quarta-feira, fevereiro 03, 2016

Há 57 anos este foi o dia em que a música morreu...

Monumento erguido no local do acidente
Em 3 de fevereiro de 1959, um pequeno avião caiu próximo de Clear Lake, Iowa, matando três músicos dos Estados Unidos de rock and roll: Buddy Holly, Ritchie Valens e J. P. "The Big Bopper" Richardson, assim como o piloto Roger Peterson. Este dia seria definido, posteriormente, por Don McLean, na sua canção "American Pie", como "o dia em que a música morreu" – The Day the Music Died.
  
Antecedentes
Os músicos estavam juntos na turnê "The Winter Dance Party", projetada para cobrir vinte e quatro cidades do centro-oeste dos Estados Unidos em apenas três semanas, de 23 de janeiro a 15 de fevereiro de 1959. Um dos problemas logísticos era o tempo gasto durante as viagens, pois a distância entre os locais dos concertos não foi considerado quando cada um deles foi agendado. Outro era o autocarro usado para transportar os músicos, não preparado para enfrentar o inverno. O seu sistema de aquecimento avariou pouco depois do início da turnê, e como consequência, o baterista de Holly, Carl Bunch, desenvolveu um caso grave de congelamento nos pés, tendo de ser internado num hospital. Enquanto ele se recuperava, Buddy Holly e Ritchie Valens revezavam-se na bateria.
O The Surf Ballroom em Clear Lake, Iowa, não estava agendado para ser a próxima parada da turnê, mas seus organizadores, esperando incluir mais datas, entraram em contato com Carroll Anderson, gerente do local, que aceitou a proposta. O show foi marcado para uma segunda-feira, 2 de fevereiro.
Ao chegar no local, Buddy Holly, frustrado com o autocarro de viagem, disse a seus colegas de banda que, terminado o show, ele tentaria fretar um avião para alcançar a próxima paragem da turnê, a cidade de Moorhead, em Minnesota. Holly também estaria incomodado por não ter mais camisolas, meias e cuecas limpas. Ele precisaria lavar as suas roupas antes do próximo concerto, mas a lavandaria local estava fechada naquele dia.
Ele conseguiu então combinar um vôo com Roger Peterson, um piloto de 21 anos que trabalhava para a Dwyer Flying Service na cidade vizinha de Mason City. Uma taxa de 36 dólares por passageiro foi acertada para que Peterson levasse Holly e mais dois acompanhantes até Fargo no seu Beechcraft Bonanza, modelo B35, fabricado em 1947.
Uma das vagas foi oferecida a Dion DiMucci, vocalista do grupo Dion and the Belmonts, mas ele decidiu que não gastaria os 36 dólares da passagem pois aquele era o mesmo valor que seus pais pagavam pelo aluguer de um apartamento, e sendo assim ele sentiu que não poderia justificar a extravagância de gastar aquele valor. Os dois assentos ficariam então com Waylon Jennings e Tommy Allsup, músicos que acompanhavam Holly na sua recém-iniciada carreira a solo.
J.P. Richardson, que contraíra gripe durante a turnê, pediu a Jennings que lhe cedesse o seu lugar no avião. Jennings concordou, e quando Holly ficou sabendo do acordo, brincou: "Bom, espero que esse seu autocarro velho congele". Jennings, também em tom de brincadeira, respondeu: "E eu espero que o seu avião velho caia". Este diálogo perseguiria Jennings pelo resto de sua vida.
Ritchie Valens, que nunca viajara de avião antes, pediu pelo lugar de Tommy Allsup, que respondeu que isso seria decidido num jogo de cara ou coroa. Bob Hale, radialista da KRIB-AM, estava trabalhando no concerto como DJ naquela noite, e jogou a moeda pouco antes dos músicos partirem para o aeroporto. Valens venceu, ganhando o assento no avião.

Acidente
O avião descolou por volta de 00.55 (hora local). Pouco depois de 01.00 da manhã, Hubert Dwyer, piloto comercial e dono da aeronave, observando de uma plataforma do lado de fora da torre de controle, viu a luz de cauda do avião descer gradualmente até desaparecer de vista.
Peterson havia dito a Dwyer que passaria o seu plano de vôo à torre de controle por rádio depois da descolagem. Como ele não se comunicou com os controladores, Dwyer pediu que eles tentassem entrar em contato com a aeronave, mas não obtiveram resposta.
Às 03.30 da manhã, quando o Aeroporto Hector em Fargo, Dakota do Norte, informou não ter recebido qualquer sinal do Bonanza, Dwyer contactou as autoridades e declarou a aeronave como desaparecida.
Por volta das 09.15 da manhã, Dwyer descolou de outro avião de pequeno porte para seguir a rota planeada por Peterson. Pouco tempo depois, ele visualizou os destroços do Bonanza numa plantação de milho pertencente a Albert Juhl, situada oito quilómetros a noroeste do aeroporto.
A aeronave estava num ângulo levemente descendente e inclinada para a direita quando atingiu o solo a 270 quilómetros por hora. Ela capotou e derrapou por mais 170 metros na terra congelada, antes de que a massa retorcida do avião batesse contra uma cerca de arame farpado, nas cercanias da propriedade de Juhl. Os corpos de Holly e Valens caíram próximo do avião, Richardson foi arremessado através duma cerca e ficou dentro da plantação de milho do vizinho de Juhl, Oscar Moffett, enquanto Peterson ficou preso na cabine. Carroll Anderson, o gerente do Surf Ballroom que levara os músicos ao aeroporto da cidade vizinha e presenciara a descolagem do avião, foi o primeiro a identificar as vítimas.
Autópsias posteriores indicaram que todos os quatro morreram instantaneamente com o impacto. O relatório do médico legista detalhou os ferimentos múltiplos sofridos por Holly, demonstrando como morreu na queda:
Cquote1.svg O corpo de Charles H. Holley estava vestido numa jaqueta amarela, de material semelhante a couro, com as costuras na parte das costas rasgadas em quase toda sua extensão. O crânio partiu no meio da testa, com o dano a estender-se ao cérebro. Aproximadamente metade do tecido cerebral estava ausente. Havia sangue em ambos os ouvidos, e a face mostrava diversos cortes. A consistência do tórax estava mole devido a extensivo esmagamento da estrutura óssea. Ambas as pernas apresentavam fraturas múltiplas. Cquote2.svg
Investigações concluíram que o acidente foi provocado por uma combinação de mau tempo e erro humano. Peterson, operando em voo por instrumentos, ainda estava sendo testado nesta especialidade, não sendo habilitado para pilotar em condições climáticas não visuais, que requeriam que operação da aeronave fosse feita apenas por orientação dos instrumentos. O inquérito final da Civil Aeronautics Board observou que Peterson havia sido treinado em aeronaves equipadas com horizonte artificial, não tendo portanto experiência com o pouco comum giroscópio indicador de altitude Sperry F3 utilizado no Bonanza. Para piorar a situação, os dois instrumentos indicavam o eixo de uma aeronave de maneira exatamente oposta ao habitual; isso levou os investigadores a concluírem que Peterson pode ter pensado que estava subindo quando estava, de facto, descendo. Eles também descobriram que o piloto não recebeu os alertas adequados sobre as condições climáticas, o que, dado seus conhecimentos limitados, poderia tê-lo feito adiar o voo.

terça-feira, fevereiro 02, 2016

Sid Vicious morreu há 37 anos

Sid Vicious (nome artístico de John Simon Ritchie-Beverly, Londres, 10 de maio de 1957 - Nova Iorque, 2 de fevereiro de 1979) foi um músico inglês, conhecido por tratar-se de um ícone da cultura punk e tocar baixo na banda Sex Pistols.


Shakira - 39 anos

Shakira Isabel Mebarak Ripoll (Barranquilla, 2 de fevereiro de 1977), mais conhecida simplesmente como Shakira, é uma cantora, compositora e instrumentista colombiana, além de atuar regularmente como dançarina, coreógrafa, arranjadora, produtora, designer de moda, empresária, atriz, apresentadora de televisão e modelo. Shakira é também filantropa e Embaixadora da Boa Vontade da UNICEF colombiana.


segunda-feira, fevereiro 01, 2016

Música adquada à (triste) data




Portugal foi-nos roubado - João Ferreira-Rosa

Portugal foi-nos roubado
Há que dizê-lo a cantar
Para isso nos serve o Fado
Para isso e para não chorar

5 de outubro que treta
O que foi isso afinal
Dona Lisboa de Opereta
Muito chique por sinal

Sou português e por tal
Nunca fui republicano
O que eu quero é Portugal
Para desfazer o engano

Os heróis dos republicanos
Banqueiros, tropa, doutores
No estado em que ainda estamos
Só lhe devemos favores

Outubro, maio e abril
Cinco, dois oito, dois cinco
Reina a canalha mais vil
Neste pano verde e tinto

Sou português e por tal
Nunca fui republicano
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O que eu quero é Portugal
Para desfazer o engano.

O Regicídio foi há 108 anos...

(imagem daqui)

Regicídio de 1 de fevereiro de 1908, ocorrido na Praça do Comércio (na época mais conhecida por Terreiro do Paço) em Lisboa, marcou profundamente a História de Portugal, uma vez que dele resultou a morte do Rei D. Carlos e do seu filho e herdeiro, o Príncipe Real D. Luís Filipe, marcando o fim da última tentativa séria de reforma da Monarquia Constitucional, e consequentemente, uma nova escalada de violência na vida pública do País.

 (imagem daqui)

sábado, janeiro 30, 2016

Pausa no Blog Geopedrados

(imagem daqui)

Como, de certeza, já repararam, este blog tem tido menos posts nos últimos tempos. Tal facto deve à minha decisão de parar por uns tempos, fruto de alguns eventos (que um destes dias trarei aqui...) e que me levaram a não publicar nada daqui em diante, até novo aviso.
Assim as próximas publicações minhas serão apenas textos que deixei feitos anteriormente e que já estavam no arquivo do blog, com ordem de publicação na data a que se referem.
Até lá ficam os referidos posts e os feitos por colegas de blog - mas continuem a visitar este espaço!
Até breve...

quinta-feira, janeiro 28, 2016

Vergílio Ferreira nasceu há 100 anos


(imagem daqui)

Vergílio António Ferreira (Melo28 de janeiro de 1916 - Lisboa1 de março de 1996) foi um escritor português.
Embora formado como professor (veja-se a referência aos professores de Manhã Submersa e Aparição), foi como escritor que mais se distinguiu. O seu nome continua actualmente associado à literatura através da atribuição do Prémio Vergílio Ferreira. Em 1992, foi galardoado com o Prémio Camões.
A sua vasta obra, geralmente dividida em ficção (romanceconto), ensaio e diário, costuma ser agrupada em dois períodos literários: o Neo-realismo e o Existencialismo. Considera-se que Mudança é a obra que marca a transição entre os dois períodos.

Vergílio Ferreira nasceu em Melo, aldeia do concelho de Gouveia, na Beira Alta, a meio da tarde do dia 28 de janeiro de 1916, filho de António Augusto Ferreira e de Josefa Ferreira que, em 1927, emigraram para os Estados Unidos da América, em busca de melhores condições de vida. Então, o pequeno Vergílio é deixado, mais os irmãos, ao cuidado de tias maternas. Esta dolorosa separação é descrita em Nítido Nulo. A neve - que virá a ser um dos elementos fundamentais do seu imaginário romanesco, é o pano de fundo da infância e adolescência passadas na zona da Serra da Estrela. Aos dez anos, após uma peregrinação a Lourdes, entra no seminário do Fundão, que frequentará durante seis anos. Esta vivência será o tema central de Manhã Submersa.
Em 1932, deixa o seminário e acaba o Curso Liceal, no Liceu da Guarda. Entra para a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, continuando a dedicar-se à poesia, nunca publicada, salvo alguns versos lembrados em Conta-Corrente e, em 1939, escreve o seu primeiro romance, O Caminho Fica Longe. Licenciou-se em Filologia Clássica em 1940. Concluiu o Estágio no Liceu D.João III (1942), em Coimbra. Começa a leccionar em Faro. Publica o ensaio "Teria Camões lido Platão?" e, durante as férias, em Melo, escreve "Onde Tudo Foi Morrendo". Em 1944, passa a lecionar no Liceu de Bragança, publica "Onde Tudo Foi Morrendo" e escreve "Vagão "J"" que, publicou em 1946; no mesmo ano em que se casou, com Regina Kasprzykowsky, professora polaca que se encontrava refugiada em Portugal da guerra e, com quem Vergílio ficaria até à sua morte. Após uma passagem pelo liceu de Évora (onde escreveu o mundialmente conhecido romance Manhã Submersa, corria o ano de 1953), fixa-se como docente em Lisboa, leccionando o resto da sua carreira no Liceu Camões.
Em 1980, o realizador Lauro António adapta para o cinema, o romance Manhã Submersa e Vergílio Ferreira interpreta um dos principais papéis, o de Reitor do Seminário, contracenando assim com outros grandes vultos da cena portuguesa, tais como Eunice MuñozCanto e CastroJacinto Ramos e Carlos Wallenstein. Vergílio morreu no dia 1 de março de 1996 na sua casa, em Lisboa, na freguesia de Alvalade. O funeral foi realizado no cemitério de Melo, a sua terra-natal e, a seu pedido, o caixão fora enterrado na ala do cemitério com vista para a Serra da Estrela.

quarta-feira, janeiro 27, 2016

Martin Degville, o excêntrico vocalista dos Sigue Sigue Sputnik, faz hoje 55 anos!

(imagem daqui)

Martin Degville (born 27 January 1961 in Walsall) was the lead singer and co-songwriter of the UK pop band, Sigue Sigue Sputnik – which had a worldwide hit single in 1986 with "Love Missile F1-11" – and six other EMI single releases. Sputnik was formed with ex-Generation X bassist Tony James.
  
Biography
Degville hails from Walsall and was a familiar face on the Birmingham club scene of the late 1970s and early 1980s – at clubs such as The Rum Runner and The Hosteria (Wine Bar). Before Sigue Sigue Sputnik he had worked selling clothes, and he was spotted by Tony James and Neal X while dancing in his Yaya boutique. Degville's former flat-mate is Boy George, and George worked in Degville's shop (Degville's Dispensary) during the time that he lived in Walsall. Degville was also a fashion designer who styled Sigue Sigue Sputnik's original image, and musical style.
Further Sigue Sigue Sputnik hits include "21st Century Boy", "Sex Bomb Boogie", "Success", "Dancerama", "Albinoni vs Star Wars" and "Rio Rocks". Tony James reformed the band in 2001 with Degville and Neal X and released the album Piratespace. In 2000. A tribute to Elvis Presley, "Blak Elvis" was released shortly afterwards and then "Ultra Real". Degville then left the band to pursue a solo career with Sputnik2. He released an EP, Smart1 which featured UK House vocalist Simon Green on backing vocals, and has since worked with UK record producers DiscoKingz on tracks including "Planit Bi", "Don't Dabble with the Devil", "The Man Who Fell 2 Earth", "Fascination" and "Experimental 2 + 3" remix albums. His debut solo album, World War Four, was released in 1991.
In 2006 Martin Degville appeared as a Mystery Guest on BBC TV's comedy panel game "Never Mind the Buzzcocks".
In 2007 Degville recorded his first album since World War Four, entitled Prophet of Freak.
In 2008, while working on Prophet of Freak, Degville released an album G.O.D., Guns, Oil, Drugs.
Mid way through 2009 Martin started to play live as Sigue Sigue Sputnik Electronic (SSSE). This new incarnation of Sputnik aimed to take the original songs and present them in a new electro style. Martin is now in the process of re-recording the first two Sigue Sigue Sputnik albums with producer Lloyd Price. Sigue Sigue Sputnik Electronic have been approached by numeorus bands for remixes. To date SSSE have remixed one track, "CONsume" by South African Goth/Metal band Terminatryx.


quinta-feira, janeiro 21, 2016

Música adequada à data...!



Wendy James - 50 anos!

Wendy James (born 21 January 1966, London) is an English singer-songwriter most notable for her work with the pop band Transvision Vamp.
  
Transvision Vamp
James was adopted soon after birth, and left home at the age of sixteen, moving to the English seaside resort town of Brighton. There she met Nick Christian Sayer, who became her boyfriend and musical collaborator. Sayer and James moved to London, where they teamed up with friends Dave Parsons, Tex Axile and Pol Burton, with whom they formed the pop-punk band, Transvision Vamp. James was the lead singer and focal point of the group, and attracted media attention with her sexually charged and rebellious image.
The band was signed by MCA in December 1986 and released a cover version of the Holly and the Italians song "Tell That Girl to Shut Up" in late 1987. Months later the follow-up single "I Want Your Love", with its pop/punk crossover appeal, entered the Top 10 in the UK Singles Chart. The band went on to release the hit album Pop Art in October. 1989 was the band's most successful year, with the number 3 hit single "Baby I Don't Care" and hit album Velveteen which entered the UK Albums Chart at number one and was a hit worldwide. The next two singles, "I Want Your Love" and "Baby I Don't Care", respectively reached number five and number three in the UK singles charts.

Solo career
When the decision had been made for Transvision Vamp to split, James wrote to Elvis Costello asking for his guidance. In response Costello, collaborating with his then wife Cait O'Riordan on some songs, wrote a full album's worth of material for James. These songs made up the tracks on her 1993 solo album Now Ain't the Time for Your Tears. Produced by Chris Kimsey, it reached No. 43 in the UK Albums Chart in March 1993. However the album failed to sell in significant numbers, and James "dropped from the music scene". She signed to One Little Indian and recorded an album entitled Lies in Chinatown, which was not released.

Racine
James formed a band named Racine in 2004. The group released two albums, Number One and Racine Volume 2.
Racine broke up in December 2008 prior to shutting down their official website. The members of the band went on to join other bands and none worked on James' next album.
James announced on her MySpace blog that she had been working on an album entitled I Came Here to Blow Minds, which was recorded in Paris in 2009 and mixed in Australia later that year. Finally a release date of 19 October 2010 (for digital release) was posted on James' official Facebook page in August 2010. One track from the album had already been made available for download on RCRD LBL since May 2009.

Discography

Transvision Vamp albums
Solo albums
Racine albums
Singles


terça-feira, janeiro 19, 2016

Fiama Hasse Pais Brandão morreu há nove anos

(imagem daqui)

Fiama Hasse Pais Brandão (Lisboa, 15 de agosto de 1938 - Lisboa, 19 de janeiro de 2007) foi uma escritora, poetisa, dramaturga, ensaísta e tradutora portuguesa.
A sua infância foi passada entre uma quinta em Carcavelos e o St. Julian's School. Foi estudante de Filologia Germânica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tendo sido um dos fundadores do Grupo de Teatro de Letras. Foi casada com Gastão Cruz.
Estreou-se como autora com Em Cada Pedra Um Voo Imóvel (1957), obra que lhe valeu o Prémio Adolfo Casais Monteiro. Ganha notoriedade no meio literário com a revista/movimento Poesia 61, em que publica o texto «Morfismos». É considerada como uma das mais importantes escritoras do movimento, que revolucionou a poesia nos anos 60. Foi premiada, em 1996, com o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores. O seu livro Cenas Vivas foi distinguido, em 2001, com o prémio literário do P.E.N. Clube Português.
A sua actividade no teatro iniciou-se com um estágio, em 1964, no Teatro Experimental do Porto e com a frequência de um seminário de teatro de Adolfo Gutkin na Fundação Calouste Gulbenkian, em 1970. Em 1974, foi um dos fundadores do Grupo Teatro Hoje, sendo a sua primeira encenação a obra Marina Pineda, de Federico García Lorca. Em 1961 recebeu o Prémio Revelação de Teatro, pela obra Os Chapéus de Chuva. É autora de várias peças de teatro.
Colaborou em publicações como Seara Nova, Cadernos do Meio-Dia, Brotéria, Vértice, Plano, Colóquio-Letras, Hífen, Relâmpago, A Phala e Quadrante (revista da Faculdade de Direito de Lisboa, iniciada em 1958).


O Amor em Dois Olhares

Esta vista de mar, solitariamente,
dói-me. Apenas dois mares,
dois sóis, duas luas
me dariam riso e bálsamo.
A arte da Natureza pede
o amor em dois olhares.



in As Fábulas (2002) - Fiama Hasse Pais Brandão

segunda-feira, janeiro 18, 2016

Jonathan Davis, o vocalista dos Korn, fez hoje 45 anos

(imagem daqui)

Jonathan Houseman Davis (18 de janeiro de 1971) é o vocalista dos Korn, nascido e criado em Bakersfield, Califórnia, onde viveu com o pai e a madrasta. Na infância, sofreu vários traumas (abuso infantil pela madrasta, abuso sexual por uma vizinha pedófila e bullying na escola), que depois serviram de inspiração ao escrever músicas, o que se torna evidente nas músicas "Hater" e Falling Away From Me, uma das melhores do KoRn onde a letra mostra temas da sua infância. Além de vocalista, ele é baterista. Ele tocou no álbum Issues, e também durante o cover de "Earache My Eye" em Live and Rare. Jonathan toca também gaita-de-foles. Aos doze anos já sabia tocar nove instrumentos, incluindo clarinete, violino e piano.
Jonathan foi o último a entrar para os Korn. Munky e Head descobriram-no num bar, onde pretendiam ficar apenas alguns minutos. Mas ao ver Jonathan se apresentar na sua banda da época, Sexart, ficaram até o final e o convidaram para se juntar aos Korn. Após consultar um médium, Jonathan aceitou o convite.
Com Jonathan na banda, o Korn virou uma sensação, e manteve-se popular desde então. Desde 1993, lançaram 10 álbuns de estúdio, dois álbuns ao vivo e uma compilação, e conquistaram platinas, além de 2 Grammys. Davis foi eleito o 16º Melhor Vocalista de Heavy Metal de Todos os Tempos pela revista Hit Parader.


João Aguardela morreu há sete anos

(imagem daqui)

João Aguardela (Lisboa, 2 de fevereiro de 1969 - Lisboa, 18 de janeiro de 2009) foi um cantor, músico e compositor português, conhecido por fazer parte das bandas Sitiados, Linha da Frente, Megafone e A Naifa.


El-Rei D. Pedro I morreu há 649 anos


Pedro I de Portugal (Coimbra, 8 de abril de 1320 - Estremoz, 18 de janeiro de 1367) foi o oitavo Rei de Portugal. Recebeu os cognomes de O Justiceiro (e também O Cruel e O Cru), pela energia posta em vingar o assassínio de Inês de Castro. Filho do rei Afonso IV e sua mulher D. Beatriz de Castela. Pedro I sucedeu a seu pai em 1357.

O II Reich começou há 145 anos

Proclamação do Império Alemão em Versalhes, com Bismarck, ao centro, de branco

O Império Alemão (em alemão: Deutsches Reich, também chamado por Kaiserlich Deutsches Reich ou Kaiserreich por alguns historiadores alemães) foi um estado, na região da atual Alemanha, governado pela Casa de Hohenzollern. Existiu desde a sua consolidação como estado-nação em 18 de janeiro de 1871 (Unificação Alemã) até à abdicação do kaiser Guilherme II, em novembro de 1918, após a derrota na Primeira Guerra Mundial.
O Império Alemão era constituído de 27 territórios constituintes (a maioria deles governados por famílias reais). Embora o Reino da Prússia contivesse a maioria da população e maior parte do território do Reich, a liderança da Prússia tornou-se suplantada pelos líderes da Alemanha e a própria Prússia desempenhou um papel menor. Como Dwyer (2005) assinala que a "influência política e cultural havia diminuído consideravelmente" na Prússia, de 1890. Os seus três maiores vizinhos eram os rivais Império Russo, a leste, a França, a oeste e os aliados Áustria-Hungria, ao sul.
Depois de 1850, a Alemanha se industrializou rapidamente, com base no carvão, ferro (e mais tarde aço), produtos químicos e ferrovias. De uma população de 41 milhões de pessoas em 1871, cresceu para 68 milhões em 1913. De uma nação fortemente rural, em 1815, já era predominantemente urbana. Durante os seus 47 anos de existência, o Império Alemão operou uma gigante industria tecnológica e científica, recebendo mais prémios Nobel em ciência do que a Grã-Bretanha, França, Rússia e Estados Unidos juntos.
É de notar que o termo Deutsches Reich foi o nome oficial da Alemanha não apenas no período dos kaiseres mas também durante a República de Veimar e o regime nazi.

Império Alemão, 1871–1918

A unificação da Alemanha, política e administrativamente, em um Estado-nação, realizou-se, oficialmente, no dia 18 de janeiro de 1871, na Galeria dos Espelhos do Palácio de Versalhes, na França. Os príncipes dos estados alemães reuniram-se para proclamar Guilherme da Prússia como Imperador Guilherme do Império Alemão depois da capitulação francesa na Guerra franco-prussiana. Informalmente, a transição de facto da maioria das populações falantes de alemão para uma organização federada de estados, teve lugar mais cedo, através de alianças formais e informais, entre nobres - e, também, de forma irregular, devido às dificuldades levantadas pelos interesses de grupos aristocráticos, desde a dissolução do Sacro Império Romano-Germânico (1806), e da consequente ascensão do nacionalismo ao longo do período das Guerras Napoleónicas.

A humilhante captura do imperador francês, e a perda do próprio exército francês, que foi feito prisioneiro num campo improvisado em Saarland, atirou o governo francês para a confusão; os adversários de Napoleão derrubaram o seu governo e proclamaram a Terceira República. O Alto Comando Alemão esperava uma abertura para a paz pelos franceses, mas a nova república recusava-se a render. O exército da Prússia atacou Paris, e manteve-a debaixo de cerco até meados de janeiro, com a cidade a ser "bombardeada inutilmente." A 18 de janeiro de 1871, os príncipes e os oficiais superiores alemães proclamaram Guilherme como "Imperador Alemão" na Galeria dos Espelhos do Palácio de Versalhes. Sob o subsequente Tratado de Frankfurt, a França renunciou às suas tradicionais regiões alemãs (Alsácia e a região de língua alemã da Lorena); pagou uma indemnização, calculada (com base na população) como o valor exacto da indemnização imposta por Napoleão Bonaparte à Prússia em 1807; e aceitou a administração alemã de Paris, e de grande parte da região norte da França, com "as tropas alemãs a saírem da região, gradualmente, à medida que a indemnização fosse sendo paga".

Ary dos Santos morreu há 32 anos

(imagem daqui)

José Carlos Pereira Ary dos Santos (Lisboa, 7 de dezembro de 1937 - Lisboa, 18 de janeiro de 1984) foi um poeta e declamador português.
Ficou na História da música portuguesa por ter escrito poemas de 4 canções vencedoras do Festival RTP da Canção e apuradas para representarem Portugal no Festival Eurovisão da Canção: Desfolhada Portuguesa (1969), com interpretação de Simone de Oliveira, Menina do Alto da Serra (1971), interpretada por Tonicha, Tourada (1973), interpretada por Fernando Tordo e Portugal no Coração (1977), interpretada pelo grupo Os Amigos.


Ecce Homo

Desbaratamos deuses, procurando
Um que nos satisfaça ou justifique.
Desbaratamos esperança, imaginando
Uma causa maior que nos explique.

Pensando nos secamos e perdemos
Esta força selvagem e secreta,
Esta semente agreste que trazemos
E gera heróis e homens e poetas.

Pois Deuses somos nós. Deuses do fogo
Malhando-nos a carne, até que em brasa
Nossos sexos furiosos se confundam,

Nossos corpos pensantes se entrelacem
E sangue, raiva, desespero ou asa,
Os filhos que tivermos forem nossos.

José Carlos Ary dos Santos

domingo, janeiro 17, 2016

Miguel Torga morreu há 21 anos

Memorial Miguel Torga (1907-2007), próximo da ponte de Santa Clara, Coimbra

Miguel Torga, pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha (Vila Real, São Martinho de Anta, 12 de agosto de 1907 - Coimbra, 17 de janeiro de 1995), foi um dos mais influentes poetas e escritores portugueses do século XX. Destacou-se como poeta, contista e memorialista, mas escreveu também romances, peças de teatro e ensaios.
 
REGRESSO

Regresso às fragas de onde me roubaram.
Ah! minha serra, minha dura infância!
Como os rijos carvalhos me acenaram,
Mal eu surgi, cansado, na distância!

Cantava cada fonte à sua porta:
O poeta voltou!
Atrás ia ficando a terra morta
Dos versos que o desterro esfarelou.

Depois o céu abriu-se num sorriso,
E eu deitei-me no colo dos penedos
A contar aventuras e segredos
Aos deuses do meu velho paraíso.

 

in Diário VI (1953) - Miguel Torga

Paul Young - 60 anos!

Paul Young (Luton, 17 de janeiro de 1956) é um cantor inglês.

Tornou-se conhecido como interprete da música Every Time you Go Away, muito popular na década de 1980, e que, no Brasil, foi tema da novela da Rede Globo de Televisão, A Gata Comeu (1985).
Recentemente lançou uma coletânea com os seus maiores sucessos e continua a fazer músicas de sucesso, entre elas Take Me Up Again.
Foi ainda um dos artistas que pisou o palco do LIVE AID, em 1985, que foi organizado por Bob Geldof.


Patrice Lumumba foi assassinado há 55 anos

Patrice Émery Lumumba, nascido como Élias Okit'Asombo (Onalua, Congo Belga, 2 de julho de 1925Katanga, 17 de janeiro de 1961), foi um líder anti-colonial e político congolês.
Na sua curta e tumultuada carreira política, ele optou por se alinhar com os valores anti-imperialistas e do pan-africanismo, defendendo consistentemente a solidariedade entre os povos da África para além dos limites de nação, etnia, cultura, classe e género, encorajando a a luta não-violenta contra o colonialismo e convidando para o diálogo os países desenvolvidos e em desenvolvimento.
Fundador do Movimento Nacional Congolês (MNC), ele foi a principal liderança na luta contra o domínio colonial belga no Congo, tendo participação decisiva na libertação do seu país.
Foi eleito primeiro-ministro eleito de seu país em 1960, mas ocupou o cargo apenas por 12 semanas, pois o seu governo foi derrubado por um golpe de estado, liderado pelo coronel Joseph Mobutu no meio da crise política do Congo. Ao tentar fugir para o leste do país, Lumumba seria capturado algumas semanas mais tarde. O seu assassinato, que ocorreu em janeiro de 1961, teve participação do governo dos Estados Unidos e da Bélgica, que viam o líder congolês como alinhado com a União Soviética.
 
Nascido numa família camponesa e com quatro irmãos, creceu numa aldeia chamada Onalua, na região de Sankuru, em 1925, numa época em que a sua nação estava sob domínio colonial da Bélgica. Ele era um membro do pequeno grupo étnico Batetela, facto que se tornou significativo na sua vida política anos depois. Após receber uma educação rudimentar dos pais humildes, que lhe infundiu valores comunais e humanistas africanos, ele frequentou inicialmente uma escola de missionários católicos e, aos 13 anos, ingressou em uma escola de protestante mantida por metodistas suecos, que o expôs aos valores cristã colonial. Era a única forma possível para os congoleses terem acesso ao sistema educacional colonial, que era precário e visava à formação de operários em vez de mão de obra mais qualificada.
Depois de concluir os seus estudos básicos, Lumumba deixou a zona rural de Sankuru aos 18 anos e conseguiu um emprego na companhia Symaf (Syndicat Minier Africain), na cidade de Kindu. Admirado por seus patrões brancos, o jovem Lumumba ganhou um Certificat d'immatriculation, um documento que permitia a nativos congoleses poder frequentar círculos europeus e desfrutar de certas comodidades. Frequentador ativo no clube dos évolués (africanos que receberam educação ocidental), ele começou a escrever ensaios e poemas para jornais locais.
Depois, Lumumba mudou-se para Stanleyville, onde ele trabalhou como empregado do serviço de correios locais vários anos e continuou a contribuir para a imprensa congolesa. Em 1954, obteve da administração colonial belga um documento que equivalia a uma cidadania belga para congoleses. No ano seguinte, ele deu início às suas atividades políticas ao tornar-se presidente de um sindicato regional de funcionários públicos congoleses que não era afiliado, assim como os outros sindicatos, em nenhuma das duas federações sindicais belgas (a socialista ou a católica). Ele também se filiou no Partido Liberal da Bélgica. Em 1956, Lumumba foi convidado com os outros colegas para uma visita de cunho académico à Bélgica, sob os auspícios do ministro das colónias, mas em seu retorno, ele foi preso sob a acusação de defraudar o sistema dos Correios colonial. Sentenciado a dois anos de encarceramento, a sua pena passou a 12 meses após várias reduções.
Após Lumumba deixar a prisão torno-se ainda mais ativo na política. Ele mudou-se em 1957 para Léopoldville (capital do Congo Belga), onde conseguiu um trabalho na cervejaria Bracongo. Sem ter cursado o ensino superior, Lumumba foi um intelectual autodidata e dedicado a extensas leituras de história mundial e pensamento político, bem como de sua aguçada observação das práticas estratégias e opressivas dos colonos belgas no Congo. Com essa experiência, ele lançou em outubro de 1958, juntamente com outros dirigentes congoleses, o Movimento Nacional Congolês (Mouvement National Congolais, MNC), o primeiro partido político nativo, e participou em dezembro da primeira Conferência Pan-Africana do Povo, em Accra, onde se encontrou com lideranças nacionalistas de todo o continente africano. Inspirado pelos ideais do pan-africanismo, a  sua visão e seu vocabulário assumiram um teor do nacionalismo militante, optando pela ideologia anticolonial do "neutralismo positivo" e defendendo a unidade nacional entre as diferentes etnias que compunham o Congo e da libertação do domínio belga.
A liderança de Lumumba desagradava os colonialistas belgas, que buscaram dividir e instigar as rivalidades étnicas da região. No início de 1959, uma onda de protestos em Léopoldville fez com que o governo colonial anunciasse eleições locais e um plano de cinco anos para transição para independência. Mas o gesto foi visto pelo MNC como uma tentativa dos belgas ganharem tempo para instalar políticos fantoches antes duma retirada oficial e o movimento nacionalista anunciou que boicotaria as eleições. Lumumba liderou novas manifestações de desobediência civil e pela independência imediata do Congo. Em 30 de outubro de 1959, o líder revolucionário foi preso após um ato político em Stanleyville, cujo saldo foi de 30 manifestantes mortos.
Com Lumumba preso, o MNC decidiu mudar de tática e entrou nas eleições locais, tendo uma vitória arrasadora em Stanleyville (90% dos votos). Em janeiro de 1960, o governo belga convocou uma conferência em Bruxelas com todos os partidos congoleses para discutir a transição política, mas o MNC se recusou a participar sem Lumumba, que iria para julgamento no dia 18 daquele mês. O governo belga teve de tirá-lo da cadeia diretamente para o avião. Na fase final das negociações, já com a presença de Lumumba, foram assinados os protocolos que detalhavam a transição do poder para um governo congolês, com as eleições nacionais em maio e a data para a independência em 30 de junho. Apesar de ter saído vencedor no pleito, o MNC não conseguiu formar uma coligação no parlamento. Houve manobras para impedir a sua tomada do poder, mas acabou convidado a formar o primeiro governo, o que fez em 23 de junho de 1960. Como resultado, Lumumba e o seu rival político, Joseph Kasavubu, dividiram o poder, com o primeiro no cargo de primeiro-ministro e o segundo como presidente do país recém-libertado.
Poucos dias após a conquista da independência, Lumumba enfrentou diversas rebeliões dentro do país e uma declaração de independência da então província de Katanga, conduzida pelo rival político Moise Tshombe, com apoio de empresas de exploração de minas e pelo governo belga. O governo do Congo acabou por se aproximar da União Soviética, que enviou alimentos, remédios e também armamentos para combater o levantamento rebelde. Apesar do discurso de neutralidade, essa aproximação com o bloco socialista foi o rastilho de disputas para potências ocidentais, entre elas os Estados Unidos, Reino Unido e a Bélgica, que começaram a articular a deposição de Lumumba. O presidente Kasavubu dissolveu o governo do líder nacionalista, três meses após assumir o poder, mas o primeiro-ministro contestou a legalidade das ações presidenciais e, em retaliação, depôs o presidente e conquistou o voto de confiança do senado congolês. Mas a crise política do Congo estava instalada e abriu caminho para que o coronel Joseph Mobutu liderasse um golpe de Estado, em setembro, incapacitando tanto Lumumba quanto Kasavubu.
Colocado em prisão domiciliar e sob vigilância de tropas das Nações Unidas, Lumumba tentou fugir da residência em direção a Stanleyville, mas terminou capturado na fuga, em dezembro de 1960. Nenhuma medida foi adotada pelas forças de paz da ONU, apesar dos apelos para que as tropas locais o salvassem e do pedido da União Soviética para que o ex-primeiro-ministro fosse liberado. Em 17 de janeiro de 1961, Lumumba foi transferido à força para a cidade de Lubumbashi, no Katanga, onde foi torturado e morto por um pelotão de fuzilamento comandado pelo líder rebelde Moïse Tshombe, ao lado de oficiais belgas.