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sábado, fevereiro 03, 2024

Gertrude Stein nasceu há 150 anos...!


Gertrude Stein (Allegheny, Pennsylvania, February 3, 1874 – Neuilly-sur-Seine, July 27, 1946) was an American novelist, poet, playwright, and art collector. Born in Allegheny, Pennsylvania (now part of Pittsburgh), and raised in Oakland, California, Stein moved to Paris in 1903, and made France her home for the remainder of her life. She hosted a Paris salon, where the leading figures of modernism in literature and art, such as Pablo Picasso, Ernest Hemingway, F. Scott Fitzgerald, Sinclair Lewis, Ezra Pound, Sherwood Anderson and Henri Matisse, would meet.

In 1933, Stein published a quasi-memoir of her Paris years, The Autobiography of Alice B. Toklas, written in the voice of Alice B. Toklas, her life partner. The book became a literary bestseller and vaulted Stein from the relative obscurity of the cult-literature scene into the limelight of mainstream attention. Two quotes from her works have become widely known: "Rose is a rose is a rose is a rose", and "there is no there there", with the latter often taken to be a reference to her childhood home of Oakland.

Her books include Q.E.D. (1903), about a lesbian romantic affair involving several of Stein's friends; Fernhurst, a fictional story about a love triangle; Three Lives (1905–06); The Making of Americans (1902–1911); and Tender Buttons (1914).

Her activities during World War II have been the subject of analysis and commentary. As a Jew living in Nazi-occupied France, Stein may have only been able to sustain her lifestyle as an art collector, and indeed to ensure her physical safety, through the protection of the powerful Vichy government official and Nazi collaborator Bernard Faÿ. After the war ended, Stein expressed admiration for another Nazi collaborator, Vichy leader Marshal Pétain.
     
  
  
 
Susie Asado
 
Sweet sweet sweet sweet sweet tea.
Susie Asado.
Sweet sweet sweet sweet sweet tea.
Susie Asado.
Susie Asado which is a told tray sure.
A lean on the shoe this means slips slips hers.
When the ancient light grey is clean it is yellow, it is a silver seller.
This is a please this is a please there are the saids to jelly.
These are the wets these say the sets to leave a crown to Incy.
Incy is short of incubus.
A pot. A pot is a beginning of a rare bit of trees. Trees tremble,
the old vats are in bobbles, bobbles which shade and shove and
render clean, render clean must.
Drink pups.
Drink pups drink pups lease a sash hold, see it shine and a bobolink
has pins. It shows a nail.
What is a nail. A nail is unison.
Sweet sweet sweet sweet sweet tea. 
 

Gertrude Stein

terça-feira, janeiro 30, 2024

Francis Poulenc morreu há 61 anos

Poulenc e Wanda Landowska
    
Francis Jean Marcel Poulenc (Paris, 7 de janeiro de 1900 – Paris, 30 de janeiro de 1963) foi um compositor e pianista francês, membro do grupo Les Six, autor de obras que abarcam a maior parte dos géneros musicais, incluindo canção, música de câmara, oratório, ópera, música para bailado e música orquestral. O crítico Claude Rostand, num artigo do Paris-Presse, de julho de 1950, descreveu Poulenc como "meio monge, meio mau rapaz" ("le moine et le voyou"), uma etiqueta que lhe ficou associada para o resto da vida.
Poulenc aprendeu piano com a sua mãe e começou a compor com sete anos de idade. Aos quinze anos estudou com Ricardo Vinhes, que encorajou a sua ambição de compor e o apresentou a Satie, Casella, Auric e outros. Em 1917 a sua Rapsodie Nègre deu-lhe uma proeminência notável em Paris, como um dos compositores encorajados por Satie e Cocteau, que os designava como "Les Nouveaux Jeunes" (Os novos jovens). Mesmo assim os seus conhecimentos técnicos eram escassos - Poulenc nunca frequentou o Conservatório - pelo que em 1920 decidiu estudar harmonia durante três anos com Charles Koechlin, mas nunca estudou Contraponto nem Orquestração, pelo que parte dos seus conhecimentos eram intuitivos. Em 1920 um crítico musical, Henri Collete escolheu 6 destes "Nouveaux Jeunes" e chamou-lhes "Les Six"; Poulenc fazia parte deste grupo. Deram concertos juntos, sendo um dos seus artigos de fé que se inspiravam no «folclore parisiense», isto é, nos músicos de rua, nos teatros musicais, nas bandas de circo.
A vida de Poulenc foi uma vida de constante luta interna ("meio monge, meio mau rapaz"). Tendo nascido e sido educado na religião católica, Poulenc debatia-se com a conciliação dos seus desejos sexuais pouco ortodoxos à luz das suas convicções religiosas. Poulenc referiu a Chanlaire que "Sabes que sou sincero na minha fé, sem excessos de messianismo, tanto como sou sincero na minha sexualidade parisiense." Alguns autores consideram mesmo que Poulenc foi o primeiro compositor abertamente homossexual, embora o compositor tenha mantido relações sentimentais e físicas com mulheres e tenha sido pai de uma filha, Marie-Ange.
A sua primeira relação afectiva importante foi com o pintor Richard Chanlaire, a quem dedicou o seu Concert champêtre: "Mudaste a minha vida, és o sol dos meus trinta anos, uma razão para viver e trabalhar." Em 1926, Francis Poulenc conhece o barítono Pierre Bernac, com o qual estabelece uma forte relação afectiva, e para quem compõe um grande número de melodias. Alguns autores indicam que esta relação tinha carácter sexual, embora a correspondência entre os dois, já publicada, sugira fortemente que não. A partir de 1935 e até à sua morte, em 1963, acompanha Bernac ao piano em recitais de música francesa por todo o mundo. Pierre Bernac é considerado como "a musa" de Poulenc.
Poulenc foi profundamente afectado pela morte de alguns dos seus amigos mais próximos. O primeiro foi a morte prematura de Raymonde Linossier, uma jovem com quem Poulenc tinha esperanças de casar. Embora Poulenc tivesse admitido que não tinha nenhum interesse sexual em Linossier, eram amigos de longa data. Em 1923, Poulenc ficou chocado e inanimado durante um par de dias depois da sua morte, aos 20 anos, na sequência de febre tifóide, do seu amigo, o romancista Raymond Radiguet. Já em 1936, o seu grande amigo Pierre-Octave Ferroud morreu num acidente de automóvel na Hungria, na sequência do qual visitou a Virgem Negra de Rocamadour. Em 1949, a morte de outro grande amigo, o artista Christian Bérard, esteve na origem da composição do seu Stabat Mater.
O ambiente parisiense da época é fielmente representado na versão de Poulenc de "Cocards" de Cocteau. Esta obra chamou a atenção de Stravinski que recomendou Poulenc a Sergei Diaguilev, sendo o resultado desta colaboração o ballet "Les Biches", no qual ele expressa a sofisticação frágil dos ano 20, uma compreensão verdadeira do idioma do jazz e (no adagietto) do lirismo romântico que cada vez mais influenciou a sua obra.
As suas obras mais conhecidas são talvez as canções para voz e piano, em especial as escritas a partir de 1935, quando começou a acompanhar o grande barítono francês Pierre Bernac. As suas versões de poemas de Apollinaire e do seu amigo Paul Eluard são particularmente boas, cobrindo uma vasta gama de emoções.
Compôs três óperas, sendo a mais conhecida "Les Dialogues des Carmélites" (1953-56), baseada em trágicos acontecimentos da Revolução Francesa, e as suas obras religiosas têm um toque de êxtase como o que apenas se encontra nas obras de Haydn. Das suas obras instrumentais, o concerto para órgão (1938) é muito original no tratamento do instrumento solista.
A sua música, eclética e ao mesmo tempo pessoal, é essencialmente diatónica e melodiosa, embelezada com dissonâncias do século XX. Tem talento, elegância, profundidade de sentimento e um doce-amargo que são derivados da sua personalidade alegre e melancólica. A morte acidental do seu grande amigo Pierre-Octave Ferroud conjugada com uma peregrinação à Virgem Negra de Rocamadour, em 1935, levaram Poulenc a regressar ao catolicismo, resultando em composições em tom mais austero e sombrio.
    

 


sábado, janeiro 27, 2024

Martin Degville, o vocalista dos Sigue Sigue Sputnik, celebra hoje 63 anos

       
Martin Degville
(Walsall, 27 January 1961) was the lead singer and co-songwriter of the UK pop band, Sigue Sigue Sputnik – which had a worldwide hit single in 1986 with "Love Missile F1-11" – and six other EMI single releases. Sputnik was formed with ex-Generation X bassist Tony James.
       

 


quinta-feira, janeiro 25, 2024

Ellen DeGeneres - 66 anos

   
DeGeneres é a única pessoa a ter apresentado os Óscares (2007 e 2014), os Prémios Emmy e os Grammys. Participou em diversos filmes, entre os quais se destaca o seu papel como Dory nos filmes Finding Nemo e Finding Dory, foi também jurada do reality show American Idol, forneceu o papel da voz como Spike, de Felix and the Rise of the Atlantic Queen e protagonista da série Ellen. Foi a apresentadora de seu próprio talk show, o The Ellen DeGeneres Show, de 2003 até 2022.
     

terça-feira, janeiro 23, 2024

Samuel Barber morreu há quarenta e três anos...

     

Samuel Osmond Barber II (West Chester, Pennsylvania, March 9, 1910 – Manhattan, January 23, 1981) was an American composer of orchestral, opera, choral, and piano music. He is one of the most celebrated composers of the 20th century; music critic Donal Henahan stated, "Probably no other American composer has ever enjoyed such early, such persistent and such long-lasting acclaim."

His Adagio for Strings (1936) has earned a permanent place in the concert repertory of orchestras. He was awarded the Pulitzer Prize for Music twice: for his opera Vanessa (1956–57) and for the Concerto for Piano and Orchestra (1962). Also widely performed is his Knoxville: Summer of 1915 (1947), a setting for soprano and orchestra of a prose text by James Agee. At the time of Barber's death, nearly all of his compositions had been recorded.

  

 


sábado, janeiro 20, 2024

Will Young, músico e ator, faz hoje 45 anos...!


William Robert "Will" Young (Wokingham, Berkshire, 20 de janeiro de 1979) é um cantor, compositor e ator inglês. Ele atingiu a fama em 2002, após vencer a primeira edição do programa de TV Pop Idol, precursor do formato do programa Ídolos.

Young concorreu a inúmeros prémios de música, tendo conquistado muitos destes e tendo vendido mais de oito milhões de álbuns até agora.
O seu primeiro single, "Anything Is Possible/Evergreen" figura até hoje entre os vinte singles com mais vendas de toda a história no Reino Unido.
    

 


quinta-feira, janeiro 18, 2024

Saudades de Ary...

 

Desfolhada Portuguesa - Simone de Oliveira
      

Corpo de linho
Lábios de mosto
Meu corpo lindo
Meu fogo posto
Eira de milho
Luar de Agosto
Quem faz um filho
Fá-lo por gosto

É milho-rei
Milho vermelho
Cravo de carne
Bago de amor
Filho de um rei
Que sendo velho
Volta a nascer
Quando há calor

Minha palavra dita à luz do sol nascente
Meu madrigal de madrugada
Amor amor amor amor amor presente
Em cada espiga desfolhada

Minha raiz de pinho verde
Meu céu azul tocando a serra
Oh minha mágoa e minha sede
Oh mar ao sul da minha terra

É trigo loiro
É além tejo
O meu país
Neste momento
O sol o queima
O vento o beija
Seara louca em movimento

Minha palavra dita à luz do sol nascente
Meu madrigal de madrugada
Amor amor amor amor amor presente
Em cada espiga desfolhada

Olhos de amêndoa
Cisterna escura
Onde se alpendra
A desventura
Moira escondida
Moira encantada
Lenda perdida
Lenda encontrada

Oh minha terra
Minha aventura
Casca de noz
Desamparada
Oh minha terra
Minha lonjura
Por mim perdida
Por mim achada

Minha palavra dita à luz do sol nascente
Meu madrigal
De madrugada
Amor amor, amor amor, amor presente
Em cada espiga desfolhada

 

Hoje é dia de cantar Ary dos Santos...

 

Meu Amor, Meu Amor
Poema de Ary dos Santos
Música de Alain Oulman

   
  

Meu amor meu amor
meu corpo em movimento
minha voz à procura
do seu próprio lamento.

Meu limão de amargura meu punhal a escrever
nós parámos o tempo não sabemos morrer
e nascemos nascemos
do nosso entristecer.

Meu amor meu amor
meu nó e sofrimento
minha mó de ternura
minha nau de tormento

Este mar não tem cura este céu não tem ar
nós parámos o vento não sabemos nadar
e morremos morremos
devagar devagar.

 

NOTA: Lhasa de Sela também contou esta música:

 

 


terça-feira, janeiro 16, 2024

Susan Sontag nasceu há noventa e um anos...

   
Susan Sontag
(Nova Iorque, 16 de janeiro de 1933 - Nova Iorque, 28 de dezembro de 2004) foi uma premiada escritora, ensaista, cineasta, filósofa, professora, crítica de arte e ativista dos Estados Unidos. Escreveu extensivamente sobre fotografia, cultura e media e atuou nas causas anti-guerra, em prol dos direitos humanos e campanhas sobre a SIDA. Além de posicionada ideologicamente no campo da esquerda, Sonstag era bissexual. Os seus ensaios normalmente repercutiam bastante e ela foi descrita como "uma das críticas mais influentes de sua geração".
Formou-se na Universidade de Harvard. Escreveu, sobretudo, ensaios, mas também publicou romances. A sua primeira grande obra foi o ensaio Notes on 'Camp', em 1964. As suas obras mais conhecidas são Contra a interpretação (1966), A vontade radical (1968), Sobre a Fotografia (1977), A doença como metáfora (1978), bem como as obras de ficção The Way We Live Now (1986), The Volcano Lover (1992) e In America (1999), pelo qual recebeu em 2000 um dos mais importantes prémios do seu país, o National Book Award.

Teve intensa participação em periódicos, publicando artigos em revistas como The New Yorker e The New York Review of Books e no jornal The New York Times.

Também é conhecida pelo seu ativismo, tendo viajado para áreas de conflito, incluindo a Guerra do Vietnã e o Cerco de Sarajevo. Escreveu extensivamente sobre fotografia, cultura e media, SIDA e doenças, direitos humanos. Foi descrita como "uma das críticas mais influentes de sua geração".

Em um de seus últimos artigos, publicado em maio de 2004 no jornal The New York Times, Sontag afirmou que "a história recordará a Guerra do Iraque pelas fotografias e vídeos das torturas cometidas pelos soldados americanos na prisão de Abu Ghraib".

Faleceu aos 71 anos de idade de síndrome mielodisplásica seguida de uma leucemia mielóide aguda, em 28 de dezembro de 2004. 

 

Percurso

Sontag nasceu, com o nome de Susan Rosenblatt, na cidade de Nova Iorque, filha do judeu norte-americano Jack Rosenblatt e da sua esposa, Mildred Jacobsen, ambos judeus de ascendência lituana e polaca. O seu pai administrava um negócio de comércio de peles na China, onde morreu de tuberculose em 1939, quando Susan tinha cinco anos. Sete anos depois, a mãe de Sontag casou-se com o capitão do Exército dos EUA, Nathan Sontag. Susan e sua irmã, Judith, adotaram o sobrenome do padrasto, embora ele não as tenha adotado formalmente. Sontag não teve uma educação religiosa e disse que não entrou numa sinagoga até meados dos 20 anos.

Sontag morou em Long Island, Nova York, depois em Tucson, Arizona, e mais tarde em San Fernando Valley, no sul da Califórnia, onde se formou na North Hollywood High School aos 15 anos. Ela começou os seus estudos de graduação na Universidade da Califórnia, Berkeley, mas transferiu-se para a Universidade de Chicago. Em Chicago, dedicou-se aos estudos de filosofia, história antiga e literatura. Ela formou-se em Artes aos 18 anos e foi eleita para Phi Beta Kappa. Enquanto estava em Chicago,  tornou-se amiga do então colega estudante Mike Nichols. Em 1951, um seu trabalho foi publicado pela primeira vez na edição de inverno da Chicago Review.

Apesar de ter se tornado consciente da sua atração por mulheres no início da adolescência, casou-se aos 17 com Philip Rieff em Chicago após um namoro de dez dias. O casamento duraria oito anos, durante os quais ela trabalhou no ensaio Freud: The Mind of the Moralist, que seria atribuído unicamente a Philip Rieff, no âmbito do acordo no divórcio que ocorreu entre ambos em 1958. O casal teve um filho, David Rieff, que seria mais tarde o editor da obra da mãe e escritor ele próprio.

Em 1952 e 1953, Sontag seria professora de inglês na Universidade de Connecticut. Também frequentou a Universidade de Harvard para a pós-graduação, inicialmente estudando literatura com Perry Miller e Harry Levin, antes de entrar na filosofia e teologia com Paul Tillich, Jacob Taubes, Raphael Demos e Morton White. Depois de completar Mestrado em filosofia, Sontag iniciou a sua pesquisa de doutoramento em metafísica, ética, filosofia grega e filosofia continental e teologia, na mesma instituição.

O filósofo Herbert Marcuse viveu com Sontag e Rieff durante um ano enquanto escrevia Eros and Civilization.

Premiada com uma bolsa de estudos da American Association of University Women's para o ano académico de 1957-1958 no St. Anne's College, na Universidade de Oxford, teve aulas com Iris Murdoch, Stuart Hampshire, A. J. Ayer e H. L. A. Hart, enquanto também participava dos seminários B. Phil de J. L. Austin e das palestras de Isaiah Berlin. Apesar da bolsa, transfere-se para a Universidade de Paris (a Sorbonne). Em Paris, Sontag encontrou artistas e académicos expatriados, incluindo Allan Bloom, Jean Wahl, Alfred Chester, Harriet Sohmers e María Irene Fornés.

Ela mudou-se para Nova York em 1959 para viver com Fornés pelos próximos sete anos, recuperando a custódia de seu filho e lecionando em universidades enquanto a sua reputação literária crescia.

  

domingo, janeiro 14, 2024

Yukio Mishima nasceu há 99 anos...

     
Yukio Mishima (Tóquio, 14 de janeiro de 1925  - Tóquio, 25 de novembro de 1970) é o nome artístico utilizado por Kimitake Hiraoka, novelista e dramaturgo japonês mundialmente conhecido por romances como O Templo do Pavilhão Dourado e Cores Proibidas. Escreveu mais de 40 novelas, poemas, ensaios e peças modernas de teatro Kabuki e Nô.
   
Origens
Kimitake Hiraoka nasceu no dia 14 de janeiro de 1925, em Tóquio. Teve uma infância problemática marcada por eventos que mais tarde influenciariam fortemente a sua literatura. Ainda criança foi separado dos seus pais e passou a viver com a avó paterna, uma aristocrata ainda ligada à Era Tokugawa. A avó mal deixava a criança sair de sua vista, de forma que Kimitake teve uma infância isolada. Muitos biógrafos de Mishima acreditam emergir desta época seu interesse pelo Kabuki e a sua obsessão pelo tema da morte.
Aos doze anos Kimitake voltou a viver com os pais e começou a escrever suas primeiras histórias. Matriculou-se num colégio de elite em Tóquio. Seis anos depois, publicou numa revista literária um conto que posteriormente foi editado em livro. O seu pai, um funcionário burocrático do governo, era totalmente contra as suas pretensões literárias. Nessa época adotou o pseudónimo Yukio Mishima, em parte para ocultar seus trabalhos literários do conhecimento paterno. Foi recrutado pelas forças japonesas durante a Segunda Guerra Mundial, porém ficou fora das linhas de frente por motivos físicos e de saúde. Este facto tornou-se depois fator de grande remorso para Mishima que testemunhou a morte dos seus compatriotas e perdeu a oportunidade de ter uma morte heroica. Forçado pelo pai, matriculou-se na Universidade de Tóquio, onde se formou em Direito. Após a licenciatura conseguiu um emprego promissor no Ministério das Finanças. No entanto, tornou-se tão desgostoso que, por fim, convenceu o pai a aceitar a sua carreira literária. O seu pai, um sujeito rude e disciplinador, teria dito que, já que era para ser escritor, era melhor ele se tornar o melhor escritor que o Japão já viu.
 
Início da carreira literária 
Mishima tinha 24 anos quando publicou Confissões de Uma Máscara, uma história com sabores autobiográficos de um jovem talento homossexual que precisa se esconder atrás de uma máscara para evitar a sociedade. O romance acabou alcançando um tremendo sucesso literário, o que levou Mishima a um estado de celebridade e seguiu a outras publicações e traduções, de forma a ficar internacionalmente conhecido. Yukio Mishima concorreu a três Prémios Nobel de literatura, sendo o último deles concedido a seu amigo, Yasunari Kawabata, que o introduziu aos círculos literários de Tóquio nos anos 40.
Depois da publicação de Confissões de Uma Máscara, Mishima adquire uma postura mais realista e ativa, tentando deixar para trás o jovem frágil e obsessivo. Começa a praticar artes marciais e junta-se ao Exército de Auto-Defesa japonês, onde, um ano depois, forma o Tatenokai (Sociedade da Armadura), uma entidade de extrema direita, composta por jovens estudantes de artes marciais que estudavam o Bushido sob a disciplina e tutela de Mishima. Casou-se em 1958 com Yoko Sugiyama, tendo com ela um filho e uma filha. Nos últimos dez anos de sua vida, atuou como ator em filmes e co-dirigiu uma adaptação de uma de suas histórias.
 
Tentativa de golpe de estado e seppuku 
Em 25 de novembro de 1970, Yukio Mishima, acompanhado de 4 membros do Tatenokai tentaram forçar a  rendição do comandante do quartel general das Forças de Auto-Defesa japonesas em Tóquio. Ele realizou um discurso patriótico, na tentativa de persuadir os soldados do quartel a restituírem ao Imperador os seus poderes. Notando a indiferença dos soldados, Yukio Mishima cometeu seppuku, sendo assistido por Hiroyasu Koga, uma vez que Masakatsu Morita, o seu amante, falhou no momento final.
“A vida humana é finita mas eu gostaria de viver para sempre”, escreveu Mishima na manhã antes da sua morte.
Acredita-se que Mishima tenha preparado o seu suicídio durante um ano. Segundo John Nathan, o seu biógrafo, tradutor e amigo, teria criado este cenário apenas como pretexto para o suicídio ritual com o qual sempre sonhou. Quando morreu, Mishima tinha acabado de escrever O Mar da Fertilidade.
  
   

quinta-feira, janeiro 11, 2024

Saudades de Al Berto...

Vincent Van Gogh, La Nuit Etoilée

   
se te nomeasse cintilarias

se te nomeasse cintilarias
no beco de uma cidade desfeita
e o chumbo dos labirintos derreter-se-ia
na veia branca da noite uma estátua
de areia talvez um barco sulcasse
a cabeleira aquática da fala e
nenhuma porta se abriria sob teus passos

onde estamos? onde vivemos?
no desaguar tenebroso deste rio de penumbra
não beberemos ao futuro do homem
nem festejaremos o rugido triste da fera
moribunda

mas se te nomeasse
que desejo de sexo e da mente a medrosa alegria
em mim permaneceria?

 

  
in
Transumâncias - O Medo - Al Berto

Al Berto nasceu há 76 anos...

(imagem daqui)
  

Al Berto, pseudónimo de Alberto Raposo Pidwell Tavares (Coimbra, 11 de janeiro de 1948 - Lisboa, 13 de junho de 1997), foi um poeta, pintor, editor e animador cultural português.
 
Vida
Nascido no seio de uma família da alta burguesia (origem inglesa por parte da avó paterna). Um ano depois foi viver para o Alentejo. O pai morre cedo, num desastre de viação. Em Sines passa toda a infância e adolescência, até que a família decide enviá-lo para o estabelecimento de ensino artístico Escola António Arroio, em Lisboa.
A 14 de abril de 1967, refratário militar, mudou-se para a Bélgica, onde estudou pintura na École Nationale Supérieure d’Architecture et des Arts Visuels (La Cambre), em Bruxelas.
Após concluir o curso, decide abandonar a pintura em 1971 e dedicar-se exclusivamente à escrita.
Regressa a Portugal a 17 de novembro de 1974 e escreve o primeiro livro inteiramente na língua portuguesa, À Procura do Vento num Jardim d'Agosto.
O Medo, uma antologia do seu trabalho desde 1974 a 1986, é editado pela primeira vez em 1987. Este veio a tornar-se no trabalho mais importante da sua obra e o seu definitivo testemunho artístico, sendo adicionados em posteriores edições novos escritos do autor, mesmo após a sua morte.
Deixou ainda textos incompletos para uma ópera, para um livro de fotografia sobre Portugal e uma «falsa autobiografia», como o próprio autor a intitulava. Morreu de linfoma. Homossexual assumido, tal facto só foi amplamente conhecido depois da sua morte.
Al Berto morreu em Lisboa, a 13 de junho de 1997.
Em 2009 a Companhia de Teatro O Bando estreia no Teatro Nacional Dona Maria II, em Lisboa, um espectáculo intitulado A Noite a partir de Lunário, Três cartas da memória das Índias, Apresentação da noite, O Medo, À procura do vento num jardim d'Agosto e Dispersos. O espectáculo foi encenado por João Brites e interpretado por Ana Lúcia Palminha e Pedro Gil. Além de Lisboa, o espectáculo esteve ainda no Teatro da Cerca de São Bernardo em Coimbra e no espaço d'O Bando.
 

 

Recado

ouve-me
que o dia te seja limpo e
a cada esquina de luz possas recolher
alimento suficiente para a tua morte

vai até onde ninguém te possa falar
ou reconhecer - vai por esse campo
de crateras extintas - vai por essa porta
de água tão vasta quanto a noite

deixa a árvore das cassiopeias cobrir-te
e as loucas aveias que o ácido enferrujou
erguerem-se na vertigem do voo - deixa
que o outono traga os pássaros e as abelhas
para pernoitarem na doçura
do teu breve coração - ouve-me

que o dia te seja limpo
e para lá da pele constrói o arco de sal
a morada eterna - o mar por onde fugirá
o etéreo visitante desta noite

não esqueças o navio carregado de lumes
de desejos em poeira - não esqueças o ouro
o marfim - os sessenta comprimidos letais
ao pequeno-almoço

 

Al Berto

segunda-feira, janeiro 08, 2024

Graham Chapman, o humorista dos Monty Python, nasceu há 83 anos...

    
Graham Arthur Chapman (Leicester, Leicestershire, 8 de janeiro de 1941 - Maidstone, 4 de outubro de 1989) foi um ator e escritor britânico e membro do grupo Monty Python.
  
(...)
  
Em 1988, a saúde de Graham começou a deteriorar-se. Os seus anos de alcoolismo tinham deixado a sua marca e este tinha o fígado em muito mau estado. No entanto foi algo diferente que o matou - em novembro desse ano, durante uma consulta de rotina no seu dentista, este reparou que as suas amígdalas estavam estranhamente grandes. Mais tarde descobriu-se um tumor maligno nas amígdalas, que teve de remover. Depois de uma consulta com o seu médico, Chapman descobriu que o problema nas amígdalas derivava de um cancro na coluna. Ele foi operado e removeu o tumor, mas ficou confinado a uma cadeira de rodas. Durante o ano de 1989 submeteu-se a várias operações e a tratamentos de radioterapia, mas sempre que retirava um tumor, aparecia-lhe outro ou na coluna ou na garganta. Foi na sua cadeira de rodas que gravou algum material para a celebração dos vinte anos dos Monty Python. Mas, a 1 de outubro, foi hospitalizado em Maidstone, depois de um ataque cardíaco grave que se tornou numa hemorragia interna.
Na noite da sua morte, a 4 de outubro, estavam presentes John Cleese, Michael Palin, o seu companheiro David Sherlock, o seu irmão John e a sua cunhada, no entanto John Cleese teve de ser levado para lidar com a dor e o choque de ver o seu amigo a morrer. Terry Jones e Peter Cook também o tinham visitado nesse dia. A morte de Chapman ocorreu na véspera do 20º aniversário da primeira transmissão do Monty Python's Flying Circus, algo a que Terry Jones chamou o "pior caso de festa perdida da História".
Os Monty Python decidiram não estar presentes no seu funeral, para que este não se tornasse num circo dos media e para dar alguma privacidade à família de Chapman. A sua presença foi marcada de uma forma bastante humorística, como sempre. O grupo enviou o pé característico dos seus programas com a mensagem: "Para o Graham dos outros Pythons. Pára-nos se estivermos a ficar muito patetas". Em vez de marcarem presença no funeral, os Pythons organizaram um Memorial, com todos os amigos de Graham, para celebrar a sua vida. O discurso foi feito por John Cleese e ainda hoje é um dos mais famosos de sempre. Os restantes Pythons também discursaram, sendo que Idle tinha lágrimas nos olhos e disse que Graham tinha preferido morrer a ouvir mais Michael Palin a falar (é conhecido como uma piada dos Monty Python que Palin fala demasiado). Durante a cerimónia foram cantadas músicas como Jerusalem, uma das preferidas de Chapman e Always Look On The Bright Side Of Life. Esta foi cantada pelos amigos mais próximos de Graham, guiados por Eric Idle, que mais tarde confessou ter sido uma das coisas mais difíceis que alguma vez teve de fazer.
   

 


domingo, janeiro 07, 2024

Francis Poulenc nasceu há 124 anos

  
Francis Jean Marcel Poulenc (Paris, 7 de janeiro de 1900 – Paris, 30 de janeiro de 1963) foi um compositor e pianista francês, membro do grupo Les Six, autor de obras que abarcam a maior parte dos géneros musicais, incluindo canção, música de câmara, oratório, ópera, música para bailado e música orquestral. O crítico Claude Rostand, num artigo do Paris-Presse, de julho de 1950, descreveu Poulenc como "meio monge, meio mau rapaz" ("le moine et le voyou"), uma etiqueta que lhe ficou associada para o resto da vida.
   

 


quinta-feira, dezembro 28, 2023

Manuel Puig nasceu há 91 anos

  
Juan Manuel Puig Delledonne (General Villegas, 28 de diciembre de 1932 - Cuernavaca, 22 de julio de 1990) fue un escritor argentino de relevancia mundial por sus novelas Boquitas pintadas, El beso de la mujer araña y Pubis angelical.

Pasó su infancia en su pequeño pueblo natal y emigró a la capital argentina para llevar a cabo sus estudios secundarios. Después de iniciar diferentes estudios superiores, optó por formarse en la cinematografía, para lo cual se trasladó a Italia. No concretó su formación y terminó realizándose como escritor. Vivió en Roma, París, Londres, Estocolmo, México, Nueva York, Río de Janeiro y Cuernavaca. Es autor de ocho novelas y cuatro obras de teatro, además de relatos breves y guiones cinematográficos. Es muy reconocido por su uso de la polifonía literaria y el monólogo interior.

Aunque desde la pubertad se asumió como homosexual, escribió  y militó respecto a este tema, llegando a declarar que algo tan «banal» como la sexualidad no puede definir la identidad de una persona y, por otro lado, opinó que la actividad de las agrupaciones homosexuales tendían a incurrir en el error de separar la cuestión homosexual de otras agrupaciones, comunidades o sectores sociales.​ Con todo, fue miembro fundador del Frente de Liberación Homosexual en 1971 junto al sociólogo e historiador Juan José Sebreli, el abogado y escritor Blas Matamoro y el poeta y escritor Néstor Perlongher.

 

segunda-feira, dezembro 25, 2023

George Michael morreu há sete anos...

   
George Michael, nome artístico de Georgios Kyriacos Panayiotou (Londres, 25 de junho de 1963 - Oxfordshire, 25 de dezembro de 2016), foi um cantor britânico que vendeu mais de 100 milhões de discos no mundo todo.

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No dia 25 de dezembro de 2016, George Michael foi encontrado já sem vida, na sua cama, por seu namorado Fadi Fawaz. Michael Lippman, representante e amigo de Michael, revelou que o cantor morreu por causa de insuficiência cardíaca.
Alguns dias depois, Fawaz comentou no Twitter que George Michael se havia suicidado, após várias tentativas de suicídio. Posteriormente, Fawaz negou os tweets, alegando que as postagens foram feitas por hackers.
Nas semanas que se seguiram, Fawaz foi interrogado e investigado pela polícia britânica. Concluiu-se que o cabeleireiro não teve qualquer envolvimento na morte do cantor.
Em 7 de março de 2017 foi finalizado o inquérito sobre a morte de George Michael. A equipa de legistas de Oxfordshire chegou à conclusão de que o cantor teve morte natural, devido à problemas no coração e no fígado.
Somente então o corpo do cantor foi entregue para a família realizar o velório e enterro. Após uma cerimónia fúnebre, privada e discreta, restrita a familiares e amigos próximos, o corpo de Michael finalmente foi sepultado em 29 de março, passados mais de três meses após a sua morte, no Cemitério Highgate, em Londres. No mesmo local estão os restos mortais da mãe do artista, que faleceu em 1997. Fadi Fawaz compareceu ao local, embora chegando atrasado. Por outro lado Kenny Goss, ex-companheiro do músico, esteve presente no enterro, assim como Andrew Ridgeley (ex-colega de Michael no duo Wham!).
 



domingo, dezembro 24, 2023

Ricky Martin faz hoje cinquenta e dois anos

    
Enrique Martín Morales, mais conhecido como Ricky Martin, (San Juan, 24 de dezembro de 1971) é um cantor de pop e ator porto-riquenho
     

 


terça-feira, dezembro 19, 2023

Lady Sovereign nasceu há 38 anos

   
 
Louise Amanda Harman (Wembley, Londres, 19 de dezembro, 1985), conhecida como Lady Sovereign, é uma MC inglesa.
 

 


domingo, dezembro 17, 2023

Marguerite Yourcenar morreu há trinta e seis anos...

     
Marguerite Yourcenar, pseudónimo de Marguerite Antoinette Jeanne Marie Ghislaine Cleenewerck de Crayencour (Yourcenar é um anagrama de Crayencour) (Bruxelas, 8 de junho de 1903 - Mount Desert Island, 17 de dezembro de 1987), foi uma escritora francesa.

Marguerite Yourcenar foi educada em casa e de maneira excecional: lia Jean Racine com oito anos de idade e o seu pai ensinou-lhe latim aos oito anos e grego aos doze.
Em 1929, publicou o seu primeiro romance, Alexis ou o Tratado do Vão Combate (Alexis ou le traité du vain combat) inspirado em André Gide, escrito num estilo preciso, frio e clássico. Trata-se de de uma longa carta em que um homem, músico de renome, confessa à sua esposa a sua homossexualidade e a sua decisão de a deixar. Após a morte de seu pai, em 1929, (depois de ter lido o primeiro romance de sua filha), Marguerite Yourcenar levou uma vida boémia entre Paris, Lausana, Atenas, as ilhas gregas, Constantinopla e Bruxelas. Nesta época, Marguerite Yourcenar apaixonou-se pelo escritor e editor André Fraigneau.
Na década de 30 escreveu Fogos (1936), composto por textos com inspirações mitológicas ou religiosas, em que a autora trata de diversas formas o tema do desespero amoroso e dos sofrimentos sentimentais, tema retomado mais tarde em Le Coup de grâce (1939), romance curto sobre um triângulo amoroso durante a guerra russo-polaca de 1920. Em 1939, ela publicou Contos Orientais, com histórias que fazem referência às suas viagens. Naquele mesmo ano, dez anos depois da morte do seu pai e com a Europa conturbada pela proximidade da Segunda Guerra Mundial, mudou-se para os Estados Unidos, onde passou o resto de sua vida, obtendo a cidadania norte-americana em 1947 e ensinando literatura francesa até 1949. Até 1979, Yourcenar morou com Grace Frick, professora de literatura britânica em Nova Iorque.
As suas Mémoires d´Hadrien (Memórias de Adriano), de 1951, tornaram-na internacionalmente conhecida. Este sucesso seria confirmado com L'Œuvre au Noir (A Obra ao Negro, 1968), uma biografia de um herói do século XVI, chamado Zénon, atraído pelo hermetismo e a ciência. Publicou ainda poemas, ensaios (Sous bénéfice d'inventaire, 1978) e memórias (Archives du Nord, 1977), manifestando uma atração pela Grécia e pelo misticismo oriental patente em trabalhos como Mishima ou La vision du vide (1981) e Comme l´eau qui coule (1982).
Marguerite Yourcenar foi a primeira mulher eleita da Academia Francesa de Letras, em 1980, após uma campanha e apoio ativo de Jean d'Ormesson, que escreveu o discurso da sua admissão.
  
        

terça-feira, dezembro 05, 2023

Ângela Rô Rô celebra hoje 74 anos

   
Ângela Maria Diniz Gonçalves, mais conhecida como Ângela Rô Rô (Rio de Janeiro, 5 de dezembro de 1949) é uma cantora, compositora e pianista brasileira.  
A alcunha Rô Rô vem da risada grave e rouca; características que fazem também o diferencial da voz; um pronunciado sotaque carioca, caracterizado pela acentuação da vogal "a" muitas vezes encavalada na consoante "r", de maneira rasgada e aberta; a fala rápida e atropelada acentua essas características.
      
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Grandes sucessos
Compositora de talento e êxito, Ângela Rô Rô ao longo de seus mais de trinta anos de carreira, gravou mais de 100 canções de sua autoria. Várias delas alcançaram grande sucesso, entrando para o hall dos clássicos da MPB. Nestes trinta anos de carreira, celebrizaram-se as canções - Amor, Meu Grande Amor, Gota de Sangue, Tola Foi Você, Não Há Cabeça, Me Acalmo Danando, Agito e Uso, Mares da Espanha, Só Nos Resta Viver, Renúncia, Came e Case, Querem Nos Matar, Fogueira, Gata, Moleque, Ninfa, A Vida é Mesmo Assim, O Cinema, a Princesa, e o Mar, Viciei em Você, Compasso e Outono (todas de sua autoria). E mais: Bárbara (Chico Buarque e Ruy Guerra), Fica Comigo Esta Noite (Adelino Moreira e Nelson Gonçalves), Escândalo (Caetano Veloso), Simples Carinho (João Donato e Abel Silva), Demais (Tom Jobim e Aloysio de Oliveira), Você Não Sabe Amar (Carlos Guinle, Dorival Caymmi e Hugo Lima), Sempre Uma Dose a Mais (Bernardo Vilhena e Lobão), Joana Francesa (Chico Buarque) e Gota D'Água (Chico Buarque).
  

 

 

Amor, meu grande amor  - Ângela Rô Rô


Amor, meu grande amor
Não chegue na hora marcada
Assim como as canções
Como as paixões e as palavras
 
Me veja nos seus olhos
Na minha cara lavada
Me venha sem saber
Se sou fogo ou se sou água
 
Amor, meu grande amor
Me chegue assim, bem de repente
Sem nome ou sobrenome
Sem sentir o que não sente
 
Que tudo que ofereço é meu calor, meu endereço
A vida do teu filho
Desde o fim até o começo
 
Amor, meu grande amor
Só dure o tempo que mereça
E quando me quiser
Que seja de qualquer maneira
 
Enquanto me tiver, que eu seja o último e o primeiro
E quando eu te encontrar, meu grande amor
Me reconheça
 
Que tudo que ofereço é meu calor, meu endereço
A vida do teu filho
Desde o fim até o começo
 
Amor, meu grande amor
Que eu seja o último e o primeiro
E quando eu te encontrar, meu grande amor
 
Por favor, me reconheça
Pois tudo que ofereço é meu calor, meu endereço
A vida do teu filho
Desde o fim até o começo
 
Que tudo que ofereço é meu calor, meu endereço
A vida do teu filho
Desde o fim até o começo