terça-feira, fevereiro 22, 2011

A guerra contra os professores, alunos e comunidades educativas continua, disse o ME aos sindicatos

Ministério vai criar novos mega-agrupamentos e encerrar mais escolas

O secretário-geral da Fenprof saiu hoje da reunião com a tutela "com as mesmas preocupações" com que entrou e com a certeza de que vão ser criados mais mega-agrupamentos e fechadas mais escolas com menos de 21 alunos.

A reunião de hoje foi pedida pela Federação Nacional de Professores (Fenprof) para pedir esclarecimentos ao secretário de Estado da Educação, João Trocado da Mata, sobre a rede escolar e sobre os mega-agrupamentos.

No final da reunião, em declarações à Agência Lusa, o secretário-geral da Fenprof disse ter saído "com as mesmas preocupações" com que entrou e revelou que da parte da tutela se mantém a intenção de criar novos mega-agrupamentos apesar de não existir um estudo de impacto em relação aos já criados.

"O Ministério da Educação o que nos disse foi que está a preparar esses estudos para no terreno ir então avançar com novos mega-agrupamentos e isto é preocupante porque, como se sabe, os movimentos de rede, nomeadamente encerramentos e mega-agrupamentos no ano passado, foram 84 e permitiram reduzir cinco mil docentes do sistema", adiantou Mário Nogueira.

O líder da Fenprof alertou que esta medida, juntamente com alterações curriculares ou novas regras para a organização das escolas, serviu para convencer a estrutura sindical de que vão ser eliminados 30 mil horários.

"Mesmo quando os governantes dizem que não, que é um número exagerado, também confessam que não contavam que os cinco mil deste ano tivessem sido conseguidos e se chegasse a um número tão elevado na redução de docentes e, por outro lado, não têm outro número como alternativa", apontou Nogueira.

No que diz respeito à rede escolar, o líder da Fenprof adiantou que o Ministério da Educação vai manter o encerramento das escolas com menos de 21 alunos.

"Havia 1.100 escolas (no ano letivo de 2009/2010), destas encerraram 700, podem não ter sobrado exatamente 400 porque podem algumas ter ultrapassado entretanto ou outras terem reduzido, mas as referências em termos de números estão aí e a intenção de continuar a encerrar está presente", garantiu o sindicalista.

Como consequência, Mário Nogueira aponta uma "redução brutal" de professores que vão ficar sem horário de trabalho.

"Mesmo onde os centros educativos vão ser construídos, em escolas com mais de 21 [alunos], em que os alunos são transferidos para os centros educativos, levam também à eliminação de horários de trabalho nessa concentração grande de alunos", alertou.

Juntamente com isto e contribuindo para a eliminação de horários de trabalho estão ainda, na opinião de Mário Nogueira, as alterações curriculares ou as novas regras para a organização do próximo ano escolar, que "praticamente acabam com as horas de redução para o exercício de cargos nas escolas".


NOTA: para mim está tudo dito, é altura de fazer greve por tempo indeterminado. E, para os Sindicatos, era tempo de pedirem desculpa aos professores pelos acordos que fizeram com esta gentinha mentirosa, pondo em causa a Escola Pública e as relações inter pares dentro dos estabelecimentos de ensino..

O sismo e sismograma da Nova Zelândia no IM

No dia 21 de Fevereiro de 2011, pelas 23.51 horas UTC (às 12.51 de 22 de Fevereiro, hora local da Nova Zelândia) ocorreu na Ilha do Sul da Nova Zelândia um sismo de magnitude 6.3. O sismo teve foco muito superficial e epicentro próximo da cidade de Christchurch, com uma população a rondar as 400 mil pessoas. Segundo as agências noticiosas, há a reportar 65 vítimas mortais e elevados danos materiais. O sismo ocorre num contexto tectónico dominado pela interacção entre as placas australiana e do pacífico. Este evento poderá estar associado ao sismo ocorrido a 2 de Setembro de 2010 com Magnitude 7.0. Este sismo foi detectado em todas as estações da rede sísmica nacional tendo as primeiras ondas do sismo sido registadas às 00.11 horas UTC. Até este momento ocorreram 6 réplicas com magnitude superior a 4, sendo 2 delas acima de 5.

Sismogramas registados do evento em Portugal:


(clicar para aumentar)

No money for...

(imagem daqui)


Epicentro do sismo neo-zelandês de ontem no GoogleMaps

Cortesia da USGS:

O Anel de Fogo do Pacífico inquieta-se na Nova Zelândia

Magnitude de 6,3 na escala de Richter
Sismo na Nova Zelândia faz pelo menos 65 mortos




Um sismo de magnitude 6,3 na escala de Richter abalou esta segunda-feira a cidade de Christchurch, no sul da Nova Zelândia, e já fez pelo menos 65 mortos. Centenas de pessoas estão soterradas debaixo dos escombros.

O sismo foi sentido às 12h51 locais (23h51 em Portugal) e o epicentro situou-se a cinco quilómetros de Christchurch, a apenas quatro quilómetros de profundidade, avançou o Instituto de Geofísica dos Estados Unidos. Foram já sentidas várias réplicas (a mais forte de 5,6 na escala de Richter).

O primeiro-ministro, John Key, citado pela AFP, confirmou pelo menos 65 mortos, não descartando que o número venha a aumentar. Este "poderá mesmo ser o dia mais negro da Nova Zelândia", considerou. O número de mortos já fez deste o segundo pior sismo do país, só ultrapassado por um tremor-de-terra de magnitude 7,9 em 1931 na Baía Hawke. Morreram 286 pessoas.

Bob Parker, mayor da cidade, citado pela Reuters, alertou que, pelo menos, 200 pessoas podem estar ainda debaixo dos escombros. Várias dezenas estarão soterradas debaixo do edifício Pyne Gould Guinness, de vários andares, que ruiu como um "baralho de cartas", avança o jornal "New Zealand Herald".

Mas as operações de resgate estão a ser dificultadas por causa da chuva que entretanto começou a cair na cidade, pelo anoitecer e pela descida acentuada das temperaturas.

A tutela assegura que o principal hospital de Christchurch está operacional, mas apela a que apenas os feridos mais graves acorram à unidade, já que também parte do edifício precisou de ser evacuado. Para facilitar as operações, foram montadas algumas zonas de triagem de campanha.

Há registos de estragos significativos em alguns edifícios da segunda maior cidade do país. Parker informou que 25 prédios de dimensão significativa já não terão recuperação possível. O sismo levou ainda ao corte de estradas e a quebras de energia e de telecomunicações em diversas áreas. Grande parte da cidade terá a situação eléctrica normalizada dentro de 24 a 36 horas mas nas áreas mais gravemente atingidas pelo sismo tal só deverá acontecer no espaço de uma ou duas semanas.

No seu site, a polícia neozelandesa informa que o centro da cidade está a ser evacuado para evitar mais danos que advenham dos efeitos do sismo nas infra-estruturas. A polícia refere “múltiplos incidentes foram reportados de várias localizações do centro da cidade, incluindo um acidente com dois autocarros na sequência de edifícios que ruíram”.

As autoridades garantem que estão a trabalhar no terreno e a tentar dar resposta a todas as emergências. A polícia apela a todos os que tiveram de sair das suas casas que informem o posto de defesa mais próximo. A maioria das pessoas abrigou-se num estádio da cidade.

A polícia local pediu já ajuda das forças de emergência nacionais para evacuar a cidade e procurarem mais vítimas e feridos. De acordo com informações avançadas pelo jornal local "Christchurch Press", 35 militares estão no local a prestar os primeiros socorros nas zonas mais afectadas e outros 250 deverão chegar dentro de horas.

O Ministério da Protecção Civil neozelandês, no seu site, aconselha as pessoas a utilizarem mensagens escritas para comunicar e diz estar a preparar instalações provisórias para albergar todos os que necessitarem.

O primeiro-ministro convocou já uma reunião do gabinete de emergência.

Segundo David Coetzee, da protecção civil da Nova Zelândia, citado pela rádio nacional, este sismo terá causado mais estrados que o de quatro de Setembro do ano passado, que foi de magnitude 7,1 e que não causou qualquer vítima mortal. O sismo de Setembro aconteceu durante a noite, pelo que quase não circulavam pessoas na rua, ao contrário deste.

A Nova Zelândia, situada entre as placas tectónicas do Pacífico e Indo-australiana, regista em média mais de 14 mil sismos por ano; apenas cerca de 20 ultrapassam a magnitude 5.

Christchurch, com pouco mais de 390 mil habitantes, é a maior cidade da ilha Sul da Nova Zelândia e a segunda maior área urbana do país, depois de Auckland (1.354.900), na ilha Norte. Wellington, também na ilha Norte, é a capital neozelandesa mas tem apenas cerca de 389 mil habitantes.Situada na costa Este, Christchurch foi elevada a cidade a 31 de Julho de 1856, tornando-a oficialmente a mais antiga cidade da Nova Zelândia.

in Público - Notícia em actualização

Formação sobre Exploração Espacial em Leiria


No âmbito da comemoração dos 50 anos do primeiro voo espacial tripulado, protagonizado por Yuri Gagarin, em Abril de 1961, irá realizar-se no Centro de interpretação Ambiental de Leiria, uma formação intitulada “Exploração Espacial”.
Formador: Astrónomo José Augusto Matos

Público-alvo: maiores de 14 anos

Nº de inscrições: Mínimo de inscrições 15 e máximo de 30

Custo: €30,00

Inscrição: no Centro de Interpretação Ambiental, até ao dia 11 de Abril de 2011.

Temáticas do Curso
- Conceitos e definições sobre o espaço;
- Órbitas e satelização;
- Sistemas de propulsão;
- Os pioneiros da Astronáutica;
- História do voo espacial tripulado;
- A colonização do espaço;
- Sistemas espaciais reutilizáveis;
- A vida no espaço.


Calendarização
  • 15 de Abril – das 20.00 às 23.00 horas
  • 16 de Abril – das 14.30 às 19.30 e 21.00-23.00 horas

Ficheiros de Apoio:

Local


Centro de Interpretação Ambiental de Leiria
Telefone: 244 845 651

segunda-feira, fevereiro 21, 2011

Formação em Leiria sobre Flores Comestíveis


(CLICAR PARA AUMENTAR)


Flores Comestíveis

12 de Março de 2011

Centro de Interpretação Ambiental (CIA) - Leiria


Ficheiros de Apoio:

Localização do CIA Leiria:

Centro de Interpretação Ambiental

Divisão de Ambiente e Serviços Urbanos

Câmara Municipal de Leiria

Telefone: 244 845 651 (extensão 694)

Notícia no Público sobre o núcleo terrestre

Estudo publicado na revista “Nature Geoscience”
Núcleo da Terra gira mais devagar do que se pensava

Uma equipa de geofísicos descobriu que o núcleo da Terra gira muito mais devagar do que se pensava, afectando o nosso campo magnético, segundo um artigo publicado na revista “Nature Geoscience”.

Investigações anteriores mostraram que o núcleo da Terra girava mais depressa do que o resto do planeta. Agora, cientistas do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, descobriram que as estimativas anteriores de 1 grau "de avanço" por ano (em relação ao resto do planeta) são imprecisas. Na verdade, dizem, o núcleo gira muito mais devagar - o avanço acumulado será de aproximadamente 1 grau a cada milhão de anos.

O núcleo interno cresce muito devagar ao longo do tempo, através da solidificação do fluído das camadas externas que se acumula à sua superfície. Durante este processo, uma diferença na velocidade nos hemisférios Este-Oeste do núcleo fica registada na sua estrutura . “Uma rotação mais rápida seria incompatível com a estrutura dos hemisférios que observámos no núcleo interno”, explicou Lauren Waszek, autor do estudo, em comunicado. “O nosso estudo é o primeiro em que os hemisférios e a rotação são compatíveis”, acrescentou.

Para obter estes resultados, os cientistas utilizaram ondas sísmicas que atravessaram o núcleo interno do planeta, 5200 quilómetros abaixo da superfície da Terra, e compararam-nas com o tempo de viagem das ondas reflectidas na superfície do núcleo.

Apesar de o núcleo interno do planeta estar a 5200 quilómetros abaixo dos nossos pés, o efeito da sua presença é especialmente importante à superfície. À medida que o núcleo interno cresce, o calor que liberta durante a solidificação conduz a convecção do fluído nas camadas externas do núcleo. Estes fluxos de calor dão origem aos campos magnéticos que protegem a superfície terrestre da radiação solar e sem os quais não haveria vida na Terra.

Lauren Waszek acredita que os resultados da sua investigação trazem uma perspectiva adicional para compreender a evolução do nosso campo magnético.

Música dos anos 60 para geopedrados


Hit the road Jack - Ray Charles


(Hit the road Jack and don't you come back no more, no more, no more, no more.)
(Hit the road Jack and don't you come back no more.)
What you say?
(Hit the road Jack and don't you come back no more, no more, no more, no more.)
(Hit the road Jack and don't you come back no more.)


Woah Woman, oh woman, don't treat me so mean,
You're the meanest old woman that I've ever seen.
I guess if you said so
I'd have to pack my things and go. (That's right)


(Hit the road Jack and don't you come back no more, no more, no more, no more.)
(Hit the road Jack and don't you come back no more.)
What you say?
(Hit the road Jack and don't you come back no more, no more, no more, no more.)
(Hit the road Jack and don't you come back no more.)


Now baby, listen baby, don't ya treat me this-a way
Cause I'll be back on my feet some day.
(Don't care if you do 'cause it's understood)
(you ain't got no money you just ain't no good.)
Well, I guess if you say so
I'd have to pack my things and go. (That's right)


(Hit the road Jack and don't you come back no more, no more, no more, no more.)
(Hit the road Jack and don't you come back no more.)
What you say?
(Hit the road Jack and don't you come back no more, no more, no more, no more.)
(Hit the road Jack and don't you come back no more.)


Well
(don't you come back no more.)
Uh, what you say?
(don't you come back no more.)
I didn't understand you
(don't you come back no more.)
You can't mean that
(don't you come back no more.)
Oh, now baby, please
(don't you come back no more.)
What you tryin' to do to me?
(don't you come back no more.)
Oh, don't treat me like that
(don't you come back no more.)

O sismograma no geofone de Évora

Sismograma obtido pelo geofone de Évora (últimas 24 horas):

(clicar para aumentar)

NOTA: dado o sismo ter sido de tão fraca intensidade não é detectável neste registo (há outros sismos mas não têm nada a ver com o das 01.25 desta madrugada...).

Sismo em Portugal continental

Recebido via e-mail do Instituto de Meteorologia (IM):


O Instituto de Meteorologia informa que no dia 21.02.2011 pelas 01.25 (hora local) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente, um sismo de magnitude 1.7 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 6 km a Oeste de Évora.

Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima II (escala de Mercalli modificada) na região de Évora.

Se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados.

Sugere-se o acompanhamento da evolução da situação através da página do IM na Internet (www.meteo.pt) e a obtenção de eventuais recomendações junto da Autoridade Nacional de Protecção Civil (www.prociv.pt).

Runaway


Runaway - Del Shannon

As I walk along I wonder a-what went wrong

With our love, a love that was so strong
And as I still walk on, I think of the things we've done
Together, a-while our hearts were young

I'm a-walkin' in the rain
Tears are fallin' and I feel the pain
Wishin' you were here by me
To end this misery
And I wonder
I wa-wa-wa-wa-wonder
Why
Ah-why-why-why-why-why she ran away
And I wonder where she will stay
My little runaway, run-run-run-run-runaway

I'm a-walkin' in the rain
Tears are fallin' and I feel the pain
Wishin' you were here by me
To end this misery
And I wonder
I wa-wa-wa-wa-wonder
Why
Ah-why-why-why-why-why she ran away
And I wonder where she will stay
My little runaway, run-run-run-run-runaway
A-run-run-run-run-runaway

domingo, fevereiro 20, 2011

Recordar os Nirvana no dia do nascimento de Kurt Cobain

Come As You Are

O país dos cornos mansos, diz Barreto

Entrevista: António Barreto
"Fomos enganados durante 6 anos"

Sociólogo diz que Sócrates, o PS e o Governo perderam o crédito.

Correio da Manhã - É capaz de se pôr no papel de José Sócrates?
António Barreto - Posso tentar-me pôr ficticiamente no cargo dele, no papel dele não.

- O que acha que Sócrates vai fazer nos próximos tempos?
- O que ele vai fazer é resistir, resistir, resistir o mais tempo possível - e vai esperar por um momento adequado, primeiro para fazer uma remodelação e segundo para se submeter a eleições quando for mais conveniente. Na reunião do PS com os independentes a designação genérica é sintomática: ‘Defender Portugal. Vai dizer aos socialistas e ao mundo que Portugal está a ser atacado, que temos inimigos, que são os financeiros, a banca, a União Europeia, a senhora Merkel. Este ano estamos a perder a mais importante fatia de soberania dos últimos anos. Isto está à beira do protectorado. A amplitude de liberdade de decisão dos portugueses é muito curta.

- Sócrates está aliado...
- Ele quer dizer que o que vai ser feito de difícil em Portugal é contra a vontade e que ele está do lado do povo. Isto é típico', e é um bocado primitivo, mas é assim. 

- Como é que define os portugueses? Ao contrário dos gregos ou dos irlandeses, não contestam...
- Estou convencido de que nos próximos dez anos vamos ter movimentações fortes, duras, não sei se convulsões sociais ou agitação social. 

- Mas não tem acontecido isso e o português tem sido fustigado com medidas muito duras...
- Não há muito tempo. Começou a doer há três, quatro anos. Espere mais um bocadinho... Sabe que os portugueses viveram trinta anos absolutamente extraordinários e isso não provoca nem convulsões nem protestos...

- Sim, mas com uma grande diferença em relação aos europeus...
- Temos três ou quatro anos de uma situação difícil, que começou a doer, que começou a fazer mal, vamos ver o que vem a seguir. 

- Até agora não se passou nada...
- Os desempregados portugueses andam à procura de emprego. Andam à procura de pão para os filhos, ou de tecto para dormir, de água em casa. Sobra a emigração, que recomeçou muito forte. 

- O Governo actual tem capacidade para aplicar as medidas e as reformas necessárias?
- O Governo actual nem pouco mais ou menos. As pessoas não têm confiança neles, no PS ou no Governo. Foram perdendo confiança. 

- O Presidente da República devia fazer alguma coisa?
- Não pode, não tem poderes para isso. Por um lado, ele não quer, foi o que nos disse até agora. 

- Mas o que se pode esperar dele?
- Eu não espero nada, mas gostaria que fosse mais seco e mais duro e mais directo com o Governo e alertasse em público, que o povo fosse testemunha das relações entre o Governo e o Presidente da República. Se o veto do decreto do Governo, porque é a primeira vez que ele faz isso, quer dizer que este é o novo estilo, há qualquer coisa que vou olhar com interesse. Porque é o órgão de soberania que tem mais legitimidade em Portugal...

- A Presidência da República?
- Tem uma legitimidade fresca, porque a legitimidade também se gasta. E tem um enorme capital, que é o voto do povo. Com o povo como testemunha - insisto nisso - é através de declarações públicas, actos, idas ao Parlamento, mensagens ao Parlamento, dizendo o que se quer e o que se pretende. 

- A Oposição conhece a situação em que Portugal está realmente, os números verdadeiros? Os portugueses sabem?
- Agora sabemos. Depois de seis anos de mentira, sabemos. Agora, sabe-se mesmo. Os preços a subir 10, 15, 20, 30%, os vencimentos a descer 2, 3, 5, 10, 15%. A opinião pública foi severamente enganada. Fomos enganados durante seis anos. Foi-nos anunciado que havia dinheiro para o aeroporto, para o TGV, para as obras públicas, para novos empregos, empresas, para fomentar a exportação. Até havia dinheiro para pagar os bebés... 

- Era ano de eleições...
- Lamento. Eu sei isso, mas não me conformo. É pena que seja assim, a mentira é a moeda política corrente em Portugal. A unidade de conta política em Portugal é o engano e a mentira e a ocultação. Eu tenho pena disso, como tenho pena de que haja corrupção e favoritismo em permanência na vida política portuguesa. 

- O que se pode fazer?
- Aflige-me que não haja uma resposta, um protesto mais organizado, que não haja um ou dois partidos políticos novos, que viriam refrescar o panorama. Os partidos que temos hoje no Parlamento não estão à altura da crise, não estão à altura sequer de poder negociar entre eles, estão demasiado crispados, demasiado envolvidos e cúmplices. 

- Estamos condenados ao fracasso, como país independente?
- Portugal é um caso extraordinário de resiliência, de resistência, ao longo de séculos. Por outro lado, é verdade que agora estamos a integrar airosamente um estatuto de menoridade, de subalternidade na Europa. Há uma espécie de fiasco ou de fracasso dos últimos anos e dos próximos, porque isto não se reverte em dois anos ou três. O que se vai passar daqui a 10 ou 20 anos não faço a mínima ideia, nem ninguém sabe. Nos últimos anos, Portugal foi colocado numa grande alhada. Portugal fracassou. 

PERFIL

António Barreto, sociólogo, nasceu no Porto em 1942 e é presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos. Estudou Direito em Coimbra até 1963, ano em que foi para a Suíça. Licenciou-se em Sociologia na Universidade de Genebra, em 1968, onde voltaria para se doutorar. Foi ministro da Agricultura de Mário Soares, entre outros cargos políticos.

O dia de hoje é tragico na história do nosso país...

... pois, há um ano, houve um desastre ambiental na ilha da Madeira, causado por uma precipitação recorde e por erros de planeamento ambiental e urbanístico, que causou a morte de 42 pessoas, 600 desalojados e cerca de 250 feridos e ainda estragos de valor superior a 200 milhões de euros.

Foi ainda nesta data, em 2005, que o povo português elegeu um mentiroso que nos pôs, em míseros seis anos, nos limites da bancarrota.

Passaram ontem 14 anos sobre a morte de António Gedeão

(imagem daqui)

Rómulo Vasco da Gama de Carvalho (Lisboa, 24 de Novembro de 1906 - Lisboa, 19 de Fevereiro de 1997),português, foi um químico, professor de Físico-Química do ensino secundário no Liceu Pedro Nunes, pedagogo, investigador de História da ciência em Portugal, divulgador da ciência, e poeta sob o pseudónimo de António Gedeão. Pedra Filosofal e Lágrima de Preta são dois dos seus mais célebres poemas.
Académico efectivo da Academia das Ciências de Lisboa e Director do Museu Maynense da Academia das Ciências de Lisboa. O dia do seu nascimento foi, em 1997, adoptado em Portugal como Dia Nacional da Cultura Científica.

NOTA: um fim de semana muito preenchido levo-nos a adiar a escrita deste texto - aconselhamos a leitura dos seguintes posts do blog De Rerum Natura:

Conferência Internacional sobre Geologia em São Petersburgo

Geology at school and university: GEOLOGY AND CIVILIZATION

30 de Junho a 5 de Julho de 2011

São Petersburgo




(clicar nas imagens para aumentar)

Kurt Cobain - 44 anos

sábado, fevereiro 19, 2011

O mundo ao contrário (e Portugal por baixo...)

(imagem daqui)
 
Tudo normal na frente ocidental

Um primeiro-ministro a fazer oposição à oposição…
…que é um mimo de boa educação…
…e tem amigos que são uma doçura.
Um Governo caloteiro…
…e especialista em trapalhadas.
Uma administração pública eficiente.
E até um palerma que anda ao colo do Estado mas é mal agradecido
Não há pois motivo para nos preocuparmos com “os mercados”. Eles são mesmo o menor dos nossos problemas. O que nos salva é que ainda há milagres.
É pena é serem na China.

in Blasfémias - post de jmf

6th International Conference on Climate Change - the Karst Record


sexta-feira, fevereiro 18, 2011

Porque hoje faz anos Regina Spektor

O país dos políticos sem vergonha

O Quarto Poder
A Vergonha do País

Os media fazem agora uma estatística diária das pessoas que morrem sozinhas em casa.


Chamam-lhes idosos, um termo cretino, já que é um adjectivo e carrega a ideia de que designar alguém de velho é um insulto. Insulto é o Estado não dar meios a quem quer viver e morrer sozinho e culpar a sociedade. O vizinho só entra na nossa vida se o quisermos.

Até lá, é só a pessoa que vive ali ao lado. A família deve ser o apoio, mas mal tem condições para ter filhos. A culpa é de um sistema que considera apta para trabalhar uma pessoa aos 65 (67?) anos e a seguir a torna inútil e indigente. As pensões dos velhos são tão baixas que eles prescindem da carne, do peixe, da fruta fresca, dos dentes, de um passeio que não seja a pé... enquanto na segurança social, de uma vez, acabam com 100 chefes. Pelos vistos, não faziam falta nenhuma!

Os velhos prescindem de medicamentos porque o Governo os põe a preços mais caros do que em países como Inglaterra e Alemanha. O socialismo caseiro subsidia as multinacionais farmacêuticas. A Espanha tem remédios 200% mais baratos! O país não dá para velhos, e por este andar não dará para ninguém! Só em juros em 2011 serão 7 mil milhões de euros, sete pontes Vasco da Gama ou dez meses do orçamento para a saúde!

Euro Speleo Forum 2011 - Marbella (23, 24 e 25.09.11)

Marbella 2011


Marbella, la ciudad con más encanto de nuestro Mediterráneo, se prepara para acoger el Euro Speleo Forum 2011. Conferencias, exposiciones, excursiones y competición durante tres intensos días. En el mes de septiembre de 2011 tienes una cita con Marbella. Ven y disfruta.

Los días 23, 24 y 25 de septiembre de 2011 reunión del 8ª Simposium Europeo de Exploraciones.

Website: EuroSpeleoForum Marbella 2011

Fonte: Blog Profundezas...

A trapalhada da avaliação dos docentes em notícia

PSD quer fazer balanço
CDS-PP anuncia diploma para simplificar avaliação professores

O CDS-PP anunciou hoje que vai apresentar em breve um diploma para simplificar o modelo de avaliação dos professores e o PSD propôs uma audição pública sobre o actual modelo, um ano depois de entrar em vigor.

A redução da burocracia “ao mínimo”, dar mais autonomia às escolas para que sejam o mérito, a qualidade e a excelência os critérios da avaliação dos docentes, afirmou o deputado do CDS-PP José Manuel Rodrigues, numa declaração política no Parlamento.

“Este governo simplex lançou um complexo nas escolas”, ironizou, afirmando que o modelo em vigor contribuiu para pôr a “função dos professores em causa”.

“Que país é este que põe professores contra professores a competir pela mesma vaga?”, questionou, afirmando que nenhum dos objectivos do sistema de avaliação foi atingido e, ao contrário, foi criada “uma grande confusão nas escolas”.

Num pedido de esclarecimento, o deputado do PSD Pedro Duarte, defendeu que um ano depois de ter sido aprovado o modelo de avaliação dos docentes em vigor, está na altura de o Parlamento fazer um balanço e saber “o que fazer perante o estado da arte”.

O deputado anunciou que proporá uma audição pública no Parlamento para ouvir os professores e outros agentes educativos sobre o modelo em vigor que considerou ter gerado “confusão, instabilidade e inaplicabilidade”.

Pelo PS, a deputada Paula Barros recusou a “visão catastrofista” do CDS-PP e disse que o Governo está atento ao funcionamento do sistema de avaliação.

A deputada lembrou que para os dias 23 e 24 estão convocadas as estruturas sindicais “para renegociação das quotas”.

À esquerda, PCP e BE criticaram o CDS-PP por não ter votado favoravelmente projectos para suspender o modelo de avaliação dos professores.

Sanctum: the real movie

Crónicas cine-espeleológicas

http://nalga.files.wordpress.com/2011/02/sanctummovie.jpg?w=301&h=156

Fomos ver o Sanctum em 3D na semana passada.

O motivo do filme: um verdadeiro clássico da Espeleologia Mundial, as crescidas! A quem nunca lhe passou semelhante evento debaixo de terra é porque, com certeza, muita espeleo não fez até hoje, ou começou ontem no “ofício” (ou tem realmente sorte, que também os há).

Bem, a ansiedade era grande, pudera Hollywood deita mão às histórias da nossa vida, isto gera sempre ansiedade e o trailer prometia: mega dolinas, floresta tropical, equipamento standart de espeleo (que é uma raridade no grande ecrã), acampamentos, e uma equipa de espeleólogos lá no fundo a tentar arrancar mais metros à gruta quando se forma uma grande tempestade…


Compro o bilhete, coloco os óculos 3D, sento-me no alto da sala de cinema e está tudo a postos para ver SANCTUM! Publicidade, grandes efeitos especiais 3D, isto promete!

Começa o filme: tudo a desembarcar toneladas de equipamento num destino tão espeleo-atractivo, como é a Papua-Nova Guiné.

Um belo voo de helicóptero, chegada ao acampamento no meio da selva, mesmo ao lado de uma brutal mega dolina, ao estilo Mexicano do Sotano de las Golondrinas!

Enquanto uns colocam a corda no rack e se soltam em estilo escalador para dentro do buraco (não fossem eles americanos, quer pelo rack, quer pelos saltos e respectivos gritinhos), outro (aquele que já se supõe que será o mau da fita, sim, sim, as expedições de espeleo também têm maus da fita) lança-se em base jump para dentro da dolina.

Aqui abro um parêntesis para informar que notei a falta da habitual publicidade à Red Bull que patrocina estes malucos. Em contrapartida a PETZL, que não dá um tusto para expedições de espeleo, patrocinou em grande o filme, é tudo PETZL, e imaginem vocês, que o Duo da PETZl agora também serve para mergulhar a grandes profundidades, fantástico, não é?

Sanctum


Convém notar que estão na gruta mais profunda do mundo (na PGN!?), mais de 2000 metros de profundidade, num arquipélago onde a profundidade conhecida pouco ultrapassa os – 1000 e é noutra ilha… (vá, a geografia falhou um bocadinho, mas imaginem rodar isto no Cáucaso, o ‘calor da Rússia’ das grutas dificultaria bastante a rodagem!)



A história é básica, desenvolve-se explorando os laços emocionais entre um pai, espeleo-mergulhador e espeleólogo de ponta, ao que ridicularizam dizendo que não tem mais nada na vida e um filho, uma beleza jovial de louros cabelos e olhos azuis.

Ora este filho foi privado de toda a sua juventude ao ser obrigado pelo pai, de mau feitio como todo o bom espeleólogo, a ir a muitas expedições espeleológicas pelo mundo fora (é caso para dizer, coitadinho!).

A juntar a isto temos também mulheres, intrépidas exploradoras, que morrem todas. Pois só se safa o garoto, depois de fazer as pazes com o pai e o admirar para todo o sempre.

Moral da história: Nunca desistas e conseguirás safar-te!

Quer dizer, aparte da moral anterior também se pode ver no sentido real e a moral da história será: que todos os rios correm para o mar…

Entre tudo isto, há uma rocha que tampona a última sala da gruta, depois descobrem uma passagem em espeleomergulho, chegam a uma grande galeria (seca), encontram o caminho graças à presença de guano de morcego, (e claro, Hollywood sem maniqueísmo? Nem pensem!) o mau da fita ataca, o bonzinho safa-se para poder contar a história.

Está bem, no meio, uma das raparigas fica com o cabelo preso do rack, sim realmente isto podia estar baseado numa história verdadeira (Sanctum: The Real Story), e a casmurrice de não aceitar as sugestões de quem sabe, também a leva à hipotermia.

Há uma competição serôdia e infantilizada pelos records das explorações, lá nisso foram bastante fieis à realidade. No fundo, apresentam o espeleólogo como alguém tosco, ridicularizado por gostar de estar entre pedras que não interessam a mais ninguém e que compete casmurramente, com a sua própria vida, se isso lhe der a capa de uma National Geographic ou o reconhecimento entre os seus pares!

É o melhor filme de espeleo-ficção que vi, não está mal, gostei! Ainda assim fica muito aquém do que prometia o trailer. Os cenários, ainda que alguns sejam interessantes, ficam também muito aquém da realidade. No entanto, nota-se um grande esforço assessorial no que concerne a toda a realidade espeleológica.

Agora, não é nada que se compare com um The Cave ou outras versões de caça-monstros nas grutas. Desaconselho levar a família a ver o Sanctum, porque se corre realmente o risco de que não voltem a descansar sempre que estejam fora “de expedição” em algum lugar do planeta.

Quanto aos efeitos 3D, nada que mereça ver o filme nessa versão…

Vá, reconheço que qualquer espeleólogo que vá ver este filme de espeleo-ficção, esteja sempre a postos para detectar a mínima falha, aliás foi a única coisa que fiz todo o filme e é por isso, que o vamos ver…
De realidade espeleológica vivemos nós, inundados!


in Blog NALGA - post de M007

Conferência em Coimbra - Armazenamento de CO2 em estruturas geológicas profundas

A pedido do amigo Doutor Fernando Pedro Figueiredo, da Universidade de Coimbra, divulgamos a seguinte actividade:

À semelhança de anos anteriores, a EAGE (European Association of Geoscientists and Engineers) patrocina uma conferência no Departamento de Ciências da Terra, desta vez subordinada ao tema “Armazenamento de CO2 em estruturas geológicas profundas”. A conferência terá lugar no próximo dia 22 de Fevereiro, 3ª-feira, no Anfiteatro A1, das 14.00 às 17.30 horas, no Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra e será apresentada pela Doutora Federica Donda, investigadora do “Geophysics of the Lithosphere Department-Instituto Nazionale di Oceanografia e di Geofisica Sperimentale (OGS)”, Trieste, Itália.
A participação na conferência é gratuita mas deverão inscrever-se através do seguinte site:


Anexos:

Apresentação pública de livro em Lisboa

 (clicar para aumentar)

No próximo dia 22 vai ser lançado, no Museu Nacional de História Natural, o livro “Aurora dos Tempos Moderno: do desaparecimento dos dinossauros à génese do Homem”, de Silvério Figueiredo do Departamento de Território, Arqueologia e Património/Laboratório de Arqueozoologia e Paleontologia (Instituto Politécnico de Tomar) e do Centro Português de Geo-história e Pré-História (Lisboa), no qual se descrevem as principais evidências fósseis e de outra natureza, e as mais importantes teorias e interpretações, no sentido de se explicar de que modo o aparecimento do homem pode estar relacionado, embora muito remotamente, com a extinção dos dinossauros.

Este blog associa-se ao evento dando os parabéns ao autor e divulgando o lançamento, ciente de que muitos geólogos estarão presentes...

Actividade gastronómica (e não só...) em Conimbriga

Recebido por e-mail dos Amigos de Conimbriga, com pedido de divulgação:



No próximo dia 24 de Fevereiro de 2011, 5ª feira, irá ter lugar no Museu Monográfico de Conimbriga a seguinte programação cultural:

18.00 horas – “À conversa com… Teresa Vendeiro e Anabela Marto”

Teresa Vendeiro, uma das mais recentes contratações para o Quadro de Pessoal do Museu Monográfico de Conimbriga, irá contar o seu extraordinário exemplo de vida. Sofre de paralisia cerebral, com uma incapacidade motora de 85%, é licenciada em História da Arte pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e Campeã Paralímpica na modalidade de Boccia nos Jogos Paralímpicos de Seul (1988).

Anabela Marto é Professora do Ensino Especial na Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra e irá falar do Boccia enquanto modalidade olímpica e da sua tradição greco-romana.

20.30 horas – “De Apicius a Columella” – Reinterpretação da Gastronomia Clássica

Dando continuidade aos jantares temáticos apresentados pelo Restaurante do Museu Monográfico de Conimbriga, os Chefes António Lagoa e Sónia Neves sugerem a seguinte ementa – ver também a informação no final deste post:

Aveludado de lavistico e mini-almôndegas de vitela

Salada agridoce de pão de espelta e “pancetta”. Rebentos em vinagrete

Frango à moda de Frontão, tâmaras recheadas e camarões marinados

Patina de pêra


“À Conversa Com…”:

Entrada grátis: + info visitas@conimbriga.pt / 239 941 177


“De Apicius a Columella”: 18 € por pessoa, com tudo incluído.

Reservas: 239 941 168 - 239 944764 - 969 279 074


NOTA: Ficheiro de Apoio - AQUI.

O Sol estará zangado...?!?

Tempestades de radiação podem causar perturbações nas telecomunicações
Sol brindou Dia dos Namorados com maior erupção dos últimos quatro anos

A erupção de dia 14 foi a maior registada em quatro anos

Conta a NASA que o Sol não produzia uma erupção como a que produziu no dia 14, Dia dos Namorados, há quatro anos. As imagens recolhidas pelo Observatório de Dinâmica Solar da agência espacial norte-americana mostram aquela que é a primeira erupção de categoria X, a categoria máxima, desde 2006.

Os dados recolhidos por este observatório, que visam estudar a actividade da nossa principal estrela, revelam, diz a NASA, que há um novo ciclo solar a iniciar-se, com uma actividade fora do comum no hemisfério sul do Sol, diz a agência no seu site.

Estas tempestades solares emitem altos níveis de radiação, que podem provocar constrangimentos a nível das comunicações, por exemplo. Segundo a NASA, a capacidade destas erupções seria mais potentes do que mil milhões de bombas de hidrogénio.

A erupção registada em 2006, a maior em trinta anos, foi de categoria X-9. Esta última, registada no dia 14, foi de categoria X-1.

A sexta extinção - notícia no Público

A Terra estará a viver a sexta extinção em massa por causa das alterações do clima
16.02.2011 - Teresa Firmino

As espécies do Sul da Europa deverão migrar cada vez mais para norte

Qual vai ser o impacto das alterações climáticas na árvore da vida, no final do século XXI? Pela primeira vez, um artigo, publicado amanhã, quinta-feira, pela equipa do biólogo Miguel Araújo na revista Nature, avaliou os efeitos das alterações do clima na árvore da vida. A Terra pode estar a viver a sexta extinção em massa, desta vez pela mão humana, se não forem travadas as emissões de gases com efeito de estufa.

Já houve cinco momentos de desaparecimento maciço de biodiversidade, causados por fenómenos geológicos catastróficos — como a colisão de um asteróide com a Terra há 65 milhões de anos, que ficou famosa porque, entre os desaparecidos, estavam os dinossauros. Agora, devido às alterações do clima pela acção humana, há a tese de que a Terra estará a viver a sexta extinção em massa.

Mas uma vaga de desaparecimentos tem de cumprir quatro condições para ser uma extinção em massa, explica Miguel Araújo, coordenador do pólo na Universidade de Évora do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos: tem de ocorrer de forma generalizada em todo o mundo; num período de tempo geológico curto; envolver grandes quantidades de espécies; e afectar espécies de um leque vasto de grupos biológicos.

Por exemplo, se as extinções afectarem muitas espécies só de algumas partes da árvore da vida, as extinções serão dramáticas, com impacto nos ecossistemas, mas não será a sexta extinção em massa, diz Araújo, titular da cátedra Rui Nabeiro em Biodiversidade, a primeira criada em Portugal com fundos privados (cem mil euros anuais, por cinco anos).

À procura de resposta, a equipa do biólogo, que inclui Wilfried Thuiller, entre outros cientistas da Universidade Joseph Fourier, em França, reconstruiu as relações evolutivas de grande número de espécies de aves, mamíferos e plantas, estudando o caso da Europa. Nestas relações evolutivas, a equipa projectou depois as conclusões para o risco de extinção das espécies. Teve em conta quatro cenários de alterações climáticas, consoante estimativas distintas de emissões de gases de estufa, até 2080, e usando modelos que reproduzem o clima da Terra.

Para estudar como as alterações climáticas actuais poderiam afectar a evolução da árvore da vida, foi ainda necessário distinguir as extinções causadas pelas mudanças do clima das que ocorreriam ao acaso. Para tal, a equipa removeu aleatoriamente “ramos” exteriores da actual árvore da vida, para ver até que ponto as extinções modeladas na sequência das alterações climáticas seriam diferentes de aleatórias. “Se não diferisse — é o nosso resultado —, estaríamos perante um padrão de extinções não selectivo, que afectaria a totalidade da árvore”, explica Araújo, também do Museu Nacional de Ciências Naturais de Madrid. “As alterações climáticas previstas afectam os ramos da vida de forma uniforme, tornando-os menos densos e farfalhudos com o tempo”, diz.

“Outros estudos têm demonstrado que as ameaças humanas afectam determinados ramos concretos da árvore da vida, por exemplo espécies grandes, especializadas em determinados tipos de comida ou habitats, ou anfíbios”, diz. “O nosso artigo demonstra que as alterações climáticas terão tendência a afectar todos os ramos da árvore.”

O estudo não permite dizer, porém, qual o número de espécies que irá desaparecer. E a estes impactos há que juntar outros de origem humana, como a destruição de habitats, a caça e pesca excessivas, a propagação de espécies invasoras e de agentes patogénicos, que afectam mais uns troncos da árvore do que outros. “Como os impactos se adicionam uns aos outros, o futuro poderá reservar-nos um aumento generalizado de espécies ameaçadas que afectará quase todos os ramos da árvore da vida.”

Portanto, as alterações climáticas poderão alterar as contas actuais sobre a extinção das espécies. A Terra está então viver a sexta extinção em massa? “No caso de haver impactes de grande magnitude que afectem um grande número de espécies, o padrão de extinções modelado por nós assemelha-se ao que se esperaria numa extinção em massa, já que estas não afectaram ramos particulares da árvore da vida, mas a sua quase totalidade”, responde Miguel Araújo.


Perdas no Sul da Europa

Outra conclusão é que as espécies do Sul da Europa, que perde biodiversidade, deverão deslocar-se para o Norte. Já hoje, aliás, as alterações do clima estão a empurrar mais para norte espécies de aves e borboletas.

É também provável que espécies do Norte de África entrem no Sul da Europa — “o que já está a verificar-se com algumas aves e insectos”. Os recém-chegados tanto podem trazer mais biodiversidade, como acentuar a perda de espécies por competição ou novas doenças. “É difícil prever as consequências destas colonizações. Mas, havendo um mar entre os dois continentes, só espécies capazes de o atravessar podem colonizar a margem Norte, o que limita a diversidade de colonizadores.”

Memórias de Rómulo de Carvalho

O título completo é, à maneira barroca, “Memórias que para instrução e divertimento de seus tetranetos escreveu certa pobre criatura que, entre milhares de milhões de outras, vagueou por este mundo na última centúria do seguindo milénio da era de Nosso Senhor Jesus Cristo”. Mas na capa vem só, lapidarmente, “Memórias”.

A “pobre criatura”, cujo retrato ocupa todo o frontispício, é um dos mais notáveis homens de cultura portugueses da última centúria: Rómulo de Carvalho, professor de Ciências Físico-Químicas, prolixo autor de vários manuais escolares e pioneiro na divulgação de ciências para “gente nova”, exímio historiador de ciência com especial predilecção pelo século das luzes, e, como se isso tudo fosse pouco, também poeta, durante muito tempo escondido, sob o pseudónimo de António Gedeão. Apesar de os destinatários directos da obra, os tetranetos do autor, ainda não terem nascido, temos a sorte de a podermos ler hoje, graças à amável autorização da família que transcreveu um muito legível manuscrito, e à atenção do Serviço de Educação e Bolsas da Fundação Gulbenkian, que foi inexcedível a prodigalizar os necessários cuidados de impressão. É mesmo uma sorte, pois o livro, extraordinariamente bem escrito (ou não fossem Rómulo e Gedeão mestres, respectivamente, da prosa e da escrita em língua portuguesa), é um retrato não só de um autor, que os seus alunos, directos e indirectos, amigos e leitores muito estimam e admiram, mas também um retrato do nosso século XX, ou quase um século, pois a vida do autor vai de 1906, quando a monarquia constitucional vivia nos seus últimos tempos, até 1997, já Portugal, adiantado na era pós 25 de Abril, estava a entrar no segundo milénio.

O dia do nascimento de Rómulo de Carvalho, 24 de Novembro, é hoje, concretizando uma ideia do Ministro da Ciência e Tecnologia José Mariano Gago, o Dia Nacional da Cultura Científica e Tecnológica. Conta o próprio Rómulo no início da obra: “Chamo-me Rómulo e nasci no dia de São João da Cruz com sete meses de gestação.” Não foi só no nascimento que Rómulo se revelou prematuro. Entrado no ensino primário com apenas cinco anos, quando já sabia ler, concluiu aos sete anos, com a nota de óptimo, o exame de primeiro grau da instrução primária, para pouco depois concluir o exame do segundo grau e ficar como assessor da professora a ensinar os outros meninos. Foi também prematuro ao versejar como aliás também faziam a sua mãe Rosinha e a sua irmã mais velha Noémia, que tinham o "dom" mediúnico de comunicar com os mortos. Mas não se revelou nada precoce em dar a conhecer a sua alma poética, pois só publicou a sua primeira obra de poesia quando tinha meio século, no ano da graça de 1956.

O dia da morte não sobreveio cedo: 19 de Fevereiro de 1997. As Memórias terminam com a palavra Adeus escrita duas semanas antes de falecer. Antes do “Adeus” o autor recupera as palavras do início atrás citadas e acrescenta “Faleci em de de ”, onde os intervalos seriam preenchidos pela sua segunda esposa, a escritora Natália Nunes, que, num apaixonado Post scriptum, escreve: “Coube-me a mim, tua Natália, preencher os espaços que deixaste em branco para escrever as datas da tua morte. Não te digo adeus. A minha alma estará sempre contigo, que foste o meu único e grande amor.”

A morte aparece como lenitivo de um final de vida bastante sofrido pela progressão da doença: “a vida tornou-se-me um martírio”. Algumas das últimas palavras são de um enorme desprendimento:

“A vida nunca me seduziu. Entre o viver e o morrer sempre preferi morrer. Se não tivesse nascido, ninguém daria pela minha falta. Reconheço que estou a ser indelicado com todos aqueles que gostam de mim, mas peço-lhes que me desculpem. É preciso ter vocação para viver…”

À visão do autor, nos seus últimos dias, marcados por um darwinismo extremo (“O mundo é repugnante e a vida não tem sentido. É uma luta permanente e feroz em que cada um busca a satisfação dos seus interesses exactamente como outros quaisquer seres vivos, animais ou plantas, que se espreitam e atacam”) contrapõe-se a voz crente da mulher (“Peço a Deus que te dê a paz eterna, pelo que trabalhaste, sofreste e amaste, pela tua bondade e generosidade para com todos”). O mundo pode ser uma selva, mas Rómulo foi, de facto, nessa selva um homem bom ou, como ele reconhece com modéstia, um homem “útil”.

Apesar da vida não ter seduzido o autor este livro resume noventa e um anos intensamente vividos. A obra conta, com rigor e objectividade que se aliam literariamente a ironia e humor, uma biografia completa e cheia. Desde a infância na Rua do Arco do Limoeiro, perto da Sé de Lisboa, até à velhice na Rua Sampaio Bruno, em Campo de Ourique, também em Lisboa, não muito longe do “seu” Liceu Pedro Nunes, passando pelos anos do Porto e de Coimbra, muitas foram as peripécias de um século que, em Portugal conheceu vários regimes, embora tivesse sido dominado pelo Estado Novo do “Deus, Pátria e Família”. Para conhecer melhor esse século, desde pormenores do quotidiano doméstico até às vicissitudes da vida cultural passando pelo sistema escolar, não há como ler estas páginas. Alguns trechos são implacáveis para o modo de ser português: basta reparar como o autor reage à instituição nacional da “cunha”, que o pai, funcionário dos Correios e Telégrafos, cultivava como era uso e costume à época. Rómulo abandonou o seu lugar de professor no Liceu Camões para ingressar no Pedro Nunes simplesmente por não ter querido favorecer um aluno, em cujo sucesso o Reitor tinha especial empenho. Era possível ser íntegro num tempo de não-integridade!

Seja-me permitida terminar com uma nota pessoal. Frequentei, passados muitos anos, a mesma escola, o Liceu Normal de D. João III, em Coimbra, onde o professor Rómulo de Carvalho exerceu a sua profissão. O que ele conta do Reitor de então foi também testemunhado por mim. O Reitor Guerra era tão pequenino e belicoso que lhe chamávamos o “Pulga Escaramuça”. Atacava os alunos à estalada fosse porque iam a correr no corredor fosse porque tinham faltado a uma sessão da Mocidade Portuguesa. Na Biblioteca desse Liceu encontrei, para meu grande proveito, a ciência viva nos volumes da colecção Ciência para Gente Nova que Rómulo escreveu em Coimbra para a editora Atlântida, inaugurando a sua faceta de divulgador científico. Como estudante do último ano do liceu visitei o Gabinete de Física Experimental da Universidade de Coimbra, guiado pelo Doutor Almeida Santos que tinha recebido Rómulo interessado no seu estudo - só agora na leitura das Memórias soube da saga que foi a publicação do seu livro sobre o Gabinete, que inaugura os seus estudos de história da ciência. Foi, finalmente, numa livraria de Coimbra talvez frequentada outrora por Rómulo que comprei as obras de António Gedeão, que foram inauguradas nessa cidade nas condições de secretismo descritas nas Memórias. É, por isso, natural que, na escolha da designação para a biblioteca e mediateca especializada no ensino e na divulgação das ciências que criei na Universidade de Coimbra, no quadro da rede de Centros Ciência Viva espalhados pelo país, o nome que se impôs tenha sido inescapável: Centro Ciência Viva Rómulo de Carvalho.

- Rómulo de Carvalho, “Memórias”, Fundação Calouste Gulbenkian, 2010.

in De Rerum Natura - post de Carlos Fiolhais

Conferência em Vila Real



COMEMORAÇÃO DOS 25 ANOS DO MUSEU DE GEOLOGIA DA UTAD


A quinta conferência deste ciclo debruça-se sobre:

«As muitas caras do Silício, dos poluentes aos minerais industriais»


Professor Doutor Fernando Barriga

Museu Nacional de História Natural

Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa


[Local]
Auditório de Geociências - UTAD


[Data]
18 de Fevereiro 2011


[Horas]
15h00


[Organização]
Departamento de Geologia da UTAD


Museu de Geologia da UTAD

Música adequada à data