sexta-feira, agosto 01, 2025

Hoje foi o Dia Internacional da Cerveja...!


O Dia Internacional da Cerveja, comemorado na primeira sexta-feira de agosto, foi inventado em 2007 em Santa Cruz (Califórnia).

Tem três propósitos declarados:

  1. Estar com amigos para saborear a cerveja;
  2. Celebrar aqueles que fabricam e os que servem a cerveja;
  3. Unir o mundo sob a bandeira da cerveja, celebrando as cervejas de todas as nações juntas em um único dia.

 

... pois um Poeta nunca morre enquanto é recordado...

(imagem daqui)

 

Não é uma coisa só


Não é uma coisa só,

São muitas coisas nuas.

Não é o desabar de uma casa.

É percorrer os seus escombros.

Não é aguardar por um filho.

É voltar a sê-lo.

Não é penetrar em ti.

É sair de mim.

Não é pedir-te que faças.

É fazer-te.

Não é dormir lado a lado.

É estar jacente de mãos dadas.

Não é ouvir vento e chuva.

É franquear-lhes a cama.

E relâmpago que pela terra se funde.

 

 

António Osório 

Poema de aniversariante de hoje...

(imagem daqui)

 

Vírgula 

Eu menino às onze horas e trinta minutos
a procurar o dia em que não te fale
feito de resistências e ameaças — Este mundo
compreende tanto no meio em que vive
tanto no que devemos pensar.


A experiência o contrário da raiz originária aliás
demasiado formal para que se possa acreditar
no mais rigoroso sentido da palavra.


Tanta metafísica eu e tu
que já não acreditamos como antes
diferentes daquilo que entendem os filósofos
— constitui uma realidade
que não consegue dominar (nem ele próprio)
as forças primitivas
quando já se tem pretendido ordens à vida humana
em conflito com outras surge agora
a necessidade dos Oásis Perdidos.


E vistas assim as coisas fragmentariamente é certo
e a custo na imensidão da desordem
a que terão de ser constantemente arrancadas
— são da máxima importância as Velhas Concepções pois
a cada momento corremos grandes riscos
desconcertantes e de sinistra estranheza.


Resulta isto dum olhar rápido sobre a cidade desconhecida.
E abstraindo dos versos que neste poema se referem ao mundo humano
vemos que ninguém até hoje se apossou do homem
como o frágil véu que nos separa vedados e proibidos.



in Ossóptico e Outros Poemas - António Maria Lisboa

António Osório nasceu há 92 anos...

(imagem daqui)

António Osório, nascido António Gabriel Maranca Osório de Castro (Setúbal, 1 de agosto de 193318 de novembro de 2021), foi um escritor e poeta português, com antepassados galegos e italianos (com raízes corsas e florentinas). 

Filho de pai português e de mãe italiana, o seu pai era sobrinho paterno da escritora Ana de Castro Osório.

Era licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (1956).

Poeta do amor e da fulguração, dos afetos e dos silêncios, embora tivesse começado a escrever em 1954, como colaborador da revista Anteu, apenas na década de 1970 começa a publicar a sua poesia em livros. Colaborou com Manuel Cargaleiro, Júlio Pomar e Pedro Cabrita Reis, que ilustraram algumas das suas obras. Dirigiu, com José Bento, um suplemento de poesia no Jornal de Letras e Artes.

Poeta e advogado em Lisboa, foi, na Ordem dos Advogados, vogal do conselho distrital de Lisboa, vogal e vice-presidente do conselho geral (1978-1980), vogal do conselho superior (1981-1983), Bastonário (1984-1986) e diretor da Biblioteca da Ordem dos Advogados (1995-2002). Foi administrador da Comissão Portuguesa da Fundação Europeia da Cultura e presidente da Associação Portuguesa para o Direito do Ambiente (1994-1996), qualidade na qual fundou e dirigiu a Revista de Direito do Ambiente e do Ordenamento do Território (1995-2002). A partir de 1998, foi diretor da revista Foro das Letras, editada pela Associação Portuguesa de Escritores-Juristas. Foi, entre 4 de março de 1999 até à sua morte, sócio correspondente nacional, na Classe de Letras, na 1.ª Secção – Literatura e Estudos Literários, da Academia das Ciências de Lisboa.

Em 1980, foi escolhido pelo governo de Portugal para representante na Convenção da Haia e, em 1985, para árbitro do Centro Internacional para a Arbitragem de Disputas sobre Investimentos. Em 1985, fundou o Instituto Jurídico Franco-Ibérico de Bordéus, em França. Entre 1988 e 2001, foi administrador da Associação Internacional de Juristas de Língua Italiana, que fundou. Em 2003, foi nomeado Presidente da Delegação Portuguesa do Tribunal Europeu de Arbitragem, em Estrasburgo (França).

Foi membro do Instituto de Direito Comparado Luso-Brasileiro, no Rio de Janeiro (Brasil), e da Conférence des Grands Barreaux d'Europe.

Morreu a 18 de novembro de 2021.
    

 

A Meus Filhos 

   
  
A meus filhos
desejo a curva do horizonte.

E todavia deles tudo em mim desejo:
o felino gosto de ver,
o brilho chuvoso da pele,
as mãos que desvendam e amam.

Marga,
meu fermento,
neles caminho e me procuro,
a corpo igual regresso:

ao rápido besouro das lágrimas,
ao calor da boca dos cães,
à sua língua de faca afectuosa;

à seta que disparam os ibiscos,
à partida solene da cama de grades,
ao encontro, na praia, com as algas;

à alegria de dormir com um gato,
de ver sair das vacas o leite fumegante,
à chegada do amor aos quatro anos.



in
A Raiz Afectuosa (1972) - António Osório

António Maria Lisboa nasceu há 97 anos...

(imagem daqui)
    
António Maria Lisboa (Lisboa, 1 de agosto de 1928 - Lisboa, 11 de novembro de 1953) foi um poeta português.
Apesar da sua evidente preferência pelas artes e letras, foi obrigado pelo pai a frequentar o Ensino Técnico, que detestava. A partir de 1947 forma, com Pedro Oom e Henrique Risques Pereira, um pequeno grupo à parte das atividades dos surrealistas, adotando uma postura inconformista diante da transformação do surrealismo numa escola, no que acabaria por conduzir ao abjeccionismo, termo em que convergem os princípios da estética surrealista e uma postura poética de «insubmissão permanente ante os conceitos, regras e princípios estabelecidos». Em março de 1949 parte para Paris, onde permanece por dois meses. Datam provavelmente dessa curta estada os seus primeiros contactos com o Hinduísmo, a Egiptologia, e o Ocultismo em geral. Escreveu Erro Próprio (1950), o principal manifesto do surrealismo português. Colaborou na revista Pirâmide, publicada entre 1959 e 1960, e foi redator de Afixação Proibida, em colaboração com Mário Cesariny, amigo que o acompanhou até aos últimos dias de vida. Atormentado por dificuldades existenciais, morreu de tuberculose, com apenas vinte e cinco anos.
Ainda que inserida no surrealismo, a obra de António Maria Lisboa (em parte publicada postumamente por Luiz Pacheco na editora Contraponto) caracteriza-se por uma faceta ocultista e esotérica que a torna muito particular. Lisboa prefere intitular-se «metacientista», e não surrealista, porque, como argumenta numa carta a Mário Cesariny, a «Surrealidade não é só do Surrealismo, o Surreal é do Poeta de todos os tempos, de todos os grandes poetas». Em 1977 foi publicado um volume com a sua obra completa organizado por Cesariny. Na introdução, este salientou não só o facto de a destruição dos manuscritos, operada por familiares do poeta, constituir uma perda irreparável para a história do surrealismo português, como o facto de a sua morte prematura parecer encimar um itinerário fulgurante ao longo do qual poesia e vida constituíram uma unidade indissolúvel. Escreveu ainda acerca de António Maria o seguinte: 
Preocupado com uma verdadeira aproximação às culturas exteriores à tão celebrada civilização ocidental, há na sua poesia uma busca incessante de um futuro tão antigo como o passado. Pode, e decerto deve, ser considerado o mais importante poeta surrealista português, pela densidade da sua afirmação e na direção desconhecida para que aponta.
   

 

Varech


Eu estimo sobre tudo os teus olhos incolores
as tuas mãos inúteis, a tua boca verde

Eu falo somente dos relógios caídos, dos autocarros

Eu falo somente dos pés vermelhos

Eu falo... eu falo... eu falo...

No vigésimo século as nuvens são árvores
e os pássaros mais pequenos grandes paquidermes

Sim, é verdade, os cabelos loiros

Então, meia-noite!

Senhora, se me dá licença, este dia acabou
por este dia
simplesmente

A criança é porca, é inútil

Muito obrigado.

 

António Maria Lisboa

A poetisa Eunice de Souza nasceu há 85 anos...

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Eunice de Souza (Pune, 1 de agosto de 1940 - Bombaim, 29 de julho de 2017) foi uma poetisa, crítica literária e romancista indiana de língua inglesa. Entre os seus mais notáveis livros de poesia está Mulheres na pintura holandesa (1988). 

 

Início da vida e educação

Eunice de Souza nasceu e cresceu em Pune, numa família católica goesa. Estudou inglês e literatura, obtendo o mestrado na Universidade Marquette em Wisconsin, e um doutoramento pela Universidade de Mumbai. Ela ensinou inglês em St. Xavier College, de Mumbai, e foi chefe do departamento, até a sua reforma. Ela estava envolvida no conhecido Festival Literário de Ithaka, organizado na faculdade.

Ela também foi envolvida no teatro, como atriz e diretora. Ela começou a escrever romances como Dangerlok em 2001. Ela também escreveu quatro livros infantis.

Para além de poesia e ficção, Eunice de Souza editou diversas antologias e coleções e escreveu uma coluna semanal para o Mumbai Mirror. A sua poesia é também incluída na Antologia de Poesia Contemporânea Indiana (Estados Unidos).

Morreu em 29 de julho de 2017.

 

in Wikipédia

 


Encontro numa festa em Londres
 
 
 
Durante um minuto permanecemos desconcertadamente juntos.
Perguntas a ti mesmo em que língua hás-de falar-me,
ofereces, antes, uma cebola avinagrada num palito.
És jovem e talvez te esqueças
de que o Império vive
apenas nos sons puros das vogais que te ofereço
acima do ruído.

 
 
 

in A rosa do mundo 2001 poemas para o futuro (2001) - Eunice de Souza (tradução Cecília Rego Pinheiro)

Jordi Savall nasceu há 84 anos

  

Jordi Savall i Bernadet (Igualada, Espanha, 1 de agosto de 1941) é um gambista, regente e compositor espanhol catalão, especialista em música antiga, tendo já traduzido inúmeros manuscritos de origens várias: mourisca, turca, grega e espanhola.

Em 1974 formou, com a sua esposa, Montserrat Figueras, uma brilhante cantora também catalã, falecida em 2011, o Ensemble Hespèrion XXI, cujo esforço tende a revitalizar a música original antiga, desde o século VII

 

in Wikipédia

 

Ney Matogrosso comemora hoje oitenta e quatro anos

   
Ney de Souza Pereira (Bela Vista, 1 de agosto de 1941), mais conhecido como Ney Matogrosso, é um cantor, diretor e ator brasileiro. Ex-integrante dos Secos & Molhados (1973-1974), foi o artista que mais se sobressaiu do grupo após iniciara sua carreira a solo com o disco Água do Céu - Pássaro (1975) e com as suas apresentações subsequentes. É considerado pela revista Rolling Stone como a terceira maior voz brasileira de todos os tempos e, pela mesma revista, trigésimo primeiro maior artista brasileiro de todos os tempos. Embora tenha começado relativamente tarde, das canções poéticas e de géneros híbridos dos Secos e Molhados, passou a interpretar outros compositores do país, como Chico Buarque, Cartola, Rita Lee, Tom Jobim, construindo um reportório que prima pela qualidade e versatilidade. Em 1983, completava dez anos de estreia no cenário artístico e já possuía dois Discos de Platina e dois Discos de Ouro, inclusive pela enorme repercussão da canção "Homem com H" de 1981.
Como iluminador de espetáculos, tem supervisionado toda a produção da área em suas próprias apresentações e também merece destaque seu trabalho de iluminação e seleção de reportório no show Ideologia (1988) de Cazuza e no show Paratodos de Chico Buarque em 1993, ao que afirma: "quero que as luzes provoquem sensações nas pessoas". Matogrosso também tem atuado recentemente no cinema: estreou em 2008 no curta-metragem Depois de Tudo, dirigido por Rafael Saar, e no filme Luz das Trevas de 2009, dirigido por Helena Ignez.
Distinguido por sua rara voz de contratenor, Ney Matogrosso também é conhecido por suas performances ao vivo. Atribuem a sua maquilhagem cénica e o seu vestuário exótico desde os anos 70 uma certa mudança de conceitos sobre o comportamento masculino apropriado no Brasil. Segundo Violeta Weinschelbaum, "o magnetismo de sua figura, a atração decididamente sexual que Ney Matogrosso produz sobre o palco é algo inimaginável." A biógrafa Denise Pires Vaz também escreve: "Dos cantores brasileiros, Ney Matogrosso é um dos poucos, senão o único, que pode merecer o título de showman."
 
 

Jerry Garcia nasceu há 83 anos...

    
Jerome John "Jerry" Garcia (San Francisco, 1 de agosto de 1942 - 9 de agosto de 1995) foi guitarrista, vocalista e letrista da lendária banda de rock psicadélico Grateful Dead. Foi considerado o 46º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone.
  
Biografia
Um dos fundadores e principal integrante da banda, Jerry Garcia dedicou-se aos Grateful Dead durante seus 35 anos de carreira (1960-1995). Ele também participou em diversos outros projetos paralelos, incluindo Saunders-Garcia Band (com o amigo de longa data Merl Saunders) e Jerry Garcia Band. Lançou alguns discos a solo durante esse período, além de participar de diversos discos de outros artistas como músico de sessão. Ele era bastante conhecido por sua forma singular de tocar guitarra.
Contudo, Garcia começou por tocar banjo e piano, passou para a posteriormente guitarra e eventualmente tornou-se mestre em instrumentos de corda, apesar do seu dedo médio da mão direita ter sido amputado enquanto criança. Garcia perdeu dois terços de seu dedo durante uma viagem de férias com a sua família. Jerry estava ajudando seu irmão a cortar madeira, segurando as toras enquanto seu irmão cortava-as com um machado. Em um momento de descuido ele colocou o dedo no caminho do machado e o acidente aconteceu.
Jerry Garcia por vezes teve a saúde ameaçada por causa de seu peso instável, e, em 1986, entrou num coma diabético que quase lhe custou a vida. Apesar de sua saúde ter melhorado após esses incidentes, ele também teve que lutar contra o vício em heroína e cocaína. Morreu em 1995 quando estava internado num centro de reabilitação para toxicodependentes na Califórnia, vítima de um ataque cardíaco. O seu corpo foi cremado e parte das suas cinzas espalhadas no Rio Ganges, na Índia, e a outra parte junto da Ponte Golden Gate, Califórnia, nos Estados Unidos. Desde então tornou-se uma figura muito respeitada na cultura musical americana.
     
 

Robert Cray faz hoje 72 anos

  
Robert Cray (Columbus, Geórgia, 1 de agosto de 1953) é um músico dos Estados Unidos, considerado um expoente da nova geração de artistas dos blues.
Começou a sua carreira influenciado pelos Beatles mas, ao assistir um espetáculo de Albert Collins, resolveu seguir o caminho dos blues. Ao lado de Albert Collins e Johnny Copeland registou o já clássico álbum Showdown!. Algumas das suas músicas foram regravadas por artistas como Eric Clapton (Bad Influence) e Albert Collins (Phone Booth).

 

Joe Elliott, o vocalista dos Def Leppard, nasceu há 66 anos

  

Joseph Thomas Elliott (Sheffield, 1 August 1959) is an English singer, best known as the lead singer and one of the founding members of the hard rock band Def Leppard. He has also been the lead singer of the David Bowie tribute band the Cybernauts and the Mott the Hoople cover band Down 'n' Outz. He is one of the two original members of Def Leppard still in the band and one of the three to perform on every Def Leppard album. Elliott is known for his distinctive and wide ranging raspy singing voice.

 

in Wikipédia

 

O autor do livro Moby Dick, Herman Melville, nasceu há 206 anos

     
Herman Melville (Nova York, 1 de agosto de 1819  - Nova York, 28 de setembro de 1891) foi um escritor, poeta e ensaísta norte-americano. Embora tenha obtido grande sucesso no início de sua carreira, a sua popularidade foi decaindo ao longo dos anos. Faleceu quase completamente esquecido, sem conhecer o sucesso que a sua mais importante obra, o romance Moby Dick, alcançaria no século XX. O livro, dividido em três volumes, foi publicado em 1851 com o título de A baleia e não obteve sucesso de crítica, tendo sido considerado o principal motivo para o declínio da carreira do autor.
   
   

Hintze Ribeiro morreu há 118 anos...

     
Ernesto Rodolfo Hintze Ribeiro (Ponta Delgada, 7 de novembro de 1849 - Lisboa, 1 de agosto de 1907) foi um político português de origem açoriana. O seu nome aparece por vezes grafado como Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro e Ernst Rudolf Hintze Ribeiro.
Distinto parlamentar e par do Reino, procurador-geral da Coroa, ministro das obras públicas, das finanças e dos negócios estrangeiros e líder incontestado do Partido Regenerador, por três vezes assumiu o cargo de presidente do Conselho (equivalente hoje ao atual lugar de primeiro-ministro). Foi um dos políticos dominantes da fase final da Monarquia Constitucional, ocupando a presidência do ministério mais tempo que qualquer outro naquele período.
A ele se devem importantes reformas, algumas das quais ainda perduram, tais como as autonomias insulares (1895), o regime das farmácias e a criação do regime florestal (1901). O Decreto de 24 de dezembro de 1901, que regula o regime florestal, ainda está em vigor. Feito Conselheiro de Estado efetivo em 1891, recebeu múltiplas condecorações, entre as quais a grã-cruz da Torre e Espada.
Foi presidente da Comissão Central 1.º de Dezembro de 1640, no período de 14 de novembro de 1900 até à data da sua morte, e sócio efetivo da Academia Real de Ciências.
   
(...)
   
A carta de demissão enviada por Hintze Ribeiro ao Rei é ainda hoje considerada como um dos mais importantes documentos políticos da época. Após o abandono da vida política ativa, Hintze Ribeiro viajou pelo estrangeiro e, ao regressar a Portugal ainda participou em alguns debates parlamentares atacando a política do seu ex-correlegionário João Franco.
Por esse tempo Hintze Ribeiro era um dos vultos mais prestigiosos do campo monárquico. Depois de deixar o poder, sentindo-se doente, fez uma viagem ao estrangeiro para se distrair, mas a vida já se lhe ia extinguindo. Tendo falecido o conde de Casal Ribeiro, que era seu amigo íntimo, quis, apesar do seu estado de saúde, acompanhá-lo ao cemitério, mas pouco depois do cadáver ter entrado no jazigo, Hintze Ribeiro caiu fulminado, ao encaminhar-se para a porta do cemitério.
A imprensa política de todos os partidos, até mesmo os que lhe eram mais adversos, prestaram-lhe as maiores homenagens, publicando artigos elogiosos, lastimando tão grande perda para a política portuguesa.
Falecendo com apenas 57 anos de idade, Hintze Ribeiro possuía já as mais altas distinções e condecorações nacionais e estrangeiras, entre elas o Tosão de Ouro e as grã-cruzes da Torre e Espada, da Legião de Honra e da ordem dos Serafins.

Banda autonómica dos Açores na Monarquia Constitucional (daqui)
      

Murillo Araujo morreu há 45 anos...

(imagem daqui)
       
Murillo Araujo (Serro, 26 de outubro de 1894 - Rio de Janeiro, 1 de agosto de 1980) foi um poeta brasileiro.
    
   
Murillo Araujo mudou-se em 1907 para o Rio de Janeiro e ingressou como interno no Colégio Pedro II, onde mais tarde seria professor de desenho. Embora se formasse em Direito (1921), pouco exerceu dessa profissão, dedicando-se ao jornalismo.
Murillo Araujo foi um dos expoentes do Modernismo, movimento que foi um dos pioneiros ao publicar, em 1917, o livro Carrilhões, cinco anos antes da Semana de Arte Moderna
   
(...)
 
Murillo e a música 
Parte das suas poesias chegou a ser musicada. O compositor Heitor Villa-Lobos (Rio de Janeiro, 1887 - Rio de Janeiro, 1959) compôs três obras com letras dele, Canção da Imprensa (1940), Juramento e Canção de Cristal (1955).
O poeta foi musicado também por Francisco Braga (Rio de Janeiro, 1868 - idem, 1945), o autor do Hino à Bandeira, na música Moreninha, Eleazar de Carvalho (Igatu - CE, 1912 - São Paulo, 1996) - em Canto a Porto Seguro -, Luciano Gallet (Rio de Janeiro, 1893 - idem, 1931) - em Interpretações-, Heckel Tavares (Satuba, AL, 1896 - Rio de Janeiro, 1969) - Banzo, Oração do Guerreiro, Funeral d´um rei Nagô, Três canções de Natal e Anhangüera; e Fernando Lobo - que adotou o pseudónimo de Marcelo Tupinambá, compositor popular brasileiro (Tietê, SP, 1892 - São Paulo, 1953) - Treva Noturna.
Murillo Araujo compôs Canto Heróico do Liceu de Artes e Ofícios e Canta, Canta, Passarinho, cujo arranjo é de Vila-Lobos.
    
    
Infância



À noite (e lá por fora ia a tormenta...)

Eu pedia a Mamãe: —Conta uma história!

E ouvia... Cabecinha sonolenta,

Via os reinos de fada — via a Glória.



(Havia a ventania e a merencória

Chuvarada, nas telhas, barulhenta).

— “Era uma vez...” É incenso na memória

aquela voz embaladora e lenta!



Hoje (que diferente é cada idade!)

Mamãe foi ver as fadas... foi talvez

morar no Reino da Felicidade!



Hoje sou homem, sou, vejam você.

Aì! Vindo a noite e vindo a tempestade

Só da Saudade escuto: — Era uma Vez!

   
  
in
Carrilhões (1917) - Murillo Araujo

Lamarck nasceu há 281 anos

  
Jean-Baptiste Pierre Antoine de Monet, Chevalier de Lamarck (Bazentin, 1 de agosto de 1744 - Paris, 28 de dezembro de 1829) foi um naturalista francês que desenvolveu a teoria dos caracteres adquiridos, uma teoria da evolução agora desacreditada. Lamarck personificou as ideias pré-darwinistas sobre a evolução. Foi ele que, de facto, introduziu o termo biologia.
Originário da baixa nobreza (daí o título de 'chevalier'), Lamarck pertenceu ao exército, interessou-se por história natural e escreveu uma obra de vários volumes sobre a flora da França. Isto chamou a atenção do conde de Buffon, que o indicou para o Museu de História Natural de Paris. Depois de ter trabalhado durante vários anos com plantas, Lamarck foi nomeado curador dos invertebrados (mais um termo introduzido por ele), e começou uma série de conferências públicas. Antes de 1800, ele era um essencialista que acreditava que as espécies eram imutáveis. Mas graças ao seu trabalho sobre os moluscos da Bacia de Paris, ficou convencido da transmutação das espécies ao longo do tempo, e desenvolveu a sua teoria da evolução (apresentada ao público em 1809 na sua Philosophie Zoologique).
    

   
   

 

Cory Aquino morreu há dezasseis anos...

       
María Corazón Cojuangco-Aquino, nascida María Corazón Sumulong Cojuangco, (Paniqui, 25 de janeiro de 1933 - Manila, 1 de agosto de 2009), também conhecida por Cory Aquino, foi presidente das Filipinas entre 25 de fevereiro de 1986 (data do afastamento do poder do ditador Ferdinand Marcos) e 30 de junho de 1992. Foi a líder do movimento que derrubou a ditadura no seu país, sendo considerada a heroína desse movimento. Foi a primeira mulher a ocupar a chefia de estado de um país asiático.
    
Biografia
Corazón era oriunda de uma rica família sino-filipina. Casou-se em 1954 com Benigno Aquino, com quem teve cinco filhos. O seu marido, que era líder da oposição, foi assassinado em 1983 no aeroporto, quando voltava do exílio. Seguindo a carreira do pai, um dos seus seus cinco filhos, Benigno "Noynoy" Aquino Jr., o único de sexo masculino, foi eleito senador e, em 2010, foi eleito Presidente das Filipinas.
Durante o seu mandato, sofreu pelo menos sete tentativas de golpe. Após a presidência, manteve-se ativa em organizações da sociedade civil, até mesmo integrando protestos contra a presidente Gloria Macapagal-Arroyo, cuja família esteve envolvida em escândalos de corrupção.
  
Morte
Corazón estava a lutar contra um cancro há mais de um ano, mas havia anunciado que não combateria mais a doença. Morreu, de insuficiência cardíaca, decorrente de complicações do seu cancro no intestino.
    

Hoje é dia de ouvir Ney Matogrosso...

quinta-feira, julho 31, 2025

É amanhã - dia um de agosto...!

 

Xutos & Pontapés - Um de agosto

       

É amanhã dia um de agosto
E tudo em mim, é um fogo posto
Sacola às costas, cantante na mão
Enterro os pés no calor do chão
E há tanto sol pelo caminho
Que sendo um, não me sinto sozinho
Todos os anos, em praias diferentes
Se juntam corpos sedosos e quentes
     
   
Adoro ver a praia dourada
O estranho brilho da areia molhada
Mergulho verde nas ondas do mar
Procuro o fundo p'ra lhe tocar
Estendido ao sol, sem nada a dizer
Sorriso aberto de puro prazer
Todos os anos, em praias diferentes
Se juntam corpos sedosos e quentes
   
    
Adoro ver a praia dourada
O estranho brilho da areia molhada
Mergulho verde nas ondas do mar
Procuro o fundo p'ra lhe tocar
Estendido ao sol, sem nada a dizer
Sorriso aberto de puro prazer
Todos os anos, em praias diferentes
Se juntam corpos sedosos e quentes

Poema adequado à data...


(imagem daqui)

  

Loiola

 

É um pesadelo a ressoar no ouvido:
-Obedece! Obedece! Obedece!
Num ritmo de prece,
O eco da remota intimação
Ordena à consciência do presente
A mesma penitente
Sujeição.

-Obedece! Obedece!
A razão endurece,
A vontade resiste,
Mas, em nome do eterno
E do inferno
O cantochão insiste:

-Obedece! Obedece!
E o mundo natural
E universal
Que o sol peninsular doira e aquece,
De repente, aparece
Mergulhado
Numa tristeza negra, que arrefece
Num luar de sotaina, regelado.

  
   
in
Poemas Ibéricos (1965) - Miguel Torga

Gore Vidal morreu há treze anos...


Eugene Luther Gore Vidal, nascido Eugene Louis Vidal, (Condado de Orange, 3 de outubro de 1925 - Hollywood Hills, 31 de julho de 2012) foi um romancista, dramaturgo, ensaísta, roteirista e ativista político dos Estados Unidos. O seu terceiro romance, A Cidade e o Pilar (1948), causou enorme escândalo entre os críticos e o público mais conservadores por ser um dos primeiros romances que retrataram, sem ambiguidade, a homossexualidade. Foi candidato a cargos políticos duas vezes e teve uma longa carreira como observador e crítico da vida política dos Estados Unidos.