malabarismos financeiros, como o que envolveu a sua mulher para quem fez desviar, sob a desculpa da caridade, meio milhão de francos, destinados à Comissão de Hospitalização da Cruzada das Mulheres Portuguesas, de que a D. Alzira Costa era presidente.Claro está que no meio de governos maioritários, ditatoriais e não fiscalizados, no meio do clima de terror que Afonso Costa ajudara a criar e mantinha para sua segurança e a da própria República, os roubos não só eram frequentes, como absolutamente seguros (prova-o a “habilidade” de Alves dos Reis, em 1925). Nenhuma investigação sendo efectivamente aberta levaria a alguma condenação. Não deixa de ser curioso que às despesas e aos roubos que os republicanos faziam questão de apontar antes de 1910 tornaram-se frequentíssimos durante a os loucos anos da I República: armamento, fardas militares, promiscuidades várias com empresas estrangeiras, etc, etc.Através da figura de Afonso Costa é fácil entender as actuais comemorações do Centenário e como, a meio deste ano de 2010, os seus mandatários resolveram assumir a celebração dos primeiros anos da República, evitando assim o Estado Novo e, na 3.ª República, fugir à inevitável glorificação de uma certa “oposição” não socialista. É que a Primeira República, intolerante e exclusiva como hoje alguns dos seus admiradores é a melhor e talvez a única maneira de regressar às raízes e à autenticidade da República Portuguesa tal qual ela foi gizada.
Nuno Resende daqui
Postado por Fernando Martins às 07:06 0 bocas
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O Carnaval do Ministério da Justiça e da Anarquia
246
Sessões de esclarecimento nas quais participaram 2483 magistrados (99 por cento dos juízes e 96 de procuradores).
4,8 milhões
Notificações electrónicas desde Abril de 2009.
Postado por Pedro Luna às 00:30 0 bocas
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sábado, março 05, 2011
Amália, Pedro Homem de Melo e Alain Oulman
Postado por Fernando Martins às 23:00 0 bocas
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Um geopedrado fez uma palestra sobre mineralogia em Peniche
Palestra na Escola Secundária de Peniche
Postado por Fernando Martins às 21:43 0 bocas
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Recordar Villa-Lobos
Postado por Pedro Luna às 20:00 0 bocas
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Vai-te embora e só pares em Fuentes de Oñoro
Postado por Pedro Luna às 19:45 0 bocas
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Manda quem pode - e a isabelinha só fala quando a assessora deixa
Postado por Fernando Martins às 19:13 0 bocas
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Hoje é dia de os professores tirarem as máscaras e começarem a pensar nas suas Escolas
Vivem em nós inúmeros
Vivem em nós inúmeros;
Se penso ou sinto, ignoro
Quem é que pensa ou sente.
Sou somente o lugar
Onde se sente ou pensa.
Tenho mais almas que uma.
Há mais eus do que eu mesmo.
Existo todavia
Indiferente a todos.
Faço-os calar: eu falo.
Os impulsos cruzados
Do que sinto ou não sinto
Disputam em quem sou.
Ignoro-os. Nada ditam
A quem me sei: eu ’screvo.
Ricardo Reis
Postado por Pedro Luna às 17:05 0 bocas
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