segunda-feira, dezembro 30, 2013

O músico francês André Messager nasceu há 160 anos

André Charles Prosper Messager est un compositeur et chef d'orchestre français, né à Montluçon le 30 décembre 1853 et mort à Paris le 24 février 1929.

Il se forme à l'École Niedermeyer auprès de Gigout, Gabriel Fauré et de Camille Saint-Saëns pour la composition, A. Laussel pour le piano, et C. Lauret pour l'orgue, puis il travaille avec Saint-Saëns. Fauré lui proposa un poste d'organiste du chœur de Saint-Sulpice, puis il devint organiste à Saint-Paul-et-Saint-Louis et à Sainte-Marie des Batignolles. En 1882, il voyage à Bayreuth en compagnie de Fauré. En 1898, lorsqu'Albert Carré devient directeur de l'Opéra-Comique, Messager sera nommé chef d'orchestre. En 1900, il y crée Louise de Gustave Charpentier et en 1902, Pelléas et Mélisande de Claude Debussy. Du 1er janvier 1908 au 30 juillet 1914, il est codirecteur de l'Opéra de Paris avec Leimistin Broussan. Il est élu en 1926 à la Ve section (composition musicale) de l'Académie des beaux-arts, où il succède à Émile Paladilhe. Il est enterré au cimetière de Passy.
Il compose principalement pour le théâtre en écrivant des musiques de ballets (Les Deux Pigeons, 1886, donné à l'Opéra Garnier), des opérettes et des opéras. Outre ses nombreuses œuvres lyriques, il a composé, avec Gabriel Fauré, la Messe des pêcheurs de Villerville, ainsi que Souvenirs de Bayreuth sur des thèmes de Richard Wagner.


Há 160 anos as fronteiras continentais dos Estados Unidos ficaram finalmente definidas

James Gadsden

A Compra Gadsden designa a aquisição ao México pelos Estados Unidos, em 1853, de territórios com uma área total de aproximadamente 77.770 km², actualmente situados no sul dos estados norte-americanos do Arizona e Novo México. Incluía territórios a norte do Rio Gila e a oeste do Rio Grande. Esta compra definiria as fronteiras finais do território continental dos Estados Unidos.

Antecedentes
Após o final da Guerra Mexicano-Americana de 1848, continuavam por resolver as disputas fronteiriças entre os Estados Unidos e o México. O território que hoje constitui o sul dos estados do Arizona e Novo México fazia parte de uma proposta para a construção de uma linha de caminho de ferro transcontinental. O então secretário de guerra americano, Jefferson Davis, convenceu o presidente Franklin Pierce a enviar James Gadsden (que tinha interesses pessoais nesta rota de caminho de ferro) para negociar com o México a compra destes territórios.

Cidades e território da compra Gadsden

A Compra
Segundo o acordo estabelecido em 30 de dezembro de 1853 (Tratado de La Mesilla) entre James Gadsden e o presidente mexicano Antonio López de Santa Anna, os Estados Unidos pagaram ao México 10 milhões de dólares (equivalentes a 233 milhões de dólares de 2004), em troca da cedência territorial mexicana. O tratado incluía uma autorização que permitia aos Estados Unidos construir um canal transoceânico através do Istmo de Tehuantepec, mas os Estados Unidos nunca fizeram uso dela. Além do objectivo da construção da linha de caminho de ferro transcontinental, a Compra Gadsden tinha também como objectivo compensar o México pelos territórios ocupados pelos Estados Unidos após o final da guerra mexicano-americana. O Tratado de Guadalupe Hidalgo de 1848 pusera termo ao conflito militar entre os dois países, mas atribuía apenas uma compensação simbólica pelos territórios perdidos pelo México durante a guerra.

Controvérsias
Originalmente, esta compra previa a aquisição de um território muito mais vasto, abrangendo a maior parte dos actuais estados mexicanos de Coahuila, Chihuahua, Sonora, Nuevo León e Tamaulipas bem como parte da península da Baixa Califórnia. No entanto esta ideia tinha a oposição não só do povo mexicano, mas também dos senadores antiesclavagistas dos Estados Unidos que viam esta aquisição como sendo nada mais que a ampliação dos territórios esclavagistas. Mesmo a aquisição que finalmente foi acordada foi suficiente para produzir a ira do povo mexicano, que viu as acções de Santa Anna como mais um acto de traição à pátria e que assistia enquanto este desbaratava os fundos gerados pela venda. A Compra de Gadsden ajudaria a terminar a carreira política de Santa Anna.

Paiva Couceiro nasceu há 152 anos

O Príncipe Real D. Luís Filipe em Angola, com Paiva Couceiro (Luanda, 1907)

Henrique Mitchell de Paiva Cabral Couceiro (Lisboa, 30 de dezembro de 1861 - Lisboa, 11 de fevereiro de 1944) foi um militar, administrador colonial e político português que se notabilizou nas campanhas de ocupação colonial em Angola e Moçambique e como inspirador das chamadas incursões monárquicas contra a Primeira República Portuguesa em 1911, 1912 e 1919. Presidiu ao governo da chamada Monarquia do Norte, de 19 de janeiro a 13 de fevereiro de 1919, na qual colaboraram activamente os mais notáveis integralistas lusitanos. A sua dedicação à causa monárquica e a sua proximidade aos princípios do Integralismo Lusitano, conduziram-no, por diversas vezes, ao exílio, antes e depois da instituição do regime do Estado Novo em Portugal.

Há sete anos Saddam Hussein foi executado de forma vil e cruel

(imagem daqui)

A execução de Saddam Hussein ocorreu a 30 de dezembro de 2006 (primeiro dia do Eid-al-Adha). Saddam Hussein foi condenado à morte por enforcamento, depois de ter sido considerado culpado e condenado por crimes contra a humanidade pelo Tribunal Especial Iraquiano, pelo assassinato de 148 xiitas iraquianos na cidade de Dujail, em 1982, como retaliação de uma tentativa de assassinato contra ele.
Saddam Hussein foi presidente do Iraque de 16 de julho de 1979 até 9 de abril de 2003, quando foi deposto durante a invasão de 2003 por uma coligação de aliados, liderada pelos EUA. Após a captura de Saddam em Ad-Dawr, perto da sua cidade natal, Tikrit, ele foi preso em Camp Cropper. A 5 de novembro de 2006, foi condenado à morte por enforcamento.
Em 30 de dezembro de 2006, foi levado do cárcere para ser executado. O governo iraquiano lançou um vídeo oficial da sua execução, mostrando-o sendo levado para a forca e terminando quando a sua cabeça já estava com o laço do carrasco.
Saddam foi executado na presença de um clérigo, um médico, um juiz e um grande número de testemunhas, todos de origem iraquiana.
Num vídeo, filmado com um telemóvel, no momento da execução, ouve-se o ex-líder iraquiano enfrentando dialeticamente os seus carrascos. Saddam Hussein recusou que cobrissem a sua a cabeça com um capuz antes do enforcamento e leu frases da profissão de fé islâmica: "Não há outro Deus senão Alá e Maomé é seu profeta".
Após a execução, em simultâneo, uma série de atentados atingiram Bagdad, matando, pelo menos, 70 pessoas, depois que o Partido Baath pedir vingança aos iraquianos.
Várias controvérsias internacionais públicas surgiram quando uma gravação não autorizada de telemóvel do enforcamento o mostrou caindo no alçapão do patíbulo. A alegada atmosfera pouco profissional e indigna da execução provocou críticas em todo o mundo, tanto de nações que se opõem como das que apoiam a pena capital. Em 31 de dezembro de 2006, o corpo de Saddam Hussein foi devolvido ao seu local de nascimento de Al-Awja, perto de Tikrit, e foi sepultado perto do túmulo dos outros membros da família. O corpo de Saddam nunca foi mostrado.


As pedras ornamentais, a tradicional cantaria portuguesa e a arte

Ponte de Lima - Irmãos Sequeiros fazem do granito arte

Blocos de pedra granítica saem do vale de Ponte de Lima revelando uma natureza vigorosa, de paisagem robusta. A pedra, em bruto, chega rapidamente às mãos dos três irmãos Sequeiros que em Calheiros, freguesia da vila minhota, talham a rocha, retiram-lhe a «lenha», para criar arte. Desde 1981, os Sequeiros fazem lareiras, brasões de família e imagens religiosas. De Ponte de Lima chegam já a outros recantos do mundo lusófono e da vizinha Espanha.

No vale de Ponte Lima, paredes rochosas encavalitam serranias para marcar a paisagem minhota. Pelas localidades do concelho a pedra, que serve de moldura ao vale, foi domada por mão humana. Ganhou a forma de solares, construídos quase sem recurso a outro material, de brasões colocados junto às portas, construiu as fontes nos jardins. A cantaria, ofício de talhar a pedra conferindo-lhe formas geométricas, é actividade secular na região Norte.

Elísio, Diogo e Martinho Sequeiros são um exemplo desse ofício tradicional, dando-lhe um cunho artístico. O seu quotidiano faz-se entre blocos de pedra e utensílios não mecanizados que, com engenho e paciência, vão dando vida ao granito, rocha de grão fino, médio ou grosseiro, composta essencialmente por quartzo e feldspatos, tendo frequentemente minerais como moscovite, biotite e anfíbolas.

Um par de bailarinos, uma banda de música e imagens religiosas são algumas das peças graníticas que Elísio Pereira gosta de talhar. Dos blocos de granito, inertes, Elísio e os dois irmãos esboçam sorrisos, olhares e mãos.

Corria o ano de 1981, quando Martinho Sequeiros deixou a cantaria de construção civil, ofício que aprendeu por conta de outrem, e se aventurou na actividade por conta própria. O irmão Elísio juntou-se à tarefa de fazer erguer um negócio de família e começaram a tirar da pedra expressão e arte. Mais tarde, o irmão mais novo abraça o projecto e fundam a Pedras Sequeiros na terra que os viu nascer, em Calheiros, Ponte de Lima.

«Quase todos os trabalhos que fazemos são com granito, diria que 99%. Mas já temos recorrido a outros materiais como o calcário», diz Elísio, homem de meia estatura, cujas mãos calejadas revelam a dureza de um trabalho, que se pretende artístico.

«Fazemos santuários, imagens religiosas, e fogões de sala», diz Elísio, enquanto aponta para um bloco de pedra, talhado num rectângulo perfeito que, de um dos lados, desenha flores e armas. «Fazemos também muitos brasões de família», acrescenta enquanto o dedo indicador da mão direita assinala o rectângulo.

A crise financeira não podia escapar ao discurso deste empresário, por isso conta: «No meio desta crise temos de nos diferenciar. Começamos a fazer estas peças também decorativas, como o par de bailarinos e a banda de música».

«Tudo isto está dentro da pedra», diz com ar enigmático. «É preciso é saber vê-la, imaginá-la. Desenhamos na pedra e depois é só tirar a lenha», acrescenta. Apesar da palavra «lenha», continuamos a falar de pedra. O nosso interlocutor explica: «A lenha é tudo o que tiramos até ficar a escultura que queremos».

Martelo tradicional e uma ferramenta de ar comprimido são os principais utensílios. «Repare [Elísio aponta para os dedos calejados] o ar comprimido tem muita força, as mãos ficam assim».
A arte dos irmãos Sequeiros é apreciada maioritariamente por pessoas com idade igual ou superior a 50 anos. «É esta faixa etária o nosso principal cliente. Juntam-se empresas, hotéis e outras», diz Elísio.

A empresa Pedras Sequeiros, do concelho de Ponte Lima, chega já a países como a França, Brasil e Espanha.



domingo, dezembro 29, 2013

Tim Hardin morreu há 33 anos

Tim Hardin (Eugene, 23 de dezembro de 1941 - Los Angeles, 29 de dezembro de 1980) foi um compositor e cantor de música folk que fez parte da cena musical de Greenwich Village nos anos 60.
Morreu a 29 de dezembro de 1980, em Los Angeles, Califórnia, de uma overdose de heroína e morfina. Foi sepultado no Twin Oaks Cemetery, Turner, Oregon, no Estados Unidos.


O poeta de língua alemã Rainer Maria Rilke morreu há 87 anos

Rainer Maria Rilke, por vezes também Rainer Maria von Rilke (Praga, 4 de dezembro de 1875 - Valmont, Suíça, 29 de dezembro de 1926) foi um poeta de língua alemã do século XX. Escreveu também poemas em francês.


Solidão

A solidão é como uma chuva.
Ergue-se do mar ao encontro das noites;
de planícies distantes e remotas
sobe ao céu, que sempre a guarda.
E do céu tomba sobre a cidade.

Cai como chuva nas horas ambíguas,
quando todas as vielas se voltam para a manhã
e quando os corpos, que nada encontraram,
desiludidos e tristes se separam;
e quando aqueles que se odeiam
têm de dormir juntos na mesma cama:

então, a solidão vai com os rios…

 

in O Livro das Imagens (2005) - Rainer Maria Rilke (tradução de Maria João Costa Pereira)

Um ilustre cliente do Estabelecimento Prisional da Carregueira faz hoje anos

(imagem daqui)

Isaltino Afonso Morais (São Salvador, Mirandela, 29 de dezembro de 1949) é um jurista e político português. Desde 24 de abril de 2013 está detido a cumprir pena por crimes de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.

Biografia
Nascido em São Salvador, Mirandela, frequentou o Liceu Nacional de Bragança, entre 1961 e 1966, mas só terminaria os estudos secundários, em Lisboa, no Liceu Pedro Nunes, em 1976. Pelo meio ficou órfão, aos dezoito anos de idade, e foi chamado a cumprir serviço militar em Angola, onde permaneceu de 1970 a 1973. Em 1981 licenciou-se em Direito, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde foi monitor das disciplinas de Direito Constitucional, Direito Internacional Público e Direito Administrativo, de 1980 a 1985. Foi também magistrado do Ministério Público, entre 1981 e 1985, e consultor jurídico do Ministério da Justiça, de 1984 a 1985.
Em 1978 aderiu ao Partido Social Democrata. Foi presidente da Comissão Política Distrital de Lisboa do PSD. Em 1985 é eleito presidente da Câmara Municipal de Oeiras com 44,4% dos votos. Em 1989 foi reeleito Presidente da Câmara de Oeiras com 43,6% dos votos; em 1993 com 31,1% dos votos; em 1997 com 48,27% dos votos; em 2001 reeleito Presidente da Câmara Municipal de Oeiras nas listas do PSD - Partido Social Democrata - com 55% dos votos.
É vice-presidente da Junta Metropolitana de Lisboa (1992-1997) e da Associação Nacional de Municípios Portugueses (1997-2002).
Posteriormente representará o Governo de Portugal no Comité de Peritos para os Assuntos Sociais do Conselho da Europa (1987-1991) e integra o Comité das Regiões (1994-2002). Pela mão de Durão Barroso é nomeado Ministro das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente do XV Governo Constitucional (2002-2003), ocupando o lugar de 6 de abril de 2002 a 5 de abril de 2003.
De 1996 a 2002 é Presidente da Assembleia Geral do Parque de Ciência e Tecnologia - Taguspark.
Em 2005 é eleito novamente presidente da Câmara Municipal de Oeiras pelo movimento independente Isaltino - Oeiras Mais à Frente, com 34,05% dos votos, depois de ter estado 3 anos afastado do Município. Em 2009 é reeleito para um novo mandato à frente da autarquia com 41,52% dos votos.
Isaltino Morais foi considerado pelos jornalistas do "Público" José Augusto Moreira e Filomena Fontes autor de um meritório trabalho como presidente da Câmara Municipal de Oeiras. Dizem estes que por essas razões é muitas vezes apelidado de "autarca modelo" devido ao seu bom desempenho como autarca e visão estratégica.
Além disso, Isaltino Morais também possui várias obras publicadas no âmbito de temas como Gestão Autárquica e Ordenamento do Território. Entre 2003 e 2005 desempenhou funções como consultor de várias empresas do sector privado.
O Movimento de cidadãos por si criado, Oeiras Mais à Frente, apoiou, nas eleições autárquicas de 2013, Paulo Vistas para a presidência da Câmara Municipal de Oeiras. Para além de director de campanha, Paulo Vistas foi também, nos últimos dois mandatos de Isaltino Morais na Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, o seu vice-presidente, passando, depois das eleições de 2013, a ser o Presidente da Câmara de Oeiras, com maioria relativa (na Vereação e Assembleia Municipal).
  
Condenação por crimes de corrupção, fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e abuso de poder
Em 2005 desfiliou-se do PSD, por este não lhe apoiar a recandidatura à Câmara, dado o facto de ser arguido em processos de corrupção passiva, fraude fiscal, branqueamento de capitais e abuso de poder.
No seguimento dessas acusações foi condenado a sete anos de prisão efectiva, perda de mandato, bem como a pagar uma indemnização de 463 mil euros ao Estado, em agosto de 2009.
Para evitar a prisão, Isaltino Morais, até 2013, já interpôs 44 recursos desde que foi condenado pela primeira vez, em agosto de 2009 e já desembolsou mais de 133.781 euros: 10 mil euros só em taxas de justiça, pelos recursos que apresentou e pelas multas que pagou, por apresentá-los fora de prazo, 60 mil euros em pareceres encomendados a penalistas e 62.781 euros que depositou no processo, referentes ao IRS em falta de 2001, 2002 e 2003. De fora, fica ainda o valor dos honorários pagos aos advogados, que, como é regra, permanecem secretos.
Em 2009 recorreu da sentença e a pena ficou suspensa, o que lhe permitiu a recandidatura ao Município de Oeiras nas eleições autárquicas de 2009, com a lista independente Isaltino - Oeiras mais à Frente. Conseguiu a vitória tal como em 2005, mantendo-se como presidente do Município.
A 13 de julho de 2010 o Tribunal da Relação de Lisboa reduz de sete para dois anos de prisão a pena a que fora condenado em primeira instância, pelos crimes de branqueamento de capitais e fraude fiscal.
Em julho de 2010, o Tribunal da Relação de Lisboa confirmou a condenação do autarca apenas pelos crime fiscal e de branqueamento de capitais absolvendo-o do crime de abuso de poder e um segmento do crime de corrupção. Relativamente a factos que datam de 1996, anulou essa parte da condenação e ordenou a repetição dessa parte do julgamento (em que está em causa o favorecimento de um empreiteiro a troco de dinheiro, em 1996).
Em Abril de 2011 o Supremo Tribunal de Justiça rejeitou o seu pedido de anulação da pena de dois anos de prisão efectiva a que tinha sido condenado e fez subir para mais do dobro o montante da indemnização.
Esteve detido nas instalações da Polícia Judiciária, em Lisboa, entre 29 e 30 de setembro de 2011, no âmbito do processo de fraude fiscal em que é arguido, tendo sido libertado pelo princípio de ''in dubio para o reo - dúvida favorável ao réu.
Em 11 de outubro de 2011, os juízes do Tribunal Constitucional rejeitaram por unanimidade o recurso interposto por Isaltino Morais e de cuja decisão definitiva dependia a execução da sentença que o condenou a dois anos de prisão efectiva.
Em 31 de outubro de 2011, o Tribunal Constitucional rejeitou o pedido de reanálise do recurso de Isaltino Morais que fora recusado por aquele tribunal no dia 11 de outubro. O Tribunal considerou transitado em julgado o seu acórdão de 11 de outubro.
Em janeiro de 2012, o Tribunal da Relação de Lisboa considerou que a decisão que condena Isaltino Morais, a dois anos de prisão efectiva «não transitará em julgado enquanto estiverem pendentes recursos» sobre a prescrição de crimes.
Em 30 de janeiro de 2012, o Tribunal de Oeiras, considerou que não se verificou qualquer prescrição no caso, e que o acórdão que condenou o autarca a dois anos de prisão transitou em julgado já no dia 28 de setembro. Apesar disso, "por ora", o arguido ainda não foi detido.
Em 24 de abril de 2012 o Tribunal da Relação de Lisboa decidiu que ainda não prescreveram os crimes pelos quais Isaltino de Morais foi condenado a dois anos de prisão por fraude fiscal.
Em maio de 2012 iniciou-se a repetição da parte relativa ao crime de corrupção (anulada em julho de 2010). Isaltino Morais regressou ao Tribunal de Oeiras. A juíza-presidente, Paula Albuquerque, perguntou-lhe se ele aceitava ser julgado por um novo crime de corrupção, ao que Isaltino respondeu que não.
Para o processo prosseguir, o Ministério Público terá de fazer nova acusação, para tentar repetir o julgamento. O problema é que o crime entretanto prescreve: o crime de corrupção por ato ilícito tem um prazo de prescrição de 15 anos e os factos dados como provados ocorreram em 1996. Logo, o crime prescreveu em 2011.
Em 8 de novembro de 2012, juízes do Supremo Tribunal de Justiça voltaram a rejeitar a reclamação de Isaltino Morais que insistiu na existência de contradições da Relação sobre a prescrição dos crimes de fraude fiscal pelos quais o presidente da Câmara de Oeiras foi condenado a dois anos de prisão efectiva. Não há recurso desta decisão, mas ainda vai correr um prazo de 10 dias para a defesa pedir esclarecimentos ou arguir nulidades. Nesse período pode ainda ser interposto um recurso para o Tribunal Constitucional.
Em março de 2013, o Tribunal Constitucional recusou o recurso, o que deixa ao Tribunal de Oeiras a decisão de ordenar o cumprimento da pena de dois anos de prisão efetiva aplicada ao autarca. O recurso de Isaltino Morais "foi objeto de decisão sumária de não conhecimento", o que significa que nem sequer mereceu a apreciação dos conselheiros. Após o Tribunal Constitucional notificar o Ministério Público e Isaltino Morais, a pena de prisão "transita em julgado", o que significa que a pena deverá vir a ser cumprida.
Em 24 de abril de 2013 foi finalmente detido pela Polícia Judiciária.

Maçonaria

É um famoso membro da Maçonaria portuguesa, mais concretamente da Grande Loja Legal de Portugal, tendo sido iniciado na Loja Mercúrio.



PS - o Blog Geopedrados quer dar os parabéns a Isaltino Morais e deseja ainda que este comemore muitos mais nesse local, na companhia dos seus colegas e amigos Carlos Cruz, Vale e Azevedo, Jorge Ritto, Ferreira Dinis, Manuel Abrantes e Carlos Silvino

Marianne Faithfull - 67 anos

(imagem daqui)

Marianne Evelyn Faithfull (Hampstead, Londres, 29 de dezembro de 1946) é uma cantora e atriz britânica.

Biografia
Começou a sua carreira em 1964 com "As Tears Go By", canção composta por ela, Mick Jagger e Keith Richards, lançando depois uma série de compactos bem-sucedidos, incluindo "This Little Bird", "Summer Nights" e "Sister Morphine". Em 1967 foi convidada pelos Beatles para participar do coro da música All You Need Is Love, na primeira transmissão mundial de televisão via satélite, juntamente com outros artistas como Mick Jagger, Keith Moon, Eric Clapton e Graham Nash. Em 1969, interpretou Ofélia, na adaptação cinematográfica de Hamlet de Nicol Williamson.
Depois de se separar de Jagger, Faithfull parou de gravar durante algum tempo e tornou-se viciada em drogas. Mudou-se para Dublin nos anos 70, obtendo algum sucesso com o álbum Dreaming my Dreams, disco que ela não gosta muito hoje em dia. Faithfull regressaria com força total, em 1979, com Broken English, álbum aclamado pela crítica mas que não vendeu muito nos grandes mercados musicais. O mesmo aconteceu com Strange Weather (1987), considerado um de seus melhores trabalhos.
A sua carreira teve um novo fôlego nos anos 90, com a gravação de Blazing Away e com uma participação em 1997 no álbum Reload, dos Metallica, na canção The Memory Remains (e também no videoclipe da música). Faithfull continua com a sua carreira de atriz e cantora, fazendo aparições ocasionais em séries de televisão e filmes e lançando novos álbuns.


Pablo Casals nasceu há 137 anos

Pau Casals i Defilló (El Vendrell, 29 de dezembro de 1876 - San Juan de Porto Rico, 22 de outubro de 1973) foi um virtuoso violoncelista e maestro catalão. É também amplamente conhecido pela versão castelhanizada de seu nome Pablo Casals.

Infância
Pau Carles Salvador Casals i Defilló nasceu na cidade de El Vendrell, na província de Tarragona, Catalunha, Espanha. O seu pai, Carles Casals i Ribes (1852–1908), era organista e maestro do coral da paróquia, instruindo o filho em piano, violino e órgão. A sua mãe, Pilar Defilló, nasceu em Mayagüez, Porto Rico, de pais catalães.
Casals demonstrou talento desde pequeno, obtendo fama internacional ainda jovem. Centralizando as suas atividades de músico em Paris, percorreu a Europa e os Estados Unidos da América promovendo concertos e recitais.

Formação
Ao mesmo tempo, formou uma orquestra em Barcelona, atuando também como maestro. Contudo, ela se desenvolveu na turbulência da revolta e guerra civil conduzida pelo general Francisco Franco. Por ser um ardente patriota catalão e republicano, recusou-se a viver sob a ditadura e exilou-se na França. Contudo, o amor pela pátria levou-o a morar em Prades, uma pequena cidade no sul da França no sopé dos Pirenéus, não muito longe da sua terra natal.
Logo depois eclodiu a Segunda Guerra Mundial e Casals continuou em sua resoluta oposição contra o governo de Franco, combatendo também os fascistas alemães e italianos que o apoiavam. Os nazis ameaçaram-no, tentando suborná-lo, mas ele manteve-se firme em suas convicções e ajudou os refugiados da Espanha fascista.
Quando a guerra terminou e a paz voltou a reinar na França, muitos músicos foram a Prades estudar com Casals.
Em junho de 1950, ele organizou um festival de música para incentivar os jovens artistas. Foi o início do Festival de Prades, que mais tarde tornou-se conhecido em todo o mundo.
Casals foi convidado a dar um concerto, no dia 24 de outubro de 1958, para festejar o dia das Nações Unidas, na sua sede em Nova York. Nessa oportunidade Casals propôs a união da humanidade em busca da paz através do Hino da Alegria, de Beethoven.
Ironicamente, Pau Casals tornou-se conhecido internacionalmente pelo seu nome em castelhano, Pablo, com a curiosidade de ser um grande incentivador da luta contra a ditadura de Francisco Franco e o domínio nazi. Por fim, o nome imposto pelo regime franquista, ficou gravado e é por ele que é mais conhecido.

Morte
Casals morreu em San Juan de Porto Rico aos 96 anos de idade e foi sepultado no Cemitério Nacional de Porto Rico. Ele não viveu para ver o fim do regime franquista, mas foi postumamente homenageado pelo estado espanhol, já sob a chefia do rei Juan Carlos I, que em 1976 emitiu selos comemorativos do centenário de seu nascimento. Em 1979 os seus restos mortais foram transferidos para a sua cidade natal e, em 1989, Casals foi galardoado com o Grammy Lifetime Achievement Award.





Portinari nasceu há 110 anos

Candido Torquato Portinari (Brodowski, 29 de dezembro de 1903 - Rio de Janeiro, 6 de fevereiro de 1962) foi um artista plástico brasileiro. Portinari pintou quase cinco mil obras de pequenos esboços e pinturas de proporções padrão, como O Lavrador de Café, até gigantescos murais, como os painéis Guerra e Paz, presenteados à sede da ONU em Nova Iorque em 1956, e que, em dezembro de 2010, graças aos esforços de seu filho, retornaram para exibição no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Portinari é considerado um dos artistas mais prestigiados do Brasil e foi o pintor brasileiro a alcançar maior projeção internacional.

Biografia
Filho de imigrantes italianos, Cândido Portinari nasceu no dia 29 de dezembro de 1903, numa fazenda nas proximidades de Brodowski, interior de São Paulo. Com a vocação artística florescendo logo na infância, Portinari teve uma educação deficiente, não completando sequer o ensino primário. Aos 14 anos de idade, uma trupe de pintores e escultores italianos que atuavam na restauração de igrejas, passa pela região de Brodowski e recruta Portinari como ajudante. Seria o primeiro grande indício do talento do pintor brasileiro.
Aos 15 anos, já decidido a aprimorar os seus dons, Portinari deixa São Paulo e parte para o Rio de Janeiro para estudar na Escola Nacional de Belas Artes. Durante seus estudos na ENBA, Portinari começa a destacar-se e chamar a atenção tanto de professores quanto da própria imprensa. Tanto que aos 20 anos já participa de diversas exposições, ganhando elogios em artigos de vários jornais. Mesmo com toda essa exposição pública, começa a despertar no artista o interesse por um movimento artístico até então considerado marginal: o modernismo.
Um dos principais prémios almejados por Portinari era a medalha de ouro do Salão da ENBA. Nos anos de 1926 e 1927, o pintor conseguiu destaque, mas não venceu. Anos depois, Portinari chegou a afirmar que suas telas com elementos modernistas escandalizaram os juízes do concurso. Em 1928 Portinari deliberadamente prepara uma tela com elementos académicos tradicionais e finalmente ganha a medalha de ouro e uma viagem para a Europa.
Os dois anos que passou vivendo em Paris foram decisivos no estilo que consagraria Portinari. Lá ele teve contato com outros artistas como Van Dongen e Othon Friesz, além de conhecer Maria Martinelli, uma uruguaia de 19 anos com quem o artista passaria o resto de sua vida. A distância de Portinari das suas raízes acabou aproximando o artista do Brasil, e despertou nele um interesse social muito mais profundo.
Em 1931 Portinari volta ao Brasil renovado. Muda completamente a estética de sua obra, valorizando mais cores e a ideia das pinturas. Ele quebra o compromisso volumétrico e abandona a tridimensionalidade de suas obras. Aos poucos o artista deixa de lado as telas pintadas a óleo e começa a se dedicar a murais e afrescos. Ganhando nova notoriedade entre a imprensa, Portinari expõe três telas no Pavilhão do Brasil da Feira Mundial em Nova Iorque de 1939. Os quadros chamam a atenção de Alfred Barr, diretor geral do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA).
A década de quarenta começa muito bem para Portinari. Alfred Barr compra a tela "Morro do Rio" e imediatamente a expõe no MoMA, ao lado de artistas consagrados mundialmente. O interesse geral pelo trabalho do artista brasileiro faz Barr preparar uma exposição individual para Portinari em plena Nova Iorque. Nessa época, Portinari faz dois murais para a Biblioteca do Congresso em Washington. Ao visitar o MoMA, Portinari se impressiona com uma obra que mudaria seu estilo novamente: "Guernica" de Pablo Picasso.
Em 1952 uma amnistia geral faz com que Portinari volte ao Brasil. No mesmo ano, a 1° Bienal de São Paulo expõe obras de Portinari com destaque em uma sala particular. Mas a década de 50 seria marcada por diversos problemas de saúde. Em 1954 Portinari apresentou uma grave intoxicação, pelo chumbo presente nas tintas que usava.

Política
Portinari foi ativo no movimento político-partidário, inclusive, candidatando-se a deputado federal, em 1945, pelo PCB, e a senador, em 1947, pleito em que aparecia em todas as sondagens como vencedor, mas perdendo com uma pequena margem de votos, facto que fez  levantar suspeitas de fraude para derrotá-lo, devido ao cerco aos membros do Partido Comunista Brasileiro.

Morte
Desobedecendo as ordens médicas, Portinari continuava pintando e viajando com frequência para exposições nos Estados Unidos, Europa e Israel. No começo de 1962 o Ayuntamiento de Barcelona convida Portinari para uma grande exposição com 200 telas. Trabalhando freneticamente, a intoxicação de Portinari começa a tomar proporções fatais. No dia 6 de fevereiro do mesmo ano, Cândido Portinari morre, envenenado pelas telas que fizeram o seu sucesso, já que tinha claustrofobia e desmaiava no "corredor" de telas. Encontra-se sepultado no Cemitério de São João Batista no Rio de Janeiro.
 O seu filho João Candido Portinari hoje cuida dos direitos de autor das obras de Portinari.
Obras
Entre suas obras mais prestigiadas e famosas, destacam-se os painéis Guerra e Paz (1953-1956), que foram dados de presente, em 1956, à sede da ONU de Nova Iorque. Na época, as autoridades dos Estados Unidos não permitiram a ida de Portinari para a inauguração dos murais, devido às ligações do artista com o Partido Comunista Brasileiro. Antes de seguirem aos EUA, o empresário e mecenas ítalo-brasileiro Ciccillo Matarazzo tentou trazer os painéis para São Paulo, terra natal de Portinari, para apresentá-las ao público, porém, isto não foi possível. Só em novembro de 2010, 53 anos depois, os painéis voltaram ao Brasil e, finalmente, foram exibidos, em 2010, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e, em 2012, no Memorial da América Latina, em São Paulo.
As telas Meninos e piões e Favela são parte do acervo permanente da Fundação Maria Luisa e Oscar Americano. O seu maior acervo sacro, entre pinturas e afrescos, está exposto na Igreja Bom Jesus da Cana Verde, centro da cidade de Batatais, no interior de São Paulo, situada a 16 quilómetros da sua cidade natal, Brodowski

A descoberta da terra (1941) - pintura mural de Portinari na Biblioteca do Congresso, Washington, DC

Cozy Powell nasceu há 67 anos

Cozy Powell (Cirencenter, Gloucestershire, 29 de dezembro de 1947 - Bristol, 5 de Abril de 1998) foi um famoso e aclamado baterista britânico.
Muito solicitado em gravações de pop e rock, Cozy Powell foi quase uma lenda no estilo pesado de tocar bateria, tocando ao lado de nomes como Rainbow, Whitesnake, Mickie Most, Black Sabbath, Keith Emerson, Greg Lake (Emerson, Lake & Powell), ou mesmo no seu trabalho a solo, como o single "Dance with the Devil", que foi o seu maior hit no Reino Unido, em 1974.
Powell começou a sua carreira profissional em 1965 com os The Sorcerers, eventualmente tocando com Jeff Beck, depois que este deixou os Yardbirds. Em 1971, formou a banda Bedlam, chegando a lançar um álbum, mas abandonou este projeto para produzir singles, como o "Dance with the Devil", faixa instrumental que chegou à 3ª posição no Reino Unido em 1974. Mais tarde ele formou os Cozy Powell's Hammer, que acabaram em 1975. Nesse mesmo ano juntou-se aos Rainbow, do guitarrista Ritchie Blackmore, ficando até 1980. Sempre muito requisitado, ele alternava os seus trabalhos entre sessões de estúdio e concertos ao vivo com uma grande variedade de bandas como os Michael Schenker Group, Whitesnake e Black Sabbath, nunca permanecendo em nenhuma banda durante muito tempo. Em 1996, ele trabalhou numa longa turnê com os Fleetwood Mac.
Em abril de 1998, Cozy Powell havia abandonado uma turnê com Yngwie Malmsteen, por se ter magoado no pé. Pouco depois, a 5 de abril, Cozy morreu num acidente de automóvel enquanto dirigia o seu carro, um Saab 9000, a cerca de 170 km/h,  com chuva, na Auto Estrada M4, próximo da cidade de Bristol, na Inglaterra. De acordo com uma reportagem da BBC, no momento do acidente o nível alcoólico de Cozy estava acima do limite legal. Ele não usava cinto de segurança e estava a conversar com sua então namorada, Sharon Reeve, no telemóvel, quando ela ouviu o barulho do acidente.
   
Alguns Artistas e Bandas com quem trabalhou

Dexter Holland, o vocalista dos Offspring, faz hoje 48 anos

Dexter Holland, nome artístico de Bryan Keith Holland (Garden Grove, 29 de dezembro de 1965), é um músico e empresário norteamericano. Holland é membro fundador da banda californiana The Offspring, com Greg Kriesel, com quem detém uma gravadora independente chamada Nitro Records, fundada em 1994. Ele é o vocalista principal, guitarrista rítmico e principal compositor do grupo. Ele também é detentor de um mestrado em Biologia Molecular e a alcunha de Dexter vem da infância, pois ele era um aluno responsável e inteligente. Entre os seus passatempos prediletos estão surfar e pilotar o seu avião a jato (possui licença para isso).

Depois que Holland conheceu o seu amigo e companheiro de cross-country Greg Kriesel, começaram uma banda punk local chamado Manic Subsidal, em 1984, onde ele tocava bateria, formado após a dupla não conseguiu entrar em um show dos Social Distortion. Depois de James Lilja ser contratado como baterista, Holland mudou para vocalista e guitarra. Eles nunca lançaram nenhum álbum, mas algumas demos existem online. Depois de algumas mudanças na line-up, os Manic Subsidal mudaram o nome para The Offspring em 1986. Depois de gravarem uma demo em 1988, eles assinaram um contrato com uma pequena gravadora por um curto tempo, a Nemesis Records, para que eles gravassem o seu primeiro álbum, The Offspring, em março de 1989. Este álbum acabaria por ser remasterizado em 21 de novembro de 1995 pela gravadora de Holland, Nitro Records. Em 1991, The Offspring assinou com a Epitaph Records (Bad Religion, L7, NOFX, Pennywise e outras bandas semelhantes). O primeiro lançamento com a gravadora foi Ignition, que foi lançado em 1992. O último álbum da banda com essa gravadora foi Smash, em 1994, que ainda tem o recorde mundial para a maioria das vendas de um álbum por um selo independente. A banda então assinou com a Columbia Records, em 1996 (embora Dexter afirmasse que Brett Gurewitz, dono da Epitaph e guitarrista do Bad Religion, vendeu o contrato para a Columbia), para eles lançarem seus próximos seis álbuns, Ixnay on the Hombre (1997), Americana (1998), Conspiracy of One (2000), Splinter (2003), Rise and Fall, Rage and Grace (2008), e o mais recente, Days Go By (2012).


Os Tablets portugueses são geológicos e lindos...

Valongo - Quadros de ardósia «dão lições» no estrangeiro
Sara Pelicano - sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Os grandes quadros negros, ainda há poucas décadas comuns nas paredes das salas de aula, são produzidos a partir da ardósia, uma rocha. Por cá, estes quadros, inseparáveis do giz, caíram em desuso. No estrangeiro continuam a fazer sucesso. Uma empresa de Valongo exporta 100% da sua produção e já pensa em novas aplicações para este produto integralmente nacional.

O quadro negro e o giz branco pertencem hoje às memórias escolares. Nas escolas nacionais, há cerca de três décadas, a esquematização das lições dos professores eram traçadas no quadro de ardósia, uma presença que foi substituída por quadros brancos plásticos e canetas de tinta. Uma mudança recente que não pôs fim ao fabrico de quadros de ardósia, de maior ou menor dimensão.

Em Valongo uma empresa familiar continua a construir os quadros de ardósia. Por ano são perto de um milhão de quadros produzidos, todos com destino ao estrangeiro. França, Itália, Alemanha Suíça, Reino Unido, Holanda, Estados Unidos da América e Canadá são alguns dos países que recebem este produto nacional «100% natural», sublinha Joaquim Tavares, filho do fundador da empresa Manuel Carvalho da Silva, Lda.

Os quadros, além de naturais porque a ardósia e a madeira utilizadas são matérias-primas não transformadas, são integralmente produto nacional. Joaquim Tavares explica que «a madeira de pinho chega de Celorico de Basto e a ardósia de Valongo».

Constituída em 1975, a empresa de Valongo emprega 14 pessoas, mas admite que poderiam ser muitas mais se, em Portugal, não tivesse caído em desuso o quadro de ardósia. «Um aumento de produção representava, sem dúvida, aumento do número de funcionários», afirma Joaquim.

A ardósia, também designada por lousa, é uma rocha metamórfica de composição fina e homogénea, composta por argila ou cinzas vulcânicas que foram sendo formadas, dispondo-se em camadas. Esta rocha, abundante no concelho de Valongo, chega à fábrica Manuel Carvalho da Silva, Lda em «blocos de grandes dimensões que são cortados em blocos mais pequenos de acordo com a dimensão da ardósia pretendida».

O nosso interlocutor pormenoriza ainda que, após o corte, «segue-se o processo de lascagem dos blocos em lâminas de aproximadamente 5 mm. Seguidamente entra numa linha de desbaste e polimento, onde a lousa em bruto de 5 mm sai com uma espessura de 2 mm, já polida das duas faces».

A madeira que emoldura a ardósia chega em tábuas e na fábrica é serrada em ripas. «Estas ripas entram numa máquina onde é feita a moldura final. Depois de cortadas nas medidas pretendidas, estas são encaixadas na lousa e coladas.
Depois de secarem passam por uma máquina, onde são lixadas para o acabamento final da madeira», adianta Joaquim Tavares.


Nova vida para ardósia
 
A rocha que serve de auxílio a professores de todo o mundo começa a ganhar novas aplicações. A empresa de Manuel Carvalho da Silva, que era empregado de uma fábrica de lousas e se estabeleceu por conta própria na década de 70 do século XX, está a preparar uma colecção de peças para decoração e utilização na cozinha, tais como marcadores para pratos, bandejas para petiscos, porta guardanapos, velas e outras ideias.

Escrever com giz em peças de louça foi uma ideia que também ocorreu a Sandra Correia há um ano. A designer recorre a uma tinta especial para «imprimir» em porcelana o imaginário da ardósia. Pinta bules, pratos, canecas, jarros de porcelana e vidro.

Começou por oferecer os artigos que fazia a familiares e amigos. Os presentes foram tão bem acolhidos que Sandra, de 26 anos, decidiu criar a marca Chalk Loves You (que se pode traduzir por o Giz Gosta de Ti). «Adapto objectos existentes e incorporo uma camada de ardósia não a pedra em si, mas uma tinta especial que tem o mesmo efeito», explica a jovem empreendedora.

Além da porcelana, Sandra pinta também artigos de madeira e prepara-se para começar a usar a rocha. Os artigos podem ser encontrados em algumas lojas e também ser encomendados através da Internet. No futuro, «gostava de alargar o leque de artigos e de conseguir produzir em grandes quantidades», conclui Sandra Correia.