quarta-feira, maio 29, 2024

Jeff Buckley morreu há 27 anos...


Jeffrey Scott Buckley
(Anaheim, 17 de novembro de 1966 - Memphis, 29 de maio de 1997) foi um cantor, compositor e guitarrista norte-americano. Conhecido pelos seus dotes vocais, Buckley foi considerado pelos críticos umas das mais promissoras revelações musicais da sua época. Entretanto, Buckley morreu afogado enquanto nadava no rio Wolf, afluente do Rio Mississipi, em 1997. O seu trabalho e o seu estilo único continuam a ser admirados por fãs, artistas e músicos no mundo todo.
   

 


Doc Watson morreu há doze anos...

     
Arthel Lane "Doc" Watson (Deep Gap, North Carolina, March 3, 1923 – Winston-Salem, North Carolina, May 29, 2012) was an American guitarist, songwriter, and singer of bluegrass, folk, country, blues, and gospel music. Watson won seven Grammy awards as well as a Grammy Lifetime Achievement Award. Watson's flatpicking skills and knowledge of traditional American music were highly regarded. He performed with his son, guitarist Merle Watson, for over 15 years until Merle's death in 1985 in an accident on the family farm.
  

 


Danny Elfman faz hoje 71 anos

 
Daniel (Danny) Robert Elfman (Los Angeles, California, 29 de maio de 1953) é um cantor e compositor norte-americano de origem alemã, um dos maiores músicos da história dos Estados Unidos. Responsável por diversas bandas sonoras do cinema em Hollywood e foi vocalista e líder do grupo pop new wave Oingo Boingo que vendeu milhões no mundo inteiro nos anos 80 e 90.
É casado atualmente com a atriz Bridget Fonda, com quem tem um filho chamado Oliver, nascido em janeiro de 2005. Ele também é pai de duas filhas de um casamento anterior.

 


terça-feira, maio 28, 2024

Música de aniversariante de hoje...

Carl Larsson nasceu há cento e setenta e um anos

  
Carl Larsson (Gamla Stan, 28 de maio de 1853Sundborn, Dalecárlia, 22 de janeiro de 1919) foi um pintor sueco. É conhecido pelas suas aguarelas, retratando a vida familiar e os interiores da sua casa na pequena aldeia de Sundborn, perto de Falun, na província histórica da Dalecárlia. Foi um dos mais importantes pintores do realismo na Suécia do século XIX.
  
Biografia

Carl Larsson nasceu em Gamla Stan, uma antiga região de Estocolmo, em 28 de maio de 1853. Sua família era muito pobre e Carl cresceu em tristes circunstâncias. O único brilho de esperança era seu forte talento artístico, que apareceu mais tarde em sua vida. Quando ele tinha treze anos seu professor o convenceu a tentar uma vaga na Principskolan, um departamento temporário da Academia de Arte. Durante os primeiros anos na Principskolan, Carl encontrou dificuldade de adaptação. Seu senso de inferioridade social o fez sentir um estranho. Mas quando tinha dezasseis anos, ele foi transferido para uma escola antiga, o mais simples departamento da Academia de Arte. Ele começou a sentir-se mais confiante e não demorou para que se tornasse uma das figuras centrais do círculo de estudantes.

Depois da Academia de Arte, Carl trabalhou na ilustração de livros, revistas e jornais diários. Ele também gastou muitos anos em Paris onde tentou se manter como um artista, mas apesar de todo o seu duro trabalho nunca encontrou sucesso. A reviravolta veio em 1882 quando ele se mudou para Grez, uma colónia escandinava de artistas fora de Paris. E foi lá que ele conheceu sua futura esposa Karin Bergöö e onde houve uma transformação artística, depois de abandonar suas pretensões de pintura a óleo em favor da aguarela – uma mudança de sorte que significaria em partes no seu desenvolvimento artístico. E foi em Grez que ele pintou algum de seus trabalhos mais significantes.

Carl e Karin casaram em 1883 e tiveram oito filhos (um deles morreu com dois meses). Karin e seus filhos tornaram-se rapidamente os modelos favoritos de Carl.

De volta à Suécia, Carl Larsson aderiu aos "opositores" (opponenterna), desenvolvendo um estilo decorativo inspirado no estilo jugend e na arte japonesa.

O pai de Karin, Adolf Bergöö, deu a casa Lilla Hyttnäs para Carl e Karin em 1888. O minúsculo chalé de madeira, que foi construído em 1837, tornou-se o centro artístico do pintor. Lilla Hyttnäs, localizado em Sundborn, manteve-se na família Larsson por gerações é agora administrada pela família legítima de Carl e Karin Larsson.

 

Modelo escrevendo postais (Modellen skriver vykort

    
A Cozinha (Köket) de 1898
       

O Jardim Zoológico de Lisboa faz hoje cento e quarenta anos


O Jardim Zoológico e de Aclimação em Portugal, localiza-se em Sete Rios, em Lisboa, Portugal. Atualmente reúne um conjunto representativo de todo o planeta, com cerca de 2000 animais de 300 espécies diferentes.

Inaugurado em 28 de maio de 1884, as suas primitivas instalações foram no Parque de São Sebastião da Pedreira, vindo a serem transferidas em 1894 para os terrenos de Palhavã, no terreno onde hoje se situa a Fundação Calouste Gulbenkian. Mais tarde, em 1905, o Jardim Zoológico foi transferido para a sua atual localização, na Quinta das Laranjeiras, em Sete Rios

 

in Wikipédia

Stormy Monday...

Hoje é dia de recordar um Poeta...

  

 

Grito Negro
  
Eu sou carvão!
E tu arrancas-me brutalmente do chão
e fazes-me tua mina, patrão.
Eu sou carvão!
E tu acendes-me, patrão,
para te servir eternamente como força motriz
mas eternamente não, patrão.
Eu sou carvão
e tenho que arder sim;
queimar tudo com a força da minha combustão.
Eu sou carvão;
tenho que arder na exploração
arder até às cinzas da maldição
arder vivo como alcatrão, meu irmão,
até não ser mais a tua mina, patrão.
Eu sou carvão.
Tenho que arder
Queimar tudo com o fogo da minha combustão.
Sim!
Eu sou o teu carvão, patrão.

  
   
José Craveirinha 

O astrónomo Frank Drake nasceu há 94 anos...


Frank Donald Drake (Chicago, 28 de maio de 1930Aptos, 2 de setembro de 2022) foi um astrónomo e astrofísico americano. Ele é conhecido por ter fundado o SETI e criado a equação de Drake.
Drake nasceu em Chicago e, durante a juventude, ele gostava de eletrónica e química. Ele afirma ter considerado a possibilidade de existência de vida em outros planetas com apenas 8 anos de idade, mas não teria discutido tal ideia com ninguém, devido às ideologias religiosas da época.
Ele começou a estudar astronomia na Universidade Cornell. As suas ideias sobre a possibilidade de vida extraterrestre foram reforçadas após ouvir uma palestra do astrofísico Otto Struve em 1951. Pouco depois, ele trabalhou brevemente como técnico de eletrónica da Marinha americana no USS Albany. Após o serviço militar, ele graduou-se em radioastronomia em Harvard.
Embora esteja intimamente ligado à pesquisa sobre civilizações extraterrestres, Drake começou a carreira como radioastrónomo no então recém-inaugurado National Radio Astronomy Observatory (Observatório Nacional de Rádio Astronomia dos Estados Unidos), em Green Banks, Virgínia Ocidental. Mais tarde trabalhou no Laboratório de Jato-Propulsão da NASA. Em suas pesquisas, ele descobriu a ionosfera e a magnetosfera de Júpiter. Como pesquisador, Drake envolveu-se com os primeiros estudos sobre os pulsars.
Nos anos 60, Drake supervisionou a conversão do Observatório de Arecibo em radiotelescópio. Em 1972, Drake projetou, com Carl Sagan, a Placa Pioneer, a primeira mensagem enviada ao espaço. Dois anos depois, ele escreveu a Mensagem de Arecibo. Mais tarde ele foi supervisor na produção do Disco de Ouro da Voyager.
Drake trabalhou como Professor de Astronomia na Universidade Cornell entre 1964 e 1984. Desde então, ele era Professor Emérito de Astronomia e Astrofísica na Universidade da Califórnia em Santa Cruz.
   
(...)
   
Frank Drake morreu a 2 de setembro de 2022, em sua casa, em Aptos, na Califórnia, de causas naturais, aos 92 anos.
   


A Equação de Drake, proposta por Frank Drake em 1961, foi formulada com o propósito de fornecer uma estimativa do número de civilizações na nossa Galáxia (Via Láctea) com as quais poderíamos ter hipóteses de estabelecer comunicação.
A Equação de Drake foi formulada como segue:
 

Onde:

N é o número de civilizações extraterrestres em nossa galáxia com as quais poderíamos ter chances de estabelecer comunicação.
e
R* é a taxa de formação de estrelas em nossa galáxia
fp é a fração de tais estrelas que possuem planetas em órbita
ne é o número médio de planetas que potencialmente permitem o desenvolvimento de vida por estrela que tem planetas
fl é a fração dos planetas com potencial para vida que realmente desenvolvem vida
fi é a fração dos planetas que desenvolvem vida inteligente
fc é a fração dos planetas que desenvolvem vida inteligente e que têm o desejo e os meios necessários para estabelecer comunicação
L é o tempo esperado de vida de tal civilização
Drake forneceu valores baseados nas suas pesquisas:
R* - estimado em 7/ano
fp – estimado em 0,5
ne – estimado em 2
fl – estimado em 0,33
fi – estimado em 0,01
fc – estimado em 0,01
L – estimado como sendo 10 000 anos
Segundo os dados de Drake, temos uma estimativa que resulta:
N = 7 × 0,5 × 2 × 0.33 × 0,01 × 0,01 × 10 000 = 2,31

As críticas feitas à equação baseiam-se sobretudo no facto de que vários fatores são baseados em conjeturas, sendo o seu valor nulo.
Outra crítica pertinente é a de que Drake não prevê que as civilizações possam sair da sua galáxia mãe para colonizar outras galáxias. Assim sendo entrariam também em conta as equações da dinâmica populacional.

A rebaldaria da I república acabou há 98 anos

Gomes da Costa e as suas tropas desfilam vitoriosos em Lisboa (6 de junho de 1926)
      
A Revolução de 28 de maio de 1926, Golpe de 28 de maio de 1926 ou Movimento do 28 de maio, também conhecido pelos seu herdeiros do Estado Novo por Revolução Nacional, foi um pronunciamento militar de cariz nacionalista e antiparlamentar que pôs termo à Primeira República Portuguesa, levando à implantação da Ditadura Militar, depois auto-denominada Ditadura Nacional e por fim transformada, após a aprovação da Constituição de 1933, em Estado Novo, regime que se manteve no poder em Portugal até à Revolução dos Cravos de 25 de Abril de 1974. A revolução começou em Braga, comandada pelo general Gomes da Costa, sendo seguida de imediato em outras cidades como Porto, Lisboa, Évora, Coimbra e Santarém. Consumado o triunfo do movimento, a 6 de junho de 1926, na Avenida da Liberdade, em Lisboa, Gomes da Costa desfila à frente de 13 mil homens, sendo aclamado pelo povo da capital.
     
       
(imagem daqui)
       
A Primeira República Portuguesa (também referida como República parlamentar) e cujo nome oficial era apenas República Portuguesa, foi o sistema político vigente em Portugal após a queda da Monarquia Portuguesa, entre a revolução republicana de 5 de outubro de 1910 e o golpe de 28 de maio de 1926, que deu origem à Ditadura Militar, mais tarde Ditadura Nacional e posteriormente Estado Novo.
Foi caracterizada lutas entre o Governo e a Igreja católica, assim como, por divergências internas entre os mesmos republicanos, maçons e carbonários, que originaram a revolução de 5 de outubro.
Neste período, de quase 16 anos, houve sete parlamentos, oito presidentes da República, trinta e nove governos, quarenta chefias de governo (um presidente do Governo Provisório e 38 presidentes do Ministério), duas presidências do Ministério que não chegaram a tomar posse, dois presidentes do Ministério interinos, 1 junta constitucional, 1 junta revolucionária e 1 ministério investido na totalidade do poder executivo. Foi pródiga em convulsões sociais e crimes públicos e políticos.
    

Música de aniversariante de hoje...

John Fogerty comemora hoje 79 anos

     
John Cameron Fogerty (Berkeley, Califórnia, 28 de maio de 1945) é um cantor, guitarrista e compositor norte-americano, fundador e ex-líder da banda de country rock Creedence Clearwater Revival. É considerado um dos maiores e mais influentes guitarristas e compositores da história do rock'n roll mundial.
John Cameron Fogerty e o seu irmão, Tom Fogerty, formaram uma banda no final dos anos 50 que se chamava Tommy Fogerty and the Blue Velvets e em meados dos anos 60 trocaram de nome para The Golliwogs.
Em 1968, já com o nome de Creedence Clearwater Revival, a banda editou o seu primeiro álbum que continha o grande êxito, Suzie Q.
Em 1971, devido a tensões entre ambos, Tom deixa o grupo. John tenta manter o grupo unido que ainda edita mais um álbum com o título de Mardi Gras que seria no entanto, o último.
Em 2003, a Revista Rolling Stone incluiu John Fogerty no nº 40 da sua lista dos melhores guitarristas de todos os tempos.
    

 


El-Rei D. Afonso IV morreu há 667 anos

     
D. Afonso IV de Portugal (Coimbra, 8 de fevereiro de 1291 - Lisboa, 28 de maio de 1357), cognominado o Bravo, sétimo Rei de Portugal, era filho de El-Rei D. Dinis I de Portugal e de sua esposa, a Rainha Santa Isabel, nascida infanta de Aragão. D. Afonso IV sucedeu ao seu pai a 7 de fevereiro de 1325.
   
     

O poeta irlandês Thomas Moore nasceu há 245 anos


Thomas Moore (Dublin, 28 May 1779 – Sloperton Cottage, Bromham, Wiltshire, 25 February 1852) was an Irish writer, poet, and lyricist celebrated for his Irish Melodies. Their setting of English-language verse to old Irish tunes marked the transition in popular Irish culture from Irish to English. Politically, Moore was recognised in England as a press, or "squib", writer for the aristocratic Whigs; in Ireland he was accounted a Catholic patriot.

Married to a Protestant actress and hailed as "Anacreon Moore" after the classical Greek composer of drinking songs and erotic verse, Moore did not profess religious piety. Yet in the controversies that surrounded Catholic Emancipation, Moore was seen to defend the tradition of the Church in Ireland against both evangelising Protestants and uncompromising lay Catholics. Longer prose works reveal more radical sympathies. The Life and Death of Lord Edward Fitzgerald depicts the United Irish leader as a martyr in the cause of democratic reform. Complementing Maria Edgeworth's Castle Rackrent, Memoirs of Captain Rock is a saga, not of Anglo-Irish landowners, but of their exhausted tenants driven to the semi-insurrection of "Whiteboyism".

Today Moore is remembered almost alone either for his Irish Melodies (typically "The Minstrel Boy" and "The Last Rose of Summer") or, less generously, for the role he is thought to have played in the loss of the memoirs of his friend Lord Byron

 

in Wikipédia

 

War Song

 

Remember the glories of Brien the brave,
Though the days of the hero are o'er,
Though lost to Mononia and cold to the grave,
He returns to Kinkora no more.
That star of the field, which so often hath pour'd
Its beam on the battle, is set;
But enough of its glory remains on each sword,
To light us to victory yet.

Mononia! when Nature embellish'd the tint
Of thy fields, and thy mountains so fair,
Did she ever intend that a tyrant should print
The footstep of slavery there?
No! Freedom, whose smile we shall never resign,
Go, tell our invaders, the Danes,
That 'tis sweeter to bleed for an age at thy shrine,
Than to sleep but a moment in chains.

Forget not our wounded companions who stoood
In the day of distress by our side;
While the moss of the valley grew red with their blood,
They stirr'd not, but conquer'd and died.
That sun which now blesses our arms with his light,
Saw them fall upon Ossory's plain; --
Oh! let him not blush, when he leaves us to-night,
To find that they fell there in vain.

A revolta da Comuna de Paris acabou há 153 anos...

Exécution en masse des communards capturés dans les cours de la caserne Lobau près de l'Hôtel de Ville - gravure de Frédéric Lix

A Comuna de Paris foi o primeiro governo operário da história, fundado em 1871 na capital francesa, durante a resistência popular ante a invasão por parte do Reino da Prússia e II Reich.
A história moderna regista algumas experiências de regimes comunais, impostos como afirmação revolucionária da autonomia da cidade. A mais importante delas - a Comuna de Paris - veio na sequência da insurreição popular de 18 de março de 1871. Durante a guerra franco-prussiana, as províncias francesas elegeram para a Assembleia Nacional Francesa uma maioria de deputados monárquicos, francamente favorável à capitulação ante a Prússia. A população de Paris, no entanto, opunha-se a essa política. Louis Adolphe Thiers, elevado à chefia do gabinete conservador, tentou esmagar os insurretos. Estes, porém, com o apoio da Guarda Nacional, derrotaram as forças legalistas, obrigando os membros do governo a abandonar precipitadamente Paris, onde o comité central da Guarda Nacional passou a exercer a sua autoridade. A Comuna de Paris - considerada a primeira república proletária da história - adotou uma política de caráter socialista, baseada nos princípios da Primeira Internacional dos Trabalhadores.
O poder comunal manteve-se durante cerca de quarenta dias. O seu esmagamento revestiu-se de extrema crueldade. De acordo com a enciclopédia Barsa, mais de 20.000 communards foram executados pelas forças de Thiers.
O governo durou oficialmente de 26 de março a 28 de maio, enfrentando não só o invasor alemão como também tropas francesas, pois a Comuna era um movimento de revolta ante o armistício assinado pelo governo nacional (transferido para Versalhes) após a derrota na guerra franco-prussiana. Os alemães tiveram ainda que libertar militares franceses feitos prisioneiros de guerra para auxiliar na tomada de Paris.

O Governo Provisório, com sede na prefeitura de Paris, iniciou um processo de capitulação da França entregando a maior parte de seu exército permanente, bem como as suas armas, a contragosto da população parisiense. O único contingente agora armado era a Guarda Nacional, formada na sua maior parte por operários e alguns membros da pequena burguesia.
Convictos na resistência ao exército estrangeiro, a Guarda Nacional assaltou a prefeitura e expulsou os membros da assembleia, que se instalariam em Versalhes. A administração pública de Paris, que agora se encontrava nas mãos do Comité Central da Guarda Nacional, manteria conversações com Versalhes até 18 de março, quando o presidente Thiers mandou desarmar a Guarda Nacional numa operação sigilosa, durante a madrugada daquele dia. Apanhada de surpresa, a população parisiense expulsa o contingente de Thiers, dando início à independência política de Paris frente à Assembleia de Versalhes, culminando com a eleição e a declaração da Comuna, em 26 e 28 de março.
Apesar da evidente disposição do povo parisiense em resistir, a Assembleia de Versalhes acabou assinando a paz com os alemães. Num episódio humilhante, Guilherme I, o soberano alemão, foi coroado imperador do Segundo Reich na sala dos espelhos do Palácio de Versalhes.

O governo revolucionário foi formado por uma federação de representantes de bairro (a guarda nacional, uma milícia formada por cidadãos comuns). Uma das suas primeiras proclamações foi a "abolição do sistema da escravidão do salário de uma vez por todas". A guarda nacional misturou-se aos soldados franceses, que se amotinaram e massacraram os seus comandantes. O governo oficial, que ainda existia, fugiu, juntamente com as suas tropas leais, e Paris ficou sem autoridade. O Comité Central da federação dos bairros ocupou este vácuo, e instalou-se na prefeitura. O comité era formado por Blanquistas, membros da Associação Internacional dos Trabalhadores, Proudhonistas e uma miscelânea de indivíduos não-afiliados politicamente, a maioria trabalhadores braçais, escritores e artistas.

(...)


O governo oficial, agora instalado em Versalhes e sob o comando de Thiers, fez a paz com o Império Alemão para que tivesse tempo de esmagar a Comuna de Paris. Como acordado entre os dois países, a Alemanha libertou prisioneiros de guerra para compor as forças que o exército francês usaria contra a Comuna. Esta possuía menos de 15.000 milicianos, defendendo a cidade contra o exército de 100.000 soldados, sob o comando de Versalhes.
Assim como durante o período da comuna, na sua queda os revolucionários destruíram os símbolos do Segundo Império Francês - prédios administrativos e palácios - e executaram reféns, em sua maioria clérigos, militares e juízes. Na perspetiva dos communards, derrubar a velha ordem e tudo que com ela tinha vínculo era preciso para que novas instituições pudessem florescer.
Ao todo, a Comuna de Paris executou cem pessoas e matou outras novecentas, na defesa da cidade. As tropas de Thiers, por outro lado, executaram 20.000 pessoas, número que, somado às baixas em combate, provavelmente alcançou a cifra dos 80.000 mortos. 40.000 pessoas foram presas e muitas delas foram torturadas e executadas sem qualquer comprovação de que fossem de facto membros da Comuna. As execuções só pararam por medo de que a quantidade imensa de cadáveres pudesse causar uma epidemia de doenças.
A Comuna é considerada, por grupos políticos revolucionários posteriores (anarquistas, comunistas, situacionistas), como a primeira experiência moderna de um governo popular. Um acontecimento histórico resultante da iniciativa de grupos revolucionários e da espontaneidade política das massas, no meio de circunstâncias dramáticas, de uma guerra perdida (guerra franco-prussiana) e de uma guerra civil em curso.
   
Cadáveres de communards executados
 

Ian Fleming, o criador do agente 007, nasceu há 116 anos

   
Ian Lancaster Fleming (Londres, Inglaterra, 28 de maio de 1908 - Canterbury, Inglaterra, 12 de agosto de 1964) foi um oficial da Espionagem Naval do Reino Unido, jornalista e escritor britânico, nascido na Inglaterra, mais conhecido pelos seus romances de espionagem da série James Bond, e por ter criado o famoso personagem. Fleming nasceu numa família rica ligada ao banco Robert Fleming & Co.; o seu pai era MP (membro do Parlamento) por Henley, de 1910 até à sua morte, em 1917, na Frente Ocidental, durante a Primeira Guerra Mundial. Educado no Eton College, na Real Academia Militar de Sandhurst e nas universidades de Munique e Genebra, Fleming teve vários empregos antes de começar a escrever.
Enquanto trabalhava na Espionagem Naval Britânica durante a Segunda Guerra Mundial, Fleming foi envolvido nos estágios de planeamento das Operações Mincemeat e Golden Eye, com a primeira a ser realizada com sucesso. Ele também se envolveu no planeamento e supervisão de duas unidades de serviço ativas, a 30 Assault Unit e a T-Force. O seu serviço na guerra e a sua carreira como jornalista deram-lhe a base e conhecimentos para escrever doze romances de Bond e dois livros de contos.
As histórias de Bond estão entre os livros mais vendidos de todos os tempos, com mais de 100 milhões de cópias vendidas mundialmente. Fleming também escreveu a história infanto-juvenil Chitty-Chitty-Bang-Bang e dois livros de não-ficção. Em 2008, o The Times colocou-o na décima-quarta posição em sua lista dos "50 Maiores Escritores de Língua Inglesa de todos os tempos".
Ele foi casado com Ann Geraldine Charteris, que se divorciou do segundo Visconde de Rothermere como resultado do seu caso com o autor. Fleming e Charteris tiveram um filho, Caspar. Fleming fumava e bebia muito, e sofria de doença cardíaca; morreu, em 1964, aos 56 anos, de um ataque cardíaco. Dois de seus livros de Bond foram publicados postumamente, e desde então outros cinco autores produziram romances com o personagem do agente secreto 007. A criação de Fleming já apareceu em 26 filmes, interpretado por oito atores diferentes.
   

T-Bone Walker nasceu há 114 anos...

     
Aaron Thibeaux Walker aka T-Bone Walker aka Oak Cliff T-Bone (Linden, Texas, 28 de maio de 191016 de março de 1975) foi um guitarrista de blues, cantor e compositor norte-americano, tido como o primeiro músico de blues a usar uma guitarra acústica amplificada. Foi considerado o 67º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone.
    
Início
Walker nasceu em Linden, no Texas, de ascendência afro-americana e cherokee. Quando ele era jovem, a sua família mudou-se para uma região no sul de Dallas conhecida como Oak Cliff onde ele encontrou e aprendeu música com Blind Lemon Jefferson, um outro músico de blues. A primeira gravação de Walker foi "Wichita Falls Blues"/"Trinity River Blues", pela gravadora Columbia Records em 1929 com o nome de Oak Cliff T-Bone.
   
Carreira
O seu som característico não surgiu até 1942, quando Walker gravou "Mean Old World" pela Capitol Records. Os seus solos de guitarra elétrica estão entre os primeiros a serem ouvidos nas gravações do blues moderno.
A maioria das suas produções aconteceu de 1946 a 1948 na Black & White Records, inclusive "Call It Stormy Monday (But Tuesday Is Just As Bad)" de 1947, com sua famosa faixa de abertura, "They call it stormy Monday, but Tuesday's just as bad", seguido por seu "T-Bone Shuffle": "Let your hair down, baby, let's have a natural ball" - ambos são considerados blues clássicos. B. B. King disse que "Stormy Monday" foi o que o inspirou a pegar na guitarra. A canção também é a favorita dos The Allman Brothers Band.
Ao longo da sua carreira ele trabalhou com músicos de alta qualidade, como Teddy Buckner (trompete), Lloyd Glenn (piano), Billy Hadnott (contrabaixo) e Jack McVea (tenor sax).
Após seu trabalho com a Black & White, ele gravou de 1950 a 1954 com a Imperial Records. A única gravação de Walker pelos próximos cinco anos foi T-Bone Blues, gravado em três etapas distintas, em 1955, em 1956 e em 1959 sendo finalmente lançado pela Atlantic Records em 1960.
   
De 1960 até à sua morte
No início da década de 60, a carreira de Walker começou a decrescer, apesar da sua apresentação no American Folk Blues Festival em 1962 com Memphis Slim, entre outros. Surgiram então alguns álbuns como I Want a Little Girl até ganhar um Grammy Award em 1971 com o seu Good Feelin' (Polydor).
T-Bone Walker morreu em 1975, com a idade de 64 anos. Foi sepultado no Inglewood Park Cemetery, em Inglewood, Califórnia.
A influência de Walker ultrapassou a sua música. T-Bone Walker foi o herói de infância de Jimi Hendrix e ele procurou, de alguma forma, imitá-lo ao longo de sua vida. 
   
    

 


Ciro Monteiro nasceu há 109 anos


       
Ciro Monteiro (Rio de Janeiro, 28 de maio de 1913 - Rio de Janeiro, 13 de julho de 1973) foi um cantor e compositor brasileiro.
Costumava cantar informalmente em casa para os amigos, até que um dia, em 1933, Sílvio Caldas, que frequentava sua casa, chamou-o para substituir Luís Barbosa num programa da Rádio Philips. No ano seguinte foi contratado pela Rádio Mayrink Veiga, onde passou a cantar, sempre em dupla com Luiz Barbosa, e caracterizou-se por se acompanhar sempre com uma caixa de fósforos para marcar o ritmo.
Em 1936, fez a primeira gravação para o carnaval daquele ano, o que o projetou para o sucesso, levando-o a cantar ao lado de Carmen Miranda, Francisco Alves e Mário Reis. Um ano depois gravou seu primeiro grande êxito, Se acaso você chegasse, de Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins. Teve muitos outros sucessos nos anos 40, como Falsa baiana, Escurinho (ambas de Geraldo Pereira) e Boogie-woogie na favela (Denis Brean). Em 1956, participou como ator da peça Orfeu da Conceição, de Vinicius de Moraes. Ainda nos anos 50 e 60 participou de programas de televisão como O Fino da Bossa e Bossaudade, gravou discos e fez muitos espetáculos.
    
(...)  
   
Ciro morreu de cirrose a 13 de julho de 1973, aos 60 anos. Foi enterrado no Cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro.
   

 


José Craveirinha nasceu há 102 anos...

 

 
José João Craveirinha (Lourenço Marques, 28 de maio de 1922 - Maputo, 6 de fevereiro de 2003) é considerado o poeta maior de Moçambique. Em 1991, tornou-se o primeiro autor africano galardoado com o Prémio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa.
Utilizou os seguintes pseudónimos: Mário Vieira, J.C., J. Cravo, José Cravo, Jesuíno Cravo e Abílio Cossa. Foi presidente da Associação Africana na década de 50.
Esteve preso, entre 1965 e 1969, por fazer parte de uma célula da 4.ª Região Político-Militar da Frelimo.
Foi o primeiro presidente da Mesa da Assembleia Geral da Associação dos Escritores Moçambicanos, entre 1982 e 1987. Em sua homenagem, a Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO), em parceria com a HCB (Hidroeléctrica de Cahora Bassa), instituiu, em 2003, o Prémio José Craveirinha de Literatura.
  


Quero Ser Tambor
 
Tambor está velho de gritar

Oh velho Deus dos homens
deixa-me ser tambor
corpo e alma só tambor
só tambor gritando na noite quente dos trópicos.
  
Nem flor nascida no mato do desespero
Nem rio correndo para o mar do desespero
Nem zagaia temperada no lume vivo do desespero
Nem mesmo poesia forjada na dor rubra do desespero.
 
Nem nada!
 
Só tambor velho de gritar na lua cheia da minha terra
Só tambor de pele curtida ao sol da minha terra
Só tambor cavado nos troncos duros da minha terra.
 
Eu
Só tambor rebentando o silêncio amargo da Mafalala
Só tambor velho de sentar no batuque da minha terra
Só tambor perdido na escuridão da noite perdida.
  
Oh velho Deus dos homens
eu quero ser tambor
e nem rio
e nem flor
e nem zagaia por enquanto
e nem mesmo poesia.
Só tambor ecoando como a canção da força e da vida
Só tambor noite e dia
dia e noite só tambor
até à consumação da grande festa do batuque!
Oh velho Deus dos homens
deixa-me ser tambor
só tambor!

 

José Craveirinha

 

Elísio Donas, o teclista dos Ornatos Violeta, morreu há um ano...

Elísio Donas

 (imagem daqui)

 

Elísio Donas (Angola, 5 de Setembro de 1974 - Olhão, 28 de maio de 2023), foi um músico e produtor musical portuense, famoso por ter sido fundador e teclista dos Ornatos Violeta, grupo fundado em 1991, juntamente com Manel Cruz (voz), Nuno Prata (baixo), Peixe (guitarra), Kinörm (bateria).

Após o período de inatividade dos Ornatos, participou no grupo Per7ume, do qual saiu em agosto de 2008.

Antes da sua morte, criou o "coletivo artístico" Gato Morto, que contava com a participação de outros músicos, como Miguel Lestre, Inês Sousa e Vicente Palma.

Morreu com 48 anos, a 28 de maio de 2023, em Olhão, vítima de doença súbita.

 

in Wikipédia