quinta-feira, agosto 19, 2010

Notícia sobre Paleontologia no Público

Fósseis encontrados na Austrália antecipam registo de vida animal


Modelo virtual da esponja

O frio tomava conta do planeta há 650 milhões de anos, mas a vida animal já era suficientemente abundante para ficar registada nas rochas. Por sorte, uma equipa de geólogos investigava o clima desta época em rochas no Sul da Austrália, quando tropeçou em formas gravadas que poderão ter sido feitas pelas mais antigas esponjas.

“Reparámos em formas repetidas que encontrávamos [nas rochas] – formas em v, anéis, canais perfurados", explicou Adam Maloof em comunicado, da Universidade de Princeton, em New Jersey, nos Estados Unidos. Segundo o investigador, a equipa pensou inicialmente que eram apenas fenómenos geológicos. "Durante o segundo ano, apercebemo-nos que tínhamos tropeçado nalgum tipo de organismo, e decidimos analisar os fósseis.” Os resultados foram publicados agora na revista científica Nature Geoscience.

Há 650 milhões de anos a Terra vivia um dos períodos mais frios da sua história. Segundo muitos autores, o clima glaciar fez com que todo o planeta ficasse coberto por gelo pelo menos duas vezes, em alturas diferentes. Há 635 milhões de anos as condições começaram a melhorar, mas durante muito tempo a vida animal continuou a ser muito escassa.

Só cerca de cem milhões de anos depois é que apareceu a maioria dos grupos animais que hoje se conhecem, um fenómeno que os cientistas chamam de explosão do Câmbrico. O fóssil de animal mais antigo que já se encontrou tem cerca de 555 milhões de anos e é anterior a esta explosão. Pensa-se que pertencia a um ser de corpo mole e os cientistas englobaram-no nos moluscos, o grupo onde estão animais como as amêijoas ou os polvos.

Até agora, a esponja mais antiga de que há registo tinha apenas 520 milhões de anos. Estes seres marítimos são filtradores de água e estão na sua forma adulta completamente imóveis. Externamente têm uma parede com espículas para protecção e internamente têm uma camada de células que retira o alimento da água. São os animais menos complexos que se conhece e através do relógio molecular tinha-se estimado que o aparecimento deste grupo seria anterior ao registo fóssil que existia.

A descoberta da equipa de Princeton vai de encontro a esta estimativa. Os cientistas não associaram imediatamente as marcas às esponjas. Primeiro, utilizaram tecnologias digitais para reconstruir a forma do animal. O modelo tridimensional que resultou é parecido com as esponjas. O tamanho destes antigos seres marinhos variava entre milímetros e centímetros e tinha pequenos canais que poderiam servir para a água passar.

Uma canção para a minha menina...

Para o meu amor, que hoje faz anos...


quarta-feira, agosto 18, 2010

A Lista da Vergonha - versão portuguesa



Um país que destrói o futuro das suas pequenas localidades é um país sem futuro. Um governo que condena ao desaparecimento milhares de pequenas localidades não é um governo, é uma aberração da natureza que merece aquilo a que condenou os seus cidadãos: a extinção...

Com os nossos cumprimentos e agradecimentos, os links para as notícias do Correio da Manhã, que conseguiu furar o vergonhoso silêncio do Governo e do Ministério da Educação:



Sismo no Continente

Aviso de Sismo no Continente 18-08-2010

O Instituto de Meteorologia informa que no dia 18-08-2010 pelas 08:57 (hora local) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente, um sismo de magnitude 2.8 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 12 km a Este-Sudeste de Cadaval.

Até à elaboração deste comunicado não foi recebida nenhuma informação confirmando que este sismo tenha sido sentido.

Se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados.

Sugere-se o acompanhamento da evolução da situação através da página do IM na Internet (www.meteo.pt) e a obtenção de eventuais recomendações junto da Autoridade Nacional de Protecção Civil (www.prociv.pt).

A Ama (quase) Seca


Augusto Cid, SOL, 13/08/2010
in Blog Educação SA - post de Reitor

A versão comercial da pílula faz 50 anos


terça-feira, agosto 17, 2010

Um poema de Botto em fado

Botto nasceu há 113 anos

António Tomás Botto (Concavada, Abrantes, 17 de Agosto de 1897Rio de Janeiro, 16 de Março de 1959) foi um poeta português.
A sua obra mais conhecida, e também a mais polémica, é o livro de poesia Canções que, pelo seu carácter abertamente homossexual, causou grande agitação nos meios religiosamente conservadores da época. Foi amigo pessoal de Fernando Pessoa que traduziu em 1930 as suas Canções para inglês, e com quem colaborou numa Antologia de Poemas Portugueses Modernos. Homossexual assumido (apesar de ser casado com Carminda Silva), a sua obra reflecte muito da sua orientação sexual e no seu conjunto será, provavelmente, o mais distinto conjunto de poesia homoerótica de língua portuguesa. Morreu atropelado em 1959 no Brasil, para onde se tinha exilado para fugir às perseguições homófobas de que foi vítima, na mais dolorosa miséria. Os seus restos mortais foram trasladados para o cemitério do Alto de São João, em Lisboa, em 1966.


Ouve, Meu Anjo

Ouve, meu anjo:
Se eu beijasse a tua pele?
Se eu beijasse a tua boca
Onde a saliva é um mel?...

Quis afastar-se mostrando
Um sorriso desdenhoso;
Mas ai!
- A carne do assassino
É como a do virtuoso.

N'uma atitude elegante,
Misteriosa, gentil,
Deu-me o seu corpo doirado
Que eu beijei quase febril.

Na vidraça da janela,
A chuva, leve, tinia...

Ele apertou-me, cerrando
Os olhos para sonhar...
E eu, lentamente, morria
Como um perfume no ar!

António Botto, in 'Canções'

segunda-feira, agosto 16, 2010

Novidades espeleológicas na blogosfera

20th International Conference on Subterranean Biology

ICSB 2010




Campamento Galego de Espeleoloxía
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgP-3BOHQIIl4sySzejzOLjfr5By6Y_7sbxWTB2t7Tj0FLwr6VMnrTJiKRWoj5eHg4Oz1HkJKb5oVIJiaBKuWOiQuMiesfgdarUZmAXBsPZanABg3zTlDAi5-TMbCQLMjy9pzG1ZA/s1600/cg2010.jpg

14ª Noite Europeia dos Morcegos em Pombal

4ª Noite dos Morcegos de Pombal

14ª Noite Europeia dos Morcegos


O Grupo Protecção Sicó, irá organizar a 4ª Noite dos Morcegos de Pombal no dia 28 de Agosto, associando-se assim mais uma vez à 14ª Noite Europeia dos Morcegos.

A saída deste ano será novamente efectuada no Vale do Poio Novo (Redinha), canhão fluviocársico utilizado como abrigo por algumas espécies de morcegos. Esperamos que estes nossos amigos voltem a colaborar neste evento e que tal como o sucedido no ano passado, os possamos ver e ouvir enquanto voam, caçam ou mesmo enquanto estão a sair das fendas que utilizam como abrigo durante o dia.

Mais uma vez, tentaremos identificar as espécies detectadas através das suas vocalizações, utilizando para tal detectores de ultra-sons próprios para esse fim. A actividade será enquadrada por especialistas na utilização deste tipo de equipamento.

A concentração será em Pombal (junto à Biblioteca Municipal), estando disponível transporte para levar os participantes até próximo do local onde será efectuada a actividade. No entanto, será ainda necessário percorrer um trajecto a pé (cerca de 30 minutos de duração), cujo percurso não é adequado a pessoas com dificuldades de locomoção.

Inscrições até 24 de Agosto (inscrições limitadas), através do telefone 236 207 608 ou do email gps.sico@gmail.com. Só serão admitidas crianças se acompanhadas por adulto. Será disponibilizada iluminação.

Os participantes devem levar calçado de campo, merenda e água.

Seguro e logística: 5 espeleos

Data: 28 de Agosto 2010
Local: Vale do Poio (Redinha/Pombal)
Horários: 18h45 - concentração junto à Biblioteca Municipal de Pombal;
Organização: Grupo Protecção Sicó
Apoio: Câmara Municipal de Pombal

in Blog GPS - post original AQUI

Humor académico



Nova Via Sacra - versão 2010


Dedicada aos nossos leitores benfiquistas, aqui fica uma proposta de nova Via Crucis:
  1. Estação: Jesus é condenado a ser loiro
  2. Estação: Jesus carrega a cruz de perder os melhores jogadores
  3. Estação: Jesus cai pela primeira vez contratando o Roberto
  4. Estação: Jesus encontra o Porto na Supertaça
  5. Estação: O árbitro ajuda a Jesus
  6. Estação: O árbitro limpa o rosto de Jesus
  7. Estação: Jesus cai pela segunda vez contra a Académica
  8. Estação: Jesus encontra Roberto no sítio certo
  9. Estação: Terceira queda de Jesus - primeiras declarações
  10. Estação: Jesus é despojado de seu paleio roto
  11. Estação: Jesus é pregado na cruz do Roberto
  12. Estação: Jesus morre na Catedral
  13. Estação: Jesus morto nos braços de sua Mãe Luísa Filipa
  14. Estação: Jesus é enterrado em conjunto com a língua portuguesa

O cantor Francisco José nasceu há 86 anos

Francisco José Galopim de Carvalho (Évora, 16 de Agosto de 1924 - Lisboa, 31 de Julho de 1988), foi um cantor português.
Francisco José ficou conhecido com a sua balada romântica Olhos Castanhos, lançada em 1951, e Guitarra Toca Baixinho, em 1973.


NOTA: com recordámos recentemente, o cantor Francisco José era irmão do Doutor Galopim de Carvalho, um eminente geólogo e divulgador científico tantas vezes aqui referido...

Grutas e Nascentes de Porto de Mós - balanço de uma actividade


Participei hoje na actividade da Geologia no Verão 2010 intitulada Grutas e Nascentes de Porto de Mós, conforme nós antes referimos, organizada pela Sociedade Portuguesa de Espeleologia.

Excelente como sempre, para quem quiser aqui fica um link para minhas fotos da mesma – AQUI.

NOTA – o ficheiro tem 303 Megabites - e não tem vírus...

domingo, agosto 15, 2010

CIBA - fotos tiradas no dia comemorativo dos 625 anos da batalha de Aljubarrota


Conforme por nós aqui referido, fomos ao CIBA (Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota) ontem, dia 14 de Agosto de 2010, data em que se celebrava os 625 anos desse confronto militar entre os Reinos de Castela e de Portugal.

Para celebrar a data e divulgar o excelente centro interpretativo (o espectáculo multimédia é excelente - tão realista que o meu filho tremia a varas verdes...) aqui ficam algumas fotos:

Democracia ma non troppo

Uma síntese

Tirado do Sol de 13-08-2010. Uma imagem em vez de mil palavras.

in Blog portadaloja - post de José

Perseidas - fotos de um grupo em Leiria

Post em estereofonia com o Blog AstroLeiria:
Depois de uma observação falhada, pelo mau tempo, em 12.08.2010, na noite de 13 para 14 de Agosto fui com um grupo de sete magníficos resistentes à Senhora do Monte (Cortes - Leiria) para observar as Perseidas. Céu magnífico e mais de uma dezena de boas estrelas cadentes observados...!

Para memória futura, aqui ficam duas fotos do grupo:


Há 65 anos...

 (fonte Wikipédia)

... terminava a II Guerra Mundial, com a rendição incondicional do Japão - era o Dia V-J!

Dia de Maria


Ave Maria!
Jungfrau mild,
Erhöre einer Jungfrau Flehen,
Aus diesem Felsen starr und wild
Soll mein Gebet zu dir hin wehen,
Zu dir hin wehen.
Wir schlafen sicher bis zum Morgen,
Ob Menschen noch so grausam sind.
O Jungfrau, sieh der Jungfrau Sorgen,
O Mutter, hör ein bittend Kind!
Ave Maria!

Ave Maria!
Unbefleckt,
Wenn wir auf diesen Fels hinsinken
Zum Schlaf, und uns dein Schutz bedeckt,
Wird weich der harte Fels uns dünken
Du lächelst, Rosendüfte wehen
In dieser dumpfen Felsenkluft.
O Mutter, höre Kindes Flehen,
O Jungfrau, eine Jungfrau ruft!
Ave Maria!

Ave Maria!
Reine Magd,
Der Erde und der Luft Dämonen,
Von deines Auges Huld verjagt,
Sie können hier nicht bei uns wohnen
Wir woll'n uns still dem Schicksal beugen,
Da uns dein heilger Trost anweht;
Der Jungfrau wolle hold dich neigen,
Dem Kind, das für den Vater fleht!
Ave Maria!

sábado, agosto 14, 2010

Poema adequado à época

 


Camões dirige-se aos seus contemporâneos

Podereis roubar-me tudo:
as ideias, as palavras, as imagens,
e também as metáforas, os temas, os motivos,
os símbolos, e a primazia
nas dores sofridas de uma língua nova,
no entendimento de outros, na coragem
de combater, julgar, de penetrar
em recessos de amor para que sois castrados.
E podereis depois não me citar,
suprimir-me, ignorar-me, aclamar até
outros ladrões mais felizes.
Não importa nada: que o castigo
será terrível. Não só quando
vossos netos não souberem já quem sois
terão de me saber melhor ainda
do que fingis que não sabeis,
como tudo, tudo o que laboriosamente pilhais,
reverterá para o meu nome. E mesmo será meu,
tido por meu, contado como meu,
até mesmo aquele pouco e miserável
que, só por vós, sem roubo, haveríeis feito.
Nada tereis, mas nada: nem os ossos,
que um vosso esqueleto há-de ser buscado,
para passar por meu. E para outros ladrões,
iguais a vós, de joelhos, porem flores no túmulo.

Jorge de Sena 

A Batalha de Aljubarrota foi há 625 anos


A Batalha de Aljubarrota decorreu no final da tarde de 14 de Agosto de 1385 entre tropas portuguesas com aliados ingleses, comandadas por D. João I de Portugal e o seu condestável D. Nuno Álvares Pereira, e o exército castelhano e seus aliados liderados por D. Juan I de Castela. A batalha deu-se no campo de São Jorge, nas imediações da vila de Aljubarrota, entre as localidades de Leiria e Alcobaça, no centro de Portugal.

O resultado foi uma derrota definitiva dos castelhanos, o fim da crise de 1383-1385 e a consolidação de D. João I como rei de Portugal, o primeiro da dinastia de Avis. A aliança Luso-Britânica saiu reforçada desta batalha e seria selada um ano depois, com a assinatura do Tratado de Windsor e o casamento do rei D. João I com D. Filipa de Lencastre. Como agradecimento pela vitória na Batalha de Aljubarrota, D. João I mandou edificar o Mosteiro da Batalha. A paz com Castela só viria a estabelecer-se em 1411.

A Batalha de Aljubarrota representa uma das raras grandes batalhas campais da Idade Média entre dois exércitos régios e um dos acontecimentos mais decisivos da história de Portugal. No campo militar significou a inovação de uma táctica, onde os homens de armas apeados foram capazes de vencer a poderosa cavalaria medieval. No campo diplomático, permitiu a aliança entre Portugal e a Inglaterra, que perdura até ao dias de hoje. No aspecto político, resolveu a disputa que dividia o Reino de Portugal do Reino de Castela e Leão, permitindo a afirmação de Portugal como Reino Independente. Tornou possível também que se iniciasse umas das épocas mais grandiosas da história de Portugal, a época dos Descobrimentos.

NOTA: estive hoje no Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota - mais logo coloco fotos...

sexta-feira, agosto 13, 2010

Grutas e Nascentes de Porto de Mós...


... é o sugestivo nome de uma Geologia no Verão que irei fazer no domingo - ver mais pormenores aqui. Como tenho quatro inscrições em meu nome e dois amigos desistiram, poderei levar mais dois (ou três...) no meu carro no domingo.

É uma actividade fantástica, com percurso pedestre, espeleologia, interpretação da paisagem, apanha de fósseis e ervas aromáticas e muito convívio, que eu já fiz mas que quero repetir com o meu filhote. No site a actividade é descrita assim: "A acção inicia-se com a visita à Fórnia. Durante o percurso, observam-se aspectos da circulação de águas subterrâneas nas regiões calcárias. De seguida visita-se a gruta da Cova da Velha. À tarde, o percurso passa pelo Polje de Alvados, Portela e visita-se a Gruta da Mouração. A acção termina com a passagem pelas nascentes cársicas do rio Lena.".

Os interessados devem contactar-me até amanhã às 18.00 horas - fernando.oliveira.martins-arroba-gmail.com ou 960 081 251 - partida às 09.00 horas da Travessa da Rua das Olhalvas, em Leiria, e regresso ao mesmo local às 18.30 horas...

Observação das Perseidas - segunda tentativa

Vamos hoje fazer, no mesmo local de ontem, uma segunda observação da grande chuva de estrelas de Agosto - as Perseidas.

Ontem a coisa não correu bem - havia nevoeiro e nuvens altas que levaram os oito resistentes a desistir, após uma mudança de local sem grandes efeitos.

Assim partiremos em comitiva da Travessa da Rua das Olhalvas e estaremos, a partir das 23.00 horas, na Senhora do Monte, fazendo o seguinte trajecto:


Notícia sobre a Mina de Sal-Gema de Loulé

Conhecer o interior da Terra numa viagem a uma mina de sal
Iniciativa da Ciência Viva decorre até sexta-feira em Loulé
2010-08-10


Mina de sal-gema em Loulé, Algarve

Ir ao interior do Planeta Terra percorrendo um caminho de 230 milhões de anos em 230 segundos é possível esta semana no Algarve, descendo o elevador da Mina de Sal-Gema de Loulé. Até sexta-feira é possível visitar as centenas de galerias e câmaras da Mina de Sal-Gema, localizada no concelho algarvio de Loulé. Todos os anos, uma equipa de 18 pessoas extrai 40 mil toneladas de sal.

Esta iniciativa da Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica vai levar todos os dias 12 pessoas a descer de elevador até 230 metros de profundidade. Depois, podem ver e tocar em rochas de sal com milhões de anos, pisar câmaras cobertas de pó de sal com aspecto lunar ou observar ao vivo máquinas roçadoras comandadas por mineiros a escavar rochas de sal.

É uma ida até ao interior da Terra percorrendo um caminho de 230 milhões de anos em 230 segundos, porque a velocidade do elevador é um metro por segundo e são 230 metros de profundidade”, explicou à Lusa Alexandre Andrade, engenheiro geólogo da Mina de Sal-Gema, uma estrutura que começou a ser explorada em 1964 e que pertence à CUF Químicos Industriais.

A mina, que extrai minério com 93 por cento de pureza e o exporta para outros países da Europa, permite aos visitantes conhecerem as diferenças entre galerias exploradas no passado com o método da dinamite e a exploração com tecnologia de ponta através de roçadoras.

Aprende-se assim a história da mina, desde os tempos em que a exploração era feita com explosivos que faziam tremer toda a cidade de Loulé, até à exploração com máquinas e ao processamento através do sistema de tapetes.


Entre as várias iniciativas que já decorreram na mina destaca-se a projecção de filmes

Os participantes ficam a saber como se começaram a alicerçar os 40 quilómetros de galerias de sal que hoje existem e onde três camiões percorrem diariamente 200 quilómetros, transportando, por hora, 50 toneladas de sal.

Luís Dias, professor de Biologia e Geologia que há cinco anos participa como monitor na iniciativa «Geologia no Verão», conta que a viagem arranca sempre pelo Poço 1 que leva as pessoas até 264 metros de profundidade onde está uma frente de extracção. A iniciativa é gratuita e todos os anos é um sucesso junto do público que esgota os ingressos nas primeiras horas.

A Mina de Sal-Gema, onde o ar tem um elevado grau de pureza e serve até de espaço para tratamentos de doenças respiratórias, já serviu também de sala de cinema onde foram projectados filmes como a «Noite dos Mortos Vivos» ou «Cabine Telefónica».

Aquela mina já foi também palco de exposições de arte no âmbito do programa «Allgarve», por onde passaram quatro mil pessoas em apenas dois meses.

in jornal on-line CiênciaHoje - ler notícia


ADENDA: a visita à mina, que já fiz por três vezes, é espectacular - assusta um bocadinho a descida no elevador mas, depois de se lá chegar abaixo, é fácil, seguro e muito divertido; se têm dúvidas, como a pessoa que comentou este post, vejam alguns dos nossos antigos posts:

quinta-feira, agosto 12, 2010

Ver as Perseidas em Leiria

Hoje há uma das mais bonitas Chuvas de Estrelas - as Perseidas. Eu vou vê-las à Senhora do Monte, em Leiria e estarei lá para explicar o que se vê - ver onde aqui:


Ver mapa maior

O desastre do Kursk foi há 10 anos


K-141 Kursk was an Oscar-II class nuclear-powered cruise missile submarine of the Russian Navy, lost with all hands when it sank in the Barents Sea on August 12, 2000. Kursk, full name Атомная подводная лодка «Курск», which translated, means the nuclear powered submarine "Курск" [АПЛ "Курск"] in Russian, was a Project 949A Антей (Antey, Antaeus but was also known by its NATO reporting name of Oscar II). It was named after the Russian city Kursk, around which the largest tank battle in military history, the Battle of Kursk, took place in 1943. One of the first vessels completed after the fall of the Soviet Union, it was commissioned into the Russian Navy's Northern Fleet.

quarta-feira, agosto 11, 2010

A mãe do Noddy e d' Os Cinco nasceu há 113 anos



Uma das minhas autoras infantis favoritas (Enid Blyton) nasceu há 113 anos:
Enid Mary Blyton (11 August 1897 – 28 November 1968) was an English children's writer known as both Enid Blyton and Mary Pollock. She was one of the most successful children's storytellers of the twentieth century.

She is noted for numerous series of books based on recurring characters and designed for different age groups. Her books have enjoyed popular success in many parts of the world, and have sold over 600 million copies. Enid Blyton is the fifth most translated author worldwide: over 3544 translations of her books were available in 2007 according to UNESCO's Index Translationum. she overtook Vladimir Lenin to get the fifth place behind Shakespeare.

One of Blyton's most widely known characters is Noddy, intended for early years readers. However, her main forte is the young readers' novels, where children have their own adventures with minimal adult help. In this genre, particularly popular series include the Famous Five (consisting of 21 novels, 1942–1963, based on four children and their dog), the Five Find-Outers and Dog, (15 novels, 1943–1961, where five children regularly outwit the local police) as well as the Secret Seven (15 novels, 1949–1963, a society of seven children who solve various mysteries).

Her work involves children's adventure stories, and fantasy, sometimes involving magic. Her books were and still are enormously popular throughout the Commonwealth; as translations in the former Yugoslavia, Japan; as adaptations in Arabic; and across most of the globe. Her work has been translated into nearly 90 languages.

NOTA: para os geopedrados saudosos dos tempos de criança, um pequeno filme:

A propósito de umas pedras sujas (de sangue...) que a supermodelo Naomi Campbell recebeu...

... lembrámo-nos desta canção:


NOTA: para quem não sabe do que estamos a falar, aconselha-se a leitura desta notícia...

Sismo nas ilhas Vanuatu

Via mailing-list do IM:

No dia 10 de Agosto de 2010, pelas 05.23 horas UTC ocorreu, nas proximidades das ilhas Vanuatu (Pacífico Sul), a cerca de 35 km a oeste de Port Vila, um sismo de magnitude 7.3.
De acordo com as informações do Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico (PTWC), foi gerado um pequeno tsunami à escala local tendo sido confirmados registos (de pequena amplitude) na estação maregráfica mais próxima, situada em Port Vila, não havendo ameaça de que o mesmo tenha dimensão suficiente para afectar zonas mais afastadas, tendo o alerta sido cancelado.
A zona atingida pelo sismo situa-se nas proximidades do chamado Anel de Fogo do Pacífico, caracterizado por uma actividade sísmica intensa.
O sismo foi detectado em todas as estações da rede sísmica nacional, tendo as primeiras ondas sido registadas às 05.43 horas UTC
Aqui fica, como curiosidade, vários exemplos de registos (sismogramas) nas estações de Casmilo, Barrancos, Vila do Bispo, Lamas de Olo, Porto Moniz (Madeira) e Rosais (Açores):
(clicar para aumentar)

Nota: como suplemento, aqui fica também o sismograma registado no Geofone de Manteigas:

(clicar para aumentar)

terça-feira, agosto 10, 2010

A importância científica de São Lourenço, recordada no seu dia

 

(imagem daqui)

Segundo a Igreja Católica, hoje é a data do martírio de São Lourenço de Huesca:

Lourenço de Huesca ou São Lourenço (Huesca ou Valência, Espanha, 225? — Roma, 10 de Agosto de 258) foi um mártir católico e um dos sete primeiros diáconos (guardiões do tesouro da Igreja) da Igreja Cristã, sediada em Roma.
O cargo de diácono era de grande responsabilidade, pois consistia no cuidado dos bens da Igreja e a distribuição de esmolas aos pobres. No ano 257 Valeriano decretou a perseguição dos cristãos e, ao ano seguinte, foi detido e decapitado o Papa Sisto II.
Segundo as tradições, quando o Papa São Sixto se dirigia ao local da execução, São Lourenço ia junto a ele e chorava. "Aonde vai sem o seu diácono, meu pai?", perguntava-lhe. O Pontífice respondeu: "Não penses que te abandono, meu filho, pois dentro de três dias me seguirás".
Após a execução do Papa, o imperador ameaçou a Igreja para entregar as suas riquezas no prazo de 3 dias. Passados três dias, São Lourenço levou as pessoas que foram auxiliadas pela Igreja e os fiéis cristãos diante do imperador. Depois, exclamou a seguinte frase que lhe valeu a morte: "Estes são o património (riquezas) da Igreja". O imperador, furioso e indignado, mandou prendê-lo, e ser queimado vivo sobre um braseiro ardente, por cima de uma grelha. 


Segundo a sabedoria popular, este é um dia para ver como está a vinha (assunto que muito interessa, por motivos óbvios, a geólogos...) - Pelo São Lourenço, vai à vinha e enche o lenço, diz o ditado. Mas o povo, comovido com as lágrimas de Lourenço, despedindo-se do seu chefe espiritual, diz que essas lágrimas são visíveis no céu esta noite e nas seguintes - são as famosas Lágrimas de São Lourenço...

Embora hoje lhes chamemos de Perseidas, há esta bonita estória que devemos recordar - e amanhã falaremos mais deste assunto...!

 (imagem daqui)

Velázquez morreu há 350 anos

Embora com 4 dias de atraso, recordemos a data:



Diego Rodríguez de Silva y Velázquez (Sevilha, 6 de Junho de 1599Madrid, 6 de Agosto de 1660) foi um pintor espanhol e principal artista da corte do Rei Filipe IV de Espanha. Era um artista individualista do período barroco contemporâneo, importante como um retratista. Além de inúmeras interpretações de cenas de significado histórico e cultural, pintou inúmeros retratos da família real espanhola, outras notáveis figuras europeias e plebeus, culminando na produção de sua obra-prima, Las Meninas (1656).

Desde o primeiro quarto do século XIX, a obra de Velázquez foi um modelo para os pintores realistas e impressionistas, em especial Édouard Manet. Desde essa época, os artistas mais modernos, incluindo os espanhóis Pablo Picasso e Salvador Dalí, bem como o pintor anglo-irlandês Francis Bacon, que homenageou Velázquez recriando várias de suas obras mais famosas.

(...)
Filho de um advogado de nobre ascendência portuguesa, Velázquez levou o prenome do avô paterno que, em 1581, deixou Portugal (era originário do Porto) para instalar-se com sua esposa em Sevilha. Sua mãe era de origem sevilhana. Foi um artista tecnicamente formidável, e na opinião de muitos críticos de arte, insuperável pintor de retratos.

Em 1610, sua família percebeu sua vocação e, ainda jovem, Velázquez foi levado para estudar com Francisco Herrera, o Velho, pintor naturalista apaixonado pela arte de Caravaggio. Em Dezembro do mesmo ano, entrou como aprendiz no estúdio de Francisco Pacheco e, em 1611, o pai assinou, em seu nome, um contrato de aprendizado por seis anos com Pacheco, após o que seria submetido a exame, constituído por uma prova teórica e uma prova prática de pintura a óleo. Em Sevilha, a comunidade artística era regida por uma espécie de confraria. A corporação de São Lucas era controlada por Pacheco e Juan de Uceda. Depois de passar pelos exames, Velázquez precisava jurar fidelidade aos estatutos da organização. Só então teria o direito de praticar a arte.

Casado com a filha de seu professor, Juana, com quem teve uma filha, Francisca, logo Velázquez iria se unir a Diego de Melgar, com quem foi para Madrid. A personalidade do seu mestre, Pacheco, tido como pintor medíocre, mas teórico interessante, forneceu uma sólida formação técnica a Velázquez e acesso a um meio que revelou-se valioso para a sua profissão. Pacheco encarregou Velázquez, em sua primeira viagem a Madrid, de encontrar Luís de Góngora, o poeta, e de fazer seu retrato. Durante a viagem, na companhia do poeta Francisco de Rioja - membro da academia sevilhana de Pacheco, foi apresentado a Gaspar de Guzmán conde-duque de Olivares, também sevilhano. A partir daí, Velázquez tem acesso às colecções reais. Em 1623, um ano depois da morte de Rodrigo de Villandrano, um dos cinco pintores do rei, Felipe IV encomenda a Velázquez seu retrato e o nomeia pintor real.

Em seus primeiros trabalhos é possível notar contraste entre zonas escuras e zonas iluminadas por um único foco de luz, uma tentativa de ressaltar volumes e relevos. Esta técnica era característica do tenebrismo e tinha como principal artista Caravaggio, muito conhecido pelo seu sarcasmo. Um exemplo destacado deste período seria a Adoração dos Reis Magos (1619).

Como um pintor de retratos inspirado no tenebrismo buscava mostrar os detalhes de cada modelo. Sendo que seu diferencial era não prender-se apenas ao cómico ou ao grotesco dos personagens, retratando todos respeitosamente e destacando a individualidade de cada um.

Velázquez queria ser reconhecido, não só como pintor, tinha também objectivos de ascensão social, queria estar envolvido com a corte real. Foi então que seu sogro, conseguiu através de um amigo, o então conde-duque de Olivares, com que pudesse executar um retrato do rei Filipe IV.

O resultado foi um retrato equestre do rei, o qual ficou maravilhado e concedeu na mesma hora a Velázquez o posto de pintor de câmara da corte real. Pena que o paradeiro desta obra seja desconhecido.

Seu ingresso na corte foi o primeiro passo para cumprir seus objectivos dentro da pintura e de sua vida social. Tinha um recurso único que era a permissão de poder visitar sempre que quisesse o acervo real de obras-primas. No período de (1628-1629) conheceu o grande mestre do barroco Peter Paul Rubens, que também era membro da corte. Conhecer Rubens foi um divisor de águas para sua obra pictórica.

Aperfeiçoou-se executando inúmeros retratos da corte e quadros históricos. As visitas de Rubens despertaram nele o desejo de conhecer a Itália e conseguiu ser enviado em missão oficial a todas as províncias italianas, comprando obras de arte para a coroa espanhola e tomando conhecimento do trabalho dos melhores artistas. Encontrou-se com Ribera em Nápoles e estudou particularmente os frescos de Michelangelo Buonarroti e de Rafael e a cor e a luz em Tintoretto e Paolo Veronese. Ao voltar de viagem, executou trabalhos religiosos e profanos, assim como retratos equestres do rei e do infante.

Sucederam-se as obras-primas A Rendição de Breda (1634), Vénus ao Espelho, Cavalo Branco, os retratos de bobos da corte e as efígies de Esopo e de Menippe. Executou em Roma o retrato do Papa Inocêncio X que irá, séculos mais tarde, tornar-se uma obsessão na obra de Francis Bacon.

A sua fama veio logo após sua morte, começando no início do século XIX, quando se provou um modelo para os artistas realistas e impressionistas, em especial para Edouard Manet. Sua influência estendeu-se para artistas como Pablo Picasso e Salvador Dali.

Rui Knopfli


Conheci o Rui Knopfli em Londres, em 1990. Conselheiro de imprensa da Embaixada de Portugal desde 1975, era uma figura prematuramente frágil, nos seus 58 anos de então. Vergado e cansado, pendurado num eterno cigarro, tinha o mais caótico gabinete de que tenho memória. Homem de vícios que o foram debilitando, mantinha uma ironia cáustica e, sendo de trato fácil, era de condução diária difícil, pelos corredores da rotina diplomática a que nunca se acomodara verdadeiramente.

Eternizado em posto em Londres, aposto que olhava para nós, companheiros episódicos, saídos da "carreira", com o olho arguto do artista, estudando-nos para nos sobreviver, até que fôssemos substituídos. Várias vezes "me passei" com os seus descuidos, das tropelias do eterno cão às suas frequentes ausências, para além de algumas teimosas presenças ainda mais complicadas. Mas nunca me zanguei com ele. Ficámos amigos, creio.

O Rui era um fotógrafo magnífico - vale a pena ver o seu livro sobre a ilha de Moçambique - e tinha um ouvido apurado e atento ao jazz, área onde me deu a conhecer algumas excelentes novidades. Da sua terra moçambicana, contava histórias interessantes e divertidas, tributárias desse mundo que sempre lhe ficou nos genes e na escrita. Como ele próprio dizia: "Ter-se nascido ou vivido em Moçambique é uma doença incurável, uma virose latente. Mesmo para os que se sentem genuinamente portugueses mascara-se a doença, ignora-se, ou recalca-se e acreditamo-nos curados e imunizados. A mínima exposição a determinadas circunstâncias desencadeia, porém, inevitáveis recorrências e acabamos por arder na altíssima febre de uma recidiva sem regresso nem apelo".

Rui Knopfli foi um grande poeta, português e moçambicano. A sua "Obra Poética" está publicada pela Imprensa Nacional - Casa da Moeda, com um prefácio magistral do Luis de Sousa Rebelo, há meses desaparecido. Para abrir o apetite à sua leitura, nestes tempos de férias, deixo aqui o seu delicioso (e trágico) "Justerini & Brooks":


Este punhal de veludo,
esta fria estalactite,
esta cicuta tão lenta
e que tão profundamente
fere. Esta lâmina

líquida, doirada,
este filtro parecido ao sol,
este rarefeito odor simultâneo
ao fumo, à água, à pedra.
Este adormecer antes do sono,

só preâmbulo da vigília,
que é o gélido acordar
da imaginação para
as fronteiras dormentes
do horizonte protelado.

Este trajecto subterrâneo e húmido
pelos túneis do infortúnio,
que é o adiar moroso
da morte, no prolongar
silencioso da vida,

lágrimas da noite tornadas
pranto da madrugada,
rumor débil e distante
brandindo já no sangue
o endurecer das artérias.


Rui Kopfli morreu em Lisboa, em 1997.

in Blog duas ou três coisas - post do Embaixador Francisco Seixas da Costa

Rui Knopfli nasceu há 78 anos

(imagem daqui)


Fez os seus estudos na África do Sul e iniciou uma carreira muito activa na então cidade de Lourenço Marques (actual Maputo).
Deixou Moçambique em 1975. A nacionalidade portuguesa não impediu que a sua alma fosse assumidamente africana. Tem colaboração dispersa por vários jornais e revistas e publicou alguns livros. Desempenhou funções de adido cultural na Embaixada Portuguesa em Londres



Velho Colono

Sentado no banco cinzento
entre as alamedas sombreadas do parque.
Ali sentado só, àquela hora da tardinha,
ele e o tempo. O passado certamente,
que o futuro causa arrepios de inquietação.
Pois se tem o ar de ser já tão curto,
o futuro. Sós, ele e o passado,
os dois ali sentados no banco de cimento.

Há pássaros chilreando no arvoredo,
certamente. E, nas sombras mais densas
e frescas, namorados que se beijam
e se acariciam febrilmente. E crianças
rolando na relva e rindo tontamente.

Em redor há todo o mundo e a vida.
Ali está ele, ele e o passado,
sentados os dois no banco de frio cimento.
Ele a sombra e a névoa do olhar.
Ele, a bronquite e o latejar cansado
das artérias. Em volta os beijos húmidos,
as frescas gargalhadas, tintas de Outono
próximo na folhagem e o tempo.

O tempo que cada qual, a seu modo,
vai aproveitando.

segunda-feira, agosto 09, 2010

O bombardeamento de Nagasaki foi há 65 anos


Nagasaki é uma cidade japonesa localizada na província de Nagasaki.

Em 2004 a cidade tinha uma população estimada em 447 419 habitantes e uma densidade populacional de 1 320,91 h/km². Tem uma área total de 338.72 km².

Recebeu o estatuto de cidade antes de 1500.

É um importante porto do sudoeste do Japão, sendo capital da província do mesmo nome e constituindo um grande centro industrial.

(...)

Em 1570 os navegadores portugueses — que aportaram pela primeira vez no Japão em 1543 — fundaram a cidade de Nagasaki, na baía do mesmo nome, onde passaram a habitar. Criaram um centro comercial que durante muitos anos foi a porta do Japão para o mundo, um porto comercial para os ingleses, holandeses, coreanos e chineses. Mas em 1637 devido a uma grande reacção interna, os portugueses foram expulsos, e também outros povos ao longo do século XVII . Dotada pela natureza de um belo porto natural, esta cidade foi o cenário da ópera "Madame Butterfly" de Giacomo Puccini. Apesar disso, a cidade de Nagasaki só ficou mundialmente conhecida em 1945, por ter sido quase totalmente destruída no dia 9 de Agosto, após sofrer um ataque com a segunda bomba atómica, lançada pelos Estados Unidos.