quinta-feira, outubro 09, 2014

Oskar Schindler morreu há 40 anos

Oskar Schindler (Svitavy, 28 de abril de 1908 – Hildesheim, 9 de outubro de 1974) foi um industrial alemão da região sudeta, espião e membro do Partido Nazi, que teria salvo da morte 1200 judeus durante o Holocausto, empregando-os nas suas fábricas de esmaltes e munições, localizadas nas actuais Polónia e República Checa, respectivamente. É o tema principal do romance de 1982, Schindler's Ark, e do filme de 1993, Schindler's List, que mostra a sua vida como um oportunista interessado no lucro, inicialmente, mas que acabou por mostrar uma iniciativa e dedicação extraordinárias com o objectivo de salvar as vidas dos seus empregados judeus.
Schindler cresceu em Zwittau, Morávia, e teve vários trabalhos até se juntar à Abwehr, o serviço de informação da Alemanha Nazi, em 1936. Aderiu ao Partido Nazi em 1939. Antes da ocupação alemã da Checoslováquia, em 1938, Schindler recolhia informações sobre caminhos-de-ferro e movimentos de tropas para o governo alemão. Foi preso por espionagem pelo governo checoslovaco, mas foi libertado segundo os termos do Acordo de Munique, em 1938. Schindler continuou o seu trabalho de recolha de informações para os nazis, na Polónia, em 1939, antes da invasão daquele território, no início da Segunda Guerra Mundial.
Em 1939, Schindler obteve uma fábrica de esmaltes em Cracóvia, Polónia, que empregava 1750 trabalhadores, dos quais cerca de mil eram judeus no auge da produção da fábrica, em 1944. As suas ligações da Abwehr ajudaram Schindler a proteger os trabalhadores judeus de uma deportação certa e da morte nos campos de concentração nazis. De início, Schindler estava apenas interessado em fazer dinheiro fácil com o negócio. Mais tarde começou a proteger os seus trabalhadores sem olhar a custos. Com o tempo, Schindler teve que subornar os oficiais nazis com dinheiros e ofertas de luxo, obtidas no mercado-negro, para manter os seus empregados seguros.
Quando a Alemanha começou a perder a guerra, em julho de 1944, as Schutzstaffel (SS) começaram a fechar os campos de concentração a leste e a evacuar os restantes prisioneiros para oeste. Muitos foram mortos em campo de concentração de Auschwitz e Gross-Rosen. Schindler convenceu o SS-Hauptsturmführer Amon Göth, comandante do Campo de contração de Kraków-Płaszów, a transferir a sua fábrica para Brünnlitz, na Região dos Sudetas, poupando, assim, os seus trabalhadores da morte nas câmaras de gás. Utilizando os nomes fornecidos pelo oficial da polícia dos guetos judeus Marcel Goldberg, o secretário de Göth, Mietek Pemper, compilou, e passou a papel, uma lista de 1200 judeus que viajaram para Brünnlitz em outubro de 1944. Schindler continuou a subornar os oficiais das SS para impedir o massacre dos seus empregados, até ao final da Segunda Guerra Mundial na Europa, em maio de 1945, altura em que tinha já gasto a sua fortuna em subornos e no mercado-negro para comprar provisões para os seus funcionários.
Schindler foi viver para a Alemanha a seguir à guerra, onde foi apoiado, financeiramente, por organizações judaicas de salvamento. Depois de receber um reembolso parcial pelos seus gastos em tempo de guerra, viajou para a Argentina, com a sua esposa, para uma quinta. Quando entrou em bancarrota em 1958, Schindler deixou a sua mulher e regressou à Alemanha, onde foi mal-sucedido em vários negócios, e teve que ser ajudado pelos seus Schindlerjuden ("Judeus de Schindler") – aqueles cujas vidas ele salvou durante a guerra. Schindler recebeu a designação de Justos entre as nações pelo governo de Israel em 1963, e morreu a 9 de outubro de 1974.

quarta-feira, outubro 08, 2014

Bruno Mars - 29 anos

Peter Gene Hernandez (Honolulu, 8 de outubro de 1985), mais conhecido pelo nome artístico Bruno Mars, é um cantor, compositor, produtor musical, e multi-instrumentista americano, nascido e criado no Havaí. Vindo de uma família com uma grande tradição musical, Mars começou a cantar e a se apresentar como um artista amador durante a infância. Depois de se formar no Ensino Médio, decidiu mudar-se para Los Angeles, na Califórnia, com o objetivo de investir cada vez mais em sua carreira musical. Em Los Angeles, ele formou a equipe de produtores The Smeezingtons, ao lado de Philip Lawrence e Ari Levine.
Depois do seu fracasso com a gravadora Motown Records, Mars assinou com a Atlantic Records em 2009. Durante os primeiros meses como artista da editora, ele co-escreveu os arranjos e fez participações em músicas como "Nothin' on You" (2010), do rapper B.o.B, e "Billionaire" (2010), do cantor americano Travie McCoy. Também participou da composição dos êxitos mundiais "Right Round" (2009), do rapper Flo Rida com participação de Kesha, "Wavin' Flag" (2010), do cantor somali K'naan, e "Fuck You!" (2010), de Cee Lo Green. Em Outubro de 2010, lançou o seu álbum de estúdio de estreia, Doo-Wops & Hooligans. O álbum atingiu o seu pico na terceira colocação da tabela musical Billboard 200 nos EUA, e recebeu o certificado de disco de platina pela Recording Industry Association of America (RIAA) após vender mais de um milhão de cópias no país.
Seu primeiro single como artista principal, "Just The Way You Are" (2010), ocupou a primeira posição da tabela de singles americana Billboard Hot 100 por quatro semanas consecutivas. O segundo e mais bem sucedido single de Mars até hoje, "Grenade" (2010), ocupou a mesma posição por oito semanas não consecutivas. O sucesso dos dois singles nos Estados Unidos fazem de Mars um dos seis artistas masculinos na história que alcançaram o topo da Billboard com os dois primeiros singles do mesmo álbum, e o primeiro a fazê-lo em treze anos. Inspirado por lendários artistas como Michael Jackson e Elvis Presley, o intérprete é considerado um dos mais "versáteis e completos artistas de música pop da actualidade", segundo um crítico do prestigiado jornal The New York Times.

terça-feira, outubro 07, 2014

Thom Yorke, o vocalista dos Radiohead, fez hoje 48 anos

Thomas Edward "Thom" Yorke (Wellingborough, 7 de outubro de 1968) é o vocalista e compositor da banda britânica de rock alternativo Radiohead. Geralmente, toca guitarra e piano. Atualmente, vive em Oxford com sua companheira de longa data, a artista plástica, com um doutoramento em História da Arte, Rachel Owen. O casal tem dois filhos: Noah e Agnes.


Edgar Allan Poe morreu há 165 anos

Edgar Allan Poe (nascido Edgar Poe; Boston, 19 de janeiro de 1809 - Baltimore, 7 de outubro de 1849) foi um autor, poeta, editor e crítico literário americano que fez parte do movimento romântico americano. Conhecido por suas histórias que envolvem o mistério e o macabro, Poe foi um dos primeiros escritores americanos de contos sendo considerado o inventor do género ficção policial, também recebendo crédito por contribuição ao emergente género de ficção científica. Ele foi o primeiro escritor americano conhecido a tentar ganhar a vida através da escrita por si só, resultando em uma vida e carreira financeiramente difícil.
Ele nasceu como Edgar Poe, em Boston, Massachusetts; quando jovem, ficou órfão de mãe, que morreu pouco depois de seu pai abandonar a família. Poe foi acolhido por Francis Allan e o seu marido John Allan, de Richmond, Virginia, mas nunca foi formalmente adotado. Ele frequentou a Universidade da Virgínia durante um semestre, passando a maior parte do tempo entre bebidas e mulheres. Nesse período, teve uma séria discussão com o seu pai adotivo e fugiu de casa para se alistar nas forças armadas, onde serviu durante dois anos antes de ser dispensado, depois de falhar como cadete em West Point, deixou a sua família adotiva. A sua carreira começou humildemente com a publicação de uma coleção anónima de poemas, Tamerlane and Other Poems (1827).
Poe mudou o seu foco para a prosa e passou os próximos anos trabalhando para revistas e jornais, tornando-se conhecido por seu próprio estilo de crítica literária. Seu trabalho o obrigou a mudar para diversas cidades, incluindo Baltimore, Filadélfia e Nova York. Em Baltimore, em 1835, casou-se com Virginia Clemm, sua prima de 13 anos de idade. Em janeiro de 1845, Poe publicou seu poema The Raven, que foi um sucesso instantâneo. a sua esposa morreu de tuberculose dois anos após a publicação. Ele começou a planear a criação de seu próprio jornal, The Penn (posteriormente renomeado para The Stylus), porém morreu antes que pudesse ser produzido. Em 7 de outubro de 1849, aos 40 anos, Poe morreu em Baltimore; a causa de sua morte é desconhecida e foi por diversas vezes atribuída ao álcool, congestão cerebral, cólera, drogas, doenças do coração, raiva, suicídio, tuberculose entre outros agentes.
Poe e suas obras influenciaram a literatura nos Estados Unidos e ao redor do mundo, bem como em campos especializados, tais como a cosmologia e a criptografia. Poe e seu trabalho aparecem ao longo da cultura popular na literatura, música, filmes e televisão. Várias de suas casas são dedicadas como museus atualmente.

Song

I saw thee on thy bridal day -
      When a burning blush came o'er thee,
Though happiness around thee lay,
      The world all love before thee:
And in thine eye a kindling light
      (Whatever it might be)
Was all on Earth my aching sight
      Of Loveliness could see.

That blush, perhaps, was maiden shame -
      As such it well may pass -
Though its glow hath raised a fiercer flame
      In the breast of him, alas!

Who saw thee on that bridal day,
      When that deep blush would come o'er thee,
Though happiness around thee lay;
      The world all love before thee.


Ulrike Meinhof nasceu há 80 anos

Ulrike Meinhof em 1964, antes da RAF e da clandestinidade, com cerca de 30 anos

Ulrike Marie Meinhof (Oldemburgo, 7 de outubro de 1934 - Estugarda, 9 de maio de 1976) foi uma jornalista, escritora, ativista e guerrilheira alemã, mais conhecida como fundadora e integrante da organização armada de extrema-esquerda Fração do Exército Vermelho (RAF) ou Grupo Baader-Meinhof, atuante na Alemanha Ocidental por três décadas.
Presa em junho de 1972 e acusada de diversos crimes depois de dois anos de participação nas atividades da RAF, entre eles assaltos, atentados à bomba, assassinatos e formação de organização terrorista, morreu em sua cela na prisão de Stammheim, em Estugarda, por enforcamento, em maio de 1976. A sua morte, se por suicídio ou assassinato, é alvo de controvérsias até hoje.

segunda-feira, outubro 06, 2014

Amália morreu há 15 anos


Amália da Piedade Rodrigues (Lisboa, 23 de julho de 1920 - Lisboa, 6 de outubro de 1999) foi uma fadista, cantora e actriz portuguesa, considerada o exemplo máximo do fado, comumente aclamada como a voz de Portugal e uma das mais brilhantes cantoras do século XX. Está sepultada no Panteão Nacional, entre os portugueses ilustres.
Tornou-se conhecida mundialmente como a Rainha do Fado e, por consequência, devido ao simbolismo que este género musical tem na cultura portuguesa, foi considerada por muitos como uma das suas melhores embaixadoras no mundo. Aparecia em vários programas de televisão pelo mundo fora, onde não só cantava fados e outras músicas de tradição popular portuguesa, como ainda canções contemporâneas (iniciando o chamado fado-canção) e mesmo alguma música de origem estrangeira (francesa, americana, espanhola, italiana, brasileira). Marcante contribuição sua para a história do Fado, foi a novidade que introduziu de cantar poemas de grandes autores portugueses consagrados, depois de musicados. Teve ainda ao serviço da sua voz a pena de alguns dos maiores poetas e letristas seus contemporâneos, como David Mourão Ferreira, Pedro Homem de Mello, Ary dos Santos, Manuel Alegre, Alexandre O'Neill. Rodrigues falava e cantava em castelhano, francês, italiano e inglês.
Até a sua morte, em outubro de 1999, 170 álbuns haviam sido editados com seu nome em 30 países, vendendo mais de 30 milhões de cópias em todo o mundo, número 3 vezes maior que a população de Portugal.
Infância
Filha de Albertino de Jesus Rodrigues (Castelo Branco, 6 de agosto de 1888 - 13 de maio de 1962), um músico sapateiro que, para sustentar os quatro filhos e a mulher (Fundão, 3 de fevereiro de 1913), Lucinda da Piedade Rebordão (São Martinho, Fundão, 2 de maio de 1892 - Graça, Lisboa, 23 de novembro de 1986), tentou a sua sorte em Lisboa. Amália nasceu a 1 de julho de 1920, porém apenas foi registada dias depois, tendo no seu assento de nascimento como nascida às cinco horas de 23 de julho de 1920, na rua Martim Vaz, na freguesia lisboeta da Pena. Amália pretendia, no entanto, que o aniversário fosse celebrado a 1 de julho ("no tempo das cerejas"), e dizia: Talvez por ser essa a altura do mês em que havia dinheiro para me comprarem os presentes. Catorze meses depois, o pai, não tendo arranjado trabalho, volta com a família para o Fundão. Amália fica com os avós na capital.
A sua faceta de cantora cedo se revela. Amália era muito tímida, mas começa a cantar para o avô e os vizinhos, que lhe pediam. Na infância e juventude, cantarolava tangos de Carlos Gardel e canções populares que ouvia e lhe pediam para cantar.
Aos 9 anos, a avó, analfabeta, manda Amália para a escola, que tanto gostava de frequentar. Contudo, aos 12 anos tem que interromper a sua escolaridade como era frequente em casas pobres. Escolhe então o ofício de bordadeira, mas depressa muda para ir embrulhar bolos.
Aos 14 anos decide ir viver com os pais, que entretanto regressam a Lisboa. Mas a vida não é tão boa como em casa dos avós. Amália tinha que ajudar a mãe e aguentar o irmão mais velho, autoritário. Trabalha como bordadeira, engomadeira e tarefeira.
Aos 15 anos vai vender fruta para a zona do Cais da Rocha, e torna-se notada devido ao especialíssimo timbre de voz. Integra a Marcha Popular de Alcântara (nas festividades de Santo António de Lisboa) de 1936. O ensaiador da Marcha insiste para que Amália se inscreva numa prova de descoberta de talentos, chamada Concurso da Primavera, em que se disputava o título de Rainha do Fado. Amália acabaria por não participar, pois todas as outras concorrentes se recusavam a competir com ela.
Conhece nessa altura o seu futuro marido, Francisco da Cruz (c. 1915 - ?), um guitarrista amador, com o qual casará em 1940. Um assistente recomenda-a para a casa de fados mais famosa de então, o Retiro da Severa, mas Amália acaba por recusar esse convite, e depois adiar a resposta, e só em 1939 irá cantar nessa casa.
Uma carreira que começa Estreia-se no teatro de revista em 1940, como atracção da peça Ora Vai Tu, no Teatro Maria Vitória. No meio teatral encontra Frederico Valério, compositor de muitos dos seus fados.
Em 1943 divorcia-se a seu pedido. Torna-se então independente. Neste mesmo ano actua pela primeira vez fora de Portugal. A convite do embaixador Pedro Teotónio Pereira, canta em Madrid.
Em 1944 consegue um papel proeminente, ao lado de Hermínia Silva, na opereta Rosa Cantadeira, onde interpreta o Fado do Ciúme, de Frederico Valério. Em Setembro, chega ao Rio de Janeiro acompanhada pelo maestro Fernando de Freitas para actuar no Casino Copacabana. Aos 24 anos, Amália tem já um espectáculo concebido em exclusivo para ela. A recepção é de tal forma entusiástica que o seu contrato inicial de quatro semanas se prolongará por quatro meses. É convidada a repetir a turné, acompanhada por bailarinos e músicos.
É no Rio de Janeiro que Frederico Valério compõe um dos mais famosos fados de todos os tempos: Ai Mouraria, estreado no Teatro República. Grava discos, vendidos em vários países, motivando grande interesse das companhias de Hollywood.
Em 1947 estreia-se no cinema com o filme Capas Negras, o filme mais visto em Portugal até então, ficando 22 semanas em exibição. Um segundo filme, do mesmo ano, é Fado, História de uma Cantadeira.
Amália é apoiada por artistas inovadores como Almada Negreiros e António Ferro. Esse que a convida pela primeira vez a cantar em Paris, no Chez Carrère, e a Londres, no Ritz, em festas do departamento de Turismo que o próprio organiza.
A internacionalização de Amália aumenta com a participação, em 1950, nos espectáculos do Plano Marshall, o plano de apoio dos Estados Unidos à Europa do pós-guerra, em que participam os mais importantes artistas de cada país. O êxito repete-se por Trieste, Berna, Paris e Dublin (onde canta a canção Coimbra, que, atentamente escutada pela cantora francesa Yvette Giraud, é popularizada por ela em todo o mundo como Avril au Portugal).
Em Roma, Amália actua no Teatro Argentina, sendo a única artista ligeira num espectáculo em que figuram os mais famosos cantores de música clássica.
Em Setembro de 1952 a sua estreia em Nova Iorque fez-se no palco do La Vie en Rose, onde ficou 14 semanas em cartaz. Ainda nos Estados Unidos, em 1953 canta pela primeira vez na televisão (na NBC), no programa do Eddie Fisher patrocinado pela Coca-Cola, que teve que beber e de que não gostara nada. Grava discos de fado e de flamenco. Convidam-na para ficar, mas não fica por que não quer.
Nos EUA editou o seu primeiro LP (as gravações anteriores eram em discos de 78 rotações). Amalia Rodrigues Sings Fado From Portugal and Flamenco From Spain, lançado em 1954 pela Angel Records, assinala a sua estreia no formato do long-play, a 33 rotações, criado apenas seis anos antes e, na época, ainda longe de conhecer a expressão de mercado que depois viria a conquistar. O álbum, que seria editado em 1957 em Inglaterra e, um ano depois, em França, nunca teve prensagem portuguesa.
Amália dá ao fado um fulgor novo. Canta o repertório tradicional de uma forma diferente, num sincretismo do que é rural e do que é urbano.
Canta os grandes poetas da língua portuguesa (Camões, Bocage), além dos poetas que escrevem para ela (Pedro Homem de Mello, David Mourão Ferreira, Ary dos Santos, Manuel Alegre, O’Neill). Conhece também Alain Oulman, que lhe compõe várias canções.
O seu Fado de Peniche é proibido por ser considerado um hino aos que se encontram presos em Peniche, Amália escolhe também um poema de Pedro Homem de Mello, Povo que lavas no rio, que ganha uma dimensão política.
A 26 de abril de 1961, casa-se no Rio de Janeiro com o seu segundo marido, o engenheiro luso-brasileiro César Henrique de Moura de Seabra Rangel (Avelãs do Caminho, Anadia, c. 1920 - Zambujeira do Mar, Odemira, 11 de junho de 1997), filho de Augusto César de Seabra Rangel (Casa dos Rangel, Avelãs de Caminho, Anadia, 16 de abril de 1885 - idem, 28 de outubro de 1929), sobrinho-neto do 1.º Barão de Mogofores, e de sua mulher Teresa de Seabra de Moura, com quem fica até à morte deste, em 1997.
Em 1966, volta aos Estados Unidos, actuando no Lincoln Center, em Nova Iorque, com o maestro Andre Kostelanetz frente a uma orquestra, num programa essencialmente feito de canções do folclore português numa das noites e num outro, feito de fados (também com orquestra), na seguinte. O mesmo espectáculo foi encenado, dias depois, no Hollywood Bowl. Voltaria ao Lincoln Center em 1968.
Ainda em 1966, o seu amigo Alain Oulman é preso pela PIDE. Amália dá todo o seu apoio ao amigo e tudo faz para que seja libertado e posto na fronteira.
Em 1970 é editado o álbum Com Que Voz.
No ano de 1971 encontra finalmente Manuel Alegre, exilado em Paris.
Em 1974 grava o álbum Encontro - Amália e Don Byas com o saxofonista Don Byas.
Amália após o 25 de Abril
Em 1976 é editado o disco Amália no Canecão gravado no Brasil. No mesmo ano é lançado o álbum Cantigas da boa gente. Fandangueiro e Cantigas numa Língua Antiga são lançados em 1977.
No ano de 1980 é lançado o disco Gostava de Ser Quem Era. Em 1982 é lançado o Máxi-single Senhor Extraterrestre com dois temas de Carlos Paião. É editado o álbum Amália Fado com temas de Frederico Valério.
Em 1983 é editado o álbum Lágrima a que se segue Amália na Broadway em 1984.
Em 1985 obtém grande sucesso a colectânea O Melhor de Amália: Estranha forma de vida. É lançado um novo volume: O Melhor de Amália, vol. 2: Tudo isto é fado.
Ao mesmo tempo, atravessa dissabores financeiros que a obrigam a desfazer-se de algum do seu património.
Ao longo dos anos que passam, vê desaparecer o seu compositor Alain Oulman, o seu poeta David Mourão-Ferreira e o seu marido, César Seabra, com quem era casada há 36 anos, e que morre em 1997.
Em 1997 é editado pela Valentim de Carvalho o álbum Segredo com gravações inéditas realizadas entre 1965 e 1975. É ainda publicado o livro (Versos) com os seus poemas. É-lhe feita uma homenagem nacional na Exposição Mundial de Lisboa (Expo 98).
Em abril de 1999, Amália desloca-se pela última vez a Paris, sendo condecorada na Cinemateca Francesa, por os muitos espectáculos que deu naquela cidade e, dever-se a ela o facto da França começar a apreciar o fado. Já ligeiramente debilitada, agradeceu aos franceses o facto de se ter começado a projectar no mundo, pois era a partir de França que os seus discos começaram a espalhar-se.
A 6 de outubro de 1999, Amália Rodrigues morre, em sua casa, repentinamente, ao início da manhã, com 79 anos, poucas horas depois de regressar da sua casa de férias no litoral alentejano. Imediatamente, o então primeiro-ministro, António Guterres, decreta luto nacional por três dias. No seu funeral centenas de milhar de lisboetas descem à rua para lhe prestar uma última homenagem. Foi sepultada no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa. Dois anos depois, a 8 de Julho de 2001, o seu corpo foi trasladado para o Panteão Nacional da Igreja de Santa Engrácia, em Lisboa (após pressão dos seus admiradores e uma modificação da lei que exigia um mínimo de quatro anos antes da trasladação), e onde repousam personalidades consideradas expoentes máximos da nacionalidade.
Amália Rodrigues representou Portugal em todo o mundo, de Lisboa ao Rio de Janeiro, de Nova Iorque a Roma, de Tóquio à União Soviética, do México a Londres, de Madrid a Paris (onde actuou tantas vezes no prestigiadíssimo Olympia).
Propagou a cultura portuguesa, a língua portuguesa e o fado.
 

Túmulo de Amália, no Panteão Nacional

Hoje é uma data importante para o Egito e Israel...

A Guerra do Yom Kippur, também conhecida como Guerra Árabe-Israelita de 1973, Guerra de Outubro, Guerra do Ramadão ou ainda Quarta Guerra Árabe-Israelita, foi um conflito militar ocorrido de 6 de outubro a 26 de outubro de 1973, entre uma coligação de estados árabes liderados por Egipto e Síria contra Israel. O episódio começou com um ataque inesperado do Egito e Síria. Coincidindo com o dia do feriado judaico Yom Kippur, Egito e Síria cruzaram as linhas de cessar-fogo no Sinai e nos Montes Golã, respetivamente, que foram capturadas, por Israel, já em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias.
Inversamente ao fator surpresa, usado pelos israelitas na guerra dos seis dias durante os primeiros dias, egípcios e sírios avançaram recuperando partes de seus territórios. O cenário começou a se inverter para o lado de Israel na segunda semana de lutas, quando os israelenses fizeram os sírios retrocederem nos Montes Golã enquanto o Egito mantinha a sua posição no Sinai, fechando a comunicação entre a linha Bar-Lev e Israel, porém este também sem comunicação com o Egito.
Ao sul do Sinai, os israelitas encontraram uma "brecha" entre os exércitos egípcios e conseguiram cruzar para o lado oeste do canal de Suez no local onde a a grande muralha Bar-Lev não havia sido tomada, e ameaçaram a cidade egípcia de Ismaília.
Este desenvolvimento levou as duas superpotências da época, os EUA, defender os interesses de Israel, e a URSS, dos países árabes, a uma tensão diplomática. Mas um cessar-fogo das Nações Unidas entrou em vigor de forma cooperativa a 25 de outubro de 1973.
No término das hostilidades, as forças israelitas, já recuperadas das baixas iniciais e com um esmagador poderio militar, haviam adentrado profundamente no território dos arabes e encontravam-se a 40 km de Damasco, capital da Síria, a qual foi intensamente bombardeada, e 101 km do Cairo, capital egípcia.


Muhammad Anwar Al Sadat (Mit Abu al-Kum, Monufia, 25 de dezembro de 1918 - Cairo, 6 de outubro de 1981) foi um militar e político egípcio, presidente do seu país de 1970 a 1981. Recebeu o Prémio Nobel da Paz em 1978.

(...)

Em um esforço para acelerar um acordo no Oriente Médio, visitou Israel, em 1977, facto que marcou o primeiro reconhecimento daquele país por um país árabe, tendo gerado fortes condenações de grande parte do mundo árabe. Encontrou-se novamente com o primeiro-ministro israelita Menachem Begin em Camp David, Maryland, Estados Unidos (1978), sob a chancela do então presidente americano Jimmy Carter e assinou um tratado de paz com Israel em 1979, em Washington, DC.

(...)

Em 6 de outubro de 1981, Sadat é assassinado durante uma parada militar no Cairo por membros da Jihad Islâmica Egípcia infiltrados no exército e que eram parte da organização egípcia que se opunha ao acordo de paz com Israel e à entrega da Faixa de Gaza ao estado judeu. Foi sucedido pelo seu vice-presidente, Hosni Mubarak. Encontra-se sepultado no Monumento ao Soldado Desconhecido, no Cairo, no Egito.

Bette Davis morreu há 25 anos

Ruth Elizabeth "Bette" Davis (Lowell, 5 de abril de 1908 - Neuilly-sur-Seine, 6 de outubro de 1989), foi uma atriz dos Estados Unidos de cinema, televisão e teatro, conhecida por sua vontade de interpretar personagens antipáticas, ela era venerada por suas atuações numa variada gama de géneros cinematográficos; de melodramas policiais, filmes de época e comédias, embora os seus maiores sucessos tenham sido romances dramáticos.
Após trabalhar em peças na Broadway, Davis mudou-se para Hollywood em 1930, onde obteve pouco êxito com papéis em produções da Universal Studios. Foi contratada pela Warner Bros. em 1932, estabelecendo uma bem-sucedida carreira através de várias atuações aclamadas pela crítica. Em 1937 tentou se libertar do contrato e, apesar de ter perdido um processo contra a produtora que foi amplamente explorado pela mídia, atingiu o período de maior sucesso de sua carreira. Até o final dos anos 1940, Davis foi uma das mais célebres protagonistas do cinema americano, reconhecida por seu estilo forte e intenso. Ganhou uma reputação de perfecionista muito combativa, sendo que embates com executivos dos estúdios, diretores de cinema e outras estrelas eram frequentemente noticiados pela mídia. O seu estilo franco, a sua voz distinta e o cigarro sempre à mão contribuíram para a construção de uma imagem pública muito imitada e satirizada.
Davis co-fundou a Hollywood Canteen – iniciativa para angariar fundos para o Exército e entreter soldados norte-americanos durante a Segunda Guerra Mundial – e foi a primeira mulher presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Ganhou o Óscar de Melhor Atriz duas vezes, foi a primeira pessoa a receber dez nomeações da Academia nas categorias de atuação, além de ter sido a primeira mulher a receber um prémio pelo conjunto da obra do American Film Institute. A sua carreira passou por vários períodos sombrios, tendo ela mesma admitido que o seu sucesso se deu muitas vezes às custas de seus relacionamentos pessoais. Casada quatro vezes, tornou-se viúva uma vez e divorciada outras três, tendo criado os seus filhos como mãe solteira. Os seus últimos anos foram marcados por um longo período de doença mas ela continuou atuando até pouco antes de sua morte, por cancro da mama, com mais de 100 papéis em filme, televisão e teatro na sua filmografia. Em 1999, Davis foi a segunda colocada, atrás apenas de Katharine Hepburn, na lista do American Film Institute das maiores atrizes de todos os tempos.
Possui duas estrelas na Calçada da Fama, uma referente ao seu trabalho no cinema e outra referente ao seu trabalho na televisão. Elas estão localizadas em 6225 Hollywood Boulevard e 6233 Hollywood Boulevard.


domingo, outubro 05, 2014

Hoje é o dia da profissão mais importante de todas...

(imagem daqui)
   
O Dia Mundial do Professor celebra-se anualmente no dia 5 de outubro. O Dia Mundial do Professor homenageia todos os que contribuem para o ensino e educação da sociedade.

Este dia presta homenagem a todos aqueles que escolheram o ensino como forma de vida e que dedicam o seu dia-a-dia a ensinar, crianças, jovens e adultos.

A data foi criada pela UNESCO em 1994 com o objetivo de chamar atenção para o papel fundamental que os professores têm na sociedade e na instrução da população.


NOTA:  há a profissão mais antiga de sempre (ainda hoje praticada...), a segunda mais antiga (a de espião - ou será de político...?!?) e a mais importante - a de professor - pois sem ela não havia outras profissões...

Porque hoje se celebra a "imposição" da república...




Portugal existe há 871 anos (e não há 104...)

O Tratado de Zamora foi um diploma resultante da conferência de paz entre D. Afonso Henriques e seu primo, Afonso VII de Leão e Castela. Celebrado a 5 de outubro de 1143, esta é considerada como a data da independência de Portugal e o início da dinastia afonsina. Este dia é feriado nacional suspenso em Portugal. No entanto, antes da suspensão, oficialmente era comemorada a implantação da República, em Portugal, em 1910. Nesse dia, simpatizantes da causa monárquica costumam celebrar, por seu lado, o nascimento do Reino de Portugal, em 1143.
Em Zamora foi revogado o anterior Tratado de Tui datado de 1137.
Vitorioso na batalha de Ourique, em 1139, D. Afonso Henriques beneficiou da acção desenvolvida, em favor da constituição do novo Reino de Portugal, pelo arcebispo de Braga, D. João Peculiar. Este procurara conciliar os dois primeiros e fez com que eles se encontrassem em Zamora nos dias 4 e 5 de Outubro de 1143 na presença do cardeal Guido de Vico.
Pelos termos do tratado, Afonso VII concordou em que o Condado Portucalense passasse a ser reino, tendo D. Afonso Henriques como seu rex (rei). Embora reconhecesse a independência, D. Afonso Henriques continuava a ser vassalo, pois D. Afonso VII para além de ser rei de Leão e Castela considerava-se imperador de toda a Hispânia. Contudo D. Afonso Henriques nunca chegou a prestar-lhe vassalagem, sendo caso único de entre todos os reis existentes na península Ibérica.
A soberania portuguesa, reconhecida por Afonso VII em Zamora, veio a ser confirmada pelo Papa Alexandre III só em 1179, mas o título de rex, que D. Afonso Henriques usava desde 1140, foi confirmado em Zamora, comprometendo-se então o monarca português, ante o cardeal, a considerar-se vassalo da Santa Sé, obrigando-se, por si e pelos seus descendentes, ao pagamento de um censo anual.
A partir de 1143 D. Afonso Henriques vai enviar ao Papa remissórias declarando-se seu vassalo lígio e comprometendo-se a enviar anualmente uma determinada quantia de ouro. As negociações vão durar vários anos, de 1143 a 1179.
Em 1179 o Papa Alexandre III envia a D. Afonso Henriques a "Bula Manifestis probatum", na qual o Papa aceita que D. Afonso Henriques lhe preste vassalagem direta, reconhece-se definitivamente a independência do Reino de Portugal sem vassalagem em relação a D. Afonso VII de Leão e Castela (pois nenhum vassalo podia ter dois senhores diretos) e D. Afonso Henriques como primeiro rei de Portugal, ou seja, Afonso I de Portugal.
 

Brian Johnson, o segundo vocalista dos AC/DC, faz hoje 67 anos

Brian Johnson (Gateshead, 5 de outubro de 1947) é um cantor e compositor britânico. Desde 1980, ele tem sido o vocalista da banda de hard rock australiana AC/DC. Em 1972, Brian Johnson tornou-se um dos membros fundadores da banda de glam rock, Geordie. Depois de alguns singles que se tornaram hits, chegando ao Top 10 no Reino Unido com a música, "All Because Of You" (1973), a banda terminou em 1978 e depois foi reestruturada por Brian em 1980. Mas assim que assinaram um novo contrato com uma gravadora, Brian Johnson foi convidado para o ensaio do AC/DC, cujo vocalista, Bon Scott, havia falecido a 19 de fevereiro de 1980.
O primeiro álbum de Brian com o AC/DC foi Back in Black. Em 1997, Brian gravou com a banda Jackyl a música "Locked and Loaded", e em 2002 escreveu a música "Kill The Sunshine" do álbum Relentless.


sábado, outubro 04, 2014

O Sputnik 1 foi lançado para o espaço há 57 anos

Sputnik 1 foi a primeira missão do Programa Sputnik, que enviou o primeiro satélite artificial da Terra. A missão foi lançada pela URSS em 4 de outubro de 1957 do Cosmódromo de Baikonur. O Sputnik era uma esfera de aproximadamente 50cm e pesando 83,6 kg.
Ele não tinha nenhuma função, a não ser transmitir um sinal de rádio, "beep", que podia ser sintonizado por qualquer radio-amador.
O satélite orbitou a Terra durante três meses antes de cair. O seu foguete lançador, chamado R.7, pesava 4 toneladas e entrou em órbita também. Ele foi projetado originalmente para lançar ogivas nucleares.
O Sputnik 1 foi o primeiro satélite artificial a ser lançado pela antiga União Soviética e o primeiro satélite a ser lançado também pela humanidade. Seu lançamento abriu, simbolicamente falando, a "porta" para o começo da corrida espacial entre Estados Unidos e URSS.

Janis Joplin morreu há 44 anos

Janis Lyn Joplin (Port Arthur, 19 de janeiro de 1943 - Los Angeles, 4 de outubro de 1970) foi uma cantora e compositora norte-americana. Considerada a "Rainha do Rock and Roll", "a maior cantora de rock dos anos 1960" e "a maior cantora de blues e soul da sua geração", ela alcançou proeminência no fim dos anos 1960 como vocalista da Big Brother and the Holding Company e, posteriormente, como artista a solo, acompanhada das suas bandas de suporte: a Kozmic Blues e a Full Tilt Boogie.
Influenciada por grandes nomes do jazz e do blues, como Aretha Franklin, Billie Holiday, Etta James, Tina Turner, Big Mama Thornton, Odetta, Leadbelly e Bessie Smith, Janis fez, de sua voz, a sua característica mais marcante, tornando-se um dos ícones do rock psicadélico e dos anos 1960. Todavia, problemas com drogas e álcool encurtaram a sua carreira. Morta em 1970 devido a uma overdose de heroína, Janis lançou apenas quatro álbuns: Big Brother and the Holding Company (1967), Cheap Thrills (1968), I Got Dem Ol' Kozmic Blues Again Mama! (1969) e o póstumo Pearl (1971), que foi o último álbum com participação direta da cantora.


Charlton Heston nasceu há 90 anos

Charlton Heston
Heston em 1953
Nome completo John Charles Carter
Nascimento 4 de Outubro de 1923
Evanston, Estados Unidos
Nacionalidade Estados Unidos Estadunidense
Morte 5 de abril de 2008 (84 anos)
Beverly Hills, Estados Unidos
Ocupação Ator
Cônjuge Lydia Clarke (1944 - 2008)
Atividade 1941 - 2003
Óscares da Academia
Melhor Ator
1959 - Ben-Hur
Prémio humanitário Jean Hersholt
1978 - Por contribuições para Programas Humanitários
Prémios Globo de Ouro
Prémio Cecil B. DeMille
1967 - Pelo conjunto da obra
Prémios Screen Actors Guild
Life Achievement Award
1972 - Pelo conjunto da obra


Charlton Heston, nome artístico de John Charles Carter, (Evanston, Illinois, 4 de outubro de 1923Beverly Hills, 5 de abril de 2008) foi um ator norte-americano notabilizado no cinema por papéis heróicos em superproduções da época de ouro de Hollywood, como Moisés de Os Dez Mandamentos, Judah Ben-Hur de Ben-Hur, o lendário cavaleiro espanhol El Cid no filme homónimo e Robert Neville em A Última Esperança da Terra.
Nascido no estado de Illinois, viu seus pais se divorciarem quando tinha dez anos; com o segundo casamento de sua mãe com Chester Heston, a família se mudou para um subúrbio de Chicago e ele adotou o nome do padrasto. Na escola secundária, Charlton envolveu-se com a cadeira de artes dramáticas e teve um resultado tão bom que recebeu uma bolsa em drama para fazer a universidade.
Em 1944 deixou os estudos e se alistou na força aérea do exército, onde serviu como operador de rádio de bombardeiros B-25 nas Ilhas Aleutas durante a Segunda Guerra Mundial. Atingiu a patente de sargento, e casou com uma colega de faculdade.
Após a guerra, o casal voltou para Nova Iorque onde ele iniciou uma carreira de ator em teatro e começou a aparecer em papéis históricos como Macbeth e Marco António & Cleópatra. Já usando o nome de Charlton, ele fez seu primeiro papel no cinema em Dark City, em 1950, recebendo reconhecimento por sua atuação e chamando a atenção para seu porte.
Morreu em 5 de abril de 2008 na  sua residência de Beverly Hills, em Los Angeles, aos 84 anos. Sofria desde 2002 de uma doença degenerativa com sintomas similares aos da doença de Alzheimer. Encontra-se sepultado no Saint Matthew's Episcopal Church Columbarium, Pacific Palisades, Condado de Los Angeles, Califórnia nos Estados Unidos.

Jean-François Millet nasceu há dois séculos

Auto-retrato

Jean-François Millet (4 de outubro de 181420 de janeiro de 1875), um pintor romântico e um dos fundadores da Escola de Barbizon na França rural, é conhecido como precursor do realismo, pelas suas representações de trabalhadores rurais.
Juntamente com Courbet, Millet foi um dos principais representantes do realismo europeu surgido em meados do século XIX, a sua obra foi uma resposta à estética romântica, de gostos um tanto orientais e exóticos, e deu forma à realidade circundante, sobretudo a das classes trabalhadoras.
Millet era filho de um latifundiário, nascido na vila de Gruchy, em La Hague, na Normandia. Recebeu suas primeiras aulas de pintura em 1834, no estúdio dos pintores Paul Dumouchel, Jérome Langlois e Chevreville, em Cherbourg. Mudou-se depois para Paris, em 1838, onde continuou sob a orientação do pintor Paul Delaroche, dedicando-se a estudar os grandes mestres do Louvre, principalmente Giorgione, Michelangelo e Poussin. O início de sua carreira como artista foi muito difícil. Precisava ganhar a vida pintando quadros a pastel no estilo rococó.
Após 1840, decide abandonar o Academismo e fica sob a influência de Daumier. Nessa época consegue se apresentar pela primeira vez no Salão de Paris e conhece os pintores Théodore Rousseau e Constant Troyon, que o influenciaram a mudar-se para o campo. Ele acabou indo para o povoado de Barbizon. Lá viveria toda a sua vida, longe da cidade que detestava e pintando seus célebres quadros de camponeses, que tantas críticas despertaram entre os conservadores franceses. Em 1849 abdica definitivamente de Escola de Barbizon para se dedicar por inteiro às suas representações de trabalhadores rurais das mais diversas áreas.
As suas obras sobre camponeses foram consideradas sentimentais para alguns, exageradamente piegas para outros, mas a verdade é que as obras de Millet em nenhum momento suscitaram indiferença. Na tepidez de seus ocres e marrons, no lirismo de sua luz, na magnificência e dignidade de suas figuras humanas, o pintor manifestava a integração do homem com a natureza. Alguns temas eram tratados talvez com um pouco mais de sentimentalismo do que outros. No entanto, é nos pequenos gestos que se pode descobrir a capacidade de observação deste grande pintor.