domingo, junho 13, 2010
Mais uma do amigo venezuelano de Sócrates
Postado por Fernando Martins às 23:50 0 bocas
Marcadores: adeus democracia, democracia, Hugo Chávez, José Sócrates
A destruição das escolas portuguesas - crime de lesa-pátria
Admito que àquele que se tenha limitado às aulas de Português Técnico lhe falte o mais vulgar vocabulário, mas dizer-se que não encerrar escolas com menos de 20 alunos “seria criminoso” é coisa que deveria fazer reprovar o maior cábula do canto mais recôndito do país. Fazê-lo com auxílio do argumento da economia, então, isso sim, é verdadeiramente criminoso.
Quando no Estado Novo se andou a construir escolas pelo país inteiro, essa medida não foi seguramente economicamente sustentada, mas era devida às populações que existiam no interior. Hoje, retiramos-lhes as possibilidades de aí viverem. Que interessa o município xis andar a pagar pelos nascimentos, se o Estado não dá aos pais escolas para os filhos serem ensinados? Se o país prefere reunir as crianças numa camioneta e fazê-las passear horas até as reunir numa imensa escola longe de casa? Se prefere deixar morrer o interior?
Sabugueiro e Santana são duas localidades simpáticas entre Montemor e Arraiolos, duas terras onde se diz que irão encerrar escolas, duas terriolas onde me desloco variadas vezes e onde compro, no comércio local e para o ajudar, tudo o que tenham para me vender e me faça falta nas temporadas em que lá estou. Faço-o, por vezes pagando conscienciosamente mais do que noutros estabelecimentos maiores existentes relativamente perto (em Montemor e Arraiolos), para ajudar a população local e manter o comércio, as gentes, a população, a vida. O meu contributo é reduzido, seguramente, mas o Governo socialista não quer fazer nenhum. Isso é que é criminoso.
Postado por Fernando Martins às 23:46 0 bocas
Marcadores: desertificação do Interior, Escola, José Sócrates, Ministério da Educação
Poema declamado de Pessoa
Postado por Fernando Martins às 19:46 0 bocas
Marcadores: Fernando Pessoa, poesia
Fernando Pessoa nasceu há 122 anos
Fernando António Nogueira Pessoa (Lisboa, 13 de Junho de 1888 — Lisboa, 30 de Novembro de 1935), mais conhecido como Fernando Pessoa, foi um poeta e escritor português.
É considerado um dos maiores poetas da Língua Portuguesa, e da Literatura Universal, muitas vezes comparado com Luís de Camões. O crítico literário Harold Bloom considerou a sua obra um "legado da língua portuguesa ao mundo".
Por ter crescido na África do Sul, para onde foi aos sete anos em virtude do casamento de sua mãe, Pessoa aprendeu a ler e escrever na língua inglesa. Das quatro obras que publicou em vida, três são na língua inglesa. Fernando Pessoa dedicou-se também a traduções desse idioma.
Durante uma vida discreta, trabalhou em Jornalismo, em Publicidade, no Comércio, ao mesmo tempo que compunha a sua obra literária. Como poeta, desdobrou-se em diversas personagens conhecidas como heterónimos, objeto da maior parte dos estudos sobre sua vida e sua obra. Centro irradiador da heteronímia, auto-denominou-se um "drama em gente".
Fernando Pessoa morreu de cirrose hepática aos 47 anos, na cidade onde nasceu. Sua última frase foi escrita em Inglês: "I know not what tomorrow will bring… " ("Não sei o que o amanhã trará").
Sou um evadido.
Logo que nasci
Fecharam-me em mim,
Ah, mas eu fugi.
Se a gente se cansa
Do mesmo lugar,
Do mesmo ser
Por que não se cansar?
Minha alma procura-me
Mas eu ando a monte,
Oxalá que ela
Nunca me encontre.
Ser um é cadeia,
Ser eu é não ser.
Viverei fugindo
Mas vivo a valer.
Fernando Pessoa
Postado por Fernando Martins às 15:20 1 bocas
Marcadores: Fernando Pessoa, poesia
Sobre a desertificação das aldeias do interior pelo governo via Ministério da Educação
Postado por Fernando Martins às 14:05 0 bocas
Marcadores: encerramento, Escola, fartar vilanagem, Ministério da Educação, Vila Franca das Naves
Parabéns Fernando Pessoa
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.
Fernando Pessoa
Postado por Pedro Luna às 10:52 0 bocas
Marcadores: aniversário, Fernando Pessoa, poesia
Falso alarme de tsunami em sismo no Oceano Índico
Postado por Fernando Martins às 01:35 0 bocas
Marcadores: sismo, sismologia, tsunami
A ética republicana e socialista - versão Ricardo "Larápio" Rodrigues
Postado por Pedro Luna às 01:20 0 bocas
Marcadores: Assembleia da República, ética, ética republicana, face oculta, Farfalha, Ladrão, PS, Ricardo Rodrigues
Música para recordar o Dia de Lisboa
RECADO A LISBOA
Lisboa querida mãezinha
Com o teu xaile traçado
Recebe esta carta minha
Que te leva o meu recado
Que Deus te ajude, Lisboa
A cumprir esta mensagem
Dum português que está longe
E que anda sempre em viagem
Vai dizer adeus à Graça
Que é tão bela, que é tão boa
Vai por mim beijar a Estrela
E abraçar a Madragoa
E mesmo que esteja frio
Que os barcos fiquem no rio
Parados sem navegar
Passa por mim no Rossio
E leva-lhe o meu olhar
Se for noite de S. João
Lá pelas ruas de Alfama
Acende o meu coração
No fogo da tua chama
Depois leva-o p´la cidade
Num vaso de manjerico
Para matar a saudade
Desta saudade em que fico
Letra de João Villaret
Música de Armando da Câmara Rodrigues
Postado por Fernando Martins às 01:00 0 bocas
Marcadores: 13 de Junho, Francisco José, Lisboa, música, Passa por mim no Rossio, Recado a Lisboa, Santo António
Vasco Santana morreu há 52 anos
Vasco António Rodrigues Santana (Lisboa, 28 de Janeiro de 1898 — Lisboa, 13 de Junho de 1958), mais conhecido como Vasco Santana, foi um dos maiores actores portugueses.
in Wikipédia
Postado por Fernando Martins às 00:50 0 bocas
Marcadores: cinema, Portugal, Vasco Santana
sábado, junho 12, 2010
Música para ouvir enquanto se lê as notícias
Postado por Fernando Martins às 22:38 0 bocas
Marcadores: anos 60, Jim Morrison, José Sócrates, mentirosos, música, The Doors, The End, TVI
sexta-feira, junho 11, 2010
Jacques-Yves Cousteau nasceu há um século
Postado por Fernando Martins às 16:22 0 bocas
Marcadores: Cousteau, Jacques-Yves Cousteau, Oceanografia
O Ministério da Anarquia visto pelo lápis do Antero
Postado por Fernando Martins às 15:34 0 bocas
Marcadores: anarquia, Antero, anterozóide, cartoon, Humor, Ministério da Educação
O Ministério da Anarquia - notícia do Público
Postado por Fernando Martins às 01:11 0 bocas
Marcadores: anarquia, Ministério da Educação, TIC
O Ministério da Anarquia visto pelo Expresso
O ministério anti-professor
Postado por Fernando Martins às 00:01 0 bocas
Marcadores: anarquia, Ministério da Educação, Parque Escolar, Provas de Aferição
quinta-feira, junho 10, 2010
Rumor de raça
Postado por Fernando Martins às 21:30 0 bocas
Marcadores: À Pátria, antigos combatentes, Dia de Portugal, dignidade, Sinfonia, Vianna da Motta
As condecorações do Sr. Silva
Da lista de condecorações destaque ainda para as atribuídas a João Salgueiro, Silva Peneda, Vasco Graça Moura e António Sala.
São estas as personagens que o Sr. Silva considera dignas e meritórias para receberem uma condecoração. Para uns o mérito de terem sido corridos do primeiro governo do Sócrates por não haver registo de grande produtividade.Outros porque sim, outros, talvez por dizerem disparates e outros ainda por entreterem as manhãs das Marias deste nosso Portugal.
Postado por Pedro Luna às 21:20 0 bocas
Marcadores: Cavaco Silva, Dia de Portugal, medalhas
Camões lido na Guarda - 33 anos de decadência moral e cívica
«Os portugueses são de um individualismo mórbido e infantil de meninos que nunca se libertaram do peso da mãezinha; e por isso disfarçam a sua insegurança adulta com a máscara da paixão cega, da obediência partidária não menos cega, ou do cinismo mais oportunista, quando se vêem confrontados, como é o caso desde Abril de 1974, com a experiência da liberdade. Isto não sucedeu só agora, é não é senão repetição de outros momentos da nossa história sempre repartida entre o anseio de uma liberdade que ultrapassa os limites da liberdade possível (ou sejam as liberdades dos outros, tão respeitáveis como a de cada um) e o desejo de ter-se um pai transcendente que nos livre de tomar decisões ou de assumir responsabilidades, seja ele um homem, um partido, ou D. Sebastião. (...) E sejam quais forem as nossas ideias e as nossas situações políticas, nenhum de vós que me escutais ou não, pode viver sem uma ideia que, genericamente, é inerente à própria condição humana: o resistir a tudo o que pretende diminuir-nos ou confinar-nos. (...) Deixem-me todavia recordar-vos que o grande aproveitacionismo de Camões para oportunismos de politicagem moderna não foi iniciado pela reacção. Esta, na verdade, e desde sempre, mesmo quando brandindo Camões, sentia que as mãos lhe ardiam. Aqueles oportunismos foram iniciados com o liberalismo romântico e com o positivismo republicano. E se o Estado Novo tentou apoderar-se de Camões, devemos reconhecer que ele era o herdeiro do nacionalismo político e burguês, inventado e desenvolvido por aquele liberalismo e aquele positivismo naquelas confusões ideológicas que os caracterizavam e de que Camões não tem culpa (...). Além e acima de tudo e todos, a principal personagem da epopeia é Camões ele-mesmo, não só como o autor, não só como o narrador, não só como o crítico severo e implacável de toda a corrupção e de toda a maldade, como o denunciador angustiado de uma decadência moral e cívica que ele via e sentia à sua volta, e o qual constantemente interrompe a narrativa para invectivar com o maior desassombro. (...) Ele é o homem em si, aquele ser que se busca continuamente e ao amor que o projecta para dentro e para fora de si mesmo, e é, como Luís de Camões, o predestinado para ser, ao mesmo tempo, o poeta-herói supremo que realiza, isto é, torna real para a eternidade da poesia, a história de Portugal, e a embarca nos navios de Vasco da Gama para unir o Ocidente ao Oriente. Ao mesmo tempo, este poeta-herói-épico, e o poeta-homem, exemplo de ser-se português, em exílios e trabalhos, em sofrer incompreensões e injustiças , e - ao contrário do que sucede ou sucedeu a alguns - regressar com as mãos vazias, apenas rico de desilusões, de amarguras e do génio que havia posto numa das mais prodigiosas construções jamais criadas, desde que o mundo é mundo (...). E vendo-o no seu tempo, e na visão do mundo que ele teve, sabemos que devemos relê-lo atentamente para saber, que ele, tão orgulhosamente português, entenderia todas as independências, se fosse em vida nosso contemporâneo como ele o é na obra que nos legou, para glória máxima de uma língua falada e escrita ou recordada em todos os continentes. O orgulho de ser-se alguma coisa, o inabalável sentimento de independência e de liberdade, disso ele falou, e sentiu como ninguém. É disso um mestre. Tudo existe na sua obra: o orgulho e a indignação, a tristeza e a alegria prodigiosa, a amargura e o gosto de brincar, e desejo de ser-se um puro espírito de tudo isento e a sensualidade mais desbragada, uma fé inteiramente pessoal, pensada e meditada como ele a queria e não como uma instituição , e a dúvida do presdestinado que se sente todavia só e abandonado a si mesmo. Leiam-no e amem-no: na sua epopeia, nas suas líricas, no seu teatro tão importante, nas suas cartas tão descaradamente divertidas. E lendo-o e amando-o (poucos homens neste mundo tanto reclamaram amor em todos os níveis, e compreensão em todas as profundidades) - todos vós aprendereis a conhecer quem sois aqui e no largo mundo, agora e sempre, e com os olhos postos na claridade deslumbrante da liberdade e da justiça. Ignorar ou renegar Camões não é só renegar o Portugal a que pertencemos, tal como ele foi, gostemos ou não da história dele. É renegarmos a nossa mesma humanidade na mais alta e pura expressão que ela alguma vez assumiu.»
Jorge de Sena, Discurso do 10 de Junho de 1977 na Guarda
Postado por Fernando Martins às 21:15 0 bocas
Marcadores: Dia de Portugal, Jorge de Sena
Camões - como o passado é o espelho destes tristes dias
No mais, Musa, no mais, que a lira tenho
destemperada e a voz enrouquecida,
e não do canto, mas de ver que venho
cantar a gente surda e endurecida.
O favor com que mais se acende o engenho
não no dá a pátria, não, que está metida
no gosto da cobiça e na rudeza
duma austera, apagada e vil tristeza.
Postado por Fernando Martins às 21:00 0 bocas
Marcadores: apagada e vil tristeza, Dia de Portugal, Luís de Camões
Curso de Especialização em Geologia Médica
- Exposição humana à radioactividade nas explorações mineiras abandonadas de jazigos uraníferos.
- Efeitos na saúde derivados da presença de radão no ar e na água.
- Ocorrência de flúor nas águas.
- Ocorrência de arsénio nas águas subterrâneas e seus efeitos adversos para a saúde.
- Origem das águas termais e seus efeitos terapêuticos.
- Benefícios para a saúde de minerais e rochas.
- Efeitos para a saúde da inalação de poeiras geogénicas.
- Investigação aplicada à saúde ambiental.
Postado por Fernando Martins às 20:42 0 bocas
Marcadores: curso, Geologia Médica, Lisboa
Mota Amaral e a mulher do bispo de Worcester
"O despacho do dr. Mota Amaral que proíbe a Comissão de Inquéritos a que preside de usar os documentos que lhe foram enviados por autoridades judiciais competentes é, à primeira vista, incompreensível e insensato. De facto, numa só penada o dr. Mota Amaral contribuiu para desprestigiar não só o sistema judiciário, mas também a Assembleia da República.
Desprestigiou o sistema judiciário porque transmitiu ao país a ideia de que há juízes e procuradores que não se coíbem de praticar actos ilegais que ferem direitos fundamentais dos cidadãos, consignados na Constituição da República. Desprestigiou a Assembleia da República porque a impede de usar meios que são considerados por quem os enviou como essenciais para se chegar à verdade, transformando desse modo a Comissão de Inquérito em mais um espectáculo mediático sem outras consequências que não sejam a de mostrar aos cidadãos que os deputados gostam de perder tempo em tarefas inúteis.
Mas, pensando melhor, pode ter acontecido que, perante a gravidade da situação que se criaria se a Comissão de Inquérito chegasse à conclusão de que o primeiro-ministro tinha mentido - repare-se que isso já levou à destituição do homem mais poderoso do mundo -, o dr. Mota Amaral tenha optado por seguir a sábia atitude de prudência demonstrada pela mulher do bispo de Worcester, num dos mais célebres debates de que há memória em reuniões científicas. (...)
Tanto ele (o bispo de Worcester) como muitas outras autoridades religiosas da época (30 de Junho de 1860) achavam que o «princípio da selecção natural é absolutamente incompatível com a palavra de Deus».
Mais pragmática que os clérigos, a mulher do bispo de Worcester limitou-se a comentar: «Descender de macacos! Essa agora! Esperemos que não seja verdade! Mas se for, rezemos para que não se fique sabendo!».
Perante a gravidade da situação que se criaria se se provasse que o primeiro-ministro tinha mentido ao Parlamento, o dr. Mota Amaral deve ter-se sentido obrigado a tomar a mesma sábia atitude de prudência revelada pela mulher do bispo de Worcester:
«Termos um primeiro-ministro mentiroso?! Era o que mais faltava! Mas, se for verdade, ao menos que não se saiba». "
Postado por Fernando Martins às 18:56 0 bocas
Marcadores: bispo de Worcester, face oculta, José Sócrates, mentirosos, Mota Amaral
Mais música dos anos 80 para celebrar a data
Postado por Pedro Luna às 16:30 0 bocas
Marcadores: anos 80, Dia de Portugal, música, Portugal, Sete Mares, Sétima Legião
Poema de Gedeão para Camões
Soneto
Ao Luís Vaz, recordando o convívio da nossa mocidade.
Não pode Amor por mais que as falas mude
exprimir quanto pesa ou quanto mede.
Se acaso a comoção concede
é tão mesquinho o tom que o desilude.
Busca no rosto a cor que mais o ajude,
magoado parecer os olhos pede,
pois quando a fala a tudo o mais excede
não pode ser Amor com tal virtude.
Também eu das palavras me arredeio,
também sofro do mal sem saber onde
busque a expressão maior do meu anseio.
E acaso perde, o Amor que a fala esconde,
em verdade, em beleza, em doce enleio?
Olha bem os meus olhos, e responde.
in Colóquio Letras, nº55, Maio de 1980
Postado por Pedro Luna às 15:25 0 bocas
Marcadores: António Gedeão, Dia de Portugal, Luís de Camões, poesia
Alguns contributos para a celebração de feriado
Postado por Adelaide Martins às 15:00 0 bocas
Marcadores: deficit, Dia de Portugal, José Sócrates
Música adequada à data
Postado por Pedro Luna às 12:15 0 bocas
Marcadores: anos 80, Dia de Portugal, Heróis do Mar, música, O Inventor, Portugal
Hoje é dia de lusofonia...
Kátia Guerreiro cantando Camões
Perdigão perdeu a pena
Perdigão perdeu a pena
Não há mal que lhe não venha.
Perdigão que o pensamento
Subiu a um alto lugar,
Perde a pena do voar,
Ganha a pena do tormento.
Não tem no ar nem no vento
Asas com que se sustenha:
Não há mal que lhe não venha.
Quis voar a uma alta torre,
Mas achou-se desasado;
E, vendo-se depenado,
De puro penado morre.
Se a queixumes se socorre,
Lança no fogo mais lenha:
Não há mal que lhe não venha.
Luís de Camões
Postado por Fernando Martins às 10:05 0 bocas
Marcadores: Dia de Portugal, Fado, Kátia Guerreiro, Luís de Camões, Perdigão
Poema brasileiro para celebrar a data
Língua Portuguesa
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amo-te assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O génio sem ventura e o amor sem brilho!
Olavo Bilac
Postado por Fernando Martins às 09:00 0 bocas
Marcadores: língua portuguesa, Luís de Camões, Olavo Bilac, poesia
Cantar Camões
Pois meus olhos não cansam de chorar
Pois meus olhos não cansam de chorar
tristezas, que não cansam de cansar-me;
pois não abranda o fogo, em que abrasar-me
pôde quem eu jamais pude abrandar;
não canse o cego Amor de me guiar
a parte donde não saiba tornar-me;
nem deixe o mundo todo de escutar-me,
enquanto me a voz fraca não deixar.
E se em montes, rios, ou em vales,
piedade mora, ou dentro mora Amor
em feras, aves, prantas, pedras, águas,
ouçam a longa história de meus males
e curem sua dor com minha dor;
que grandes mágoas podem curar mágoas.
Luís de Camões
Postado por Fernando Martins às 00:02 0 bocas
Marcadores: Endeixa, Fado, Jorge Fernando, Luís de Camões, música
quarta-feira, junho 09, 2010
Uma Noite com Morcegos na Biblioteca Joanina de Coimbra
"Noite dos Morcegos" no Paço da Escolas
12 de Junho | 21.00-24.00 horas
Entrada livre
Em Portugal existem 26 espécies de morcegos e 9 encontram-se em perigo. Na Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra existe uma colónia de morcegos que tem um papel activo no controlo das traças do papel.
Venha participar na Noite dos Morcegos no Sábado, 12 de Junho de 2010, no Paço das Escolas, onde vamos receber dois cientistas que nos vão contar tudo sobre os morcegos.
PROGRAMA:
21.00
A FADA PALAVRINHA E O GIGANTE DAS BIBLIOTECAS
CONTO / CAMALEÃO
Biblioteca Joanina
Público-alvo: crianças
21.00 – 22.00
À PROCURA DE MORCEGOS
DETECÇÃO DE MORCEGOS COM DETECTORES DE ULTRA-SONS
Paço da Escolas
22.00
CONVERSAS COM CIENTISTAS
A VIDA (ÍNTIMA) DOS MORCEGOS
Luísa Rodrigues (ICNB) e Hugo Rebelo (CIBIO)
Biblioteca Joanina
23.00
MORCEGOS E VAMPIROS
CONTO / CAMALEÃO
Paço da Escolas
Público-alvo: jovens e adultos
21.00 às 24.00
EXPOSIÇÃO
MORCEGOS E ILUSTRAÇÕES HISTÓRICAS DAS COLECÇÕES DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA
Biblioteca Joanina
ACTIVIDADES SOBRE MORCEGOS
Paço das Escolas
- QUEM COME MAIS? A ALIMENTAÇÃO DOS MORCEGOS
- ULTRA-SONS. COMO COMUNICAM OS MORCEGOS
- VER COM O ECO. EXPERIÊNCIAS DE ECOLOCAÇÃO
- ASAS E BRAÇOS. COMO VOAM OS MORCEGOS
- ABRIGOS. ONDE VIVEM OS MORCEGOS E CONSTRUÇÃO DE UM ABRIGO
- ARTE COM MORCEGOS. PINTURAS FACIAIS E ARTES PLÁSTICAS
OLHAR O CÉU. OBSERVAÇÕES ASTRONÓMICAS
Paço das Escolas
Organização: Museu da Ciência da Universidade de Coimbra
Colaboração: Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra; Universidade de Coimbra; Camaleão (contadores: Helena Faria, José Geraldo, Marco Paulete, Pedro Correia); e Alpha Centauri
Agradecimentos: FAPAS - Fundo para a protecção dos animais selvagens.
Postado por Fernando Martins às 22:30 0 bocas
Marcadores: Biblioteca Joanina, morcegos, Noite dos Morcegos, observação astronómica, Universidade de Coimbra
O Congresso de Viena terminou há 195 anos
Nove dias antes da derrota definitiva do Imperador Napoleão I, em Waterloo, a Europa redefiniu-se num Congresso em Viena. Neste, por exemplo, Portugal consignou com Espanha a devolução do território de Olivença, facto que ainda não aconteceu.
Tendo nós agora um Primeiro Ministro que, antes de ir para o poleiro, falava muito de novas fronteiras, é a altura ideal para o senhor em causa ir pedir a Madrid, no seu portunhol ou inglês técnico tão característicos, que se cumpra o que se estipulou em tratado...
Não roubarás...!?!
Postado por Fernando Martins às 19:06 0 bocas
Marcadores: Assembleia da República, ética, ética republicana, Farfalha, Ladrão, ladrões, PS, Ricardo Rodrigues
A ética republicana no reino do socialismo
O período de nojo e a ética da inalação
Postado por Pedro Luna às 14:49 0 bocas
Marcadores: contentores, ética republicana, Manuel Frasquilho, Mota-Engil, Porto de Lisboa, PS
Como desertificar o interior de Portugal
Postado por Pedro Luna às 14:31 0 bocas
Marcadores: anarquia, encerramento, Escola, Lamego, Ministério da Educação, Várzea de Abrunhais
terça-feira, junho 08, 2010
Pedido de ajuda aos nossos leitores
Para perceberem o que quero dizer, imaginem o conjunto formado por uma Escola de 2º e 3º Ciclo, mais 20 ou 30 Escolas de 1º Ciclo e ainda 10 ou 12 Jardins de Infância, tudo sobre as ordem de um único Director, que mandará em mais 3.000 alunos, 300 professores e 100 funcionários (agora, em eduquês, são Assistentes Operacionais...), em territórios com centenas de quilómetros quadrados.
Uma das Escolas que teve direito a este presente foi aquela onde fiz o 9º Ano - o Agrupamento de Escolas de Vila Franca das Naves. Como natural desta localidade acho uma tristeza que se destrua a Escola que teve, o passado ano escolar, as melhores notas nos exames de 9º Ano no distrito da Guarda.
No caso que aqui apresento, as Escolas de concelho de Trancoso ficarão agrupadas, tendo como Escola Sede a Escola Secundária de Trancoso, havendo gradualmente a ida de todos os alunos deste gigantesco concelho para um único pólo na localidade sede desta autarquia.
Para perceberem melhor o que se passa, recomendo que leiam, no Blog Vila Franca das Naves, os seguintes posts:
- Mais uma notícia sobre a destruição do nosso Agrupamento de Escolas
- Outra notícia sobre a extinção do nosso Agrupamento de Escolas
- A destruição do Agrupamento de Escolas de Vila Franca das Naves em notícia
- Pequeno contributo para perceber porque é estúpido extinguir o Agrupamento de Escolas de Vila Franca das Naves
- Petição Vamos Defender o Agrupamento de Escolas de Vila Franca das Naves
- Querem roubar-nos o Agrupamento de Escolas de Vila Franca das Naves!
Assim, porque não podemos aceitar esta incompreensível imposição, foi lançada a Petição Vamos Defender o Agrupamento de Escolas de Vila Franca das Naves, para a qual peço a vossa atenção e leitura e, caso concordem, sugiro que também sejam subscritores. O Agrupamento de Escolas de Vila Franca das Naves e a minha vila local merecem a vossa ajuda...
Postado por Fernando Martins às 22:27 0 bocas
Marcadores: anarquia, Escola, Ministério da Educação, Vila Franca das Naves
Sobre a nova estapafúrdia ideia de passar os cábulas do 8º para o 10º Ano
Disse agora mesmo que "o esforço é essencial. O estudo."
Esta ideia de "estudo" já foi apresentada pelo próprio primeiro-ministro, um estudioso de Domingo e é uma ideia que se contrapõe a "saber". Saber não é preciso. O que importa é o "estudo".
E Isabel Alçada uma improvável ministra da Educação acabou por dizer, depois disto que " Isto não é qualquer facilitismo". E comprova-o: haverá exames. Difíceis, pela certa e nada para cábulas ou incapazes.
Facilitismo no M.E.? Olha que coisa! Quem se lembraria de tal ...
Postado por Fernando Martins às 22:24 0 bocas
Marcadores: anarquia, Escolas, Ministério da Educação
Umas pequenas dúvidas legais sobre o post anterior...
Mais uma dúvida chata a juntar ao par do vizinho
É que o nº3 do art.º 2.º do Decreto-lei nº 32/2007 a isso obriga.
3—O CE deve ainda ser obrigatoriamente ouvido sobre tudo quanto diga respeito à reestruturação da rede pública de estabelecimentos de educação, sendo chamado a pronunciar-se, designadamente, sobre a sua criação, integração, modificação e extinção.
Já agora, o CE havia de mostrar a todas as escolas e ao país os outros 2.500 pareceres que deu sobre o encerramento das 2.500 escolas de que tanto se gabam os nossos medíocres governantes.
Postado por Fernando Martins às 22:12 0 bocas
Marcadores: anarquia, Educação S.A., Ministério da Educação, Reitor
Ministério da Anarquia
Postado por Fernando Martins às 22:08 0 bocas
Marcadores: anarquia, Ministério da Educação
Sobre a parvoeira do exame para levar alguns alunos do 8º para o 10º Ano
O Despacho que permite a alunos que frequentem o 8.º ano transitarem para o 10.º, desde que tenham mais de 15 anos e que passem em exames (de âmbito nacional e de escola), viola duplamente a nossa Constituição, pois põe em causa não um, mas dois princípios da mesma: o da igualdade e o da obrigatoriedade do ensino básico para todos. A opinião é de Bacelar Gouveia e de Guilherme da Fonseca, especialistas em Direito Constitucional.
O primeiro aponta uma dúvida crucial do nosso sistema educativo: "a escolaridade obrigatória é apenas em termos de aprovação dos exames ou é-o também de presença nas aulas?"
O segundo aponta um problema que se levantou no De Rerum Natura: "um bom aluno do 8º ano, ao transitar para o 9º, vê-se discriminado porque tem que frequentar o ano lectivo, ao contrário daqueles que se submeterem a exames."
Postado por Fernando Martins às 21:56 0 bocas
Marcadores: exames, Ministério da Educação
domingo, junho 06, 2010
Como pode ajudar o Ministério da Educação a desertificar o interior do país?
Postado por Fernando Martins às 20:39 0 bocas
Marcadores: desertificação do Interior, Escola, Ministério da Educação
sábado, junho 05, 2010
O Dia do Ambiente em música
Postado por Fernando Martins às 00:09 0 bocas
Marcadores: Amália Rodrigues, anos 70, Caldeirada, Dia Mundial do Ambiente, Fado, música
sexta-feira, junho 04, 2010
Porque certos cantores não envelhecem...
Postado por Pedro Luna às 15:34 0 bocas
Marcadores: Encosta-te a mim, Jorge Palma, música
Jorge Palma - 60 anos!
Postado por Fernando Martins às 00:01 0 bocas
Marcadores: 2004, Jorge Palma, música, Valsa de um homem carente