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domingo, novembro 19, 2023

Jodie Foster nasceu há 61 anos

 
Alicia Christian Foster
, nome artístico Jodie Foster (Los Angeles, 19 de novembro de 1962), é uma premiada atriz, diretora e produtora de cinema norte-americana, vencedora de dois Óscares como melhor atriz. É formada em Literatura pela Universidade de Yale.
  
Biografia
Jodie começou a sua vida artística com anúncios de televisão para a Coppertone aos três anos de idade e, durante a infância, fez diversos papéis em séries de televisão e filmes infantis da Disney.
Aos treze anos, fazendo o papel da prostituta adolescente Íris Steensma no filme Taxi Driver, de Martin Scorsese, contracenando com Robert De Niro, Jodie alcançou fama mundial com o sucesso do filme e com uma nomeação para o Óscar de melhor atriz secundária. Poucos anos depois, a tentativa de assassinato do presidente dos Estados Unidos Ronald Reagan, baleado por um psicopata chamado John Hinckley, causar-lhe-ia um grave conflito emocional e psicológico, com a revelação feita por Hinckley de que o ato visava chamar a atenção de Jodie, por quem tinha uma obsessão amorosa e a quem seguia de longe há meses no campus da Universidade de Yale, onde ela estudava, e que havia assistido a Taxi Driver mais de quarenta vezes, apenas para vê-la na tela.
Ao contrário de atrizes jovens que tiveram grande popularidade e sucesso na infância, sem conseguir o mesmo após a transição para a vida adulta, como Shirley Temple e Tatum O'Neal, Jodie estabeleceu-se no mundo do cinema de Hollywood alcançando o primeiro grande momento como atriz adulta em 1988, ao ganhar o Óscar de melhor atriz no filme The Accused, no qual representava Sarah Tobias, jovem liberal que, violada num bar, lutava pela condenação dos acusados.
O grande momento da carreira, entretanto, viria em 1991, ao conquistar o segundo Óscar como a agente do FBI Clarice Starling no sucesso The Silence of the Lambs, no qual contracenou com Anthony Hopkins, que também ganharia o Óscar de melhor ator (o filme também teve o prémio de melhor filme e melhor diretor).
Jodie Foster ainda encenou Sommersby, Nell, Contact e Panic Room, entre outros trabalhos dos quais também foi produtora e diretora. O seu trabalho em Contact, baseado no best-seller do astrónomo Carl Sagan, rendeu-lhe uma homenagem da comunidade científica, que batizou um asteroide com o seu nome - 17744 Jodiefoster.
Nos últimos anos, Jodie Foster tem cada vez mais intercalado o trabalho de atriz com o de produtora - que ela estreou em Nell, de 1994 - e que lhe permitiu fundar a sua própria companhia de produção cinematográfica em Los Angeles, a Egg Pictures.
Em 4 de maio de 2016 a atriz foi contemplada com a sua estrela na Calçada da Fama de Hollywood.
   
Vida pessoal
Ela mora em Los Angeles, e teve dois filhos, Charles "Charlie" Foster (nascido em 1998) e Christopher "Kit" Foster (nascido em 2001), apesar de que a paternidade deles nunca foi revelada publicamente, enquanto era namorada da produtora de filmes Cydney Bernard. Ambas conheceram-se nas gravações de Sommersby (1993) e a relação durou de 1993 a 2008. Em abril de 2014, Foster casou-se com a atriz e fotografa Alexandra Hedison. Em 2011, afirmou que ter filhos fez com que ela assumisse menos projetos: "É um grande sacrifício sair de casa. Eu quero certificar-me de que sinto-me apaixonada pelos filmes que faço porque é um grande sacrifício ... Mesmo que se pegue um filme com uma média de quatro meses - têm-se três semanas de preparação, compromissos com a imprensa aqui [nos Estados Unidos] e no exterior, capas de revistas, eventos e estreias - são oito meses em um ano fora de casa. Isso é muito longo. Se fizer dois filmes, nunca verás teus filhos". A orientação sexual de Foster tornou-se assunto de especulação pública em 1991, quando ativistas que protestavam contra a suposta homofobia em The Silence of the Lambs (1991) alegaram, em artigos de publicações como OutWeek e The Village Voice, que ela era uma lésbica "no armário". Em 2007, durante um café da manhã em sua homenagem intitulado "The Women in Entertainment" - que fez tributo às 100 Mulheres mais Poderosas do Entretenimento, do The Hollywood Reporter, a atriz confirmou que estava num relacionamento lésbico com Bernard há muito tempo.
    

sexta-feira, novembro 17, 2023

Rock Hudson nasceu há 98 anos...

   
Roy Harold Scherer Jr., conhecido profissionalmente como Rock Hudson (Winnetka, 17 de novembro de 1925 - Los Angeles, 2 de outubro de 1985), foi um ator norte-americano, famoso pelos dramas que fez com o diretor Douglas Sirk e pelas comédias românticas que fez ao lado de Doris Day.
Rock Hudson teve uma vida conturbada. Aos quatro anos foi abandonado pelo pai, Roy Harold Scherer, passando a ser educado com muita dificuldade pela mãe, Katherine Wood, uma empregada doméstica, na cama de quem dormiu até os quinze anos, no alojamento dos criados.
Estudou na New Trier High School, de Illinois. Ganhava algum dinheiro entregando jornais. Aos dezoito anos, alistou-se na Marinha dos Estados Unidos, servindo na lavandaria. Foi quando a sua sexualidade despertou. No meio de tantos rapazes, sentia-se inteiramente à vontade. Tentou até manter um comportamento viril, para se mostrar um deles. Entrou para a universidade e, orientado por um professor, tirou várias fotos e enviou-as para vários agentes de artistas de Hollywood.
Em 1946, após sair da Marinha, Roy foi para Los Angeles, onde trabalhou como camionista durante dois anos para se sustentar, até que um encontro fortuito com o observador de talentos Henry Wilson, em 1948, o tirou do anonimato. Wilson apresentou Roy a Ken Hodge, um produtor musical. Os dois tornaram-se amantes. E foi numa festa, no apartamento de Ken, que Roy Sherer se tornou Rock Hudson. Os convidados decidiram que, se ele queria se tornar ator, deveria "renascer" com um outro nome. Ken pronunciou aleatoriamente "Rock", por causa do som duro; "Hudson" foi escolhido na lista telefónica.
Hudson estreou no cinema como ator secundário no filme Sangue, Suor e Lágrimas (Fighter Squadron, 1948), de Raoul Walsh e assinou um contrato com os Estúdios Universal que lhe garantia a realização de vinte e dois filmes em quatro anos. O seu primeiro grande papel a chamar atenção da crítica e do público foi no drama Sublime Obsessão (Magnificent Obsession, 1954), de Douglas Sirk, com quem faria alguns de seus melhores filmes.
Bem apessoado e com 1,93 m de altura, a sua carreira começou como galã em vários westerns, dramas de guerra e comédias principalmente, mas não só, ao lado de Doris Day. Recebeu uma nomeação para o Óscar de Melhor Ator pelo clássico O Gigante (Giant, 1956), mas perdeu o prémio para Yul Brynner. O clássico, dirigido por George Stevens, também tinha James Dean e Elizabeth Taylor, que se transformaria numa de suas melhores amigas fora das telas.
Liz Taylor admitiu que, durante as filmagens de O Gigante, sentiu-se atraída por Hudson. Tudo inútil, pois havia para o ator alguém bem mais atraente que ela - James Dean. Este era um bissexual assumido e extrovertido. Porém, de acordo com a última biografia autorizada por Rock Hudson (Rock Hudson - História de Sua Vida), escrita pelo próprio Rock Hudson e Sara Davinson,  este diz: "Eu não simpatizava com ele (James Dean) pessoalmente", confessa Rock, "mas isso não tem importância". Rock não se dava bem com James Dean porque, na sua opinião, Dean não era "profissional". Durante as filmagens de "O Gigante", Rock Hudson e Elizabeth Taylor tiveram que passar o dia inteiro maquilhados e vestidos, esperando James Dean, que não chegava, pois assistia a uma corrida de carros noutra cidade.
Nas décadas de 50 e 60, figurou entre os dez astros de maior sucesso de bilheteira do cinema norte-americano. Quando os rumores começaram a circular em Hollywood que, ao contrário dos amantes românticos que ele interpretava no cinema, a sua orientação sexual era outra, o seu agente cinematográfico arranjou um pseudo-casamento de Hudson com Phyllis Gates, a sua secretária. Eles passaram a lua-de-mel na Jamaica e em Manhattan; o divórcio deu-se em 1958.
Na década de 70, a carreira de Hudson no cinema parecia estar no fim. Assinou então contrato para uma longa série televisiva. Para um astro de sua grandeza, era uma queda enorme. E o pior é que teria de participar de cenas na cama com a atriz Susan St. James. Eles inclusive teriam um filho na série. Para ele, era demais. Começou a beber e descuidou a sua aparência, sendo visto nos meios homossexuais de Los Angeles, São Francisco e Nova Iorque. A sua imagem ficou seriamente abalada quando se espalharam boatos de que teria se "casado" com o apresentador de um show da televisão, o ator Jim Nabors. Este acabou por perder o seu contrato quando o falatório chegou à CBS. Os dois não ousavam aparecer juntos e jamais se falaram novamente. Rock inclusive tinha medo de ir ao Havaí, pois sabia que Nabors tinha uma casa lá. Em 1982, uma revista anunciou o seu "divórcio".
A sua última aparição no cinema foi em O Embaixador (The Ambassador, 1984), de J. Lee Thompson, em que também aparecia Robert Mitchum. Desde o início da década de 80, já com os primeiros indícios de que havia contraído SIDA, o ator passou a fazer mais séries para a TV, como O Casal McMillan (McMillan & Wife, 1971-1977). Os seus últimos trabalhos foram a participação em vários capítulos da série Dinastia (Dinasty).
Rock Hudson só assumiu a doença três meses antes de morrer, ao anunciar que doaria 250 mil dólares para uma fundação recém-aberta para cuidar de pesquisas sobre o vírus da SIDA. Também estava escrevendo uma biografia, cujo título provisório era A Minha História, e cujos lucros seriam para essa fundação. Faleceu a 2 de outubro de 1985, em Los Angeles, nos Estados Unidos; o seu corpo foi cremado e as cinzas atiradas ao mar.
Ganhou quatro vezes o Golden Globe.
   

sexta-feira, novembro 10, 2023

Saudades do tempo em que o Mário Viegas celebrava aniversários...


 

 

Portugal

 

Portugal

Eu tenho vinte e dois anos e tu às vezes fazes-me sentir como se tivesse oitocentos

Que culpa tive eu que D. Sebastião fosse

combater os infiéis ao norte de África

só porque não podia combater a doença que lhe atacava os órgãos genitais

e nunca mais voltasse

Quase chego a pensar que é tudo uma mentira

que o Infante D. Henrique foi uma invenção do Walt Disney

e o Nuno Álvares Pereira uma reles imitação do Príncipe Valente

Portugal

Não imaginas o tesão que sinto quando ouço o hino nacional

(que os meus egrégios avós me perdoem)

Ontem estive a jogar póker com o velho do Restelo

Anda na consulta externa do Júlio de Matos

Deram-lhe uns electro-choques e está a recuperar

àparte o facto de agora me tentar convencer que nos espera um futuro de rosas
Portugal

Um dia fechei-me no Mosteiro dos Jerónimos a ver se contraía a febre do Império

mas a única coisa que consegui apanhar foi um resfriado

Virei a Torre do Tombo do avesso sem lograr encontrar uma pétala que fosse

das rosas que Gil Eanes trouxe do Bojador
Portugal

Vou contar-te uma coisa que nunca contei a ninguém
Sabes

Estou loucamente apaixonado por ti

Pergunto a mim mesmo
Como me pude eu apaixonar por um velho decrépito e idiota como tu

mas que tem o coração doce ainda mais doce que os pastéis de Tentúgal

e o corpo cheio de pontos negros para poder espremer à minha vontade
Portugal estás a ouvir-me?
Eu nasci em mil novecentos e cinquenta e sete Salazar estava no poder nada de ressentimentos

O meu irmão esteve na guerra tenho amigos que emigraram nada de ressentimentos

Um dia bebi vinagre nada de ressentimentos

Portugal depois de ter salvo inúmeras vezes os Lusíadas a nado na piscina municipal de Braga

ia agora propor-te um projecto eminentemente nacional

Que fôssemos todos a Ceuta à procura do olho que Camões lá deixou
Portugal

Sabes de que cor são os meus olhos?

São castanhos como os da minha mãe
Portugal

gostava de te beijar muito apaixonadamente

na boca


 

Mário Viegas nasceu há 75 anos...

(imagem daqui)

António Mário Lopes Pereira Viegas (Santarém, 10 de novembro de 1948 - Lisboa, 1 de abril de 1996) foi um ator, encenador e recitador português.
Reconhecido como um dos melhores atores da sua geração, despertou para o teatro ainda aluno da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Daí passou para a Escola de Teatro do Conservatório Nacional, tendo a sua estreia profissional no Teatro Experimental de Cascais.
Foi fundador de três companhias teatrais (a última das quais a Companhia Teatral do Chiado) e atuou em Moçambique, Macau, Brasil, Países Baixos e Espanha. Notabilizou-se como encenador, tendo dirigido obras de autores clássicos como Samuel Beckett, Eduardo De Filippo, Anton Tchekov, August Strindberg, Luigi Pirandello ou Peter Shaffer. Pela sua atividade foi distinguido, diversas vezes, pela Casa da Imprensa, pela Associação Portuguesa de Críticos de Teatro e pela Secretaria de Estado da Cultura, que lhe atribuiu o Prémio Garrett (1987). No estrangeiro foi premiado no Festival de Teatro de Sitges (1979), com a peça D. João VI de Hélder Costa, e no Festival Europeu de Cinema Humorístico da Corunha (1978), com filme O Rei das Berlengas de Artur Semedo. O seu último êxito teatral foi a peça Europa Não! Portugal Nunca (1995).

segunda-feira, novembro 06, 2023

Hoje é dia de ouvir música russa...

Hoje é dia de ouvir a música de Tchaikovsky...

Tchaikovsky morreu há cento e trinta anos...

   
Piotr Ilitch Tchaikovsky, por vezes, transliterado Pyotr Ilyich Tchaikowsky, (Kamsko-Wotkinski Sawod, atual Tchaikovsky, 7 de maio de 1840 - São Petersburgo, 6 de novembro de 1893) foi um compositor romântico russo, tendo composto trabalhos como sinfonias, concertos, óperas, balés, música de câmara e obras para coro para as liturgias da Igreja Ortodoxa Russa. Alguns dos seus trabalhos estão entre as obras mais populares dentro do repertório erudito. Ele foi o primeiro compositor russo a ter uma grande fama internacional, tendo feito aparições como maestro convidado, no final da sua carreira, pelos Estados Unidos e Europa. Uma dessas apresentações foi no concerto inaugural do Carnegie Hall, em Nova Iorque, em 1891. Tchaikovsky foi honrado em 1884 com uma pensão vitalícia pelo Imperador Alexandre III.
Tchaikovsky foi educado para ter uma carreira como funcionário público. Naquela época as oportunidades para ter uma carreira musical (na Rússia) eram escassas e não existia um sistema público de educação musical. Quando surgiu uma oportunidade, ele ingressou no Conservatório de São Petersburgo, onde se formou em 1865.
Com o seu sucesso popular, a vida de Tchaikovsky ficou marcada por crises pessoais e depressão. Factos que contribuíram para os seus problemas foram a morte prematura da sua mãe e o colapso da sua relação com a viúva Nadezhda von Meck. A sua homossexualidade foi sempre mantida em segredo. A sua morte prematura, aos 53 anos de idade, é atribuída a cólera, mas especula-se que ele possa ter-se suicidado.
Embora não faça parte do chamado Grupo dos Cinco (Mussorgsky, César Cui, Rimsky-Korsakov, Balakirev e Borodin) de compositores nacionalistas daquele país, a sua música tornou-se conhecida e admirada pelo seu carácter distintamente russo, bem como pelas suas ricas harmonias e vivas melodias. As suas obras, no entanto, foram muito mais ocidentalizadas do que aquelas dos seus compatriotas, uma vez que ele utilizava elementos internacionais ao lado de melodias populares nacionais russas. Tchaikovsky, assim como Mozart, é um dos poucos compositores aclamados que se sentia igualmente confortável escrevendo óperas, sinfonias, concertos e obras para piano.
 

 


quinta-feira, novembro 02, 2023

Hoje é dia de recordar um poeta e cineasta assassinado...

 

 

Supplica a mia madre

E' difficile dire con parole di figlio
ciò a cui nel cuore ben poco assomiglio.

Tu sei la sola al mondo che sa, del mio cuore,
ciò che è stato sempre, prima d'ogni altro amore.

Per questo devo dirti ciò ch'è orrendo conoscere:
è dentro la tua grazia che nasce la mia angoscia.

Sei insostituibile. Per questo è dannata
alla solitudine la vita che mi hai data.

E non voglio esser solo. Ho un'infinita fame
d'amore, dell'amore di corpi senza anima.

Perché l'anima è in te, sei tu, ma tu
sei mia madre e il tuo amore è la mia schiavitù:

ho passato l'infanzia schiavo di questo senso
alto, irrimediabile, di un impegno immenso.

Era l'unico modo per sentire la vita,
l'unica tinta, l'unica forma: ora è finita.

Sopravviviamo: ed è la confusione
di una vita rinata fuori dalla ragione.
 

Ti supplico, ah, ti supplico: non voler morire.
Sono qui, solo, con te, in un futuro aprile…

  
   

in
Poesia in forma di rosa (1964) - Pier Paolo Pasolini 

k. d. lang comemora hoje sessenta e dois anos

   
k. d. lang (Edmonton, Alberta, 2 de novembro de 1961) é uma cantora canadiana vencedora de vários prémios Grammy. Embora tenha tido considerável êxito ao longo da sua carreira com temas como "Constant Craving" ou "Miss Chatelaine", foi o dueto com Roy Orbison, "Crying", que tornou a sua voz conhecida mundialmente.

 


Pier Paolo Pasolini foi assassinado há 48 anos...

     
Pier Paolo Pasolini (Bolonha, 5 de março de 1922 - Óstia, 2 de novembro de 1975) foi um cineasta, poeta e escritor italiano. Em seus trabalhos, Pasolini demonstrou uma versatilidade cultural única e extraordinária, que serviu para transformá-lo numa figura controversa. Embora o seu trabalho continue a gerar polémica e controvérsia até hoje, enquanto Pasolini ainda era vivo, os seus trabalhos foram tidos como obras de arte segundo muitos pensadores da cultura italiana.
O crítico literário dos Estados Unidos da América, Harold Bloom, considera Pasolini o maior poeta europeu e a maior voz da poesia do século XX.
   
(...)
    
Morte
Pier Paolo Pasolini foi brutalmente assassinado em novembro de 1975. Ele tinha o rosto desfigurado e várias lesões no corpo. Foi encontrado no hidro-aeródromo de Óstia. Os motivos de seu assassinato continuam gerando polémica, até hoje, sendo associados a crime político ou um mero latrocínio. Um processo judicial concluiu que o cineasta foi assassinado por um prostituto, que teria o intuito de assaltá-lo. Tal versão, porém, não é sustentável.
Existem estudos, filmes e programas de TV que põem por terra a versão decidida pela justiça italiana. No ano de 2005, Pino Pelosi declarou não ter sido ele o assassino de Pasolini, depois de ter cumprido pena como assassino confesso.

sábado, outubro 28, 2023

Francis Bacon nasceu há 114 anos

Retrato de Francis Bacon feito por Reginald Gray - Londres, 1960
   
Francis Bacon (Dublin, 28 de outubro de 1909 - Madrid, 28 de abril de 1992) foi um pintor anglo-irlandês de pintura figurativa. Era descendente colateral de Francis Bacon, filósofo do Período Elisabetano. O seu trabalho é mais conhecido como audaz, austero, e frequentemente grotesco ou imagem de pesadelo.

Vida e obra
Este artista irlandês de nascimento, tratou com uma extraordinária complacência alguns temas que continuam a chocar a nossa vida em grupo. As fantasias masoquistas, a pedofilia, o desmembramento de corpos, a violência masculina ligada à tensão homoerótica, as práticas de dissecação forense, a atração pela representação do corpo (um especial fascínio pelos fluidos naturais, sangue, bílis, urina, esperma, etc.) e, no geral, com tudo o que está diretamente ligado à transgressão seja relacionada com o sexo, a religião (são paradigmáticos os seus retratos do Papa Inocêncio X que efetuou a partir da obra de Diego Velázquez) ou qualquer tabu, foram as peças com as quais Bacon construiu a sua visão "modernista" do mundo.
Nasceu em 28 de outubro de 1909, em Dublin e sofria de asma. Esta debilidade irritava o seu pai, um homem rude e violento, que o costumava chicotear para o "fazer homem". Devido a isto Bacon criou um comportamento de oposição a seu pai. Uma infância difícil, que sempre o influenciou na sua arte e lhe inspirou um certo desdém por essa Irlanda da sua infância, tal como Oscar Wilde e James Joyce.
A sua primeira exposição individual na Lefevre Gallery, em 1945, provocou um choque e não foi bem recebida. Toda a gente estava farta de guerra e de horrores, só se falava da "construção da paz" e as imagens de entranhas dos quadros de Bacon, com os seus tons sanguíneos, provocaram mais repulsa do que admiração.
Como homem do seu tempo, Bacon transmitiu a ideia de que o ser humano, ao conquistar e fazer uso da sua própria liberdade, também liberta a besta que existe dentro de si. Pouca diferença faz dos animais irracionais, tanto na vida - ao levar a cabo as funções essenciais da existência como o sexo ou a defecação - como na solidão da morte; representando o homem como um pedaço de carne.
A sua obra esteve em exposição, em Serralves, em 2003.


Zélia Duncan - 59 anos

  
Zélia Cristina Duncan Gonçalves Moreira (Niterói, 28 de outubro de 1964) é uma cantora e compositora brasileira.
     

 


terça-feira, outubro 24, 2023

Christian Dior morreu há 66 anos

    

Christian Dior (Granville, 21 de janeiro de 1905 - Montecatini Val di Cecina, 24 de outubro de 1957) foi um importante estilista francês. É o fundador da empresa de vestuário Christian Dior S.A., uma das mais famosas da moda mundial.
Filho de um comerciante de fertilizantes da região do Canal da Mancha, desejou ser artista plástico, mas foi enviado para Paris a fim de estudar Relações Internacionais, uma vez que o seu pai queria que o filho seguisse a carreira diplomática.
Ainda jovem começou a frequentar ateliês de pintura e de desenho, chegando mesmo a pintar alguns quadros. Mas foi a sua habilidade para desenhar roupas que lhe proporcionou uma carreira internacional. O seu círculo de amigos expandiu-se e conheceu um importante empresário da indústria têxtil que lhe garantiu patrocínio para a produção de algumas peças. O investimento que foi bem sucedido: os seus traços e a visão que tinha do corpo feminino causaram fascínio e delírio e, em 1947 inaugurou a Mansão Dior de que o mundo pós-guerra necessitava. Além de causar fascínio pela sua elegância e luxo, o conceito do New Look vinha carregado de extravagância e exagero: vestidos tradicionalmente feitos com 5 metros de tecido, agora usavam até 40 metros. Isso também ajudou a repercussão do conceito, permitindo encerrar a mentalidade de racionamento no pós-guerra. Durante a guerra, Dior vestia desde as esposas dos generais nazis até às mulheres francesas.
Ao longo da sua carreira fez a própria tradução física dos sonhos e da fantasia humana através de seus vestidos. Morreu, durante umas suas férias em Montecatini Val di Cecina, Itália, no dia 23 de outubro de 1957, vítima de ataque cardíaco.

sábado, outubro 21, 2023

Sandy West, a baterista dos The Runaways, morreu há dezassete anos...

  

Sandy West (Long Beach, California, July 10, 1959 – San Dimas, California, October 21, 2006) was an American singer, drummer and songwriter. She was one of the founding members of the Runaways, the first teenage all-girl hard rock band to record and achieve widespread commercial success in the 1970s.

 

Early life

Sandy (born Sandy Pesavento) was born in Long Beach, California. When she was 9 years old, her grandfather bought her a drum kit, and being an avid fan of rock and roll acts of the 1960s and 1970s, she began practicing rock music immediately and regularly. In 4th, 5th, and 6th grade, she was the drummer in the Prisk Elementary School orchestra. She proved to have a natural talent and quickly became a proficient drummer.

By the age of 13, she was the only girl in local bands who played at teenage parties. West attended Edison High school in Huntington Beach California with actor Willie Aames, playing drums in school bands as Sandy Pesavento, one of those bands was Witchcraft that featured Jimmy "Trash" Decker that later went on to form the punk band The Crowd in 1977.

At 15, she met Joan Jett and producer Kim Fowley co-created and formed The Runaways.

 

The Runaways

Driven by her ambition to play professionally, she sought out fellow musicians and other industry contacts in southern California with the idea of forming an all-woman rock band. In 1975, she met producer Kim Fowley, who gave her the phone number of another young musician in the area, guitarist Joan Jett. Joan and Sandy met shortly thereafter. The women subsequently played for Fowley, who agreed to help them find other female musicians to round out the band, most notably Lita Ford and Cherie Currie

 

Post-Runaways years

After four years of recording and touring the world, the Runaways disbanded in April 1979. West made varied attempts to continue her career as a professional musician, playing with other acts in southern California, releasing a solo ep, The Beat is Back, and forming the Sandy West Band. None of these ventures produced significant income, so West was forced to spend most of her post-Runaways years working outside music. West later claimed that ex-Runaways' manager/producer Kim Fowley had not paid the members of the band what they were entitled to. "I owe him my introduction to the music business but he's also the reason I'm broke now," West said.

West appeared in Edgeplay: A Film About the Runaways, a documentary about the Runaways produced and directed by the band's former bassist Victory Tischler-Blue, providing some of the more poignant interview segments, describing the things she had to do post-Runaways for money. She worked mostly in construction, and spent a small amount of time as a bartender and a veterinary assistant. In other parts of the Edgeplay interviews, she alludes to having engaged in criminal activity in order to make ends meet (e.g., she describes how she had to break someone's arm for money they owed). West spent time in jail on multiple occasions following her career in the Runaways, which she alluded to in Edgeplay

 

Personal life and death

According to her bandmate Lita Ford, West was lesbian. West died on October 21, 2006, at the age of 47, from lung cancer diagnosed a year before. West was never married and had no children.


in Wikipédia

   


sexta-feira, outubro 20, 2023

Rimbaud nasceu há 169 anos

Rimbaud aos 17 anos, retratado por Étienne Carjat, provavelmente em dezembro de 1871
   
Jean-Nicolas Arthur Rimbaud (Charleville, 20 de outubro de 1854 - Marselha, 10 de novembro de 1891) foi um poeta francês. Produziu as suas obras mais famosas quando ainda era adolescente sendo descrito por Paul James, à época, como "um jovem Shakespeare". Aos 20 anos já havia escrito 20 livros de poesia. Como parte do movimento decadente, Rimbaud influenciou a literatura, a música e a arte modernas. Era conhecido por sua fama de libertino e por uma alma inquieta, viajando de forma intensiva por três continentes antes de morrer de cancro, aos 37 anos de idade.
   
Rimbaud - Reginald Gray
   
  
  
À LA MUSIQUE


Place de la Gare, à Charleville.



Sur la place taillée en mesquines pelouses,
Square où tout est correct, les arbres et les fleurs,
Tous les bourgeois poussifs qu’étranglent les chaleurs
Portent, les jeudis soirs, leurs bêtises jalouses.

Un orchestre guerrier, au milieu du jardin,
Balance ses schakos dans la Valse des fifres :
On voit, aux premiers rangs, parader le gandin,
Les notaires montrent leurs breloques à chiffres :

Des rentiers à lorgnons soulignent tous les couacs ;
Les gros bureaux bouffis traînent leurs grosses dames,
Auprès desquelles vont, officieux cornacs,
Celles dont les volants ont des airs de réclames ;


Sur les bancs verts, des clubs d’épiciers retraités
Qui tisonnent le sable avec leur canne à pomme,
Fort sérieusement discutent des traités,
Puis prisent en argent, mieux que monsieur Prud’homme !

Étalant sur un banc les rondeurs de ses reins,
Un bourgeois bienheureux, à bedaine flamande,
Savoure, s’abîmant en des rêves divins,
La musique française et la pipe allemande !

Au bord des gazons frais ricanent les voyous ;
Et, rendus amoureux par le chant des trombones,
Très naïfs, et fumant des roses, des pioupious
Caressent les bébés pour enjôler les bonnes…

— Moi, je suis, débraillé comme un étudiant,
Sous les marronniers verts, les alertes fillettes :
Elles le savent bien, et tournent en riant,
Vers moi, leurs yeux tout pleins de choses indiscrètes.

Je ne dis pas un mot : je regarde toujours
La chair de leurs cous blancs brodés de mèches folles ;
Je suis, sous le corsage et les frêles atours,
Le dos divin après la courbe des épaules…

Je cherche la bottine… et je vais jusqu’aux bas ;
Je reconstruis le corps, brûlé de belles fièvres.
Elles me trouvent drôle et se parlent tout bas…
— Et je sens les baisers qui me viennent aux lèvres…
 
    
 
Arthur Rimbaud

segunda-feira, outubro 16, 2023

Oscar Wilde nasceu há 169 anos

    
Oscar Fingal O'Flahertie Wills Wilde, ou simplesmente Oscar Wilde (Dublin, Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda, atual República da Irlanda, 16 de outubro de 1854 - Paris, França, 30 de novembro de 1900) foi um influente escritor, poeta e dramaturgo britânico de origem irlandesa. Depois de escrever de diferentes formas ao longo da década de 1880, ele se tornou um dos dramaturgos mais populares de Londres, em 1890. Hoje ele é lembrado pelos seus epigramas e peças, e as circunstâncias da sua prisão, que foi seguida pela sua morte precoce.
      
(...)
     
Em maio de 1895, após três julgamentos, foi condenado a dois anos de prisão, com trabalhos forçados, por "cometer atos imorais com diversos rapazes". Wilde escreveu uma denúncia contra um jovem chamado Bosie, publicada no livro De Profundis, acusando-o de tê-lo arruinado. Bosie era o apelido de Lorde Alfred Douglas, um dos homens de que se suspeitava que Wilde fosse amante. Foi o pai de Bosie, o Marquês de Queensberry, que levou Oscar Wilde ao tribunal. No terrível período da prisão, Wilde redigiu uma longa carta a Douglas, que a chamou de De Profundis.
A imaginação como fruto do amor é uma das armas que Wilde utiliza para conseguir sobreviver nas condições terríveis da prisão. Apesar das críticas severas a Douglas, ele ainda alimenta o amor dentro de si como estratégia de sobrevivência. A imaginação, a beleza e a arte estão presentes na obra de Wilde.
Após a condenação a vida mudou radicalmente e o talentoso escritor viu, no cárcere, serem consumidas a sua saúde e reputação. No presídio, o autor de Salomé (1893) produziu, entre outros escritos, De Profundis, o clássico anarquista, A Alma do Homem sob o Socialismo e a célebre Balada do Cárcere de Reading.
     
 
Cronologia
          

domingo, outubro 15, 2023

Cole Porter morreu há cinquenta e nove anos...

    
O seu trabalho inclui as comédias musicais Kiss Me, Kate (de 1948 e baseada na peça de Shakespeare The Taming of the Shrew), Fifty Million Frenchmen e Anything Goes, bem como as músicas "Night and Day", "I Get a Kick Out of You" e "I've Got You Under My Skin". Ele é reconhecido pelas letras sofisticadas (às vezes vulgares), ritmos inteligentes e formas complexas, bem como por causa de ser um dos compositores com mais canções no Great American Songbook.
  

 


Hoje é dia de recordar a música de Cole Porter...

quarta-feira, outubro 04, 2023

Graham Chapman morreu há trinta e quatro anos...

    
Graham Arthur Chapman (Leicester, Leicestershire, 8 de janeiro de 1941 - Maidstone, 4 de outubro de 1989) foi um ator e escritor britânico e membro do grupo Monty Python.
  
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Em 1988, a saúde de Graham começou a deteriorar-se. Os seus anos de alcoolismo tinham deixado a sua marca e este tinha o fígado em muito mau estado. No entanto foi algo diferente que o matou - em novembro desse ano, durante uma consulta de rotina no seu dentista, este reparou que as suas amígdalas estavam estranhamente grandes. Mais tarde descobriu-se um tumor maligno nas amígdalas, que teve de remover. Depois de uma consulta com o seu médico, Chapman descobriu que o problema nas amígdalas derivava de um cancro na coluna. Ele foi operado e removeu o tumor, mas ficou confinado a uma cadeira de rodas. Durante o ano de 1989 submeteu-se a várias operações e a tratamentos de radioterapia, mas sempre que retirava um tumor, aparecia-lhe outro ou na coluna ou na garganta. Foi na sua cadeira de rodas que gravou algum material para a celebração dos vinte anos dos Monty Python. Mas, a 1 de outubro, foi hospitalizado em Maidstone, depois de um ataque cardíaco grave que se tornou numa hemorragia interna.
Na noite da sua morte, a 4 de outubro, estavam presentes John Cleese, Michael Palin, o seu companheiro David Sherlock, o seu irmão John e a sua cunhada, no entanto John Cleese teve de ser levado para lidar com a dor e o choque de ver o seu amigo a morrer. Terry Jones e Peter Cook também o tinham visitado nesse dia. A morte de Chapman ocorreu na véspera do 20º aniversário da primeira transmissão do Monty Python's Flying Circus, algo a que Terry Jones chamou o "pior caso de festa perdida da História".
Os Monty Python decidiram não estar presentes no seu funeral, para que este não se tornasse num circo dos media e para dar alguma privacidade à família de Chapman. A sua presença foi marcada de uma forma bastante humorística, como sempre. O grupo enviou o pé característico dos seus programas com a mensagem: "Para o Graham dos outros Pythons. Pára-nos se estivermos a ficar muito patetas". Em vez de marcarem presença no funeral, os Pythons organizaram um Memorial, com todos os amigos de Graham, para celebrar a sua vida. O discurso foi feito por John Cleese e ainda hoje é um dos mais famosos de sempre. Os restantes Pythons também discursaram, sendo que Idle tinha lágrimas nos olhos e disse que Graham tinha preferido morrer a ouvir mais Michael Palin a falar (é conhecido como uma piada dos Monty Python que Palin fala demasiado). Durante a cerimónia foram cantadas músicas como Jerusalem, uma das preferidas de Chapman e Always Look On The Bright Side Of Life. Esta foi cantada pelos amigos mais próximos de Graham, guiados por Eric Idle, que mais tarde confessou ter sido uma das coisas mais difíceis que alguma vez teve de fazer.
   

 


terça-feira, outubro 03, 2023

Adriana Calcanhotto nasceu há 58 anos

       
Adriana da Cunha Calcanhotto (Porto Alegre, 3 de outubro de 1965) é uma cantora, compositora, intérprete, instrumentista,produtora musical, arranjadora, escritora e ilustradora brasileira, além de atuar como professora e embaixadora da Universidade de Coimbra, em Portugal.

A artista iniciou a trajetória artística em meados dos anos 1980, com apresentações em bares e casas noturnas de Porto Alegre. Em 1990, lançou seu primemiro álbum de estúdio, Enguiço, que lhe rendeu o Prêmio Sharp de Revelação Feminina. O álbum seguinte, Senhas (1992), foi o primeiro concebido e produzido totalmente pela cantora. O seu trabalho de estúdio posterior, “A Fábrica do Poema” (1994), que foi considerado pela imprensa “o disco do ano”.

Em seu primeiro disco ao vivo, Adriana se voltou para o formato de voz e violão, presente no início da carreira. “Público” (2000) deu origem a um DVD e centenas de shows pelo Brasil em uma turnê que durou dois anos. “Cantada” (2002) foi o novo álbum de estúdio e estabeleceu parcerias com músicos da nova geração.

Em 2004, surge o heterónimo infantil Adriana Partimpim, que estreou em disco homônimo e rendeu um show teatral registado em DVD. Com o projeto recebeu o Grammy Latino na categoria Melhor Álbum Infantil. Partimpim voltaria a aparecer em outros dois trabalhos de estúdio: “Dois” (2009) e “Tlês” (2012). E rendeu mais um DVD ao vivo Partimpim Dois é Show.

O sexto álbum de estúdio, “Maré” (2008), o segundo da trilogia marítima. Durante a excursão portuguesa de lançamento do disco escreve “Saga Lusa – O Relato de Uma Viagem”, lançado nesse ano ainda. Em 2011, produz o seu primeiro disco inteiramente autoral: “O Micróbio do Samba”, cujo título faz alusão a uma expressão do conterrâneo Lupicínio Rodrigues. A safra de composições era contaminada pelo ritmo e rendeu um aclamado show, eternizado em DVD no ano seguinte.

“Loucura”, lançado em julho de 2015, ganhou no ano seguinte o Prémio da Música Brasileira na categoria Melhor DVD. Em dezembro de 2015 faz recital de poesia portuguesa e brasileira na Biblioteca Joanina, em Coimbra, com o violonista Arthur Nestrovski como convidado, ocasião em que foi nomeada Embaixadora da Universidade de Coimbra. Em 2017 fez residência artística e deu aulas na Universidade de Coimbra sobre poesia portuguesa e brasileira, trovadores provençais e galegos, sobre a invenção da língua portuguesa e a canção popular do Brasil. Nos anos 2018 e 2019 ministrou o curso de composição “Como escrever canções” a convite da Universidade de Coimbra. Em 2019 lançou o terceiro álbum da sua trilogia marítima, Margem, com turnê de shows no Brasil, Europa e EUA. Em 2020 a turnê Margem seguiria por Portugal e Europa no primeiro semestre. 

    

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Adriana Calcanhoto teve como cônjuge a cineasta Suzana de Moraes (falecida em 2015), filha do poeta e compositor Vinícius de Moraes, por mais de 25 anos. O casal, que já morava junto há muitos anos, declarou a união civil na Justiça (já que na época o casamento homossexual não era permitido, e só veio a ser regulamentado pelo STF em 2011) e depois comemorou a decisão com cerimónia e uma festa íntima apenas para amigos e familiares, oficializando a união em 2010, levando a uma grande divulgação nos media de sua relação por diversos meios de comunicação, tanto brasileiros como portugueses.

Embaixadora da Universidade de Coimbra, em Portugal, desde 2015, a brasileira foi professora da Faculdade de Letras dessa mesma universidade nos dois últimos anos, tendo ministrado o curso "Como Escrever Canções" e também cursado Arqueologia.

Em novembro de 2021, foi revelado que Calcanhotto estava namorando a atriz e escritora Maitê Proença. O término ocorreu no ano seguinte devido a declarações de Maitê sobre o relacionamento.