sábado, agosto 31, 2024

A propósito de um reles canalha, já desaparecido, que fazia anos nesta data...

    
Otelo assume bigamia

 

Na biografia Otelo, o Revolucionário, o cérebro do 25 de abril assume a sua bigamia. De segunda a quinta-feira, vive com Filomena. De sexta a domingo, mora com Dina. As múltiplas facetas de um ícone.
Figura proeminente do Movimento dos Capitães, cérebro do plano operacional do 25 de Abril, importante chefe militar no período do PREC, todo poderoso comandante do Comando Operacional do Continente (COPCON) nesse período, duas vezes candidato à Presidência da República, duas vezes preso, uma das quais por envolvimento na rede terrorista Forças Populares 25 de abril (FP-25), idolatrado por uns, odiado por outros, Otelo Saraiva de Carvalho, 75 anos, é o grande ícone vivo da revolução portuguesa.

Para figurar nas t-shirts das gerações do pós-revolução, falta-lhe, talvez, apenas, uma foto tão feliz como a que Alberto Korda captou de Che Guevara. E, depois, algum espírito empreendedor de uma qualquer marca comercial de vestuário... Mas a maior surpresa da sua biografia, agora dada à estampa, em livro, pela pena do jornalista Paulo Moura (Otelo, o Revolucionário, da D. Quixote, a lançar no próximo dia 25) é, afinal, uma história de amor.

Excessivo, inconvencional, indisciplinado, romântico, Otelo levou para a vida pessoal a transgressão que, nos anos da Revolução, o tornaram célebre. Na página 13 do livro de Paulo Moura, logo a abrir, o autor revela-nos a outra faceta do revolucionário: "Sente-se bem em família. Tanto, que tem duas. Casou cedo, com uma colega de liceu. Mais tarde, na prisão, teve outro amor. Não foi capaz de abandonar a primeira mulher, nem a segunda. (...) Otelo assume as suas duas mulheres. Aparece em público com elas, não mente a nenhuma, trata-as por igual. Também nisso é organizado. De segunda a quinta vive numa casa; sexta, sábado e domingo passa-os na outra."


in Visão
 
 

   
Boca do Inferno - Ricardo Araújo Pereira
'Otelo, o Revolucionário': recensão crítica da primeira página

A higiene pessoal desvenda a personalidade do biografado. Na de Otelo, reconhecemos o ímpeto transformador do revolucionário

Só li ainda a primeira página da nova biografia Otelo, o Revolucionário, de Paulo Moura. Não por falta de tempo, mas porque a primeira página do livro oferece tanto material para reflexão que ainda não me sinto preparado para avançar na leitura. A primeira frase é esta: "Otelo demora, todos os dias, cerca de duas horas na casa de banho, a tratar da higiene pessoal." Sou um velho apreciador de biografias que investigam os hábitos de higiene do biografado. Gostei de saber, por Walter Isaacson, que Steve Jobs cheirava tão mal que foi colocado no turno da noite, quando trabalhava na Atari, para incomodar menos. Ou que gostava de andar descalço e enfiar os pés na sanita da casa de banho privada do seu gabinete, para refrescar. É natural que uma pessoa desenvolva capacidades especiais para inventar aparelhos que permitem comunicar à distância quando percebe que os outros evitam aproximar-se. Era tomar banho ou inventar o iPhone. Jobs optou pela segunda. Também descobri com interesse que os dentes de Mao Tse Tung, de tão sujos, se revestiam de uma película verde e as suas gengivas vertiam pus. Percebi então que a autocrítica maoísta não abrangia a higiene oral, facto que nenhum manual de ciência política ensina.
Otelo rompe com esta tradição de biografados badalhocos - e de que maneira. De acordo com o relato de Paulo Moura, que exibe marcas extremamente inquietantes de testemunho ocular, Otelo começa por tomar um "duche demorado e meticuloso. Depois limpa-se, com igual minúcia, e dá início ao tratamento capilar integral. Com um curto ancinho de plástico, uma pequena carda adequada, remove as pilosidades corporais que vão caindo. A seguir escova os abundantes pelos do peito, costas, pernas, etc. Usa uma vassourinha própria (...). Após esta operação, certas zonas da pele podem estar a precisar de uma limpeza adicional. Otelo procede então à lavagem localizada, servindo-se de várias águas. Depois, nu, em frente ao espelho, com a porta aberta, faz a barba. Como é espessa, exige várias passagens da lâmina, o que torna frequentes os ferimentos".
Mais uma vez, a higiene pessoal desvenda a personalidade do biografado. Na de Otelo, reconhecemos o ímpeto transformador do revolucionário, aqui dedicado a modificar a paisagem corporal. Otelo mune-se de um curto ancinho (utensílio próprio do campesinato) e de uma vassourinha (ferramenta do operariado menos qualificado). Há um cheirinho a reforma agrária no ato de desembaraçar a pelagem do corpo com um ancinho. E o processo termina com derramamento de sangue, circunstância que um revolucionário, por vezes, não consegue evitar.
Por outro lado, a higiene pessoal de Otelo revela-o também como um homem do seu tempo. Recordo que "escova os abundantes pelos do peito, costas, pernas, etc." Ou seja, trata-se de um homem sem tabus. Começa por dedicar a devida atenção aos pelos do peito, costas e pernas, mas não deixa de escovar os pelos do etc. E tudo isto é feito "com a porta aberta". Aberta para onde? Para o futuro, digo eu.
    
in Visão

 
Forças Populares 25 de Abril (FP-25) foram uma organização armada clandestina de extrema-esquerda que operou em Portugal entre 1980 e 1987.
Parte significativa dos seus militantes procediam das antigas Brigadas Revolucionárias e, ainda que em menor número, da LUAR e da ARA.
Entre 1980 e 1987, as FP 25 foram diretamente responsáveis por 13 mortes - às quais acrescem ainda as mortes de 4 dos seus operacionais - dezenas de atentados a tiro e com explosivos e de assaltos a bancos,viaturas de transporte de valores, tesourarias da fazenda pública e empresas.
No plano legal o julgamento dos atos imputados à organização foi incompleto, quer por prescrição de alguns dos processos, quer pela dificuldade em identificar os autores materiais dos factos.
A figura mais conhecida vinculada às FP-25 foi Otelo Saraiva de Carvalho.

Cronologia das FP-25
Março de 1980 - formação da coligação Força de Unidade Popular;
20 de abril de 1980 - apresentação pública da organização Forças Populares 25 de Abril com o rebentamento por todo o país de dezenas de engenhos explosivos de fraca potência contendo o documento “Manifesto ao Povo Trabalhador”;
Maio de 1980 - assalto simultâneo a dois bancos no Cacém que resulta na morte do soldado da GNR Henrique Hipólito durante a confrontação com elementos da organização;
Maio de 1980 - morte do militar da GNR Agostinho Francisco Ferreira durante a detenção de elementos de um comando da organização em Martim Longo, Algarve;
Maio de 1980 - atentado frustrado com explosivos em Bragança;
Julho de 1980 - destruição por incêndio de viaturas da PSP;
Julho de 1980 - assalto à Conservatória do Registo Civil de Vila Nova de Gaia para roubo de impressos para bilhetes de identidade;
Setembro de 1980 - rebentamento de explosivos no consulado e na embaixada do Chile respetivamente no Porto e em Lisboa;
Outubro de 1980 - rebentamento de explosivos nas sedes dos ex-Comandos em Faro e Guimarães; esta associação era considerada pelas FP-25 como a tropa de choque das desocupações de terras no Alentejo;
Outubro de 1980 - assalto simultâneo a dois bancos na Malveira na sequência do qual são mortos dois elementos da organização (Vítor David e Carlos Caldas) e um cliente de um dos bancos (José Lobo dos Santos), ficando ainda feridos dois elementos da população local;
Inicio de 1981 - atentado com explosivos na filial do Banco do Brasil em Lisboa que causa um ferido;
Março de 1981 - ferimentos ligeiros num comerciante da Malveira (Fernando Rolo) acusado de ser o autor dos disparos que causam a morte de um dos elementos da organização aquando de um assalto frustrado naquela povoação em outubro do ano anterior;
Março de 1981 - disparos nas pernas de um dos administradores da empresa SAPEC, no Dafundo, na sequência de conflitos laborais na empresa;
Março de 1981 - assalto a um banco na Trofa;
Abril de 1981 - ação de solidariedade para com o Exército Republicano Irlandês, cuja bandeira é hasteada numa sucursal da British Airways no Porto;
Maio de 1981 - disparo de um rocket no interior do Royal British Club em Lisboa, em solidariedade com o Exército Republicano Irlandês;
Julho de 1981 - disparos sobre o diretor-delegado da empresa Standard Eléctrica em Cascais causando-lhe ferimentos ligeiros; na mesma ação é ferido o seu motorista; a ação é justificada pela organização como uma resposta aos despedimentos e conflitos laborais que afetavam a empresa;
Julho de 1981 - roubo de explosivos de uma empresa de construção, nos arredores de Coimbra;
Julho de 1981 - assalto a um banco de Vila da Feira;
Meados de 1981 - assalto a um banco de Leça do Balio;
Outubro de 1981 - disparos nas pernas de um administrador da empresa Carides, em Vila Nova de Famalicão; a ação é justificada como uma resposta aos salários em atraso e aos despedimentos efetuados na empresa;
Outubro de 1981 - morte de dois militares (Adolfo Dias e Evaristo Ouvidor da Silva) da GNR vitimas da explosão de um carro armadilhado em Alcaínça, arredores da Malveira; a acção inseria-se ainda no processo de retaliação relativo às mortes de dois elementos (Vítor David e Carlos Caldas) da organização num assalto a um banco desta localidade;
Outubro de 1981 - morte de um elemento da organização (António Guerreiro) na sequência de um assalto a um banco na Póvoa de Santo Adrião; no mesmo assalto é morto um transeunte (Fernando de Abreu) que, armado de pistola, faz frente aos elementos da organização;
Dezembro de 1981 - atentado com explosivos ao posto da GNR de Alcácer do Sal;
Finais de 1981 - atentados com explosivos nos postos da GNR do Fundão e da Covilhã;
Janeiro de 1982 - atentado com explosivos ao posto da GNR do Cacém;
Janeiro de 1982 - atentado com explosivos à residência de um industrial no Cacém;
Janeiro de 1982 - assalto a uma carrinha de transporte de valores;
Abril de 1982- atentados com explosivos sobre o automóvel e a residência de dois administradores da empresa SAPEC;
Junho de 1982 - disparos sobre a viatura onde se deslocavam dirigentes da cooperativa “Boa Hora”;
Agosto de 1982 - atentado com explosivos colocados numa viatura, em Montemor-o-Novo;
Outubro de 1982 - assalto a um banco em Pataias;
Outubro de 1982 - assalto a um banco em Cruz da Légua;
Outubro de 1982 - assalto a uma empresa de Vila Nova de Gaia;
Dezembro de 1982 - um militante da organização evade-se da cadeia de Pinheiro da Cruz, em Grândola;
Dezembro de 1982 - atentado mortal sobre o administrador da Fábrica de Louças de Sacavém, Diamantino Monteiro Pereira, em Almada; a organização justifica a ação como uma resposta aos graves conflitos laborais e despedimentos verificados na empresa;
Janeiro de 1983 - elementos da organização libertam da prisão um militante das FP-25, em Coimbra;
Fevereiro de 1983 - assalto a um banco em Espinho;
Fevereiro de 1983 - assalto a um banco no Carregado;
Abril de 1983 - assalto a um banco no Tramagal;
Junho de 1983 - assalto a uma empresa;
Agosto de 1983 - assalto a um banco de Matosinhos;
Setembro de 1983 - assalto a uma empresa, em Pereiró;
Novembro de 1983 - atentado com explosivos ao posto da GNR de Leiria;
Novembro de 1983 - atentado com explosivos visando um administrador da empresa Cometna;
Novembro de 1983 - atentados com explosivos em residências de empresários na Cruz de Pau e Seixal;
Dezembro de 1983 - atentado com explosivos a instalações bancárias em Leiria e Caldas da Rainha;
Dezembro de 1983 - rebentamento de engenhos explosivos com difusão de panfletos em Setúbal;
Janeiro de 1984 - assalto a um banco em Caneças;
Janeiro de 1984 - atentado com explosivos visando administradores das empresas Entreposto, Tecnosado e Tecnitool;
Janeiro de 1984 - atentado a tiro contra a residência do administrador da empresa Ivima, na Marinha Grande;
Janeiro de 1984 - assalto a uma viatura de transporte de valores na Marinha Grande que resulta em ferimentos graves (paraplegia num dos casos) em dois dos seus ocupantes;
Fevereiro de 1984 - atentados com explosivos visando empresários na Covilhã e Castelo Branco;
Fevereiro de 1984 - assalto a uma carrinha de transporte de valores que resulta no roubo de 108.000 contos, em Lisboa;
Abril de 1984 - atentado com explosivos em Évora;
Abril de 1984 - atentado com explosivos na residência de um agricultor em S. Manços, Alentejo; os efeitos da explosão provocam a morte de uma criança de 4 meses de idade (Nuno Dionísio);
Maio de 1984 - sabotagem da Estrada Nacional nº1 através do lançamento de pregos na via;
Maio de 1984 - atentado mortal contra o administrador da empresa Gelmar, Rogério Canha e Sá, em Santo António dos Cavaleiros; a ação é justificada pela organização como uma resposta aos sucessivos despedimentos e falências registados não só na Gelmar como em outras unidades fabris onde o referido administrador havia exercido funções;
Junho de 1984 - atentado a tiro, causando ferimentos graves, contra o administrador Arnaldo Freitas de Oliveira, da empresa Manuel Pereira Roldão, em Benfica; a organização justifica a ação, que deveria resultar na morte do referido administrador, como uma punição pelas alegadas irregularidades e despedimentos verificados na referida empresa;
Junho de 1984 - operação policial ‘Orion’ destinada a desmantelar a organização e da qual resultaria a detenção de cerca de quarenta pessoas a maior parte das quais militantes e dirigentes da Frente de Unidade Popular;
Agosto de 1984 - atentado frustrado com explosivos numa serração de Proença-a-Nova resultando em ferimentos graves no elemento da organização que se preparava para os colocar;
Setembro de 1984 - disparos sobre o posto da GNR de Barcelos na sequência de uma carga desta força policial sobre populares que se manifestavam contra a poluição emitida por uma fábrica de barros contígua;
Setembro de 1984 - disparos nas pernas do proprietário da empresa Cerâmica Modelar, António Liquito, em Barcelos; a organização justifica a ação como uma punição pela recusa do empresário em regularizar uma situação de emissão de resíduos que afetava a população local;
Setembro de 1984 - atentado com explosivos na residência de um agrário, no Alentejo;
Setembro de 1984 - atentados com explosivos em residências de agrários em Montemor-o-Novo;
Setembro de 1984 - atentado com explosivos na Penitenciária de Coimbra;
Janeiro de 1985 - ataque falhado com granadas de morteiro contra navios da NATO ancorados no rio Tejo, em Lisboa;
Março de 1985 - atentado mortal sobre o empresário da Marinha Grande, Alexandre Souto, levado a cabo no recinto da Feira Internacional de Lisboa; a organização justifica a acção como uma resposta à morte de um sindicalista da Marinha Grande alegadamente morto pelo empresário na sequência de uma disputa pessoal;
Abril de 1985 - na sequência de uma operação da Polícia Judiciária perto da Maia, são detidos três operacionais da organização e um quarto (Luís Amado) é morto a tiro;
Julho de 1985 - atentado mortal sobre um dos ‘arrependidos’ da organização (José Barradas), no Monte da Caparica, Almada;
Setembro de 1985 - fuga do Estabelecimento Prisional de Lisboa de um grupo de presos da organização;
Fevereiro de 1986 - atentado mortal sobre o Diretor-geral dos Serviços Prisionais, Gaspar Castelo Branco, em Lisboa; a ação é justificada pela organização como uma resposta às duras condições de detenção dos seus militantes e à alegada intransigência dos Serviços Prisionais na pessoa do seu Diretor-geral;
Abril de 1986 - disparos sobre a esquadra da PSP dos Olivais em retaliação pelos alegados maus tratos aí sofridos por um elemento da organização aquando da sua detenção; desta acção resulta um ferido ligeiro;
Setembro de 1986 - atentado com explosivos a um empreendimento turístico no Algarve; esta ação é reivindicada pela ORA (Organização Revolucionária Armada) um grupo formado por dissidentes das Forças Populares 25 de Abril;
Agosto de 1987 - morte do agente da Polícia Judiciária Álvaro Militão durante a detenção de elementos da organização, em Lisboa;
Meados de 1992 - detenção dos últimos militantes ainda clandestinos;
1996 - É aprovada pela Assembleia da República e promulgada por Mário Soares, então Presidente da República, uma amnistia relativa ao caso FUP-FP-25, amnistia que exclui os chamados "crimes de sangue".



   


  
A Força de Unidade Popular (FUP), foi um partido político português, fundado em 1980 e extinto em 2004.
Fundado pelo major Otelo Saraiva de Carvalho na área do "socialismo participado", defendia nos seus estatutos, "promover a unidade popular no seio do povo português para a construção do Socialismo" e "praticar a solidariedade com todos os povos do mundo que lutam pela sua libertação e pelo Socialismo".
Nunca concorreu a eleições, tendo apoiado Otelo Saraiva de Carvalho às eleições presidenciais de 1980, onde este obteve um resultado desastroso, com somente 85.896 votos (1,49%).

A ideia de criação do partido foi lançada pelo major Otelo Saraiva de Carvalho, em 30 de janeiro de 1980, e concretizada em 28 de março seguinte através de um acordo constitutivo subscrito pelo mesmo, por representantes do MES - Movimento de Esquerda Socialista, OUT - Organização Unitária de Trabalhadores, PCP(m-l) - Partido Comunista de Portugal (marxista-leninista), PC(R) - Partido Comunista (Reconstruído), PRP - Partido Revolucionário do Proletariado, UC - Unidade Comunista, UDP - União Democrática Popular e quatro independentes.
O partido foi vítima própria de um certo culto de personalidade ou otelismo. A partir de junho de 1984, após a operação "Orion" da Polícia Judiciária, incidindo sobre as FP25 e que levou à detenção de dezenas de militantes da FUP e do próprio Otelo, o partido assistiu ao encerramento sucessivo das suas sedes.
Comprovada a ligação do partido às FP25 e ao "Projecto Global", por ser a sua componente da "organização política de massas" (OPM), foi decretada a sua extinção em 2004.
  
   

    
Óscar um assassino pouco inteligente

O Óscar fez uma revolução. Houve quem pensasse que o fazia pelo País. Engano. Rapidamente se tornou conhecido por emitir mandatos de captura em branco, discricionários e sem critério. O País generoso, perdoou-lhe as loucuras do PREC, mas logo Óscar achou que o poder era seu por direito e voltou a aterrorizar. Desta vez contra a democracia, com mais sangue e cobardia. Com o seu gang de revolucionários, Óscar assaltou bancos, e assassinou 17 pessoas e chantageou o Estado de direito.
O País foi novamente magnânimo e perdoou-lhe por algo, do qual ele nunca se arrependeu. Até o promoveu. Passou-lhe um salvo conduto vitalício,  o que lhe permite dizer as maiores atrocidades, ter eco na imprensa, sem que haja alguém a lembrar o seu cadastro.

Óscar não foi generoso nem tão pouco corajoso, foi muito pouco inteligente e nunca se retratou. Óscar continua a achar-se acima da lei. Já o Estado, não pode permitir que haja cidadãos, mesmo que  intelectualmente indigentes, mas não inimputáveis, digam atrocidades  e incitem a motins e revoluções.

Um Estado pequeno não implica que seja fraco. Mas, se a justiça não reage e não funciona, deixa fragilidades com marcas profundas e difíceis de curar.

PS. Óscar - Nome de código de Otelo Saraiva de Carvalho, enquanto líder operacional das FP-25 de Abril. Facto julgado e provado em tribunal. Entre os crimes de que foi  acusado e condenado, esteve o assassinato de 17 pessoas inocentes, de uma forma fria, brutal e cobarde. Apesar disso, Otelo foi promovido a Coronel, por proposta do Almirante Martins Guerreiro e despacho conjunto do Ministro da Defesa Severiano Teixeira e das Finanças Teixeira dos Santos, com uma indemnização três vezes superior, aquela que receberam as vitimas que assassinou.
 



Dias contados
Uma anedota chamada Otelo
por ALBERTO GONÇALVES - 13 novembro 2011


Antes de 1974, o capitão Otelo Saraiva de Carvalho serviu diligentemente a ditadura salazarista. Após o 25 de Abril, de que ele próprio foi operacional destacado, ajudou a impor uma ditadura comunista. Derrotada esta no 25 de Novembro de 1975, prosseguiu a defesa dos macaquinhos que lhe habitam o sótão quase sozinho e literalmente à bomba até ser preso. Hoje, seria de esperar que duas tiranias, um golpe de Estado e uma apreciável incursão pelo terrorismo, satisfizessem as ambições profissionais do major Otelo Saraiva de Carvalho, que aproveitaria o Outono da vida para contemplar o passado heroico e gozar de uma reforma pacífica. Evidentemente, não satisfazem.
Há homens que não sossegam enquanto um único dos seus semelhantes estiver privado de exercer o direito de voto. O tenente-coronel Otelo Saraiva de Carvalho não é desses. O que o aflige é justamente a possibilidade de os semelhantes escolherem os respetivos destinos em liberdade. Parafraseando As Vinhas da Ira, onde houver o vestígio de um sistema democrático, o coronel Otelo Saraiva de Carvalho lá irá tentar acabar com ele. Ou pelo menos fica no sofá de casa a pedir a outros que o façam.
A última do brigadeiro Otelo Saraiva de Carvalho é aquela espécie de entrevista na qual explica que "os militares têm a tendência para estabelecer um determinado limite à atuação da classe política", que o poder político "está próximo de exceder os limites aceitáveis", que, "ultrapassados os limites", os militares devem "fazer uma operação militar e derrubar o Governo", e que "bastam 800 homens".
Em troca, alguém de bom senso deveria explicar ao general Otelo Saraiva de Carvalho que, grosso modo, a coisa funciona ao contrário. Os limites da política são decididos pela Constituição e pela lei. O poder militar está submetido ao político. O poder político, tontinho que seja, está submetido ao voto dos cidadãos e não aos apetites de 800 hipotéticos valentes. As sugestões em causa configuram o crime de incitação à violência. Etc.
Pensando melhor, não vale a pena. Há muito, provavelmente desde sempre, que o marechal Otelo Saraiva de Carvalho se encontra além da racionalidade, da imputabilidade e da paciência. Evangelizá-lo na exata democracia que lhe permite ostentar os delírios seria tão inútil quanto pregar o feminismo aos aiatolas. Mais do que um déspota falhado e arcaico, o sr. Otelo é uma anedota, só perigosa na medida em que alguns ainda a ouvem sem se rir.
    
in DN

Música adequada à data...

Emmanuel Nunes nasceu há oitenta e três anos...

(imagem daqui)
      
Emmanuel Nunes (Lisboa, 31 de agosto de 1941 - Paris, 2 de setembro de 2012) foi um compositor português radicado em Paris. Foi galardoado com o Prémio Pessoa em 2000.
Começou os seus estudos musicais na Academia de Amadores de Música de Lisboa mas, sem perspetivas de progressão e por ser opositor do regime, prosseguiu os estudos musicais na Alemanha e na França (mestres: Francine Benoît e Fernando Lopes Graça em Portugal, nos Darmstädter Ferienkurse com Pierre Boulez, e na Hochschule für Musik Köln com Henri Pousseur, Jaap Spek, Georg Heike e Karlheinz Stockhausen). Defendeu na Sorbonne uma tese de musicologia sobre Anton Webern. Utilizava nas suas composições as mais variadas técnicas, mantendo-se próximo da linguagem atonal. Foi professor de composição e de música de câmara em Paris no Conservatório Nacional Superior de Música e Dança de Paris, entre 1992 e 2006, tendo antes ocupado um lugar de professor de composição no Institut für Neue Musik da Hochschule für Musik Freiburg (1986-1992), dando também cursos na Fundação Calouste Gulbenkian, na Universidade de Harvard, e em Darmstadt.
Obteve vários prémios, dos quais se destaca o 1.º prémio de Estética Musical (classe de Marcel Beaufils) do Conservatório Nacional Superior de Música de Paris, em 1971, e o Prémio do International Music Council (UNESCO) para compositores, em 1999.
Morreu num hospital em Paris, tinha 71 anos.
     



Otelo Saraiva de Carvalho nasceu há 88 anos...

   
Otelo Nuno Romão Saraiva de Carvalho (Maputo, ex-Lourenço Marques, 31 de agosto de 1936Lisboa, Lumiar, 25 de julho de 2021) foi um coronel de artilharia português, tendo sido um dos principais estrategas do 25 de abril de 1974, tendo posteriormente fundado e dirigido a organização terrorista «Forças Populares 25 de abril – FP-25».
  
Biografia
Foi capitão em Angola de 1961 a 1963 e também na Guiné entre 1970 e 1973, sendo um dos principais dinamizadores do movimento de contestação ao Decreto Lei nº 353/73, que deu origem ao Movimento dos Capitães e ao MFA. Entre 1964 a cerca de 1968, foi professor na "Escola Central de Sargentos" em Águeda.
Era o responsável pelo sector operacional da Comissão Coordenadora do MFA e foi ele quem dirigiu as operações do 25 de Abril, a partir do posto de comando clandestino instalado no Quartel da Pontinha.
Graduado em brigadeiro, foi nomeado comandante-adjunto do COPCON e comandante da região militar de Lisboa a 13 de julho de 1974, tendo passado a ser comandante do COPCON a 23 de junho de 1975 (cargo que na prática já exercia desde setembro de 1974). Foi afastado destes cargos após os acontecimentos de 25 de novembro de 1975, por realizar de ânimo leve uma série de ordens de prisão e de maus tratos de elementos moderados.
Fez parte do Conselho da Revolução desde que este foi criado, a 14 de março de 1975, até dezembro de 1975. A partir de 30 de julho do mesmo ano integra, com Costa Gomes e Vasco Gonçalves, o Diretório, estrutura política de cúpula durante o V Governos Provisório na qual os restantes membros do Conselho da Revolução delegaram temporariamente os seus poderes (mas sem abandonarem o exercício das suas funções).
Conotado com a ala mais radical do MFA, viria a ser preso em consequência dos acontecimentos do 25 de novembro. Solto três meses mais tarde, foi candidato às eleições presidenciais de 1976.
Em 1980 cria o partido Força de Unidade Popular (FUP) e volta a concorrer às eleições presidenciais de 1980.
Na década de 80 foi acusado de liderar a organização terrorista FP-25, responsável pelo assassinato de 17 pessoas. Foi detido em 1984.
Em 1985 foi julgado e condenado em tribunal pelo seu papel na liderança das FP-25 de Abril. Após ter apresentado recurso da sentença condenatória, ficou em prisão preventiva cinco anos, passando a aguardar julgamento em liberdade provisória. Mais tarde acusou o PCP de ter estado por trás da sua detenção e de ter feito com que ficasse em prisão preventiva tanto tempo. Acusou ainda alguns nomes então na Polícia Judiciária, como a antiga diretora do Departamento Central de Investigação e Ação Penal, Cândida Almeida, então na PJ, de, devido à militância no PCP, ter estado por trás da sua detenção.
Em 1996 a Assembleia da República aprovou o indulto, seguido de uma amnistia, para os presos do caso FP-25.

O músico Bob Welch nasceu há 79 anos...

Bob Welch (esquerda) e o engenheiro de gravação Jimmy Robinson, na Record Plant, em Sausalito, Califórnia

 

Robert Lawrence "Bob" Welch, Jr. (Hollywood, 31 de agosto de 1945 – Antioch, Tennessee, 7 de junho de 2012) foi um cantor e compositor norte-americano de rock.

Bob tornou-se notável como vocalista e guitarrista dos Fleetwood Mac, de 1971 a 1974, na fase de transição do grupo entre a sua formação original de blues e a formação clássica, de orientação pop rock. Ao sair da banda, por problemas pessoais, foi substituído por Lindsey Buckingham e, com a colaboração de integrantes dos Mac como Buckingham e Christine McVie, teve uma carreira a solo bem-sucedida no fim dos anos 70, mas que declinou na década de 80. Os seus singles incluem "Hot Love, Cold World," "Ebony Eyes," "Precious Love" e a famosa faixa "Sentimental Lady."

Welch morreu em 2012, vítima de suicídio.

 

in Wikipédia

 


Van Morrison - 79 anos

      
Sir George Ivan Morrison (Belfast, 31 August 1945), known professionally as Van Morrison, is a Northern Irish singer-songwriter and multi-instrumentalist whose recording career spans six decades. He has won two Grammy Awards.

Morrison began performing as a teenager in the late 1950s, playing a variety of instruments including guitar, harmonica, keyboards and saxophone for various Irish showbands, covering the popular hits of that time. Known as "Van the Man" to his fans, Morrison rose to prominence in the mid-1960s as the lead singer of the Northern Irish R&B band Them, with whom he wrote and recorded "Gloria", which became a garage band staple. His solo career started under the pop-hit oriented guidance of Bert Berns with the release of the hit single "Brown Eyed Girl" in 1967. After Berns's death, Warner Bros. Records bought Morrison's contract and allowed him three sessions to record Astral Weeks (1968). While initially a poor seller, the album has become regarded as a classic. Moondance (1970) established Morrison as a major artist, and he built on his reputation throughout the 1970s with a series of acclaimed albums and live performances.

Much of Morrison's music is structured around the conventions of soul music and early rhythm and blues. An equal part of his catalogue consists of lengthy, spiritually inspired musical journeys that show the influence of Celtic tradition, jazz and stream of consciousness narrative, such as the album Astral Weeks. The two strains together are sometimes referred to as "Celtic soul", and his music has been described as attaining "a kind of violent transcendence".

Morrison's albums have performed well in Ireland and the UK, with more than 40 reaching the UK top 40. He has scored top ten albums in the UK in four consecutive decades, following the success of 2021's Latest Record Project, Volume 1. Eighteen of his albums have reached the top 40 in the United States, twelve of them between 1997 and 2017. Since turning 70 in 2015, he has released – on average – more than an album a year. He has received two Grammy Awards, the 1994 Brit Award for Outstanding Contribution to Music, the 2017 Americana Music Lifetime Achievement Award for Songwriting and has been inducted into both the Rock and Roll Hall of Fame and the Songwriters Hall of Fame. In 2016, he was knighted for services to the music industry and to tourism in Northern Ireland.
  

 


Rudolf Schenker, o fundador dos Scorpions, nasceu há 76 anos


Rudolf Schenker (Hannover, 31 de agosto de 1948) é um guitarrista e compositor alemão, um dos pilares da banda de hard rock alemã Scorpions e responsável por grande parte das melodias da banda. Rudolf Schenker fundou a banda em 1965, com o seu irmão mais novo, o guitarrista a solo Michael Schenker, que tinha então apenas 10 anos de idade, mas então já um virtuoso no instrumento. 

 


François-André Philidor, músico e xadrezista francês, morreu há 229 anos

    
François-André Danican Philidor (Dreux, França, 7 de setembro de 1726 - Londres, Inglaterra, 31 de agosto de 1795) foi um compositor francês e também o melhor jogador de xadrez da sua época. Geralmente considerado como um dos criadores da ópera bufa francesa, destacando-se Tom Jones e Le Maréchal-Ferrant. Além disso, compôs também a ópera Themistocle, uma tragédia lírica.
Na sua família, de origem escocesa e conhecida desde o século XVII, houve catorze instrumentistas - nove dos quais eram também compositores.
Philidor teve a sua carreira musical como um dos músicos da corte do rei Luís XV da França. Entre os anos de 1750 e 1770 foi o principal compositor da França. Escreveu mais de 20 óperas cómicas e duas tragédias líricas. Além disso, compôs música de câmara, cantatas e motetos seculares, um oratório. Musicou as Carmen seculare de Horácio e compôs um Te Deum que foi executado durante o funeral de Rameau.
Em dezembro de 1792, no entanto, aos 65 anos de idade, Philidor precisou de deixar definitivamente a França e partir para a Inglaterra. Fugia da Revolução Francesa (1789-1799), pois o seu nome figurava na lista de banimento, o que provavelmente não se deveu às suas ideias políticas, já que Philidor era bastante reservado sobre as suas opiniões, para além da música e do xadrez.
 
  
   

 


Charles Baudelaire morreu há 157 anos

   
Charles-Pierre Baudelaire (Paris, 9 de abril de 1821 - Paris, 31 de agosto de 1867) foi um poeta boémio, dandy, flâneur e teórico da arte francesa. É considerado um dos precursores do simbolismo e reconhecido internacionalmente como o fundador da tradição moderna em poesia, juntamente com Walt Whitman, embora se tenha relacionado com diversas escolas artísticas. A sua obra teórica também influenciou profundamente as artes plásticas do século XIX.
Estudou no Colégio Real de Lyon e Lycée Louis-le-Grand (de onde foi expulso por não querer mostrar um bilhete que lhe fora passado por um colega).
Em 1840, foi enviado pelo padrasto, preocupado com a sua vida desregrada, à Índia, mas nunca chegou ao destino. Sai na ilha da Reunião e regressa a Paris. Atingindo a maioridade, toma posse da herança do pai. Durante dois anos, vive entre drogas e álcool na companhia de Jeanne Duval. Em 1844, a sua mãe presenta queixa na justiça, acusando-o de pródigo, e então a sua fortuna fica controlada por um notário.
Em 1857, é lançado livro As flores do mal, contendo 100 poemas. O autor do livro é acusado, no mesmo ano, pela justiça, de ultrajar a moral pública. Os exemplares são apreendidos, pagando, de multa, o escritor, 300 francos, e a editora, 100 francos.
Essa censura se deveu a apenas seis poemas do livro. Baudelaire aceita a sentença e escreve seis novos poemas, "mais belos que os suprimidos", segundo ele.
  

 

O Vampiro


Tu que, como uma punhalada,
Em meu coração penetraste,
Tu que, qual furiosa manada
De demónios, ardente, ousaste,

De meu espírito humilhado,
Fazer teu leito e possessão
- Infame à qual estou atado
Como o galé ao seu grilhão,

Como ao baralho o jogador,
Como à carniça ao parasita,
Como à garrafa ao bebedor
- Maldita sejas tu, maldita!

Supliquei ao gládio veloz
Que a liberdade me alcançasse,
E ao veneno, pérfido algoz,
Que a covardia me amparasse.

Ai de mim! Com mofa e desdém,
Ambos me disseram então:
"Digno não és de que ninguém
Jamais te arranque a escravidão,

Imbecil! - se de teu retiro
Te libertássemos um dia,
Teu beijo ressuscitaria
O cadáver de teu vampiro!"

 

Charles Baudelaire

Napoleão III perdeu a coroa imperial há 154 anos

Napoleão III e Bismarck, na manhã seguinte à Batalha de Sedan

    
A Batalha de Sedan foi travada a 1 de setembro de 1870, próximo da cidade francesa de Sedan, durante a Guerra Franco-Prussiana.
Resultou na captura do Imperador Napoleão III, juntamente com o seu exército, e praticamente decidiu o conflito em favor do Reino da Prússia e seus aliados.
Nesta batalha, o exército prussiano demonstrou, de forma cabal, a sua superioridade em liderança, tática, logística e em treino. Também esta batalha marcou o fim do Segundo Império Francês e o início da Terceira República Francesa.
       

Maria Montessori nasceu há 154 anos

    
Maria Tecla Artemisia Montessori (Chiaravalle, 31 de agosto de 1870 - Noordwijk aan Zee, Países Baixos, 6 de maio de 1952) foi uma educadora, médica e pedagoga italiana. É conhecida pelo método educativo que desenvolveu e que ainda é usado hoje em muitas escolas públicas e privadas no mundo inteiro.
Destacou a importância da liberdade, da atividade e do estímulo para o desenvolvimento físico e mental das crianças. Para ela, liberdade e disciplina se equilibrariam, não sendo possível conquistar uma sem a outra. Adaptou o princípio da auto-educação, que consiste na interferência mínima dos professores, pois a aprendizagem teria como base o espaço escolar e o material didático.
  
Vida
Montessori nasceu em 31 de agosto de 1870 em Chiaravalle, Itália. O seu pai, Alessandro Montessori, era um alto funcionário do Ministério das Finanças, trabalhando na época numa fábrica de tabaco estatal. A sua mãe, Renilde Stoppani, era bem educada para a época e provavelmente parente do geólogo italiano Antonio Stoppani.
Desde muito jovem, manifestou interesse pelas matérias científicas, principalmente matemática e biologia, resultando em conflito com os seus pais, que desejavam que ela seguisse a carreira de professora.
Indo contra as expectativas familiares, inscreveu-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Roma, escolha que a levou a ser, em 1896, uma das primeiras mulheres a formar-se em medicina na Itália.
Após a sua formatura, não pode exercer como médica, pois na época não se admitia uma mulher examinando o corpo de um homem. Então iniciou um trabalho com crianças com necessidades especiais na clínica da universidade, vindo posteriormente dedicar-se a experimentar em crianças, sem comprometimento algum, os procedimentos usados na educação dos que tinham comprometimento. Observou, também, crianças que brincavam nas ruas e criou um espaço educacional para estas crianças - a Casa dei Bambini.
Responsável também pela criação do Método Montessori de aprendizagem, composto especialmente por um material de apoio em que a própria criança (ou utilizador) observa e faz as conexões corretas.
       

A Rainha Guilhermina dos Países Baixos nasceu há 144 anos

      
Guilhermina (Palácio Noordeinde, Haia, 31 de agosto de 1880 - Palácio de Het Loo, Apeldoorn, 28 de novembro de 1962) foi Rainha dos Países Baixos, entre 1890 e 1948, e a rainha mãe (mas com o título de princesa) de 1948 a 1962. Guilhermina, filha e sucessora de Guilherme III, reinou nos Países Baixos por mais tempo que qualquer outro monarca neerlandês. O seu reinado acompanhou muitos pontos cruciais e decisivos na história neerlandesa e do mundo: a I Guerra Mundial, a II Guerra Mundial e a Grande Depressão de 1933, bem como o declínio dos Países Baixos como uma potência com um grande império colonial. Ela teve um papel importante durante a II Grande Guerra, dando inspiração à resistência neerlandesa e sendo uma proeminente líder do governo neerlandês no exílio.
  
   

O baterista Gene Hoglan nasceu há 57 anos

   
Eugene "Gene" Victor Hoglan II (Dallas, Texas, 31 de agosto de 1967) é um músico americano conhecido por ter tocado em inúmeros bandas de heavy metal como baterista. Hoglan começou a sua carreira musical como roadie (como engenheiro de iluminação) da banda Slayer, onde também tocava a bateria durante a passagem de som.
O músico aparece em 2° na lista dos 'Dez Melhores Bateristas de Metal' do site OC Weekly. Também ficou em 17° lugar na lista dos "50 melhores bateristas de hard rock e metal de todos os tempos" do site Loudwire.
   

 


Dalva de Oliveira morreu há 52 anos...

        
Vicentina de Paula Oliveira, conhecida como Dalva de Oliveira, (Rio Claro, São Paulo, 5 de maio de 1917 - Rio de Janeiro, 31 de agosto de 1972) foi uma cantora brasileira com o apogeu artístico nos anos 30 a 50.
   
(...)
     
Três dias antes de morrer, Dalva pressentiu o fim e, pela primeira vez, na sua longa agonia de quase três meses, lutando pela vida, falou da morte. Ela tinha um recado para a sua melhor amiga, Dora Lopes, que a acompanhou ao hospital: "Quero ser vestida e maquilhada, como o povo se acostumou a me ver. Todos vão parar para me ver passando!". Morreu em 31 de agosto de 1972, vítima de uma hemorragia interna causada por um cancro esofágico. O seu corpo está enterrado no Cemitério Jardim da Saudade, na cidade do Rio de Janeiro.
   

 


O sindicato polaco Solidariedade foi fundado há 44 anos

      
Solidarność, em português Solidariedade (de nome completo, em polaco, Niezależny Samorządny Związek Zawodowy "Solidarność; em português, Sindicato Autónomo "Solidariedade") é uma federação sindical polaca, fundada a 31 de agosto de 1980 nos Estaleiros Lenine, em Gdańsk, sendo originalmente liderada por Lech Wałęsa.
Na década de 80, o Solidariedade era um amplo anti-burocrático movimento social, utilizando os métodos de resistência civil para fazer avançar a causa dos direitos dos trabalhadores e da mudança social. Ele representava 9,5 milhões de membros no seu primeiro congresso, em setembro de 1981, o que correspondia a 1/3 da população total da Polónia com idade para poder trabalhar.
      
(...)
      
     
Em 1979, a economia polaca encolheu pela primeira vez, desde a Segunda Guerra Mundial, em 2 por cento. A dívida externa chegou a aproximadamente US $ 18 mil milhões até 1980.
O Solidariedade surgiu a 31 de agosto 1980, em Gdansk, nos Estaleiros Lenine, quando o governo comunista da Polónia assinou o acordo que permitiu a sua existência. Em 17 de setembro de 1980, mais de 20 comités de sindicatos livres fundiram-se numa organização nacional denominada NSZZ Solidariedade, sendo oficialmente registado a 10 de novembro de 1980.
Lech Walesa e outros formaram um amplo movimento social anti-soviético que incluía desde pessoas associadas com a Igreja Católica a membros da esquerda anti-soviética. O Solidariedade defendia atividades de não-violência dos seus membros. 
O governo tentou destruir o sindicato com a lei marcial de 1981 e muitos anos de repressões, mas por fim começou a negociar com o sindicato. As conversas de mesa redonda entre o governo enfraquecido e a oposição do Solidariedade levou às eleição semi-abertas de 4 de junho de 1989. Pelo fim de agosto, uma coligação liderada pelo Solidariedade foi formada para participar das eleições e em dezembro Wałęsa foi eleito presidente.
A Igreja Católica apoiou o movimento Solidarność e, em janeiro de 1981, Wałęsa foi cordialmente recebido pelo Papa João Paulo II, no Vaticano. O próprio Wałęsa sempre considerou o catolicismo como a sua fonte de força e inspiração. Em 1983, na segunda viagem do papa para a Polónia, foi concedida uma audiência do papa a Wałęsa, nas Montanhas Tatra. Como resultado da reunião Wałęsa diminuiu a sua atividade política para aliviar a situação interna na Polónia. Em agosto de 1983, a lei marcial que proibia o Solidariedade foi retirada e no mesmo ano Wałęsa recebeu o Nobel da Paz.
No dia 4 de junho de 1989, houve eleições para o senado na Polónia e pela primeira vez os polacos tinham a hipótese de votar livremente, depois de quase meio século de ditadura comunista. O resultado das urnas foi que das 262 cadeiras do senado, 261 ficaram para o partido de oposição, o Solidariedade. O governo comunista cairia dois meses depois. Era o fim do comunismo na Polónia. "A culpa é da Igreja", disse o ditador derrotado, general Wojciech Jaruzelski. O primeiro ato do líder do Solidariedade, Lech Wałęsa, foi ir para Roma, para agradecer a João Paulo II.
Desde então tornou-se um sindicato mais tradicional, e teve relativo pouco impacto na cena política da Polónia no início da década de 90. Um ramo político foi fundado em 1996 quando a Ação Eleitoral Solidariedade (Akcja Wyborcza Solidarność, AWS) ganhou a eleição parlamentar, 1997, mas perdeu a seguinte eleição parlamentar, em 2001.
       

A princesa Diana de Gales morreu há vinte e sete anos...

  
Diana Frances Spencer (Sandringham, 1 de julho de 1961 - Paris, 31 de agosto de 1997), apelidada de Lady Di, foi uma aristocrata, filantropa e a primeira esposa de Carlos, Príncipe de Gales, filho mais velho e herdeiro aparente de Isabel II do Reino Unido. Ela é mãe dos príncipes Guilherme, Duque de Cambridge, 2.º na linha de sucessão ao trono, e Henrique, Duque de Sussex. Lady Di, como era conhecida, foi uma influente personalidade global nas últimas décadas do século XX, sendo apelidada como “princesa do povo” devido ao seu carisma, simpatia, espontaneidade e dedicação a causas sociais.
Após o seu casamento com o príncipe de Gales, Diana tornou-se uma das mulheres mais famosas do mundo, celebridade perseguida por paparazzi, um ícone da moda, ideal de beleza e elegância feminina, admirada por seu trabalho de caridade, em especial por seu envolvimento no combate à SIDA e na campanha internacional contra as minas terrestres.
A sua trágica e inesperada morte, ocorrida após um acidente de carro na cidade de Paris, em 1997, foi seguida de um grande luto público pelo Reino Unido e, em menor escala, pelo mundo. O seu funeral, realizado em setembro do mesmo ano, foi visto, globalmente, por cerca de 2,5 mil milhões de pessoas, tornando-se um dos eventos mais assistidos da história da televisão.