quinta-feira, outubro 24, 2024

Ferdinand Hiller nasceu há 213 anos

      

O seu primeiro professor foi Aloys Schmitt e, aos 14 anos, as suas composições e talento levaram o seu pai, um homem de sucesso, a mandá-lo para junto de Johann Nepomuk Hummel, em Weimar. Lá ele se dedicou a compor.

Com Hummel, Hiller viajou extensivamente como pianista, tanto que em 1827 fez uma turnê por Viena, onde conheceu Beethoven e compôs seu primeiro Quarteto. Após uma breve visita à sua casa, Hiller foi para Paris em 1829, onde viveu até 1836. Ele voltou a Frankfurt por um período devido à morte de seu pai, mas em 8 de janeiro de 1839 estreou sua ópera La Roinilda em Milão e começou a escrever seu oratório Die Zerstörung Jerusalems.

Em seguida, foi para Leipzig, onde morava o seu amigo Mendelssohn, onde, em 1843-1844, dirigiu vários concertos na Gewandhaus e terminou o seu primeiro oratório. Após uma breve visita à Itália para estudar música sacra, Hiller executou duas óperas, Ein Traum e Conradin, em Dresden em 1845 e 1847, respetivamente. Ele foi, como maestro, para Düsseldorf em 1847 e Colónia em 1850, e dirigiu a Ópera Italiana em Paris, entre 1851 e 1852. Em Colónia ganhou destaque como maestro dos concertos de Gürzenich e maestro do conservatório. Em 1884 retirou-se e morreu no ano seguinte.

Hiller costumava visitar a Inglaterra. Ele compôs uma peça, Nala, para a abertura do Royal Albert Hall, e Damayanti foi apresentada em Birmingham. Ele deu uma série de recitais de piano de suas próprias composições no Hanover Square Rooms em 1871. Ele tinha um domínio perfeito da técnica de composição e da forma, mas suas obras são geralmente secas. Ele era um pianista e professor, e ocasionalmente um escritor brilhante em assuntos musicais. Entre as suas obras, cerca de duzentas, estão seis óperas, dois oratórios, seis ou sete cantatas, muita música de câmara e um concerto para piano até então popular.
   

A bisavó do atual Rei de Espanha nasceu há 137 anos

  

Vitória Eugénia de Battenberg (Aberdeenshire, 24 de outubro de 1887Lausana, 15 de abril de 1969) foi uma princesa britânica, esposa do rei Afonso XIII e Rainha Consorte da Espanha de 1906 até a proclamação da Segunda República Espanhola em 1931. Filha do príncipe Henrique de Battenberg e de sua esposa, a princesa Beatriz do Reino Unido, era neta da rainha Vitória do Reino Unido.

Casou-se em 1906 com o rei Afonso XIII da Espanha, com quem teve 7 filhos, 2 dos quais eram portadores da hemofilia, doença a qual Vitória Eugénia herdou de sua avó materna a rainha Vitória do Reino Unido. Ela foi uma rainha distante de seu povo e pouco popular. Em 1931 teve de exilar-se da Espanha com o resto da família real espanhola, após eleições municipais terem colocado republicanos no poder nas maiores cidades, levando à proclamação da Segunda República Espanhola. Alfonso XIII esperava que o seu exílio impedisse a guerra civil entre republicanos e nacionalistas, o que não ocorreu, e em 1936 eclodiria a Guerra Civil Espanhola, na qual os nacionalistas sairiam vitoriosos.

Após a vitoria dos nacionalistas na Guerra Civil e a consolidação de Francisco Franco no poder, a Espanha retornou a seu status quo de reino, entretanto Franco fez com que o trono permanecesse vago até à sua morte, em 1975, quando o infante Juan Carlos, neto de Afonso XIII e Vitória Eugénia sobe ao trono como rei Juan Carlos I da Espanha. Vitória Eugénia voltou brevemente à Espanha em fevereiro de 1968, para ser madrinha de batismo do seu bisneto, o infante Filipe, o atual rei da Espanha. Ela morreu em Lausana a 15 de abril de 1969, com 81 anos, exatamente 38 anos depois de ter deixado a Espanha para o exílio. Foi sepultada na Igreja do Sacré Coeur na mesma cidade. Em 25 de abril de 1985, o seu caixão voltou para Espanha, ficando na Cripta Real do Mosteiro do Escorial.


Nascida no Castelo de Balmoral, na Escócia, Vitória Eugénia era a única filha do príncipe Henrique de Battenberg e de sua esposa, a Princesa Beatriz, a última filha da rainha Vitória e do príncipe Alberto. Vitória recebeu o nome de suas avós e de sua madrinha, a imperatriz Eugénia, viúva de Napoleão III. Entre seus familiares, era conhecida como Ena.
Tinha dois irmãos mais velhos, Alexander e Leopold, e um irmão mais pequeno, Maurice.
A princesa Ena cresceu na corte da rainha Vitória, passando sua infância no Castelo de Windsor, Castelo de Balmoral e Osborne House, na Ilha de Wight. O seu pai, depois de contrair malária em Prahsu, no Gana, morreu em 1896, quando Vitória Eugénia tinha apenas oito anos de idade. Após a morte da rainha, em 1901, a família Battenberg estabeleceu residência no Palácio de Kensington, em Londres.
Em 1905, a princesa assistiu a uma festa organizada por seu tio, o rei Eduardo VII, dada em honra de Afonso XIII da Espanha. O monarca espanhol cortejou a jovem princesa, apesar da oposição materna a um possível matrimónio.
A rainha Maria Cristina, mãe de Afonso XIII, não era partidária da união entre o seu filho e Vitória Eugénia, por causa das origens do ramo Battenberg. Além disso, a princesa ostentava unicamente o tratamento de Alteza Sereníssima, o qual era considerado inferior por Maria Cristina.
  
Descendência
A tendência hemofílica desta família provém da Rainha Vitória, que já tinha o gene e que o espalhou, através dos seus filhos, pela maioria das casas reais europeias. Como Beatriz, a mãe de Vitória Eugénia, era filha da Rainha Vitória, alguns dos seus filhos e netos nasceram hemofílicos.
   
  
in Wikipédia

William James Herschel, o fundador da datiloscopia, morreu há 107 anos

   
Sir William James Herschel, 2° Baronete de Herschel (Slough, 9 de janeiro de 1833 - 24 de outubro de 1917) foi um funcionário público do governo da Índia Britânica. É reconhecido como o primeiro europeu a perceber a aplicação prática das impressões digitais, contribuindo assim para a implantação definitiva da datiloscopia.

William Herschel nasceu na Inglaterra, numa família bem conhecida de cientistas e artistas musicais. O seu avô, Sir William Herschel, foi um dos mais influentes astrónomos de todos os tempos. A sua tia-avó, Caroline Lucretia Herschel, também se destacou pelo seu trabalho relacionado com a astronomia, além de ser conhecida como cantora. O seu pai, John Frederick William Herschel, foi também um conhecido matemático e astrónomo. Um dos seus onze irmãos, Alexander Stewart Herschel, também se destacou como astrónomo.
   
   
William Herschel tornou-se conhecido por ser o primeiro europeu de que se tem registo que recolheu impressões digitais para a identificação de pessoas, especialmente com o objetivo de autenticar contratos e documentos legais. Visto que havia tido problemas no cumprimento de contratos efetuados anteriormente, em 28 de julho de 1858, William Herschel exigiu que Rajyadhar Konai, um homem de negócios nativo de Hooghly, Jungipoor, Bengala Ocidental, colocasse a inteira impressão da sua mão no verso do contrato. A ideia inicial era somente causar impacto no negociante. Isto acabou por resultar, uma vez que o contrato foi cumprido. Diante do resultado positivo, Herschel fez disso um hábito, requerendo a impressão da palma da mão e posteriormente apenas a impressão do dedo médio em todos os contratos daquela data em diante. Com o uso continuado desta prática, a coleção de impressões digitais foi crescendo e Herschel começou a notar que, comparando as impressões, podia realmente provar ou contestar a identidade das pessoas. Apesar das suas experiências serem limitadas, Herschel estava convencido, corretamente, que não existiam duas impressões iguais e que estas se manteriam inalteradas com o passar dos anos, o que o inspirou a ampliar o uso.
Em 1877, ao serviço dos Serviços Administrativos Ingleses, na Índia, recorreu extensamente ao uso de impressões digitais para se assegurar de que os pensionistas do Exército Britânico em Hooghly, não recebiam as suas pensões mais do que uma vez. Na altura dos pagamentos obrigou os homens a "assinarem" os recibos do dinheiro deixando as suas impressões digitais nos documentos. Também, o método passou a ser aplicado na prisão local para impedir que os condenados pagassem a substitutos para cumprirem as suas penas.
A técnica de Herschel foi mais tarde aperfeiçoada pelo cientista Sir Francis Galton e pelo polícia Edward Henry para a deteção e identificação de criminosos.
      
Coelis Exploratis

Charles Lecocq morreu há cento e seis anos...

       
Nascido numa família pobre, sofreu de uma enfermidade que o obrigou a usar muletas em toda a vida. Estudou no Conservatório de Paris, ao mesmo tempo que Georges Bizet. Começa a compor operetas graças a um concurso organizado, em 1856, por Offenbach, onde divide o primeiro prémio com Bizet. Isso determinará a sua carreira, sendo este o seu principal nicho de composições.
Obteve o seu grande sucesso em 1872 com La Fille de Madame Angot (A Filha da Senhora Angot) que é considerada, hoje em dia, como umas das melhoras obras que representam o seu reportório lírico.
  
 

Antonie van Leeuwenhoek nasceu há 392 anos

  

Antonie van Leeuwenhoek (Delft, 24 de outubro de 1632 - Delft, 26 de agosto de 1723) foi um comerciante de tecidos, cientista e construtor de microscópios neerlandês.
Antonie van Leeuwenhoek é conhecido pelas suas contribuições para o melhoramento do microscópio, além de ter contribuído com as suas observações para a biologia celular (descreveu a estrutura celular dos vegetais, chamando as células de "glóbulos"). Utilizando um microscópio feito por si mesmo (possuía a maior coleção de lentes do mundo, cerca de 250 microscópios), foi o primeiro a observar e descrever fibras musculares, bactérias, protozoários e o fluxo de sangue nos capilares sanguíneos de peixes.
O microscópio utilizado por Leeuwenhoek para as suas descobertas era constituído por uma lente biconvexa, que tinha a capacidade de aumentar a imagem cerca de 200 vezes.
A ele é atribuída a descoberta dos microorganismos.
     

Alessandro Scarlatti morreu há 299 anos

     
Alessandro Scarlatti (Palermo, 2 de maio de 1660 - Nápoles, 24 de outubro de 1725), cujo nome verdadeiro era Pietro Alessandro Gaspari, foi um compositor italiano de grande importância para a música lírica do período barroco. O seu trabalho foi fundamental para o desenvolvimento da ópera séria e da ópera buffa (ópera cómica) do seu tempo. Ele é considerado o pai da escola napolitana de ópera, a qual contou, mais tarde, com membros como Leonardo Leo, Leonardo Vinci, Giovanni Pergolesi e Johann Adolfo Hasse, entre outros.
      

 


O último voo comercial de um Concorde foi há vinte e um anos...

     
O Concorde era um avião comercial supersónico de passageiros, construído pelo consórcio formado pela britânica British Aircraft Corporation (BAC) e a francesa Aérospatiale. Foi operado apenas pelas companhias British Airways e Air France. A sua velocidade de cruzeiro era de Mach 2,04 (entre 2.346 e 2.652 km/h), e um teto operacional de 17.700 metros de altura (aproximadamente 58.070 pés). Os voos comerciais começaram a 21 de janeiro de 1976 e terminaram a 24 de outubro de 2003.
   
(...)
  
Em 21 de janeiro de 1976 o Concorde iniciou voos comerciais, ligando Paris ao Rio de Janeiro, com uma escala em Dakar. Voar no Concorde era uma experiência única. Tendo uma velocidade de cruzeiro em torno de 2,5 vezes a de qualquer aeronave de passageiros - 1.150 nós contra 450 nós, sendo 1.292 nós o recorde, em 19 de Dezembro de 1985 - ele foi capaz de um feito memorável: um Concorde e um Boeing 747 da Air France descolaram ao mesmo tempo, o Concorde de Boston e o Boeing 747 de Paris. O Concorde chegou a Paris, ficou uma hora no solo e retornou a Boston, pousando 11 minutos antes do Boeing 747.
Turbulência era uma coisa que raramente o Concorde enfrentava, devido à sua grande altitude de voo. Olhando pela janela podia-se ver claramente a curvatura do globo terrestre. O avião era mais rápida que a velocidade de rotação da Terra, e isso se fazia notar quando ele descolava após o pôr do sol de Londres e chegava a Nova Iorque ainda de dia. Porém, por se tratar de um avião supersónico, o Concorde emitia muito ruído e poluição, e assim, durante muito tempo, restrições ambientais impediram a sua operação nos Estados Unidos
O serviço de passageiros no Concorde permaneceu sem acidentes por cerca de vinte e quatro anos, atendendo regularmente, além de Nova Iorque e Washington, as cidades de Miami, Bridgetown (Barbados), Caracas, Ilha de Santa Maria, Dakar, Bahrain, Singapura, Cidade do México e Rio de Janeiro. Ao longo destes anos, o avião rodou o mundo nas duas direções, visitando todos os continentes, exceto a Antártica. Porém, a 25 de julho de 2000, uma das unidades da Air France (Voo Air France 4590) teve um acidente fatal, causado por uma peça de um DC-10 da Continental Airlines, que se soltara na pista minutos antes, o que causou a paralisação de toda a frota francesa e britânica. Este acidente foi o começo do fim para os voos comerciais do Concorde.
   

Rosa Parks morreu há dezanove anos...


Rosa Louise McCauley, mais conhecida por Rosa Parks (Tuskegee, 4 de fevereiro de 1913 - Detroit, 24 de outubro de 2005), foi uma costureira negra norte-americana, símbolo do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Ficou famosa, em 1 de dezembro de 1955, por ter-se recusado frontalmente a ceder o seu lugar no autocarro a um branco, tornando-se a desencadeadora do movimento que foi denominado Boicote aos Autocarros de Montgomery e posteriormente viria a marcar o início da luta antissegregacionista.
   
O autocarro de Montgomery em que Rosa Parks se negou a ceder o seu lugar a uma pessoa branca
    
Nascida em Tuskegee, no estado do Alabama, no Sul dos EUA, Rosa era filha de James e Leona McCauley, e cresceu numa quinta. Devido a problemas de saúde na família, foi obrigada a interromper os seus estudos e começou a trabalhar como costureira.
Em 1932 casou-se com Raymond Parks, membro da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP), uma organização que luta pelos direitos civis dos negros, na qual Rosa se tornou militante.
Foi através dessa atitude que o então jovem pastor negro Martin Luther King, Jr., concordando com a atitude de Rosa Parks, incentivava em seus sermões os negros fiéis a fazerem o mesmo.
Este movimento teve grande repercussão na década de 50 nos Estados Unidos, pois o honroso pastor pregava pelos direitos civis do negros americanos através da teoria "say at less… I'm black, I'm proud", que mudou completamente a história dos Direitos Civis para os negros americanos e influenciou gerações de negros no mundo inteiro. A atitude solitária de Rosa Parks, ao ser acolhida por Martin Luther King, Jr., nunca mais foi uma atitude solitária. Depois de se aposentar, escreveu a sua auto-biografia. Os anos finais de sua vida foram marcados pela doença de Alzheimer, e no ano de 2005 morre, de causas naturais.
    

Medalha de ouro do Congresso, com a inscrição "Mãe do Movimento dos Direitos Civis dos dias atuais"
          
Medalhas e condecorações
        

O baixo Bill Wyman celebra hoje 88 anos

 
William George Perks (Londres, 24 de outubro de 1936), conhecido pelo nome artístico de Bill Wyman, é um músico britânico. Ele é conhecido por ter sido baixista na banda britânica de rock and roll The Rolling Stones, desde a sua fundação, em 1962, até 1993.
  
Biografia

Nascido no distrito de Lewisham, ao sul de Londres, começou a ter aulas de piano aos 10 anos e aprendeu sozinho a tocar baixo.

Apesar da sua reputação de ser o Stone calmo, Wyman esteve envolvido em uma polémica na década de 80 quando começou a sair com uma modelo adolescente, Mandy Smith, que tinha 13 anos quando o conheceu. Os dois casaram em 1989 e divorciar-se-iam em 1991.

Wyman, no seu trabalho com a banda, tanto em estúdio quanto ao vivo, raramente tinha de cantar. Uma exceção notável foi a música "In Another Land", do álbum Their Satanic Majesties Request.

Mantém uma amizade sólida com o primeiro integrante dos Stones a deixar voluntariamente a banda, o guitarrista Mick Taylor, e continua a trabalhar com ele em projetos a solo.

Wyman também se apresenta com a banda Rhythm Kings, além de ser o autor dos livros Stone Alone e Rolling with the Stones.

     

 

 

Start me up - The Rolling Stones

Letra de Jagger e Richards, produzida por Glimmer Twins e com Mick Jagger na voz, Keith Richards e Ronnie Wood nas guitarras, Charlie Watts na bateria e Bill Wyman no baixo.


If you start me up
If you start me up I'll never stop
If you start me up
If you start me up I'll never stop
I've been running hot
You got me ticking gonna blow my top
If you start me up
If you start me up I'll never stop
Never stop, never stop, never stop

You make a grown man cry
You make a grown man cry
You make a grown man cry
Spread out the oil, the gasoline
I walk smooth, ride in a mean, mean machine
Start it up

If you start it up
Kick on the starter give it all you got, you got, you got
I can't compete with the riders in the other heats
If you rough it up

Hoje é o Dia Internacional contra as Alterações Climáticas...



DIA INTERNACIONAL CONTRA AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS - 24 de outubro 

 

A pedido da ONU, é comemorado o Dia Internacional Contra as Alterações Climáticas cujo objetivo é informar, consciencializar e educar a população mundial sobre os atrozes efeitos das mesmas. O clima é um conjunto de condições meteorológicas, que inclui parâmetros como pressão, temperatura, humidade ou o nível de precipitação e, geralmente, refere-se a uma determinada região do planeta. Falamos de alterações climáticas quando os padrões climáticos sofrem variações muito significativas, cujos efeitos afetam grandes áreas e se prolongam no tempo.


in CM Loures

quarta-feira, outubro 23, 2024

O poeta Antonio Cicero morreu hoje...

 

Antônio Cícero Correia Lima (Rio de Janeiro, 6 de outubro de 1945Zurique, 23 de outubro de 2024) foi um compositor, poeta, crítico literário, filósofo e escritor brasileiro. Em 10 de agosto de 2017 foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras, tomando posse em 16 de março de 2018.

 

Biografia

É filho dos piauienses Amélia Correia Lima e Ewaldo Correia Lima. Seu pai foi um dos intelectuais fundadores do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB), tendo sido também diretor do BNDE durante o governo JK. Em 1960, Ewaldo assume um cargo executivo no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que então acabava de ser criado, e toda a família se transfere para Washington, D.C.. Lá, Antonio Cicero fará os seus estudos secundários.

De volta ao Brasil, Cicero começa a estuda Filosofia na PUC do Rio de Janeiro e, depois, no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. Em 1969, devido a problemas políticos, vai para Londres, onde conclui o curso de Filosofia na Universidade de Londres. Em 1976, Cicero vai fazer pós-graduação na Georgetown University, nos Estados Unidos, onde estuda grego e latim, o que lhe permitirá ler no original clássicos como Homero, Píndaro, Horácio e Ovídio. Posteriormente lecionará Filosofia e Lógica, em universidades do Rio de Janeiro.

Antonio Cicero escreve poesia desde jovem, mas seus poemas só apareceram para o grande público quando sua irmã, a cantora e compositora Marina Lima, passou a musicá-los. Antes, porém, já eram suas canções como Fullgás, Para Começar e À Francesa - as duas primeiras em parceria com sua irmã, e a última com Cláudio Zoli. A partir de então, Cicero tornar-se-ia um dos mais próximos parceiros de Marina. Entre outras parcerias, destacam-se aquelas com Waly Salomão, João Bosco, Orlando Morais, Adriana Calcanhotto e Lulu Santos (co-autor, junto com Antonio Cicero e Sérgio Souza, do hit O Último Romântico, de 1984).

De 1991 a 1992, Antonio Cicero coordenou, em colaboração com o poeta e professor de Filosofia da Universidade Federal Fluminense Alex Varella os cursos de Estética e Teoria da Arte do Galpão do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ).

Em 1993, concebeu, em colaboração com o poeta Waly Salomão e com o patrocínio do Banco Nacional, o projeto "Banco Nacional de Ideias", através do qual, nesse ano e nos dois anos subsequentes, promoveu ciclos de conferências e discussões de artistas e intelectuais de importância mundial, como João Cabral de Melo Neto, Haroldo de Campos, John Ashbery, Derek Walcott, Caetano Veloso, Richard Rorty, Tzvetan Todorov, Hans Magnus Enzensberger, Peter Sloterdijk, Ernest Gellner, Bento Prado Júnior e Darcy Ribeiro, entre outros.

Em 1994, organizou, em parceria com Waly Salomão, o livro O relativismo enquanto visão do mundo, que reúne as conferências realizadas pelo projeto Banco Nacional de Ideias nesse ano.

Em 1995, publicou O Mundo Desde o Fim, uma reflexão filosófica sobre a modernidade.

Em 1996, lançou o livro de poemas Guardar, vencedor do Prémio Nestlé de Literatura Brasileira na categoria estreante. Lançou também um CD em 1996, Antonio Cicero por Antonio Cicero, onde recita seus poemas.

Em 2001, seu poema "Guardar" foi incluído na antologia Os cem melhores poemas brasileiros do século, organizada por Ítalo Moriconi.

Em 2002, lançou o livro de poemas A cidade e os livros. No mesmo ano participou, junto com outros artistas como Gabriel o Pensador, Chico Buarque, Ronaldo Bastos e Fernando Brant, entre outros, de uma coletânea de quatro CDs em homenagem ao poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade. Ainda em 2002, participou, junto a personalidades como José Saramago, Hermeto Pascoal e Wim Wenders, do documentário Janela da alma, de João Jardim e Walter Carvalho.

Em 2005, lançou o livro de ensaios filosóficos Finalidades sem fim, que foi finalista do Prémio Jabuti na categoria "Teoria / Crítica literária".

Em 2010, lançou, em parceria com o artista plástico Luciano Figueiredo, o Livro de sombras: pintura, cinema e poesia.

Em 2012, lançou o livro de poemas Porventura, o livro Poesia e filosofia (ensaio filosófico) e, como organizador, o livro de ensaios estéticos Forma e sentido contemporâneo: poesia. No mesmo ano, lançou o livro de entrevistas, organizado por Arthur Nogueira, Antonio Cicero por Antonio Cicero.

Antonio Cicero foi, de abril de 2007 a novembro de 2010, colunista do jornal Folha de S. Paulo.

Em junho de 2007, Antonio Cicero apresentou em Lisboa a palestra "Da atualidade do conceito de civilização", no encontro intitulado O Estado do Mundo, organizado pela Fundação Gulbenkian, publicada, em Portugal, no livro A urgência da teoria (Lisboa: Gulbenkian, 2007) e, na Inglaterra, traduzido por "On the concept of civilization", no livro The urgency of theory (Manchester: Carcanet, 2007). Em novembro de 2008, pronunciou a palestra de encerramento do Congresso Internacional Fernando Pessoa, em Lisboa, publicada, com o título de "Fernando Pessoa: poesia e razão", em Pessoa. Revista de ideias, em dezembro de 2010.

O escritor Antonio Cicero foi eleito no dia 10 de agosto 2017 para a cadeira 27 da Academia Brasileira de Letras (ABL), sucedendo Eduardo Portella, morto no dia 3 de maio deste ano. "Antonio Cicero é um dos escritores mais representativos da literatura brasileira contemporânea", declarou o presidente da ABL, acadêmico Domício Proença Filho. Cicero foi eleito por 30 votos. Concorreram na eleição 22 acadêmicos - 12 por cartas. Antes de Cicero, os ocupantes anteriores da cadeira 27 foram: Joaquim Nabuco – fundador da cadeira e que escolheu como patrono Maciel Monteiro, Dantas Barreto, Gregório da Fonseca, Levi Carneiro e Otávio de Faria.

Após ser diagnosticado com mal de Alzheimer, o poeta tomou a decisão de praticar morte assistida, por esse motivo transferindo-se para a Suíça, onde tal prática é legalizada. Lá, o procedimento foi realizado, sendo o falecimento do escritor anunciado em 23 de outubro de 2024.
 

in Wikipédia


 

O FIM DA VIDA



Conhece da humana lida
a sorte:
o único fim da vida
é a morte
e não há, depois da morte
mais nada.
Eis o que torna esta vida
sagrada:
ela é tudo e o resto, nada.



Antonio Cicero

Poema para chamar uma estação que nunca mais chega...

Outono

 (imagem daqui)

 

Olvidado en otoño

 

Eran las siete y media
del otoño
y yo esperaba
no importa a quién.
El tiempo,
cansado de estar allí conmigo,
poco a poco se fue
y me dejó solo.
Me quedé con la arena
del día, con el agua,
sedimentos
de una semana triste, asesinada.

-Qué pasa? –me dijeron
las hojas de París-, a quién esperas?

Y así fui varias veces humillado
primero por la luz que se marchaba,
luego por perros, gatos y gendarmes.

Me quedé solo
como un caballo solo
cuando en el pasto no hay noche ni día,
sino sal de invierno.

Me quedé
tan sin nadie, tan vacío
que lloraban las hojas,
las últimas, y luego
caían como lágrimas.

Nunca antes
ni después tan de repente solo.
Y fue esperando a quién,
no me recuerdo,
fue tontamente,
pasajeramente,
pero aquello
fue la instantánea soledad,
aquella
que se había perdido en el camino
y que de pronto como propia sombra
desenrolló su infinito estandarte.

Luego me fui de aquella
esquina loca
con los pasos más rápidos que tuve,
fue como si escapara
de la noche
o de una piedra oscura y rodadora.
No es nada lo que cuento
pero eso me pasó cuando esperaba
a no sé quién un día.

 

 

in Estravagario (1958) - Pablo Neruda

 

NOTA - para os que fingem que não entendem castelhano, uma excelente tradução deste poema: 



Esquecido no outono




Eram sete e meia
do Outono
e eu esperava
não interessa quem.
O tempo
cansado de estar ali comigo
a pouco e pouco desandou
e deixou-me ali sozinho.
Fiquei então com a areia
do dia, com a água,
sedimentos
duma semana triste, assassinada.

– Que foi? – perguntaram-me
as folhas de Paris. – Quem é que esperas?

E assim fui várias vezes humilhado
primeiro pela luz que se apagava
depois por cães, por gatos e gendarmes.

Fiquei só
como um cavalo só
quando no pasto não há noite nem dia,
apenas sal do Inverno.
Fiquei
tão sem ninguém, tão vazio
que choravam as folhas,
as últimas, e depois
caíam como lágrimas.

Nunca antes
nem depois
fiquei tão de repente só.
E foi à espera de quem,
não me recordo,
foi tolamente,
passageiramente,
mas aquilo
foi a instantânea solidão,
a mesma
que se tinha perdido no caminho
e num instante como a própria sombra
desenrolou o seu infinito estandarte.

Então saí daquela
esquina louca
com os passos mais rápidos que tive,
foi como se fugisse
da noite
ou duma pedra escura e roladora.
Não é isto que eu conto
mas passou-se quando estava à espera
de não sei quem um dia.




Pablo Neruda - tradução de Fernando Assis Pacheco

Novos dados sobre uma cratera de impacto irmã da de Chicxulub...

Modelos 3D revelam uma cratera de asteroide nas profundezas do Atlântico

 

 

A cratera Nadir está notavelmente bem preservada, o que dá uma oportunidade única aos cientistas de estudar o impacto da colisão do asteroide na vida marinha.

As imagens de alta resolução recentemente divulgadas da cratera Nadir, localizada sob o Oceano Atlântico, forneceram novas informações sobre o impacto catastrófico de um asteroide, que ocorreu há 66 milhões de anos.

O estudo, conduzido por investigadores da Universidade Heriot-Watt, foi publicado na Communications Earth & Environment, revela os pormenores da cratera, oferecendo uma visão sem precedentes dos efeitos deste tipo de colisões na paisagem geológica da Terra.

A Cratera Nadir, com cerca de 9 quilómetros de largura e enterrada a 300 metros de profundidade no fundo do oceano, foi provavelmente causada por um asteroide com 450 a 500 metros de tamanho. O impacto coincidiu com o mesmo período do impacto de Chicxulub, no México, que se acredita ter causado a extinção dos dinossauros.

Originalmente descoberta em 2022, a cratera Nadir foi confirmada como um local de impacto de asteroide após a análise de dados avançados de imagens sísmicas 3D. Os dados de alta resolução, fornecidos pela TGS, permitem aos investigadores visualizar a cratera em grande detalhe, desde a depressão inicial em forma de taça até à área danificada circundante, que abrange milhares de quilómetros quadrados.

As novas imagens revelam a cadeia catastrófica de eventos que se desenrolou depois que o asteroide atingiu a Terra. Em poucos minutos, as rochas liquefizeram-se, fluíram para cima e um enorme tsunami com mais de 800 metros de altura varreu o Atlântico.

 

Mapa com a localização da Cratera Nadir e o conjunto de dados sísmicos

 

Os dados também mostraram a formação de falhas sob o leito marinho e deslizamentos de terras causados pelo impacto, oferecendo pistas sobre a forma como a superfície da Terra reagiu à força maciça, explica o SciTech Daily.

Os dados detalhados em 3D permitiram aos investigadores estimar o ângulo e a velocidade de entrada do asteroide. Nicholson e a sua equipa sugerem que o asteroide atingiu a Terra a uma velocidade de 72.000 km por hora a partir de um ângulo de nordeste, embora seja necessária mais modelação para confirmar esta hipótese.

A descoberta da Cratera Nadir, juntamente com o nível de pormenor fornecido pelos dados sísmicos, é um achado raro para os investigadores, já que a maioria das crateras de impacto na Terra sofrem erosão ao longo do tempo. A preservação da Cratera Nadir debaixo do oceano oferece uma oportunidade única para estudar a forma como os impactos de asteroides afetam os ambientes marinhos.

Os cientistas estão agora a tentar perfurar o fundo do mar para recolher amostras de núcleo, o que ajudará a aperfeiçoar a compreensão da sequência e dos efeitos do evento.

 

in ZAP

Há novidades sobre a origem dos meteoritos...

Finalmente sabemos de onde veio a maioria dos meteoritos da Terra

 

 

Até agora, apenas uma pequena fração dos meteoritos que aterram na Terra tinha sido firmemente ligada ao seu corpo progenitor no espaço - mas um conjunto de novos estudos acaba de nos dar evidências convincentes da origem de mais de 90% dos meteoritos atuais.

Segundo o Science Alert, as análises anteriores de meteoritos que atingem o nosso planeta sugerem algum tipo de origem partilhada. São feitos de materiais muito semelhantes e foram cozidos por radiação cósmica durante um período de tempo suspeitosamente curto, sugerindo uma separação relativamente recente de corpos progenitores partilhados.

As equipas responsáveis por três novos artigos, publicados em setembro na Astronomy and Astrophysics [artigo 1], e em outubro na Nature [artigo 2, artigo 3] e utilizaram uma combinação de observações telescópicas muito detalhadas e simulações de modelos informáticos para comparar asteroides no espaço com meteoritos recuperados na Terra, fazendo corresponder os tipos de rocha e as trajetórias orbitais entre os dois.

Liderados por investigadores do Centro Nacional Francês de Investigação Científica, do Observatório Europeu do Sul e da Universidade Charles, na República Checa, os estudos centraram-se nos condritos H (alto teor de ferro) e L (baixo teor de ferro), o tipo mais comum, que representa cerca de 70% dos meteoritos.

São assim designados porque são constituídos por pequenas partículas chamadas côndrulos, causadas pelo arrefecimento rápido da rocha fundida.

Os investigadores determinaram que estes meteoritos condritos H e L chegaram ao nosso planeta vindos de três famílias de asteroides chamadas Massalia, Karin e Koronis, todas localizadas na cintura principal de asteroides entre Marte e Júpiter.

Uma equipa de estudo conseguiu também atribuir datas a colisões notáveis nestas famílias de asteroides, causando novas cascatas de rocha que acabariam por chegar à Terra.

Massalia sofreu colisões importantes há 466 milhões de anos e há 40 milhões de anos, enquanto as famílias Karin e Koronis sofreram colisões há cerca de 5,8 e 7,6 milhões de anos, respetivamente.

“As provas de apoio incluem a existência de bandas de poeira associadas, as idades de exposição aos raios cósmicos dos meteoritos de condrito H e a distribuição das órbitas pré-atmosféricas dos meteoritos”, escrevem os autores.

Isto significa que a maioria dos meteoritos que atingem a Terra atualmente provêm de menos grupos de asteroides do que seria de esperar - e também de eventos de colisão mais recentes. Esses eventos de colisão (relativamente) recentes explicam a aterragem dos meteoritos na era atual.


Segundo a equipa, isto é parcialmente explicado pelo ciclo de vida das famílias de asteroides. Os eventos de colisão vividos por estas famílias de asteroides conduzem a um grande número de fragmentos de asteroides mais pequenos, o que aumenta as suas hipóteses de novas colisões e de se libertarem da cintura de asteroides.

Os investigadores também analisaram outros meteoritos menos comuns para além dos condritos H e L, aumentando o número de meteoritos contabilizados para mais de 90%. Estes foram atribuídos a famílias de asteroides, incluindo Veritas, Polana e Eos.

 

in ZAP

António Portugal nasceu há 93 anos...

 

 


António Portugal 

Guitarra portuguesa

António Moreira Portugal teve como professores dois guitarristas “futricas”, barbeiros de profissão e irmãos (o Flávio e o Fernando).

Nasceu em 23 de outubro de 1931, na República Centro-Africana, e morreu em Coimbra, a 26 de junho de 1994, com 63 anos.

Com um ano de idade foi viver para Coimbra (a sua família era de Penacova) e aí fez a escola primária, os estudos secundários e se licenciou em Direito.

Foi no Liceu D. João III que conheceu Luiz Goes e José Afonso e que os começou a acompanhar, em 1949, com um grupo constituído por Manuel Mora (2º guitarra) e Manuel Costa Brás (militar de Abril e ex-ministro) e António Serrão, à viola.

Em 1951 matriculou-se na Faculdade de Direito e ingressou na tuna e Orfeon Académico. Em 1952 conheceu António Brojo, que o convidou para integrar o histórico grupo de fados e guitarradas do qual faziam parte os cantores Luiz Goes, José Afonso, Florêncio de Carvalho, Fernando Rolim e, um pouco mais tarde, Fernando Machado Soares.

Para além de António Brojo e de António Portugal, nas guitarras, faziam ainda parte do grupo os violas Aurélio Reis e Mário de Castro. Em 1953 – e depois de muitos anos em que não se gravaram discos de Fado de Coimbra – o grupo liderado por António Brojo registou uma série de 8 discos de 78 rotações por minuto.

António Portugal, durante mais de 45 anos, esteve omnipresente em tudo o que se relaciona com a “Canção de Coimbra”.

De 1949 a 1994, criou uma obra ímpar, quer pela qualidade e inovação das suas composições e arranjos, quer pela forma como sabia ensaiar os cantores, e com eles criar uma dinâmica de acompanhamento que o distingue de todos os outros guitarristas do seu tempo.

António Portugal deixou, de longe, a mais ampla e completa discografia do Fado e da Guitarra de Coimbra.

Embora de forma esquemática e muito resumida, o percurso musical de António Portugal poderá ser dividido em quatro fases.

A primeira, iniciática, em que António Portugal se aplica na execução e pesquisa da guitarra, e na sua colaboração, já referida, com os maiores e mais importantes nomes da geração de 50.

A segunda, que inicia com a formação do grupo do “Coimbra Quintet” (Luiz Goes, Jorge Godinho – 2º guitarra, também já falecido e Manuel Pepe e Levy Batista), corresponde à transição para a renovação do fado e da guitarra de Coimbra, que culminou com a gravação da “Balada de Outono”, de José Afonso e onde, pela primeira vez ao lado de António Portugal, surge a viola de Rui Pato.

A terceira fase – início dos anos 60 – é fundamentalmente marcada pela canção de intervenção e pelos nomes de Adriano Correia de Oliveira e Manuel Alegre. A “Trova do vento que passa”, de que António Portugal é autor da música em conjunto com Adriano Correia de Oliveira, é o hino e o emblema da resistência ao regime e à guerra colonial.

A quarta e última fase, é também a mais longa: é o período da maturidade e da consagração.

Depois do 25 de Abril, António Portugal, que ao longo dos anos tinha sido um ativista político persistente e eficaz na luta contra o fascismo, “trocou” temporariamente a guitarra pela política activa, quer na Assembleia Municipal de Coimbra (onde foi, até à sua morte, líder da bancada do PS), quer na Assembleia da República, como deputado.

Ultrapassado o período revolucionário de 1975 – em que a onda de contestação não poupou também as tradições coimbrãs – e com o “regresso” de António Brojo ao gosto e ao gozo da guitarra, reconstituiu-se o grupo dos anos 50 e foi reiniciada uma atividade de intensa participação, quer em espetáculos em Portugal e por todo o mundo, quer numa série de programas para a RTP, quer ainda a gravação de uma coletânea de 6 LP, “Tempos de Coimbra – oito décadas no canto e na guitarra”, onde se registam, para a história – desde Augusto Hilário à atualidade – dezenas de fados e guitarradas, fruto de laboriosa e cuidada recolha.

A sua morte interrompeu o seu último projeto, que vinha realizando com António Brojo, sobre a guitarra de Coimbra: ambos os solistas preparavam um duplo álbum de guitarradas, em que alternadamente se acompanhavam um ao outro, e que já ia a caminho da finalização.

No dia 10 de junho de 1994, quando se encontrava no Oriente para atuar com o seu grupo nas Comemorações do Dia de Portugal, o Presidente da República, Dr. Mário Soares, atribui-lhe, em Coimbra, a Ordem da Liberdade.

António Portugal não teve a alegria de ver, e ostentar, essa justíssima condecoração porque, à chegada ao aeroporto de Pedras Rubras, foi vitimado por acidente vascular cerebral, morrendo dias depois, em Coimbra.

Como escreveu o conceituado Rui Vieira Nery, na Revista do jornal “Expresso”,

“A morte de António Portugal, encarnação modelar da guitarra coimbrã e de toda a tradição que nela se foi condensando ao longo destes dois últimos séculos, deixa-nos aquela espécie de vazio doloroso que é a de uma perda simultaneamente individual e geral. Perdemos um músico excelente que marcou decisivamente a nossa música popular urbana dos anos 60 e 70, mas perdemos também uma trave-mestra desse universo cada vez mais frágil e mais difuso que é o da guitarra portuguesa e, especificamente, o da guitarra de Coimbra”.

 

in Meloteca

 


Johnny Carson nasceu há 99 anos

   
John William Carson, mais conhecido como Johnny Carson (Corning, 23 de outubro de 1925Malibu, 23 de janeiro de 2005), foi um comediante e apresentador de televisão norte-americano, conhecido pelo seu trabalho de trinta anos (1962-92) no programa de entrevistas The Tonight Show Starring Johnny Carson. Carson recebeu seis prémios Emmy e um prémio Peabody e entrou no Television Academy Hall of Fame em 1987. Também recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade, em 1992 e as Honras do Centro Kennedy, no ano seguinte.
     

Ellie Greenwich nasceu há oitenta e quatro anos...

  
Eleanor Louise Greenwich (Brooklyn, New York, October 23, 1940 – New York City, August 26, 2009) was an American pop music singer, songwriter, and record producer. She wrote or co-wrote "Be My Baby", "Christmas (Baby Please Come Home)", "Da Doo Ron Ron", "Leader of the Pack", "Do Wah Diddy Diddy", and "River Deep – Mountain High", among others. 

 

in Wikipédia