Mostrar mensagens com a etiqueta crateras de impacto. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta crateras de impacto. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, outubro 23, 2024

Novos dados sobre uma cratera de impacto irmã da de Chicxulub...

Modelos 3D revelam uma cratera de asteroide nas profundezas do Atlântico

 

 

A cratera Nadir está notavelmente bem preservada, o que dá uma oportunidade única aos cientistas de estudar o impacto da colisão do asteroide na vida marinha.

As imagens de alta resolução recentemente divulgadas da cratera Nadir, localizada sob o Oceano Atlântico, forneceram novas informações sobre o impacto catastrófico de um asteroide, que ocorreu há 66 milhões de anos.

O estudo, conduzido por investigadores da Universidade Heriot-Watt, foi publicado na Communications Earth & Environment, revela os pormenores da cratera, oferecendo uma visão sem precedentes dos efeitos deste tipo de colisões na paisagem geológica da Terra.

A Cratera Nadir, com cerca de 9 quilómetros de largura e enterrada a 300 metros de profundidade no fundo do oceano, foi provavelmente causada por um asteroide com 450 a 500 metros de tamanho. O impacto coincidiu com o mesmo período do impacto de Chicxulub, no México, que se acredita ter causado a extinção dos dinossauros.

Originalmente descoberta em 2022, a cratera Nadir foi confirmada como um local de impacto de asteroide após a análise de dados avançados de imagens sísmicas 3D. Os dados de alta resolução, fornecidos pela TGS, permitem aos investigadores visualizar a cratera em grande detalhe, desde a depressão inicial em forma de taça até à área danificada circundante, que abrange milhares de quilómetros quadrados.

As novas imagens revelam a cadeia catastrófica de eventos que se desenrolou depois que o asteroide atingiu a Terra. Em poucos minutos, as rochas liquefizeram-se, fluíram para cima e um enorme tsunami com mais de 800 metros de altura varreu o Atlântico.

 

Mapa com a localização da Cratera Nadir e o conjunto de dados sísmicos

 

Os dados também mostraram a formação de falhas sob o leito marinho e deslizamentos de terras causados pelo impacto, oferecendo pistas sobre a forma como a superfície da Terra reagiu à força maciça, explica o SciTech Daily.

Os dados detalhados em 3D permitiram aos investigadores estimar o ângulo e a velocidade de entrada do asteroide. Nicholson e a sua equipa sugerem que o asteroide atingiu a Terra a uma velocidade de 72.000 km por hora a partir de um ângulo de nordeste, embora seja necessária mais modelação para confirmar esta hipótese.

A descoberta da Cratera Nadir, juntamente com o nível de pormenor fornecido pelos dados sísmicos, é um achado raro para os investigadores, já que a maioria das crateras de impacto na Terra sofrem erosão ao longo do tempo. A preservação da Cratera Nadir debaixo do oceano oferece uma oportunidade única para estudar a forma como os impactos de asteroides afetam os ambientes marinhos.

Os cientistas estão agora a tentar perfurar o fundo do mar para recolher amostras de núcleo, o que ajudará a aperfeiçoar a compreensão da sequência e dos efeitos do evento.

 

in ZAP

domingo, outubro 06, 2024

Afinal havia outro - asteroide...

Afinal, o asteroide que matou os dinossauros não o fez sozinho

 

 

Ilustração artística de dinossauro da ilha de Wight

 

O asteroide que levou os dinossauros à extinção, há 66 milhões de anos, não estava sozinho: um novo estudo encontrou evidências de um “evento catastrófico” provocado por outro asteroide.

Novas análises da cratera submarina Nadir, encontrada na costa da África Ocidental, mostraram que esta formação surgiu quando outra rocha espacial colidiu com o nosso planeta.

O evento ocorreu por volta do final do Período Cretácico - que foi também quando aconteceu a extinção dos dinossauros.

Uisdean Nicholson, geólogo marinho que estudou a cratera e publicou as descobertas num estudo na revista Nature Communications Earth & Environment, descobriu a cratera Nadir em 2022, e, na altura, os detalhes da sua formação ainda eram incertos.

Os novos dados mostraram que o impacto violento, ocorrido entre 65 e 67 milhões de anos atrás, abriu uma cratera com cerca de oito quilómetros de diâmetro. O asteroide parece ter medido cerca de 400 metros e atingiu a Terra enquanto se deslocava a quase 75 mil km/h.

Se for esse o caso, o objeto seria menor que o asteroide responsável pela extinção em massa no nosso planeta, mas suficientemente grande para deixar marcas significativas.

“As novas imagens descrevem uma cena de um evento catastrófico”, explicou Nicholson

O impacto parece ter causado tremores fortes, que derreteram os sedimentos no fundo do oceano e formaram falhas sob o leito oceânico. Além disso, a colisão causou deslizamentos com vestígios visíveis por milhares de quilómetros quadrados para além da borda da cratera.

Os efeitos não se ficaram por aí: a colisão do objeto causou um tsunami com 800 metros de altura, que pode ter percorrido as águas do Atlântico.

Por agora, não está claro onde exatamente ocorreu a colisão. Por outro lado, a descoberta da cratera e da sua idade aproximada sugerem que é uma de várias crateras formadas por impactos no final do Cretácico.

Para comparação, o asteroide relacionado com a extinção dos dinossauros era consideravelmente maior do que aquele que formou Nadir e deixou uma cratera com mais de 180 quilómetros na península de Iucatão, no México.

“O mais próximo que os humanos chegaram de ver algo semelhante foi o evento de Tunguska em 1908, quando um asteroide de 50 metros entrou na atmosfera da Terra e explodiu nos céus da Sibéria”, recordou Nicholson.

“Os novos dados sísmicos em 3D de toda a cratera Nadir são uma oportunidade sem precedentes para testar hipóteses sobre crateras de impacto, desenvolver novos modelos de formação de crateras no ambiente marinho e compreender as consequências de um evento deste tipo”, concluiu.

 

in ZAP

quinta-feira, setembro 12, 2024

Quando a Astronomia mexe com a Geologia...

Cientistas descobrem de onde veio o asteroide que matou os dinossáurios

 

 

O mítico Chicxulub, que levou os dinossáurios à extinção, era uma rocha rara vinda do exterior de Júpiter, revela um novo estudo, que analisou a “impressão digital genética” do asteroide.

A rocha espacial que dizimou os dinossáurios há 66 milhões de anos era um raro asteroide com origem para lá de Júpiter, nos confins do nosso sistema solar, revela um novo estudo.

Os resultados do estudo, publicado esta quinta-feira na revista Science, permitem determinar a natureza da fatídica rocha espacial e a sua origem no nosso sistema solar, e podem abrir portas a novas técnicas de previsão da queda de asteroides no nosso planeta.

A maioria dos cientistas concorda que o Chicxulub, cujo nome tem origem na comunidade situada no atual México, perto da cratera de 145 quilómetros de largura escavada pela rocha, veio do nosso sistema solar.

Mas as suas origens exatas continuavam por esclarecer, devido à falta de provas químicas claras que não tivessem sido contaminadas por material da própria Terra.

No novo estudo, a equipa de investigadores analisou restos de impactos de asteroides recolhidos em regiões europeias da crosta do nosso planeta, e descobriu que a composição química de um elemento raro chamado ruténio é semelhante à dos asteroides que pairam entre as órbitas de Marte e Júpiter.

“Este elemento é uma impressão digital genética das rochas da cintura de asteroides, onde a rocha do tamanho de uma cidade se encontrava antes de atingir a Terra há 66 milhões de anos”, explicou ao Live Science Mario Fischer-Gödde, investigador da Universidade de Colónia, na Alemanha, e autor principal do estudo.

O asteroide terá provavelmente sido empurrado em direção à Terra, ou por colisões com outras rochas espaciais, ou por influências no sistema solar exterior, onde gigantes gasosos como Júpiter abrigam imensas forças de maré capazes de perturbar órbitas de asteroides - que, de outra forma, seriam estáveis, dizem os autores do estudo.

As descobertas baseiam-se numa nova técnica que essencialmente quebra todas as ligações químicas que sustentam uma amostra de rocha enquanto esta é armazenada num tubo selado, e que permitiu aos cientistas medir os níveis específicos de ruténio no local de impacto do Chicxulub.

“O elemento manteve-se notavelmente estável ao longo de milhares de milhões de anos face à frequente atividade geológica da Terra, que recicla a paisagem”, explica Fischer-Gödde, que desenvolveu a nova técnica na última década e é um dos poucos especialistas no mundo que consegue analisar com precisão o elemento raro.

Os investigadores compararam os resultados com amostras de outros locais de impacto de asteroides na África do Sul, Canadá e Rússia, e também com um par de meteoritos carbonosos, que dominam a região exterior da cintura principal de asteroides.

As assinaturas químicas do ruténio no local de impacto do Chicxulub eram consistentes apenas com as dos meteoritos carbonáceos, apontando para a sua origem no sistema solar exterior, concluiu a equipa.

 

 

in ZAP

As coisas que se pode descobrir no GoogleMaps...!

Campista encontra estrutura estranha graças ao Google Maps. Pode ser uma descoberta incrível

      

  

Os cientistas acreditam que a estranha formação circular resultou de um impacto de um asteroide há entre 450 e 38 milhões de anos.

Uma descoberta recente feita por um campista francês ao navegar no Google Maps pode levar à identificação de um antigo local de impacto de um asteroide na região de Côte-Nord, no Quebeque.

Joël Lapointe, enquanto planeava uma viagem de campismo, reparou numa formação circular invulgar em torno do lago Marsal, o que o levou a contactar o geofísico Pierre Rochette do Centro de Investigação em Ciências do Ambiente (CEREGE), em França.

Inicialmente, muitas descobertas invulgares do Google Maps acabam por não estar relacionadas com eventos geológicos significativos.

No entanto, Rochette e os seus colegas acreditam que esta descoberta em particular pode ser diferente. Após um exame detalhado, sugerem que a caraterística pode ser o que resta de um antigo impacto de asteroide, refere o IFLScience.

Rochette, em declarações à agência noticiosa canadiana CBC, explicou que a topografia aponta fortemente para uma origem de impacto.

A investigação da equipa desafia as anteriores suposições de que a estrutura, conhecida como brecha de Marsal, era de origem vulcânica. Agora acreditam que pode ser uma cratera formada por um impacto, semelhante a outras estruturas conhecidas.

A área em redor do lago Marsal não apresenta as anomalias gravitacionais típicas que estão frequentemente associadas a crateras de impacto.

 

 

 

Estas anomalias, causadas por diferenças na densidade das rochas, não foram detetadas, mas a equipa sugere que tal pode dever-se às limitações dos dados atuais. É possível que exista uma anomalia mais pequena, mas seria necessário um trabalho de campo mais pormenorizado para a confirmar.

Já foram descobertas provas promissoras de um impacto antigo. As amostras do local contêm silicatos, magnetite, sulfuretos e zircões, todos eles indicativos de um evento de impacto. Com base nos níveis de erosão, os investigadores estimam que o potencial impacto de um asteroide ocorreu há entre 450 e 38 milhões de anos.

A equipa de investigação acredita que o Lago Marsal poderá tornar-se o 11º local de impacto confirmado do Quebeque, enquanto se aguarda uma investigação mais aprofundada.

As descobertas, que foram resumidas num artigo apresentado na 86ª Reunião Anual da Sociedade Meteorítica, oferecem um caso forte, mas a confirmação definitiva pode exigir uma expedição dedicada ao local..

 

in ZAP

quarta-feira, setembro 11, 2024

As coisas que os asteroides fazem...

Um gigantesco impacto de asteroide deslocou o eixo da maior lua do Sistema Solar

 

 

Ganimedes e Júpiter

 

Há cerca de quatro mil milhões de anos, um asteroide atingiu Ganimedes, uma lua de Júpiter. Agora, uma equipa de cientistas descobriu que o eixo da maior lua do Sistema Solar mudou depois desse impacto.

Ganimedes é a maior lua do Sistema Solar e tem algumas características que a tornam um objeto de estudo bastante interessante. Esta lua tem depressões tectónicas, conhecidas como sulcos, que formam círculos concêntricos em torno de um ponto específico, que levou os cientistas a concluir, na década de 80, que são o resultado de um grande evento de impacto.

“As luas de Júpiter Io, Europa, Ganimedes e Calisto têm características individuais interessantes, mas o que me chamou a atenção foram os sulcos em Ganimedes”, referiu o investigador Hirata Naoyuki, citado pelo EurekAlert.

“Sabemos que os sulcos foram criados por um impacto de asteroide há cerca de quatro mil milhões de anos, mas não tínhamos a certeza da dimensão do impacto, nem que efeito teve na lua”, acrescentou.

Como os dados são escassos, a pesquisa foi muito difícil, mas Hirata percebeu desde cedo que a suposta localização do impacto é quase no meridiano mais distante de Júpiter.

Baseando-se nas semelhanças com um evento de impacto em Plutão, que fez com que o eixo de rotação do planeta anão mudasse, e com base nas várias simulações que fez de eventos de impacto em luas e asteroides, o cientista calculou que tipo de impacto poderia ter causado essa reorientação.

Foi então que a sua equipa, da Universidade de Kobe, no Japão, descobriu que o asteroide que alterou o eixo de Ganimedes era cerca de 20 vezes maior do que aquele que encerrou a era dos dinossauros na Terra, causando um dos maiores impactos no Sistema Solar.

De acordo com o artigo científico, publicado na Scientific Reports, o asteroide tinha um diâmetro estimado de cerca de 300 quilómetros e criou uma cratera transitória com um diâmetro entre 1.400 e 1.600 quilómetros.

As simulações indicam que só um impacto desta dimensão tornaria provável que a mudança na distribuição de massa pudesse fazer com que o eixo de rotação da lua mudasse para a sua posição atual.

“Quero entender a origem e a evolução de Ganimedes e de outras luas de Júpiter. Este impacto gigante deve ter causado alterações significativas na evolução inicial de Ganimedes, mas os efeitos térmicos e estruturais no interior de Ganimedes ainda não foram investigados”, rematou Hirata, com um mote para uma investigação futura.

 

in ZAP

sexta-feira, agosto 09, 2024

Notícia interessante sobre impactismo e um asteroide que quase é uma lua da Terra

O asteroide Kamo’oalewa pode ser a “segunda lua” da Terra (e ter-se separado da primeira)

 

 

Um novo estudo indica que o asteróide Kamo’oalewa pode ser um fragmento da Lua que se separou após um choque há vários milhões de anos.

Uma nova pesquisa publicada na revista Nature detalha uma descoberta importante que pode ter resolvido o mistério das origens do asteroide Kamo’oalewa.

Detetado em 2016, Kamo’oalewa tem sido um enigma devido às suas características orbitais únicas e composição. No entanto, o novo estudo sugere que este asteroide pode ter origem na Lua, especificamente da cratera Giordano Bruno, localizada no lado mais distante da Lua.

A pesquisa utilizou simulações numéricas para analisar as propriedades das crateras lunares e a sua capacidade de produzir detritos que poderiam migrar para o espaço co-orbital da Terra.

Segundo o phys.org, a equipa encontrou uma correspondência na cratera Giordano Bruno, sugerindo que Kamo’oalewa poderia ser um fragmento lunar de um evento de impacto que ocorreu há alguns milhões de anos.

Esta descoberta fornece uma ligação direta entre um asteroide específico e a sua origem lunar, indicando que pode haver mais pequenos asteroides compostos de material lunar ainda por descobrir perto da Terra.

As propriedades de reflexão e a cor do asteroide também se assemelham muito às da superfície lunar, diferindo significativamente de outros asteroides próximos da Terra.

As estimativas indicam que Kamo’oalewa tem entre 10 e 100 milhões de anos, ajustando-se ao perfil de detritos resultantes de um impacto lunar substancial.

A cratera Giordano Bruno, com 22 quilómetros de diâmetro e menos de 10 milhões de anos, emerge como a fonte mais provável devido ao seu tamanho e idade.

O estudo também destaca que a composição de piroxena encontrada nas paredes e na borda da cratera corresponde à de Kamo’oalewa, apoiando a hipótese da sua origem comum.

As simulações estimam que um impacto de um asteroide na superfície da Lua, com cerca de 1,66 quilómetros de diâmetro, poderia ter ejetado até 400 fragmentos do tamanho de Kamo’oalewa.

Embora se espere que a maioria desses fragmentos tenha deixado o espaço co-orbital da Terra dentro de 10 milhões de anos após o impacto, alguns, como Kamo’oalewa, podem permanecer em órbitas semelhantes por períodos prolongados.

A Administração Espacial Nacional Chinesa está a planear a missão Tianwen-2 para investigar mais a fundo Kamo’oalewa, o que pode servir para confirmar as teorias sobre as origens lunares do asteroide.

 

in ZAP

terça-feira, agosto 06, 2024

Há uma cidade alemã com diamantes - mas vieram do espaço...

“Muralhas” de Nördlingen: 72 mil toneladas de diamantes num asteroide de 15 milhões de anos

 

 

Nördlingen, no sul da Alemanha

 

Nördlingen esconde segredos geológicos fascinantes, graças a um evento cataclísmico, que ocorreu há 15 milhões de anos. A cidade tem agora 72 mil toneladas de diamantes espalhados na suas paredes. 

Localizada no sul da Alemanha, Nördlingen ostenta uma característica singular.

As “muralhas” desta cidade esta cidade pequena e pacata, com pouco mais de 19.000 habitantes, ostentam uma característica singular são construída quase inteiramente com suevite.

A suevite é uma rocha rica em diamantes formada pelo impacto de um asteroide que ocorreu há 15 milhões de anos.

De acordo com a BBC, a suevita pode ser encontrada noutras partes do mundo onde ocorreram impactos semelhantes, mas não há nenhum lugar com uma concentração tão elevada de pedras preciosas como Nördlingen.

A região onde fica hoje a cidade foi atingida por um asteroide, com cerca de 1 km de comprimento, a uma velocidade de cerca de 25 km por segundo, criando uma cratera impressionante com 26 km de diâmetro.

Este violento impacto gerou tanto calor e pressão que transformou as bolhas de carbono existentes nas rochas locais em milhões de pequenos diamantes, cada um com menos de 0,2 milímetros.

Durante séculos, os habitantes de Nördlingen, alheios à natureza preciosa do material com que construíam os edifícios e as próprias casas, utilizaram a suevite como a base de toda a estrutura da cidade.

“Há lugares no mundo onde este tipo de material foi utilizado na construção, mas nunca à mesma escala do que aqui. Aqui, as pedras foram utilizadas em toda a cidade”, disse à BBC Stefan Hölzl, geólogo e diretor do museu RiesKrater, em Nördlingen.

 

Até que algo foi descoberto

A história local mudou drasticamente na década de 60, quando os geólogos americanos Eugene Shoemaker e Edward Chao visitaram a cidade.

Os investigadores rapidamente descobriram que o verdadeiro responsável pela cratera tinha sido um asteroide e não um vulcão. A partir daí, foi fácil identificar que a cidade estava repleta de diamantes.

Hoje, Nördlingen é um ponto de estudo importante para cientistas e um local de interesse turístico.

A cidade também é conhecida por ter servido de campo de formação para astronautas das missões Apollo XIV e Apollo XVI da NASA, que visitaram Nördlingen para estudar as rochas semelhantes às que poderiam encontrar na Lua.

 

4.000 toneladas por habitante

Apesar da riqueza que os circunda, muitos dos residentes de Nördlingen encaram os diamantes como uma mera curiosidade geológica e histórica. Pensando bem, naquela cidade há quase 4.000 toneladas de diamantes por cada habitante.

Stefan Hölzl, que viveu em Munique antes de se mudar para Nördlingen, diz que a ideia de que as pessoas não se importarem com os diamantes é surpreendente: “Não acham que seja importante e perguntam-se porque é que tantas pessoas de todo o mundo visitam a cidade”.

 

in ZAP

quinta-feira, julho 18, 2024

O astrónomo Eugene Shoemaker morreu há 27 anos...

 

Eugene Merle Shoemaker (Los Angeles, 28 de abril de 1928 - Alice Springs, 18 de julho de 1997) foi um geólogo e astrónomo dos Estados Unidos da América e um dos fundadores do campo da ciência planetária, conhecido principalmente pela sua descoberta, em conjunto com a sua mulher Carolyn Shoemaker e o astrónomo David Levy, do cometa Shoemaker-Levy 9.
Nascido em Los Angeles, Califórnia, era especialista em colisões interplanetárias. Graduou-se no California Institute of Technology, em Pasadena, aos 19 anos, com uma tese em petrologia em rochas metamórficas pré-câmbricas. Passou então a trabalhar para a United States Geological Survey (USGS) e o seu primeiro trabalho foi pesquisar depósitos naturais de urânio no Colorado e em Utah. Durante este trabalho passou a interessar-se pela origem das crateras lunares e iniciou um trabalho na licenciatura na Universidade de Princeton, como continuidade dos seus estudos sobre petrologia em rochas metamórficas, processos vulcânicos e impactes de asteroides.
Em 1951 casou com Carolyn Spellman, recebendo o mestrado (1954) e o doutoramento (1960) na Universidade de Princeton, com uma tese sobre crateras produzidas por meteoritos. No ano seguinte passou a estudar astrogeologia em Flagstaff, Arizona, e esteve ligado às missões Lunar Ranger e ao treino dos astronautas americanos. Tinha pretensões de se tornar no primeiro cientista a caminhar na Lua, mas foi-lhe detetada a doença de Addison e assim foi nomeado cientista-chefe do Centro de Astrogeologia da USGS em 1965.
Regressou para a Caltech em 1969 como professor de geologia e serviu durante três anos como diretor da Division of Geological and Planetary Sciences. Em 1985 aposentou-se como professor e passou a dividir o seu tempo entre Pasadena e Flagstaff. Em 1992 recebeu a mais importante honra científica atribuída pelo presidente dos EUA, a National Medal of Science. Aposentou-se da USGS em 1993 e assumiu um cargo no Observatório Lowell. Nesse mesmo ano, juntamente com a sua mulher Carolyn e o amigo David Levy, descobriu o cometa Shoemaker-Levy 9, que chocou com Júpiter em 1994.
Eugene Shoemaker morreu, em consequência de um acidente automobilístico, em Alice Springs, na Austrália, em 1997. Algumas das suas cinzas foram levadas para a Lua pela sonda espacial Lunar Prospector. É, à data, a única pessoa a ter sido enterrada em outro corpo celeste.
   

quarta-feira, junho 05, 2024

Publicação do Doutor Galopim de Carvalho sobre a cratera de Chicxulub...

 

 

 
Por A. Galopim de Carvalho
 
Descoberta em 1978 pelos geofísicos Glen Penfield e António Camargo, em trabalhos de prospeção de petróleo, ao serviço da PEMEX, Mexican State Oil Company, esta enorme estrutura oculta, com 180 km de diâmetro, testemunho de um megaimpacto, com centro próximo da localidade de Chicxulub (nome de origem maia), no México.

Estudos mais recentes sugerem que a verdadeira cratera tem cerca de 300 km diâmetro, e que o anel de 180 km, inicialmente admitido, é o de uma sua parede interior. Oculta, em parte, sob a Península do Iucatão, a Sul e, em parte, sob o mar, a Norte, tem sido citada como uma das maiores crateras conhecidas no mundo. Estima-se, em cerca de 10 km, o diâmetro do asteroide que a causou.

 

 

Amostras com quartzo de choque ou de impacto e tectitos e outras de argila castanho-esverdeada com um excesso de irídio (relativamente à média nas rochas da superfície da Terra) provenientes das áreas circundantes e a prova de uma anomalia da gravidade, corroboram a origem meteórica desta estrutura. Em apoio da mesma interpretação estavam as evidências de metamorfismo de impacto nas amostras de rochas retiradas dos poços da PEMEX. Outras ocorrências, apontando no mesmo sentido, são os depósitos espessos, heterométricos e caóticos de fragmentos de rocha, que se acreditava terem sido arrancados de algum local e depositados num outro, por um gigantesco tsunami, causado por esse megaimpacto.


   
Sobre esta enorme estrutura assentam margas e calcários, cujas datações mais antigas indicam-nas como sendo da base do Paleocénico, com cerca de 66 Ma. Sob estas camadas, no interior da estrutura, há vidro, brechas e os característicos grão de quartzo de impacto.

Em 2010, no culminar de múltiplos exames em domínios científicos como paleontologia, geoquímica, sedimentologia, geofísica e modelação climática, dos testemunhos encontrados, ao longo de duas décadas, um número alargado de cientistas (cerca de 40), de três dezenas de instituições de diversos países, assumiram como mais plausível que o impacto responsável por este grandioso astroblema ocorreu há cerca de 66 Ma, no limite entre o final do Cretácico (Maestrichtiano) e o início do Cenozóico (Daniano), a atrás referida fronteira K-T (sigla da expressão alemã Kreide-Tertiär, ou seja, Cretácico-Terciário) e que foi a causa da grande extinção em massa ocorrida nesse curto intervalo de tempo, incluindo a dos dinossáurios não avianos, postulada, décadas antes, em 1980, pelo físico americano Luís Alvarez e seu filho, o geólogo Walter Alvarez.
   
 
 
Nota:

Quartzo de choque ou de impacto é um tipo muito particular de quartzo observável nos grãos de rochas sujeitas a pressões elevadíssimas como acontece nas situações de impactos meteoríticos ou de explosões nucleares subterrâneas. Nestas condições de pressão intensa (mas temperatura limitada), a estrutura cristalina do quartzo deforma-se segundo certos planos no interior do cristal. Estes planos, que são visíveis ao microscópio como linhas, são a expressão visível de estruturas de deformação planar, ou lamelas de choque. Este tipo de quartzo foi encontrado no interior de cratera de Barringer. A sua presença prova que estas crateras foram formadas por um impacto de suficiente magnitude.

Dinossáurios não avianos são estes de que estamos a falar, os que se extinguiram. As aves, todas sem exceção, dos pequenos pardais às grandes avestruzes, são os (que a ciência tem vindo a demonstrar) dinossáurios avianos.
   

quarta-feira, fevereiro 14, 2024

Notícia astronómica adequada à data...!

Beijo cósmico para o dia dos namorados: asteroide assassino passa pela Terra

 

 

Este Dia dos Namorados vem acompanhado com um asteroide potencialmente perigoso. Não se preocupe que não lhe vai arruinar os planos, mas se precisar de uma desculpa para faltar a alguns compromissos, pode sempre dizer que está a observar um asteroide.

Brincadeiras à parte, a rocha em questão é chamada de 2024 BR4 e, tal como o nome indica, foi descoberta este ano.

Há algumas semanas, o 2024 BR4 estava a cerca de 12 milhões de quilómetros da Terra, mas, no passado dia 30, o observatório Catalina Real-Time Transient Survey (CRTS) deu-nos a primeira observação desta rocha.

O objeto é classificado como potencialmente perigoso, uma vez que tem cerca de 100 e 300 metros, o que significa que se atingisse a Terra poderia causar uma devastação incrível, sob as condições certas.

De acordo com o IFL Science, os asteroides são complicados, porque não se trata apenas do tamanho, mas também da composição e do sítio em que atinge o nosso planeta.

O Small-Body Database (SBDB), do JPL da NASA, fornece uma magnitude absoluta para o objeto de 21,4. Quanto maior for o objeto, mais brilhante parece.

Mas para fazer a melhor estimativa com este parâmetro, também é preciso o albedo - a fração de luz refletida pela superfície - que, de momento, não está disponível e, por isso, a incerteza do que se pode calcular é bastante ampla.

Ainda assim, este é provavelmente um dos 14.000 asteroides “assassinos de cidades” que estão por encontrar. Está a chegar perto de nós, mas não por muito tempo.

Apesar das incertezas acerca do seu tamanho, os astrónomos calcularam muito bem a órbita do 2024 BR4.

No Dia dos Namorados, o asteroide não estará mais próximo do que 4,6 milhões de quilómetros - 12 vezes a distância média da Lua.

A passagem desta quarta-feira será o mais próximo que este objeto perigoso estará do nosso planeta nos próximos 120 anos. A deteção também mostra o quão longe os levantamentos têm avançado nos últimos anos.

De referir que este asteroide passou pela Terra a 14 distâncias lunares em 2011, mas passou completamente despercebido.

 

in ZAP

sexta-feira, novembro 17, 2023

O impacto que deu origem à nossa Lua ainda tem vestígios no interior do nosso planeta...

Pedaços do antigo planeta Theia podem estar enterrados no manto da Terra

 

 

Conceito artístico da colisão de um corpo celeste semelhante a Theia com a Terra

 

Uma nova descoberta pode vir a confirmar a teoria do “impacto gigante” para a formação da Lua. Partes do planeta Theia, cujo impacto com o nosso planeta terá formado a Lua, poderão ainda existir em regiões densas no manto terrestre.

Um estudo publicado, esta quarta-feira, na Nature, sugere que vestígios de um antigo planeta chamado Theia possam estar escondidos no manto da Terra.

A confirmar-se, tal descoberta vem reforçar a teoria de que um planeta do tamanho de Marte, denominado Theia, colidiu com a Terra há 4,5 mil milhões de anos, tendo, a partir dos destroços resultantes, formado a Lua.

Há muito que os investigadores conhecem duas regiões anómalas no manto da Terra: uma sob África e outra sob Oceano Pacífico.

Ambas as regiões, conhecidas como “grandes províncias de baixa velocidade de corte” (LLVPs), exibem características únicas em comparação com o resto do manto. Ali, por exemplo, as ondas sísmicas passam por elas mais lentamente, o que sugere que são regiões mais densas.

Foram feitas várias simulações, para examinar o comportamento dos restos de Theia, após a colisão. A conclusão é que as rochas do manto de Theia teriam derretido e assentado na fronteira entre o manto e o núcleo da Terra, eventualmente agrupando-se nas LLVPs.

Sendo impossível confirmar a teoria diretamente, através de escavações seja (devido à profundidade extrema), a equipa baseou-se em sinais químicos de material quente emergindo dos blocos.

Os investigadores encontraram vestígios semelhantes a vestígios que encontraram na Lua, mas incomuns na Terra.

“Este impacto gigante que formou a Lua é talvez um dos fatores mais importantes para explicar por que a Terra é tão diferente de qualquer outro planeta rochoso que encontrámos. [O impacto] mudou a atmosfera, mudou a crosta, mudou o manto, mudou o núcleo”, disse o líder da investigação, Qian Yuan, citado pela New Scientist.

 

in ZAP

terça-feira, julho 18, 2023

Eugene Shoemaker morreu há vinte e seis anos...

 

Eugene Merle Shoemaker (Los Angeles, 28 de abril de 1928 - Alice Springs, 18 de julho de 1997) foi um geólogo e astrónomo dos Estados Unidos da América e um dos fundadores do campo da ciência planetária, conhecido principalmente pela sua descoberta, em conjunto com a sua mulher Carolyn Shoemaker e o astrónomo David Levy, do cometa Shoemaker-Levy 9.
Nascido em Los Angeles, Califórnia, era especialista em colisões interplanetárias. Graduou-se no California Institute of Technology, em Pasadena, aos 19 anos, com uma tese em petrologia em rochas metamórficas pré-câmbricas. Passou então a trabalhar para a United States Geological Survey (USGS) e o seu primeiro trabalho foi pesquisar depósitos naturais de urânio no Colorado e em Utah. Durante este trabalho passou a interessar-se pela origem das crateras lunares e iniciou um trabalho na licenciatura na Universidade de Princeton, como continuidade dos seus estudos sobre petrologia em rochas metamórficas, processos vulcânicos e impactes de asteroides.
Em 1951 casou com Carolyn Spellman, recebendo o mestrado (1954) e o doutoramento (1960) na Universidade de Princeton, com uma tese sobre crateras produzidas por meteoritos. No ano seguinte passou a estudar astrogeologia em Flagstaff, Arizona, e esteve ligado às missões Lunar Ranger e ao treino dos astronautas americanos. Tinha pretensões de se tornar no primeiro cientista a caminhar na Lua, mas foi-lhe detetada a doença de Addison e assim foi nomeado cientista-chefe do Centro de Astrogeologia da USGS em 1965.
Regressou para a Caltech em 1969 como professor de geologia e serviu durante três anos como diretor da Division of Geological and Planetary Sciences. Em 1985 aposentou-se como professor e passou a dividir o seu tempo entre Pasadena e Flagstaff. Em 1992 recebeu a mais importante honra científica atribuída pelo presidente dos EUA, a National Medal of Science. Aposentou-se da USGS em 1993 e assumiu um cargo no Observatório Lowell. Nesse mesmo ano, juntamente com a sua mulher Carolyn e o amigo David Levy, descobriu o cometa Shoemaker-Levy 9, que chocou com Júpiter em 1994.
Eugene Shoemaker morreu, em consequência de um acidente automobilístico, em Alice Springs, na Austrália, em 1997. Algumas das suas cinzas foram levadas para a Lua pela sonda espacial Lunar Prospector. É, à data, a única pessoa a ter sido enterrada em outro corpo celeste.
   

terça-feira, agosto 09, 2022

Notícia interessante sobre asteroides...

NASA estava “completamente errada” sobre o asteroide Bennu

   

   

Em 2020, a NASA enviou uma nave para recolher amostras da superfície do asteroide Bennu. Ao aterrar, causou uma explosão e abriu uma cratera de 8 metros de largura.

Um cientista da NASA observou que “as partículas que compõem o exterior do Bennu são tão soltas, que agem mais como um fluido do que como um sólido”.

A NASA surpreendeu-se a ela própria quando aterrou uma nave espacial no asteroide Bennu em 2020 e causou uma explosão que criou uma enorme cratera no corpo rochoso — mas a experiência de aprendizagem pode ajudar a salvar a Terra, se um asteroide alguma vez ameaçar aniquilar-nos.

Em 2016, a NASA lançou a nave espacial OSIRIS-REx para dar uma vista de olhos ao asteroide Bennu. Dois anos depois, a nave chegou ao seu destino e começou a vigiar Bennu, a cerca de 6 quilómetros acima da sua superfície.

Em 2020, a NASA levou a missão um passo mais longe, enviando a OSIRIS-REx à superfície do asteroide para recolher uma amostra — algo que nenhuma nave espacial da NASA tinha feito antes, segundo a Big Think.

Para essa parte da missão, o OSIRIS-REx aterrou na superfície do asteroide e mandou um sopro de gás. Em seguida, captou um pouco do material deslocado pelo gás antes de disparar os seus propulsores para se afastar de Bennu.

O plano funcionou, mas nas simulações do asteroide feitas pela NASA, o processo deveria ter deixado o mais pequeno desnível na superfície. A missão real criou uma explosão de destroços e uma cratera de 8 metros de largura no local de aterragem.

“Esperávamos que a superfície fosse bastante rígida”, contou Dante Lauretta, investigador principal do OSIRIS-REx, ao Space.com.

“Vimos uma parede gigante de detritos a voar para longe do local da amostra. Para os operadores de naves espaciais, foi realmente assustador“, acrescentou Lauretta.

Com base nos dados da missão e de uma análise do local de aterragem, os investigadores determinaram que a superfície do asteroide Bennu está tão solta, que o OSIRIS-REx teria continuado a afundar-se nele se não tivesse disparado os seus propulsores dentro do prazo previsto.

A NASA descreve o asteroide como sendo semelhante às piscinas de bolas em que as crianças brincam — coloca-se qualquer tensão nas rochas e pedaços de pó na superfície de Bennu, e elas deslizam facilmente umas para as outras.

“As nossas expectativas sobre a superfície do asteroide estavam completamente erradas”, sublinhou o investigador principal da missão.

“Acontece que as partículas que compõem o exterior do Bennu são tão soltas, que agem mais como um fluido do que como um sólido”, concluiu Lauretta.

Os investigadores utilizaram agora os dados da missão OSIRIS-REx para recalcular as propriedades de Bennu, detalhando o que aprenderam em dois estudos, publicados em julho na revista Science e na Science Advances.

   

    

Esta experiência pode ajudar os cientistas a interpretar com precisão dados remotos sobre outros asteroides - algo extremamente importante se alguma vez nos virmos confrontados com um impacto de asteroides e precisarmos de lançar uma missão para desviar ou destruir a ameaçadora rocha espacial.

 

in ZAP

segunda-feira, julho 18, 2022

Eugene Shoemaker morreu há vinte e cinco anos...

    
Eugene Merle Shoemaker (Los Angeles, 28 de abril de 1928 - Alice Springs, 18 de julho de 1997) foi um geólogo e astrónomo dos Estados Unidos da América e um dos fundadores do campo da ciência planetária, conhecido principalmente pela sua descoberta, em conjunto com a sua mulher Carolyn Shoemaker e o astrónomo David Levy, do cometa Shoemaker-Levy 9.
Nascido em Los Angeles, Califórnia, era especialista em colisões interplanetárias. Graduou-se no California Institute of Technology, em Pasadena, aos 19 anos, com uma tese em petrologia em rochas metamórficas pré-câmbricas. Passou então a trabalhar para a United States Geological Survey (USGS) e o seu primeiro trabalho foi pesquisar depósitos naturais de urânio no Colorado e em Utah. Durante este trabalho passou a interessar-se pela origem das crateras lunares e iniciou um trabalho na licenciatura na Universidade de Princeton, como continuidade dos seus estudos sobre petrologia em rochas metamórficas, processos vulcânicos e impactes de asteroides.
Em 1951 casou com Carolyn Spellman, recebendo o mestrado (1954) e o doutoramento (1960) na Universidade de Princeton, com uma tese sobre crateras produzidas por meteoritos. No ano seguinte passou a estudar astrogeologia em Flagstaff, Arizona, e esteve ligado às missões Lunar Ranger e ao treino dos astronautas americanos. Tinha pretensões de se tornar no primeiro cientista a caminhar na Lua, mas foi-lhe detetada a doença de Addison e assim foi nomeado cientista-chefe do Centro de Astrogeologia da USGS em 1965.
Regressou para a Caltech em 1969 como professor de geologia e serviu durante três anos como diretor da Division of Geological and Planetary Sciences. Em 1985 aposentou-se como professor e passou a dividir o seu tempo entre Pasadena e Flagstaff. Em 1992 recebeu a mais importante honra científica atribuída pelo presidente dos EUA, a National Medal of Science. Aposentou-se da USGS em 1993 e assumiu um cargo no Observatório Lowell. Nesse mesmo ano, juntamente com a sua mulher Carolyn e o amigo David Levy, descobriu o cometa Shoemaker-Levy 9, que chocou com Júpiter em 1994.
Eugene Shoemaker morreu, em consequência de um acidente automobilístico, em Alice Springs, na Austrália, em 1997. Algumas das suas cinzas foram levadas para a Lua pela sonda espacial Lunar Prospector. É, à data, a única pessoa a ter sido enterrada em outro corpo celeste.
   

domingo, julho 18, 2021

Eugene Shoemaker morreu há vinte e quatro anos...

    
Eugene Merle Shoemaker (Los Angeles, 28 de abril de 1928 - Alice Springs, 18 de julho de 1997) foi um geólogo e astrónomo dos Estados Unidos da América e um dos fundadores do campo da ciência planetária, conhecido principalmente pela sua descoberta, em conjunto com a sua mulher Carolyn Shoemaker e o astrónomo David Levy, do cometa Shoemaker-Levy 9.
Nascido em Los Angeles, Califórnia, era especialista em colisões interplanetárias. Graduou-se no California Institute of Technology, em Pasadena, aos 19 anos, com uma tese em petrologia em rochas metamórficas pré-câmbricas. Passou então a trabalhar para a United States Geological Survey (USGS) e o seu primeiro trabalho foi pesquisar depósitos naturais de urânio no Colorado e em Utah. Durante este trabalho passou a interessar-se pela origem das crateras lunares e iniciou um trabalho na licenciatura na Universidade de Princeton, como continuidade dos seus estudos sobre petrologia em rochas metamórficas, processos vulcânicos e impactes de asteroides.
Em 1951 casou com Carolyn Spellman, recebendo o mestrado (1954) e o doutoramento (1960) na Universidade de Princeton, com uma tese sobre crateras produzidas por meteoritos. No ano seguinte passou a estudar astrogeologia em Flagstaff, Arizona, e esteve ligado às missões Lunar Ranger e ao treino dos astronautas americanos. Tinha pretensões de se tornar no primeiro cientista a caminhar na Lua, mas foi detectado que sofria da doença de Addison e assim foi nomeado como cientista-chefe do Centro de Astrogeologia da USGS em 1965.
Regressu para a Caltech em 1969 como professor de geologia e serviu durante três anos como diretor da Division of Geological and Planetary Sciences. Em 1985 aposentou-se como professor e passou a dividir o seu tempo entre Pasadena e Flagstaff. Em 1992 recebeu a mais importante honra científica atribuída pelo presidente dos EUA, a National Medal of Science. Aposentou-se da USGS em 1993 e assumiu um cargo no Observatório Lowell. Nesse mesmo ano, juntamente com a sua mulher Carolyn e o amigo David Levy, descobriu o cometa Shoemaker-Levy 9, que chocou com Júpiter em 1994.
Eugene Shoemaker morreu, em consequência de um acidente automobilístico, em Alice Springs, na Austrália, em 1997. Algumas das suas cinzas foram levadas para a Lua pela sonda espacial Lunar Prospector. É, à data, a única pessoa a ter sido enterrada em outro corpo celeste.
   

sábado, julho 18, 2020

O geólogo e astrónomo Eugene Shoemaker morreu há 23 anos

   
Eugene Merle Shoemaker (Los Angeles, 28 de abril de 1928 - Alice Springs, 18 de julho de 1997) foi um geólogo e astrónomo dos Estados Unidos da América e um dos fundadores do campo da ciência planetária, conhecido principalmente pela sua descoberta, em conjunto com a sua mulher Carolyn Shoemaker e o astrónomo David Levy, do cometa Shoemaker-Levy 9.
Nascido em Los Angeles, Califórnia, era especialista em colisões interplanetárias. Graduou-se no California Institute of Technology, em Pasadena, aos 19 anos, com uma tese em petrologia em rochas metamórficas pré-câmbricas. Passou então a trabalhar para a United States Geological Survey (USGS) e o seu primeiro trabalho foi pesquisar depósitos naturais de urânio no Colorado e em Utah. Durante este trabalho passou a interessar-se pela origem das crateras lunares e iniciou um trabalho na licenciatura na Universidade de Princeton, como continuidade dos seus estudos sobre petrologia em rochas metamórficas, processos vulcânicos e impactes de asteroides.
Em 1951 casou com Carolyn Spellman, recebendo o mestrado (1954) e o doutoramento (1960) na Universidade de Princeton, com uma tese sobre crateras produzidas por meteoritos. No ano seguinte passou a estudar astrogeologia em Flagstaff, Arizona, e esteve ligado às missões Lunar Ranger e ao treino dos astronautas americanos. Tinha pretensões de se tornar no primeiro cientista a caminhar na Lua, mas foi detectado que sofria da doença de Addison e assim foi nomeado como cientista-chefe do Centro de Astrogeologia da USGS em 1965.
Regressu para a Caltech em 1969 como professor de geologia e serviu durante três anos como diretor da Division of Geological and Planetary Sciences. Em 1985 aposentou-se como professor e passou a dividir o seu tempo entre Pasadena e Flagstaff. Em 1992 recebeu a mais importante honra científica atribuída pelo presidente dos EUA, a National Medal of Science. Aposentou-se da USGS em 1993 e assumiu um cargo no Observatório Lowell. Nesse mesmo ano, juntamente com a sua mulher Carolyn e o amigo David Levy, descobriu o cometa Shoemaker-Levy 9, que chocou com Júpiter em 1994.
Eugene Shoemaker morreu em consequência de um acidente automobilístico em Alice Springs, na Austrália, em 1997. Algumas das suas cinzas foram levadas para a Lua pela sonda espacial Lunar Prospector. É, à data, a única pessoa a ter sido enterrada em outro corpo celeste.
   

quinta-feira, julho 18, 2019

Eugene Shoemaker, geólogo e astrónomo, morreu há 22 anos

Eugene Merle Shoemaker (Los Angeles, 28 de abril de 1928 - Alice Springs, 18 de julho de 1997) foi um geólogo e astrónomo dos Estados Unidos da América e um dos fundadores do campo da ciência planetária, conhecido principalmente pela sua descoberta, em conjunto com a sua mulher Carolyn Shoemaker e o astrónomo David Levy, do cometa Shoemaker-Levy 9.
Nascido em Los Angeles, Califórnia, era especialista em colisões interplanetárias. Graduou-se no California Institute of Technology, em Pasadena, aos 19 anos, com uma tese em petrologia em rochas metamórficas pré-câmbricas. Passou então a trabalhar para a United States Geological Survey (USGS) e o seu primeiro trabalho foi pesquisar depósitos naturais de urânio no Colorado e em Utah. Durante este trabalho passou a interessar-se pela origem das crateras lunares e iniciou um trabalho na licenciatura na Universidade de Princeton, como continuidade dos seus estudos sobre petrologia em rochas metamórficas, processos vulcânicos e impactes de asteroides.
Em 1951 casou com Carolyn Spellman, recebendo o mestrado (1954) e o doutoramento (1960) na Universidade de Princeton, com uma tese sobre crateras produzidas por meteoritos. No ano seguinte passou a estudar astrogeologia em Flagstaff, Arizona, e esteve ligado às missões Lunar Ranger e ao treino dos astronautas americanos. Tinha pretensões de se tornar no primeiro cientista a caminhar na Lua, mas foi detectado que sofria da doença de Addison e assim foi nomeado como cientista-chefe do Centro de Astrogeologia da USGS em 1965.
Regressu para a Caltech em 1969 como professor de geologia e serviu durante três anos como diretor da Division of Geological and Planetary Sciences. Em 1985 aposentou-se como professor e passou a dividir o seu tempo entre Pasadena e Flagstaff. Em 1992 recebeu a mais importante honra científica atribuída pelo presidente dos EUA, a National Medal of Science. Aposentou-se da USGS em 1993 e assumiu um cargo no Observatório Lowell. Nesse mesmo ano, juntamente com a sua mulher Carolyn e o amigo David Levy, descobriu o cometa Shoemaker-Levy 9, que chocou com Júpiter em 1994.
Eugene Shoemaker morreu em consequência de um acidente automobilístico em Alice Springs, na Austrália, em 1997. Algumas das suas cinzas foram levadas para a Lua pela sonda espacial Lunar Prospector. É, até à data, a única pessoa a ter sido enterrada noutro corpo celeste.