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segunda-feira, outubro 28, 2024

Francis Bacon nasceu há 115 anos

Retrato de Francis Bacon feito por Reginald Gray - Londres, 1960
   
Francis Bacon (Dublin, 28 de outubro de 1909 - Madrid, 28 de abril de 1992) foi um pintor anglo-irlandês de pintura figurativa. Era descendente colateral de Francis Bacon, filósofo do Período Elisabetano. O seu trabalho é mais conhecido como audaz, austero, e frequentemente grotesco ou imagem de pesadelo.

Vida e obra
Este artista irlandês de nascimento, tratou com uma extraordinária complacência alguns temas que continuam a chocar a nossa vida em grupo. As fantasias masoquistas, a pedofilia, o desmembramento de corpos, a violência masculina ligada à tensão homoerótica, as práticas de dissecação forense, a atração pela representação do corpo (um especial fascínio pelos fluidos naturais, sangue, bílis, urina, esperma, etc.) e, no geral, com tudo o que está diretamente ligado à transgressão seja relacionada com o sexo, a religião (são paradigmáticos os seus retratos do Papa Inocêncio X que efetuou a partir da obra de Diego Velázquez) ou qualquer tabu, foram as peças com as quais Bacon construiu a sua visão "modernista" do mundo.
Nasceu em 28 de outubro de 1909, em Dublin e sofria de asma. Esta debilidade irritava o seu pai, um homem rude e violento, que o costumava chicotear para o "fazer homem". Devido a isto Bacon criou um comportamento de oposição a seu pai. Uma infância difícil, que sempre o influenciou na sua arte e lhe inspirou um certo desdém por essa Irlanda da sua infância, tal como Oscar Wilde e James Joyce.
A sua primeira exposição individual na Lefevre Gallery, em 1945, provocou um choque e não foi bem recebida. Toda a gente estava farta de guerra e de horrores, só se falava da "construção da paz" e as imagens de entranhas dos quadros de Bacon, com os seus tons sanguíneos, provocaram mais repulsa do que admiração.
Como homem do seu tempo, Bacon transmitiu a ideia de que o ser humano, ao conquistar e fazer uso da sua própria liberdade, também liberta a besta que existe dentro de si. Pouca diferença faz dos animais irracionais, tanto na vida - ao levar a cabo as funções essenciais da existência como o sexo ou a defecação - como na solidão da morte; representando o homem como um pedaço de carne.
A sua obra esteve em exposição, em Serralves, em 2003.


domingo, maio 19, 2024

Lawrence da Arábia morreu há 89 anos

Lawrence na Arábia Saudita, em 1919
       
Thomas Edward Lawrence (Tremadog, 16 de agosto de 1888 - Dorset, 19 de maio de 1935), também conhecido como Lawrence da Arábia, e (aparentemente entre os seus aliados árabes) Aurens ou El Aurens, foi um arqueólogo, militar, agente secreto, diplomata e escritor britânico.
Tornou-se famoso pelo seu papel como oficial britânico de ligação durante a Revolta Árabe de 1916-1918. A sua fama como herói militar foi largamente promovida pela reportagem da revolta feita pelo viajante e jornalista norte-americano Lowell Thomas, e ainda devido ao livro autobiográfico de Lawrence, Os Sete Pilares da Sabedoria.
   
      
(...) 
  
Depois da passagem à reserva, Lawrence planeava levar uma vida tranquila e solitária em Clouds Hill, rejeitando mais uma vez convites para posições importantes. Contudo, em 13 de maio de 1935, quando Lawrence foi de moto até aos correios de Bovington, para enviar uma encomenda de livros a um amigo e um telegrama a Henry Williamson, sucedeu o imprevisto. De regresso a Clouds Hill, ao desviar-se abruptamente, para evitar o embate com dois jovens ciclistas, foi projetado violentamente da moto, fraturando gravemente o crânio. Permaneceu em coma durante seis dias, morrendo a 19 de maio, aos 46 anos e 9 meses de idade, sem nunca ter recuperado a consciência (se tivesse sobrevivido teria ficado em estado vegetativo). Foi enterrado a 21 de maio, na Igreja de São Nicolau, em Moreton, Dorset. Assistiram ao enterro Winston Churchill e Lady Astor, entre outros notáveis.
As circunstâncias do acidente levaram Hugh Cairns, neurologista que atendeu Lawrence, a realizar um estudo sobre a adoção de capacete motociclístico por civis e militares, concluindo que a prática poderia diminuir drasticamente o número de fatalidades causadas por traumatismo craniano. A morte de Lawrence e o subsequente trabalho de Cairns contribuiu largamente para a adoção de capacetes entre motociclistas, trabalhadores e desportistas em todo o mundo.
   

sexta-feira, dezembro 01, 2023

O Marquês de Sade morreu há 209 anos

   
Donatien Alphonse François de Sade, Marquês de Sade (Paris, 2 de junho de 1740 - Saint-Maurice, 2 de dezembro de 1814) foi um aristocrata francês e escritor libertino. Muitas das suas obras foram escritas enquanto estava na Prisão da Bastilha, encarcerado diversas vezes, inclusive por Napoleão Bonaparte. Do seu nome surge o termo médico sadismo, que define a perversão sexual de se ter prazer na dor física ou moral do parceiro ou parceiros. Foi perseguido tanto pela monarquia (Antigo Regime) como pelos revolucionários vitoriosos de 1789 e, depois, por Napoleão.
     
 
in Wikipédia

sábado, outubro 28, 2023

Francis Bacon nasceu há 114 anos

Retrato de Francis Bacon feito por Reginald Gray - Londres, 1960
   
Francis Bacon (Dublin, 28 de outubro de 1909 - Madrid, 28 de abril de 1992) foi um pintor anglo-irlandês de pintura figurativa. Era descendente colateral de Francis Bacon, filósofo do Período Elisabetano. O seu trabalho é mais conhecido como audaz, austero, e frequentemente grotesco ou imagem de pesadelo.

Vida e obra
Este artista irlandês de nascimento, tratou com uma extraordinária complacência alguns temas que continuam a chocar a nossa vida em grupo. As fantasias masoquistas, a pedofilia, o desmembramento de corpos, a violência masculina ligada à tensão homoerótica, as práticas de dissecação forense, a atração pela representação do corpo (um especial fascínio pelos fluidos naturais, sangue, bílis, urina, esperma, etc.) e, no geral, com tudo o que está diretamente ligado à transgressão seja relacionada com o sexo, a religião (são paradigmáticos os seus retratos do Papa Inocêncio X que efetuou a partir da obra de Diego Velázquez) ou qualquer tabu, foram as peças com as quais Bacon construiu a sua visão "modernista" do mundo.
Nasceu em 28 de outubro de 1909, em Dublin e sofria de asma. Esta debilidade irritava o seu pai, um homem rude e violento, que o costumava chicotear para o "fazer homem". Devido a isto Bacon criou um comportamento de oposição a seu pai. Uma infância difícil, que sempre o influenciou na sua arte e lhe inspirou um certo desdém por essa Irlanda da sua infância, tal como Oscar Wilde e James Joyce.
A sua primeira exposição individual na Lefevre Gallery, em 1945, provocou um choque e não foi bem recebida. Toda a gente estava farta de guerra e de horrores, só se falava da "construção da paz" e as imagens de entranhas dos quadros de Bacon, com os seus tons sanguíneos, provocaram mais repulsa do que admiração.
Como homem do seu tempo, Bacon transmitiu a ideia de que o ser humano, ao conquistar e fazer uso da sua própria liberdade, também liberta a besta que existe dentro de si. Pouca diferença faz dos animais irracionais, tanto na vida - ao levar a cabo as funções essenciais da existência como o sexo ou a defecação - como na solidão da morte; representando o homem como um pedaço de carne.
A sua obra esteve em exposição, em Serralves, em 2003.


sexta-feira, maio 19, 2023

Lawrence da Arábia morreu há 88 anos

Lawrence na Arábia Saudita, em 1919
       
Thomas Edward Lawrence (Tremadog, 16 de agosto de 1888 - Dorset, 19 de maio de 1935), também conhecido como Lawrence da Arábia, e (aparentemente entre os seus aliados árabes) Aurens ou El Aurens, foi um arqueólogo, militar, agente secreto, diplomata e escritor britânico.
Tornou-se famoso pelo seu papel como oficial britânico de ligação durante a Revolta Árabe de 1916-1918. A sua fama como herói militar foi largamente promovida pela reportagem da revolta feita pelo viajante e jornalista norte-americano Lowell Thomas, e ainda devido ao livro autobiográfico de Lawrence, Os Sete Pilares da Sabedoria.
   
      
(...) 
  
Depois da passagem à reserva, Lawrence planeava levar uma vida tranquila e solitária em Clouds Hill, rejeitando mais uma vez convites para posições importantes. Contudo, em 13 de maio de 1935, quando Lawrence foi de moto até aos correios de Bovington, para enviar uma encomenda de livros a um amigo e um telegrama a Henry Williamson, sucedeu o imprevisto. De regresso a Clouds Hill, ao desviar-se abruptamente, para evitar o embate com dois jovens ciclistas, foi projetado violentamente da moto, fraturando gravemente o crânio. Permaneceu em coma durante seis dias, morrendo a 19 de maio, aos 46 anos e 9 meses de idade, sem nunca ter recuperado a consciência (se tivesse sobrevivido teria ficado em estado vegetativo). Foi enterrado a 21 de maio, na Igreja de São Nicolau, em Moreton, Dorset. Assistiram ao enterro Winston Churchill e Lady Astor, entre outros notáveis.
As circunstâncias do acidente levaram Hugh Cairns, neurologista que atendeu Lawrence, a realizar um estudo sobre a adoção de capacete motociclístico por civis e militares, concluindo que a prática poderia diminuir drasticamente o número de fatalidades causadas por traumatismo craniano. A morte de Lawrence e o subsequente trabalho de Cairns contribuiu largamente para a adoção de capacetes entre motociclistas, trabalhadores e desportistas em todo o mundo.
   

sexta-feira, dezembro 02, 2022

O Marquês de Sade morreu há 208 anos

     
Donatien Alphonse François de Sade, Marquês de Sade (Paris, 2 de junho de 1740 - Saint-Maurice, 2 de dezembro de 1814) foi um aristocrata francês e escritor libertino. Muitas das suas obras foram escritas enquanto estava na Prisão da Bastilha, encarcerado diversas vezes, inclusive por Napoleão Bonaparte. Do seu nome surge o termo médico sadismo, que define a perversão sexual de ter prazer na dor física ou moral do parceiro ou parceiros. Foi perseguido tanto pela monarquia (Antigo Regime) como pelos revolucionários vitoriosos de 1789 e depois por Napoleão.
     
 
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sexta-feira, outubro 28, 2022

Francis Bacon nasceu há 113 anos

Reginald Gray, Retrato de Bacon, 1989
         
Francis Bacon (Dublin, 28 de outubro de 1909 - Madrid, 28 de abril de 1992) foi um pintor anglo-irlandês de pintura figurativa. Era descendente colateral de Francis Bacon, filósofo do Período Elisabetiano. O seu trabalho é reconhecido como audaz, austero, e, frequentemente, grotesco ou imagem de pesadelo.
   
            
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quinta-feira, maio 19, 2022

Lawrence da Arábia morreu há 87 anos

Lawrence na Arábia Saudita, em 1919
       
Thomas Edward Lawrence (Tremadog, 16 de agosto de 1888 - Dorset, 19 de maio de 1935), também conhecido como Lawrence da Arábia, e (aparentemente entre os seus aliados árabes) Aurens ou El Aurens, foi um arqueólogo, militar, agente secreto, diplomata e escritor britânico.
Tornou-se famoso pelo seu papel como oficial britânico de ligação durante a Revolta Árabe de 1916-1918. A sua fama como herói militar foi largamente promovida pela reportagem da revolta feita pelo viajante e jornalista norte-americano Lowell Thomas, e ainda devido ao livro autobiográfico de Lawrence, Os Sete Pilares da Sabedoria.
   
      
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Depois da passagem à reserva, Lawrence planeava levar uma vida tranquila e solitária em Clouds Hill, rejeitando mais uma vez convites para posições importantes. Contudo, em 13 de maio de 1935, quando Lawrence foi de moto até aos correios de Bovington, para enviar uma encomenda de livros a um amigo e um telegrama a Henry Williamson, sucedeu o imprevisto. De regresso a Clouds Hill, ao desviar-se abruptamente, para evitar o embate com dois jovens ciclistas, foi projetado violentamente da moto, fraturando gravemente o crânio. Permaneceu em coma durante seis dias, morrendo a 19 de maio, aos 46 anos e 9 meses de idade, sem nunca ter recuperado a consciência (se tivesse sobrevivido teria ficado em estado vegetativo). Foi enterrado a 21 de maio, na Igreja de São Nicolau, em Moreton, Dorset. Assistiram ao enterro Winston Churchill e Lady Astor, entre outros notáveis.
As circunstâncias do acidente levaram Hugh Cairns, neurologista que atendeu Lawrence, a realizar um estudo sobre a adoção de capacete motociclístico por civis e militares, concluindo que a prática poderia diminuir drasticamente o número de fatalidades causadas por traumatismo craniano. A morte de Lawrence e o subsequente trabalho de Cairns contribuiu largamente para a adoção de capacetes entre motociclistas, trabalhadores e desportistas em todo o mundo.
   

quinta-feira, dezembro 02, 2021

O Marquês de Sade morreu há 207 anos

  
Donatien Alphonse François de Sade, Marquês de Sade (Paris, 2 de junho de 1740 - Saint-Maurice, 2 de dezembro de 1814) foi um aristocrata francês e escritor libertino. Muitas das suas obras foram escritas enquanto estava na Prisão da Bastilha, encarcerado diversas vezes, inclusive por Napoleão Bonaparte. Do seu nome surge o termo médico sadismo, que define a perversão sexual de ter prazer na dor física ou moral do parceiro ou parceiros. Foi perseguido tanto pela monarquia (Antigo Regime) como pelos revolucionários vitoriosos de 1789 e depois por Napoleão.
     
 
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quinta-feira, outubro 28, 2021

O pintor Francis Bacon nasceu há 112 anos

Reginald Gray, Retrato de Bacon, 1989
         
Francis Bacon (Dublin, 28 de outubro de 1909 - Madrid, 28 de abril de 1992) foi um pintor anglo-irlandês de pintura figurativa. Era descendente colateral de Francis Bacon, filósofo do Período Elisabetiano. O seu trabalho é reconhecido como audaz, austero, e, frequentemente, grotesco ou imagem de pesadelo.
   
            
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quarta-feira, dezembro 02, 2020

O Marquês de Sade morreu há 206 anos

  
Donatien Alphonse François de Sade, Marquês de Sade (Paris, 2 de junho de 1740 - Saint-Maurice, 2 de dezembro de 1814) foi um aristocrata francês e escritor libertino. Muitas das suas obras foram escritas enquanto estava na Prisão da Bastilha, encarcerado diversas vezes, inclusive por Napoleão Bonaparte. Do seu nome surge o termo médico sadismo, que define a perversão sexual de ter prazer na dor física ou moral do parceiro ou parceiros. Foi perseguido tanto pela monarquia (Antigo Regime) como pelos revolucionários vitoriosos de 1789 e depois por Napoleão.
   

quarta-feira, outubro 28, 2020

Francis Bacon nasceu há 111 anos

Reginald Gray, Retrato de Bacon, 1989
       
Francis Bacon (Dublin, 28 de outubro de 1909 - Madrid, 28 de abril de 1992) foi um pintor anglo-irlandês de pintura figurativa. Era descendente colateral de Francis Bacon, filósofo do Período Elisabetiano. O seu trabalho é reconhecido como audaz, austero, e, frequentemente, grotesco ou imagem de pesadelo.
   
     
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segunda-feira, dezembro 02, 2019

O Marquês de Sade morreu há 205 anos

Donatien Alphonse François de Sade, Marquês de Sade (Paris, 2 de junho de 1740 - Saint-Maurice, 2 de dezembro de 1814) foi um aristocrata francês e escritor libertino. Muitas das suas obras foram escritas enquanto estava na Prisão da Bastilha, encarcerado diversas vezes, inclusive por Napoleão Bonaparte. Do seu nome surge o termo médico sadismo, que define a perversão sexual de ter prazer na dor física ou moral do parceiro ou parceiros. Foi perseguido tanto pela monarquia (Antigo Regime) como pelos revolucionários vitoriosos de 1789 e depois por Napoleão.
   

segunda-feira, outubro 28, 2019

Francis Bacon nasceu há 110 anos

Retrato de Francis Bacon feito por Reginald Gray - Londres, 1960
     
Francis Bacon (Dublin, 28 de outubro de 1909 - Madrid, 28 de abril de 1992) foi um pintor anglo-irlandês de pintura figurativa. Era descendente colateral de Francis Bacon, filósofo do Período Elisabetano. O seu trabalho é mais conhecido como audaz, austero, e frequentemente grotesco ou imagem de pesadelo.
 
Vida e obra
Este artista irlandês de nascimento, tratou com uma extraordinária complacência alguns temas que continuam a chocar a nossa vida em grupo. As fantasias masoquistas, a pedofilia, o desmembramento de corpos, a violência masculina ligada à tensão homoerótica, as práticas de dissecação forense, a atracção pela representação do corpo (um especial fascínio pelos fluidos naturais, sangue, bílis, urina, esperma, etc.) e, no geral, com tudo o que está directamente ligado à transgressão seja relacionada com o sexo, a religião (são paradigmáticos os seus retratos do Papa Inocêncio X que efectuou a partir da obra de Diego Velázquez) ou qualquer tabu, foram as peças com as quais Bacon construiu a sua visão "modernista" do mundo.
Nasceu em 28 de outubro de 1909, em Dublin e sofria de asma. Esta debilidade irritava o seu pai, um homem rude e violento, que o costumava chicotear para o "fazer homem". Devido a isto Bacon criou um comportamento de oposição a seu pai. Uma infância difícil, que sempre o influenciou na sua arte e lhe inspirou um certo desdém por essa Irlanda da sua infância, tal como Oscar Wilde e James Joyce.
A sua primeira exposição individual na Lefevre Gallery, em 1945, provocou um choque e não foi bem recebida. Toda a gente estava farta de guerra e de horrores, só se falava da "construção da paz" e as imagens de entranhas dos quadros de Bacon, com os seus tons sanguíneos, provocaram mais repulsa do que admiração.
Como homem do seu tempo, Bacon transmitiu a ideia de que o ser humano, ao conquistar e fazer uso da sua própria liberdade, também liberta a besta que existe dentro de si. Pouca diferença faz dos animais irracionais, tanto na vida - ao levar a cabo as funções essenciais da existência como o sexo ou a defecação - como na solidão da morte; representando o homem como um pedaço de carne.
A sua obra esteve em exposição, em Serralves, em 2003.
  
 

quinta-feira, agosto 16, 2018

Lawrence da Arábia nasceu há 130 anos!

Lawrence na Arábia Saudita, em 1919

Thomas Edward Lawrence (Tremadog, 16 de agosto de 1888 - Dorset, 19 de maio de 1935), também conhecido como Lawrence da Arábia, e (aparentemente entre os seus aliados árabes) Aurens ou El Aurens, foi um arqueólogo, militar, agente secreto, diplomata e escritor britânico.
Tornou-se famoso pelo seu papel como oficial britânico de ligação durante a Revolta Árabe de 1916-1918. A sua fama como herói militar foi largamente promovida pela reportagem da revolta feita pelo viajante e jornalista norte-americano Lowell Thomas, e ainda devido ao livro autobiográfico de Lawrence, Os Sete Pilares da Sabedoria.
  

terça-feira, dezembro 02, 2014

O Marquês de Sade morreu há dois séculos

Donatien Alphonse François de Sade, o Marquês de Sade (Paris, 2 de junho de 1740 - Saint-Maurice, 2 de dezembro de 1814) foi um aristocrata francês e escritor libertino. Muitas das suas obras foram escritas enquanto estava na Prisão da Bastilha, encarcerado diversas vezes, inclusive por Napoleão Bonaparte. De seu nome surge o termo médico sadismo, que define a perversão sexual de ter prazer na dor física ou moral do parceiro ou parceiros. Foi perseguido tanto pela monarquia (Antigo Regime) como pelos revolucionários vitoriosos de 1789 e depois por Napoleão.

terça-feira, outubro 28, 2014

O pintor Francis Bacon nasceu há 105 anos

Francis Bacon (Dublin, 28 de outubro de 1909 - Madrid, 28 de abril de 1992) foi um pintor anglo-irlandês de pintura figurativa. Era descendente colateral de Francis Bacon, filósofo do Período Elisabetano. O seu trabalho é mais conhecido como audaz, austero, e frequentemente, grotesco ou imagem de pesadelo.

Bacon nasceu em Dublin de pais ingleses. O seu pai, Eddy Bacon, foi um veterano da Segunda Guerra dos Bôeres e se tornou um treinador de corrida de cavalos. Sua mãe Winnie, herdeira de um negócio de aço e de uma mina de carvão, era notável pela sua natureza saliente, gregária, um total contraste em relação ao seu marido. Francis foi cuidado pela enfermeira da família, Jessie Lightfoot. Criança asmática e com muitas alergias a cães e cavalos, Bacon muitas vezes teve que levar morfina para aliviar os seus sofrimentos durante os ataques. A sua família mudou muitas vezes de casa, e durante esse período mudou-se entre a Irlanda e a Inglaterra, levando a um sentimento de displicência que permaneceu com o artista durante toda a sua vida. Em 1911 a família morou em Cannycourt House, próximo de Kilcullen, no Condado de Kildare, mas posteriormente mudou-se para Westbourne Terrace, em Londres, próximo de onde Eddi Bacon trabalhou Exército Territorial.

Retornando a Irlanda após a Primeira Guerra Mundial. Bacon foi enviado para viver um tempo com a sua avó materna, Winifred Supple, e o seu marido Keery, em Farmleigh, Abbeyleix, Condado de Laois. Eddy Bacon depois comprou Farmleigh à sua sogra, até o seu filho se mudar novamente para Straffan Lodge, Naas, Condado de Kildade, o lugar onde os seus pais nasceram. Embora Francis tenha sido uma criança tímida, ele adorava vestir bem. Isso, juntamente com a sua maneira afeminada, frequentemente enfurecia seu pai, que fez criar uma distância entre os dois. Em 1924 os seus pais mudaram para Gloucestershire, primeira para Prescott House em Gotherington, depois para Linton Hall, situado próximo a Herefordshire. Francis passou dezoito meses na Dean Close School, Cheltenham, de 1924 a 1926. Isso foi sua única experiência com educação formal de pintura, pois ele saiu semanas depois.
Em uma festa a fantasia na quinta casa da família em Cavendish Hall, Suffok, Francis fantasiou-se de Flapper - as roupas próprias, batom, salto alto e um cigarro longo.
Em 1926 a  sua família voltou para a Irlanda, em Stranffan Lodge. A sua irmã, Ianthe recordou que Bacon fez desenhos de mulheres com chapéus Clochês e longos cigarros. Após esse ano, Francis foi banido de Straffan Lodge seguindo um incidente em que seu pai o viu se admirando em frente ao espelho usando as roupas interiores da sua mãe.

Bacon passou o outuno e o inverno de 1926 em Londres, com a ajuda de 3 libras por semana que a sua mãe enviava, vivendo uma vida simples, e lendo Nietzsche. Para incrementar suas economias, ele trabalhava como empregado doméstico, mas apesar de ele gostar de cozinhar, ele se tornou logo entediado e resignado. Foi demitido de um emprego de assistente telefonista de uma loja de roupas femininas em Poland Street, Soho, depois do dono do estabelecimento receber uma carta anónima. Ele descobriu que ele atraia homens ricos, uma atração que ele estava tirando vantagem, tendo desenvolvido um bom paladar para vinho e comida. Um dos homens era um ex-militar do exército amigo do seu pai, outro criador de cavalos de corrida, com nome de Harcourt-Smith. Bacon depois reivindicou que seu pai pediu a seu amigo para transformá-lo em um "homem". Francis teve uma difícil relação com seu pai, uma vez admitindo que estavam tendo uma relação. Indubitavelmente, Eddy Bacon sabia da fama de seu amigo de viril, mas não da sua atração por homens jovens.
Na primavera de 1927, Bacon foi levado por Harcourt-Smith para a opulenta, decadente Berlin da República de Weimar, ficando juntos no Hotel Adlon. Foi assim que Bacon viu o filme Metropolis de Fritz Lang.
Bacon passou dois meses em Berlim, enquanto Harcourt-Smith passou apenas um - "Ele logo ficou cansado de mim, claro, e foi embora com uma mulher… Eu realmente não sabia o que fazer, então eu fiquei por mais um tempo, e depois, quando consegui juntar um pouco de dinheiro, decidi ir para Paris.". Bacon passou o próximo ano e meio em Paris, onde conheceu Yvonne Bocquentin, pianista e connoisseuse, na abertura de uma exposição. Ciente de necessidade de aprender francês, Bacon viveu três meses com a Madame Bocquentin e sua família na sua casa próximo a Chantilly. No Château de Chantilly (Musée Condé) ele viu o quadro O Massacre dos Inocentes de Nicolas Poussin, uma pintura que ele se referiu várias vezes posteriormente em seu trabalho. De Chantilly, ele esteve em uma exibição que o inspirou decididamente para pintar. A visita a uma exibição de 1927 com 106 pinturas de Picasso na Galeria Paul Rosenberg, despertou o seu interesse artístico. Bacon frequentemente apanhava o comboio para Paris, cinco vezes ou mais durante a semana, para ver exposições de artes; Bacon viu o filme épico Napoleão de Abel Gance na Paris Opéra em abril de 1927. No outono de 1927, Bacon ficou no Paris Hôtel Delambre em Montparnasse.

Vida e obra
Este artista irlandês de nascimento, tratou com uma extraordinária complacência alguns temas que continuam a chocar a nossa vida em grupo. As fantasias masoquistas, a pedofilia, o desmembramento de corpos, a violência masculina ligada à tensão homoerótica, as práticas de dissecação forense, a atracção pela representação do corpo (um especial fascínio pelos fluidos naturais: sangue, bílis, urina, esperma, etc.) e, no geral, com tudo o que está directamente ligado à transgressão seja relacionada com o sexo, a religião (são paradigmáticos os seus retratos do Papa Inocêncio X que efectuou a partir da obra de Diego Velázquez) ou qualquer tabu, foram as peças com as quais Bacon construiu a sua visão "modernista" do mundo.
Nasceu em 28 de outubro de 1909, em Dublin e sofria de asma. Esta debilidade irritava seu pai, um homem rude e violento, que o costumava chicotear para o "fazer homem". Devido a isto Bacon criou um comportamento de oposição a seu pai. Uma infância difícil, que sempre o influenciou na sua arte e lhe inspirou um certo desdém por essa Irlanda da sua infância, tal como Oscar Wilde e James Joyce.
A sua primeira exposição individual na Lefevre Gallery, em 1945, provocou um choque e não foi bem recebida. Toda a gente estava farta de guerra e de horrores, só se falava da "construção da paz" e as imagens de entranhas dos quadros de Bacon, com os seus tons sanguíneos, provocaram mais repulsa do que admiração.
Como homem do seu tempo, Bacon transmitiu a ideia de que o ser humano, ao conquistar e fazer uso da sua própria liberdade, também liberta a besta que existe dentro de si. Pouca diferença faz dos animais irracionais, tanto na vida - ao levar a cabo as funções essenciais da existência como o sexo ou a defecação - como na solidão da morte; representando o homem como um pedaço de carne.
A sua obra esteve em exposição, em Serralves, na cidade do Porto, Portugal, em 2003.



domingo, abril 28, 2013

O pintor Francis Bacon morreu há 28 anos

Reginald Gray, Retrato de Bacon, 1989
  
Francis Bacon (Dublin, 28 de outubro de 1909 - Madrid, 28 de abril de 1992) foi um pintor anglo-irlandês de pintura figurativa. Era descendente colateral de Francis Bacon, filósofo do Período Elisabetano. O seu trabalho é reconhecido como audaz, austero, e, frequentemente, grotesco ou imagem de pesadelo.

  
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sexta-feira, novembro 02, 2012

Pier Paolo Pasolini foi assassinado há 37 anos

Pier Paolo Pasolini (Bolonha, 5 de março de 1922 - Óstia, 2 de novembro de 1975) foi um cineasta italiano.

Era filho de Carlo Alberto Pasolini, militar de carreira, e de Susanna Colussi, professora primária, natural de Casarsa della Delizia (Friul), ao norte da Itália.Teve um irmão Guidalberto Pasolini (1925 - 1945) que faleceu numa emboscada, lutando na Segunda Guerra Mundial. Em 1926, porém, o pai de Pasolini foi preso por dívidas de jogo, e sua mãe se mudou para casa de sua família em Casarsa della Delizia, na região de Friuli.

Em 1939 Pasolini graduou-se em Literatura pela Universidade de Bologna. Era homossexual assumido e um artista solitário. Antes de ficar famoso como cineasta tinha sido professor, poeta e novelista. Entre seus livros mais conhecidos estão Meninos da Vida (Ragazzi di vita), Uma Vida Violenta e Petróleo (livro). De porte atlético e estatura média, Pasolini usava óculos com lentes muito grossas.

Em 26 de janeiro de 1947 Pasolini escreveu uma declaração polémica para a primeira página do jornal Libertà: "Em nossa opinião, pensamos que, actualmente, só o comunismo é capaz de fornecer uma nova cultura." A controvérsia foi parcialmente devido ao facto de ele ainda não ser um membro do Partido Comunista Italiano, PCI. Após a sua adesão ao PCI, participou de várias manifestações e, em maio de 1949, participou do Congresso da Paz em Paris. Observando as lutas dos trabalhadores e camponeses, e vendo os confrontos dos manifestantes com a polícia italiana, ele começou a criar seu primeiro romance. No entanto, em outubro do mesmo ano, Pasolini foi acusado de corrupção de menores e atos obscenos em lugares públicos. Como resultado, foi expulso pela secção de Udine do Partido Comunista e perdeu o emprego de professor que tinha obtido no ano anterior em Valvasone. Ficou em uma situação difícil, e em janeiro de 1950 Pasolini mudou para Roma para a casa da sua mãe.

Realizou estudos para filmes sobre a Índia, a Palestina e sobre a Oréstia, de Ésquilo, que pretendia filmar na África (Apontamento para uma Oréstia Africana). Seus filmes são muito conhecidos por criticarem a estrutura do governo italiano (na época fortemente ligado à igreja católica), que promovia a alienação e hábitos conservadores na sociedade. Além disso, seu cinema foi marcado por uma constante ligação com o arcaísmo prevalecente no homem moderno. Prova disso é a obra Teorema, em que um indivíduo entra na vida de uma família e a desestrutura por inteiro (cada membro da família representa uma instituição da sociedade). Dirigiu os filmes da Trilogia da Vida com conteúdo erótico e político: Il Decameron, I Raconti di Canterbury e Il fiore delle mille e una notte. Pasolini, em um determinado momento da sua vida, renegou esses filmes, afirmando que eles foram apropriados erroneamente pela indústria cultural, que os classificava como pornográficos.
Essa trilogia foi filmada na Etiópia, Índia, Irão, Nepal e Iémen. Os filmes eram dobrados em italiano. Pelo conteúdo pretensamente classificado como erótico, foi proibido nos Estados Unidos e só foi exibido na década de 80. No Brasil só foi exibido após a abertura política. Em Accattone, de 1961, Pasolini pôs em prática sua visão sobre a classe do proletariado na sociedade italiana da época. Gostava de trabalhar com atores amadores e do povo.

Foi brutalmente assassinado em novembro de 1975. Tinha o rosto desfigurado e várias lesões no corpo. Foi encontrado no hidro-aeródromo de Ostia. Os motivos de seu assassinato continuam gerando polémica até hoje, sendo associados a crime político ou um mero latrocínio. Um processo judicial concluiu que o cineasta foi assassinado por um prostituto, que teria como intuito assaltá-lo. Tal versão, porém, é muito controversa. Existem estudos, filmes e programas de TV que deitam abaixo a versão acatada pela justiça italiana. No ano de 2005, Pino Pelosi declarou não ter sido ele o assassino de Pasolini, depois de ter cumprido pena como assassino confesso.


sábado, maio 19, 2012

Lawrence da Arábia morreu há 77 anos

Thomas Edward Lawrence (16 de agosto de 1888 - 19 de maio de 1935), também conhecido como Lawrence da Arábia, e (aparentemente entre os seus aliados árabes) Aurens ou El Aurens, foi um arqueólogo, militar, agente secreto, diplomata e escritor britânico.
Tornou-se famoso pelo seu papel como oficial britânico de ligação durante a Revolta Árabe de 1916-1918. A sua fama como herói militar foi largamente promovida pela reportagem da revolta feita pelo viajante e jornalista americano Lowell Thomas, e ainda devido ao livro autobiográfico de Lawrence, Os Sete Pilares da Sabedoria.


NOTA: no ano em que passam 50 anos sobre o premiado filme, que foi a partir do livro escrito por este Senhor (e que foi publicado faz este ano 90 anos...) é ainda mais importante recordá-lo.