terça-feira, fevereiro 28, 2023
Billy Thorpe morreu há 16 anos...
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Jane Russell morreu há doze anos...
Marilyn Monroe e Jane Russell a colocar a assinatura e marcas das mãos no cimento fresco, no Grauman's Chinese Theater, 1953
Brian Jones nasceu há oitenta e um anos
Lewis Brian Hopkin Jones (Cheltenham, Gloucestershire, 28 de fevereiro de 1942 - Essex, 3 de julho de 1969) foi um músico inglês e membro-fundador da banda The Rolling Stones.
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O ator George Kennedy morreu há sete anos...
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Rui Reininho faz hoje 68 anos
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segunda-feira, fevereiro 27, 2023
Saudade de um Poeta...
Metamorfose
Ó homem que passas tranquilo na rua
atrás de qualquer próximo perfume
e chegas a casa sem incidentes
ó homem que tens à espera de ti
virada a esquina da rua e do tempo o teu próprio rosto
não tenhas pena de quem morre
de árvore para árvore
e é diferente no principio e no fim da rua
in Aquele Grande Rio Eufrates (1961) - Ruy Belo
Uma poesia de Assis Pacheco - para bom entendedor...
A MISSÃO DOS SETENTA E DOIS
(1)
E depois disto designou o comandante
ainda outros setenta e dois e mandou-os
em fila adiante de si
por todos os matos e morros
aonde ele devera ter ido.
E dizia-lhes: grande é na verdade
a guerra, poucos os homens.
Rogai pois ao dono da guerra
que mande homens
para a sua (dele dono) guerra.
Ide, e olhai, que eu vos mando
como lobos entre cordeiros.
Levai bornal, cantil, calçado
de lona e a ninguém saudeis
senão com fogo pelo caminho.
Na cabana aonde entrardes
dizei primeiro do que tudo:
guerra seja nesta casa;
e se ali houver algum
filho da guerra descerá
sobre ele a vossa guerra;
porque senão a guerra, a guerra, a guerra
vos enganará.
(2)
Voltaram mais tarde os setenta e dois
muito alegres
dizendo: senhor, até mesmo
os demónios se nos submetem
em virtude do teu nome.
E o comandante lhes volveu:
eu via cair do céu
a Satanás, como um relâmpago.
Dei-vos então o poder
de pisardes serpentes, e escorpiões,
e toda a força do inimigo;
e nada vos fará dano.
(3)
Digo-vos que naquele dia
haverá menos rigor para Sodoma
do que para tal povo.
E tu, Quinguengo, que te elevaste
até ao alto da mata
- serás submergida até ao inferno.
Pois eu vos afirmo que foram
muitos os profetas e reis
que desejaram ver o que vós vedes, e não o viram;
e que desejaram ouvir o que vós ouvis
e não o ouviram.
Os PV-2 acertam sempre.
in Katalabanza, Kilolo e Volta (1976) - Fernando Assis Pacheco
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Um terramoto, seguido de um tsunami, devastaram o Chile há treze anos...
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Elizabeth Taylor nasceu há 91 anos
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Hoje é dia de ler boa Poesia...
Está sereno o poeta
Desprende-se-lhe dos ombros e cai
depois em pregas por ele abaixo a manhã
Não pertencem ao dia os gestos que ele tem
não morrerão na noite seus assombrosos passos
Dizem que ele volta a pôr em movimento a roda
de crianças de atitudes desmedidas
que o vento varreu e parque algum queria
E abre os braços para deixar cair na cidade
um ano favorável ao senhor
E põe o rosto do senhor por trás das suas palavras
Elas decerto o hão-de dar a quem as demandar
in Aquele Grande Rio Eufrates (1961) - Ruy Belo
Um incêndio queimou o Reichstag e a democracia alemã há noventa anos...
Pavlov morreu há 87 anos
Na década de 20, ao estudar a produção de saliva em cães expostos a diversos tipos de estímulos palatares, Pavlov percebeu que com o tempo a salivação passava a ocorrer diante de situações e estímulos que anteriormente não causavam tal comportamento (como por exemplo o som dos passos de seu assistente ou a apresentação da tigela de alimento). Curioso, realizou experimentos em situações controladas de laboratório e, com base nessas observações, teorizou e enunciou o mecanismo do condicionamento clássico.
A ideia básica do condicionamento clássico consiste em que algumas respostas comportamentais são reflexos incondicionados, ou seja, são inatas em vez de aprendidas, enquanto que outras são reflexos condicionados, aprendidos através do emparelhamento com situações agradáveis ou aversivas simultâneas ou imediatamente posteriores. Através da repetição consistente desses emparelhamentos é possível criar ou remover respostas fisiológicas e psicológicas em seres humanos e animais. Essa descoberta abriu caminho para o desenvolvimento da reflexologia e psicologia comportamental e mostrou ter ampla aplicação prática, inclusive no tratamento de fobias e nos anúncios publicitários entre outras aplicações da medicina e ciências cognitivas.
Foi sepultado no Cemitério de Volkovo em São Petersburgo.
Cindy Wilson, uma das vocalistas dos The B-52's, faz hoje 66 anos
Cynthia Leigh Wilson (Athens, 28 de fevereiro de 1957) é uma cantora e atriz norte-americana, popular por ser uma das vocalistas e compositoras da banda de rock The B-52's.
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Adrian Smith, guitarrista dos Iron Maiden, faz hoje 66 anos
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D. João de Castro, Vice-Rei da Índia, nasceu há 523 anos
D. João de Castro (Lisboa, 27 de fevereiro de 1500 - Goa, 6 de junho de 1548) foi um nobre, cartógrafo e administrador colonial português. Foi governador e capitão general, 13.º governador e 4.º vice-rei do Estado Português da Índia.
A TAP Portugal homenageou-o ao atribuir o seu nome a uma das suas aeronaves.
Primeiros anos
Secretário da Casa do Rei D. Manuel I de Portugal, era filho de D. Álvaro de Castro, senhor do Paul de Boquilobo, governador da Casa do Cível e vedor da fazenda de João II de Portugal e de Manuel I de Portugal; e de D. Leonor de Noronha, filha do 2.º conde de Abrantes, D. João de Almeida, e de D. Inês de Noronha.
Foi discípulo de Pedro Nunes e condiscípulo do Infante D. Luís. Aprendeu Letras por vontade do pai, mas "...como por inclinação era muito afeiçoado às armas, aspirando por elas à glória, a que o exemplo de seus maiores o chamava", enveredou pela carreira militar. Embarcou aos 18 anos para Tânger, onde serviu durante nove anos sendo governador daquela praça D. Duarte de Meneses, e onde foi ordenado cavaleiro. D. Duarte escreveu a D. João III, recomendando João de Castro particularmente, dizendo que ele tinha servido de maneira que nenhum posto já lhe tivera servido.
De volta ao reino, conservou-se por algum tempo na Corte. Desposou a sua prima, D. Leonor Coutinho, filha de Leonel Coutinho, fidalgo da casa de Marialva, e de D. Mécia de Azevedo, filha de Rui Gomes de Azevedo.
Quando o soberano armou a expedição a Tunis, em auxílio a Carlos V (1535), D. João acompanhou o infante D. Luís, distinguindo-se de tal modo que, com a vitória, Carlos V quis armá-lo cavaleiro, "honra a que se escusou, por já o haver sido por outras mãos, que o que lhes faltava de reais, tinham de valorosas". O imperador mandou entregar 2.000 cruzados a cada um dos capitães da armada, "o que o D. João de Castro também rejeitou, porque servia com maior ambição da glória, que do prémio".
Em seu retorno, foi recebido por D. João III com grandes provas de consideração. Este, por carta de 31 de janeiro de 1538, concedeu-lhe a comenda de São Paulo de Salvaterra na Ordem de Cristo, a qual aceitou pela honra, e não por conveniência, pois era tão pequeno o rendimento dela que não bastava para as suas despesas, sendo contudo a primeira e única mercê que recebeu. Professou a 6 de março de 1538, conforme a lista dos cavaleiros daquela Ordem. Retirou-se então para a sua casa na serra de Sintra, desejando viver só, entregue aos cuidados da família e aos trabalhos agrícolas.
A Índia
Passou pela primeira vez à Índia Portuguesa como simples soldado, com seu cunhado D. Garcia de Noronha, nomeado vice-rei, indo render D. Nuno da Cunha, e que muito estimou levá-lo na armada "não só com os méritos de sucessor", segundo diz Jacinto Freire de Andrade, mas com a mercê de lhe suceder no governo, que lhe foi concedida por alvará de 28 de Março de 1538. Embarcou com seu filho D. Álvaro de Castro, que apenas contava 13 anos, dando por distrações daquela idade os perigos do mar.
A armada de D. Garcia de Noronha chegou a Goa com próspera viagem, e achou o governador D. Nuno da Cunha com a armada pronta a socorrer Diu, e pelejar contra as galés turcas, que o tinham sitiado no cerco, que defendeu António da Silveira. D. Garcia de Noronha, com a posse do governo, tomou a obrigação de socorrer a praça, "para o que se lhe ofereceu D. João de Castro, que embarcou no primeiro navio como soldado aventureiro, parecendo já pressentir os futuros triunfos que o chamavam a Diu; porém a retirada dos turcos privou D. Garcia da vitória, ou lha quis dar sem sangue, se menos gloriosa, mais segura."
Falecendo D. Garcia, sucedeu-lhe no governo D. Estêvão da Gama, e D. João de Castro achou-se com ele na expedição ao Mar Roxo. D. Estêvão partiu com 12 navios de alto bordo e 60 embarcações de remo, a 31 de Dezembro de 1540, sendo D. João de Castro o capitão dum galeão. Esta viagem até Suez foi deveras notável, e D. João fez dela um roteiro minucioso, que ofereceu ao infante D. Luís. Oito meses depois recolheu a Goa, em 21 de Agosto, tendo adquirido pelas experiências que fizera durante a viagem, o nome de filósofo.
Regressando a Portugal, foi nomeado general da armada da costa em 1543, em prémio dos serviços. Saiu logo para comboiar as naus, que de viagem se esperavam da Índia, contra os corsários que infestavam os mares. Conseguiu desbaratar sete naus dos corsários, e entrou com as da Índia pela barra de Lisboa, sendo recebido com o maior entusiasmo. D. João de Castro estava em Sintra quando o rei, perseguido por altos empenhos ao tratar-se de escolher o sucessor de Martim Afonso de Sousa, 13.º governador da Índia, consultou, irresoluto, o seu irmão o infante D. Luís, o qual lhe aconselhou a nomeação de D. João de Castro. Aceitou o rei o conselho, e mandou chamá-lo à Corte em Évora, e com palavras lisonjeiras o nomeou, por provisão datada de 28 de fevereiro de 1545. D. João aceitou, beijando a mão do monarca reconhecido pela honra, que não solicitara.
Levou consigo para a Índia os seus dois filhos D. Álvaro e D. Fernando. Aprestou brevemente a armada, que constava de 6 naus grandes, em que se embarcaram 2.000 homens de soldo; a capitânia S. Tomé, em que o governador ia, que lhe deu este nome, por ser o do apóstolo da Índia, sendo os outros capitães D.Jerónimo de Meneses, filho e herdeiro de D. Henrique, irmão do marquês de Vila Real, Jorge Cabral, D. Manuel da Silveira, Simão de Andrade e Diogo Rebelo. A armada partiu a 24 de março de 1515. D. João recebera a mercê da carta de conselho com data de 7 de janeiro de 1515 e fizera o seu testamento a 19 de março, deixando testamenteiros Lucas Geraldes, D. Leonor, sua mulher, e D. Álvaro, seu filho; instituiu o morgado na quinta da Fonte D'El-Rei, em Sintra, denominada da Penha Verde.
A armada chegou a Goa em setembro. Lançado nos complicadíssimos negócios da administração da Índia, teve de pegar em armas contra o Hidalcão, por lhe não querer entregar o prisioneiro Meale, como seu antecessor estava resolvido a fazer. Hidalcão foi derrotado a duas léguas da cidade de Goa, e viu-se obrigado a pedir a paz. Acabado o incidente, 1546 trouxe outro deveras gravíssimo, a guerra de Diu, promovida por Coge Çofar, que pretendia vingar a derrota sofrida. Travou-se ardente luta, e no fim de sangrentos episódios, foram derrotados os portugueses. D. João de Castro mandou novo reforço, e, não contente com isso, organizou nova expedição que ele próprio comandou. Desta vez ficaram vitoriosas as tropas portuguesas; o inimigo teve de levantar o cerco e fugiu, deixando prisioneiros e artilharia. Para reedificar a Fortaleza de Diu, que depois da vitória ficara derrubada até ao cimento, D. João escreveu aos vereadores da Câmara de Goa, a fim de obter um empréstimo de 20.000 pardaus para as obras da reedificação, a célebre carta, datada de 23 de novembro de 1546, em que ele dizia, que mandara desenterrar seu filho D. Fernando, que os mouros mataram nesta fortaleza, para empenhar os seus ossos, mas que o cadáver fora achado de tal maneira que não se pudera tirar da terra; pelo que, o único penhor que lhe restava, eram as suas próprias barbas, que lhe mandava por Diogo Rodrigues de Azevedo; porque todos sabiam, que não possuía ouro nem prata, nem móvel, nem coisa alguma de raiz, por onde pudesse segurar as suas fazendas, e só uma verdade seca e breve que Nosso Senhor lhe dera. É heroico este ato. Tanta era a consciência da própria honra que empenhava os ossos do filho, depois as barbas, ao pagamento duma soma que pedia para o serviço do rei, e não para si. 0 povo de Goa respondeu a esta carta com quantia muito superior à que fora pedida, vendo que tinham um governador tão humilde para os rogar, e tão grande para os defender. Remeteram-lhe aquele honrado penhor, acompanhado do dinheiro e duma carta muito respeitosa solicitando por mercê que aceitasse aquela importância, que a cidade de Goa e seu povo emprestavam da sua boa e livre vontade, como leais vassalos de El-Rei. A carta tem a data de 27 de dezembro de 1547.
Vice-Rei e anos finais
Depois da vitória de Diu, não pôde D. João descansar. Teve novamente de combater Hidalcão, que derrotou, tomando Bardez e Salsete. Dirigiu-se para Diu, mas havendo só a notícia do socorro que levava, assustado o inimigo fugiu, voltou a Goa, onde se viu obrigado a repelir ainda o Hidalcão, destruindo-lhe os portos. Havendo chegado a Lisboa a fama das suas proezas no Oriente, o rei quis recompensá-lo, enviando-lhe o título de vice-rei, em carta de 13 de outubro de 1547, prorrogando-lhe o governo por mais três anos, dando-lhe uma ajuda de custo de 10.000 cruzados, e concedendo ao seu filho D. Álvaro o posto de capitão-mor do mar da Índia. As mercês chegaram tarde para que o novo vice-rei as pudesse gozar. Cansado pelos trabalhos das contínuas guerras, adoeceu gravemente, e reconhecendo em poucos dias indícios de ser mortal a doença, quis livrar-se do encargo do governo. Chamou o bispo D. João de Albuquerque, D. Diogo de Almeida Freire, o Dr. Francisco Toscano, chanceler-mor do Estado, Sebastião Lopes Lobato, ouvidor geral, e Rodrigo Gonçalves Caminha, vedor da Fazenda, e entregando-lhes o Estado com a paz dos príncipes vizinhos assegurado sobre tantas vitórias, mandou vir à sua presença o governador popular da cidade, o vigário Geral da Índia, o guardião de São Francisco, Frei António do Casal, São Francisco Xavier e os oficiais da Fazenda do rei. Dirigiu-lhes então as seguintes palavras: "Não terei, senhores, pejo de vos dizer, que ao vice-rei da Índia faltam nesta doença as comodidades que acha nos hospitais o mais pobre soldado. Vim a servir, não vim a comerciar ao Oriente; a vós mesmo quis empenhar os ossos de meu filho, e empenhei os cabelos da barba, porque para vos assegurar, não tinha outras tapeçarias nem baixelas. Hoje não houve nesta casa dinheiro, com que se me comprasse uma galinha; porque nas armadas que fiz, primeiro comiam os soldados os salários do governador, que os soldos do seu rei; e não é de espantar; que esteja pobre um pai de tantos filhos. Peço-vos, que enquanto durar esta doença me ordeneis da fazenda real uma honesta despesa, e pessoa por vós determinada, que com modesta taxa me alimente."
O Magnetismo Terrestre no Roteiro de Lisboa a Goa: as experiências de D. João de Castro
Os antigos Gregos haviam descoberto que uma pedra metálica escura podia repelir ou atrair objetos de ferro - era a origem do estudo do magnetismo. Na época das grandes navegações, não se conseguia localizar um navio no mar pelas duas coordenadas, a latitude e a longitude; a determinação desta exigia um relógio a bordo que indicasse a hora exata no meridiano de referência, e a determinação astronómica da longitude dava erros inaceitáveis. Durante a viagem até à Índia, D. João de Castro levou a cabo um conjunto de experiências que conseguiu detetar fenómenos, nomeadamente relacionados com o magnetismo e com as agulhas magnéticas a bordo. É de supor que devia esses conhecimentos a Pedro Nunes, naturalmente o direto inspirador de todas as observações que realizou nas suas viagens. Quando em 5 de agosto de 1538, D. João de Castro decidiu determinar a latitude de Moçambique, encontrou a causa que ditava o «espantoso desconcerto» das agulhas: notou o desvio da agulha, descobrindo-o 128 anos antes de Guillaume Dennis (1666), de Nieppe, o qual é registado na História da Navegação como se fosse o primeiro a conhecer esse fenómeno. A sua observação nas proximidades de Baçaim, em 22 de dezembro de 1538, de um fenómeno magnético, pelo qual se verificavam variações da agulha devido à proximidade de certos rochedos, confirmadas quatro séculos mais tarde, foi denominado atração local. D. João de Castro refutou a teoria de que a variação da declinação magnética não se fazia por meridianos geográficos. As suas observações são o mais importante registo de valores da declinação magnética no Atlântico e no Índico, no século XVI, e úteis para o estudo do magnetismo terrestre. Foi uma das personalidades da ciência experimental europeia desse século, relacionando a importância desse estudo com as navegações. O seu nome ficou ligado à ciência pelas suas obras que evidenciavam uma tendência para o moderno espírito científico.
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Borodin morreu há 136 anos
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Samuel Pierpont Langley morreu há 117 anos
Vida
Samuel Pierpont Langley nasceu em Roxbury, perto de Boston, Massachusetts, nos Estados Unidos da América. Formou-se na Boston Latin School, e foi assistente do Harvard College Observatory. Foi ainda professor de Matemática da Academia Naval dos Estados Unidos. Em 1867, foi nomeado diretor do Allegheny Observatory e professor de astronomia na Universidade de Pittsburgh, em Pittsburgh, Pennsylvania. Exerceu estas funções até 1891 apesar de, entretanto, se ter tornado o terceiro secretário do Instituto Smithsonianiano, em Washington, DC, em 1887. Langley foi ainda o fundador do Smithsonian Astrophysical Observatory.
Em 1886, Langley foi agraciado com a Medalha Henry Draper, da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, devido às suas contribuições no campo da física solar. Em 1878, Langley inventou o bolómetro, um instrumento usado para medir a incidência da radiação eletromagnética. A publicação, em 1890, das suas observações sobre os infravermelhos junto com Frank Washington Very, foi posteriormente a base para a formulação dos primeiros cálculos sobre o efeito de estufa, realizados por Svante Arrhenius.
Aviação
Langley interessou-se pela construção de aparelhos que pudessem voar. Efectuou diversas tentativas usando aviões a que chamava Aerodromes. Usualmente, o nome de Langley é usado para contrastar com os irmãos Wright. Ao contrário daqueles homens, Langley possuía elevada instrução académica e dispunha de fundos para suportar os seus esforços para desenvolver um aparelho que pudesse voar. Além disso, a sua prestigiante posição como Secretário do Instituto Smithsonian, garantia-lhe credibilidade atraindo as atenções de investidores para os seus projetos.
Em 1896, Langley construiu um avião a vapor, não-tripulado, que foi designado por Aerodrome nº 6. Em 28 de Novembro daquele ano, o aparelho voou cerca de 1.200 metros até acabar o vapor que o movia. O aparelho não possuía qualquer sistema que permitisse direcionar o seu voo. Naturalmente, máquinas a vapor são bastante pesadas e provou-se que não seriam práticas para voar. Ainda assim, o sucesso do modelo número 6, permitiu que Langley convencesse o Departamento de Guerra (agora Departamento de Defesa) a investir 50.000 dólares no sentido de criar uma máquina voadora que pudesse ser pilotada. O Instituto Smithsoniano contribuiu com uma soma similar no apoio aos esforços de Langley. Assim, o assistente de Langley, Charles M. Manly, projectou uma máquina com cerca de 60 quilos, gerando 52 cavalos-vapor, que deveria garantir o sucesso. O resultado foi um avião mais adequado, que Langley chamou de Large Aerodrome A. Langley percebeu que os riscos em caso de insucesso seriam menores se o teste fosse realizado sobre a água. Assim, gastou praticamente metade dos fundos para construir uma barcaça com uma catapulta capaz de impulsionar o seu novo aparelho. Em 7 de outubro de 1903, com Manly no comando, o avião de Langley foi lançado para pouco tempo depois mergulhar no Rio Potomac.
Crê-se que o Great Aerodrome talvez tivesse voado se Langley tivesse optado pelo meios mais convencionais de elevar os aparelhos desde o solo, apesar dos maiores riscos para o tripulante. Na verdade, o esforço da catapulta sobre o aparelho foi enorme, danificando a estrutura das asas dianteiras logo no arranque. A situação foi ainda pior na segunda tentativa, em 9 de dezembro de 1903, quando a asa traseira e a cauda do aparelho foram completamente esmagadas no lançamento. Charles Manley quase morreu afogado antes de ser resgatado dos destroços do aparelho sobre a superfície coberta de gelo do Rio Potomac.
Naturalmente, as críticas não se fizeram esperar. O jornal The Brooklyn Eagle citou um político de Washington como tendo dito:
- "Digam a Langley por mim que a única coisa que ele alguma vez fez voar foi o dinheiro do Governo."
Um outro representante de Washington descreveu a Langley como "um professor com imaginação, com sonhos de voar, a quem se deu os recursos de construir castelos no ar."
O Departamento de Guerra. no seu relatório final sobre o projeto de Langley, concluiu que "ainda estamos longe do objetivo final e parece-nos que necessitaremos ainda de anos de constante trabalho e estudo efetuado por especialistas, juntamente com o investimento de milhares de dólares, antes de podermos ter a esperança de produzir um aparelho de utilidade prática nesta área."
No entanto, em 17 de dezembro de 1903, apenas oito dias depois do espetacular fracasso de Langley, foi lançado ao ar com auxilio de uma catapulta em Kitty Hawk, Carolina do Norte, um aparelho mais resistente, chamado de Flyer 1, foi construído por Orville e Willbur Wright, custando apenas cerca de mil dólares. Desiludido, Langley abandonou o seu projeto.
Samuel Pierpont Langley morreu, destroçado e desapontado, em 27 de fevereiro de 1906, em Aiken, Carolina do Sul, após uma série de ataques cardíacos. Mesmo ano em que o 14-Bis (Oiseau de Proie II) primeira aeronave "mais pesada que o ar" pilotado pelo inventor brasileiro Alberto Santos Dumont , levantou voo sem ajuda de nenhum tipo de lançador e percorreu sessenta metros em sete segundos, a uma altura de aproximadamente dois metros, perante mais de mil espetadores, em 23 de outubro, no campo de Bagatelle, Paris.
Apesar de dezoito anos de esforços para alcançar a imortalidade terem redundado em fracasso, Langley acabou por dar uma importante contribuição no progresso da aviação. Em 1914, oito anos depois de sua morte, o Aerodrome sofreu várias mudanças e voou com êxito em Hammondsport, Nova Iorque, pilotado por Glenn Hammond Curtiss.
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Ruy Roque Gameiro, escultor precocemente falecido, nasceu há 117 anos
(imagem daqui)
Ruy Roque Gameiro (Amadora, 27 de fevereiro de 1906 - Rio de Mouro, 18 de agosto de 1935) foi um escultor português.
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Dexter Gordon nasceu há um século...
Gordon era considerado um virtuoso, particularmente pelos seus duetos de saxofone com Wardell Gray, com o qual gravou vários álbuns entre 1947 e 1952.
Fez diversas aparições em filmes durante a vida, dentre elas, a do filme The Connection, de 1960, para o qual também compôs a banda sonora. Depois disto, passou 15 anos residindo na Europa, principalmente em Paris e Copenhaga. Neste período, retornou algumas vezes aos Estados Unidos para gravar. Os sete álbuns que lançou pela gravadora Blue Note Records neste período (Doin' Allright, Dexter Calling…, Go, A Swingin' Affair, Our Man in Paris, One Flight Up, e Gettin' Around) são considerados seus melhores trabalhos.
Em 1976 retornou aos EUA, apresentando-se no clube de jazz Village Vanguard, com grande sucesso. Depois disto, lançou vários álbuns pela Columbia Records.
Em 1986, no filme Round Midnight fez o papel de um músico de jazz, pelo qual recebeu uma indicação para o Óscar de Melhor Ator.
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Mônica Salmaso nasceu há cinquenta e dois anos
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