domingo, abril 26, 2020
Delacroix nasceu há 222 anos
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Marcadores: Delacroix, Eugène Delacroix, pintura, romantismo
O sismólogo Charles Richter nasceu há 120 anos...!
Nascido em Hamilton, Ohio, Richter estudou na Universidade Stanford e Instituto de Tecnologia da Califórnia, onde obteve seu PhD em física teórica em 1928. Trabalhou no Instituto Carnegie de Washington (1927-1936) antes de ser nomeado para o Instituto de Tecnologia da Califórnia, onde se tornou professor de sismologia em 1952.
Richter desenvolveu sua escala para medir a força dos terremotos em 1935. Escalas anteriores tinham sido desenvolvidas por De Rossi em 1880 e por Giuseppe Mercalli em 1902, mas ambos usavam uma escala descritiva, definida em termos de danos em edifícios bem como o comportamento e a resposta da população. Isso restringia o seu uso para a medição de terremotos em áreas povoadas, e fez escalas em relação ao tipo de técnicas de construção e materiais utilizados.
A escala de Richter é absoluta, com base na amplitude das ondas produzidas pelo terremoto. Ele definiu a magnitude de um terremoto como o logaritmo na base 10 da amplitude máxima das ondas, medido em microns. Isto significa que as ondas cujas amplitudes diferem por um fator de 100 diferem por 2 pontos na escala Richter. Com Beno Gutenberg tentou converter os pontos em sua escala em energia libertada.
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Marcadores: Charles Richter, Escala de Richter, geofísica, magnitude, sismologia
Mário de Sá-Carneiro suicidou-se há 104 anos
(...)
Uma vez que a vida que trazia não lhe agradava, e aquela que idealizava tardava em se concretizar, Sá-Carneiro entrou numa cada vez maior angústia, que viria a conduzi-lo ao seu suicídio prematuro, perpetrado no Hôtel de Nice, no bairro de Montmartre em Paris, com o recurso a cinco frascos de arseniato de estricnina. Embora tivesse adiado por alguns dias o dramático desfecho da sua vida, numa «cart de despedida» para Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro revela as suas razões para se suicidar:
Meu querido Amigo:
A menos de um milagre na próxima segunda-feira, 3 (ou mesmo na véspera), o seu Mário de Sá-Carneiro tomará uma forte dose de estricnina e desaparecerá deste mundo. É assim tal e qual – mas custa-me tanto a escrever esta carta pelo ridículo que sempre encontrei nas «cartas de despedida»... Não vale a pena lastimar-me, meu querido Fernando: afinal tenho o que quero: o que tanto sempre quis – e eu, em verdade, já não fazia nada por aqui... Já dera o que tinha a dar. Eu não me mato por coisa nenhuma: eu mato-me porque me coloquei pelas circunstâncias – ou melhor: fui colocado por elas, numa áurea temeridade – numa situação para a qual, a meus olhos, não há outra saída. Antes assim. É a única maneira de fazer o que devo fazer. Vivo há quinze dias uma vida como sempre sonhei: tive tudo durante eles: realizada a parte sexual, enfim, da minha obra – vivido o histerismo do seu ópio, as luas zebradas, os mosqueiros roxos da sua Ilusão. Podia ser feliz mais tempo, tudo me corre, psicologicamente, às mil maravilhas, mas não tenho dinheiro. [...]Mário de Sá-Carneiro, carta para Fernando Pessoa, 31 de março de 1916
Contava tão-só vinte e cinco anos. Extravagante tanto na morte como em vida (de que o poema Fim é um dos mais belos exemplos), convidou para presenciar a sua agonia o seu amigo José de Araújo. E apesar de o grupo modernista português ter perdido um dos seus mais significativos colaboradores, nem por isso o entusiasmo dos restantes membros esmoreceu – no segundo número da revista Athena, Pessoa dedicou-lhe um belo texto, apelidando-o de «génio não só da arte como da inovação dela», e dizendo dele, retomando um aforismo das Báquides (IV, 7, 18), de Plauto, que «Morre jovem o que os Deuses amam» (tradução literal de Quem di diligunt adulescens moritur).
Ao ver escoar-se a vida humanamente
Em suas águas certas, eu hesito,
E detenho-me às vezes na torrente
Das coisas geniais em que medito.
Afronta-me um desejo de fugir
Ao mistério que é meu e me seduz.
Mas logo me triunfo. A sua luz
Não há muitos que a saibam reflectir.
A minh'alma nostálgica de além,
Cheia de orgulho, ensombra-se entretanto,
Aos meus olhos ungidos sobe um pranto
Que tenho a fôrça de sumir também.
Porque eu reajo. A vida, a natureza,
Que são para o artista? Coisa alguma.
O que devemos é saltar na bruma,
Correr no azul á busca da beleza.
É subir, é subir àlem dos céus
Que as nossas almas só acumularam,
E prostrados resar, em sonho, ao Deus
Que as nossas mãos de auréola lá douraram.
É partir sem temor contra a montanha
Cingidos de quimera e d'irreal;
Brandir a espada fulva e medieval,
A cada hora acastelando em Espanha.
É suscitar côres endoidecidas,
Ser garra imperial enclavinhada,
E numa extrema-unção d'alma ampliada,
Viajar outros sentidos, outras vidas.
Ser coluna de fumo, astro perdido,
Forçar os turbilhões aladamente,
Ser ramo de palmeira, água nascente
E arco de ouro e chama distendido...
Asa longinqua a sacudir loucura,
Nuvem precoce de subtil vapor,
Ânsia revolta de mistério e olor,
Sombra, vertigem, ascensão - Altura!
E eu dou-me todo neste fim de tarde
À espira aérea que me eleva aos cumes.
Doido de esfinges o horizonte arde,
Mas fico ileso entre clarões e gumes!...
Miragem roxa de nimbado encanto -
Sinto os meus olhos a volver-se em espaço!
Alastro, venço, chego e ultrapasso;
Sou labirinto, sou licorne e acanto.
Sei a distância, compreendo o Ar;
Sou chuva de ouro e sou espasmo de luz;
Sou taça de cristal lançada ao mar,
Diadema e timbre, elmo real e cruz...
. . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . .
O bando das quimeras longe assoma...
Que apoteose imensa pelos céus!
A cor já não é cor - é som e aroma!
Vem-me saudades de ter sido Deus...
* * *
Ao triunfo maior, avante pois!
O meu destino é outro - é alto e é raro.
Unicamente custa muito caro:
A tristeza de nunca sermos dois...
in Dispersão (1914) - Mário de Sá-Carneiro
Postado por Fernando Martins às 01:04 0 bocas
Marcadores: Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, modernismo, Orpheu, poesia
Count Basie morreu há 36 anos
Postado por Fernando Martins às 00:36 0 bocas
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O acidente nuclear de Chernobil foi há 34 anos
Boa tarde, camaradas. Todos vocês sabem que houve um inacreditável erro – o acidente na central nuclear de Chernobil. Ele afetou duramente o povo soviético, e chocou a comunidade internacional. Pela primeira vez, nós nos confrontámos com a força real da energia nuclear, fora de controle. |
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Marcadores: acidente nuclear, acidente nuclear de Chernobil, Bielorrússia, energia nuclear, Gorbachev, Rússia, Ucrânia, URSS
sábado, abril 25, 2020
A Libertação de Itália foi há 75 anos...!
La festa della Liberazione, o semplicemente 25 aprile, è una festa nazionale della Repubblica Italiana che ricorre il 25 aprile di ogni anno.
Postado por Pedro Luna às 11:11 0 bocas
Marcadores: 25 de Abril, Festa da Libertação, Itália
Ella Fitzgerald nasceu há 103 anos
Ella Jane Fitzgerald (Newport News, 25 de abril de 1917 - Beverly Hills, 15 de junho de 1996) também conhecida como a "Primeira Dama da Canção" (em inglês: First Lady of Song) e "Lady Ella", foi uma popular cantora de jazz dos Estados Unidos. Com uma extensão vocal que abrangia três oitavas, era notória pela pureza de sua tonalidade, sua dicção, fraseado e entonação impecáveis, bem como uma habilidade de improviso "semelhante a um instrumento de sopro", particularmente no scat.
Postado por Fernando Martins às 10:30 0 bocas
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Albert King nasceu há 97 anos
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Manuel Freire - 78 anos
Percurso
Postado por Fernando Martins às 07:08 0 bocas
Marcadores: canção de intervenção, Livre, Manuel Freire, música, Pedra Filosofal
Poema adequado à data...
25 de Abril
Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo
in O nome das coisas (1977) - Sophia de Mello Breyner Andresen
Postado por Pedro Luna às 04:06 0 bocas
Marcadores: 25 de Abril, poesia, Sophia de Mello Breyner Andresen
A Revolução de 25 de Abril foi há 46 anos
Postado por Fernando Martins às 00:46 0 bocas
Marcadores: 25 de Abril, Dia da Liberdade, Grândola, música, Revolução dos Cravos, Vila Morena, Zeca Afonso
Os portugueses elegeram democraticamente um novo parlamento há 45 anos...
Partido | Votos | Votos (%) | Assentos | Assentos (%) |
|
---|---|---|---|---|---|
Partido Socialista | 2 162 972 |
|
116 | 46,4% | |
Partido Popular Democrático | 1 507 282 |
|
81 | 32,4% | |
Partido Comunista Português | 711 935 |
|
30 | 12% | |
Centro Democrático e Social | 434 879 |
|
16 | 6,4% | |
Movimento Democrático Português | 236 318 |
|
5 | 2% | |
Frente Socialista Popular | 66 307 |
|
0 | 0% | |
Movimento de Esquerda Socialista | 58 248 |
|
0 | 0% | |
União Democrática Popular | 44 877 |
|
1 | 0,4% | |
FEC(m-l) | 33 185 |
|
0 | 0% | |
Partido Popular Monárquico | 32 526 |
|
0 | 0% | |
Partido de Unidade Popular | 13 138 |
|
0 | 0% | |
Liga Comunista Internacionalista | 10 835 |
|
0 | 0% | |
Ass. Defesa dos Interesses de Macau | 1 622 |
|
1 | 0,4% | |
Centro Democrático de Macau | 1 030 |
|
0 | 0% | |
Totais | 5 315 154 | 250 | |||
Votos em Branco | 0 | 0% | |||
Votos Nulos | 396 765 | 6,95% | |||
Participação | 5 711 919 | 91,66% | |||
Fonte: Comissão Nacional de Eleições |
Postado por Fernando Martins às 00:45 0 bocas
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sexta-feira, abril 24, 2020
O genocídio do Povo Arménio começou há 105 anos
O Genocídio Arménio, holocausto arménio ou ainda o massacre dos arménios é como é chamada a matança e deportação forçada de centenas de milhares ou até mais de um milhão de pessoas de origem arménia que viviam no Império Otomano, com a intenção de exterminar a sua presença cultural, sua vida económica e o seu ambiente familiar, durante o governo dos chamados Jovens Turcos, de 1915 a 1917.
Adota-se a data de 24 de abril de 1915 como início do massacre, por ser a data em que dezenas de líderes arménios foram presos e massacrados em Istambul.
Esse conflito resultou trágico, pois deu oportunidade ao movimento político dos Jovens Turcos de realizar seu premeditado projeto de aniquilação do povo arménio. Na noite de 24 de abril de 1915 foram aprisionados em Constantinopla mais de seiscentos intelectuais, políticos, escritores, religiosos e profissionais arménios, que foram levados à força para o interior do país e selvaticamente assassinados.
Depois de privar o povo de seus dirigentes, começou a deportação e o massacre dos arménios que habitavam os territórios asiáticos do Império.
(...)
A cidade de Alepo caiu na mão dos britânicos e foram encontrados muitos documentos que confirmavam que o extermínio dos arménios teria sido organizado pelos turcos. Um destes documentos é um telegrama circular dirigido a todos os governadores:
À Prefeitura de Alepo: Já foi comunicado que o governo decidiu exterminar totalmente os arménios habitantes da Turquia. Os que se opuserem a esta ordem não poderão pertencer então à administração. Sem considerações pelas mulheres, as crianças e os enfermos, por mais trágicos que possam ser os meios de extermínio, sem executar os sentimentos da consequência, é necessário por fim à sua existência. 13 de setembro de 1915. |
O ministro do Interior, Talat
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Testemunhos
Em geral, as caravanas de arménios deportados não chegavam muito longe. À medida que avançavam, o seu número diminuía com consequência da ação das armas de fogo, dos sabres, da fome e do esgotamento... Os mais repulsivos instintos animais eram despertados nos soldados por essas desgraçadas criaturas. Torturavam e matavam. Se alguns chegavam a Mesopotâmia, eram abandonados sem defesa, sem víveres, em lugares pantanosos do deserto: o calor, a humidade e as enfermidades acabavam, sem dúvida, com a vida deles. |
— René Pineau
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“ | Por que não nos matam logo? De dia não temos água e nossos filhos choram de sede; e pela noite os maometanos vêm a nossos leitos e roubam roupas nossas, violam nossas filhas e mulheres. Quando já não podemos mais caminhar, os soldados nos espancam. Para não serem violentadas, as mulheres se lançam à água, muitas abraçando a crianças de peito. | ” |
Jacques de Morgan assim se refere às deportações, aos massacres e aos sofrimento padecidos pelos arménios:
Não há no mundo um idioma tão rico, tão colorido, que possa descrever os horrores arménios, para expressar os padecimentos físicos e morais de tão inocentes mártires. Os sobreviventes dos terríveis massacres, todos testemunhas da morte seus entes queridos, foram concentrados em determinados lugares e submetidos a torturas indescritíveis e a humilhações que os faziam preferir a morte. |
— Jacques de Morgan
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(...)
Acredita-se que cerca de 1,5 milhão de arménios foram mortos durante o que ficou conhecido como o Genocídio Arménio. De entre eles, vários morreram assassinados por tropas turcas, em campos de concentração, queimados, enforcados e até mesmo atirados amarrados ao Rio Eufrates, mas a maior parte dos arménios morreu por inanição, ou seja, falta de água e alimento.
Postado por Fernando Martins às 01:05 0 bocas
Marcadores: genocídio, Genocídio arménio, Império Otomano, Turquia
Mano Solo nasceu ha 57 anos
Postado por Fernando Martins às 00:57 0 bocas
Marcadores: Chanson française, Des Pays, França, Je suis venu vous voir, Mano Solo, música
O Telescópio Espacial Hubble foi colocado no espaço há trinta anos!
Postado por Fernando Martins às 00:30 0 bocas
Marcadores: astronomia, HST, NASA, Telescópio Espacial Hubble, telescópio Hubble