domingo, agosto 25, 2013

Gene Simmons, o vocalista dos Kiss, faz hoje 64 anos

Gene Simmons, nome artístico de Chaim Weitz, (Haifa, 25 de agosto de 1949) é o vocalista, baixista e fundador da banda de hard rock Kiss. Simmons é mais conhecido pelo seu apelido "The Demon". Contrariamente a muitas personalidades do rock, Simmons afirma "nunca ter consumido drogas, nunca ter fumado nem nunca ter bebido álcool demais em toda a sua vida." É famoso pelo seu jeito demoníaco durante os shows e pelo seu baixo em forma de machado, Axe Bass. Naturalizado norte-americano, é um ex-professor primário. De entre as suas melhores composições estão Rock and Roll All Night, Shout It Out Loud, Chritine Sixteen, I Love It Loud, War Machine, entre outros hits. Simmons também estreou o seu próprio reality show "Gene Simmons: Family Jewels" exibido na A&E.




Gene Simmons (born Chaim Witz; August 25, 1949) is an Israeli-born American rock bass guitarist, singer-songwriter, record producer, entrepreneur, and actor. Known by his stage persona The Demon, he is the bass guitarist/co-lead vocalist of Kiss, a hard rock band he co-founded in the early 1970s. With Kiss, Simmons has sold more than 100 million albums worldwide.

Salif Keita - 64 anos

Salif Keïta, nascido em Djoliba a 25 de agosto de 1949, é um músico e cantor de Mali. Ele é único, não só devido à sua reputação (é conhecido como A voz dourada de África), mas também pelo facto de ser albino e descendente directo do fundador do Império Mali, Sundiata Keita. Esta herança significa que Salif Keita nunca deveria ser um cantor, que é uma função desempenhada pelos griots. A sua música é uma mistura de estilos de música tradicional da África Ocidental, Europa e América e no entanto mantendo estilo de música islâmica. Entre os instrumentos musicais mais utilizados por Salif Keita incluem-se balafons, Djembês, guitarras, koras, órgãos, saxofones, e sintetizadores.
Keita nasceu em Djoliba. Ele fora ostracizado devido ao seu albinismo, que é um sinal de azar na cultura Mandinka. Ele abandonou Djoliba e foi viver em Bamako em 1967 para se juntar a banda Super Rail Band de Bamako. Em 1973, Salif Keita juntou-se a banda Les Ambassadeurs. Keita e Les Ambassadeurs fugiram da instabilidade política do país, em meados de 70, para Abidjan, Costa do Marfim mudando o nome da banda para Les Ambassadeurs Internationales. Esta banda ganhou reputação internacional na década de 70 e em 1977 Keita recebeu o Prémio National Order do presidente da Guiné, Sékou Touré. Keita mudou-se depois para Paris, em 1984, com o objectivo de prosseguir a sua carreira.


Rob Halford, vocalista da banda Judas Priest, faz hoje 62 anos

Robert John Arthur Halford (Sutton Coldfield, 25 de agosto de 1951), ou simplesmente Rob Halford é um cantor inglês, vocalista das bandas Judas Priest, Halford, Fight e Two. Ele também é dono do seu próprio selo de gravação, o Metal God Entertainments.

Judas Priest
Rob Halford começou sua carreira no Judas Priest em 1973, indicado pela namorada de K. K. Downing (que disse, na época, ter uma amiga que tinha um irmão que cantava divinamente bem). Downing foi ouvi-lo cantar em um show de uma banda antiga de Halford, chamada Lord Lucifer, e ficou impressionado com a diversidade de timbres que a voz de Halford continha, mas principalmente pelos seus agudos marcantes, sua marca registada até hoje. Após um ano com Halford, a banda lança seu álbum de estreia (Rocka Rolla). Halford seguiu como vocalista dos Judas Priest de 1973 a 1992, retornando à banda em 2004, até os atuais dias, lançando um total de 19 álbuns com a banda.

Fight
Halford nunca escondeu a sua paixão por metal, e especialmente por metal extremo, como o Thrash Metal, chegando certa vez a referir o som do Slayer como "metal a começar a arder". Halford profundamente influenciado por Pantera, resolve montar uma banda de Thrash Metal, nomeada de Fight, convidando músicos jovens para fazer parte da banda, inclusive o baterista dos Judas Priest: Scott Travis. Rapidamente a banda lança o seu disco de estreia (War of Words), e ainda lança mais dois discos (sendo uma álbum inteiro e um EP ao vivo). A banda chega ao seu fim em 1996.

Two
Halford sempre teve a sua veia experimental, e nesse rápido projeto ele fez um som mais industrial, namoriscando com o gótico. Nesta mesma época ele assume a sua homossexualidade perante os media.

Halford
De volta as raízes, Halford monta a sua banda a solo de Heavy Metal. Seu álbum de estreia é aclamado pelo público e pela critica especializada como sendo um de seus melhores trabalhos, a banda segue tocando em diversos festivais famosos, inclusive passando pelo Rock in Rio 3, ao lado dos Iron Maiden. A banda lança mais dois discos (um álbum duplo ao vivo, com músicas gravadas em diversos países, como a Rússia e o Brasil, e mais um álbum de estúdio, intitulado de Crucible). Ao fim de 2003 a banda entra em um processo de estagnação, ao mesmo tempo em que ocorrem as negociações sobre o seu regresso aos Judas Priest. A banda só voltou a lançar material novo em 2009. Atualmente a banda Halford encontra-se a lançar o seu mais novo trabalho de estúdio Halford IV - Made Of Metal.


Elvis Costello - 59 anos

Elvis Costello, nome artístico de Declan Patrick Aloysius MacManus (Londres, 25 de agosto de 1954) é um cantor, compositor e músico britânico. Ele teve participação nos primórdios do meio do pub rock britânico no meio dos anos 70, e mais tarde foi associado aos estilos de punk rock e new wave antes de se estabilizar como uma voz única e original nos anos 80. O alcance musical é impressionantemente amplo. Certo crítico escreveu que “Costello, a enciclopédia do pop, pode inventar o passado sob a sua própria imagem”.




Stuart Murdoch, dos Belle & Sebastian, faz hoje 45 anos

Stuart Lee Murdoch (born 25 August 1968) is a Scottish musician, and the lead singer and songwriter for the indie pop band Belle & Sebastian. The majority of his childhood was spent a stone's throw from the birthplace of Robert Burns in Alloway, Ayr until he left school and attended university in Glasgow.

Biography
Murdoch's parents made him take piano lessons during his childhood, and even though he claims not to have enjoyed them at the time, he says he now "appreciates this decision vastly". Apart from early musical activities at secondary school (at the age of twelve he formed a band with fellow pupils, in which he played the piano), Murdoch first became publicly involved in music as a radio DJ for Subcity Radio at the University of Glasgow.
Whilst at university at the end of the 1980s, he became ill with myalgic encephalomyelitis, or Chronic Fatigue Syndrome, and was unable to work for seven years. Murdoch said that the isolation of these years is what led to his becoming a songwriter: "That was a big desert at the time, a kind of vacuum in my life. From that, these songs started coming out, these melodies where I could express what I was feeling." In early 1995 he had largely recovered from his illness, for which he credits a faith healer, and began to look for fellow musicians in order to form a band, which was to become Belle & Sebastian.
This was also when he began living above a church hall and working as its caretaker, a position he maintained until 2003. In 2004 he told The Guardian, "I'm not actually a Christian with a capital C. I'm still asking questions. But I had this time when I found myself singing all these old hymns in my kitchen and I couldn't work out why I was doing it. Then one Sunday morning I got up, looked at my watch, and thought, 'I wonder if I could make it to a church service?' It was so welcoming. It just felt like you were coming home. Twelve years later, I've never left".
Murdoch's interest in faith has been perceptible in his lyrics over the term of the band. Belle and Sebastian's first album included lines about "reading the Gospel to yourself," and on the second Murdoch sang of "the pain of being a hopeless unbeliever." Religious references became more confident and direct on later albums, including "If You Find Yourself Caught in Love" (which continues "say a prayer to the man above" - this line becomes a refrain) on the album Dear Catastrophe Waitress; and the two-part "Act of the Apostle" on The Life Pursuit. Regarding "If You Find Yourself Caught in Love," Murdoch told Gross, "At the time I was writing it I thought, well, should I be so overt? Because I've often couched any religious overtones within characters in the past, but this is a bit more out there. And then I just thought, come on, you've been doing this for years, why not? Why not just be a bit more straightforward?"
Sexually ambiguous lyrics in Belle & Sebastian's music have prompted Murdoch to confirm his heterosexuality in the press, calling himself "straight to the point of boring myself". Murdoch has voiced support for gay marriages, and is a vegetarian.
Murdoch was the producer on Glaswegian band Zoey Van Goey's first single "Foxtrot Vandals".
Murdoch married long-time girlfriend Marisa Privitera on 26 November 2007 in New York. Marisa is on the cover of Belle and Sebastian's DVD Fans Only, and LP The Life Pursuit.
He was diagnosed with colourblindness at an early age and does not drink. "I like a Scotch whisky but I'm allergic to alcohol, would you believe, which is a tragedy in itself," Murdoch says. "It's only in the last couple of years. I got eczema and one of the things I had to do to get rid of it was give up alcohol."
In 2009, Murdoch contributed the song "Another Saturday" to the AIDS benefit album, Dark Was the Night, produced by the Red Hot Organization. Murdoch was one of the most notable protesters attending a 5 December 2009 march in Glasgow, supporting governmental intervention to combat climate change, prior to the United Nations Climate Change Conference 2009 in Copenhagen.
In 2010, Murdoch published his first memoir, The Celestial Café.


Carlos Seixas morreu há 271 anos

(imagem daqui)

José António Carlos de Seixas (Coimbra, 11 de junho de 1704 - Lisboa, 25 de agosto de 1742), foi um compositor e organista português.

Filho de Francisco Vaz e de Marcelina Nunes, Carlos Seixas estudou com o pai e cedo o substituiu como organista da Sé de Coimbra, cargo de grande responsabilidade que exerceu durante dois anos. Aos 16 anos partiu para Lisboa, altura em que a corte portuguesa era das mais dispendiosas da Europa. Foi muito solicitado como professor de música de famílias nobres da corte, nomeado organista da Sé Patriarcal e da Capela Real (sendo o Mestre desta Domenico Scarlatti, estabeleceram certamente colaborações proveitosas). Carlos Seixas gozava da fama de ser músico e professor excelente. Na capital impôs-se como organista, cravista e compositor. Com o seu trabalho sustentou a mulher, que desposara aos 28 anos, e os cinco filhos, dois filhos e três filhas, e adquiriu algumas casas nas vizinhanças da Sé. Carlos Seixas morreu a 25 de agosto de 1742, de febre reumática, já sendo Mestre da Capela Real.

No que diz respeito à composição, Carlos Seixas foi um dos maiores compositores portugueses para a música de tecla. Fez escola em Portugal criando um estilo seu (apesar da influência italiana e francesa que se constatam em algumas das suas obras) que foi imitado durante algum tempo após a sua morte.
No século XVIII era exigido aos compositores que a sua música fosse fiel aos pensamentos e ideais estéticos do meio. A composição era, de certa forma, limitada a um rol de características previamente definidas, facto que devemos levar em conta quando analisamos a obra dos compositores.
A obra de Seixas é, em grande parte, resultado dos ambientes em que compôs. Como organista da Capela da Sé Patriarcal tinha a possibilidade de tocar, antes e depois da missa, um trecho a solo que poderia ser uma tocata ou uma sonata (ritual comum em todas as catedrais católicas). Para este efeito, havia uma preferência pelas peças de carácter vistoso e brilhante. Noutras partes da cerimónia, o organista podia ainda tocar em alturas que admitissem um solo instrumental. Desta forma, os compositores aproveitavam para dar a conhecer as suas composições ou improvisações. Por certo que as sonatas de Seixas foram tocadas na Igreja, pelo menos as de carácter religioso. Carlos Seixas acompanhava ao cravo os saraus de música nos paços reais ou no solar de algumas casas nobres. Nestes eventos tinha também a oportunidade de tocar como solista, aproveitando, provavelmente, para tocar as suas sonatas compostas com o objectivo de ser reconhecido como concertista e compositor.
Para além da Capela Real e da Corte, apenas se dedicava ao ensino de música. Esta faceta obrigava-o a ter material didáctico diversificado, variando de aluno para aluno, consoante o grau e as capacidades de cada um, dos cravos ou clavicórdios que possuíam. Apesar de fortemente sujeita a um vasto rol de condicionantes, a obra de Seixas não deixa de parte a qualidade e a originalidade do seu estilo pessoal.
Nunca se deixou levar pelos estilos importados em Portugal, nem deixou que a sua obra se confundisse com a dos seus contemporâneos estrangeiros. A presença do temperamento lusitano é uma constante das suas composições. A evolução da estrutura bipartida da sonata para tecla, para a estrutura tripartida está presente nas sonatas de Carlos Seixas, sendo uma antecipação da forma da sonata clássica.
Até agora não são conhecidos versos de Seixas. O mais provável é terem-se perdido uma vez que é pouco credível que Seixas tenha usado sempre versos alheios nas suas composições.

As criações de Carlos Seixas possuem elegância, leveza, suavidade, inspiração melódica. O seu fraseado é de carácter irregular e assimétrico e a sua linguagem harmónica é simples. As suas obras encontram-se na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, na Biblioteca Nacional de Lisboa e na Biblioteca da Ajuda.


sábado, agosto 24, 2013

Jorge Luis Borges nasceu há 114 anos

Jorge Francisco Isidoro Luis Borges Acevedo (Buenos Aires, 24 de agosto de 1899 - Genebra, 14 de junho de 1986) foi um escritor, poeta, tradutor, crítico literário e ensaísta argentino.
Em 1914 a sua família foi para a Suíça, onde ele estudou, viajando depois para a Espanha. No seu regresso à Argentina, em 1921, Borges começou a publicar os seus poemas e ensaios em revistas literárias surrealistas. Também trabalhou como bibliotecário e professor universitário público. Em 1955 foi nomeado diretor da Biblioteca Nacional da República Argentina e professor de literatura na Universidade de Buenos Aires. Em 1961, destacou-se no cenário internacional quando recebeu o primeiro prémio internacional de editores, o Prémio Formentor.
O seu trabalho foi traduzido e publicado extensamente no Estados Unidos e Europa. Borges era fluente em várias línguas.
A sua obra abrange o "caos que governa o mundo e o caráter de irrealidade em toda a literatura". Os seus livros mais famosos, Ficciones (1944) e O Aleph (1949), são coletâneas de histórias curtas interligadas por temas comuns: sonhos, labirintos, bibliotecas, escritores fictícios e livros fictícios, religião, Deus. Os seus trabalhos têm contribuído significativamente para o género da literatura fantástica. Estudiosos notaram que a progressiva cegueira de Borges ajudou-o a criar novos símbolos literários através da imaginação, já que "os poetas, como os cegos, podem ver no escuro". Os poemas de seu último período dialogam com vultos culturais como Spinoza, Luís de Camões e Virgílio.
A sua fama internacional foi consolidada na década de 1960, ajudado pelo "boom latino-americano" e o sucesso de Cem Anos de Solidão de Gabriel García Márquez. Para homenagear Borges, em O Nome da Rosa , um romance de Umberto Eco, há o personagem Jorge de Burgos, que além da semelhança no nome é cego assim como Borges, foi ficando ao longo da vida. Além da personagem, a biblioteca que serve como plano de fundo do livro é inspirada no conto de Borges A Biblioteca de Babel (Uma biblioteca universal e infinita que abrange todos os livros do mundo).
O escritor e ensaísta John Maxwell Coetzee disse sobre ele: "Ele, mais do que ninguém, renovou a linguagem de ficção e, assim, abriu o caminho para uma geração notável de romancistas hispano-americanos".
Jorge Luis Borges nasceu em uma família de classe média com boa educação. A mãe de Borges, Leonor Acevedo Suárez, veio de uma tradicional família uruguaia. O seu livro de 1929 Cuaderno San Martín incluiu um poema, "Isidoro Acevedo", em homenagem ao seu avô materno, Isidoro de Acevedo Laprida, um soldado do exército de Buenos Aires que era contra o ditador Juan Manuel de Rosas. Um descendente do advogado e político argentino Francisco Narciso de Laprida, Acevedo lutou nas batalhas de Cepeda em 1859, Pavón em 1861 e Los Corrales em 1880. Isidoro de Acevedo Laprida morreu de congestão pulmonar na casa onde o seu neto Jorge Luis Borges nasceu.
Segundo um estudo de António Andrade, Jorge Luis Borges tinha ascendência portuguesa: o bisavô de Borges, Francisco, teria nascido em Portugal em 1770 e vivido na localidade de Torre de Moncorvo, situada no norte de Portugal, antes de emigrar para a Argentina, onde teria casado com Cármen Lafinur.
Aos sete anos de idade, Borges já teria revelado ao pai que seria escritor. Aos nove, escreve seu primeiro conto, "La visera fatal", inspirado num episódio de Dom Quixote. Em 1914, muda-se, com os pais, para a Europa, morando inicialmente em Genebra, na Suíça, onde conclui seus estudos, e depois na Espanha. Em 1921, retorna a Buenos Aires, onde participa ativamente da efervescente vida cultural da cidade. Em 1923, publica seu primeiro livro de poemas, "Fervor de Buenos Aires". Iniciava-se, assim, uma das mais brilhantes carreiras literárias do século XX. Borges morreu em Genebra, com um cancro no fígado e um enfisema, onde ficou sepultado, por opção pessoal.
LA LLUVIA

Bruscamente la tarde se ha aclarado
Porque ya cae la lluvia minuciosa.
Cae o cayó. La lluvia es una cosa
Que sin duda sucede en el pasado.

Quien la oye caer ha recobrado
El tiempo en que la suerte venturosa
Le reveló una flor llamada rosa
Y el curioso color del colorado.

Esta lluvia que ciega los cristales
Alegrará en perdidos arrabales
Las negras uvas de una parra en cierto

Patio que ya no existe. La mojada
Tarde me trae la voz, la voz deseada,
De mi padre que vuelve y que no ha muerto.

Léo Ferré nasceu há 97 anos

Léo Ferré (Mónaco, 24 de agosto de 1916 - Castellina in Chianti, Itália, 14 de julho de 1993) foi um poeta, anarquista e músico franco-monegasco. Enquanto músico foi autor, compositor e intérprete de um grande número de canções. Viveu no Mónaco, Paris, departamento de Lot e na Toscana, onde terminou os seus dias.


Jean-Michel Jarre - 65 anos!

Jean-Michel André Jarre (Lyon, 24 de agosto de 1948) é um instrumentista, compositor e produtor musical francês, filho do aclamado compositor de bandas sonoras Maurice Jarre.
Jean-Michel é um pioneiro da new age, música eletrónica e música ambiente. É conhecido como um organizador de espetáculos ao ar livre de sua música, que combina luzes, displays de laser e fogos de artifício.
O seu primeiro grande sucesso foi o álbum Oxygène, lançado em 1976. Gravado em um estúdio improvisado em sua casa, o álbum vendeu cerca de 12 milhões de cópias em todo mundo. Oxygène foi seguido de Equinoxe, lançado em 1978, e em 1979, Jarre apresentou-o para um público recorde, de mais de um milhão de pessoas, na Praça da Concórdia, em Paris, França, recorde que ele mesmo quebrou três vezes. Mais álbuns se seguiram, e o seu show de 1979 serviu como modelo para suas actuações futuras em todo o mundo.
Até o ano de 2004, Jarre tinha vendido aproximadamente 80 milhões de álbuns. Ele foi o primeiro músico ocidental a ser autorizado a realizar um show na República Popular da China, e detém o recorde mundial para a maior público num evento ao ar livre.

Biografia
Considerado por muitos o pioneiro na música electrónica pop, bem como um “quebra-recordes” de espectáculos ao ar livre, nos quais inclui efeitos laser, de pirotecnia, conjugando imagens projectadas com a arquitectura existente no local do espectáculo, juntando a isso os efeitos surround dos seus temas. O seu primeiro single "oficial" foi La Cage/Erosmachine de 1970, em que as músicas são bastante experimentais. Muitos afirmam que Jarre o gravou às escondidas nos estúdios da GRM durante a noite, e utilizou tudo que esteve em suas mãos para criar efeitos, como por exemplo uma máquina de escrever.
Jarre vendeu aproximadamente 80 milhões de álbuns e singles ao longo da sua carreira (desde 1971) e bateu 4 recordes do livro do Guinness World of Records.
Em 1986 ele trabalhou num concerto com a NASA: o astronauta Ronald McNair iria tocar o solo de saxofone da música Rendez-Vous VI enquanto estivesse em órbita no Vaivém Espacial Challenger, enquanto os seus batimentos cardíacos seriam usados como amostras de som na mesma música. Esta seria a primeira música gravada do espaço, a ser incluída no álbum Rendez-Vous. Após o desastre com a nave espacial Challenger, em 28 de janeiro de 1986, a música foi gravada com outro saxofonista, recebeu o nome de Last Rendez-Vous - Ron's Piece e tanto a música, como o álbum foram dedicados aos astronautas mortos no acidente com a Challenger. Ele é um Embaixador da Boa Vontade da UNESCO, dedicado à causa da cultura, informação e liberdade.

Oxygene
Em 1976 é lançado pela Disques Dreyfus o seu primeiro LP totalmente instrumental e sintetizado, Oxygene, que teve um sucesso estrondoso na França e só um ano mais tarde é lançado no resto do mundo pela Polydor, obtendo igual importância em outros países como por exemplo, o Reino Unido, Portugal, Espanha, Estados Unidos, Brasil, etc.
Devido à grande importância de "Oxygene", Jean-Michel Jarre recebe, ainda em 1976, vários galardões, como o 'Grand Prix des Disques' da Charles Cross Academy. Em 1977 a revista americana "People", coloca Jean Michel Jarre como uma das personalidades do ano, feito notável para um artista francês que tinha acabado de lançar o seu primeiro álbum. Desse LP, para além da sua interessante capa, (o planeta Terra desfazendo-se, com um crânio por dentro), destacam-se os famosos singles Oxygene II e Oxygene IV, sendo o primeiro adaptado em vários anúncios comerciais, e o segundo alvo de variadíssimos covers e do seu primeiro video-clip, que numa das versões mostra inúmeros pinguins andando no gelo.


Music For Supermarkets
Em 1983, um grupo de pintores e escultores franceses iriam realizar uma exposição sobre supermercados. Assim tiveram a ideia de chamar um músico de grande prestígio para compor a base musical da exposição, então contactaram Jean-Michel Jarre.
Jarre se interessou pela ideia e compôs 30 minutos de música para a exposição. Foram 3 meses de trabalho. Durante esse período, ele comparou o seu futuro álbum com uma pintura ou escultura. Assim decidiu que seria produzida apenas uma cópia e depois posta à venda; depois da dita exposição, ocorrida no Hotel Drout em 6 de julho de 1983, o álbum foi a leilão, sendo vendido por 69.000 francos franceses, tornando-se o álbum mais caro vendido na França. O dinheiro arrecadado foi doado aos artistas responsáveis pela exposição, e no mesmo dia o álbum foi tocado integralmente uma única vez na Radio Luxemburgo e o próprio Jarre autorizou que os ouvintes gravassem em fitas as músicas do álbum.
Embora o álbum seja único, algumas partes de seu conteúdo foram aproveitadas em futuros trabalhos de Jarre como Rendez-Vous e Zoolook.

Os anos na Dreyfus
Jean Michel Jarre permaneceu mais de 25 anos na gravadora francesa Disques Dreyfus, onde iniciou a sua carreira, com o apoio de Francis Dreyfus, o dono da gravadora. Enquanto esteve nela, lançou os álbuns mais bem sucedidos de sua carreira, como Oxygene (1976), Equinoxe (1978), entre outros. Na gravadora, Jarre também atuou como produtor e ajudou vários artistas e grupos musicais a conquistarem espaço nos media franceses, como foi o caso de Gérard Lenorman, Triangle, Christophe (com quem trabalhou também como produtor e letrista de seu single "Les Mots Bleus") além de produzir dois álbuns de Patrick Juvet.
Mas com o passar do tempo, a Dreyfus não concordou com as experimentações que Jarre queria fazer, como os álbuns Sessions 2000 (2002) e Geometry of Love (2003), o que o levou a abandonar a gravadora. Com o rompimento do contrato, não foi permitido a Jarre que recuperasse a sua discografia oficial anterior ao ano 2000. Assim a Disques Dreyfus pode fazer o que bem entender com o catálogo antigo do maestro. Atualmente, depois de uma passagem pela Warner Music, Jarre está agora na EMI onde lançou um álbum em comemoração aos 30 anos do álbum Oxygene de 1976.


Paulo Leminski nasceu há 69 anos

Paulo Leminski Filho (Curitiba, 24 de agosto de 1944 - Curitiba, 7 de junho de 1989) foi um escritor, poeta, crítico literário, tradutor e professor brasileiro. Era, também, cinturão preto de judo.
Filho de Paulo Leminski II e Áurea Pereira Mendes, um mestiço de pai polaco e mãe negra, Paulo Leminski foi um filho que sempre chamou a atenção pela sua intelectualidade, cultura e genialidade. Estava sempre à beira de uma explosão e assim produziu muito. É dono de uma extensa e relevante obra. Desde muito cedo, Leminski inventou um jeito próprio de escrever poesia, preferindo poemas breves, muitas vezes fazendo haicais, trocadilhos, ou brincando com ditados franceses.
Em 1958, aos quatorze anos, foi para o Mosteiro de São Bento em São Paulo e lá ficou um ano inteiro. Participou do I Congresso Brasileiro de Poesia de Vanguarda, em Belo Horizonte, onde conheceu Haroldo de Campos, amigo e parceiro em várias obras. Leminski casou-se, aos dezassete anos, com a desenhadora e artista plástica Neiva Maria de Sousa (da qual se separou em 1968). Estreou-se em 1964 com cinco poemas na revista Invenção, dirigida por Décio Pignatari, em São Paulo, porta-voz da poesia concreta paulista. Em 1965 tornou-se professor de História e de Redação em cursos pré-vestibulares, e também era professor de judo. Obteve, em 1966, o primeiro lugar no II Concurso Popular de Poesia Moderna.
Casou-se em 1968 com a também poetisa Alice Ruiz, com quem viveu durante vinte anos. Algum tempo depois de começarem a namorar, Leminski e Alice foram morar com a primeira mulher do poeta e o seu namorado, em uma espécie de comunidade hippie. Ficaram lá por mais de um ano, e só saíram com a chegada do primeiro dos seus três filhos: Miguel Ângelo (que morreu com dez anos de idade, vítima de um linfoma). Eles também tiveram duas meninas, Áurea (em homenagem a sua mãe) e Estrela Ruiz Leminski. De 1969 a 1970 decidiu morar no Rio de Janeiro, retornando a Curitiba para se tornar diretor de criação e redator publicitário.
De entre as suas atividades, criou habilidade de letrista e músico. Verdura, de 1981, foi gravada por Caetano Veloso no disco Outras Palavras. A própria bossa nova resulta, em partes iguais, da evolução normal da MPB e do feliz acidente de ter o modernismo criado uma linguagem poética, capaz de se associar com as suas letras mais maleáveis e enganadoramente ingénuas, às tendências de então da música popular internacional. A jovem guarda e o tropicalismo, à sua maneira, atualizariam esse processo ao operar com outras correntes musicais e poéticas. Por sua formação intelectual, Leminski é visto por muitos como um poeta de vanguarda, todavia por ter aderido à contracultura e ter publicado em revistas alternativas, muitos o aproximam da geração de poetas marginais, embora ele jamais tenha sido próximo de poetas como Francisco Alvim, Ana Cristina César ou Cacaso. Por sua vez, em muitas ocasiões declarou a sua admiração por Torquato Neto, poeta tropicalista e que antecipou muito da estética da década de 1970.
Na década de 1970, teve poemas e textos publicados em diversas revistas - como Corpo Estranho, Muda Código (editadas por Régis Bonvicino) e Raposa. Em 1975 lançou o seu ousado Catatau, que denominou "prosa experimental", em edição particular. Além de poeta e prosista, Leminski era também tradutor (traduziu para o castelhano e o inglês alguns trechos de sua obra Catatau, a qual foi traduzida na íntegra para o castelhano).
Na poesia de Paulo Leminski, por exemplo, a influência da MPB é tão clara que o poeta paranaense só poderia mesmo tê-la reconhecido escrevendo belas letras de música, como Verdura.
Músico e letrista, Leminski fez parcerias com Caetano Veloso, o grupo A Cor do Som e o a banda de punk rock Beijo AA Força, entre 1970 e 1989. Teve influência da poesia de Augusto de Campos, Décio Pignatari, Haroldo de Campos, convivência com Régis Bonvicino, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Moraes Moreira, Itamar Assumpção, José Miguel Wisnik, Arnaldo Antunes, Wally Salomão, Antônio Cícero, Antonio Risério, Julio Plaza, Reinaldo Jardim, Regina Silveira, Helena Kolody, Turiba e Ivo Rodrigues.
A música estava ligada às obras de Paulo Leminski, uma de suas paixões, proporcionando uma discografia rica e variada.
Entre 1984 e 1986, em Curitiba, foi tradutor de Petrônio, Alfred Jarry, James Joyce, John Fante, John Lennon, Samuel Beckett e Yukio Mishima, pois falava 6 línguas estrangeiras (inglês, francês, latim, grego, japonês, espanhol). Publicou o livro infanto-juvenil ‘’Guerra dentro da gente’’, em 1986 em São Paulo.
Entre 1987 e 1989 foi colunista do Jornal de Vanguarda que era apresentado por Doris Giesse na Rede Bandeirantes;
Paulo Leminski foi um estudioso da língua e cultura japonesas e publicou em 1983 uma biografia de Bashô. Além de escritor, Leminski também era cinturão preto de judo. A sua obra literária tem exercido marcante influência em todos os movimentos poéticos dos últimos 20 anos no Brasil.
Morreu a 7 de junho de 1989, em consequência do agravamento de uma cirrose hepática que o acompanhou por vários anos.


Poetas Velhos

Bom dia, poetas velhos.
Me deixem na boca
o gosto dos versos
mais fortes que não farei.

Dia vai vir que os saiba
tão bem que vos cite
como quem tê-los
um tanto feito também,
acredite.


Paulo Leminski

Há 441 anos o massacre da noite de São Bartolomeu quase acabou com os huguenotes em França

Massacre de São Bartolomeu, de François Dubois

O massacre da noite de São Bartolomeu ou a noite de São Bartolomeu, foi um episódio sangrento na repressão aos protestantes na França pelos reis franceses, que eram católicos.
Esses assassinatos aconteceram em 23 e 24 de agosto de 1572, em Paris, no dia de São Bartolomeu.
As matanças, organizadas pela Casa Real Francesa, começaram na noite de 24 de agosto de 1572 e duraram vários meses, inicialmente em Paris e depois em outras cidades francesas. Números precisos para as vítimas nunca foram compilados, e até mesmo nos escritos de historiadores modernos há uma escala considerável de diferença, que têm variado de 2.000 vítimas por um católico, até a afirmação de 70.000, pelo contemporâneo huguenote duque de Sully, que escapou por pouco da morte.
Este massacre veio dois anos depois do tratado de paz de Saint-Germain, pelo qual Catarina de Médici tinha oferecido tréguas aos protestantes.
Em 1572, quatro incidentes inter-relacionados têm lugar após o casamento real de Marguerite de Valois, irmã do rei da França, com Henrique de Navarra, (chefe da dinastia dos huguenotes) uma aliança que supostamente deveria acalmar as hostilidades entre protestantes e católicos romanos, e fortalecer as aspirações de Henrique ao trono. Em 22 de agosto, um agente de Catarina de Médici (a mãe do rei da França de então, Carlos IX de França, o qual tinha apenas 22 anos e não detinha verdadeiramente o controle), um católico chamado Maurevert, tentou assassinar o almirante Gaspard de Coligny, líder huguenote de Paris, o que enfureceu os protestantes, apesar de ele ter ficado apenas ferido.
Nas primeiras horas da madrugada de 24 de agosto, o dia de São Bartolomeu, dezenas de líderes huguenotes foram assassinados em Paris, numa série coordenada de ataques planeados pela família real.
Este foi início de um massacre mais vasto, apesar do rei ter enviado mensageiros às províncias para manter os termos do tratado de 1570. Começando em 24 de agosto e durando até outubro, houve uma onda organizada de assassínios de huguenotes em doze cidades francesas, como Toulouse, Bordeaux, Lyon, Bourges, Rouen e Orléans.
Relatos da quantidade de cadáveres arremessados nos rios levaram a uma visível contaminação, de modo que ninguém comia peixe, pelas condições insalubres do local.

sexta-feira, agosto 23, 2013

Há 74 anos os nazis e os comunistas dividiram a Europa e prepararam-na para a II Guerra Mundial

Estaline e Ribbentrop na assinatura do Pacto

O Pacto Molotov-Ribbentrop foi um tratado de não-agressão firmado nas vésperas da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), entre a Alemanha Nazi e a União Soviética.Esse tratado definia:
  1. 5 anos de paz entre Alemanha e União Soviética;
  2. Invasão da Polónia (que seria dividida entre as 2 nações), dos Países Bálticos e da Finlândia.

Caricatura no jornal semanal "Mucha", de Varsóvia, em 8 de setembro de 1939, já com a invasão Nazi em andamento - Ribbentrop faz reverência a Estaline

Antecedentes
O resultado da Primeira Guerra Mundial foi desastroso tanto para o Reich alemão como para a União Soviética. Durante o conflito, os bolcheviques lutavam pela sobrevivência, e Lenine não teve alternativa a não ser reconhecer a independência da Finlândia, da Estónia, da Letónia, da Lituânia e da Polónia. Além disso, diante do avanço militar alemão, Lenine e Trotsky foram forçados assinar o Tratado de Brest-Litovsk, que retirava o país da guerra e cedia alguns territórios ocidentais da Rússia ao Império Alemão. Após o colapso da Alemanha, tropas da Grã-Bretanha, da França e do Império Japonês intervieram na Guerra Civil Russa.
Em 16 de abril de 1922, a Alemanha e a União Soviética participaram no Tratado de Rapallo, por cujos termos renunciavam às reivindicações territoriais e financeiras contra os demais. As partes se comprometeram ainda à neutralidade na eventualidade de um ataque de um contra um outro pelo Tratado de Berlim (1926).
No início da década de 1930, a ascensão do Partido Nazi ao poder na Alemanha, aumentou as tensões entre estes países, a União Soviética e outros países de etnia eslava, que foram considerados "Untermenschen" ("sub-humanos") de acordo com a ideologia racial nazi. Além disso, os nazis, antissemitas, associavam a etnia judia com o comunismo e com o capitalismo financeiro, aos quais se opunham. Por conseguinte, a liderança nazi declarou que os eslavos na União Soviética estavam a ser governados por "judeus bolcheviques".
Em 1939, a Alemanha nazi e a Itália fascista, apoiaram os nacionalistas espanhóis na Guerra Civil Espanhola, enquanto os soviéticos apoiaram a Segunda República Espanhola, sob a liderança do presidente Manuel Azaña. Naquele mesmo ano, a Alemanha e o Império Japonês entraram no "Pacto Anti-Comintern", e a que se juntou, um ano depois, a Itália.
A feroz retórica anti-soviética de Adolf Hitler foi uma das razões pelas quais a Grã-Bretanha e a França decidiram que a participação da União Soviética na Conferência de Munique, em 1938, sobre o destino da Checoslováquia, seria perigosa e inútil. O Acordo de Munique, então assinado, marcou uma anexação parcial da Checoslováquia pela Alemanha, no final de 1938, seguido da sua dissolução completa, em março de 1939, o que é visto como parte de um apaziguamento da Alemanha realizado pelos gabinetes de Neville Chamberlain e Édouard Daladier. Esta política levantou de imediato a questão de saber se a União Soviética poderia evitar ser o próximo passo na lista de Hitler.
Nesse contexto, a liderança soviética acreditava que o Ocidente poderia querer incentivar a agressão alemã a Oriente, e que a Grã-Bretanha e a França poderiam ficar neutras no conflito iniciado pela Alemanha Nazi. Pelo lado da Alemanha, devido a que uma aliança com a Grã-Bretanha era impossível, tornava-se necessário estreitar relações mais estreitas com a União Soviética para a obtenção de matérias-primas. Além disso, um bloqueio naval britânico era esperado em caso de guerra, o que iria provocar uma escassez crítica de matérias-primas para o esforço de guerra da Alemanha. Depois do acordo de Munique, aumentaram as necessidades alemãs em termos de abastecimento militar, ao passo que, devido à implementação do terceiro plano quinquenal na URSS, eram essenciais investimentos maciços em tecnologia e equipamentos industriais.
Em 31 de março de 1939, em resposta ao desafio da Alemanha nazi do Acordo de Munique e da ocupação da Checoslováquia, a Grã-Bretanha garantiu o apoio da própria França para garantir a independência da Polónia, da Bélgica, da Roménia, da Grécia e da Turquia. Em 6 de Abril, a Polónia e a Grã-Bretanha concordaram em formalizar a garantia de uma aliança militar. Em 28 de abril, Hitler denunciou o Pacto de Não-Agressão Polaco-Alemão de 1934 e o Acordo Naval Anglo-Germânico de 1935.

À esquerda as fronteiras conforme o Pacto Molotov-Ribbentrop; à direita, as fronteiras reais em 1939

O Pacto
Foi assinado em Moscovo na madrugada de 24 de agosto de 1939 (mas datada de 23 de agosto) pelo então ministro do exterior soviético Vyacheslav Molotov e pelo então ministro do exterior da Alemanha Joachim von Ribbentrop. Em linhas gerais estabelecia que ambas as nações se comprometiam a manter-se afastadas uma da outra em termos bélicos. Nenhuma nação favoreceria os inimigos da outra, nem tão pouco invadiriam os seus respectivos territórios, além do que, a União Soviética não reagiria a uma agressão alemã à Polónia, e que, em contrapartida, a Alemanha apoiaria uma invasão soviética à Finlândia, entre outras concessões. De facto à invasão nazi seguiu-se a Invasão Soviética da Polónia e também da Finlândia, ainda em 1939.
Em dois protocolos secretos, os dois governos organizaram a partilha dos territórios da Europa de Leste em zonas de influência, decidindo que a Polónia deveria deixar de existir (passando o seu território para a Alemanha e para a URSS), que a Lituânia ficaria sob alçada alemã (meses mais tarde a Alemanha trocou a Lituânia por outra zonas de influência, ficando a Lituânia sob alçada soviética), que a Estónia e a Letónia passariam para a URSS bem como grande parte da Finlândia e vastas zonas da Roménia e da Bulgária.
O pacto estabelecia também fortes relações comerciais, vitais para os dois países, nomeadamente petróleo soviético da zona do Cáucaso e trigo da Ucrânia, recebendo em contrapartida ajuda, equipamento militar alemão e ouro.
Este novo facto nas relações internacionais alarmou a comunidade das nações, não só porque os nazistas eram supostos inimigos dos comunistas, mas também porque, secretamente, objetivava a divisão dos estados da Finlândia, Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia e Roménia segundo as esferas de interesses de ambas as partes. O pacto era absolutamente vital para ambos os países: para os alemães assegurava que se poderiam concentrar apenas na sua frente ocidental para além de terem assegurado combustíveis que de outro modo impossibilitariam tais operações. Do lado soviético, a paz e a ajuda militar eram fundamentais, tanto mais que as forças militares não estavam preparadas para qualquer grande combate, como se comprovou na mal sucedida aventura finlandesa de novembro de 1939 - a chamada guerra de inverno.
O pacto durou até 22 de junho de 1941, quando a Alemanha nazi, sem prévio aviso, iniciou a invasão do território soviético na Operação Barbarossa.

Keith Moon, o bateristas dos The Who, nasceu há 67 anos

Keith John Moon (Londres, 23 de agosto de 1946 – Londres, 7 de setembro de 1978) foi o baterista da banda de rock britânica The Who. Ganhou prestígio por seu estilo inovador e exuberante na bateria e notoriedade por seu comportamento excêntrico e por vezes destrutivo, o que lhe rendeu o apelido de "Moon the Loon" ("Moon, o Lunático"). Moon entrou para os Who em 1964, participando em todos os seus álbuns e singles a partir da estreia do grupo, com "Zoot Suit" em 64, até Who Are You, de 1978, lançado três semanas antes da sua morte.
Moon era conhecido por seu estilo de bateria dramático e cheio de suspense, que frequentemente envolvia a omissão de batidas básicas em prol de uma técnica fluída e acentuada, focada em viradas progressivas pelos timbalões, trabalho ambidestro no bumbo e passadas e ataques selvagens nos chimbaus. Ele é citado pelo Hall da Fama do Rock and Roll como um dos maiores bateristas de rock and roll de todos os tempos e foi postumamente introduzido no Rock Hall, em 1990, como membro dos The Who.
O legado de Moon, como membro dos The Who, como artista a solo e como uma personalidade excêntrica, continuam a colecionar prémios e reconhecimentos, incluindo um segundo um lugar na lista dos "melhores bateristas de todos os tempos", dos leitores da revista Rolling Stone, em 2011, quase 35 anos depois de sua morte.

Nos The Who
Inicialmente Moon tocava no mesmo estilo de bandas norte-americanas de surf rock e R&B, utilizando ritmos e preenchimentos de ambos os géneros, mas tocando mais alto e com muito mais autoridade. Ele também foi bastante influenciado pelo baterista de jazz Gene Krupa. Inspirado numa conversa que teve com Ginger Baker, Moon passou a usar um kit de bateria duplo no fim de 1965. Na banda, o guitarrista Peter Townshend mantinha o tempo, já que trabalhava de maneira acentuadamente rítmica, enquanto Moon e o baixista John Entwistle  faziam os solos no topo desta base. As composições de Townshend ganhavam vida nova após ele apresentá-las a Moon e Entwistle, que transformavam as músicas em algo completamente novo e inesperado, com suas técnicas distintas de tocar.
No começo da carreira dos The Who a banda adquiriu a reputação de destruir os seus instrumentos no final de cada show. Moon demonstrava um zelo particular quanto a esta atividade, chutando e quebrando a sua bateria com bastante à vontade.

A fama de destruidor
Moon não tardou a ganhar a reputação de ser uma personalidade destrutiva. Ele era conhecido por acabar com quartos de hotel, casas de amigos e até mesmo a sua própria residência, jogando com frequência móveis pelas janelas e destruindo casas de banho com fogo de artifício. Estes atos eram quase sempre provocados pelo consumo de drogas e álcool mas, na maioria do tempo, Moon estava simplesmente dando continuidade ao estilo de vida pelo qual se tornou famoso.
Em 1970, Moon envolveu-se em um incidente na saída de um pub em Londres, quando seu motorista e guarda-costas, Cornelius "Neil" Boland, foi atropelado e morto. Boland havia saído do carro para tentar conter um tumulto quando foi derrubado; Moon, desesperado, guiou para longe dali, só descobrindo quilómetros mais adiante o corpo do motorista, preso nas engrenagens do automóvel. Embora um subsequente processo judicial tenha declarado a inocência de Moon, o baterista culpar-se-ia pelo acidente no resto da sua vida.
O apetite de Moon pela vida alucinada custaria posteriormente a deterioração de suas habilidades na bateria e a confiança de seus companheiros de banda na sua capacidade como instrumentista.

A solo
Embora o trabalho com os The Who dominasse a carreira de Moon, ele chegou a participar em alguns projetos paralelos. Em 1966, Keith juntou-se ao guitarrista Jeff Beck do Yardbirds e com os futuros Led Zeppelin Jimmy Page e John Paul Jones para gravar uma instrumental, "Beck's Bolero", lançada no final daquele mesmo ano.
Em 1967, Moon foi convidado pelos Beatles para participar do coro da canção All You Need Is Love, numa apresentação ao vivo na primeira transmissão mundial via-satélite, em 26 países simultaneamente. A apresentação foi transmitida ao vivo do lendário estúdio Abbey Road e contou também com as participações de Mick Jagger, Eric Clapton, Marianne Faithfull e Graham Nash no coro do refrão da música.
Em 1975 ele lançou seu primeiro e único álbum a solo, uma coleção de covers de canções pop chamada Two Sides of the Moon. Curiosamente Moon resolveu assumir o papel de cantor, enquanto a bateria foi relegada a outros músicos, como Ringo Starr e Jim Keltner.
Em 1971 Moon fez uma participação especial no filme 200 Motels de Frank Zappa. Ele voltaria às telas com That'Il Be the Day de 1973, e também no filme Tommy, de 1975.

Morte
A última noite de Keith Moon foi como convidado de Paul McCartney na estreia do filme The Buddy Holly Story. Depois de jantar com Paul e Linda McCartney, Moon e a sua namorada, Annette Walter-Lax, deixaram a festa mais cedo e regressaram ao seu apartamento em Curzon Place, Londres. Ele morreu dormindo, em consequência de uma overdose do medicamento que ele estava a usar no tratamento contra o alcoolismo. O registo do legista apontou 32 pílulas de Heminevrin no seu organismo, 26 delas ainda não dissolvidas. O apartamento na Curzon Place tinha sido emprestado a Keith por seu amigo Harry Nilsson e, por coincidência, "Mama" Cass Elliot (vocalista do The Mamas and The Papas) morrera no mesmo apartamento quatro anos antes. Amargurado com a perda de dois amigos, Nilsson nunca mais regressou ao local, vendendo posteriormente o apartamento a Pete Townshend.