terça-feira, agosto 12, 2025

O último czarevitch russo nasceu há 121 anos...

    
Alexei Nikolaevich Romanov, czarevitch Alexei Nikolaevich Romanov (São Petersburgo, 12 de agosto de 1904 - Ekaterinburgo, 17 de julho de 1918) foi o herdeiro aparente do trono russo desde o seu nascimento até ao seu bárbaro assassinato, em 1918. Era o mais novo e único filho de sexo masculino do Czar Nicolau II e da sua esposa, a Czarina Alexandra Feodorovna.

Alexei sofria de hemofilia, pelo seu parentesco com a rainha Vitória do Reino Unido (portadora da doença), o que levou a sua mãe a confiar cegamente em Grigori Rasputin, um monge siberiano que, supostamente, o curava durante as suas crises. A sua vida acabou de forma trágica no dia 17 de julho de 1918 quando foi assassinado, juntamente com a sua família, em Ekaterinburgo, nos Montes Urais. Em consequência do seu assassinato, Alexei foi canonizado pela Igreja Ortodoxa Russa como Portador da Paixão.
   
(...)
    
Na noite de 17 de julho de 1918, Alexei foi morto, juntamente com o resto da sua família, por bolcheviques.
Embora poucos, apareceram alguns rumores sobre a sua possível sobrevivência e houve mesmo pessoas que se fizeram passar por ele.
Quando os corpos do resto da família foram encontrados, tanto a equipa de cientistas americanos como a russa concluíram que o seu corpo era um dos que faltavam, juntamente com o da sua irmã Maria ou Anastásia.
Após a descoberta de restos mortais numa área próxima do local onde tinham sido descobertos os restantes corpos da família, no dia 27 de agosto de 2007, duas equipas de investigadores (uma americana e outra russa), passaram 8 meses a analisá-los, procurando provas para garantir que aqueles se tratavam dos restos mortais de Alexei e da sua irmã Maria.
A confirmação chegou durante uma conferência de imprensa, no dia 30 de abril de 2008 que deu como encerrado o mistério, provando que os dois últimos filhos de Nicolau II tinham, de facto morrido com a restante família.
Encontra-se sepultado na Fortaleza de Pedro e Paulo, São Petersburgo na Rússia.
      
     

Miguel Torga nasceu há 118 anos...

(imagem daqui)

 

Miguel Torga, pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha (Vila Real, São Martinho de Anta, 12 de agosto de 1907 - Coimbra, 17 de janeiro de 1995), foi um dos mais influentes poetas e escritores portugueses do século XX. Destacou-se como poeta, contista e memorialista, mas escreveu também romances, peças de teatro e ensaios.

   

 

 


Inocência
    
Vou aqui como um anjo, e carregado
De crimes!
Com asas de poeta voa-se no céu...
De tudo me redimes, Penitência De ser artista!
Nada sei,
Nada valho,
Nada faço,
E abre-se em mim a força deste abraço
Que abarca o mundo!
    
Tudo amo, admiro e compreendo.
Sou como um sol fecundo
Que adoça e doira, tendo
Calor apenas.
Puro,
Divino
E humano como os outros meus irmãos,
Caminho nesta ingénua confiança
De criança
Que faz milagres a bater as mãos.
 
    
    
in Penas do Purgatório (1954) - Miguel Torga

O ditador Zia-ul-Haq nasceu há cento e um anos...

   
Muhammad Zia-ul-Haq (Jullundur, 12 de agosto de 1924 - Bahawalpur, 17 de agosto de 1988) foi um político e militar paquistanês, presidente de seu país entre 1978 e 1988.
    
Golpe militar
Após as eleições legislativos ganhadas pelo Partido Popular do Paquistão, em meio a acusações de fraude pela oposição, o general Zia encabeçou um golpe de Estado, no dia 5 de julho de 1977, que suspendeu os partidos políticos e proclamou lei marcial.
Apesar de afirmar inicialmente que a sua permanência no poder seria temporária, até que o Paquistão recuperasse a estabilidade interna, Zia adiou indefinidamente as eleições e, contra apelos internacionais, não impediu a execução de Ali Bhutto em 1979, condenado por suposta cumplicidade no assassinato de um rival político.
Convertido em ditador (formalmente assumiu a presidência paquistanesa em setembro de 1978), Zia reprimiu com severidade protestos da oposição civil e empreendeu uma paulatina islamização da sociedade paquistanesa, no que foi apoiado pelos partidos tradicionais e opositores do laicismo implementado por Bhutto. Embora este caminho desagradasse os Estados Unidos, a Casa Branca continuou a apoiar economicamente o regime de Zia, que dava suporte aos guerrilheiros mujahidins afegãos na luta contra o regime pró-soviético em Cabul.
Em 19 de dezembro de 1984, Zia submeteu a referendo a sua política islamizante, com resultado favorável de 97,7% de votos, sobre uma participação de 62,1%. Em 25 de fevereiro de 1985, ocorreram as primeiras eleições legislativas no país desde 1977 e, no final desse ano, Zia suspendeu a lei marcial.
   
Morte
Em 29 de maio de 1988, endureceu o regime novamente, com a dissolução da Assembleia Nacional e a destituição do primeiro-ministro Muhammad Khan Junejo, tendo o próprio Zia assumido o posto. Em 15 de junho, o ditador decretou que a sharia (lei islâmica) passava a ser a ter valor de lei oficial no Paquistão. Em 17 de agosto, o avião em que viajavam Zia, o embaixador dos Estados Unidos e outras 28 pessoas, foi sabotado e caiu, minutos depois de descolar do aeroporto de Bahawalpur. Com a morte de Zia, Ghulam Ishaq Khan assumiu a presidência provisória do Paquistão.
   

Tanita Tikaram nasceu há 56 anos

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Tanita Tikaram (Münster, West Germany, 12 August 1969) is a British pop/folk singer-songwriter. She achieved chart success with the singles "Twist in My Sobriety" and "Good Tradition" from her 1988 debut album, Ancient Heart
        
 

Henry Fonda morreu há 43 anos...


Henry Jaynes Fonda
(Grand Island, 16 de maio de 1905 - Los Angeles, 12 de agosto de 1982) foi um ator de cinema norte-americano. É o patriarca de uma família de atores, entre os quais os seus filhos Jane Fonda e Peter Fonda e a sua neta Bridget Fonda.
 

Nascido em Grand Island, filho de Elma Herberta Jaynes e William Brace Fonda, cujos ancestrais eram neerlandeses, sendo o sobrenome Fonda originário da Frísia, província no norte dos Países Baixos.

Fonda estudou Jornalismo na Universidade de Minnesota, mas abandonou o curso no segundo ano. Em 1925 trabalhava numa empresa em Omaha (Nebraska), quando foi convidado para fazer um papel importante numa produção amadora da Omaha Community Playhouse. Nessa época ele já impressionava com os seus 1,86 metros. Apaixonou-se pelo palco e o seu primeiro papel profissional foi na peça You and Me, de Philip Barry.

Em 1929, já em Manhattan e na University Players Guild, fez Devil and the Cheese, ao lado de Margaret Sullavan, que se tornou, dois anos depois, a sua primeira esposa. O casamento durou pouco mais de um ano e após a separação ele foi para Hollywood fazer cinema.

A sua estreia no cinema americano foi em 1935, repetindo o papel que fizera no teatro na adaptação de The Farmer Takes a Wife, que no Brasil recebeu o título de Amor singelo. Nessa mesma época se tornou amigo de outro ator estreante, James Stewart, amizade que durou até à sua morte. Em 1936, Henry se casou com Frances Seymour Brokwaw, uma americana rica e divorciada, com quem teve dois filhos, os também atores Jane Fonda e Peter Fonda. O casamento terminou tragicamente em 1950, com o suicídio de Frances, após um colapso nervoso.

Antes de partir para a Segunda Guerra Mundial como contramestre de terceira classe, ele fez mais de vinte filmes, alguns grandes êxitos de bilheteira e crítica, como Jezebel, Jesse James, Ao rufar dos tambores e As vinhas da Ira pelo qual concorreu ao Óscar de melhor ator.

A volta ao cinema e aos palcos foi em grande estilo, no final da década de 40, com o filme Paixão dos fortes, dirigido por John Ford, e o espetáculo Mister Roberts, com o qual ficou por três anos seguidos nos palcos da Filadélfia e de Nova Iorque, que devido ao grande sucesso foi transposto para o cinema, inicialmente tendo como diretor John Ford. Porém, houve desentendimentos entre Fonda e Ford, que deixou a produção. Contracenaram com também Jack Lemmon, James Cagney e William Powell.

Nas décadas de 50 e 60 dividiu-se entre os palcos e as telas de cinema, até que no início da década de 70, ao protagonizar o one-man-show Clarence Darrow, em Nova Iorque, desmaiou nos camarins e teve que se internar e colocar um pacemaker.

Ele casou mais três vezes: em dezembro de 1950, com Susan Levine Blanchard, com quem adotou uma menina; em 1957, com a italiana Adera Franchetti e, em 1965, com a hospedeira de bordo Shirlee Mae Adams, sua esposa até à morte do ator, em agosto de 1982, vitimado por uma doença crónica no coração. O seu corpo foi cremado e as suas cinzas espalhadas.


Carlos Lopes ganhou o primeiro ouro olímpico português há quarenta e um anos...!


Athletics pictogram.svg Atletismo Athletics pictogram.svg
Nome completo Carlos Alberto de Sousa Lopes
Modalidade 10.000 m e Maratona
Nascimento 18 de fevereiro de 1947
Vildemoinhos, Portugal
Nacionalidade Portuguesa
Compleição Peso: 55 kg Altura: 1,67 m
Clube Sporting (1967 - 1985)
Período em atividade 1967 - 1985
Medalhas
Jogos Olímpicos
Ouro Los Angeles 1984 Maratona
Prata Montreal 1976 10000 m
Campeonatos Mundiais de Corta-Mato
Ouro Chepstow 1976 Individual
Ouro East Rutherford 1984 Individual
Ouro Lisboa 1985 Individual
Prata Düsseldorf 1977 Individual
Prata Gateshead 1983 Individual


Carlos Alberto de Sousa Lopes (Vildemoinhos, 18 de fevereiro de 1947) é um ex-atleta e campeão olímpico português, um dos melhores da sua geração e uma referência mundial do atletismo de longa distância.
Lopes sobressaiu tanto nas provas de pista, como nas de estrada e no corta-mato (cross-country). Foi vencedor da Medalha Olímpica Nobre Guedes em 1973.
     
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Em 12 de agosto, Carlos Lopes venceu a prova de maratona nos Jogos de 1984, tornando-se o primeiro português a ser medalhado com o ouro nos Jogos Olímpicos. A prova foi rápida, e a marca atingida (2h9m21s) foi recorde olímpico até aos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.
Cquote1.svg Carlos Lopes
Mais do que ser primeiro
Herói é quem
Sabe dar-se inteiro
E dentro de si mesmo, ir mais além.
Cquote2.svg
Em 2013, Carlos Lopes foi nomeado diretor do departamento de atletismo do Sporting Clube de Portugal.
  
Recordes Pessoais
Palmarés
Campeonatos Nacionais
Jogos Olímpicos
Campeonatos do Mundo
Campeonatos da Europa
Campeonatos do Mundo de Corta-mato
  

Luther Allison morreu há vinte e oito anos...

   
Luther Allison (Widener, 17 de agosto de 1939 – Madison, 12 de agosto de 1997) foi um guitarrista de blues norte americano. Nasceu em Widener, Arkansas e mudou-se com sua família aos doze anos para Chicago em 1951. Aprendeu a tocar guitarra sozinho e começou a escutar blues intensivamente.  
     
(...)   
     

No meio de sua turnê no verão de 1997, Allison deu entrada no hospital, por sentir tonturas e falta de coordenação. Foi descoberto que tinha um tumor no pulmão, que se espalhou, com metástases, até ao seu cérebro. Após entrar e sair do estado de coma, Allison morreu a 12 de agosto de 1997, cinco dias antes de completar 58 anos, em Madison, Wisconsin. O seu álbum Reckless fora recém lançado. Allison foi enterrado no Cemitério Washington Memory Gardens em Homewood, Illinois. O seu filho, Bernard Allison, que havia tocado como membro de sua banda, agora tem uma carreira a solo.

Foi introduzido postumamente no Blues Hall of Fame em 1998. Em 2000, o Chicago Sun-Times o chamou de "Bruce Springsteen dos blues".



 

O Kursk afundou-se há 25 anos - e Putin deixou morrer os últimos sobreviventes recusando ajuda...

   
K-141 Kursk, foi um submarino nuclear da classe Oscar-II pertencente à Marinha Russa e que afundou no Mar de Barents a 12 de agosto de 2000, com uma tripulação de 118 homens. Foi assim batizado em homenagem aos soldados soviéticos mortos numa das maiores batalhas da Segunda Guerra Mundial, a Batalha de Kursk, em 1943.
Foi uma das primeiras embarcações concluídas, logo após a queda da União Soviética. A sua função principal seria compor a frota do Mar do Norte, cuja sede localiza-se em Severomorsk. As obras de construção começaram em 1990 em Severodvinsk, perto de Arkhangelsk, sendo lançado em dezembro de 1994.
Possuía 154 metros de comprimento, 18 metros de largura, e equivalente a quatro andares de altura (peso estimado de 18.000 toneladas), sendo considerado o maior submarino de ataque já construído e sendo considerado indestrutível pelos marinheiros russos, devido ao seu tamanho e aos recursos tecnológicos.
  
Incidente
De acordo com informações do Serviço de Sismologia da Noruega, o NORSAR, teria havido duas explosões detetadas, nas coordenadas 69°38'N e 37°19'E, durante a manhã de 12 de agosto de 2000. A primeira explosão foi às 11.29.34 (hora de Moscovo) e teve uma magnitude de 1,5 na escala de Richter, seguido de um segundo de 3,5, às 11.31.48, correspondendo a cerca de 100/250Kg de explosivos (TNT).
Dados semelhantes foram registados por estações sísmicas no Canadá e Alasca. Além disso, dois submarinos americanos (um deles - USS Memphis), que estava a acompanhar os exercícios, registou duas explosões submarinas às 11.38. Um submarino russo e o cruzador pesado PETR Velikiy que também acompanhavam as manobras, detetaram também essas explosões. O Ministro da Defesa da Rússia disse que o submarino russo de apoio recebeu também o som de uma terceira explosão às 11.44. O submarino americano alega ter detetado um ruído durante o intervalo entre as duas explosões, que reconheceu como tanques de lastro de sopro explodindo ou o aumento da velocidade da hélice. O acidente só foi tornado oficialmente público no dia 14 de agosto. O incidente com o submarino Kursk provocou uma enorme reação no mundo, pois, tratando-se de um submarino nuclear, temia-se um acidente parecido com o de Chernobyl. Durante a noite de 14 de agosto, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Israel, Itália, Noruega, Estados Unidos da América e outros países ofereceram a sua ajuda. Porém como o submarino continha tecnologia e segredos militares e os russos estavam reticentes em aceitar tal ajuda.
Estudos indicam que a tripulação dos compartimentos 5 e 5B, conseguiram fechá-los logo após a segunda explosão. Estes compartimentos eram revestidos de chumbo (sarcófago) e continham os reatores atómicos, uma vez fechados, somente poderiam ser abertos pelo lado de dentro. Esta ação foi de fundamental importância, evitando que explodissem devido à alta temperatura que estava sendo acumulada no submarino. Investigações após o resgate,indicam que a temperatura dentro do submarino após a série de explosões tenha atingido 8.000 º C.
O submarino afundou-se em águas relativamente rasas, a uma profundidade de 108 metros (354 pés), a cerca de 135 km (85 milhas) de Severomorsk , na posição de coordenadas 69° 40′ N 37° 35′ E. Uma dessas explosões teria aberto grandes buracos no casco do submarino.
   
Resgate
Nenhuma autoridade russa admitiu que 23 marinheiros haviam conseguido sobreviver por um período de dois dias após o acidente. Depois da explosão na câmara de mísseis, os tripulantes foram para o compartimento número nove do submarino, localizado na proa, e emitiram sinais de socorro durante 48 horas.
As autoridades da Rússia só recorreram ao pedido de ajuda aos noruegueses e britânicos quatro dias depois do acidente. E, o mais humilhante, é que os homens-rãs ocidentais, com roupas especiais e descendo em “sinos” (equipamentos de resgate), acabaram realizando a operação de descida e abertura das escotilhas em menos de um dia. A justificativa da Marinha Russa era a necessidade de se preservarem os segredos militares do submarino nuclear. O governador da província de Kursk, Alexander Rutskoi, disse que o motivo pelo qual os russos não queriam ninguém no fundo do mar Barents era o teste de um novo tipo de míssil, que segundo informações, ainda permanecia no mesmo.
Na segunda-feira 21 de agosto, às 07.45 horas da manhã, quatro mergulhadores noruegueses da empresa Stolt Comex Seaway conseguiram abrir a primeira escotilha do submarino. Os homens-rãs deparam-se com o cenário mais temido. “Todos os compartimentos estão inundados e nenhum membro da tripulação sobreviveu”, declarou o vice-almirante russo Mikhail Motsak.
   
Causas do acidente
A hipótese mais coerente é a de que no lançamento do torpedo a proa do submarino tenha explodido, atingindo ainda outros compartimentos. Segundo o jornal militar russo Krasnaia Zvezda, o Kursk estaria usando um novo tipo de combustível que é líquido, mais barato e de muito mais alta combustão. Há ainda uma hipótese, mais sinistra, de que o submarino estaria com mísseis nucleares supersónicos. Uma carta que explicava as causas do naufrágio do submarino Kursk foi encontrada no corpo de um tripulante e mantida em segredo pelas autoridades russas, disseram militares da Frota do Norte hoje citados pelo diário Izvestia.
De acordo com estas fontes, foram encontradas duas cartas, a 25 de outubro, no cadáver do oficial da marinha Dmitri Kolesnikov, tendo apenas uma sido divulgada.
Na carta mantida em segredo, Kolesnikov descreve exatamente o que aconteceu e afirma que, na sequência da morte do comandante do Kursk, assumiu o comando do submarino, precisaram as fontes, sem adiantar mais pormenores sobre o documento.
Na mensagem que foi divulgada, Kolesnikov referia que pelo menos 23 homens, dos 118 que se encontravam a bordo do Kursk, sobreviveram ao acidente e se refugiaram num compartimento da popa do submarino. A nota, divulgada pelas autoridades russas, não continha qualquer indicação sobre as causas do naufrágio.
Uma segunda carta, também encontrada no corpo de um marinheiro que se refugiou na proa do Kursk, também foi divulgada. A carta, manuscrita, descreve os minutos imediatamente após a catástrofe, mas não indica as causas.
"Está escuro aqui para escrever, mas vou tentar pelo tato. Parece que não há hipóteses, 10-20%. Vamos esperar para que, pelo menos, alguém leia isto. Aqui está a lista de pessoal de outras secções, que estão agora no nono e tentarão sair. Cumprimentos a todos, sem necessidade de ficar desesperados."
Capitão-Tenente Dmitri Kolesnikov
   

Helena Vaz da Silva morreu há vinte e três anos...


Helena Maria da Costa de Sousa de Macedo Gentil (Lisboa, Santa Catarina, 3 de julho de 1939 – Lisboa, 12 de agosto de 2002) foi uma das primeiras e mais influentes jornalistas culturais em Portugal.

Filha única do Francisco Mascarenhas Gentil, licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e de sua mulher D. Isabel Maria da Ascenção Barjona de Freitas da Costa de Sousa de Macedo. O seu avô paterno, o médico cirurgião e professor de Medicina Francisco Soares Branco Gentil, foi o fundador e diretor do Instituto Português de Oncologia (IPO) e director da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

Frequenta o Colégio de freiras de St. Augustin e as escolas das irmãs Escravas e Oblatas, sempre com excecional aproveitamento. Com 17 anos começa a sua vida profissional na agência de publicidade de Martins da Hora, na mesma secretária em que trabalhou Fernando Pessoa. Mais tarde, volta a estudar Jornalismo e Sociologia, na Universidade de Vincennes, em Paris, onde assiste também aos acontecimentos de maio de 68.

Casa no Mosteiro dos Jerónimos, a 7 de março de 1959, com Alberto de Mira Mendes Vaz da Silva (Lisboa, 7 de agosto de 1936 – Lisboa, 7 de julho de 2015), com quem tem quatro filhos; Francisco, Salvador, Tomás e Helena. Insere-se no influente círculo cultural, em que se integram António Alçada Batista, Nuno Bragança, João Bénard da Costa, Pedro Tamen, José Escada, Luís Sousa Costa, Nuno Cardoso Peres e Cristovam Pavia. Sobre esse grupo disse Helena: “Para lá do trabalho em comum que tínhamos (no projeto editorial da Livraria Moraes), chegámos a planear constituir uma comunidade segundo um projeto só nosso, a que chamámos O Pacto”. Esse projeto não se concretizou, mas realizou-se um outro, o da criação de uma revista “de pensamento e ação”, que nasceu em 1963 e que se chamou “O Tempo e o Modo” – iniciativa marcante, pela abertura de novos horizontes políticos, culturais, literários e artísticos. A revista congregaria personalidades de diversas sensibilidades, empenhadas na renovação da vida portuguesa no sentido da democracia: Mário Soares, Salgado Zenha, Jorge Sampaio, Sottomayor Cardia, Vasco Pulido Valente, Manuel de Lucena, Sophia de Mello Breyner, Jorge de Sena, Agustina Bessa-Luís, Ruy Belo, M.S. Lourenço, Eduardo Lourenço, António Ramos Rosa, José Cardoso Pires e Vergílio Ferreira. Dois dos mais aclamados números temáticos desta revista foram “Deus, O Que É?” e “O Casamento”.

Ingressa no quadro do “Expresso” e dirige os programas políticos e sociais da RTP. Em 1977 entra na ANOP (Agência Noticiosa Portuguesa), para chefiar a área da cultura. Em 1978, assume a direção e a propriedade da revista “Raiz e Utopia”, fundada por António José Saraiva, Carlos Medeiros Silva e José Batista, e imprime uma orientação inconformista virada para os grandes debates europeus do momento.

Em 1979, assume a Presidência do Centro Nacional de Cultura (CNC), que leva a cabo até à sua morte. Lá inicia e desenvolve uma ação incansável em prol da divulgação, do estudo e da preservação da língua e da cultura portuguesas. Lança os “passeios de Domingo” - itinerários culturais como forma de conhecimento e valorização do património histórico e da criação artística e cultural contemporânea. Organiza debates, colóquios, cursos livres, diversas publicações e o ciclo “Os Portugueses ao Encontro da Sua História”.

Em 1980 é Vice-Presidente do Instituto Português de Cinema e conhece Marguerite Yourcenar, de quem se torna amiga e tradutora. Também Edgar Morin e Yehudi Menuhin são, aliás, referências fundamentais do círculo de afetos e de referência intelectuais e éticas de Helena Vaz da Silva. Em 1987, integra o Conselho Consultivo da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses e de 1989 a 1994 é Presidente da Comissão Nacional da UNESCO, mandato que coincide com o de Federico Mayor como diretor geral da organização, o que permitiu a Portugal exercer um papel decisivo no Ano Internacional dos Oceanos, na Expo 98 e realizar em Lisboa a Reunião Inter-Regional sob o tema “A UNESCO para o Século XXI”.

Em 1992, é membro do Conselho de Orientação para os Itinerários Culturais do Conselho da Europa e em 1994 foi eleita deputada ao Parlamento Europeu pelo PSD, exercendo um mandato muito marcante: “consegui pôr Portugal na agenda dos agentes culturais europeus e pôr a cultura na agenda da Europa”. Em 1996 integrou a Comissão para o Futuro da Televisão em Portugal e em 2002 toma posse como Presidente do Grupo de Trabalho sobre o Serviço Público de Televisão.

Morreu a 12 de agosto de 2002, devido a cancro. Foi sepultada em Lisboa, no Cemitério do Alto de São João, a 14 de agosto de 2002.
 

Lauren Bacall morreu há onze anos...


   
Conhecida pela sua voz rouca e aparência sensual, tornou-se um ícone da moda e um modelo para a mulher moderna. Hoje é considerada uma atriz lendária, em parte devido à longevidade da sua carreira.
É conhecida principalmente por se destacar no cinema noir, em filmes como The Big Sleep (1946) e Dark Passage (1947), bem como comediante, como visto em Como Se Conquista Um Milionário (1953).
    

Ron Mael, músico dos Sparks, comemora hoje oitenta anos...!


Ronald David Mael (Culver City, California, August 12, 1945) is an American musician, songwriter, composer and record producer. He is the keyboard player and principal songwriter in the band Sparks which he founded with vocalist, occasional songwriter and younger brother Russell Mael in 1971. Mael is known for his quirky and idiosyncratic approach to songwriting, his intricate and rhythmic keyboard playing style and for his deadpan and low key, scowling demeanour onstage often remaining motionless over his keyboard in sharp contrast to Russell's animated and hyperactive frontman antics. Ron Mael is also noted for his conservative clothes and unfashionable moustache. The Mael brothers are the founders of Lil' Beethoven Records

 


 

Música adequada à data...

Poema adequado à data...

Domingo há chuva de estrelas das Perseidas - Barlavento - Notícias do  Algarve e Portugal 

(imagem daqui)

 

Chuva de Estrelas

      

Cadente inquietação no céu florido.

Assim quebra a seráfica harmonia

O barro incandescente que não pára.

Da paternal e constelada vara

Do divino pastor

Fogem massas de luz, ovelhas tresmalhadas.

Nem mesmo Deus, dulcíssimo Senhor, 

Consegue aquietar no seu amor

As forças da ilusão, manietadas!


 

 in Penas do Purgatório (1954) - Miguel Torga

segunda-feira, agosto 11, 2025

Robin Williams morreu há onze anos...

    
Robin McLaurin Williams (Chicago, 21 de julho de 1951 - Paradise Cay, 11 de agosto de 2014) foi um ator e comediante americano. Após conquistar fama interpretando o alienígena Mork, na série de televisão Mork & Mindy, e pelo seu trabalho posterior com stand-up comedy, Williams foi destaque em diversos filmes a partir da década de 80. Venceu o Óscar de melhor ator coadjuvante pela sua performance no filme Good Will Hunting, de 1997, e também conquistou dois Prémios Emmy do Primetime, seis Globos de Ouro, dois prémios do Screen Actors Guild e cinco Grammys
      
(...)   
     
Williams foi encontrado morto em sua casa em Paradise Cay (Califórnia), no dia 11 de agosto de 2014, aos 63 anos. Na época de seu suicídio, ele havia sido diagnosticado com a doença de Parkinson. De acordo com sua viúva, Williams passou a sofrer de depressão, ansiedade e paranoia crescente. A sua autópsia revelou "demência com corpos de Lewy" e profissionais da saúde afirmaram que os sintomas de Williams eram de facto a doença de Lewy.
   

Galopim de Carvalho, o decano dos geólogos portugueses, celebra hoje 94 anos...!


António Marcos Galopim de Carvalho (Évora, 11 de agosto de 1931), professor universitário português, Prémio Bordalo (1994) em Ciências, conhecido em Portugal como "o avô dos dinossauros". 

Galopim de Carvalho nasceu em 1931, em Évora.

Licenciou-se em Ciências Geológicas pela Universidade de Lisboa (1959), doutorou-se em Geologia (1969) na mesma universidade e viria a ensinar na sua alma mater no Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências até 2001.
Responsável pelo carinho do público pelos dinossáurios, fez “lobby” da questão das esquecidas pegadas da Pedreira de Carenque, Sesimbra - Espichel, um dos trilhos mais longos do Cretácico e conseguiu salvar as pegadas. É um símbolo nacional da defesa e preservação do património cultural e científico, nomeadamente de sinais marcantes da riquíssima evolução da história natural.
Dirigiu inúmeros projetos de investigação, de que são exemplo a "Paleontologia dos vertebrados fósseis do Jurássico superior da Lourinhã e Pombal" e "Icnofósseis de dinossáurios do Jurássico e do Cretácico Português". Dirige e integra diversos organismos nacionais e internacionais, nomeadamente a comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO. Foi colaborador dos Serviços Geológicos de Portugal e trabalhou no Centro de Estudos Geográficos, do Instituto de Geografia da Faculdade de Letras de Lisboa e no Centro de Estudos Ambientais.
Foi consultor científico da RTP para as séries televisivas de divulgação científica na área das Ciências da Terra. Participou e dirigiu várias exposições. Contudo, devido ao enorme impacto causado, sobressai a famosa "Dinossáurios regressam a Lisboa", que contou com 347 mil visitantes em apenas 11 semanas.
Em 1993, foi agraciado com o grau de Grande Oficial da Ordem de Sant’Iago da Espada e foi distinguido pela Casa da Imprensa com o prémio "Bordalo" para a Ciência, em 1994.
Publicou diversos trabalhos e artigos científicos em revistas nacionais e internacionais das diversas especialidades em que desenvolveu investigação.
É responsável por livros didáticos e de divulgação, como "Morfogénese e Sedimentogénese" (1996), "Petrogénese e Orogénese" (1997) e "Introdução à Cristalografia e Mineralogia" (1997). Publicou também alguns livros na área da literatura de ficção: "O Cheiro da Madeira" (1994), "O Preço da Borrega" (1995) e "Os Homens não tapam as orelhas" (1997).

Foi Diretor do Museu Nacional de História Natural durante vários anos e é Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

O cantor Francisco José era seu irmão e é pai do jornalista Nuno Galopim. 

 

Distinções

 

Joe Jackson nasceu há setenta e um anos

   
David Ian "Joe" Jackson (Burton upon Trent, Staffordshire, 11 August 1954) is an English musician and singer-songwriter. Having spent years studying music and playing clubs, Jackson scored a hit with his first release, "Is She Really Going Out with Him?", in 1979. This was followed by a number of new wave singles before he moved to more jazz-inflected pop music and had a Top 10 hit in 1982 with "Steppin' Out". He is associated with the 1980s Second British Invasion of the US. He has also composed classical music. He has recorded 19 studio albums and received 5 Grammy Award nominations.
 

Santa Clara de Assis morreu há setecentos e setenta e dois anos...

    
Santa Clara de Assis (em italiano, Santa Chiara d'Assisi) nascida como Chiara d'Offreducci em Assis (Itália), no dia 16 de julho de 1194, e falecida, em Assis, no dia 11 de agosto de 1253, foi a fundadora do ramo feminino da ordem franciscana, a chamada Ordem de Santa Clara (ou Ordem das Clarissas).
   
Pertencia a uma nobre família e era dotada de grande beleza. Destacou-se desde cedo pela sua caridade e respeito para com os pequenos, tanto que, ao deparar-se com a pobreza evangélica vivida por São Francisco de Assis, foi tomada pela irresistível tendência religiosa de segui-lo.
Enfrentando a oposição da família, que pretendia arranjar-lhe um casamento vantajoso, aos dezoito anos Clara abandonou o seu lar para seguir Jesus mais radicalmente. Para isto foi ao encontro de São Francisco de Assis na Porciúncula e fundou o ramo feminino da Ordem Franciscana, também conhecido por "Damas Pobres" ou Clarissas. Viveu na prática e no amor da mais estrita pobreza.
O seu primeiro milagre foi em vida, demonstrando a sua grande fé. Conta-se que uma das irmãs da sua congregação havia saído para pedir esmolas para os pobres que iam ao mosteiro. Como não conseguiu quase nada, voltou desanimada e foi consolada por Santa Clara que lhe disse: "Confia em Deus!". Quando a santa se afastou, a outra freira foi pegar no embrulho que trouxera e não conseguiu levantá-lo, pois tudo se havia multiplicado.
Em outra ocasião, aquando da invasão de Assis pelos sarracenos, Santa Clara apanhou o ostensório com a hóstia consagrada e enfrentou o chefe deles, dizendo que Jesus Cristo era mais forte que eles. Os agressores, tomados de repente por inexplicável pânico, fugiram. Por este milagre Santa Clara é representada segurando o Ostensório na mão.

Um ano antes de sua morte, em 1253, Santa Clara assistiu a Celebração da Eucaristia sem precisar sair do seu leito. Neste sentido é que é aclamada como protetora da televisão.

Diversos episódios da vida de Santa Clara e São Francisco compõem as florinhas de São Francisco. Escritos muitos anos após a morte de ambos, é difícil atestar a correção destes relatos, mas, com certeza, retratam bem o espírito de ambos e os primeiros acontecimentos aquando da criação das duas Ordens Franciscanas.

      

Jackson Pollock morreu há 69 anos...

   
Paul Jackson Pollock (Cody, Wyoming, 28 de janeiro de 1912 - Springs, 11 de agosto de 1956) foi um pintor norte-americano e referência no movimento do expressionismo abstrato. Ele tornou-se conhecido pelo seu estilo único de pintura, por gotejamento.

Durante a sua vida, Pollock gozou de fama e notoriedade consideráveis; ele foi um grande artista de sua geração. Considerado  um recluso, tinha uma personalidade volátil e lutou contra o alcoolismo durante a maior parte de sua vida.

Pollock morreu aos 44 anos, num acidente do carro que dirigia, alcoolizado. Em dezembro de 1986, trinta anos e quatro meses após a sua morte, Pollock recebeu uma exibição retrospetiva memorial no Museum of Modern Art (MoMA) na cidade de Nova Iorque. Uma exposição maior e mais abrangente de seu trabalho foi realizada em 1967. Em 1998 e 1999, o seu trabalho foi homenageado com exposições retrospetivas em larga escala no MoMA e no Tate em Londres.       
      
Autumn Rhythm (Number 30)