quarta-feira, maio 15, 2024
Paulo de Carvalho nasceu há 77 anos
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terça-feira, maio 14, 2024
Joly Braga Santos nasceu há um século...
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domingo, maio 12, 2024
O Teatro Nacional de São João faz hoje 225 anos...!
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segunda-feira, maio 06, 2024
Hoje é o Dia Nacional do Azulejo...
O ‘Projeto SOS Azulejo’ é uma iniciativa do Museu de Polícia Judiciária (MPJ) que pretende contribuir para a resolução da delapidação do património azulejar, sendo esta destruição causada não só por furto e vandalismo, mas também por demolições e remoções legais constantes.
Contando com o contributo gradual, até 2021, de oito instituições nacionais, o problema tem vindo a ser abordado numa perspetiva interdisciplinar, sendo parceiras do MPJ as seguintes entidades:
- Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP);
- Direção Geral do Património Cultural (DGPC);
- Universidade de Lisboa (FLUL e FBAUL);
- Universidade de Aveiro;
- Instituto Politécnico de Tomar;
- GNR;
- PSP.
A existência do DIA NACIONAL DO AZULEJO serve para celebrar a riqueza excecional do Património Azulejar português, mas também para relembrar a necessidade de o valorizar e defender.
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sexta-feira, maio 03, 2024
Georges Moustaki nasceu há noventa anos...
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segunda-feira, abril 22, 2024
Um artigo de opinião interessante para ler nesta data...
Carlos A. Cupeto
Em matéria de recursos minerais, temos uma classe dirigente e política incapaz, condicionada pelo calendário eleitoral e ambientalistas oportunistas.
A história da humanidade confunde-se com o acesso e usufruto de matérias-primas minerais e assim continuará a ser, qualquer que seja o modelo de desenvolvimento considerado. A transição energética, a ecológica, a digitalização só são possíveis com uma crescente metal-intensive economy. Negar a necessidade de exploração de recursos minerais é rejeitar a Humanidade na Terra. É incontornável, todos os caminhos orientados para uma economia circular, eco-eficiente e de baixa intensidade carbónica concorrem para aumentar a dependência de um largo número de metais cuja procura global não poderá ser totalmente satisfeita com base em fontes secundárias; isto é, o consumo crescerá a um ritmo muito superior ao do abastecimento proporcionado pela reutilização, reciclagem e/ou substituição. É bom que o saibamos e que tomemos em mão o nosso próprio destino, pois o atual contexto de incerteza ainda mais nos exige que assim seja.
Acresce, como sabemos, que a distribuição de recursos geológicos obedece apenas à contingência geológica que afortunadamente em Portugal corresponde essencialmente ao interior, muitas vezes em geografias que nada mais têm que possibilite riqueza, bem-estar social e económico. O futuro do país exige uma mensagem de esperança que deve prevalecer na maioria moral e política da equação da suficiência energética e alimentar onde os recursos minerais são incontornáveis.
Portugal tem de decidir claramente se em matéria de recursos minerais quer verdade ou hipocrisia. Lamentavelmente, o país deixa-se conduzir por fazedores de opinião que vivem da oportunidade da desinformação e ignorância. No geral, em matéria de recursos minerais, temos uma classe dirigente e política incapaz, condicionada pelo calendário eleitoral, e ambientalistas oportunistas. A partir daqui o resultado está à vista; decisões inevitáveis são contornadas e adiadas.
Uma das principais razões, há outras, que impedem o aproveitamento de recursos minerais em Portugal é a falta de acesso a esses recursos em sede de ordenamento do território. Ou seja, os recursos minerais só podem ser explorados nos locais em que se encontram, mas o ordenamento do território em vigor impede que nesses locais se desenvolvam atividades extrativas, daqui decorrendo apreciações negativas no âmbito da avaliação de impacte ambiental; para satisfação de ambientalistas de meia tigela e populações manipuladas.
Na verdade o Programa Nacional da Política do Ordenamento do Território (PNPOT), com quase 20 anos, atualizado em 2019 pela Lei n.º 99, tem em atenção a importância dos recursos minerais para a sociedade e propõe, na Medida 1.5, “planear e gerir de forma integrada os recursos geológicos e mineiros”, onde consta: “… o mapeamento do potencial em recursos geológicos permitirá uma melhor ponderação dos interesses e valores em presença no território, com a elaboração do plano sectorial dos recursos minerais no âmbito do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial …”. Até à data nada se concretizou e, de acordo com a lei, a Direção Geral de Energia e Geologia e o Laboratório Nacional de Energia e Geologia tinham até maio de 2023 para apresentar a Estratégia Nacional dos Recursos Geológicos.
Nada se sabe se vai haver algum maio em que isto aconteça, muito dificilmente assim será. Mesmo que haja vontade política para o fazer, desde há muito que a entidade pública com competência e vocação para o fazer – o Laboratório Nacional de Energia e Geologia – tem sido esvaziada de meios humanos e materiais que lhe permitam responder às necessidades do país em termos do reconhecimento dos recursos minerais disponíveis no território, o que se configura como uma questão de soberania nacional.
A somar a isto, ao contrário do que se apregoa, há muito que as direções regionais de Economia, quem incluíam a energia e a geologia, foram extintas e não passam hoje de divisões da direção Geral, desprovidas de todas as competências e meios que deviam ter.
É este o país que somos.
in Público
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Vianna da Motta nasceu há 156 anos...
Como tantos outros artistas portugueses dos maiores, Vianna da Motta foi uma vítima da incompreensão, da maldade e da pequenez de um meio com o qual a sua invulgar estatura não podia ter medida comum. Negaram-lhe o talento, disputaram-lhe a glória, moveram-lhe campanhas ultrajantes, dificultaram-lhe a vida, regatearam misérias nos seus modestos cachets de concertista, esforçaram-se por fazer cair sobre o seu nome e a sua obra a pedra vil do esquecimento, deixaram-no morrer num isolamento e numa solidão terríveis, e mesmo depois de morto se procurou evitar que a sua vera fisionomia de artista e de intelectual pudesse ser revelada em toda a sua luz.
Fernando Lopes Graça, 1949, in In Memoriam de Viana da Motta
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sábado, abril 20, 2024
O grupo terrorista português FP 25 faz hoje quarenta e três anos
A primeira ação foi há 30 anos. No Portugal pacífico atual, voltamos atrás na bolha do tempo e perguntamos o que pensam os protagonistas deste episódio da História nacional
«Era uma tarde de sábado, de chuva miudinha, igual a tantas outras. Gaspar Castelo-Branco tinha amigos para jantar e faltava-lhe o queijo. À primeira aberta, já ao cair da noite, resolve dar uma saltada ao comerciante da zona. Saiu, por uns minutos. Foi morto com um tiro na nuca, disparado à queima-roupa, no passeio em frente à casa onde morava».
A descrição é contada por José Teles, no jornal «O Semanário», em 1986, e reproduzida em 2008, na Internet, no blogue «31 da Armada» por Manuel Castelo-Branco, no dia em que fazia 22 anos da morte do pai.
Gaspar Castelo-Branco era o diretor-geral dos Serviços Prisionais e foi assassinado a 15 de fevereiro de 1986.
Gobern Lopes, um dos fundadores das FP-25 e o primeiro a assumir-se em julgamento como membro da organização, confessa, à Lusa, que os meios justificam os fins «naquele contexto» e «não tem que se arrepender».
Manuel e Gobern têm papéis diferentes, lados opostos, mas os dois são parte deste retrato de Portugal. Voltemos atrás na bolha do tempo e contemos as histórias desta História de Portugal.
Em 1980, Portugal vivia há seis anos em democracia, conquistada por uma revolução pacífica. A 20 de abril nascem as Forças Populares 25 de Abril, as FP-25. Surgem passado um mês da criação da Força de Unidade Popular (FUP), uma organização política de extrema-esquerda, da qual as FP-25 se tornariam o braço armado.
As FP-25 anunciam-se com um estrondoso rebentamento de petardos pelo país e com a distribuição do «Manifesto ao Povo Trabalhador», que instava ao «derrube do regime, instauração ditadura do proletariado e criação de um exército popular» para implantação do socialismo.
Estava assim dado o tiro de partida. Logo a 5 de maio deu-se a primeira ação, com o homicídio de um militar da GNR em Mogadouro e o assalto aos bancos Totta e Açores e Caixa de Crédito e Providência, no Cacém. Entre 1980 e 1987, as FP-25 foram responsáveis por 18 assassinatos, 66 atentados à bomba e ainda 99 assaltos.
Otelo, o rosto que nunca deu a cara pelo movimento
As polícias, juntas na Operação Orion, ditaram o princípio do fim das FP-25 com o desmantelamento da rede armada, que começou com uma rusga à sede da FUP, em 19 de junho de 1984. Otelo viria a ser preso um dia depois e condenado a 15 anos de prisão em 1987.
Martinho de Almeida Cruz foi o juiz e o carrasco dos operacionais das FP-25.
A história havia de dar outra volta e, em 1989, Otelo Saraiva de Carvalho é libertado. Sete anos depois, chega a amnistia para os presos das Forças Populares 25 de Abril, aprovada pela Assembleia da República e assinada pela mão de Mário Soares, então presidente da República.
Que lição tirou a sociedade e a História? O sociólogo Manuel Villaverde Cabral explica à Lusa que «não é mais do que um fenómeno histórico expectável, uma agonia».
Manuel publicou a fotografia do pai com a legenda «foi decidido esquecê-lo». O amargo das palavras escritas continuam a ouvir-se na boca do filho. Em entrevista à agência Lusa, Manuel, o homem de hoje, à data adolescente, acusa: «A sociedade e o poder político fizeram sempre tudo para esquecer as vítimas do grupo terrorista».
Gobern Lopes foi condenado a 20 anos, mas só esteve preso durante cinco. As barbas brancas não lhe retiram o ar revolucionário mas trouxeram a moderação. Reconhece que a partir de determinado momento, a organização andou depressa de mais. «As organizações armadas têm um problema, que é todos estão armados. Quando se esgotam os caminhos da razão, quais é que ficam?»
sábado, abril 13, 2024
Portugal optou por desistir de Macau há 37 anos...
segunda-feira, abril 01, 2024
Mário Viegas deixou-nos há vinte e oito anos...
A sua carreira no cinema começou com o filme O Funeral do Patrão (1975, Eduardo Geada). No cinema participou em mais de quinze películas, entre elas O Rei das Berlengas de Artur Semedo (1978), Azul, Azul de José de Sá Caetano (1986), Repórter X de José Nascimento (1987), A Divina Comédia de Manoel de Oliveira (1991), Rosa Negra de Margarida Gil (1992), Sostiene Pereira de Roberto Faenza (1996), onde contracenou com Marcello Mastroianni. Teve uma colaboração regular com José Fonseca e Costa - Kilas, o Mau da Fita (1981), Sem Sombra de Pecado (1983), A Mulher do Próximo (1988) e Os Cornos de Cronos (1991).
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terça-feira, março 26, 2024
Os auroques estão a voltar a Portugal...
Um dos animais mais importantes da história está a “ressuscitar” em Portugal
Embora se camufle entre o gado comum das paisagens portuguesas, não o é.
O Programa Tauros, que procura “ressuscitar” o ancestral do gado doméstico através da reprodução dos parentes mais próximos dos auroques originais, está em marcha em Portugal às mãos da Rewilding Europe, uma organização sem fins lucrativos sediada nos Países Baixos, que, juntamente com a Dutch Taurus Foundation, criou um programa em 2013 para trazer o animal de volta à vida.
Já desde o século XIII reduzido a pequenos grupos dispersos na Europa, o auroque desapareceu em 1627, após a morte dos últimos espécimenes na Polónia.
Quando o exército sueco atacou a Polónia em 1655, devastou o reino e saqueou tudo o que pôde. Entre os bens pilhados estava um objeto muito valioso de Sigismundo III Vasa, rei da Polónia: um chifre ornamentado. Em vida, o chifre pertenceu ao último touro auroque.
“Os humanos na Europa têm partilhado a paisagem com auroques há milhares de anos. Houve sempre uma certa admiração em relação a estes animais. Eram até representados na arte paleolítica”, explica à BBC Pedro Prata, líder da equipa da Rewilding Portugal organização privada sem fins lucrativos que quer restaurar as dinâmicas ecológicas naturais ao longo do Vale do Côa.
E é precisamente neste vale que se encontra a maior concentração dessas gravuras paleolíticas ao ar livre do mundo, com idades compreendidas entre 30 mil a 10 mil anos, onde o auroque tem um lugar muito destacado.
O animal, que eventualmente desapareceu precisamente devido à caça, tinha cerca de 1,80 metros de ombro a ombro e mais de três metros de comprimento no caso dos machos, sendo assim muito maior do que o gado atual.
Os caçadores-coletores, viam-se “gregos” para caçar um auroque. Era preciso aprender a caçá-los, coletivamente, e é precisamente por os fazer suar que os autores das gravuras escolheram maioritariamente o auroque para decorar as suas paredes.
“O simbolismo está associado a esta dificuldade na caça”, diz Thierry Aubry, diretor científico da Fundação Côa Parque.
Um dos maiores desafios da equipa Rewilding Portugal, que quer ver este bovino de volta ao terreno, é o ecossistema. A paisagem atual, vítima da intervenção humana e das alterações climáticas, está muito diferente daquela em que os auroques passearam.
Os tauros são grandes transformadores do ecossistema, e não o fazem só no pasto, mas também quando dão fortes pontapés e arranham a vegetação, o que permite a criação de mais áreas abertas.
Trazer estes bovinos de volta é assim, também, um reforço para os bombeiros portugueses. “A prevenção dos incêndios pode passar pela introdução dos grandes bovinos porque estes reduzem a quantidade de combustível”, conclui Aubry.
in ZAP
segunda-feira, março 25, 2024
Emanuel, o verdadeiro pai da música pimba, faz hoje 67 anos
Américo Pinto da Silva Monteiro (Sabrosa, Covas do Douro, 25 de março de 1957) conhecido artisticamente como Emanuel, é um cantor português.
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domingo, março 24, 2024
Marcos Portugal nasceu há 262 anos
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quarta-feira, março 20, 2024
Henrique Pousão morreu há cento e quarenta anos...
Tio do poeta João Lúcio, faleceu, com apenas 25 anos, de tuberculose.
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sábado, março 16, 2024
Manuel Cargaleiro faz hoje 97 anos
Pintor e ceramista português, é oriundo da Beira Baixa, onde nasceu em 1927. O seu pai, Manuel, era gestor agrícola, e a mãe, Ermelinda, uma especialista em mantas de retalhos coloridas com formas geométricas variadas (patchwork).
Inscreveu-se na Faculdade de Ciências de Lisboa e chegou a trabalhar num banco, mas frequentava as aulas livres da Academia de Belas-Artes e o atelier de olaria de José Trindade.
Em 1945, inicia as primeiras experiências de modelação de barro, na olaria de José Trindade, no Monte de Caparica.
Em 1946, inscreve-se na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que vem a abandonar para se dedicar às artes plásticas, iniciando-se como ceramista na Fábrica Sant'Anna, em Lisboa.
Em 1949, participa na Primeira Exposição de Cerâmica Moderna organizado por António Ferro, na Sala de Exposições do Secretariado Nacional da Informação. Cultura Popular e Turismo (SNI), no Palácio Foz, em Lisboa.
Em 1950, organiza, com a Comissão Municipal de Turismo do Concelho de Almada, o I Salão de Artes Plásticas da Caparica, em Almada.
Em 1951, participa na Segunda Exposição de Cerâmica Moderna, onde obtém uma menção honrosa.
Em 1952, tem a sua primeira exposição individual, realizada na Sala de Exposições do SNI. Nesse mesmo ano participa na Terceira Exposição de Cerâmica Moderna, onde obtém uma menção honrosa, e na exposição coletiva Mostruário da Arte e da Vida Metropolitana, no âmbito das Comemorações do IV Centenário da Morte de São Francisco Xavier, organizado pela Agência Geral do Ultramar, em Goa.
Em 1953, expõe pintura pela primeira vez no Salão da Jovem Pintura, na Galeria de Março, em Lisboa.
Em 1954, apresenta a exposição individual Cerâmicas de Manuel Cargaleiro, na 24.ª exposição da Galeria de Março, em Lisboa. Nesse mesmo, ano recebe o prémio de artes plásticas Sebastião de Almeida, para ceramistas, atribuído pelo SNI. É ainda em 1954 que inicia a sua atividade como professor de Cerâmica na Escola de Artes Decorativas António Arroio, em Lisboa. É igualmente neste ano conhece Maria Helena Vieira da Silva, Árpád Szenes e Roger Bissière.
Em 1955, dirige os trabalhos de passagem para cerâmica das estações da Via Sacra do Santuário de Fátima, da autoria de Lino António. Nesse mesmo ano, participa na exposição coletiva Fifth International Exhibition of Ceramic Art, no Kiln Club of Washington, em Washington, D.C., e recebe o Diplôme d’Honnneur de l’Académie Internationale de la Céramique (AIC), aquando da sua participação no I Festival International de Céramique, em Cannes. Participa igualmente numa exposição coletiva com Fernando Lemos e Marcelino Vespeira, na Galeria Pórtico, em Lisboa.
Em 1956, participa no Primeiro Salão dos Artistas de Hoje, na Sociedade Nacional de Belas Artes (SNBA), em Lisboa. Nesse mesmo ano:
- Recebe o primeiro prémio no concurso para o revestimento em cerâmica dos edifícios da Cidade Universitária de Lisboa.
- Realiza os painéis de cerâmica para o Jardim Municipal de Almada.
- Realiza o painel de azulejos para a fachada da nova Igreja de Santo António, em Moscavide.
Em 1957, recebe uma bolsa do Governo Italiano, por intermédio do Instituto de Alta Cultura, que lhe permite visitar Itália e estudar a arte da cerâmica em Faença, com Giuseppe Liverani, Roma e Florença. Nesse mesmo ano, instala-se em Paris.
Em 1958, recebe uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian para a realização de um estágio na Faiencerie de Gien, sob a orientação de Roger Bernard. Nesse mesmo ano:
- Participa no XVI Concorso nazionale della ceramica: Faenza no Museo Internazionale delle Ceramiche in Faenza (MIC). Oferece peças de cerâmica popular, dois painéis e um vaso de sua autoria para a reconstituição da secção portuguesa do MIC, muito danificado durante a Segunda Guerra Mundial.
- Participa na III Exposição de Artes Plásticas, no Convento dos Capuchos, em Almada.
Em 1959, adquire um atelier na Rue des Grands-Augustins 19, em Paris, onde passa a residir. Nesse mesmo ano:
- Participa numa exposição coletiva, com Camille Bryen, Jean Arp e Max Ernst, na Galerie Edouard Loeb, em Paris
- Participa na exposição Céramiques Contemporaines, no Musée des Beaux-Arts em Ostende, na Bélgica.
Em 1960 participa na I Exposição de Poesia Ilustrada, no Café Dragão Vermelho, Almada. Participa na exposição coletiva Arte Moderna, no Café Dragão Vermelho, Almada. Participa na IV Exposição de Artes Plásticas, no Convento dos Capuchos, em Almada. Participa na exposição da AIC, no Musée Ariana, Genebra, Suíça. Exposição coletiva na Galerie Edouard Loeb, Paris.
quarta-feira, março 06, 2024
O PCP faz hoje 103 anos
O PCP tem deputados na Assembleia da República e no Parlamento Europeu, onde integra o grupo Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Nórdica Verde. Depois da morte do secretário-geral do PCP, Bento Gonçalves, no campo de concentração do Tarrafal, o Partido passou por um período, de 1942 até 1961, sem secretário-geral. Em 1961, é eleito o líder histórico Álvaro Cunhal. Em 1992, é sucedido por Carlos Carvalhas, e em 2004 é Jerónimo de Sousa o escolhido pelo Comité Central para Secretário-Geral do PCP, até 2022, quando é eleito Paulo Raimundo para o cargo.
O Partido foi fundado em 1921, e em 1922 estabeleceu contactos com a Internacional Comunista (Komintern), tornando-se em 1923 a secção Portuguesa do Komintern. Ilegalizado no fim dos anos 1920, o PCP teve um papel fundamental na oposição ao regime ditatorial conduzido por António de Oliveira Salazar e Marcello Caetano. Durante as cinco décadas de ditadura, o PCP participou ativamente na oposição ao regime e era o Partido mais organizado e mais forte da oposição. Foi suprimido constantemente pela polícia política, a PIDE, que obrigou os seus membros a viver clandestinamente, sob a ameaça de serem presos, torturados ou assassinados. A capacidade de adaptar a sua organização à conjuntura política interna e externa, e a capacidade de recuperação de uma organização política sujeita à frequente repressão e violência política, foram importantes fatores que garantiram a sua continuidade. Após a revolução dos cravos, em 1974, os seus 36 membros do Comité Central de então já tinham, em conjunto, cumprido 308 anos de prisão.
Após o fim da ditadura, o Partido tornou-se numa principal força política do novo regime democrático, mantendo o seu «papel de vanguarda ao serviço dos interesses de classe dos trabalhadores, do processo de transformação social, para a superação revolucionária do capitalismo» a assumir o Marxismo-Leninismo como a sua base teórica, a concepção materialista e dialética do mundo como «instrumento de análise e guia para a acção, imprescindível para a interpretação do mundo e para a sua transformação revolucionária», a rutura com a política de direita, a concretização de uma alternativa patriótica e de esquerda e a realização do seu programa de uma «Democracia Avançada com os valores [da revolução] de Abril no futuro de Portugal, o socialismo e o comunismo». O Partido é popular em vastos sectores da sociedade portuguesa, particularmente nas áreas rurais do Alentejo e Ribatejo e áreas industrializadas como Lisboa e Setúbal, onde lidera vários municípios.
O PCP publica o jornal semanário Avante!, fundado em 1931, e a revista bimensal O Militante. A sua ala jovem é a Juventude Comunista Portuguesa, membro da Federação Mundial da Juventude Democrática.
(...)
A data de fundação do PCP, 6 de março de 1921, é data da última de várias reuniões. Pouco depois da fundação do Partido, criou-se também a Juventude Comunista (JC), que estabeleceu imediatamente contactos com a Internacional Comunista Juvenil.
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