sexta-feira, janeiro 01, 2021

Adeus Carlos do Carmo...


Morreu o fadista Carlos do Carmo (1939-2021)

O cantor, de 81 anos, morreu na manhã desta sexta-feira, no hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde tinha dado entrada ontem com um aneurisma na aorta 

A noticia foi confirmada ao Expresso pela família. O fadista, que nasceu em 1939 e eternizou canções como “Lisboa, menina e moça” e “Os putos”, tinha feito 81 anos no dia 21 de dezembro. No último dia de 2020 deu entrada no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, após um aneurisma na artéria aorta. Na manhã de dia 1 de janeiro acabaria por perder a vida.

 

in Expresso

Henrique Pousão nasceu há 162 anos

Henrique Pousão (1881), por Rodolfo Amoedo
      
Henrique César de Araújo Pousão (Vila Viçosa, 1 de janeiro de 1859 - Vila Viçosa, 20 de março de 1884), foi um pintor português pertencente a 1 ª geração naturalista.
Tio do poeta João Lúcio, faleceu, com apenas 25 anos, de tuberculose.
Foi o mais inovador pintor português da sua geração, reflectindo, na sua obra naturalista, influências de pintores impressionistas, como Pissarro e Manet. Realizou também paisagens que ultrapassam as preocupações estéticas da pintura do seu tempo. Natural de Vila Viçosa, Henrique Pousão faz-se pintor na Academia Portuense de Belas Artes, onde é discípulo de Thadeo Furtado e João Correia.
Bolseiro do Estado, parte para Paris, em 1880, com José Júlio de Sousa Pinto onde é discípulo de Alexandre Cabanel e Yvon. Por razões de saúde, troca a França por Itália: em Nápoles, Capri e Anacapri, executa algumas das suas melhores pinturas, em Roma é sócio dos Círculo dos Artistas e frequenta sessões nocturnas de Modelo Vivo.
Considerado um dos maiores da Pintura portuguesa da segunda metade do século XIX, Henrique Pousão desenvolveu toda a sua produção artística em fase de formação. A sua pintura é marcada pelos lugares por que passa.
Em França, revela já a originalidade que, mais tarde, marca a sua obra: um entendimento da luz e da cor, traduzido nas representações das margens do Sena, dos bosques sombrios dos arredores de Paris e em aspectos da aldeia de St. Sauves.
Em Roma, embora adira ao gosto académico, afasta-se do registo mimético e narrativo do naturalismo: num numeroso conjunto de pequenas tábuas, pinta ruas, caminhos, pátios, casas, trechos de paisagens, expressa as formas em grandes massas de cor, em jogos de claro-escuro e de luz-sombra. Em algumas obras, as composições assumem formas sintetizadas - próximas de uma expressão abstracta - caso de exceção na pintura portuguesa da época.
Através da sua obra, é possível traçar o antes e o depois do naturalismo.
  
Cecilia (1882)
  
Esperando o sucesso (1882), óleo de Henrique Pousão
   

O cantor de country Del Reeves morreu há catorze anos

  
Franklin Delano "Del" Reeves (Sparta, Carolina do Norte, 14 de julho de 1932 - 1 de janeiro de 2007) foi um cantor de música country norte-americano, mais conhecido pelas suas canções da década de 60. Tornou-se num dos cantores masculinos de country dessa década. Reeves devia o seu nome ao presidente Franklin Delano Roosevelt, que fora nomeado pelo Partido Democrático para ser o seu candidato a presidente alguns dias antes do nascimento do cantor.
  

 


O Almirante Canaris nasceu há 134 anos

   
Wilhelm Franz Canaris (1 de janeiro 18879 de abril 1945) foi um almirante alemão, líder dos serviços de espionagem militar (a Abwehr) de 1935 a 1944. Foi também uma das figuras da resistência alemã (Widerstand) ao regime nazi de Adolf Hitler e um dos envolvidos no atentado de 20 de julho de 1944.
    
Início de vida
Canaris nasceu no início de 1887, na vila de Aplerbeck, localizada na Vestfália, perto de Dortmund. O seus pais foram Karl Canaris, um industrial abastado, e Auguste Popp. Enquanto jovem, Canaris recebeu uma educação cuidada, que lhe permitiu dominar com fluência quatro línguas, incluindo inglês e castelhano. Em 1905, aos dezassete anos, alistou-se na Marinha Imperial Alemã, inspirado pela figura de Constantine Kanaris, um almirante e político grego que se distinguiu na luta pela independência do seu país. A sua família acreditava estar, de alguma forma, relacionada com o almirante e somente em 1938 é que Canaris descobriu que a sua ascendência era de origem italiana.
No início da Primeira Guerra Mundial, Canaris foi destacado para o SMS Dresden como Segundo Piloto. O navio participou, logo em dezembro de 1914, na batalha das Ilhas Falkland e graças ao heroísmo do Almirante Graf Spee, em liderar um combate perdido contra à Royal Navy britânica, o Dresden, que estava bem atrás em relação aos demais navios da frota, consegue fugir em direção ao pacífico e refugiar-se por algum tempo nas costas chilenas.Em Março de 1915 a sua tripulação foi capturada mas Canaris consegue fugir e regressar em Agosto, com a ajuda do seu domínio do castelhano e de comerciantes alemães.
De volta ao serviço activo, Canaris foi destacado para Espanha, onde desempenhou funções de coordenação de espionagem e intercepção de mensagens inimigas. Mais tarde adquiriu um comando de submarino e destacou-se pela sua eficácia, sendo responsável pelo naufrágio de 18 navios britânicos. No final da guerra, Canaris encontrava-se já na lista negra do MI6.
  
Entre as guerras
Canaris permaneceu na Marinha depois do final da Primeira Grande Guerra, atingindo o grau de Capitão em 1931. Durante este período aprofundou o seu interesse na área da informação e contra-informação e envolveu-se na política alemã, embora nunca se tenha alistado no Partido Nazi. Em 1935, já depois da subida ao poder de Adolf Hitler, Canaris foi promovido à liderança da Abwehr e ao posto de contra-almirante. A sua primeira tarefa foi organizar uma rede de espiões em Espanha, no prelúdio da guerra civil. O seu trabalho foi bem sucedido e as informações recolhidas pelos seus homens influenciaram Hitler a aliar-se a Franco.
A sua carreira militar e política progrediu ao mesmo tempo que a situação política se deteriorava na Europa. Em 1938, Canaris começou a desiludir-se com a ideologia nazi e a agressividade latente de Hitler para com o resto do continente, assim como muitos outros oficiais da Wehrmacht que mais tarde integraram a resistência alemã. Para este núcleo, Hitler era visto como um lunático perigoso para a grandiosidade e estatuto da Alemanha e os membros do Partido Nazi eram desprezados pelas tácticas de repressão criminosa. Canaris passou logo à acção e esteve envolvidos na organização de dois planos para assassinar Hitler, em 1938 e em 1939, nunca concretizados. Um dos seus aliados nesta fase foi o futuro marechal Paul Ludwig Ewald von Kleist, que visitou Londres em segredo para conversações com membros do MI6. A ideia dos dissidentes, liderados por Canaris, era que se Hitler invadisse a Áustria, o Reino Unido iria declarar guerra à Alemanha. No entanto, concretizado o Anschluss, o primeiro-ministro britânico Neville Chamberlain decidiu-se por mais uma tentativa diplomática para apaziguar o expansionismo nazi. O resultado foi o acordo de Munique. A guerra foi adiada e Hitler ficou com uma auto-confiança renovada para prosseguir com os seus planos.
Canaris ficou extremamente desiludido com a postura passiva dos britânicos, mas, face aos sucessos políticos de Hitler, decidiu-se por uma atitude discreta. Os contactos com o MI6, no entanto, continuaram. De inimigo número um, Canaris passara a aliado da causa anti-nazi.
  
II Guerra Mundial
No início da Segunda Guerra Mundial, Canaris deslocou-se à frente leste, na Polónia, na qualidade de chefe dos serviços de informação militar. Durante a visita testemunhou muitos crimes de guerra cometidas pela SS sobre as populações locais, nomeadamente contra a comunidade judaica. As suas funções requeriam que tomasse notas e elaborasse um relatório para Hitler sobre o andamento da guerra. Canaris cumpriu a obrigação, mas ficou revoltado contra as atrocidades a que assistiu. O relatório foi entregue ao Führer porém uma segunda via foi enviada para Londres, o que demonstra o continuar da relação secreta entre Canaris e os serviços secretos britânicos, mesmo depois do início das hostilidades entre ambos os países.
Ao longo dos anos seguintes, Canaris manteve uma vida dupla, mostrando-se como um líder dedicado à causa de Hitler por um lado, enquanto que por outro conspirava a sua queda com os britânicos e outros dissidentes da Wehrmacht. De acordo com a sua função de líder da Abwehr, Canaris recolheu informações importantes para o desenrolar da guerra, através da sua rede de espiões e, por diversas vezes, através dos seus contactos britânicos. Uma das informações que recolheu via MI6 foi o plano detalhado das disposições defensivas russas, nos meses que antecederam a Operação Barbarossa. O dossier foi bem recebido por Hitler mas provocou a suspeita de Heinrich Himmler (líder da SS - Schutzstaffel) e Reinhard Heydrich (líder do Sicherheitsdienst), quanto à verdadeira origem das informações. Canaris passou a estar sob suspeita, principalmente devido às suas viagens frequentes ao Sul de Espanha, onde provavelmente se encontrava com agentes britânicos de Gibraltar. Em 1942, a relação institucional de Canaris e Heydrich (seu antigo protegido na Kriegsmarine) deteriorou-se devido a um incidente na República Checa, relacionado com a captura de Paul Thümmel, um agente britânico, pela Gestapo. Canaris interferiu com a prisão e a execução certa do homem, alegando que, na realidade, Thümmel era um agente duplo ao serviço da Abwehr. A sua explicação passou, mas as suspeitas de Heydrich acumularam-se até à sua própria morte, num atentado realizado em junho de 1942. É possível que o assassinato de Heydrich tenha sido organizado pelo MI6, de modo a proteger a posição de Canaris.
Após muita insistência da parte de Himmler, e apesar da falta de provas directas, Hitler foi finalmente convencido a demitir Canaris em fevereiro de 1944. A liderança da Abwehr passou para Walter Schellenberg, com fortes ligações ao Sicherheitsdienst, e Canaris foi colocado em prisão domiciliária, por suspeitas de conspiração.
  
Queda e legado
Canaris encontrava-se ainda em prisão domiciliária quando ocorreu o atentado de 20 de julho de 1944 contra a vida de Hitler. A sua situação ilibava-o de responsabilidade directa, mas após a prisão, tortura e interrogatório de vários envolvidos, Hitler e Himmler ficaram com provas que Canaris estava pelo menos moralmente de acordo com o sucedido. A sua prisão apertou-se, mas Canaris foi poupado a um tribunal marcial imediato: por um lado Hitler tinha a esperança que Canaris denunciasse mais conspiradores, por outro lado Himmler esperava usar os contactos britânicos de Canaris para salvar a sua posição após o final da guerra. Quando se tornou claro que Canaris não ia colaborar com nenhum dos planos, tornou-se dispensável. O julgamento foi sumário e a condenação à morte inevitável. Canaris foi executado por enforcamento a 9 de abril de 1945, no campo de concentração de Flossenbürg, poucas semanas antes do suicídio de Hitler e do final da guerra.
A coragem de Canaris na oposição a Hitler veio a público no fim da guerra, através de declarações de vários dos seus antigos colaboradores nos julgamentos de Nuremberga e de Stewart Menzies, líder do MI6. Foi também depois do fim da guerra que se descobriu que Canaris utilizou a sua posição para salvar a vida de muitos judeus, concedendo-lhes treino em espionagem e depois arranjando-lhes "missões" em países neutros. De entre as personalidades que saíram da Alemanha neste esquema contam-se Menachem Mendel Schneerson e Joseph Isaac Schneersohn.
     

O maestro Xavier Cugat nasceu há 121 anos

    
Francesc d'Asís Xavier Cugat Mingall de Bru i Deulofe (Girona, 1 de janeiro de 1900 - Barcelona, 27 de outubro de 1990) foi um maestro espanhol catalão-cubano, um dos pioneiros na popularização da música latina nos Estados Unidos.
Cugat nasceu na Catalunha e, quando tinha três anos, a sua família mudou-se para Havana, capital de Cuba. Sempre propenso à música, foi morar em Los Angeles, nos Estados Unidos, onde trabalhou como cartunista no jornal Los Angeles Times durante o dia e como maestro à noite. Depois de alguns anos apresentando-se em pequenos clubes na área de Los Angeles, Cugat finalmente teve a sua oportunidade quando ele e a sua orquestra obtiveram lugar permanente na prestigiosa discoteca Coconut Grove em 1928.
O seu estilo musical popularizou-se e Cugat contribuiu para trazer a música latina para a atenção do público norte-americano. Nos anos 30 e 40 foi apelidado de O Rei da Rumba, devido à popularização dessa dança. Nas suas aparições em filmes, Cugat interpretava-se a si próprio, mesmo se o personagem tivesse outro nome que não o dele, e, em conjunto com a sua orquestra, apareceu em vários musicais memoráveis da MGM nos anos 40. Foi casado com a cantora espanhola Charo.
Após sofrer um derrame cerebral, em 1971, Xavier aposentou-se e morreu em Barcelona, em 1990.
     

   


A Austrália faz hoje 120 anos


A Austrália (em inglês: Australia, oficialmente Comunidade da Austrália, em inglês: Commonwealth of Australia), é um país do hemisfério sul, localizado na Oceania, que compreende a menor área continental do mundo ("continente australiano"), a ilha da Tasmânia e várias ilhas adjacentes nos oceanosÍndico e Pacífico. O continente-ilha, como a Austrália por vezes é chamada, é banhado pelo oceano Índico, ao sul, e a oeste pelo mar de Timor, mar de Arafura e Estreito de Torres, a norte, e pelo mar de Coral e mar da Tasmânia, a leste. Através destes mares, tem fronteira marítima com a Indonésia, Timor-Leste e Papua-Nova Guiné, a norte, e com o território francês da Nova Caledónia, a leste, e a Nova Zelândia a sudeste.

Durante cerca de quarenta mil anos antes da colonização europeia iniciada no final do século XVIII, o continente australiano e a Tasmânia eram habitadas por cerca de 250 nações individuais de aborígenes. Após visitas esporádicas de pescadores do norte e pela descoberta europeia por parte de exploradores holandeses em 1606, a metade oriental da Austrália foi reivindicada pelos britânicos em 1770 e inicialmente colonizada por meio do transporte de presos para a colónia de Nova Gales do Sul, fundada em 26 de janeiro de 1788. A população aumentou de forma constante nos anos seguintes, o continente foi explorado e, durante o século XIX, outros cinco grandes territórios autogovernados foram estabelecidos.

Em 1 de janeiro de 1901, as seis colónias se tornaram uma federação e a Comunidade da Austrália foi formada. Desde a Federação, a Austrália tem mantido um sistema político democrático liberal estável e continua a ser um reino da Commonwealth. A população do país é de 23,4 milhões de habitantes, com cerca de 60% concentrados em torno das capitais continentais estaduais de Sydney, Melbourne, Brisbane, Perth e Adelaide. A sua capital é Camberra, localizada no Território da Capital Australiana.

Tecnologicamente avançada e industrializada, a Austrália é um próspero país multicultural e tem excelentes resultados em muitas comparações internacionais de desempenhos nacionais, tais como saúde, esperança de vida, qualidade de vida, desenvolvimento humano, educação pública, liberdade econômica, bem como a proteção de liberdades civis e direitos políticos. As cidades australianas também rotineiramente situam-se entre as mais altas do mundo em termos de habitabilidade, oferta cultural e qualidade de vida. A Austrália é o país com o terceiro maior índice de desenvolvimento humano do mundo (IDH). É membro da Organização das Nações Unidas (ONU), G20, Comunidade das Nações, ANZUS, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), bem como da Organização Mundial do Comércio (OMC).

 


in Wikipédia

Saudades de Lhassa...

J.D. Salinger nasceu há 102 anos


Jerome David Salinger (Nova Iorque, 1 de janeiro de 1919 - Cornish, 27 de janeiro de 2010) foi um escritor norte-americano. A sua obra mais conhecida é o romance intitulado The Catcher in the Rye.

 

  

in Wikipédia

O ciclista João Roque nasceu há oitenta anos


João Henrique Roque dos Santos (Casalinhos de Alfaiata, concelho de Torres Vedras, 1 de janeiro de 1940) é um ciclista de Portugal. Venceu a Volta a Portugal em 1963. Foi responsável pela vinda de Joaquim Agostinho para o Sporting e fez parte da Comissão de Honra do Centenário do Clube.  

 

Palmarés


 

in Wikipédia

Patti Page morreu há oito anos

 
   
Patti Page, nome artístico de Clara Ann Fowler (Claremore, 8 de novembro de 1927 - Encinitas, 1 de janeiro de 2013), foi uma cantora americana.
Foi uma cantora de grande sucesso nos anos de 50, vendendo mais de cem milhões de discos.
  

 


Eduardo Dussek - 66 anos

  
Eduardo Gabor Dusek, também conhecido pelos nomes artísticos de Eduardo Dussek e Duardo Dusek (Rio de Janeiro, 1 de janeiro de 1954), é um ator, cantor e compositor brasileiro.
  

   


Há 203 anos, indiretamente por causa do vulcão Tambora, foi publicado o livro Frankenstein

  
Frankenstein ou o Moderno Prometeu (Frankenstein: or the Modern Prometheus, no original em inglês), mais conhecido simplesmente por Frankenstein, é um romance de terror gótico com inspirações do movimento romântico, de autoria de Mary Shelley, escritora britânica nascida em Londres. O romance relata a história de Victor Frankenstein, um estudante de ciências naturais que constrói um monstro em seu laboratório. Mary Shelley escreveu a história quando tinha apenas 19 anos, entre 1816 e 1817, e a obra foi primeiramente publicada em 1818, sem crédito para a autora na primeira edição. Atualmente costuma-se considerar a versão, revista, da terceira edição do livro, publicada em 1831, como a definitiva.
O romance obteve grande sucesso e gerou todo um novo género de literatura de terror, tendo grande influência na literatura e cultura popular ocidental.

Origem
Em 1815 o Monte Tambora, na ilha de Sumbawa, na atual Indonésia, entrou em erupção. Como consequência, um milhão e meio de toneladas de poeira foram lançadas na atmosfera, bloqueando a luz solar, deixando o ano de 1816 sem verão no hemisfério norte.
Neste ano, Mary Shelley, então com 19 anos e ainda com o nome de solteira, Mary Wollstonecraft Godwin, e seu futuro marido, Percy Bysshe Shelley, foram passar o verão à beira do Lago Léman, onde também se encontrava o amigo e escritor Lord Byron. Forçados a ficar confinados por vários dias em ambiente fechado pelo clima hostil anormal para a época e local, os três e mais outro hóspede, o também escritor John Polidori, passavam o tempo lendo uns para os outros historias de horror, principalmente histórias de fantasmas alemãs traduzidas para o francês.
Eventualmente Lord Byron propôs que os quatro escrevessem, cada um, uma história de fantasmas. Byron escreveu um conto que usaria em parte mais tarde na conclusão de seu poema Mazzepa. Inspirado por outro fragmento de história de Byron desta época, Polidori mais tarde escreveria o romance “O Vampiro”, que seria a primeira história ocidental contendo o vampiro, como conhecemos hoje, e que, décadas depois, inspiraria Bram Stoker no seu Drácula. Porém, passados vários dias, Mary Shelley ainda não conseguira criar uma história. Eventualmente ela veio a ter uma visão sobre um estudante dando vida a uma criatura. Essa visão tornou-se a base da história de Frankenstein, a qual Mary Shelley veio a desenvolver num romance, encorajada pelo seu futuro marido.
Desta forma, é curioso notar que o Frankenstein e o Vampiro vieram a ter sua génese literária na mesma ocasião.
Shelley relatou sua versão da génese da história no prefácio à terceira edição de seu romance.
  
Edições
Mary Shelley completou o romance em 1817 e Frankenstein ou o moderno Prometeu foi publicado em 1 de janeiro de 1818 por uma pequena editora de Londres, a Lackington, Hughes, Harding, Mavor & Jones, após ter sido rejeitada por duas outras editoras. A publicação não continha o nome da autora, somente um prefácio escrito por Percy Bysshe Shelley, o seu noivo, e uma dedicatória a William Godwin, o seu pai. A primeira edição foi feita em três volumes e foram impressas somente 500 cópias.
Apesar das críticas desfavoráveis, a edição teve um sucesso de vendas quase imediato. Ficou bastante conhecida, principalmente através de adaptações para o teatro, e a obra foi traduzida para o francês.
A segunda edição de Frankenstein foi publicada a 11 de agosto de 1823, em dois volumes, desta vez com o crédito como autora para Mary Shelley.
Em 31 de outubro de 1831, a editora Henry Colburn & Richard Bentley lançou a primeira edição popular em um volume. Esta edição foi significativamente revista por Mary Shelley, e continha um novo e longo prefácio escrito por ela, relatando a génese da história. Esta edição é a mais conhecida e mais usada como base para traduções.

John Edgar Hoover nasceu há 126 anos

  
John Edgar Hoover (Washington, D.C., 1 de janeiro de 1895 - Washington, D.C., 2 de maio de 1972), foi um polícia norte-americano; foi o chefe do FBI durante 48 anos, a mais importante organização policial do mundo, sendo considerado o seu patrono.
É considerado por muitos como a autoridade mais poderosa dos Estados Unidos pelo maior periodo de tempo.
  

Um terramoto matou, há quarenta e um anos, na Terceira e São Jorge, 71 pessoas

 
Rua da Rocha
 
 
 
Igreja da Misericórdia

 
Sé Catedral
(imagens daqui)

O sismo da Terceira de 1980, também referido como terramoto de 1980 nos Açores, foi uma catástrofe natural, um sismo de grande intensidade, ocorrido a 1 de janeiro de 1980 no Grupo Central do arquipélago dos Açores.
  
Mapa de epicentros dos sismos mais importantes no Grupo Central dos Açores (daqui)
  
 
O evento
O sismo ocorreu pelas 15.42 (hora local) do dia 1 de janeiro de 1980, e teve magnitude 7,2 na escala de Richter e intensidades máximas de IX na escala de Mercalli, na Terceira, e VIII, no Topo e em Santo Antão, em S. Jorge. A profundidade hipocentral estimada foi de 10 km e o epicentro situou-se no mar, cerca de 35 km a SSW de Angra do Heroísmo.
   
Os danos
Em consequência, na ilha Terceira causou a destruição de 80% dos edifícios na cidade de Angra do Heroísmo, assim como extensos danos na vila de São Sebastião e nas freguesias do Oeste e Noroeste da ilha (em especial nas Doze Ribeiras); na Graciosa, danos nas freguesias do Carapacho e na Luz; e na ilha de São Jorge, danos nas freguesias de Vila do Topo e de Santo Antão.
Foram registadas 71 vítimas fatais (51 na Terceira e 20 em São Jorge) e mais de 400 feridos.
No total, ficaram danificados mais de 15.500 edifícios, causando cerca de 15.000 desalojados.
O então presidente da República Portuguesa, António Ramalho Eanes anunciou três dias de luto nacional.     
  

Spallanzani nasceu há 292 anos

 

Lazzaro Spallanzani (Scandiano, 10 de janeiro de 1729Pavia, 12 de fevereiro de 1799) foi um sacerdote católico, fisiologista italiano, estudioso das ciências naturais. Educado num colégio de jesuítas, Spallanzani abandonou os seus estudos em Direito na Universidade de Bolonha para se dedicar à ciência. O seu trabalho centrou-se na investigação da teoria da geração espontânea. Com suas experiências, Spallanzani mostrou que os micróbios movem-se pelo ar e que podem ser eliminados por fervura.
O seu intuito era derrubar as ideias de John Needham, que, através de suas experiências, havia "comprovado" que a vida poderia surgir espontaneamente de um caldo nutritivo, colocado em um recipiente vedado e aquecido até sua fervura. O problema do experimento de Needham eram os recipientes, que não foram bem vedados, permitindo a entrada de microorganismos e a contaminação do caldo nutritivo, e uma fervura branda, que possivelmente não haveria matado todos os microrganismos que já estavam no caldo nutritivo. Spallanzani mostra que com os recipientes vedados de outra maneira mais eficiente e realizando a fervura por mais tempo, a vida não surge espontaneamente.
Porém Needham retorquiu afirmando que com aquela fervura Spallanzani havia acabado com o ar dos recipientes, impossibilitando o surgimento da vida. Realmente a experiência acabava com o oxigénio dos frascos. A controvérsia só veio a ser esclarecida mais tarde, com as descobertas de Louis Pasteur.
Além disso, aprofundou os estudos de René-Antoine Reaumur, ao demonstrar que o suco gástrico era um factor decisivo na digestão. Obteve suco gástrico fazendo um animal engolir um tubo atado a um fio para posteriormente o retirar cheio do suco digestivo. Com este suco realizava experiências sobre a digestão no estômago. Para assegurar as condições correctas de temperatura, mantinha os tubos de ensaio nas suas axilas, dispensando assim a necessidade de um termostato (que não existia na altura). Também fez experiências com animais, fazendo com que estes engolissem pedaços de carne presos por fios, que depois recuperava para observar a progressão da disgestão, assim como os fazia engolir objectos metálicos. Também estudou o fenómeno nele próprio, engolindo, numa das vezes, uma saqueta de tela contendo pão e carne. Deixou ficar a saqueta durante 2 dias, retirando-a repetidamente para verificar a evolução da digestão. Concluiu que, ao fim de 18 horas, a carne era completamente digerida mas o pão ficava intacto.

O Divórcio de Veludo foi há 28 anos

  
A dissolução da Checoslováquia foi um processo histórico que pôs fim à antiga Checoslováquia e criou dois novos países, a República Checa e a Eslováquia, a partir de 1 de janeiro de 1993. A sua divisão ocorreu após uma série de protestos e reivindicações populares, mas sem nenhum conflito armado, diferentemente dos países da antiga Jugoslávia. Também é conhecida como Separação de Veludo ou Divórcio de Veludo, por ter ocorrido de maneira pacífica, a exemplo da Revolução de Veludo de 1989.
  

Lhasa de Sela morreu há onze anos...

  
Lhasa de Sela (Big Indian, New York, 27 de setembro de 1972 - Montreal, 1 de janeiro de 2010) foi uma cantora dos Estados Unidos da América, radicada no Canadá.
A sua ascendência era, de um lado mexicana, e de outro, americano-judeu-libanesa, filha de um professor, não convencional, que percorria os EUA e o México, difundindo o conhecimento, e de uma fotógrafa. Assim passou sua infância, de maneira nómada, juntamente com os seus pais e as suas três irmãs.
A sua obra musical mistura tradição mexicana, klezmer e rock e é cantada em três idiomas: espanhol, francês e inglês.
Faleceu a 1 de janeiro de 2010, em Montreal, Canadá, vítima de cancro de mama.
   

 

  


Música para começar um ano que esperemos melhor que o anterior...

 

  

O Primeiro Dia - Sérgio Godinho

  
A principio é simples, anda-se sozinho
Passa-se nas ruas bem devagarinho
Está-se bem no silêncio e no borborinho
Bebe-se as certezas num copo de vinho
E vem-nos à memória uma frase batida
Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
  
Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo
Dá-se a volta ao medo, dá-se a volta ao mundo
Diz-se do passado, que está moribundo
Bebe-se o alento num copo sem fundo
E vem-nos à memória uma frase batida
Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
  
E é então que amigos nos oferecem leito
Entra-se cansado e sai-se refeito
Luta-se por tudo o que se leva a peito
Bebe-se, come-se e alguém nos diz: Bom proveito!
E vem-nos à memória uma frase batida
Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
  
Depois vêm cansaços e o corpo fraqueja
Olha-se para dentro e já pouco sobeja
Pede-se o descanso, por curto que seja
Apagam-se dúvidas num mar de cerveja
E vem-nos à memória uma frase batida
Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
  
Enfim duma escolha faz-se um desafio
Enfrenta-se a vida de fio a pavio
Navega-se sem mar, sem vela ou navio
Bebe-se a coragem até dum copo vazio
E vem-nos à memória uma frase batida
Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
  
E entretanto o tempo fez cinza da brasa
E outra maré cheia virá da maré vazia
Nasce um novo dia e no braço outra asa
Brinda-se aos amores com o vinho da casa
E vem-nos à memória uma frase batida
Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Hoje é Dia da Paz (e Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus...)


1 ou 1.º de janeiro é o 1.º dia do ano no calendário gregoriano. Faltam 364 para acabar o ano (365 em anos bissextos).
Esta data é o Dia Mundial da Paz, além de Dia da Fraternidade Universal, sendo assim, um feriado internacional, adotado por quase todas as nações do planeta.
  
in Wikipédia
  
  

   

O Dia Mundial da Paz, inicialmente chamado simplesmente de Dia da Paz, é comemorado em 1 de janeiro, tendo sido criado pelo papa Paulo VI em 1967.
Em 8 de dezembro de 1967, o papa Paulo VI escreveu uma mensagem propondo a criação do Dia Mundial da Paz, a ser festejado no dia 1 de janeiro de cada ano. Mas o papa não queria que a comemoração se restringisse apenas aos católicos – para ele, a verdadeira celebração da paz só estaria completa se envolvesse todos os homens, não importando a religião. “A proposta de dedicar à paz o primeiro dia do novo ano não tem a pretensão de ser qualificada como exclusivamente nossa, religiosa ou católica. Antes, seria para desejar que ela encontrasse a adesão de todos os verdadeiros amigos da paz”, dizia, em sua mensagem. No texto, expressava seu desejo de que esta iniciativa ganhasse adesão ao redor do mundo com “caráter sincero e forte de uma humanidade consciente e liberta dos seus tristes e fatais conflitos bélicos, que quer dar à história do mundo um devir mais feliz, ordenado e civil”. Portanto, O Dia da Paz Mundial é um dia a ser celebrado pelos "verdadeiros amigos da Paz", independente de credo, etnia, posição social ou económica.
Dizia o Papa Paulo VI em sua primeira mensagem para este dia: "Dirigimo-nos a todos os homens de boa vontade, para os exortar a celebrar o Dia da Paz, em todo o mundo, no primeiro dia do ano civil, 1 de Janeiro de 1968. Desejaríamos que depois, cada ano, esta celebração se viesse a repetir, como augúrio e promessa, no início do calendário que mede e traça o caminho da vida humana no tempo que seja a Paz, com o seu justo e benéfico equilíbrio, a dominar o processar-se da história no futuro".
A proposta de dedicar à Paz o primeiro dia do novo ano não tem a pretensão de ser qualificada como exclusivamente religiosa ou católica. Antes, seria para desejar que ela encontrasse a adesão de todos os verdadeiros amigos da Paz, como se se tratasse de uma iniciativa sua própria; que ela se exprimisse livremente, por todos aqueles modos que mais estivessem a caráter e mais de acordo com a índole particular de quantos avaliam bem, como é bela e importante ao mesmo tempo, a consonância de todas as vozes do mundo, consonância na harmonia, feita da variedade da humanidade moderna, no exaltar este bem primário que é a Paz.
Completava ainda o Papa Paulo VI: "A Igreja católica, com intenção de servir e de dar exemplo, pretende simplesmente lançar a ideia, com a esperança de que ela venha não só a receber o mais amplo consenso no mundo civil, mas que também encontre por toda a parte muitos promotores, a um tempo avisados e audazes, para poderem imprimir ao Dia da Paz, a celebrar-se nas calendas de cada novo ano, caráter sincero e forte, de uma humanidade consciente e liberta dos seus tristes e fatais conflitos bélicos, que quer dar à história do mundo um devir mais feliz, ordenado e civil".
   

 


quinta-feira, dezembro 31, 2020

E termina um ano complicado - que caminho tão longo...

 

Travessia do Deserto - Três Cantos
Letra e música - José Mário Branco
 
 
Que caminho tão longo!
Que viagem tão comprida!
Que deserto tão grande
Sem fronteira nem medida!
.....Águas do pensamento
....Vinde regar o sustento
....Da minha vida

Este peso calado
Queima o sol por trás do monte
Queima o tempo parado
Queima o rio com a ponte
....Águas dos meus cansaços
....Semeai os meus passos
....Como uma fonte

Ai que sede tão funda!
Ai que fome tão antiga!
Quantas noites se perdem
No amor de cada espiga!
....Ventre calmo da terra
....Leva-me na tua guerra
....Se és minha amiga

Que caminho tão longo!
Que viagem tão comprida!
Que deserto tão grande
Sem fronteira nem medida!
.....Águas do pensamento
....Vinde regar o sustento
....Da minha vida

Este peso calado
Queima o sol por trás do monte
Queima o tempo parado
Queima o rio com a ponte
....Águas dos meus cansaços
....Semeai os meus passos
....Como uma fonte