quinta-feira, janeiro 05, 2017

O Luiz Pacheco morreu há 9 anos

(imagem daqui)

Luiz José Gomes Machado Guerreiro Pacheco (Lisboa7 de maio de 1925 - Montijo5 de janeiro de 2008) foi um escritor, editor, polemista, epistológrafo e crítico de literatura português.
Nasceu em 1925, na freguesia de São Sebastião da Pedreira, numa velha casa da Rua da Estefânia, filho único, no seio de uma família da classe média, de origem alentejana, com alguns antepassados militares. O pai era funcionário público e músico amador. Na juventude, Luiz Pacheco teve alguns envolvimentos amorosos com raparigas menores como ele, que haveriam de o levar por duas vezes à prisão.
Desde cedo teve a biblioteca do seu pai à sua inteira disposição e depressa manifestou enorme talento para a escrita. Estudou no Liceu Camões e chegou a frequentar o primeiro ano do curso de FilologiaRomânica da Faculdade de Letras de Lisboa, onde foi óptimo aluno, mas optou por abandonar os estudos. A partir de 1946 trabalhou como agente fiscal da Inspecção Geral dos Espectáculos, acabando um dia por se demitir dessas funções, por se ter fartado do emprego. Desde então teve uma vida atribulada, sem meio de subsistência regular e seguro para sustentar a família crescente (oito filhos, de três mães adolescentes), chegando por vezes a viver na maior das misérias, à custa de esmolas e donativos, hospedando-se em quartos alugados e albergues, indo à Sopa dos Pobres. Esse período difícil da vida inspirou-lhe o conto Comunidade, considerado por muitos a sua obra-prima. Nos anos 1960 e 70, por vezes viveu fora de Lisboa, nas Caldas da Rainha e em Setúbal.
Começa a publicar a partir de 1945 diversos artigos em vários jornais e revistas, como O GloboBlocoAfinidadesO VolanteDiário IlustradoDiário Popular e Seara Nova. Em 1950, funda a editora Contraponto, onde publica escritores como Raul LealVergílio FerreiraJosé Cardoso PiresMário CesarinyAntónio Maria LisboaNatália CorreiaHerberto Hélder, etc., tendo sido amigo de muitos deles. Dedicou-se à crítica literária e cultural, tornando-se famoso (e temido) pelas suas críticas sarcásticas, irreverentes e polémicas. Denunciou a desonestidade intelectual e a censura imposta pelo regime salazarista. Denunciou, de igual modo, plágios, entre os quais o cometido por Fernando Namora, em Domingo à Tarde, sobre o romance Aparição de Vergílio Ferreira - "O caso do sonâmbulo chupista" (Contraponto).
A sua obra literária, constituída por pequenas narrativas e relatos (nunca se dedicou ao romance ou ao conto) tem um forte pendor autobiográfico e libertino, inserindo-se naquilo a que ele próprio chamou de corrente "neo-abjeccionista". Em O Libertino Passeia por Braga, a Idolátrica, o Seu Esplendor (escrito em 1961), texto emblemático dessa corrente e que muito escândalo causou na época da sua publicação (1970), narra um dia passado numa Braga fantasmática e lúbrica, e a sua libertinagem mais imaginária do que carnal, que termina de modo frustrantemente solitário.
Alto, magro e escanzelado, calvo, usando óculos com lentes muito grossas devido a uma forte miopia, vestindo roupas usadas (por vezes andrajosas e abaixo do seu tamanho), hipersensível ao álcool (gostava de vinho tinto e de cerveja), hipocondríaco sempre à beira da morte (devido à asma e a um coração fraco), impenitentemente cínico e honesto, paradoxal e desconcertante, é sem dúvida, como pícaro personagem literário, um digno herdeiro de Luís de CamõesBocageGomes Leal ou Fernando Pessoa.
Debilitado fisicamente e quase cego devido às cataratas, mas ainda a dar entrevistas aos jornais, nos últimos anos passou por três lares de idosos, tendo mudado em 2006 para casa do seu filho João Miguel Pacheco, no Montijo e daí para um lar, na mesma cidade.
Um ano após a morte de Mário Cesariny, a 26 de novembro de 2007, em jeito de homenagem ao poeta, Comunidade foi editada em serigrafia/texto com pinturas de Artur do Cruzeiro Seixas pela Galeria Perve. Nessa efeméride, Luiz Pacheco foi entrevistado pela RTP, no seu quarto e último lar de idosos.
Morreria algumas semanas depois, a 5 de janeiro de 2008, de doença súbita, a caminho do Hospital do Montijo, onde declararam o óbito às 22.17 horas.

hoje há pachecos, amanhã não sabemos…

hoje há pachecos, amanhã não sabemos…
com vinte escudinhos
nem um copo de vinho

suspeito que os malmequeres um dia vão mudar de cor
por qué no te callas?,
lá para sexta deve vir o burrinho
há dias que nem o presépio nem os santinhos
por qué no te callas?,

há coisas fantásticas!
um avião por exemplo
uma espécie de presépio
melhorado por dentro
por qué no te callas?,
gosto mais do que tem palhinhas

hoje há pachecos, amanhã não sabemos
vai um café?

é melhor esquecer
sabe-se lá…
por qué no te callas?,
olha,
a televisão hipnotiza crianças
restinhos de família
a Júlia florista
só não hipnotiza o Pacheco
sabe-se lá porquê…

vai um joguinho?
por qué no te callas?,

a ginja não é proibida.
ginjinha pás veias!

as barragens fazem toda a diferença!
por qué no te callas?,

conheces o sócrates?
eh pá, não me lembro…


maria azenha - (na morte de Luiz Pacheco, a 5 de janeiro de 2008)

Umberto Eco nasceu há 85 anos

Umberto Eco (Alexandria, 5 de janeiro de 1932 - Milão, 19 de fevereiro de 2016) foi um escritor, filósofo, semiólogo, linguista e bibliófilo italiano de fama internacional. Foi titular da cadeira de Semiótica e diretor da Escola Superior de Ciências Humanas na Universidade de Bolonha. Ensinou temporariamente em Yale, na Universidade Columbia, em Harvard, Collège de France e Universidade de Toronto. Colaborador em diversos periódicos académicos, dentre eles colunista da revista semanal italiana L'Espresso, na qual escreveu sobre uma infinidade de temas. Eco foi, ainda, notório escritor de romances, entre os quais O nome da rosa e O pêndulo de Foucault.

quarta-feira, janeiro 04, 2017

Peter Steele, o vocalista dos Type O Negative, nasceu há 55 anos

Peter Steele, nome artístico de Petrus T. Ratajczyk, (Brooklyn, 4 de janeiro de 1962 - Nova Iorque, 14 de abril de 2010) foi o vocalista, baixista e principal compositor da banda de Doom Metal Type O Negative. Antes de fazer parte deste grupo, tocou nas bandas Fallout e Carnivore.
Como líder dos Type O Negative, Steele era conhecido por seu visual vampírico, o vocal baixo-barítono e um senso de humor autodepreciativo. A sua altura, cerca de 2,03 m, juntamente com o seu aspecto e voz profunda, davam-lhe uma presença forte em palco. As letras que escreveu para as canções da banda frequentemente apresentam caráter pessoal, tratando de temas como o amor, o sexo, a morte, a complexidade existencial, o suicídio e a política.


terça-feira, janeiro 03, 2017

A Batalha de Princeton foi há 240 anos

George Washington reunindo as suas tropas antes da batalha de Princeton

A Batalha de Princeton (3 de janeiro de 1777) foi uma batalha em que as forças do exército revolucionário americano comandados pelo General George Washington derrotaram as tropas inglesas perto de Princeton, Nova Jérsei.

Na noite de 2 de janeiro de 1777, George Washington, Comandante-em-Chefe do Exército Continental, repeliu um ataque britânico durante a batalha de Assunpink Creek em Trenton. Naquela noite, ele recuou, rodeou o exército do General Lord Cornwallis e foi atacar a guarnição inglesa em Princeton. O General-de-Brigada Hugh Mercer, do Exército Continental, encontrou-se com dois regimentos comandados pelo Tenente-Coronel Charles Mawhood do Exército Britânico. Mercer e suas tropas foram superadas facilmente e Washington mandou a milícia, sob comando do General John Cadwalader, para ajudá-lo. A milícia, ao ver os homens de Mercer batendo em retirada, também fugiram. Washington buscou reforços e reagrupou os milicianos. Ele então liderou o ataque contra as tropas de Mawhood, fazendo-os recuar. Mawhood deu a ordem de retirada e a maioria de seus soldados tentaram se reunir com Cornwallis em Trenton.
Em Princeton, o General John Sullivan forçou algumas tropas britânicas que estavam refugiadas em Nassau Hall a se render, encerrando a batalha. Depois do confronto, Washington levou o seu exército até Morristown e com a terceira derrota em 10 dias, os britânicos evacuaram o sul de Nova Jérsei. Com a vitória em Princeton, o moral dos americanos subiu e mais homens começaram a se alistar para lutar. Esta batalha foi a última da campanha de inverno de Washington em Nova Jérsei.
O local da batalha é chamado Princeton Battlefield State Park.

Tolkien nasceu há 125 anos!

Sir John Ronald Reuel Tolkien, conhecido internacionalmente por J. R. R. Tolkien (Bloemfontein, Estado Livre de Orange, atual África do Sul, 3 de janeiro de 1892 - Bournemouth, Inglaterra, Reino Unido, 2 de setembro de 1973), foi um premiado escritor, professor universitário e filólogo britânico, nascido na África, que recebeu o título de doutor em Letras e Filologia pelas Universidade de Liège e Dublin, em 1954, e autor das obras como O Hobbit, O Senhor dos Anéis e O Silmarillion.
Em 28 de março de 1972, Tolkien foi nomeado Comandante da Ordem do Império Britânico pela Rainha Isabel II.
Tolkien nasceu em Bloemfontein, na República do Estado Livre de Orange, na atual África do Sul, e, aos três anos de idade, com a sua mãe e irmão, passou a viver na Inglaterra, terra natal de seus pais. Desde pequeno fascinado pela linguística, fez a licenciatura na faculdade de Letras em Exeter. Participou ativamente da Primeira Guerra Mundial, e logo depois começou a escrever os primeiros rascunhos do que se tornaria o seu "mundo secundário", complexo e cheio de vida, denominado Arda, palco das suas mundialmente famosas obras como O Hobbit, O Senhor dos Anéis e O Silmarillion, esta última, sua maior paixão, postumamente publicada, que é considerada a sua principal obra, embora não a mais famosa.
Tornou-se filólogo e professor universitário, tendo sido professor de anglo-saxão (e considerado um dos maiores especialistas do assunto) na Universidade de Oxford, de 1925 a 1945, e de inglês e literatura inglesa na mesma universidade, de 1945 a 1959. Mesmo precedido por outros célebres escritores de fantasia e ficção, tais como Júlio Verne, Edgar Rice Burroughs, Robert E. Howard, E. R. Eddison e William Morris, devido à grande popularidade do seu trabalho, Tolkien ficou conhecido como o "pai da moderna literatura fantástica e é amplamente considerado como um dos maiores e sem dúvida o mais bem sucedido autor da literatura fantástica de todos os tempos.
As suas obras foram traduzidas para mais de cinquenta idiomas, vendendo mais de 200 milhões de cópias e influenciando continuadamente gerações e gerações. Em 2008, The Times listou Tolkien como o sexto entre os maiores escritores britânicos desde 1945. Em 2009, a revista Forbes listou as 13 celebridades mortas que mais lucraram no respectivo ano. Tolkien ficou na quinta posição, com ganhos estimados em 50 milhões de dólares.
 
O Um Anel
 

segunda-feira, janeiro 02, 2017

Balakirev nasceu há 180 anos

Mily Alexeyevich Balakirev (Nizhny Novgorod, 2 de janeiro de 1837São Petersburgo, 29 de maio de 1910) foi um compositor russo, mais conhecido atualmente por fazer parte e liderar o Grupo dos Cinco, um grupo nacionalista de músicos russos no qual faziam parte, além de Balakirev, César Cui, Modest Mussorgsky, Aleksandr Borodin e Nikolai Rimsky-Korsakov. Os cinco estão sepultados no Cemitério Tikhvin.


Notícia sobre paleontologia no Público

Português descobre na Gronelândia um dos primeiros animais do Atlântico primitivo

Foram encontrados ossos de um plesiossauro, um animal marinho com cerca de 200 milhões de anos.

Imagem que recria um plesiossauro

O paleontólogo Octávio Mateus, único português em expedições paleontológicas à Gronelândia, anunciou neste sábado a descoberta de fósseis de plesiossauro, um réptil marinho que testemunha a primeira incursão no mar durante abertura do Atlântico há 200 milhões de anos.

O anúncio este mês num congresso científico pelos investigadores Jesper Milan, Octávio Mateus, Lars Clemmensen e Marco Marzola, validou a descoberta do "plesiossauro mais antigo da Gronelândia, com cerca de 200 milhões de anos, e dos primeiros animais marinhos a explorar aquela zona" no início da separação dos continentes europeu e norte-americano, que resultou na abertura do Oceano Atlântico, afirmou à agência Lusa o português.

O professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e investigador do Museu da Lourinhã, que em 2012 e já este ano integrou expedições internacionais à Gronelândia, explicou que os cientistas tinham escavado apenas animais de "ambientes terrestres" do Triásico, com 220 milhões de anos, como anfíbios, dinossauros e fitossauros, répteis semelhantes a crocodilos.

"Em camadas um pouco mais acima, portanto mais recentes, do Jurássico Inferior, encontrámos três ossinhos [vértebras e costelas] que são de um plesiossauro, que é um animal marinho, logo é um dos primeiros vertebrados marinhos ligados à abertura do Atlântico e testemunha uma mudança ligada à abertura do Atlântico", descreveu.

Pela escassez do material fóssil, os cientistas não conseguem identificar o género e a espécie de plesiossauro.

No último Verão, os quatro investigadores escavaram vestígios de fitossauros na Gronelândia de uma espécie ainda por determinar.

Além disso, poderá trazer novas explicações para a paleogeografia. "Se for mais aparentado a uma espécie europeia, quer dizer que do ponto de vista paleogeográfico aquela zona da Gronelândia tinha conexões terrestres com a Europa. Se for mais aparentado a espécies norte-americanas, mostra o contrário", apontou o especialista, esclarecendo que "a maioria da fauna daquela região tem uma afinidade europeia maior, o que é estranho, porque do ponto de vista geológico a Gronelândia pertence ao continente americano".

"Todo aquele território está por explorar. É uma oportunidade para os paleontólogos descobrirem material novo", disse Octávio Mateus.

Sendo um local inóspito e polar, os paleontólogos são transportados de helicóptero para as expedições e têm de levar tendas para pernoitar, mantimentos alimentares e foram ensinados a manusear armas para lidar com possíveis encontros com ursos polares.

Os achados escavados na última expedição científica acabam de chegar ao laboratório do Museu da Lourinhã para serem preparados e estudados e seguirem depois para exposição num museu dinamarquês, o Geocenter Moensklint.

"É uma forma de dar continuidade a um trabalho de relacionamento com instituições de vários países com projetos e materiais que vieram de outras parte do globo, desde Moçambique, Angola e Estados Unidos da América", afirmou Lubélia Gonçalves, presidente da direcção do Grupo de Etnografia e Arqueologia da Lourinhã, associação que gere o museu.

Trata-se da maior colecção estrangeira recebida pelo Museu da Lourinhã.

in Público -  ler notícia

A reconquista na Península Ibérica terminou há 525 anos


Situada na região da Andaluzia, Espanha, a cidade de Granada, fundada em 756 pelos árabes, foi desde o século XIII a capital do reino muçulmano de Granada. A sua rendição, celebrada durante vários dias, foi o culminar de dez anos de guerras, dois anos de importantes investimentos financeiros e põe fim a oito séculos de domínio muçulmano na Península Ibérica.
  
Antecedentes
O casamento de Isabel I de Castela com Fernando II de Aragão - mais tarde denominados Reis Católicos - não antevia o sucesso do casal no governo de Espanha. Com efeito, apesar do contributo para a unificação da actual Espanha, a nobreza não era consensual no que respeita à decisão sobre quem deveria ascender ao trono do país: houvera quem preferisse a infanta Joana, prometida a Afonso V de Portugal (que, por isso, também concorria ao trono). Porém, D. Joana era tida como filha ilegítima de Henrique IV de Castela, fruto de uma polémica relação da esposa do rei com um fidalgo.
Assim, Isabel I, meia-irmã do rei, faz-se proclamar rainha de Castela nas Cortes de Valladolid de 1473. Em 1479, Fernando II torna-se rei de Aragão e consuma-se a união dos dois reinos que, porém, ainda não era suficientemente forte, já que era cercado por Portugal, em plena expansão, a França dos Valois, a pequena Navarra e o reino de Granada.
Após quatro anos de tréguas, a guerra entre Granada e Castela reacende-se em 1481, embora não passe de breve escaramuças, ofensivas e cercos. Sabe-se que em 1487 se travaram perto de Málaga duros combates, na consequência dos quais cairia a cidade nas mãos dos cristãos. Depois, ao fim de seis meses de cerco, cede Barza.
Aproveitando alguns conflitos internos no reino de Granada, que entretanto se desagregara, reúnem os reis cerca de 60 mil homens na planície de Granada, destinados a acabar com o conflito.
 
Entrega das chaves da cidade
As negociações com o último rei mouro de Granada, Boabdil, começam em outubro de 1491. Na véspera de 1 de janeiro de 1492 Boabdil enviou cerca de quatrocentos mouros como reféns, carregados de presentes para os reis, enquanto um grupo de oficiais tomava a colina do Alhambra, a fim de ocupar pontos estratégicos. Na manhã do dia 2, segue Fernando de Aragão e a sua Corte, seguidos por Isabel, com o príncipe João e as suas irmãs e, atrás, as tropas, ao encontro do rei mouro. Boabdil entrega as chaves da cidade diante de 100.000 observadores, muçulmanos, judeus, cristãos, castelhanos e estrangeiros e é içada, pela primeira, a bandeira dos reis de Espanha na mais alta torre do Alhambra.
Não houve pilhagem nem saque; a vitória era celebrada por vários dias de festejos e por isto o Papa Alexandre VI outorgava-lhes o título de «Reis Católicos».
Boabdil estava obrigado a aceitar as condições dos vencedores, como a liberdade de culto, a segurança das pessoas, e a liberdade de emigrar levando ou vendendo os bens. Esta opção rapidamente se mostrou inevitável, provavelmente devido às situações constrangedoras em que se veriam os muçulmanos no seguimento da derrota. As pressões acumulam-se - a Inquisição representava uma forte ameaça ao islamismo e os impostos eram insuportáveis - e grande parte dos vencidos decide retirar-se no outono de 1492, à semelhança de Boabdil.
 

domingo, janeiro 01, 2017

Lhasa de Sela morreu há sete anos...

Lhasa de Sela (Big Indian, New York, 27 de setembro de 1972 - Montreal, 1 de janeiro de 2010) foi uma cantora dos Estados Unidos da América, radicada no Canadá.
A sua ascendência era, de um lado, mexicana, e de outro, americano-judeu-libanesa. Filha de um professor não convencional, que percorria os EUA e o México, difundindo o conhecimento, e de uma fotógrafa. Assim passou sua infância, de maneira nómada, juntamente com os seus pais e as suas três irmãs.
A sua obra musical mescla sons de tradição mexicana, klezmer e rock e é cantada em três idiomas: castelhano, francês e inglês.
Faleceu a 1 de janeiro de 2010, em Montreal, Canadá, vítima de cancro da mama.
 
 

Del Reeves morreu há dez anos...

Franklinn Delano "Del" Reeves (Sparta, Carolina do Norte, 14 de julho de 1932 - 1 de janeiro de 2007) foi um cantor de música country norte-americano, mais conhecido pelas suas canções da década de 60


sábado, dezembro 31, 2016

Robert Boyle morreu há 325 anos

Robert Boyle (Lismore, 25 de janeiro de 1627 - Londres, 31 de dezembro de 1691) foi um filósofo natural, químico e físico irlandês que se destacou pelos seus trabalhos no âmbito da física e da química.

Foi um cientista importante e influente na sua época, uma das suas mais importantes descobertas foi a chamada Lei de Boyle-Mariotte, que diz que o volume de um gás varia de acordo com a pressão, de forma inversamente proporcional, e as propriedades do ar e do vácuo. Também acreditava que o calor era um movimento mecânico que estava relacionado com a agitação de moléculas. Boyle teve influencia na Física, em especial no campo da mecânica quântica. Ele acreditava que o comportamento das substâncias poderia ser explicado pelo movimento dos átomos através de uma espécie de mecânica. Na área das ciências médicas, Boyle sempre esteve interessado no sangue, realizou investigações com a ajuda de outros pesquisadores de Oxford, onde estava interessado na natureza do sangue e os efeitos de determinadas substâncias no sangue. Em 1684 lançou o livro Memoirs for the Natural History of Humane Blood, onde incluiu dados de suas investigações como cores, gostos, odores e inflamabilidade do sangue e as diferenças entre o sangue humano e animal. Faleceu devido a um acidente vascular cerebral em 1691, aos 64 anos.

sexta-feira, dezembro 30, 2016

Saddam Hussein foi (barbaramente) executado há dez anos...

Saddam Hussein Abd al-Majid al-Tikriti (Tikrit, 28 de abril de 1937 - Bagdad, 30 de dezembro de 2006) foi um político e estadista iraquiano; foi o quinto presidente do Iraque, de 16 de julho de 1979 a 9 de abril de 2003 e também acumulou o cargo de primeiro-ministro nos períodos de 1979–1991 e 1994–2003. Hussein foi uma dos principais lideres ditatoriais no mundo árabe e um dos principais membros do Partido Socialista Árabe Ba'ath, e mais tarde, do Partido Ba'ath com sede em Bagdad e de uma organização regional Partido Ba'ath iraquiano, a qual criou uma mistura de nacionalismo árabe e do socialismo árabe; Saddam teve um papel chave no golpe de 1968 que levou o partido a um domínio a longo prazo no Iraque.
Como vice-presidente do enfermo General Ahmed Hassan al-Bakr e numa época em que muitos grupos eram considerados capazes de derrubar o governo, Saddam criou forças de segurança através do qual controlou rigidamente o conflito entre o governo e as forças armadas. No início dos anos 70, Saddam nacionalizou o petróleo e outras indústrias. Os bancos estatais foram postos sob o seu controle, deixando o sistema eventualmente insolvente, principalmente devido à Guerra Irão-Iraque, à Guerra do Golfo e às sanções da ONU. Até ao fim da década de 70 Saddam cimentou a sua autoridade sobre o aparelho de estado com os lucros obtidos do petróleo, que ajudou a economia do Iraque a crescer a um ritmo rápido. As posições de poder no país foram preenchidas pelos sunitas, uma minoria com apenas um quinto da população.
Saddam suprimiu vários ameaças, especialmente de movimentos xiitas e curdos que pretendiam derrubar o governo ou ganhar a independência, respectivamente. Saddam manteve o poder durante a Guerra Irão-Iraque de 1980 a 1988. Em 1990, ele invadiu e saqueou o Kuwait. Uma coligação internacional interveio, para libertar o Kuwait na Guerra do Golfo de 1991, mas não pôs fim a ditadura de Saddam. Enquanto alguns o veneravam pela sua postura agressiva contra Israel, incluindo o ataque com mísseis em alvos israelitas, foi amplamente condenado pela brutalidade de sua ditadura.
Em março de 2003, uma coligação de países liderada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido invadiu o Iraque para depor Saddam, depois do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush  ter acusado o líder iraquiano de possuir armas de destruição em massa e de ter ligações com a Al-Qaeda. O Partido Baath de Saddam foi dissolvido e a nação fez uma aparente transição para um sistema democrático. Após a sua captura, em 13 de dezembro de 2003, na Operação Red Dawn, o julgamento de Saddam ocorreu sob o mandato do novo governo interino iraquiano. Em 5 de novembro de 2006, ele foi condenado, por acusações relacionadas ao assassinato de 148 xiitas iraquianos em 1982, à morte por enforcamento. A execução de Saddam Hussein foi efetuada a 30 de dezembro de 2006.



Em 30 de dezembro de 2006, foi levado do cárcere para ser executado. O governo iraquiano lançou um vídeo oficial da sua execução, mostrando-o a ser levado para a forca, e terminando depois que a sua cabeça já estava no laço do carrasco. Saddam foi executado na presença de um clérigo, um médico e um juiz, além de um grande número de testemunhas, todos de origem iraquiana.
Num vídeo filmado com um telemóvel, no momento da execução, ouve-se o ex-líder iraquiano enfrentando dialeticamente os seus carrascos. Saddam Hussein recusou que cobrissem a sua cabeça com um capuz antes do enforcamento e disse a frase da profissão de lei islâmica: "Não há outro Deus senão Alá e Maomé é seu profeta".
Várias controvérsias internacionais públicas surgiram quando uma gravação não autorizada de telemóvel do enforcamento mostrou-o caindo pelo alçapão do patíbulo. A alegada atmosfera pouco profissional e indigna da execução provocou críticas em todo o mundo, tanto de nações que se opõem como as que apoiam a pena capital. Em 31 de dezembro de 2006, o corpo de Saddam Hussein foi devolvido ao seu local de nascimento de Al-Awja, perto de Tikrit, e foi sepultado perto do túmulo dos outros membros da família. O corpo de Saddam nunca foi mostrado.

Patti Smith - 70 anos!

Patricia Lee Smith (Chicago, 30 de dezembro de 1946) mais conhecida pelo nome artístico Patti Smith, é uma poetisa, cantora e música norte-americana. Ela tornou-se proeminente durante o movimento punk com o seu álbum de estreia, Horses, em 1975. Conhecida como a "poetisa do punk", trouxe um lado feminista e intelectual à música punk e tornou-se uma das mulheres mais influentes do rock and roll.


Paiva Couceiro nasceu há 155 anos

Henrique Mitchell de Paiva Cabral Couceiro (Lisboa, 30 de dezembro de 1861 - Lisboa, 11 de fevereiro de 1944) foi um militar, administrador colonial e político português que se notabilizou nas campanhas de ocupação colonial em Angola e Moçambique e como inspirador das chamadas incursões monárquicas contra a primeira república Portuguesa, em 1911, 1912 e 1919. Presidiu ao governo da chamada Monarquia do Norte, de 19 de janeiro a 13 de fevereiro de 1919, na qual colaboraram activamente os mais notáveis integralistas lusitanos. A sua dedicação à causa monárquica e a sua proximidade aos princípios do Integralismo Lusitano, conduziram-no por diversas vezes ao exílio, antes e depois da instituição do regime do Estado Novo em Portugal.

O Príncipe D. Luís Filipe em visita a Angola com o Governador Paiva Couceiro (Luanda 1907)

Rasputin morreu há 100 anos...!

Grigoriy Yefimovich Rasputin (Pokrovskoie, Oblast de Tiumen, Guberniya de Tobolsk, 22 de janeiro de 1869 - Petrogrado, atual São Petersburgo, 30 de dezembro de 1916) foi um místico russo, figura politicamente influente no final do período czarista.
  
Influência na corte russa
Por volta de 1905, a sua já conhecida reputação de místico introduziu-o no círculo restrito da Corte imperial russa, onde, segundo se dizia, Rasputin teria salvado a vida de Alexei Romanov, o filho do czar, que era hemofílico.
Perante este acontecimento, a czarina Alexandra Feodorovna dedicar-lhe-á uma atenção cega e uma confiança desmedida, denominando-o mesmo de "mensageiro de Deus". Com esta proteção, Rasputin passa a influenciar a Corte e principalmente a família imperial russa, colocando homens como ele no topo da hierarquia da poderosa Igreja Ortodoxa Russa.
Todavia, o seu comportamento considerado dissoluto, licencioso e devasso (com supostas orgias e envolvimento com mulheres da alta sociedade) justificará denúncias feitas por políticos, de entre os quais se destacam Piotr Stolypin e Vladimir Kokovtsov. O czar Nicolau II afasta-se então de Rasputin, mas a czarina Alexandra mantém a sua confiança absoluta no decadente monge.

Assassinato
A Primeira Guerra Mundial trouxe novos contornos à atuação de Rasputin, já odiado pelo povo e pelos nobres, que o acusaram de espionagem ao serviço da Alemanha. Escapa às várias tentativas de aniquilamento, mas acaba por ser vítima de uma trama de parlamentares e aristocratas da grande estirpe russa, entre os quais Yussupov.
Rasputin também foi conhecido pela sua suposta e curiosa morte: primeiro ele foi envenenado num jantar, porém a sua úlcera crónica fê-lo expelir todo o veneno. A história real conta que, em 1916, o monge russo Rasputin sofreu uma segunda tentativa de envenenamento por cianeto. Durante um banquete, o príncipe Yussupov e seus amigos ofereceram a Rasputin um pudim contendo cianeto de potássio em quantidade suficiente para matar várias pessoas. Embora Rasputin tenha comido grande quantidade desse pudim, não morreu. Por esse motivo, e pelo facto de lhe serem atribuídos poderes satânicos criou-se uma lenda de sobrenaturalidade envolvendo o facto. A lenda só foi desfeita em 1930, quando foi descoberto que alguns açúcares, como a glicose e a sacarose, se combinados com o cianeto, formam uma substância praticamente sem toxicidade, denominada cianidrina. Posteriormente, Rasputin teria sido fuzilado, sendo atingido por um total de onze tiros, tendo no entanto sobrevivido; foi castrado e continuou vivo, somente quando foi agredido e atirado inconsciente ao rio Neva é que ele morreu, não pelos ferimentos, mas por hipotermia. Existe um relato de que, após o seu corpo ter sido recuperado, foi encontrada água nos pulmões, dando apoio à ideia de que ele ainda estava vivo quando atirado ao rio, parcialmente congelado.


Ellie Goulding faz hoje 30 anos!

Elena Jane Goulding (Hereford, 30 de dezembro de 1986), mais conhecida pelo seu nome artístico Ellie Goulding é uma cantora e compositora inglesa. Ellie chegou à fama depois de alcançar o topo do "BBC Sound of 2010" e ganhar o Critics Choice Award no BRIT Awards 2010. No final de 2009, assinou com a 'Polydor Records', depois disso, lançou o seu primeiro EP intitulado An Introduction to Ellie Goulding. Em 2010 lançou seu primeiro álbum, Lights. O álbum foi relançado em 2010, sob o título Bright Lights. Em 2012 lançou um novo álbum de estúdio, Halcyon.


quinta-feira, dezembro 29, 2016

Marianne Faithfull faz hoje 70 anos!

Marianne Evelyn Faithfull (29 de dezembro de 1946) é uma cantora e atriz britânica.
Começou a sua carreira em 1964 com "As Tears Go By", canção composta por ela, Mick Jagger e Keith Richards. Ela então lançou uma série de compactos bem-sucedidos, incluindo "This Little Bird", "Summer Nights" e "Sister Morphine". Em 1967 foi convidada pelos Beatles para participar no coro da música All You Need Is Love, na primeira transmissão mundial de televisão via satélite, juntamente com outros artistas como Mick Jagger, Keith Moon, Eric Clapton e Graham Nash. Em 1969, ela interpretou Ofélia na adaptação cinematográfica de Hamlet de Nicol Williamson.
Depois de se separar de Jagger, Faithfull deixou de gravar durante algum tempo e tornou-se viciada em drogas. Ela mudou-se para Dublin nos anos 70, obtendo algum sucesso com o álbum Dreaming my Dreams, disco de que ela não gosta muito hoje em dia. Faithfull retornaria com força total em 1979 com Broken English, álbum aclamado pela crítica mas que não vendeu muito nos grandes mercados musicais. O mesmo aconteceu com Strange Weather (1987), considerado um de seus melhores trabalhos.
A sua carreira teve novo impulso nos anos 90, com a gravação de Blazing Away e com uma participação em 1997 no álbum Reload, do Metallica, na canção The Memory Remains (e também no videoclipe da música). Faithfull continua com a sua carreira de atriz e cantora, fazendo aparições ocasionais em séries de televisão e filmes e lançando novos álbuns.


Pablo Casals nasceu há 140 anos

Pau Carles Salvador Casals i Defilló (El Vendrell, 29 de dezembro de 1876 - San Juan de Porto Rico, 22 de outubro de 1973) foi um virtuoso violoncelista e maestro catalão. É mais conhecido pela versão castelhanizada de seu nome, Pablo Casals.
  
Infância
Pau Carles Salvador Casals i Defilló nasceu na cidade de El Vendrell, na província de Tarragona, Catalunha, Espanha. O seu pai, Carles Casals i Ribes (1852–1908), era organista e maestro do coral da paróquia, instruindo o filho em instrumentos como o piano, violino e órgão. A sua mãe, Pilar Defilló, nasceu em Mayagüez, Porto Rico, de pais catalães.
Casals demonstrou talento desde pequeno, obtendo fama internacional ainda jovem. Centralizando as suas atividades de músico em Paris, percorreu a Europa e os Estados Unidos da América promovendo concertos e recitais.
 
Formação Ao mesmo tempo, formou uma orquestra em Barcelona, atuando também como maestro. Contudo, ela desenvolveu-ser na turbulência da revolta e guerra civil conduzida pelo general Francisco Franco. Por ser um ardente patriota catalão e republicano, recusou-se a viver sob a ditadura e exilou-se na França. Contudo, o amor pela pátria levou-o a morar em Prades, uma pequena cidade no sul da França, no sopé dos Pirenéus, não muito longe da sua terra natal.
Logo depois eclodiu a Segunda Guerra Mundial e Casals continuou na sua resoluta oposição contra o governo de Franco, combatendo também os fascistas alemães e italianos que o apoiavam. Os nazis ameaçaram-no, tentando suborná-lo, mas ele manteve-se firme nas suas convicções e ajudou os refugiados da Espanha fascista.
Quando a guerra terminou e a paz voltou a reinar na França, muitos músicos foram a Prades estudar com Casals.
Em junho de 1950, ele organizou um festival de música para incentivar os jovens artistas. Foi o início do Festival de Prades, que mais tarde tornou-se conhecido em todo o mundo.
Casals foi convidado a dar um concerto, no dia 24 de outubro de 1958, para festejar o dia das Nações Unidas, na sua sede em Nova York. Nessa oportunidade Casals propôs a união da humanidade em busca da paz, através do Hino da Alegria de Beethoven.
Ironicamente, Pau Casals tornou-se conhecido internacionalmente pelo seu nome em castelhano, Pablo, com a curiosidade de ser um grande incentivador da luta contra a ditadura de Francisco Franco e o domínio nazi. Por fim, o nome imposto pelo regime franquista ficou gravado e é por ele que é mais conhecido.
 
Morte Casals morreu em San Juan de Porto Rico aos 96 anos de idade e foi sepultado no Cemitério Nacional de Porto Rico. Ele não viveu para ver o fim do regime franquista, mas foi postumamente homenageado pelo estado espanhol, já sob a chefia do rei Juan Carlos I, que em 1976 emitiu selos comemorativos do centenário de seu nascimento. Em 1979 os seus restos mortais foram transferidos para a sua cidade natal. Em 1989, Casals foi galardoado com o Grammy Lifetime Achievement Award.

Cássia Eller morreu há 15 anos...

Cássia Rejane Eller (Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 1962 - Rio de Janeiro, 29 de dezembro de 2001) foi uma cantora e violonista do rock brasileiro dos anos 1990.
Foi eleita a 18ª maior voz e 40ª maior artista da música brasileira pela revista Rolling Stone Brasil.
  
(...)
  
Cássia Eller faleceu a 29 de dezembro de 2001, com apenas 39 anos, no auge da sua carreira, por causa de um enfarte do miocárdio repentino. Foi levantada a hipótese de overdose de drogas, já que era consumidora de cocaína desde a adolescente. A suspeita foi considerada inicialmente como causa da morte, porém foi descartada pelo Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro após a autópsia.