quinta-feira, dezembro 01, 2016
O Museu de Orsay faz hoje 30 anos!
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Marcadores: escultura, França, Henri Rousseau, impressionismo, Museu de Orsay, Paris, pintura
Jaco Pastorius nasceu há 65 anos!
Postado por Fernando Martins às 06:50 0 bocas
Marcadores: Come on come over, funk, Jaco Pastorius, jazz, jazz fusion, Jazz-funk, música
Falconet nasceu há quatro séculos
Rex Stout, o criador do detetive Nero Wolfe, nasceu há 130 anos
Algumas obras de Rex Stout, com o título original e a data de publicação:
- 1934: Fer-de-Lance
- 1935: The League of Frightened Men
- 1936: The Rubber Band
- 1937: The Red Box
- 1938: Too Many Cooks
- 1939: Some Buried Caesar
- 1940: Over My Dead Body
- 1940: Where There's a Will
- 1942: Black Orchids (contains "Black Orchids" and "Cordially Invited to Meet Death")
- 1944: Not Quite Dead Enough (contains "Not Quite Dead Enough" and "Booby Trap")
- 1946: The Silent Speaker
- 1947: Too Many Women
- 1948: And Be a Villain (British title More Deaths Than One)
- 1949: Trouble in Triplicate (contains "Before I Die", "Help Wanted, Male" and "Instead of Evidence")
- 1949: The Second Confession
- 1950: Three Doors to Death (contains "Man Alive", "Omit Flowers" and "Door to Death")
- 1950: In the Best Families (British title Even in the Best Families)
- 1951: Curtains for Three (contains "The Gun with Wings", "Bullet for One" and "Disguise for Murder")
- 1951: Murder by the Book
- 1952: Triple Jeopardy (contains "Home to Roost", "The Cop-Killer" and "The Squirt and the Monkey")
- 1952: Prisoner's Base (British title Out Goes She)
- 1953: The Golden Spiders
- 1954: Three Men Out (contains "Invitation to Murder", "The Zero Clue" and "This Won't Kill You")
- 1954: The Black Mountain
- 1955: Before Midnight
- 1956: Three Witnesses (contains "The Next Witness", "When a Man Murders" and "Die Like a Dog")
- 1956: Might as Well Be Dead
- 1957: Three for the Chair (contains "A Window for Death", "Immune to Murder" and "Too Many Detectives")
- 1957: If Death Ever Slept
- 1958: And Four to Go (contains "Christmas Party", "Easter Parade", "Fourth of July Picnic" and "Murder Is No Joke")
- 1958: Champagne for One
- 1959: Plot It Yourself (British title Murder in Style)
- 1960: Three at Wolfe's Door (contains "Poison à la Carte", "Method Three for Murder" and "The Rodeo Murder")
- 1960: Too Many Clients
- 1961: The Final Deduction
- 1962: Homicide Trinity (contains "Eeny Meeny Murder Mo", "Death of a Demon" and "Counterfeit for Murder")
- 1962: Gambit
- 1963: The Mother Hunt
- 1964: Trio for Blunt Instruments (contains "Kill Now—Pay Later", "Murder Is Corny" and "Blood Will Tell")
- 1964: A Right to Die
- 1965: The Doorbell Rang
- 1966: Death of a Doxy
- 1968: The Father Hunt
- 1969: Death of a Dude
- 1973: Please Pass the Guilt
- 1975: A Family Affair
- 1985: Death Times Three (posthumous; contains "Bitter End", "Frame-Up for Murder" and "Assault on a Brownstone")
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Marcadores: literatura, literatura policial, Nero Wolfe, policiais, Rex Stout
quarta-feira, novembro 30, 2016
Mais um estranho animal descoberto no Reino Unido
Postado por Pedro Luna às 22:22 0 bocas
Marcadores: Herefordshire, lagerstätten, Paleontologia
Hoje é dia de recordar Pessoa...
Aniversário
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.
Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui…
A que distância!…
(Nem o acho…)
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!
O que eu sou hoje é como a humidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes…
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas
lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio…
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos…
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim…
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!
Fernando Pessoa
Postado por Fernando Martins às 08:10 0 bocas
Marcadores: Fernando Pessoa, poesia
Billy Idol - 61 anos
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Marcadores: Billy Idol, Cradle Of Love, hard rock, Lígia, música, new wave, Post-punk, punk, punk rock, Reino Unido
Os Barbados tornaram-se independentes há 50 anos
Postado por Fernando Martins às 05:00 0 bocas
Marcadores: Barbados, Caraíbas, independência
terça-feira, novembro 29, 2016
Notícia sobre achado palentológico
Postado por Pedro Luna às 19:30 0 bocas
Marcadores: Dinossáurios, Paleontologia, paquicefalossaurídeos, USA
Denny Doherty, fundador e vocalista dos The Mamas & The Papas, nasceu há 75 anos!
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Marcadores: anos 60, Canadá, Denny Doherty, folk, Monday Monday, música, pop, The Mamas and The Papas
Natalie Wood morreu há 35 anos
Postado por Fernando Martins às 03:50 0 bocas
Marcadores: actriz, cinema, Natalie Wood
George Harrison morreu há 15 anos
Postado por Fernando Martins às 00:15 0 bocas
Marcadores: Blow Away, George Harrison, guitarra, música experimental, Rock, rock psicadélico, sitar, The Beatles, world music
domingo, novembro 27, 2016
Soares de Passos nasceu há 190 anos
Vai alta a lua! na mansão da morte
Já meia-noite com vagar soou;
Que paz tranquila; dos vaivéns da sorte
Só tem descanso quem ali baixou.
Que paz tranquila!... mas eis longe, ao longe
Funérea campa com fragor rangeu;
Branco fantasma semelhante a um monge,
D'entre os sepulcros a cabeça ergueu.
Ergueu-se, ergueu-se!... na amplidão celeste
Campeia a lua com sinistra luz;
O vento geme no feral cipreste,
O mocho pia na marmórea cruz.
Ergueu-se, ergueu-se!... com sombrio espanto
Olhou em roda... não achou ninguém...
Por entre as campas, arrastando o manto,
Com lentos passos caminhou além.
Chegando perto duma cruz alçada,
Que entre ciprestes alvejava ao fim,
Parou, sentou-se e com a voz magoada
Os ecos tristes acordou assim:
"Mulher formosa, que adorei na vida,
"E que na tumba não cessei d'amar,
"Por que atraiçoas, desleal, mentida,
"O amor eterno que te ouvi jurar?
"Amor! engano que na campa finda,
"Que a morte despe da ilusão falaz:
"Quem d'entre os vivos se lembrara ainda
"Do pobre morto que na terra jaz?
"Abandonado neste chão repousa
"Há já três dias, e não vens aqui...
"Ai, quão pesada me tem sido a lousa
"Sobre este peito que bateu por ti!
"Ai, quão pesada me tem sido!" e em meio,
A fronte exausta lhe pendeu na mão,
E entre soluços arrancou do seio
Fundo suspiro de cruel paixão.
"Talvez que rindo dos protestos nossos,
"Gozes com outro d'infernal prazer;
"E o olvido cobrirá meus ossos
"Na fria terra sem vingança ter!
- "Oh nunca, nunca!" de saudade infinda,
Responde um eco suspirando além...
- "Oh nunca, nunca!" repetiu ainda
Formosa virgem que em seus braços tem.
Cobrem-lhe as formas divinas, airosas,
Longas roupagens de nevada cor;
Singela c'roa de virgínias rosas
Lhe cerca a fronte dum mortal palor.
"Não, não perdeste meu amor jurado:
"Vês este peito? reina a morte aqui...
"É já sem forças, ai de mim, gelado,
"Mas inda pulsa com amor por ti.
"Feliz que pude acompanhar-te ao fundo
"Da sepultura, sucumbindo à dor:
"Deixei a vida... que importava o mundo,
"O mundo em trevas sem a luz do amor?
"Saudosa ao longe vês no céu a lua?
- "Oh vejo sim... recordação fatal!
- "Foi à luz dela que jurei ser tua
"Durante a vida, e na mansão final.
"Oh vem! se nunca te cingi ao peito,
"Hoje o sepulcro nos reúne enfim...
"Quero o repouso de teu frio leito,
"Quero-te unido para sempre a mim!"
E ao som dos pios do cantor funéreo,
E à luz da lua de sinistro alvor,
Junto ao cruzeiro, sepulcral mistério
Foi celebrado, d'infeliz amor.
Quando risonho despontava o dia,
Já desse drama nada havia então,
Mais que uma tumba funeral vazia,
Quebrada a lousa por ignota mão.
Porém mais tarde, quando foi volvido
Das sepulturas o gelado pó,
Dois esqueletos, um ao outro unido,
Foram achados num sepulcro só.
Postado por Fernando Martins às 19:00 0 bocas
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