Mostrar mensagens com a etiqueta astronomia. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta astronomia. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, fevereiro 27, 2024

Mais uma sonda norte-americana (desta vez privada...) na Lua...

Os EUA chegaram à Lua, mas caíram de lado

 

 

O módulo de aterragem lunar Odysseus chegou à Lua, mas já está, muito provavelmente, caído de lado, com a sua parte superior apoiada numa rocha do satélite natural.

A nave espacial dos EUA, que fez história esta quinta-feira ao tornar-se o primeiro robô construído e operado de forma privada a completar uma aterragem lunar, encontra-se, no entanto, em boas condições.

O seu proprietário, a empresa texana Intuitive Machines, afirma que o Odysseus está carregado com bastante energia e está a comunicar com a Terra. Os controladores estão a tentar recuperar fotografias tiradas pelo robô.

Steve Altemus, CEO e um dos fundadores da Intuitive Machines, disse que ainda não sabe exatamente o que aconteceu, mas os dados sugerem que o robô ficou com um dos seus pés preso na superfície e virou porque ainda estava em movimento lateral no momento da aterragem.

Outra possibilidade é que o Odysseus tenha partido um dos seus pés ao cair. Os sensores de medição inercial indicam que o veículo está numa posição horizontal.

Seja qual for a razão para a posição inesperada da aterragem, as antenas de rádio ainda estão apontadas para a Terra e os painéis solares continuam a carregar o sistema de baterias.

Felizmente, todos os instrumentos científicos para fazer observações na Lua estão virados para cima, o que deverá permitir algum trabalho científico. A única carga útil no “lado errado” da sonda, a apontar para a superfície lunar, é um projeto de arte estático.

Esperamos obter fotografias e fazer uma avaliação da estrutura e de todo o equipamento externo“, disse Altemus aos jornalistas.

“Até agora, temos bastante capacidade operacional, embora estejamos caídos de lado. Isso é muito emocionante para nós, e estamos a continuar a missão de operações de superfície como resultado disso.”

 


 

O robô foi direcionado para um terreno cheio de crateras perto do polo sul da Lua, e a equipa da empresa acredita que chegou muito perto do local pretendido - talvez a dois ou três quilómetros de distância.

O satélite da agência espacial dos EUA Lunar Reconnaissance Orbiter vai procurar o Odysseus ainda este fim de semana para confirmar o seu paradeiro.

Joel Kearns, da direção de missões científicas da NASA, descreveu a aterragem do Odysseus como uma “proeza gigantesca” e uma afirmação da política do CLPS.

Independentemente da sua funcionalidade atual, é improvável que o Odysseus funcione muito para além do início de março, quando o local de aterragem ficar sob escuridão.

“Assim que o Sol se puser, as baterias tentarão manter o veículo aquecido e vivo, mas eventualmente ele cairá num frio intenso e os componentes eletrónicos que produzimos simplesmente não sobreviverão ao frio intenso da noite lunar. Assim, na melhor das hipóteses, esperamos mais nove a dez dias (de operações)”, disse Tim Crain, outro fundador da empresa.

 

Mais duas missões em 2024

A missão da Intuitive Machines faz parte do programa Commercial Lunar Payload Services (CLPS) da NASA, no qual a agência está a pagar a várias empresas privadas americanas por serviços de carga para a Lua — no caso do Odysseus, 118 milhões de dólares. Todas as empresas são responsáveis pelo financiamento, construção, lançamento e operação das suas naves.

Seis missões CLPS estão planeadas para este ano. A primeira, da empresa Astrobotic, sediada em Pittsburgh, fracassou. O seu módulo de aterragem Peregrino teve problemas técnicos a caminho da Lua e desistiu da alunagem. O robô voltou para arder na atmosfera da Terra.

A Intuitive Machines tem mais duas missões em 2024. A próxima vai pôr um robô a perfurar a superfície. Outra empresa texana, a Firefly Aerospace, também deverá lançar uma missão para a Lua nos próximos meses.

 

in ZAP

Samuel Pierpont Langley morreu há 118 anos


Samuel Pierpont Langley (Roxbury, 22 de agosto de 1834 - Aiken, 27 de fevereiro de 1906) foi um astrónomo e físico norte-americano, inventor do bolómetro e pioneiro da aviação

 

Vida

Samuel Pierpont Langley nasceu em Roxbury, perto de Boston, Massachusetts, nos Estados Unidos da América. Formou-se na Boston Latin School, e foi assistente do Harvard College Observatory. Foi ainda professor de Matemática da Academia Naval dos Estados Unidos. Em 1867, foi nomeado diretor do Allegheny Observatory e professor de astronomia na Universidade de Pittsburgh, em Pittsburgh, Pennsylvania. Exerceu estas funções até 1891 apesar de, entretanto, se ter tornado o terceiro secretário do Instituto Smithsonianiano, em Washington, DC, em 1887. Langley foi ainda o fundador do Smithsonian Astrophysical Observatory.

Em 1886, Langley foi agraciado com a Medalha Henry Draper, da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, devido às suas contribuições no campo da física solar. Em 1878, Langley inventou o bolómetro, um instrumento usado para medir a incidência da radiação eletromagnética. A publicação, em 1890, das suas observações sobre os infravermelhos junto com Frank Washington Very, foi posteriormente a base para a formulação dos primeiros cálculos sobre o efeito de estufa, realizados por Svante Arrhenius.

 

Aviação 

Langley interessou-se pela construção de aparelhos que pudessem voar. Efectuou diversas tentativas usando aviões a que chamava Aerodromes. Usualmente, o nome de Langley é usado para contrastar com os irmãos Wright. Ao contrário daqueles homens, Langley possuía elevada instrução académica e dispunha de fundos para suportar os seus esforços para desenvolver um aparelho que pudesse voar. Além disso, a sua prestigiante posição como Secretário do Instituto Smithsonian, garantia-lhe credibilidade atraindo as atenções de investidores para os seus projetos.

Em 1896, Langley construiu um avião a vapor, não-tripulado, que foi designado por Aerodrome nº 6. Em 28 de Novembro daquele ano, o aparelho voou cerca de 1.200 metros até acabar o vapor que o movia. O aparelho não possuía qualquer sistema que permitisse direcionar o seu voo. Naturalmente, máquinas a vapor são bastante pesadas e provou-se que não seriam práticas para voar. Ainda assim, o sucesso do modelo número 6, permitiu que Langley convencesse o Departamento de Guerra (agora Departamento de Defesa) a investir 50.000 dólares no sentido de criar uma máquina voadora que pudesse ser pilotada. O Instituto Smithsoniano contribuiu com uma soma similar no apoio aos esforços de Langley. Assim, o assistente de Langley, Charles M. Manly, projectou uma máquina com cerca de 60 quilos, gerando 52 cavalos-vapor, que deveria garantir o sucesso. O resultado foi um avião mais adequado, que Langley chamou de Large Aerodrome A. Langley percebeu que os riscos em caso de insucesso seriam menores se o teste fosse realizado sobre a água. Assim, gastou praticamente metade dos fundos para construir uma barcaça com uma catapulta capaz de impulsionar o seu novo aparelho. Em 7 de outubro de 1903, com Manly no comando, o avião de Langley foi lançado para pouco tempo depois mergulhar no Rio Potomac.

Crê-se que o Great Aerodrome talvez tivesse voado se Langley tivesse optado pelo meios mais convencionais de elevar os aparelhos desde o solo, apesar dos maiores riscos para o tripulante. Na verdade, o esforço da catapulta sobre o aparelho foi enorme, danificando a estrutura das asas dianteiras logo no arranque. A situação foi ainda pior na segunda tentativa, em 9 de dezembro de 1903, quando a asa traseira e a cauda do aparelho foram completamente esmagadas no lançamento. Charles Manley quase morreu afogado antes de ser resgatado dos destroços do aparelho sobre a superfície coberta de gelo do Rio Potomac.

Naturalmente, as críticas não se fizeram esperar. O jornal The Brooklyn Eagle citou um político de Washington como tendo dito:

"Digam a Langley por mim que a única coisa que ele alguma vez fez voar foi o dinheiro do Governo."

Um outro representante de Washington descreveu a Langley como "um professor com imaginação, com sonhos de voar, a quem se deu os recursos de construir castelos no ar."

O Departamento de Guerra. no seu relatório final sobre o projeto de Langley, concluiu que "ainda estamos longe do objetivo final e parece-nos que necessitaremos ainda de anos de constante trabalho e estudo efetuado por especialistas, juntamente com o investimento de milhares de dólares, antes de podermos ter a esperança de produzir um aparelho de utilidade prática nesta área."

No entanto, em 17 de dezembro de 1903, apenas oito dias depois do espetacular fracasso de Langley, foi lançado ao ar com auxilio de uma catapulta em Kitty Hawk, Carolina do Norte, um aparelho mais resistente, chamado de Flyer 1, foi construído por Orville e Willbur Wright, custando apenas cerca de mil dólares. Desiludido, Langley abandonou o seu projeto.

Samuel Pierpont Langley morreu, destroçado e desapontado, em 27 de fevereiro de 1906, em Aiken, Carolina do Sul, após uma série de ataques cardíacos. Mesmo ano em que o 14-Bis (Oiseau de Proie II) primeira aeronave "mais pesada que o ar" pilotado pelo inventor brasileiro Alberto Santos Dumont , levantou voo sem ajuda de nenhum tipo de lançador e percorreu sessenta metros em sete segundos, a uma altura de aproximadamente dois metros, perante mais de mil espetadores, em 23 de outubro, no campo de Bagatelle, Paris.

Apesar de dezoito anos de esforços para alcançar a imortalidade terem redundado em fracasso, Langley acabou por dar uma importante contribuição no progresso da aviação. Em 1914, oito anos depois de sua morte, o Aerodrome sofreu várias mudanças e voou com êxito em Hammondsport, Nova Iorque, pilotado por Glenn Hammond Curtiss

 

sábado, fevereiro 24, 2024

Notícia sobre envio (já efetuado) de sonda a asteroide metálico interessante...

NASA vai explorar asteroide trilionário. Falta pouco para a missão histórica

 

Asteroide Psyche (ilustração)

 

Rumo ao Psyche, para desvendar mistérios. 12 de outubro é a data em que “a ficção científica se tornará facto científico”.

Agora sim, há data marcada e já está próxima: 12 de outubro de 2023.

É a data em que “a ficção científica se tornará facto científico”, pegando em palavras do Interesting Engineering.

A NASA vai lançar a missão Psyche nesse dia, para explorar o misterioso e aparentemente trilionário asteroide com o mesmo nome – Psyche.

No Centro Espacial Kennedy da NASA, na Flórida, decorrem os preparativos finais para a missão Psyche, que pretende desvendar os mistérios do asteroide homónimo.

Num comunicado, a agência espacial revela que os engenheiros testaram todos os quatro propulsores da nave, dobraram meticulosamente os seus painéis solares e abasteceram-na com gás xénon, o combustível para a sua jornada até ao cinturão de asteroides.

O principal objetivo desta missão é, não só chegar ao asteroide rico em metais, mas sim obter informações que poderão alterar a nossa compreensão sobre a formação planetária.

Como lembra o El Confidencial, o Psyche foi descoberto em 1852 mas continua a ser um mistério, guarda um segredo no seu interior.

Falta responder a diversas perguntas: Psyche é realmente um núcleo planetário exposto? É uma rocha grande, um monte de rochas menores ou algo totalmente diferente? As anteriores camadas exteriores (crosta e manto) foram violentamente arrancadas há muito tempo?

E falta a pergunta mais importante: o que aprendemos sobre Psyche pode ser extrapolado para resolver alguns dos mistérios sobre o núcleo da Terra?

Lindy Elkins-Tanton, a investigadora principal da Psyche na Universidade do Arizona, partilhou o seu entusiasmo, reforçando que a verdadeira celebração ocorrerá após o lançamento e estabelecimento bem-sucedido das comunicações.

A nave seguirá um percurso de espiral até ao asteroide, usando a sua eficiente propulsão elétrica solar, abastecida há pouco tempo com 1.085 kg de xénon.

O asteroide Psyche, com cerca de 278 km no seu ponto mais largo, é um laboratório celestial sem paralelo, podendo ser um fragmento do núcleo de um planetesimal, oferecendo uma perspetiva única sobre os blocos de construção dos primeiros planetas.

Recentes observações sugerem que o Psyche pode ser composto por uma combinação de metal e silicato, possivelmente contendo entre 30% e 60% de metal em volume.

Como parte do 14.º Programa de Descoberta da NASA, a missão Psyche é vista como um marco na exploração espacial.

Agora, resta-nos aguardar pelo lançamento, quando a ficção científica se transformará em facto científico.

 

in ZAP

 

(imagem daqui)

sexta-feira, fevereiro 23, 2024

Gauss morreu há 169 anos...

 

Johann Carl Friedrich Gauss (ou Gauß) (Braunschweig, 30 de abril de 1777 - Göttingen, 23 de fevereiro de 1855), foi um matemático, astrónomo e físico alemão que contribuiu muito em diversas áreas da ciência, dentre elas a teoria dos números, estatística, análise matemática, geometria diferencial, geodesia, geofísica, eletroestática, astronomia e ótica.
Alguns referem com um Princeps mathematicorum (em latim, "o príncipe da matemática" ou "o mais notável dos matemáticos") e um "grande matemático desde a antiguidade", Gauss deixou uma marca influente em muitas áreas da matemática e da ciência e é um dos mais influentes na história da matemática. Ele referia-se à Matemática como "a rainha das ciências".
     
 

Em probabilidade e estatística, a distribuição normal é uma das distribuições de probabilidade mais utilizadas para modelar fenómenos naturais. Isso se deve ao fato de que um grande número de fenómenos naturais apresenta sua distribuição de probabilidade tão proximamente normal, que a ela pode ser com sucesso referida, e, portanto, com adequado acerto por ela representada como se normal fosse. A distribuição normal é ligada a vários conceitos matemáticos como movimento browniano, ruído branco, entre outros. A distribuição normal também é chamada distribuição gaussiana, distribuição de Gauss ou distribuição de Laplace–Gauss, em referência aos matemáticos, físicos e astrónomos francês Pierre–Simon Laplace (1749 – 1827) e alemão Carl Friedrich Gauss (1777 – 1855).

 

quarta-feira, fevereiro 21, 2024

O astrónomo George Ellery Hale morreu há 86 anos

   
George Ellery Hale (Chicago, 29 de junho de 1868 - Pasadena, 21 de fevereiro de 1938) foi um astrónomo norte-americano, especialmente conhecido pelo seu contributo na construção de grandes telescópios.
  
Biografia
Hale estudou no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, no Observatório da Universidade de Harvard e na Universidade Humboldt de Berlim.
Em 1890 foi nomeado diretor do Observatório Kenwood de Astrofísica e lecionou Astrofísica na Universidade Beloit. Foi nomeado professor assistente na Universidade de Chicago em 1897, passando a professor a tempo inteiro nesta Universidade, em 1905. Foi co-editor da revista Astronomy and Astrophysics (Astronomia e Astrofísica) entre 1892 e 1895. Após este projeto tornou-se editor do Astrophysical Journal (Jornal de Astrofísica).
 
Teve uma carreira bem sucedida como astrónomo, tendo inventado o espectroscópio solar, com o qual efetuou várias descobertas sobre as manchas solares, verificando que o seu número oscilava ao longo de períodos de onze anos. Dedicou-se também ao estudo dos campos magnéticos das manchas solares. A partir de 1892, ao colaborar com a Universidade de Chicago, começou a projetar um telescópio refrator de 102 centímetros para o Observatório de Yerkes. Mais tarde construiu dois grandes telescópios refratores, um com 2,5 metros para o Observatório do Monte Wilson, perto de Los Angeles, Califórnia, em 1917, e outro com 5 metros, batizado Telescópio Hale, para o Observatório do Monte Palomar, em Pasadena, Califórnia, em 1948.
O Telescópio Hale levou vinte anos a construir. O espelho principal é feito de vidro pirex, resistente ao calor e a químicos. Para prevenir que rachasse, foi deixado a arrefecer durante um ano inteiro antes de ser cuidadosamente polido até adquirir a curvatura exata. Embora o processo de polimento tenha sido iniciado durante a vida de Hale, foi apenas terminado dez anos após a sua morte, ou seja, em 1948. Foi o maior telescópio refrator do mundo até 1974, quando a União Soviética construiu um com 6 metros.
O trabalho de Hale foi vital para o sucesso de Harlow Shapley, Edwin Hubble e de muitos outros astrónomos da primeira metade do século XX, por planear e supervisionar a construção de potentes telescópios que tornaram possíveis as observações daqueles cientistas.
    
Telescópio Hale - Monte Palomar, em San Diego
     

segunda-feira, fevereiro 19, 2024

Nicolau Copérnico nasceu há 551 anos

         
Nicolau Copérnico (Toruń, 19 de fevereiro de 1473 - Frauenburgo, 24 de maio de 1543) foi um astrónomo e matemático polaco que desenvolveu a teoria heliocêntrica do Sistema Solar. Foi também um cónego da Igreja Católica, governador e administrador, jurista, astrólogo e médico.
A sua teoria do Heliocentrismo, que colocou o Sol como o centro do Sistema Solar, contrariando a então vigente Teoria Geocêntrica (que considerava a Terra como o centro do universo), é considerada como uma das mais importantes hipóteses científicas de todos os tempos, tendo constituído o ponto de partida da astronomia moderna.
  
(...)
   
A teoria do modelo heliocêntrico, a maior teoria de Copérnico, foi publicada em seu livro, De revolutionibus orbium coelestium ("Da revolução de esferas celestes"), durante o ano da sua morte, 1543. Apesar disso, ele já havia desenvolvido sua teoria algumas décadas antes.
O livro marcou o começo de uma mudança de um universo geocêntrico, ou antropocêntrico, com a Terra em seu centro. Copérnico acreditava que a Terra era apenas mais um planeta que concluía uma órbita em torno de um sol fixo todo ano e que girava em torno de seu eixo todo dia. Ele chegou a essa correta explicação do conhecimento de outros planetas e explicou a origem dos equinócios corretamente, através da vagarosa mudança da posição do eixo rotacional da Terra. Ele também deu uma clara explicação da causa das estações: o eixo de rotação da Terra não é perpendicular ao plano de sua órbita.
Em sua teoria, Copérnico descrevia mais círculos, os quais tinham os mesmos centros, do que a teoria de Ptolomeu (modelo geocêntrico). Apesar de Copérnico colocar o Sol como centro das esferas celestiais, ele não fez do Sol o centro do universo, mas perto dele.
  
(...)
  
Em 24 de maio de 1543 morre Copérnico, em Frauenburgo, no mesmo dia da publicação da sua obra "Da revolução de esferas celestes"
   
 
       in Wikipédia

sábado, fevereiro 17, 2024

Giordano Bruno foi executado há 424 anos...

 

Giordano Bruno (Nola, Reino de Nápoles, 1548 - Roma, Campo de Fiori, 17 de fevereiro de 1600) foi um teólogo, filósofo, escritor e ex-frade dominicano italiano, condenado à morte na fogueira pela Inquisição romana (Congregação da Sacra, Romana e Universal Inquisição do Santo Ofício) por heresia ao defender erros teológicos, mas não pela defesa do heliocentrismo de Copérnico. É também referido como Bruno de Nola ou Nolano.

        
  (...)
    
Prisão, julgamento e execução
Em Roma, o julgamento de Bruno durou oito anos, durante os quais ele foi preso, por último, na Torre de Nola. Alguns documentos importantes sobre o julgamento estão perdidos, mas outros foram preservados e entre eles um resumo do processo, que foi redescoberto em 1999. As numerosas acusações contra Bruno, com base em alguns de seus livros, bem como em relatos de testemunhas, incluíam blasfémia, conduta imoral e heresia em matéria de teologia dogmática e envolvia algumas das doutrinas básicas da sua filosofia e cosmologia. Luigi Firpo lista estas acusações feitas contra Bruno pela Inquisição Romana:
  • sustentar opiniões contrárias à fé católica e contestar os seus ministros;
  • sustentar opiniões contrárias à fé católica sobre a Trindade, a divindade de Cristo e a encarnação;
  • sustentar opiniões contrárias à fé católica sobre Jesus como Cristo;
  • sustentar opiniões contrárias à fé católica sobre a virgindade de Maria, mãe de Jesus;
  • sustentar opiniões contrárias à fé católica tanto sobre a transubstanciação quanto a Missa;
  • reivindicar a existência de uma pluralidade de mundos e suas eternidades;
  • acreditar em metempsicose e na transmigração da alma humana em brutos;
  • envolvimento com magia e adivinhação.
  
Giovanni Mocenigo (1558-1623), membro de um das mais ilustres famílias venezianas, encontrou Bruno em Frankfurt em 1590 e convidou-o para ir a Veneza, a pretexto de lhe ensinar mnemotécnica, a arte de desenvolver a memória, em que Bruno era perito. Segundo Will Durant Bruno estava havia muitos anos na lista dos procurados pela Inquisição, ansiosa por prendê-lo por suas doutrinas subversivas, mas Veneza gozava da fama de proteger tais foragidos, e o filósofo sentiu-se encorajado a cruzar os Alpes e regressar. Como Mocenigo quisesse usar as artes da memória com fins comerciais, segundo alguns, ou esperasse obter de Bruno ensinamentos de ocultismo para aumentar seu poder, prejudicar os seus concorrentes e inimigos, segundo outros, Bruno negou-se a ensiná-lo. Segundo Durant, Mocenigo, católico piedoso, assustava-se com "as heresias que o loquaz e incauto filósofo lhe expunha", e perguntou a seu confessor se devia denunciar Bruno à Inquisição. O sacerdote recomendou-lhe esperar e reunir provas, no que Mocenigo assentiu; mas quando Bruno anunciou o seu desejo de regressar a Frankfurt, o nobre denunciou-o ao Santo Ofício. Mocenigo trancou-o num quarto e chamou os agentes da Inquisição para o levarem preso, acusado de heresia. Bruno foi transferido para o cárcere do Santo Ofício de San Domenico de Castello, no dia 23 de maio de 1592.
No último interrogatório pela Inquisição do Santo Ofício, não abjurou e, no dia 8 de fevereiro de 1600, foi condenado à morte na fogueira. Obrigado a ouvir a sentença ajoelhado, Giordano Bruno teria respondido com um desafio: Maiori forsan cum timore sententiam in me fertis quam ego accipiam ("Talvez sintam maior temor ao pronunciar esta sentença do que eu ao ouvi-la").
A execução de sua sentença ocorreu no dia 17 de fevereiro de 1600. Na ocasião teve a voz calada por um objeto de madeira posto na sua boca.
     
Monumento erguido, em 1889, por maçons italianos, no local onde Giordano Bruno foi executado
     

quinta-feira, fevereiro 15, 2024

Galileu Galilei nasceu há 460 anos

     
Galileu Galilei (em italiano: Galileo Galilei; Pisa, 15 de fevereiro de 1564 - Florença, 8 de janeiro de 1642) foi um físico, matemático, astrónomo e filósofo italiano.
Galileu Galilei foi personalidade fundamental na revolução científica. Foi o mais velho dos sete filhos do alaudista Vincenzo Galilei e de Giulia Ammannati. Viveu a maior parte de sua vida em Pisa e em Florença, na época integrantes do Grão-Ducado da Toscana.
Galileu Galilei desenvolveu os primeiros estudos sistemáticos do movimento uniformemente acelerado e do movimento do pêndulo. Descobriu a lei dos corpos e enunciou o princípio da inércia e o conceito de referencial inercial, ideias precursoras da mecânica newtoniana. Galileu melhorou significativamente o telescópio refrator e com ele descobriu as manchas solares, as montanhas da Lua, as fases de Vénus, quatro dos satélites de Júpiter, os anéis de Saturno, as estrelas da Via Láctea. Estas descobertas contribuíram decisivamente na defesa do heliocentrismo. Contudo a principal contribuição de Galileu foi para o método científico, pois a ciência assentava numa metodologia aristotélica.
O físico desenvolveu ainda vários instrumentos como a balança hidrostática, um tipo de compasso geométrico que permitia medir ângulos e áreas, o termómetro de Galileu e o precursor do relógio de pêndulo. O método empírico, defendido por Galileu, constitui um corte com o método aristotélico mais abstrato utilizado nessa época, devido a este Galileu é considerado como o "pai da ciência moderna".
    
 
Cristiano Banti's 1857 painting Galileo facing the Roman Inquisition
 

quarta-feira, fevereiro 14, 2024

Notícia astronómica adequada à data...!

Beijo cósmico para o dia dos namorados: asteroide assassino passa pela Terra

 

 

Este Dia dos Namorados vem acompanhado com um asteroide potencialmente perigoso. Não se preocupe que não lhe vai arruinar os planos, mas se precisar de uma desculpa para faltar a alguns compromissos, pode sempre dizer que está a observar um asteroide.

Brincadeiras à parte, a rocha em questão é chamada de 2024 BR4 e, tal como o nome indica, foi descoberta este ano.

Há algumas semanas, o 2024 BR4 estava a cerca de 12 milhões de quilómetros da Terra, mas, no passado dia 30, o observatório Catalina Real-Time Transient Survey (CRTS) deu-nos a primeira observação desta rocha.

O objeto é classificado como potencialmente perigoso, uma vez que tem cerca de 100 e 300 metros, o que significa que se atingisse a Terra poderia causar uma devastação incrível, sob as condições certas.

De acordo com o IFL Science, os asteroides são complicados, porque não se trata apenas do tamanho, mas também da composição e do sítio em que atinge o nosso planeta.

O Small-Body Database (SBDB), do JPL da NASA, fornece uma magnitude absoluta para o objeto de 21,4. Quanto maior for o objeto, mais brilhante parece.

Mas para fazer a melhor estimativa com este parâmetro, também é preciso o albedo - a fração de luz refletida pela superfície - que, de momento, não está disponível e, por isso, a incerteza do que se pode calcular é bastante ampla.

Ainda assim, este é provavelmente um dos 14.000 asteroides “assassinos de cidades” que estão por encontrar. Está a chegar perto de nós, mas não por muito tempo.

Apesar das incertezas acerca do seu tamanho, os astrónomos calcularam muito bem a órbita do 2024 BR4.

No Dia dos Namorados, o asteroide não estará mais próximo do que 4,6 milhões de quilómetros - 12 vezes a distância média da Lua.

A passagem desta quarta-feira será o mais próximo que este objeto perigoso estará do nosso planeta nos próximos 120 anos. A deteção também mostra o quão longe os levantamentos têm avançado nos últimos anos.

De referir que este asteroide passou pela Terra a 14 distâncias lunares em 2011, mas passou completamente despercebido.

 

in ZAP

terça-feira, fevereiro 13, 2024

Notícia sobre meteorito enigmático achado no deserto do Saara...

Um objeto com 4500 milhões de anos enterrado no Saara desafia teorias sobre o Sistema Solar

 

 

Megacristal de piroxena retroiluminado no Erg Chech 002

 

Um meteorito revolucionário, o Erg Chech 002, descoberto em Erg Chech, região desértica no sul da Argélia, está a desafiar as teorias existentes sobre a formação do nosso Sistema Solar.

Em maio de 2020, foram encontradas no mar de areia de Erg Chech, uma região cheia de dunas do deserto do Saara, no sul da Argélia, rochas invulgares que continham uns peculiares cristais esverdeados.

Examinadas de perto, as rochas mostraram ser provenientes do espaço exterior: fragmentos de detritos com milhares de milhões de anos de antiguidade, vestígios dos primórdios do Sistema Solar.

Segundo o El Confidencial, estas rochas eram partes de um meteorito conhecido como Erg Chech 002, a rocha vulcânica mais antiga alguma vez encontrada, tendo sido fundida há muito tempo no interior de algum antigo protoplaneta já desaparecido.

Um novo estudo, publicado a semana passada na Nature Communications, usou isótopos de chumbo e urânio para determinar a sua idade: estima-se que esta rocha espacial tenha 4,565 mil milhões de anos, com uma margem de erro de 120.000 anos - o que a torna um dos objetos espaciais datados com mais precisão.

O Erg Chech 002 é um “acondrito não agrupado“, um tipo de rocha espacial que não se encaixa em nenhum dos grupos conhecidos de meteoritos.

Os acondritos são rochas formadas a partir de planetesimais fundidos, que são os aglomerados sólidos na nuvem de poeira e gás que formou o Sistema Solar.

A maioria dos acondritos pertence a grupos conhecidos, frequentemente associados a corpos parentais específicos, como Vesta 4, um dos maiores asteroides do Sistema Solar. No entanto, os corpos parentais de acondritos não agrupadas como o Erg Chech 002 permanecem desconhecidos.

 Para os cientistas que estudam a formação do Sistema Solar, o Alumínio-26 é particularmente importante. Este isótopo radioativo decai ao longo do tempo e é útil para datar eventos, especialmente nos primeiros quatro a cinco milhões de anos do Sistema Solar.

Acredita-se também que o o Alumínio-26 tenha sido a principal fonte de calor no início do Sistema Solar, afetando a fusão de rochas primitivas que mais tarde se agruparam para formar planetas.

O Alumínio-26 sozinho não pode fornecer uma idade absoluta em anos, uma vez que decai relativamente depressa. Mas quando combinado com isótopos de urânio de vida longa (Urânio-235 e Urânio-238), é possível obter uma imagem mais precisa. Estes isótopos de urânio decaem em diferentes isótopos de chumbo (Chumbo-207 e Chumbo-206), fornecendo uma datação mais precisa.

O estudo descobriu que o Erg Chech 002 tem uma quantidade invulgarmente grande de Chumbo-206 e Chumbo-207, bem como quantidades significativas de Urânio-238 e Urânio-235 não decompostos. Estas medições ajudaram a determinar com precisão a idade da rocha.

 

 

Além disso, quando comparado com outros grupos de acondritos, os autores do estudo descobriram que o corpo parental do Erg Chech 002 se formou provavelmente a partir de matéria com três a quatro vezes mais Alumínio-26 do que o corpo parental de outro grupo de acondritos chamado “angritos”.

Isto sugere que o Alumínio-26 não foi distribuído uniformemente no início do Sistema Solar, desafiando assim as teorias existentes.

O nosso Sistema Solar formou-se há cerca de 4.500 milhões de anos, a partir de uma imensa nuvem de gás e poeira. Entre os muitos elementos desta nuvem encontrava-se o alumínio, que se apresentava de duas formas.

A primeira é a forma estável, o Alumínio-27. A segunda é o Alumínio-26, um isótopo radioativo produzido principalmente pela explosão de estrelas, que com o tempo decai em Magnésio-26.

A presença do Alumínio-26 nos primórdios do Universo, sobretudo nos primeiros quatro ou cinco milhões de anos de vida do Sistema Solar, torno-o um elemento útil aos cientistas para datar eventos cósmicos.

O estudo do Erg Chech 002, que coloca em causa a ideia até agora aceite de que o Alumínio-26 se encontrava distribuído de forma uniforme no Sistema Solar, melhora o nosso conhecimento das fases iniciais de desenvolvimento dos sistemas planetários e da história geológica de planetas em formação.

 

in ZAP

O astrónomo Fritz Zwicky nasceu há 126 anos

 

Fritz Zwicky (Varna, 14 de fevereiro de 1898 - Pasadena, 8 de fevereiro de 1974) foi um astrónomo suíço. Trabalhou a maior parte de sua vida no Instituto de Tecnologia da Califórnia nos Estados Unidos, onde realizou trabalhos fundamentais em astronomia teórica e observacional. Em 1933, Zwicky foi o primeiro astrónomo a usar o teorema do virial para efetuar inferências sobre a existência da não-observada matéria escura, descrevendo-a como "dunkle Materie".

Zwicky dedicou uma grande parte da sua vida à investigação sobre as galáxias e à produção de catálogos das mesmas. De 1961 a 1968 publicou conjuntamente com colegas do California Institute of Technology de Pasadena os volumes do seu Catalogue of galaxies and of clusters of galaxies. Em 1972 recebeu a Medalha de Ouro da Royal Astronomical Society e o asteroide 1803 Zwicky e a cratera lunar Zwicky foram assim designados em sua homenagem.

Fritz Zwicky nasceu em Varna, então uma cidade do principado da Bulgária, filho de pai suíço. O seu pai, Fridolin (n. 1868), foi um industrialista proeminente na cidade búlgara, e também serviu como embaixador da Noruega em Varna (1908-1933). A casa da sua família em Varna fora desenhada e construída por Fridolin Zeicky. A mãe de Fritz, Franziska Vrček (n. 1871), era de etnia checa do Império Austro-Húngaro. Fritz foi o mais velho de três irmãos: o seu irmão mais novo chamava-se Rudolf e a sua irmã Leoni. A sua mãe morreu em Varna em 1927 e o seu pai continuou em Bulgária até 1945, quando voltou para a Suíça. Leoni casou com um búlgaro de Varna e viveu a sua vida inteira na cidade. Zwicky era ateu. 

 

Catálogo de Galáxias e Aglomerados

Zwicky devotou em um tempo considerável na procura de galáxias e na produção de catálogos. De 1961 a 1968, ele e os seus colegas publicaram seis volumes do Catálogo de galáxias e de aglomerados de galáxias, todos eles publicados na cidade de Pasadena, pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia

 

 Prémios e honrarias

 

 
  

domingo, fevereiro 11, 2024

Foucault morreu há 156 anos...

         
Jean Bernard Léon Foucault (Paris, 18 de setembro de 1819 - Paris, 11 de fevereiro de 1868) foi um físico e astrónomo francês.
É mais conhecido pela invenção do pêndulo de Foucault, um dispositivo que demonstra o efeito da rotação da Terra. Ele também fez uma medição inicial da velocidade da luz, descobriu as correntes de Foucault e, embora não o tenha inventado, é creditado por nomear o giroscópio. A cratera Foucault sobre a Lua e o asteroide 5668 Foucault são assim chamados em sua homenagem.
  
Primeiros anos

Foucault era filho de um editor de Paris, onde nasceu em 18 de setembro de 1819. Após receber a educação básica predominantemente em sua própria casa, ele estudou medicina, abandonando-a para se dedicar à física devido à aversão ao sangue. Primeiro dedicou a sua atenção para a melhoria das técnicas fotográficas de L. J. M. Daguerre. Durante três anos foi assistente experimental de Alfred Donné (1801-1878) no seu ciclo de palestras sobre anatomia microscópica.

Com Hippolyte Fizeau realizou uma série de investigações sobre a luz do Sol, comparando-a com a que é emitida pelo carbono na lâmpada de arco e pelo óxido de cálcio na chama de um maçarico de oxigénio e hidrogénio. Pesquisou também o fenómeno da interferência na radiação infravermelha, nos raios luminosos que percorrem caminhos óticos significativamente diferentes e na polarização da luz.

 

Vida

Em 1850 Foucault fez uma experiência com o aparelho de Fizeau-Foucault para medir a velocidade da luz, que veio a ser conhecida com a experiência de Foucault-Fizeau. Tal experimento foi visto como "o último prego do caixão" da teoria corpuscular da luz, de Newton, pois mostrou que a luz viaja mais lentamente na água que no ar.

Em 1851 fez a primeira demonstração experimental da rotação da Terra em torno seu eixo (ver Rotação da Terra). O experimento foi feito por meio da rotação do plano de oscilação de um pêndulo longo e pesado suspenso livremente, no Panteão de Paris. A experiência causou sensação em todas as teorias vigentes. No ano seguinte, utilizou (e nomeou) o giroscópio como a comprovação experimental conceptualmente mais simples. Em 1855, recebeu a Medalha Copley da Royal Society por "notáveis pesquisas experimentais" Pouco antes, no mesmo ano, foi nomeado physicien (físico) do Observatório Imperial de Paris.

Em setembro de 1855 descobriu que a força necessária para a rotação de um disco de cobre aumenta quando o disco gira com sua borda entre os polos de um íman, ao mesmo tempo que o disco torna-se aquecido pelas "correntes de Foucault" induzidas no metal.

Em 1857 Foucault inventou o polarizador que tem o seu nome, e no ano seguinte criou um método para investigar espelhos de telescópios refletores, com o objetivo de determinar o seu formato. O chamado "teste de Foucault" permite que o fabricante descubra se o espelho é perfeitamente esférico ou possui um desvio não-esférico, através da imagem formada pelo espelho. Antes de Foucault publicar suas descobertas, os testes de reflexão de espelhos de telescópios eram por “tentativa e erro".

O teste de Foucault determina o formato de um espelho a partir dos comprimentos focais de suas áreas, comummente chamados de zonas e medidos a partir do centro do espelho. O teste concentra a luz de uma fonte puntiforme no centro de curvatura e reflete-a de volta para uma fenda. O teste permite ao usuário uma análise quantitativa da secção cónica do espelho, permitindo assim que ele avalie seu formato real, o que é necessário para obter-se um sistema ótico de boa qualidade. O teste de Foucault é utilizado até hoje, principalmente por amadores e pequenos fabricantes de telescópios comerciais, porque é barato e utiliza equipamentos simples e manuais.

Foi com o espelho rotativo de Charles Wheatstone que Foucault, em 1862, determinou a velocidade da luz como sendo igual a 298 mil km/s (cerca de 185 mil mi/s) – 10 mil km/s menor que a obtida pelos pesquisadores anteriores e apenas 0,6% menor que o valor atualmente aceite. 

 

Últimos anos

Nesse ano, Foucault foi eleito membro do Bureau des Longitudes e membro oficial da Légion d'Honneur. Em 1864, foi eleito membro da Royal Society de Londres, e em 1865 membro da parte mecânica do Instituto. Em 1865, apareceram artigos propondo uma modificação no governador centrífugo de Watt, que tinha sido estudado há algum tempo com o objetivo de tornar seu período de revolução constante, além de um novo aparelho para regular a luz elétrica. Nesse ano (Comptes Rendus LXIII), ele mostrou que, através da precipitação de um filme de prata fino e transparente sobre o lado externo da objetiva de vidro de um telescópio, o Sol pode ser observado sem causar danos aos olhos. Os seus trabalhos científicos podem ser encontrados no Comptes Rendus, 1847-1869. 

 

Morte e homenagens

Provavelmente Foucault morreu de esclerose múltipla, rapidamente desenvolvida, em 11 de fevereiro de 1868, em Paris, e foi enterrado no Cemitério de Montmartre.

Em 18 de setembro de 2013 o Google o homenageou-o com um Doodle comemorativo.
     
     
Animação do Pêndulo de Foucault exibindo o sentido de rotação (no hemisfério sul)
    
Um pêndulo de Foucault, assim chamado em referência ao físico francês Jean Bernard Léon Foucault, é uma experiência concebida para demonstrar a rotação da Terra em relação a um referencial, bem como a existência da força de Coriolis. A primeira demonstração data de 1851, quando um pêndulo foi fixado ao teto do Panteão de Paris. A originalidade do pêndulo reside no facto de ter liberdade de oscilação em qualquer direção, ou seja, o plano pendular não é fixo. A rotação do plano pendular é devida - e prova... - a rotação da Terra. A velocidade e a direção de rotação do plano pendular permitem igualmente determinar a latitude do local da experiência, sem nenhuma observação astronómica exterior.
     

segunda-feira, fevereiro 05, 2024

A Apollo XIV alunou há 53 anos...

Shepard poses next to the American flag on the Moon during Apollo XIV
   
Apollo 14 was the eighth manned mission in the United States Apollo program, and the third to land on the Moon. It was the last of the "H missions," targeted landings with two-day stays on the Moon with two lunar EVAs, or moonwalks.
Commander Alan Shepard, Command Module Pilot Stuart Roosa, and Lunar Module Pilot Edgar Mitchell launched on their nine-day mission on January 31, 1971 at 4:04:02 p.m. local time after a 40-minute, 2 second delay due to launch site weather restrictions, the first such delay in the Apollo program. Shepard and Mitchell made their lunar landing on February 5, 1971 in the Fra Mauro formation - originally the target of the aborted Apollo XIII mission. During the two lunar EVAs, 42.80 kilograms of Moon rocks were collected, and several scientific experiments were performed. Shepard hit two golf balls on the lunar surface with a makeshift club he had brought from Earth. Shepard and Mitchell spent 33½ hours on the Moon, with almost 9½ hours of EVA.
In the aftermath of Apollo 13, several modifications were made to the Service Module electrical power system to prevent a repeat of that accident, including redesign of the oxygen tanks and addition of a third tank.
While Shepard and Mitchell were on the surface, Roosa remained in lunar orbit aboard the Command/Service Module Kitty Hawk, performing scientific experiments and photographing the Moon, including the landing site of the future Apollo XVI mission. He took several hundred seeds on the mission, many of which were germinated on return, resulting in the so-called Moon trees. Shepard, Roosa, and Mitchell landed in the Pacific Ocean on February 9.
       
 

sábado, fevereiro 03, 2024

Jean-Baptiste Biot morreu há 162 anos

  

Jean-Baptiste Biot (Paris, 21 de abril de 1774 - Paris, 3 de fevereiro de 1862) foi um físico, astrónomo e matemático francês.

No início da década de 1800, estudou a polarização da luz passando através de soluções químicas, bem como as relações entre a corrente elétrica e o magnetismo. A lei de Biot-Savart, que descreve o campo magnético gerado por uma corrente estacionário, leva esse nome devido à sua colaboração com Félix Savart

 

 

Biot e Gay-Lussac subindo num balão de ar quente em 1804 (ilustração do final do século XIX)

 

in Wikipédia