sábado, novembro 07, 2020
Hoje é dia de ouvir fado aristocrático...
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Marcadores: Fado, Fado Aristocrático, Maria Teresa de Noronha, música, Pintadinho
Joan Sutherland, La Stupenda, nasceu há 94 anos
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A Ponte de Tacoma Narrows caiu há oitenta anos
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Johnny Rivers - 78 anos
Johnny Rivers (nome artístico de John Henry Ramistella; Nova York, 7 de novembro de 1942) é um cantor, compositor, produtor e guitarrista de rock 'n' roll norte-americano. O seu reportório inclui pop, folk, blues e rockabilly, incluindo várias versões cover. Fez sucesso durante as décadas de 60 e 70, colocando 9 canções no Top 10 (e 17 no Top 40) da Billboard Hot 100 entre 1964 e 1977. Entre elas, "Memphis" (cover de Chuck Berry), "Mountain of Love", "The Seventh Son", "Secret Agent Man", "Poor Side of Town" (número 1 nos EUA), "Baby I Need Your Lovin'" (cover do The Four Tops) e "Summer Rain". Vendeu cerca de 30 milhões de discos ao longo da sua carreira musical. A canção Secret Agent Man também esteve presente na banda sonora do filme Ace Ventura em África.
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Marcadores: blues, Do You Wanna Dance?, folk, Johnny Rivers, música, pop, rockabilly, Secret Agent Man
O espião Richard Sorge foi executado há 76 anos
Richard Sorge (Sabunchi, Baku, 4 de outubro, 1895 - Tóquio, 7 de novembro, 1944) foi um jornalista alemão e um espião para a União Soviética no Japão antes e durante a Segunda Guerra Mundial. O nome de código na KGB do grupo deste espião era "Ramsay".
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Marcadores: Alemanha, comunistas, espionagem, II Grande Guerra, II Guerra Mundial, Japão, Richard Sorge, URSS
Robin Beck - 66 anos
Robin Beck (Brooklyn, Nova Iorque, 7 de novembro de 1954) é uma cantora norte-americana que ficou conhecida mundialmente pelo seu êxito com The Very First Time. Esta canção foi usada num anúncio da Coca Cola e chegou ao topo das paradas no final dos anos 80.
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Marcadores: anos 80, disco, música, pop rock; earlier: pop, Robin Beck, soul, The Very First Time
O guitarrista Tommy Thayer faz hoje sessenta anos!
Thomas Cunningham Thayer (born November 7, 1960, in Portland, Oregon) is an American musician and songwriter. He is the lead guitarist for the American hard rock band Kiss, and was lead guitarist for the band Black 'n Blue.
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Marcadores: glam metal, guitarra, hard rock, heavy metal, Kiss, música, Outta This World, Shock Me, Tommy Thayer
Sharleen Spiteri, vocalista dos Texas, faz hoje 53 anos
Sharleen nasceu na Escócia, filha de pai maltês e mãe alemã-irlandesa. Atingiu o sucesso musical com os Texas logo com o primeiro single, em 1989, "I Don't Want a Lover".
Antes de seguir a carreira musical foi cabeleireira, formando depois com Johnny McElhone os Texas (nome inspirado no filme de Wim Wenders, Paris,Texas).
No dia 2 de setembro de 2002, nasce a sua filha, Misty Kid, fruto da sua relação com o editor da revista Arena, Ashley Heath, de quem se separa em 2004.
Em 2008, Sharleen lança o primeiro álbum a solo da sua carreira, Melody, tendo como single de avanço "All The Times I Cried".
The Movie Songbook, o seu segundo álbum a solo, surge em 2010, um álbum em que Spiteri dá uma nova roupagem às suas canções favoritas de filmes. No mesmo ano participa como jurada no programa Must Be The Music, da Sky1.No Verão de 2011, Sharleen reuniu-se com os Texas para uma digressão pela Europa, apresentando um novo tema, "The Conversation", que integra o novo álbum da banda do mesmo nome, lançado em maio de 2013.
Em setembro de 2011, Spiteri iniciou as gravações do filme Between Weathers, realizado por Jim Brown, gravações que decorreram nas ilhas Shetland, na Escócia.
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Marcadores: Escócia, música, pop, Say What You Want, Sharleen Spiteri, soul, Texas
Leonard Cohen morreu há quatro anos
Leonard Cohen nasceu em Montreal, província de Quebec, Canadá, de uma família judia de origem polaca. A sua infância foi marcada pela morte de seu pai quando Cohen tinha apenas 9 anos, facto que seria determinante para o desenvolvimento de uma depressão que o acompanharia durante boa parte da vida.
Aos 17 anos, ingressa na Universidade McGill e forma um trio de música country. Paralelamente, passa a escrever seus primeiros poemas, inspirado por autores como García Lorca.
Em 1956, lança seu primeiro livro de poesia, Let Us Compare Mythologies, seguido em 1961 por The Spice Box of Earth, que lhe conferiria fama internacional.
Após o sucesso do livro, Cohen decide viajar pela Europa, e acaba por fixar residência na ilha de Hidra, na Grécia, onde passa a viver junto com Marianne Jensen e seu filho, Axel.
Em 1963 lança The Favorite Game, sua primeira novela, seguida pelo livro de poemas Flowers for Hitler, em 1964, e pela sua segunda novela, Beautiful Losers, em 1966.
Em 2011 foi o vencedor do Prémio Príncipe das Astúrias das Letras.
No ano seguinte, Cohen participa do Newport Folk Festival, onde chama a atenção do produtor John Hammond, o mesmo que antes havia descoberto, dentre outros, Billie Holiday e Bob Dylan. Songs of Leonard Cohen, o seu primeiro disco, é lançado no final do ano, sendo bem recebido por público e crítica.
O seu próximo disco, Songs from a Room, seria produzido por Bob Johnston, produtor dos principais trabalhos de Dylan nos anos 60. Embora não tão bem recebido quanto o anterior, contém a canção "Bird on the Wire", que o próprio Cohen disse ser a sua favorita dentre as suas composições. Em 1971, lança Songs of Love and Hate, um disco mais sombrio que os anteriores. No mesmo ano, o diretor Robert Altman, em seu filme McCabe & Mrs. Miller, utiliza três canções de Cohen: "Sisters of Mercy", "Winter Lady" e "The Stranger Song", todas do primeiro disco do cantor.
Também em 1973, por ocasião da Guerra do Yom Kipur, Cohen faz uma série de shows gratuitos para soldados israelitas. Baseada no poema "Unetaneh Tokef " da tradição judaica, surgiria a canção "Who by Fire", incluída no álbum New Skin for the Old Ceremony, a ser lançado no ano seguinte.
Após o disco de 1974, Cohen decide se afastar do mundo da música, resultado não só de uma confessa falta de inspiração, mas também de sua insatisfação com as exigências do mercado.
O seu retorno dar-se-ia em 1977, com Death of a Ladies' Man, produzido por Phil Spector, que foi também o co-autor de quase todo o repertório do disco. O álbum foi marcado por atritos após as gravações, quando Spector se trancou em seu estúdio para o processo de mixagem, não permitindo que nem mesmo Cohen interferisse no resultado final. Por conta disso é até hoje notória a insatisfação do cantor com o disco, o qual classifica como sendo o mais fraco de todos. Em 1978, numa alusão ao álbum do ano anterior, seria a vez do lançamento do livro Death of a Lady's Man.
Em 1979 reaproxima-se do estilo dos seus primeiros trabalhos com Recent Songs, cuja turnê foi registada no disco Field Commander Cohen: Tour of 1979, lançado apenas em 2001. Entre os integrantes de sua banda de apoio encontravam-se Sharon Robinson, co-autora de várias canções de Cohen a partir da década de 80, e Jennifer Warnes.
Após a turnê, seguiu-se mais um período de reclusão, no qual dedicou-se à escrita e ao estudo do budismo. Só voltaria a lançar novos trabalhos em 1984, com o disco Various Positions e o livro de poemas Book of Mercy. Embora a essa altura sua popularidade nos Estados Unidos estivesse em baixa, a sua música ainda fazia grande sucesso em alguns países da Europa como França e Noruega.
Ressurgimento e aclamação
Em 1988, retorna com o álbum I'm Your Man, aclamado por crítica e público. Parte dessa boa recepção deve ser creditada a Famous Blue Raincoat – The Songs of Leonard Cohen, disco tributo lançado por Jennifer Warnes um ano antes, que apresentou as canções do canadiano a toda uma nova geração de fãs.
Paralelamente, muitos dos jovens músicos ligados ao folk e ao indie-rock da época diziam-se influenciados pelo trabalho do cantor. Parte desses músicos seria responsável pelo disco-tributo I'm Your Fan, lançado em 1991. Dentre estes, destacavam-se R.E.M., Ian McCulloch (vocalista do Echo & the Bunnymen) e Nick Cave and the Bad Seeds.
No ano seguinte lançaria The Future e, em 1994, Cohen Live, contendo registos de apresentações ao vivo entre os anos de 1988 e 1993.
Nesse meio-tempo é lançado, em 1995, um outro disco-tributo, Tower of Songs, dessa vez com nomes mais conhecidos, como Elton John, Bono e Willie Nelson.
No mesmo ano é lançado o livro Dance Me to the End of Love, onde poesias suas são mescladas com pinturas do francês Henri Matisse.
A sua experiência no mosteiro iria até o ano de 1999, quando voltaria a morar em Los Angeles. Apesar disso, Cohen ainda se considera judeu, ressaltando que não procura "uma nova religião".
Em 2001, lança Ten New Songs, o seu primeiro disco inédito em sete anos, feito em parceria com Sharon Robinson. Em 2004 seria a vez de Dear Heather.
Em maio de 2006 é lançado o disco Blue Alert da cantora Anjani Thomas, sua namorada e ex-vocalista de sua banda de apoio. Cohen foi o produtor e coautor de todas as faixas do disco. Menos de um mês depois é lançado o aclamado documentário Leonard Cohen: I'm Your Man, onde relatos do cantor são intercalados com versões de suas músicas interpretadas por artistas como Rufus Wainwright e Nick Cave. No fim da película o próprio Cohen interpreta, juntamente com os U2, a música "Tower of Song".
Em 18 de setembro de 2009, durante um concerto na Espanha, Leonard Cohen desmaiou e teve de cancelar a apresentação.
Cohen deixou dois filhos e dois netos. Numa entrevista concedida cerca de um mês antes, Cohen confessou que já estava preparado para a sua morte.
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Marcadores: Canadá, judeus, Leonard Cohen, música, poesia, So long Marianne
A poetisa Cecília Meireles nasceu há 119 anos
Biografia
Cecília Benevides de Carvalho Meireles nasceu no bairro da Tijuca, Rio de Janeiro, a 7 de novembro de 1901, filha dos açorianos Carlos Alberto de Carvalho Meireles, um funcionário de banco, e Matilde Benevides Meireles, uma professora. Cecília Meireles foi filha órfã, criada por sua avó açoriana, D.ª Jacinta Garcia Benevides, natural da ilha de São Miguel. Aos nove anos, ela começou a escrever poesia. Frequentou a Escola Normal no Rio de Janeiro, entre os anos de 1913 e 1916 estudou línguas, literatura, música, folclore e teoria educacional.
Em 1919, aos dezoito anos de idade, Cecília Meireles publicou seu primeiro livro de poesias, Espectros, um conjunto de sonetos simbolistas. Embora vivesse sob a influência do modernismo, apresentava ainda, em sua obra, heranças do Simbolismo e técnicas do classicismo, gongorismo, romantismo, parnasianismo, realismo e surrealismo, razão pela qual a sua poesia é considerada atemporal.
No ano de 1922 casou com o artista plástico português Fernando Correia Dias, com quem teve três filhas. O seu marido, que sofria de depressão aguda, suicidou-se em 1935. Voltou a casar, no ano de 1940, quando se uniu ao professor e engenheiro agrónomo Heitor Vinícius da Silveira Grilo, falecido em 1972. Dentre as três filhas que teve, a mais conhecida é Maria Fernanda que se tornou atriz.
Teve ainda importante atuação como jornalista, com publicações diárias sobre problemas na educação, área à qual se manteve ligada, tendo fundado, em 1934, a primeira biblioteca infantil do Brasil. Observa-se ainda seu amplo reconhecimento na poesia infantil com textos como Leilão de Jardim, O Cavalinho Branco, Colar de Carolina, O mosquito escreve, Sonhos da menina, O menino azul e A pombinha da mata, entre outros. Com eles traz para a poesia infantil a musicalidade característica de sua poesia, explorando versos regulares, a combinação de diferentes metros, o verso livre, a aliteração, a assonância e a rima. Os poemas infantis não ficam restritos à leitura infantil, permitindo diferentes níveis de leitura.
Em 1923, publicou Nunca Mais… e Poema dos Poemas, e, em 1925, Baladas Para El-Rei. Após longo período, em 1939, publicou Viagem, livro com o qual ganhou o Prémio de Poesia da Academia Brasileira de Letras.Católica, escreveu textos em homenagem a santos, como Pequeno Oratório de Santa Clara, de 1955; O Romance de Santa Cecília e outros.
Em 1951 viajou pela Europa, Índia e Goa, e visitou pela primeira e única vez os Açores, onde na ilha de São Miguel contactou o poeta Armando César Côrtes-Rodrigues, amigo e correspondente desde a década de 40.
- Prémio Machado de Assis (1965)
- Sócia honorária do Real Gabinete Português de Leitura
- Sócia honorária do Instituto Vasco da Gama (Goa)
- Doutora "honoris causa" pela Universidade de Delhi (Índia)
- Oficial da Ordem do Mérito (Chile)
Após sua morte, recebeu como homenagem a impressão de uma cédula de cem cruzados novos. Esta cédula com a efígie de Cecília Meireles, lançada pelo Banco Central do Brasil, no Rio de Janeiro, em 1989, seria mudada para cem cruzeiros, quando houve a troca da moeda pelo governo de Fernando Collor de Mello.
Tão velho estou como árvore no inverno,
vulcão sufocado, pássaro sonolento.
Tão velho estou, de pálpebras baixas,
acostumado apenas ao som das músicas,
à forma das letras.
Fere-me a luz das lâmpadas, o grito frenético
dos provisórios dias do mundo:
Mas há um sol eterno, eterno e brando
e uma voz que não me canso, muito longe, de ouvir.
Desculpai-me esta face, que se fez resignada:
já não é a minha, mas a do tempo,
com seus muitos episódios.
Desculpai-me não ser bem eu:
mas um fantasma de tudo.
Recebereis em mim muitos mil anos, é certo,
com suas sombras, porém, suas intermináveis sombras.
Desculpai-me viver ainda:
que os destroços, mesmo os da maior glória,
são na verdade só destroços, destroços.
in Poemas (1958) - Cecília Meireles
A revolução de outubro começou há 103 anos
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Marcadores: bolcheviques, comunistas, Revolução de 1917, Revolução de Outubro, Rússia, URSS
Maria Teresa de Noronha nasceu há 102 anos
D.ª Maria Teresa do Carmo de Noronha Guimarães Serôdio (Paraty) (Lisboa, 7 de novembro de 1918 - São Pedro de Penaferrim, Sintra, 4 de julho de 1993) foi uma fadista portuguesa.
Postado por Fernando Martins às 01:02 0 bocas
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David Guetta - 53 anos
Postado por Fernando Martins às 00:53 0 bocas
Marcadores: David Guetta, DJ, Electro House, Electropop, Flames, França, judeus, música, música eletrónica, Sia
Lorde - 24 anos!
Postado por Fernando Martins às 00:24 0 bocas
Marcadores: Art Pop, Disclosure, folk, Folktrónica, Indie pop, inimalista, LORDE, música, música eletrónica, rock experimental, Royals
sexta-feira, novembro 06, 2020
Poema da aniversariante de hoje...
LIBERDADE
Aqui nesta praia onde
Não há nehum vestígio de impureza
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente
Puro espaço e lúcida unidade
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade
Sophia de Mello Breyner Andresen
Postado por Fernando Martins às 13:31 0 bocas
Marcadores: música, poesia, Sophia de Mello Breyner Andresen
Poesia adequada à data...
Porque
Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão
Porque os outros têm medo mas tu não
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Postado por Pedro Luna às 11:11 0 bocas
Marcadores: poesia, Sophia de Mello Breyner Andresen
Glenn Frey, um dos fundadores dos Eagles, nasceu há 72 anos
Postado por Fernando Martins às 07:20 0 bocas
Marcadores: country rock, Glenn Frey, Heartache Tonight, música, pop rock, Rock, The Eagles
Adolphe Sax, o inventor do saxofone, nasceu há 206 anos...
Postado por Fernando Martins às 02:06 0 bocas
Marcadores: Adolphe Sax, Saxofone
Tchaikovsky morreu há 127 anos
Postado por Fernando Martins às 01:27 0 bocas
Marcadores: ballet, homossexuais, Lago dos Cisnes, música, Ópera, romantismo, Rússia, Tchaikovsky
Poesia para recordar Sophia...
Azul
......em memória de Sophia
Cega-te a luz do sol - nunca te esqueças
deste dia sem fim:
no horizonte nascem as promessas
e hás-de ficar assim,
à espera de um milagre que te fale
com a voz de uma sereia
até te libertar de todo o mal
e deixar sobre a areia
o gesto inconsolável de algum deus
desfeito já na espuma
dos sonhos que algum tempo foram teus
ou das nuvens que fogem uma a uma.
Cega-te a luz do dia - sobre o mar
um azul que não sabes decifrar.
in Pena Suspensa (2004) - Fernando Pinto do Amaral
Postado por Pedro Luna às 01:10 0 bocas
Marcadores: Fernando Pinto do Amaral, poesia, Sophia de Mello Breyner Andresen