sexta-feira, novembro 11, 2011

A I Grande Guerra acabou há 93 anos

O Armistício de Compiègne foi um tratado assinado em 11 de novembro de 1918 entre os Aliados e a Alemanha, dentro de uma carruagem de um comboio na floresta de Compiègne, com o objetivo de encerrar as hostilidades na frente ocidental da Primeira Guerra Mundial. Os principais signatários foram o Marechal Ferdinand Foch, comandante-em-chefe aliado, e Matthias Erzberger, representante alemão.
Seguiu-se ao armistício o tratado de paz de Versalhes, celebrado em 1919.
Este armistício não deve ser confundido com o Segundo Armistício de Compiègne, assinado em 1940 por representantes da França e da Alemanha Nazi.


The remembrance poppy (a Papaver rhoeas) has been used since 1920 to commemorate soldiers who have died in war. They were first used in the United States to commemorate soldiers who died in World War I (1914–1918). Today, they are mainly used in current and former Commonwealth states to commemorate their servicemen and women who have been killed since 1914. In those states, small artificial poppies are often worn on clothing on Remembrance Day/Armistice Day (11 November) and in the weeks before it. Poppy wreaths are also often laid at war memorials.

The use of the poppy was inspired by the World War I poem "In Flanders Fields". Its opening lines refer to the many poppies that were the first flowers to grow in the churned-up earth of soldiers' graves in Flanders, a region of Europe that overlies parts of Belgium, France, and the Netherlands. Canadian physician and Lieutenant Colonel John McCrae is popularly believed to have written it on 3 May 1915 after witnessing the death of his friend (a fellow soldier) the day before. The poem was first published on 8 December 1915 in the London-based magazine Punch.
In 1918, American YWCA worker Moina Michael, inspired by the poem, published a poem of her own called "We Shall Keep the Faith". In tribute to McCrae's poem, she vowed to always wear a red poppy as a symbol of remembrance for those who served in the war. At a November 1918 YWCA Overseas War Secretaries' conference, she appeared with a silk poppy pinned to her coat and distributed 25 more to those attending. She then campaigned to have the poppy adopted as a national symbol of remembrance. At a conference in 1920, the National American Legion adopted it as their official symbol of remembrance. At this conference, Frenchwoman Anna E. Guérin was inspired to introduce the artificial poppies commonly used today. In 1921 she sent her poppy sellers to London, where they were adopted by Field Marshal Douglas Haig, a founder of the Royal British Legion. It was also adopted by veterans' groups in Canada, Australia and New Zealand.

A última Rainha do Havai morreu há 94 anos

Lili'uokalani, Rainha do Havaí (Honolulu, Havaí, 2 de setembro de 1838 - Honolulu, Havaí, 11 de novembro de 1917) — originalmente Lydia Kamaka'eha, também conhecida como Lydia Kamaka'eha Paki, escolhendo como nome real Lili'uokalani, e mais tarde teve o nome trocado para Lydia K. Dominis — foi a última monarca do Reino do Havaí.


A última rainha soberana do Havaí nasceu em 1838, em Honolulu. De acordo com as tradições havaianas da época, ela foi adotada no nascimento por Abner Paki e sua esposa, Konia (neta do Rei Kamehameha I). A infância de Liliuokalani foi passada com Bernice Pauahi, filha biológica dos Pakis.
Liliuokalani estudou na Escola Real e se tornou fluente em inglês.

Em 16 de setembro de 1862, casou-se com John Owen Dominis, que se tornou Governador de Oahu e Maui. O casal não teve filhos; o herdeiro do trono de Lili'uokalani era sua sobrinha Victoria Ka'iulani (18751899).
Lili'uokalani herdou o trono de seu irmão Kalākaua em 17 de janeiro de 1891. Logo após a sua ascensão ao poder, ela tentou promulgar uma nova constituição, já que a "Constituição da Baioneta" — assim apelidada porque havia sido assinada pelo monarca anterior sob pressão — limitava seu poder. Foi derrotada em 1893 por descendentes de norte-americanos que queriam que o reino passasse a formar os Estados Unidos da América, algo que finalmente conseguiram anos depois, quando a monarca abdicou ao trono para evitar enfrentamentos sangrentos.
Os empresários americanos que há anos investiam na produção açucareira estavam preocupados com os impostos cobrados pelo Reino do Havaí, por isso almejavam a anexação do território aos Estados Unidos, um grande mercado consumidor. Em 1893, o representante do governo norte-americano no Havaí, John L. Stevens, pediu que as tropas do U.S.S. Boston estabelecidas em terra protegessem os negócios e as propriedades dos norte-americanos. Sua Majestade foi deposta naquele ano, e foi estabelecido um governo provisório.

O governo do presidente dos EUA, Grover Cleveland (1893-97), acreditava que a população havaiana estava do lado de sua monarca e que a deposição da rainha era ilegal. Por conta disso, em 16 de novembro de 1893, o governo ofereceu à rainha a restauração de seu trono se ela concedesse amnistia a todos os envolvidos na deposição. Em um primeiro momento, a rainha se negou alegando que queria que os golpistas fossem punidos. Ante esta situação, o Presidente Cleveland levou a questão ao Congresso. Em 18 de dezembro de 1893 o ministro norte-americano Willis solicitou ao governo provisório que devolvesse o poder a Lili'uokalani, que se negou a fazê-lo. Em 4 de julho (alusão ao dia da independência dos EUA) de 1894, foi proclamada a República do Havaí e Sanford B. Dole, um dos primeiros defensores da república, nomeado presidente. O governo dos EUA logo reconheceu o novo país.

Lili'uokalani foi detida em 16 de janeiro de 1895 (vários dias após uma rebelião de Robert Wilcox) quando armas de fogo foram encontradas nos jardins de sua casa; fato do qual ela negou conhecimento. Por este motivo, foi sentenciada a cinco anos de trabalhos pesados na prisão e a uma multa de $5.000, mas as sentença foi comutada para prisão domiciliar no Palácio 'Iolani onde ficou presa até 1896. Após oito meses, ela abdicou ao trono em troca da soltura de seus aliados da prisão. Mudou-se para o palácio Washington Place, onde residiu de forma anónima até à sua morte em 1917 por complicações de um derrame cerebral. O Território do Havaí foi anexado aos Estados Unidos em 1898.

Feliz Dia de S. Martinho!

Google Doodle de 11.11.2011, alusivo ao Dia de S. Martinho (só no Google de Portugal)

Neste dia de S. Martinho nasceu um e morreu outro Rei de Portugal

(imagem daqui)

D. Sancho I de Portugal (Coimbra, 11 de novembro de 1154 - Coimbra, 26 de março de 1211), cognominado o Povoador (pelo estímulo com que apadrinhou o povoamento dos territórios do país - destacando-se a fundação da cidade da Guarda, em 1199, e a atribuição de cartas de foral na Beira e em Trás-os-Montes: Gouveia (1186), Covilhã (1186), Viseu (1187), Bragança (1187), etc, povoando assim áreas remotas do reino, em particular com imigrantes da Flandres e Borgonha.
Quarto filho do monarca Afonso Henriques, foi baptizado com o nome de Martinho, por haver nascido no dia do santo com o mesmo nome, e não estaria preparado para reinar; no entanto, a morte do seu irmão mais velho, D. Henrique, quando contava apenas três anos de idade, levou à alteração da sua onomástica para um nome mais hispânico, ficando desde então Sancho Afonso.
Em 1170, Sancho foi armado cavaleiro pelo seu pai logo após o acidente de D. Afonso Henriques em Badajoz e tornou-se seu braço direito, quer do ponto de vista militar, quer do ponto de vista administrativo. Nestes primeiros tempos de Portugal enquanto país independente, muitos eram os inimigos da coroa, a começar pelo reino de Castela e Leão que havia controlado Portugal até então. Para além do mais, a Igreja Católica demorava em consagrar a independência de Portugal com a sua bênção. Para compensar estas falhas, Portugal procurou aliados dentro da Península Ibérica, em particular o reino de Aragão, um inimigo tradicional de Castela, que se tornou no primeiro país a reconhecer Portugal. O acordo foi firmado 1174 pelo casamento de Sancho, então príncipe herdeiro, com a infanta Dulce Berenguer, irmã mais nova do rei Afonso II de Aragão.
No ano de 1178, D. Sancho faz uma importante expedição contra mouros, confrontando-os cerca de Sevilha e do rio Guadalquivir, e ganha-lhes a batalha. Com essa acção, expulsa assim a possibilidade deles entrarem em território português.
Com a morte de Afonso Henriques em 1185, Sancho I torna-se no segundo rei de Portugal. Tendo sido coroado na de Coimbra, manteve essa cidade como o centro do seu reino. D. Sancho deu por finda as guerras fronteiriças pela posse da Galiza e dedicou-se a guerrear os Mouros localizados a Sul. Aproveitou a passagem pelo porto de Lisboa dos cruzados da terceira cruzada, na primavera de 1189, para conquistar Silves, um importante centro administrativo e económico do Sul, com população estimada em 20.000 pessoas. Sancho ordenou a fortificação da cidade e construção do castelo que ainda hoje pode ser admirado. A posse de Silves foi efémera já que em 1190 Abu Yusuf Ya'qub al-Mansur cercou a cidade de Silves com um exército e com outro atacou Torres Novas, que apenas conseguiu resistir durante dez dias, devido ao rei de Leão e Castela ameaçar de novo o Norte.
Sancho I dedicou muito do seu esforço governativo à organização política, administrativa e económica do seu reino. Acumulou um tesouro real e incentivou a criação de indústrias, bem como a classe média de comerciantes e mercadores. Sancho I concedeu várias cartas de foral principalmente na Beira e em Trás-os-Montes: Gouveia (1186), Covilhã (1186), Viseu (1187), Bragança (1187), etc, criando assim novas cidades, e povoando áreas remotas do reino, em particular com imigrantes da Flandres e Borgonha. O rei é também lembrado pelo seu gosto pelas artes e literatura, tendo deixado ele próprio vários volumes com poemas. Neste reinado sabe-se que alguns portugueses frequentaram universidades estrangeiras e que um grupo de juristas conhecia o Direito que se ministrava na escola de Bolonha. Em 1192 concedeu ao mosteiro de Santa Cruz 400 morabitinos para que se mantivessem em França os monges que lá quisessem estudar.
O seu túmulo encontra-se no Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, ao lado do túmulo do pai.

Pedro V de Portugal (nome completo: Pedro de Alcântara Maria Fernando Miguel Rafael Gonzaga Xavier João António Leopoldo Victor Francisco de Assis Júlio Amélio de Saxe Coburgo e Bragança; 16 de Setembro de 183711 de Novembro de 1861), cognominado O Esperançoso, O Bem-Amado ou O Muito Amado, foi Rei de Portugal de 1853 a 1861. Era o filho mais velho da Rainha D.Maria II e do seu consorte D.Fernando II.

Embora muito jovem aquando a sua ascensão ao trono português, com apenas 16 anos, foi considerado por muitos como um monarca exemplar, que reconciliou o povo com a casa real, após o reinado da sua mãe ter sido fruto de uma guerra civil vencida. D. Fernando II, seu pai, desempenhou um papel fundamental no início do seu reinado, tendo exercido o governo da nação na qualidade de regente do Reino, orientando o jovem rei no que diz respeito às grandes obras públicas efectuadas. D. Pedro é frequentemente descrito como um monarca com valores sociais bem presentes, em parte devida à sua educação, que incluiu trabalho junto das comunidades e um vasto conhecimento do continente europeu.
A 16 de Setembro de 1855, completando 18 anos, é aclamado rei, presidindo nesse mesmo ano à inauguração do primeiro telégrafo eléctrico no país e, no ano seguinte (28 de Outubro), inaugura o caminho de ferro entre Lisboa a Carregado. É também no seu reinado que se iniciam as primeiras viagens regulares de navio, entre Portugal e Angola.
Dedicou-se com afinco ao governo do País, estudando com minúcia as deliberações governamentais propostas. Criou ainda, o Curso Superior de Letras, em 1859, que subsidiou do seu bolso, com um donativo de 91 contos de réis. Nesse mesmo ano é introduzido o sistema métrico em Portugal.
D. Pedro V foi um defensor acérrimo da abolição da escravatura e data do seu reinado um episódio que atesta a convicção do monarca nessa matéria e que simultaneamente demonstra a fragilidade de Portugal perante as grandes potências europeias: junto à costa de Moçambique é apresado um navio negreiro francês, tendo o seu comandante sido preso. O governo de França, não só exigiu a libertação do navio, bem como uma avultada indemnização ao governo português.
Portugal é, por essa altura, flagelado por duas epidemias, uma de cólera, que grassa de 1853 a 1856, e outra de febre amarela, principalmente em 1856/57. Durante esses anos o monarca, em vez de se refugiar, percorria os hospitais e demorava-se à cabeceira dos doentes, o que lhe trouxe muita popularidade.
Em 1858, D. Pedro V casa-se por procuração com a princesa D. Estefânia de Hohenzollern-Sigmaringen, que veio a morrer no ano seguinte vítima de difteria.
Sendo a saúde pública uma das suas preocupações, foi juntamente com a sua mulher, a princesa D. Estefânia de Hohenzollern-Sigmaringen, que Pedro fundou hospitais públicos e instituições de caridade. Aliás, cumprindo os desejos por ela manifestados, o monarca, fundou o Hospital de Dona Estefânia, em Lisboa.
Morreu com apenas 24 anos, em 11 de Novembro de 1861, que segundo parecer dos médicos, devido a febre tifóide (enquanto o povo suspeitava de envenenamento e por isso viria a amotinar-se). A sua morte provocou uma enorme tristeza em todos os quadrantes da sociedade. Não tendo filhos, foi sucedido pelo irmão, o infante D. Luís, que habitava então no sul de França.
Teve uma notável preparação moral e intelectual. Estudou ciências naturais e filosofia, dominava bem o grego e o latim e chegou a estudar inglês. O seu espírito terá sido influenciado pela convivência que teve com Alexandre Herculano, que foi seu educador.
No dizer dos biógrafos, D. Pedro V: "com um temperamento observador, grave, desde criança [...] mandou pôr à porta do seu palácio uma caixa verde, cuja chave guardava, para que o seu povo pudesse falar-lhe com franqueza, queixar-se [...] O povo começava a amar a bondade e a justiça de um rei tão triste [...]".

A mãe de D. Afonso Henriques morreu há 881 anos

Teresa de Leão, condessa de Portugal, em galaico-português: Tarasia ou Tareja de Portucale, mais conhecida em Portugal apenas por Dona Teresa (1080 - 11 de Novembro de 1130, na Póvoa do Lanhoso ou Mosteiro de Montederramo).

quinta-feira, novembro 10, 2011

O Otelo (desta vez) quer resolver...



Este homem foi o líder operacional das FP-25.
Em tribunal ficou provado que este homem foi responsável pelo assassinato de 17 portugueses.
Este homem apesar de ser um assassino foi indultado pela democracia.
Este homem nunca se arrependeu mas foi promovido pela democracia.
Uma democracia que promove um criminoso que nunca se arrependeu e esquece as suas vitimas é uma democracia que não se dá ao respeito.

in Cachimbo de Magritte - post de Pedro Pestana Bastos

NOTA: no dia em que Cunhal faz anos, há que recordar que temos democracia porque o PCP não quis uma guerra civil em 25 de novembro de 1975, coisa de que Otelo não se importava. Eu tive quatro familiares numa lista de pessoas a fuzilar no meu concelho e não me esqueço disso, nem dos mortos que o camarada Óscar mandou cobardemente assassinar...

(imagem daqui)

Músicas para preparar uma noite de reuniões na Escola



Flores astrais - o último videoclip dos Secos & Molhados antes da separação


Um longo poema de Neruda para recordar Cunhal e o Estado Novo

(imagem daqui)

Vamos em seguida publicar em cinco posts, numa tradução do castelhano de Pedro Luna (podem ler na língua original AQUI), um longo poema, publicado em 1954 por Pablo Neruda, na obra Las uvas y el viento. O mesmo foi usado para recordar a prisão de Álvaro Cunhal e a ditadura em Portugal, numa campanha internacional em que muitos (como Jorge Amado) colaboraram...

Pablo Neruda, Portugal e Cunhal - I

A Lâmpada Marinha

(imagem daqui)

Porto cor de céu - I

Quando tu desembarcas
em Lisboa,
céu celeste e rosa rosa,
estuque branco e ouro,
pétalas de azulejo,
as casas,
as portas,
os tetos,as janelas
salpicadas do ouro verde dos limões,
do azul ultramarino dos navios,
quando desembarcas,
não conheces,
não sabes que por detrás das janelas
escuta,
ronda,
a polícia negra,
carcereiros de luto
retóricos, corretos,,
despachando presos para as ilhas,
condenando ao silêncio
pululando
como esquadrões de sombras
sobre janelas verdes,
entre montes azuis,
a polícia,
sob outonais cornucópias,
procurando portugueses,
escavando o solo,
destinando os homens à sombra.

in
Las uvas y el viento (1954) - Pablo Neruda

Pablo Neruda, Portugal e Cunhal - II

A Lâmpada Marinha

(imagem daqui)

A cítara esquecida - II

Ó Portugal formoso,
cesta de frutas e flores,
emerges na prateada margem do oceano,
na espuma da Europa,
com a cítara de ouro
que te deixou Camões,
cantando com doçura,
espalhando nos confins do Atlântico
teu tempestuoso odor de vinhateiro,
de flores citinas e marinhas,
tua luminosa lua entrecortada
por nuvens e tormentas.

in
Las uvas y el viento (1954) - Pablo Neruda

Pablo Neruda, Portugal e Cunhal - III

A Lâmpada Marinha

(imagem daqui)

Os presídios - III

Mas,
português da rua,
entre nós,
que ninguém nos escuta,
sabes
onde
está Álvaro Cunhal?
Sabes a ausência,
ou alguém o sabe,
do valente
Militão?
Moça portuguesa,
passas como que bailando
pelas ruas
rosadas de Lisboa,
mas,
sabes onde caiu Bento Gonçalves,
o português mais puro,
honra de teu mar e de tua areia?
Sabes
que existe uma ilha,
a Ilha do Sal
e que nela o Tarrafal
verte sombra?
Sim, tu sabes, moça,
rapaz, sim, tu bem o sabes.
Em silêncio
a palavra
anda com lentidão mas percorre
não só Portugal mas toda Terra.
Sim, sabemos,
em remotos países,
que há trinta anos
uma lápide
espessa como túmulo ou como túnica,
de clerical morcego,
afoga Portugal, teu triste canto,
salpica tua doçura,
com gotas de martírio
e mantém as suas cúpulas de sombra.

in
Las uvas y el viento (1954) - Pablo Neruda

Pablo Neruda, Portugal e Cunhal - IV

A lâmpada marinha

(imagem daqui)

O mar e os jasmins - IV

Da tua pequena mão outrora
saíram criaturas
disseminadas
no assombro da geografia.
Assim, a ti voltou Camões
para deixar-te um ramo de jasmins
sempiterno a florescer.
A inteligência ardeu como vinha
de transparentes uvas
na tua raça.
Guerra Junqueiro, entre as ondas,
deixou cair o trovão
de liberdade bravia
que transportou o Oceano no seu cantar,
e outros multiplicaram
teu esplendor de rosais e uvas
como se de teu estreito território
saíssem grandes mãos
derramando sementes pela terra toda.

Não obstante,
o tempo soterrou-te,
o pó clerical
acumulado em Coimbra
caiu sobre teu rosto
de laranja oceânica
e cobriu o esplendor de tua cintura.

in
Las uvas y el viento (1954) - Pablo Neruda

Pablo Neruda, Portugal e Cunhal - V

A Lâmpada Marinha

(imagem daqui)

A lâmpada marinha - V

Portugal,volta ao mar, a teus navios
Portugal volta ao homem, ao marinheiro,
volve à terra tua, à tua fragrância,
à tua razão livre no vento,de novo
à luz matutina
do cravo e da espuma.
Mostra-nos teu tesouro,
teus homens, tuas mulheres,
não escondas mais teu rosto
de embarcação valente posta nas avançadas do Oceano.
Portugal, navegante,
descobridor de ilhas,
inventor de pimentas,
descobre o novo homem,
as ilhas assombradas,
descobre o arquipélago no tempo.
A súbita
aparição do pão
sobre a mesa,a aurora,
tu, descobre-a,
descobridor de auroras.

Como é isto?

Como podes negar-te
ao ciclo da luz tu que mostras-te
caminhos aos cegos?

Tu, doce e férreo e velho,
estreito e amplo pai
do horizonte, como
podes fechar a porta
às novas ideias,
ao vento com estrelas do Oriente?

Proa da Europa, procura
na correnteza
as ondas ancestrais,
a marítima barba
de Camões.
Rompe
as teias de aranha
que cobrem tua fragrante copa de verdura
e então
a nós os outros, filhos dos teus filhos,
aqueles para quem
descobriste a areia
até então escura
da geografia deslumbrante,
mostra-nos que tu podes
atravessar de novo
o novo mar obscuro
e descobrir o homem que nasceu
nas maiores ilhas da terra.
Navega, Portugal, a hora
chegou, levanta
a tua estatura de proa
e entre as ilhas e os homens torna
a ser caminho.
A esta idade agrega
tua luz, volta a ser lâmpada:

aprenderás de novo a ser estrela.

in
Las uvas y el viento (1954) - Pablo Neruda

Mais dados do novo sismo da Turquia

Segundo a USGS, os dados do sismo são os seguintes:


Magnitude5.6
Date-Time
Location38.429°N, 43.229°E
Depth5 km (3.1 miles) (poorly constrained)
RegionEASTERN TURKEY
Distances16 km (9 miles) S of Van, Turkey
91 km (56 miles) NNW of Hakkari, Turkey
123 km (76 miles) NE of Sirnak, Turkey
929 km (577 miles) E of ANKARA, Turkey
Location Uncertaintyhorizontal +/- 12.2 km (7.6 miles); depth +/- 5.4 km (3.4 miles)
ParametersNph= 0, Dmin=0 km, Rmss=1.6 sec, Gp= 0,
M-type="moment" magnitude from initial P wave (tsuboi method) (Mi/Mwp), Version=6
Source
  • Magnitude: USGS NEIC (WDCS-D)
    Location: Kandilli Observatory & Earthquake Research Inst., Istanbul, Turkey
A localização do epicentro, segundo a mesma fonte e através do GoogleMaps, foi a seguinte:


Finalmente mostramos um sismograma, via geofone de Mathiatis, Chipre:

(clicar para aumentar)

Mais um sismo na Turquia

Região já tinha sofrido em outubro
Sobe para sete o número de mortos pelo sismo na Turquia

Sismo de magnitude 5,6 na escala de Richter (Foto: Evrim Aydin/Reuters)

Pelo menos sete pessoas morreram quarta-feira à noite no leste da Turquia após um novo sismo na mesma região onde, há três semanas, perderam a vida mais de 600 pessoas em consequência de um forte tremor de terra.

Vinte e três pessoas foram encontradas vivas sob os escombros e sete acabaram por perder a vida, de acordo com o serviço turco de gestão de catástrofes. Pouco tempo antes, o vice-primeiro-ministro Besir Atalay tinha dado conta da existência de cinco mortos mas durante a madrugada morreram mais duas pessoas.

Algumas pessoas estão ainda presas nos escombros mas o governante não precisou quantas pessoas poderão estar nessa situação.

O sismo, de magnitude 5,6 na escala de Richter, ocorreu às 19.23 horas e o seu epicentro foi localizado no distrito de Edremit, indicou a cadeia de televisão NTV. Esse distrito está situado a cerca de 15 quilómetros da província de Van, que no dia 23 de outubro foi abalada por um sismo de magnitude 7,2 que fez mais de 600 mortos e pelo menos 4150 feridos.

Após o abalo de ontem, 25 edifícios ruíram - 22 dos quais estavam vazios - provocando o pânico entre as pessoas, precisou o ministro dos Negócios Estrangeiros Ahmet Davutoglu, que se deslocou até à região afectada. “As operações de busca e socorro continuam a decorrer em três edifícios”, confirmou.

De acordo com a televisão nacional TRT, entre os edifícios que ruíram figuram dois hotéis, no interior dos quais estava um número não quantificado de pessoas, o que significa que o balanço de vítimas mortais poderá agravar-se nas próximas horas. Um desses hotéis tinha seis andares e estava ocupado por jornalistas e equipas do Crescente Vermelho que estavam na região por causa do sismo de Outubro.

Foram já enviados para o local afectado nove aviões transportando perto de 300 socorristas, precisou a televisão nacional.

“Ainda é muito cedo para se saber se se trata de uma réplica (do sismo de 23 de Outubro) ou de um novo sismo”, declarou à NTV o professor Mustafa Erdik, director do Observatório Kandili de Geofísica de Istambul.
in Público - ler notícia

Lutero nasceu há 528 anos

Martinho Lutero (Eisleben, 10 de novembro de 1483 - 18 de fevereiro de 1546) foi um sacerdote agostiniano e professor de teologia alemão figura central da Reforma Protestante. Veementemente contestando a alegação de que a liberdade da punição de Deus sobre o pecado poderia ser comprada, confrontou o vendedor de indulgências Johann Tetzel com suas 95 Teses em 1517. Sua recusa em retirar seus escritos a pedido do Papa Leão X em 1520 e do Imperador Carlos V na Dieta de Worms em 1521 resultou em sua excomunhão pelo papa e a condenação como um fora-da-lei pelo imperador.
Lutero ensinava que a salvação não se consegue apenas com boas ações, mas de um livre presente de Deus, recebida apenas pela graça através da fé em Jesus como um redentor do pecado. Sua teologia desafiou a autoridade papal na Igreja Católica Romana, pois ele ensinava que a Bíblia é a única fonte de conhecimento divinamente revelada e opôs-se ao sacerdotalismo, por considerar todos os cristãos batizados como um sacerdócio santo. Aqueles que se identificavam com os ensinamentos de Lutero eram chamados luteranos.
Sua tradução da Bíblia em outros idiomas que não o latim) fez o livro mais acessível, causando um impacto gigantesco na Igreja e na cultura alemã. Promoveu um desenvolvimento de uma versão padrão da língua alemã, adicionando vários princípios à arte de traduzir, e influenciou a tradução para o inglês da Bíblia do Rei James. Seus hinos influenciaram o desenvolvimento do ato de cantar em igrejas. Seu casamento com Catarina von Bora estabeleceu um modelo para a prática do casamento clerical, permitindo o matrimónio de padres protestantes.
Em seus últimos anos, Lutero tornou-se algo antissemita, chegando a escrever que as casas judaicas deveriam ser destruídas, e suas sinagogas queimadas, dinheiro confiscado e liberdade cerceada. Essas afirmações fizeram de Lutero uma figura controversa entre muitos historiadores e estudiosos.
 

O compositor, organista e cravista barroco francêsCouperin le Grand nasceu há 343 anos

François Couperin (10 de novembro de 1668, Paris11 de setembro de 1733, Paris) foi um apreciado compositor, organista e cravista barroco francês. François Couperin era conhecido como Couperin le Grand (Couperin o Grande) para diferenciá-lo de outros membros da talentosa família Couperin.

O Vira, dos Secos & Molhados



O autor da famosa frase Dr. Livingstone, I presume? encontrou finalmente o missionário e explorador David Livingstone há 140 anos

Sir Henry Morton Stanley (Denbigh, País de Gales, 28 de janeiro de 1841Londres, 10 de maio de 1904) foi um jornalista que se tornou famoso pela sua viagem através de África em busca do explorador britânico David Livingstone e pelo seu papel na criação do Estado Livre do Congo.
John Rowlands era o seu nome de registo e foi criado num orfanato. Com 18 anos, partiu para os Estados Unidos da América onde se tornou amigo de um rico comerciantes chamado Stanley, que mais tarde o adoptou, dando-lhe o seu nome. Depois de servir como soldado dos dois lados da Guerra Civil Americana, Stanley foi recrutado pelo coronel Samuel Forster Tappan como correspondente para vários jornais. Em breve, ele passou a trabalhar exclusivamente para James Gordon Bennett, fundador do New York Herald e, mais tarde, Stanley descreveu esta primeira fase da sua vida profissional no primeiro volume do seu livro My Early Travels and Adventures in America and Asia (“As Minhas Primeiras Viagens e Aventuras na América e na Ásia”, publicado em 1895).
Como correspondente do Herald, Stanley foi instruído em 1869 pelo filho de Bennett (que tinha substituído o pai na gestão do jornal) para descobrir o missionário e explorador David Livingstone, que tinha chegado a África à procura da nascente do rio Nilo e de quem não havia notícias havia algum tempo. Stanley perguntou quanto poderia gastar e a resposta foi "Levante £1,000 agora e, quando as gastar, levante mais mil e quando as terminar, mais mil e continue a gastar — MAS ENCONTRE LIVINGSTONE!"
Partindo de Zanzibar com 200 carregadores e tudo o que havia de melhor para uma expedição, o jornalista encontrou Livingstone no dia 10 de Novembro de 1871 em Ujiji, perto do Lago Tanganyika, presentemente na Tanzânia, e saudou-o (de acordo com os seus próprios escritos) com a famosa frase "Dr. Livingstone, I presume?". A frase é famosa por parecer irónica: poderia traduzir-se como “Creio que seja o Dr. Livigston, não é?” Evidentemente, não poderia ser mais ninguém, uma vez que ele era o único branco que Stanley tinha visto desde deixar Zanzibar.
Stanley juntou-se-lhe para explorar a região, até ficarem seguros que não havia ligação entre o Lago Tanganica e o Nilo. Livingston estava na verdade explorando a parte superior de um grande rio do interior chamado Rio Lualaba que se revelou como sendo o alto rio Congo. Quando regressou, Stanley escreveu um livro com as suas experiências e o New York Herald, em parceria com o Daily Telegraph da Grã-Bretanha, decidiram financiar uma nova expedição de Stanley a África, com o principal objectivo de resolver o último grande mistério do continente negro, o curso do rio Congo até ao mar.
Nesta segunda expedição (1874-1877), Stanley chegou ao Lago Tanganica onde ele já sabia existir uma das nascentes do Congo e daí navegou por 1600 km Lualaba abaixo (alto Congo) até ao grande lago no rio que ele chamou de Stanley Pool (agora chamado de Pool Malebo, junto do qual se encontram as cidades de Brazzaville e Kinshasa). Então, ao invés de continuar pelas impenetráveis cataratas Livingston, Stanley optou por um longo desvio através da região para se aproximar da feitoria portuguesa em Boma no estuário do Congo.
Stanley foi consagrado em toda a Europa. Ele escreveu artigos, apareceu em reuniões públicas, fez lobby junto dos ricos e poderosos, e sempre seu tema era a oportunidade para exploração comercial das terras que ele descobriu ou, em suas palavras, "despejar a civilização europeia no barbarismo africano."
"Há 40 000 000 de pessoas nuas do outro lado das cataratas", escreveu Stanley, "e os industriais têxteis de Manchester estão à espera de os vestir... as fábricas de Birmingham estão a fulgurar com o metal vermelho que será transformado em objectos metálicos de todos os tipos e aspectos que os irão decorar... e os ministros de Cristo estão zelosos de trazer as suas pobres almas para a fé cristã."
Esta conversa abriu o apetite do rei Leopoldo II da Bélgica que rapidamente organizou uma “sociedade” (da qual ele era presidente e único membro...) para colonizar o Congo e, em 1879, contratou Stanley para organizar esta empresa. Assim nasceu o “Estado Livre do Congo”. Durante a Conferência de Berlim, Stanley foi responsável pelo apoio dos Estados Unidos da América à pretensão de Leopoldo da Bélgica pelo Congo.
A sua última missão em África foi uma expedição iniciada em 1886 para "salvar" Emin Paxá, governador de Equatória no sul do Sudão, hoje no Sudão do Sul. Depois de muitas dificuldades e mortes, Stanley encontrou Emin em 1888, descobriu o maciço Ruwenzori e o lago Edward e emergiu do interior de África com Emin e os seus seguidores sobreviventes nos finais de 1890. Esta façanha permitiu à Grã-Bretanha assegurar a posse do Uganda.
Stanley, que se tinha naturalizado americano, voltou a adoptar a nacionalidade britânica, conseguiu ser eleito para o parlamento, onde serviu entre 1895-1900 e foi galardoado com o título de cavaleiro pela rainha Vitória em 1899.
No entanto, estas aparentes vitórias não pouparam Stanley de muita controvérsia sobre violência e brutalidade durante as suas expedições a África. Apesar dos seus esforços para se defender, ficou patente sua opinião de que "o selvagem só respeita a força, a intrepidez e o poder de decisão." Esta opinião pode ter sido a causa de Stanley ser conhecido no Congo como Bula Matari, ou “O Destruidor de Rochas”).
Stanley morreu em Londres a 10 de maio de 1904 e o seu túmulo, no cemitério da igreja de São Miguel, em Pirbright, (Surrey) está marcada por uma gigantesca pedra de granito.

Álvaro Cunhal nasceu há 98 anos

 Álvaro Cunhal, retratado por Henrique Matos

Álvaro Barreirinhas Cunhal (Coimbra, 10 de novembro de 1913Lisboa, 13 de junho de 2005) foi um político e escritor português, conhecido por ser um resistente ao Estado Novo, e ter dedicado a vida ao ideal comunista e ao seu partido, o Partido Comunista Português.

Ennio Morricone nasceu há 83 anos

Ennio Morricone OMRI (Roma, 10 de novembro de 1928), é um compositor, arranjador e maestro italiano. Ao longo da sua carreira foi responsável pela composição e arranjo de mais de 500 filmes e programas de televisão.
Morricone escreveu algumas das bandas sonoras mais conhecidas dos western spaghetti do cineasta Sergio Leone: Per un pugno di dollari (Por um Punhado de Dólares), de 1964, Per qualche dollaro in più (Por mais alguns dólares), de 1965, Il buono, il brutto, il cattivo (O Bom, o Mau e o Vilão), de 1966, e Once Upon a Time in the West (Era uma Vez no Oeste), de 1968. Suas composições mais recentes incluem as bandas sonoras de Once Upon a Time in America (Era uma vez na América), de 1984, The Mission (A Missão), de 1986, The Untouchables (Os Intocáveis), de 1987, Nuovo cinema Paradiso (Cinema Paradiso), de 1988, Lolita, de 1997, Malèna, de 2000, e Inglorious Basterds (Sacanas Sem Lei), de 2009.

Os Secos & Molhados nasceram há 40 anos

 Secos & Molhados em 1973 (esquerda para direita): Ney Matogrosso, Gérson Conrad, João Ricardo

Secos & Molhados foi um grupo vocal brasileiro da década de 1970 cuja formação clássica consistia de João Ricardo (vocais, violão e harmónica), Ney Matogrosso (vocais) e Gérson Conrad (vocais e violão). João havia criado o nome da banda sozinho em 1970 até juntar-se com as diferentes formações nos anos seguintes e prosseguir igualmente sozinho com o álbum Memória Velha (2000).
No começo, as apresentações ousadas, acrescidas de um figurino e uma maquilhagem extravagantes, fizeram a banda ganhar imensa notoriedade e reconhecimento, sobretudo por canções como "O Vira", "Sangue Latino", "Assim Assado", "Rosa de Hiroshima", que misturam danças e canções do folclore português como o Vira com críticas à Ditadura Militar e a poesia de Cassiano Ricardo, Vinícius de Moraes, Oswald de Andrade, Fernando Pessoa, e João Apolinário, pai de João Ricardo, com um rock pesado inédito no país, o que a fez se tornar um dos maiores fenómenos musicais do Brasil da época e um dos mais aclamados pela crítica nos dias de hoje.
Seu álbum de estreia, Secos e Molhados I (1973), foi possível graças à tais performances que despertaram interesse nas gravadoras, e projetou o grupo no cenário nacional, vendendo mais de 700 mil cópias no país. Desentendimentos financeiros fizeram essa formação se desintegrar em 1974, ano do Secos e Molhados II, embora João Ricardo tenha prosseguido com a marca em Secos & Molhados III (1978), Secos e Molhados IV (1980), A Volta do Gato Preto (1988), Teatro? (1999) e Memória Velha (2000), enquanto Gérson continuou a tocar sozinho. Do grupo, Ney Matogrosso é o mais bem-sucedido em sua carreira solo, e continua ativo desde Água do Céu Pássaro (1975).
Os Secos & Molhados estão inscritos em uma categoria privilegiada entre as bandas e músicos que levaram o Brasil da bossa nova à Tropicália e então para o rock brasileiro, um estilo que só floresceu expressivamente nos anos 80. Seus dois álbuns de estreia incorporaram elementos novos à MPB, que vai desde a poesia e o glam rock ao rock progressivo, servindo como fundamental referência para uma geração de bandas underground que não aceitavam a MPB como expressão. O grupo continua a ganhar atenção das novas gerações: em 2007, a Rolling Stone Brasil posicionou o primeiro LP em quinto lugar na sua lista dos 100 maiores discos da música brasileira e em 2008 a Los 250: Essential Albums of All Time Latin Alternative - Rock Iberoamericano o colocou na 97ª posição.


O ativista nigeriano Ken Saro-Wiwa foi enforcado há 16 anos

(imagem daqui)

Kenule "Ken" Beeson Saro-Wiwa (10 de outubro de 194110 de novembro de 1995) foi um escritor, produtor e ativista ambiental da Nigéria. Saro-Wiwa pertencia ao povo Ogoni, um grupo étnico minoritário nigeriano radicado no delta do Níger, e liderava - através do Movimento pela Sobrevivência do Povo Ogoni - uma campanha não-violenta contra a degradação ambiental das terras e das águas da região pelas petrolíferas transnacional, especialmente a Shell. Por conta de seu ativismo, ele acabou preso em 1994 à mando do regime militar que vigorava então. Em um processo judicial considerado fraudulento, Saro-Wiwa foi condenado à morte e enforcado em 1995.

in Wikipédia 


NOTA: mais tarde a Shell percebeu a asneira que fez e pagou uma indemnização de 15,5 milhões de dólares às famílias dos enforcados e aos Ogoni...