segunda-feira, setembro 09, 2024
Toulouse-Lautrec morreu há cento e vinte e três anos...
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Marcadores: pintura, Toulouse-Lautrec
Cesare Pavese nasceu há 116 anos...
Cesare Pavese (Santo Stefano Belbo, 9 de setembro de 1908 - Turim, 26 de agosto de 1950) foi um escritor e poeta italiano.
Combatente antifascista, o que lhe rendeu três anos de prisão no sul da Itália, nessa época, iniciou o seu diário "O Ofício de Viver", título original "Il Mestiere di Vivere", uma autocrítica revelada em reflexões sobre a sua arte, seus processos criativos e sobre o sentido da existência.
Biografia
Cesare Pavese nasceu em Santo Stefano Belbo, nas Langhe (província de Cuneo), tendo-se mudado ainda em criança para Turim, donde se ausentou sempre apenas durante pouco tempo: passou um ano na prisão em Barcaleone (Reggio Calabria), comprometido por amigos políticos; passou algum tempo em Roma em trabalho para a editora Einaudi, da qual foi um dos mais eficazes conselheiros editoriais; suicidou-se em Turim em 1950.
questa morte che ci accompagna
dal mattino alla sera, insonne,
sorda, come un vecchio rimorso
o un vizio assurdo. I tuoi occhi
saranno una vana parola,
un grido taciuto, un silenzio.
Cosí li vedi ogni mattina
quando su te sola ti pieghi
nello specchio. O cara speranza,
quel giorno sapremo anche noi
che sei la vita e sei il nulla.
Per tutti la morte ha uno sguardo.
Verrà la morte e avrà i tuoi occhi.
Sarà come smettere un vizio,
come vedere nello specchio
riemergere un viso morto,
come ascoltare un labbro chiuso.
Scenderemo nel gorgo muti.
Virá a morte e terá os teus olhos -
esta morte que nos acompanha
de manhã até à noite, insone,
surda, como um remorso antigo
ou um vício absurdo. Os teus olhos
serão uma palavra inútil,
um grito reprimido, um silêncio.
Assim os vês todas as manhãs
quando sozinha te inclinas
diante do espelho. Ó cara esperança,
nesse dia saberemos nós também
que és a vida e és o nada.
Para todos a morte tem um olhar.
Virá a morte e terá os teus olhos.
Será como abandonar um vício,
como ver no espelho
ressurgir um rosto morto,
como escutar lábios fechados.
Mudos, desceremos ao abismo.
Cesare Pavese
El-Rei D. Duarte I morreu há 586 anos...
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Marcadores: D. Duarte I, dinastia de Avis, El-Rei, Ínclita geração
O álbum Imagine foi lançado há 53 anos
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Marcadores: anos 70, Imagine, Jealous Guy, John Lennon, música, paz
Michael Bublé - 49 anos
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Marcadores: Big Band, Canadá, Feeling Good, Home, jazz, Michael Bublé, música, pop, Rhythm and Blues
Mao Tsé-Tung, um dos maiores genocidas de sempre, morreu há 48 anos
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Marcadores: comunismo, fome, Mao Tsé-Tung, maoismo, Partido Comunista Chinês, terror, tortura
Lúcia Moniz - 48 anos
Em março de 2011 ganhou o prémio de Melhor Design a nível mundial (Best Cookbook Design) pela sua contribuição no livro "Taberna 2780" atribuído pelo Gourmand World Cookbook Awards que distingue anualmente livros de culinária e vinhos de todo o mundo.
Em junho de 2011 foi lançado o álbum "Fio de Luz". O primeiro single chama-se "Play a sound to me".
A primeira longa-metragem algarvia de língua inglesa é filmada entre março e maio de 2012 e conta com as participações de Lúcia Moniz, Miguel Damião, Mark Killeen, Beau McClellan e Ellie Chidzey.
Esteve em cena no LX Factory até dia 28 de abril de 2013 com a peça de teatro "Conversas Depois de um Enterro" da autoria de Yasmina Reza com encenação de Renato Godinho, com a participação de um elenco de luxo: Custodia Gallego, Filipe Duarte, João Cabral, Lúcia Moniz, Manuel Cavaco e Sofia Nicholson.
Em maio de 2013 começa estreia a série diária Bem-Vindos a Beirais na RTP 1 onde dá vida à personagem Susana Fontes. Devido ao sucesso da série, esta foi prolongada por várias temporadas.
Em 2013, na Cidade da Praia da Vitória (Ilha Terceira - Açores) lançou o seu livro "Vou Tentar Falar Sem Dizer Nada".
Em 2015 entra na telenovela "Coração D'Ouro" da SIC.
Em 2015 é lançado o CD "Calendário" que junta Tozé Santos, Luís Portugal e Lúcia Moniz, um álbum com fins solidários, uma vez que, a receita total reverte a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro.
A convite da Companhia de Teatro "Palco 13" estreou a 7 de julho de 2016 no Parque Marechal Carmona em Cascais "Alice no Jardim das Maravilhas", baseado na obra de Lewis Carroll, onde Lúcia Moniz interpreta o papel de Alice que estará em cena até ao final do mês de Julho. Fazem parte do elenco João Jesus, João Vicente, Isac Graça, Alexandre Carvalho, David Ferreira, Gláucia Noémi, Gonçalo Carvalho, Leonor Biscaia, Luís Lobão, Maria Camões, Rita Tristão, Jorge A. Silva, Nuno Gonçalves, a encenação está a cargo de Marco Medeiros.
Estreou a 25 de agosto de 2016 no cinema português o filme Refrigerantes e Canções de Amor com argumento de Nuno Markl e realização de Luís Galvão Teles, e conta no elenco com Lúcia Moniz, Victória Guerra, João Tempera, Ivo Canelas nos principais papéis. Posteriormente este filme dará origem a uma mini série de 4 episódios que passará na RTP.
A curta-metragem de dez minutos, intitulada “Red Nose Day Actually”estreou na BBC, a 24 de março de 2017, data em que se comemora o Dia do Nariz Vermelho em Inglaterra, posteriormente será exibida na NBC a 25 de maio e conta no elenco com Hugh Grant, Colin Flirth, Keira Knightley, Bill Nighy, Liam Neeson, Andrew Lincoln, Thomas Brodie-Sangster, Rowan Atkinson, entre outros. Trata-se de uma sequela do "O Amor Acontece - Love Actually", filme de 2003 e que é considerado com uma das 15 melhores comédias de sempre. O lucro obtido com a curta-metragem vai reverter para a Comic Relief, uma instituição de solidariedade fundada pelo realizador Richard Curtis.
De 19 de janeiro a 10 de março de 2019, a Palco 13 apresenta, no Auditório Fernando Lopes Graça em Cascais, a peça infantil “As Aventuras de João Sem Medo”, que marca a estreia da Lúcia Moniz como encenadora , em parceria com o irmão Paulo Quedas e conta no elenco com Alexandre Carvalho, Catarina Couto Sousa, Diogo Fialho, Soraia Tavares e ainda o músico Fernando Frias, que compôs a música do espetáculo e toca ao vivo.
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Maria Rita nasceu há 47 anos
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Luigi Galvani nasceu há 287 anos
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Lucio Battisti morreu há 26 anos...
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Champignon morreu há onze anos...
Champignon tinha 35 anos e tirou a própria vida seis meses após Chorão - o seu companheiro na banda Charlie Brown Jr. - ter morrido de overdose, e quatro meses após Peu Sousa - seu companheiro na Nove Mil Anjos - cometer suicídio, aos 35 anos.
Um dia antes de ser encontrado morto, uma imagem colada no mural da sua página no Facebook atordoou Champignon: uma montagem feita em computador aplicava a palavra "Judas" no peito do músico.
Peri Carpigiani, vocalista da extinta banda Nove Mil Anjos, credita o stress causado pela morte de Chorão (ex-parceiro e amigo de infância), o julgamento do público e o medo de não conseguir dar sequência a um novo trabalho como os fatores que empurraram o baixista para a morte. A viúva de Champignon pensa o mesmo. Em entrevista dada a revista Marie Claire, um ano após a morte do músico, ela afirmou que "ele vivia nervoso e sentia vergonha de andar na rua por causa dos maus tratos que sofria em público", e disse acreditar que "se Chorão e Champignon se tivessem perdoado para valer, tudo seria diferente".
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Otis Redding nasceu há oitenta e três anos...
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David A. Stewart faz hoje setenta e dois anos
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domingo, setembro 08, 2024
Novidades sobre o mais famoso megálito do mundo...
O maior dos mistérios de Stonehenge acaba de ser desvendado
Já se sabe qual é a origem da famosa Pedra do Altar – a maior de Stonehenge. Um novo estudo sustenta que veio do nordeste da Escócia, a 750 quilómetros daquela estrutura megalítica, numa viagem surpreendente feita por mar.
Um estudo publicado esta quarta-feira na Nature teoriza que a Pedra do Altar de Stonehenge, com cerca de 6 toneladas, foi trazida do nordeste da Escócia.
Numa viagem verdadeiramente surpreendente, os investigadores revelam que a misteriosa pedra percorreu uma distância muito maior do que qualquer outra pedra daquela estrutura megalítica.
A construção de Stonehenge, que começou há cerca de 5.100 anos e prolongou-se por 1.500 anos, envolve um círculo exterior de grandes pedras, conhecidas como sarsens, e um anel interior de pedras menores, chamadas bluestones.
A maioria destas pedras foi transportada de distâncias consideráveis, com os sarsens provenientes dos West Woods em Wiltshire, a cerca de 25 quilómetros do local, e as bluestones das colinas de Preseli, no País de Gales, a cerca de 280 quilómetros de distância.
No entanto, a Pedra do Altar é diferente das outras: “No final de 2021, chegámos à conclusão de que a pedra do altar não correspondia a nenhuma das rochas que conhecíamos no País de Gales”, explicou Nick Pearce, da Universidade de Aberystwyth, que fez parte do estudo, citado pela New Scientist.
A origem da Pedra do Altar sempre foi um mistério. Esta pedra de seis toneladas e cinco metros de comprimento está enterrada no solo com apenas uma superfície à mostra e está parcialmente coberta por duas outras pedras. Pensa-se que terá sido colocada no local há cerca de 4.500 anos.
Neste estudo, os geólogos focaram-se na composição da Pedra do Altar, identificando-a “com mais de 95% de certeza” como arenito vermelho antigo proveniente da bacia de Orcadiano, no nordeste da Escócia, uma região que abrigava o antigo Lago Orcadie.
Esta descoberta sugere que a pedra foi transportada por via marítima, uma vez que aquela região fica a cerca de 750 quilómetros de Stonehenge.
Embora os glaciares também pudessem transportar pedras a longas distâncias, as novas provas sugerem que o fluxo de gelo na região de Orcadian, durante o último período glaciar foi para norte e não para sul. Portanto, a hipótese mais plausível é mesmo que a pedra foi transportada intencionalmente por mar.
Outros mistérios permanecem
A razão pela qual esta pedra foi trazida de tão longe para aquele local permanece ainda um mistério – que levanta questões sobre a sociedade neolítica e a sua capacidade de realizar feitos tão impressionantes para os recursos da época.
Além disso, falta descobrir a localização exata da origem da pedra – o que, dada a vasta extensão e profundidade da bacia de Orcadian, será um desafio difícil.
Esta descoberta acrescenta uma nova dimensão à compreensão de Stonehenge, sublinhando a complexidade das estratégias tecnológicas das culturas neolíticas. “Ficámos todos estupefactos. Não conseguíamos acreditar”, comentou o líder da investigação Anthony Clarke, da Universidade de Curtin, na Austrália.
in ZAP
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Marcadores: megalitismo, petrologia, Pré-História, Stonehenge
Notícia sobre genética e reprodução de tribo euroasiática pouco conhecida
Estudo genético alargado revela costumes de acasalamento dos misteriosos cavaleiros Ávaros
Em 568 d.C., de acordo com registos contemporâneos, cavaleiros guerreiros das estepes da Mongólia, chamados Ávaros, invadiram as planícies relvadas que ladeavam o rio Danúbio, mais ou menos no território da Hungria moderna.
Juntamente com outros grupos da Ásia Central, formaram um novo centro de poder na Europa, obrigando o Império Bizantino a pagar tributo. Mas não deixaram qualquer registo escrito.
Agora, usando amostras de ADN recolhidas em centenas de locais de sepultamento, incluindo cemitérios ávaros inteiros, uma equipa de investigadores preencheu algumas das lacunas que existiam no nosso conhecimento da cultura destes misteriosos cavaleiros.
Publicado em abril na revista Nature, o estudo, que inclui a mais longa árvore genealógica baseada em ADN já publicada, abrangendo nove gerações, usou dados de parentesco para reconstruir os padrões de acasalamento dos ávaros, a sua mobilidade e até a política local.
O estudo é o maior exemplo de uma nova tendência na investigação do ADN antigo: estudar não só indivíduos isolados, mas comunidades e famílias inteiras - como é o caso que o ZAP recentemente deu a conhecer do estudo da família de Alíria Rosa, a mulher colombiana que escapou ao Alzheimer.
“A ideia de fazer o cemitério inteiro é fantástica”, diz à Science Florin Curta, historiador da Universidade da Florida, que não esteve envolvido na investigação. “É uma forma de escrever história na ausência de fontes escritas“.
O ADN antigo dos ossos dos Ávaros já tinha ajudado a esclarecer a questão da origem deste povo nómada.
Num estudo anterior, os investigadores mostraram que muitos Ávaros enterrados na Hungria por volta de 600 d.C. partilhavam ascendência com pessoas enterradas na Mongólia apenas algumas décadas antes, o que implica uma migração de longa distância que cobriu mais de 7.000 quilómetros no espaço de uma geração.
Mas outras questões permaneciam, tais como a forma como os Ávaros organizaram a sua sociedade e se adaptaram os seus costumes ao seu novo lar.
Para saber mais, a equipa de geneticistas, arqueólogos e historiadores sequenciou o ADN de mais de 400 esqueletos de quatro cemitérios situados num raio de 200 quilómetros; a datação por radiocarbono mostrou que os enterramentos abrangeram os 250 anos de domínio dos Ávaros na região.
A equipa procurou então relações de primeiro ou segundo grau: mães e filhos, irmãos e irmãs, tias e tios. A abordagem de todo o cemitério tornou possível reconstruir árvores genealógicas inteiras, algumas contendo dezenas de indivíduos.
A árvore completa, abrangendo nove gerações, estendia-se desde um homem fundador enterrado pouco tempo depois da chegada dos Ávaros até um descendente enterrado 250 anos mais tarde.
“A abordagem comunitária fez com que estas pessoas ganhassem realmente vida para mim”, diz Zsófia Rácz, arqueóloga da Universidade Eötvös Lorán e co-autora do estudo.
“Detetámos que escavou um dos sítios. as suas comunidades – é algo que nunca teríamos visto apenas através de fontes escritas ou da arqueologia”, explica a investigadora, que participou nas escavações de um dos cemitérios.
O ADN também mostrou que os Ávaros enterravam pessoas com laços de parentesco próximos em conjunto, no que se poderia considerar como parcelas familiares.
“A nível cultural, isto mostra que o parentesco biológico era importante nesta sociedade, e sugere que a sociedade ávara enfatizava a filiação biológica”, diz Zuzana Hofmanová, geneticista do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva e também a co-autora do estudo.
Todos os homens do estudo descendiam de um pequeno número de homens adultos, enterrados com ricos objetos, que se supõe serem os fundadores da comunidade.
Mas “todas as mulheres adultas são externas e não têm pais no cemitério”, diz o geneticista Guido Gnecchi-Ruscone, também investigador do Max Planck, que liderou o esforço para reconstruir as árvores genealógicas. Em vez disso, as mulheres tendem a ter parentes distantes noutros cemitérios.
Este padrão corresponde a uma prática que os etnógrafos designam por patrilocalidade, em que os homens permanecem no local enquanto as mulheres saem dos seus locais de nascimento para encontrar parceiros, um padrão também observado nos antigos agricultores europeus, entre outros.
O ADN também revelou poligamia e “uniões leviráticas”, em que homens estreitamente relacionados – irmãos, ou pai e filho – tinham filhos com a mesma mulher.
Este padrão era “arqueologicamente invisível, mas graças aos dados genéticos pudemos ver claramente o papel das mulheres”, diz Tivadar Vida, arqueólogo da Eötvös Loránd e coautor do novo artigo. “As mulheres estavam ligadas a diferentes comunidades”.
O sistema patrilinear rigoroso e os casamentos com mulheres não locais parecem ter ajudado os Avar a evitar a consanguinidade: depois de analisar o ADN de centenas de pessoas, a equipa não encontrou exemplos de crianças nascidas de parentes próximos ou mesmo de pessoas separadas por até cinco graus.
É provável que a tradição oral tenha ajudado os ávaros a manter as linhas de sangue corretas ao longo dos séculos, impedindo os casamentos com primos distantes. “Não sabemos muito sobre a língua ávara, mas parece que sabemos uma das coisas sobre as quais eles comunicavam”, diz Hofmanová.
Os investigadores encontraram mesmo evidências de mudanças políticas nos dados de ADN. Num dos cemitérios, várias gerações de homens estreitamente relacionados foram enterrados perto uns dos outros. Depois, após 650 d.C., já não há descendentes da linha masculina original enterrados no cemitério.
Assim, aparentemente uma nova linhagem masculina casa-se e os seus descendentes são enterrados a cerca de 100 metros de distância, sem os cavalos que normalmente acompanhavam os homens nas sepulturas anteriores, o que assinala uma mudança cultural.
Talvez um clã local tenha perdido o favor após uma mudança na liderança, por exemplo. Mas a rutura não é total: as duas partes do cemitério, e a longa árvore genealógica, estão ligadas por meios-irmãos maternos. “A ligação é feita através de uma mulher”, diz Hofmanová.
Os Ávaros mantiveram as suas práticas sociais mesmo quando outros aspetos da sua sociedade se alteraram drasticamente.
Por exemplo, com base na datação por radiocarbono e em mudanças nos padrões de assentamento e sepultamento, os arqueólogos sabem que cerca de 50 anos depois de chegarem à Europa, quando sofreram uma derrota retumbante às mãos do Império Bizantino, os Ávaros abandonaram o seu estilo de vida nómada, estabeleceram-se em aldeias e cultivaram cereais.
Mas o ADN mostra que as suas tradições patrilocais persistiram. “Apesar de se terem estabelecido, mantiveram as suas tradições de organização social”, diz Rácz.
Frédéric Mistral nasceu há 194 anos
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Marcadores: França, Frédéric Mistral, língua d'oc, língua occitana, literatura, Nobel, occitano, poesia, provençal, romantismo