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domingo, março 31, 2024

Mais um estudo sobre o KTB...

Nova cápsula do tempo geológica explica a extinção dos dinossauros

 

 

Está cada vez mais claro – apenas metaforicamente falando – que foi a ausência de luz, devido às poeiras resultantes do asteroide caído no Golfo do México, há 66 milhões de anos, que provocou a extinção dos dinossauros.

Um estudo publicado recentemente, na Nature Geoscience, sugere que as partículas finas de poeira na atmosfera contribuíram significativamente para a extinção dos dinossauros, há aproximadamente 66 milhões de anos.

A teoria vulgarmente conhecida e aceite diz que um asteroide Chicxulub atingiu a Terra perto da costa do México, causando catástrofes massivas e exterminando três quartos da vida na Terra. No entanto, os detalhes de como esse fenómeno ocorreu têm sido, desde sempre, objeto de debate.

Os investigadores analisaram agora uma “cápsula do tempo” geológica que indica que o impacto do asteroide levou a uma nuvem de poeira fina que bloqueou a luz solar, arrefeceu a Terra e desorganizou a cadeia alimentar.

Teorias anteriores desconsideravam a poeira fina como um fator contribuinte, devido à falta de evidências em amostras de rochas.

 

Planeta às escuras

O estudo mais recente utilizou 40 amostras de sedimento de um depósito com 1,3 metros de profundidade em Tanis, Dakota do Norte (EUA) – aproximadamente a 3.000 quilómetros a norte da cratera do asteroide Chicxulub.

Os cientistas encontraram uma maior composição de poeira fina de silicato, do que se pensava anteriormente, e concluíram que aquela poeira fina foi “a partícula mais letal” libertada durante a colisão do asteroide.

O estudo mostrou que os altos níveis de poeira atmosférica poderão ter resultado em quase dois anos de escuridão global, inviabilizando a fotossíntese e fazendo colapsar a cadeia alimentar.

“Descobrimos que a escuridão global e a perda prolongada da atividade fotossintética do planeta ocorrem apenas no cenário de poeira de silicato, até quase 1,7 anos (620 dias) após o impacto”, escreveram os investigadores, citados pela Science Alert.

Animais e plantas não adaptados a tais condições terão sido extintas, enquanto as espécies com dietas e habitats flexíveis terão tido mais hipótese de sobreviver.

De acordo com a equipa de investigação, a poeira poderá ter permanecido no ar até 15 anos, levando ainda a uma queda nas temperaturas globais de 15°C.

 

in ZAP

quarta-feira, fevereiro 14, 2024

Notícia sobre evolução e alterações climáticas à escala do tempo geológico...

A Terra teve duas eras climáticas distintas nos últimos 66 milhões de anos. Já sabemos porquê

 

vales secos antártida

 

O impacto do meteorito Chicxulub e a glaciação do Hemisfério Sul foram dois importantes pontos de viragem no clima da Terra.

Uma nova investigação publicada na revista Scientific Reports revela detalhes sobre dois eventos climáticos significativos que moldaram o clima da Terra nos últimos 66 milhões de anos.

A pesquisa foi influenciada pela teoria do equilíbrio pontuado, que sugere que as espécies evoluem em surtos curtos e não gradualmente ao longo do tempo. Esta teoria foi adaptada para avaliar o impacto histórico das alterações climáticas, utilizando métodos estatísticos avançados para analisar duas séries de dados climáticos, explica o SciTech Daily.

Os resultados revelam dois eventos cruciais que dominaram a evolução climática da Terra. O primeiro é o impacto do meteorito Chicxulub no México, que levou à extinção de grandes dinossauros há cerca de 65,5 milhões de anos. Este evento marcou o início de um período quente com níveis elevados de CO2.

O segundo evento foi um ponto de viragem climático que ocorreu há 34 milhões de anos com a glaciação do Hemisfério Sul. O isolamento do continente antártico devido aos movimentos das placas tectónicas marcou uma nova era de um clima mais frio na Terra, que continua a influenciar o nosso sistema climático atual.

Este regime climático ainda está em vigor hoje, com a presença de grandes massas de gelo a desempenhar um papel crítico na manutenção do clima global. O estudo adverte que, se estas massas de gelo derreterem devido ao aquecimento global causado pelas atividades humanos, isso representaria outro ponto de viragem crucial, levando a uma nova e imprevisível paisagem climática.

Denis-Didier Rousseau, autor principal do estudo, alerta que as massas de gelo são “muito sensíveis” e já mostram sinais de derretimento. “Ultrapassar pontos de viragem tem sido uma característica recorrente na evolução climática,” acrescenta Valerio Lucarini, sublinhando a necessidade das estratégias de adaptação climática considerarem a desestabilização destes elementos climáticos críticos.

Como o estudo faz parte do projeto europeu TiPES, focado em pontos de viragem no Sistema Terrestre, os resultados contribuem para o nosso entendimento de como o clima da Terra poderá evoluir face ao impacto humano.

 

in ZAP

sexta-feira, fevereiro 09, 2024

Mais um estudo sobre a fronteira KTB e a sua extinção

Novo estudo iliba o asteroide: foram os vulcões que assassinaram os dinossauros

 

 

 

Afinal, o mítico asteroide Chicxulub, que ganhou a fama de ter dizimado os dinossauros não-avianos, pode estar inocente. Foram os vulcões, aponta uma nova análise computacional de dados.

Um novo estudo em geologia computacional sugere que foram erupções vulcânicas massivas, e não um impacto de asteroide, as responsáveis pelo evento de extinção em massa que ocorreu há 66 milhões de anos.

O evento levou à extinção dos dinossauros não-avianos e de quase três quartos de toda a vida na Terra, dando por terminado o período Cretácico.

Recentemente, as geólogas computacionais Laura Mydlarz, da Universidade do Texas, e Erinn M. Muller, do Mote Marine Laboratory, nos EUA, usaram um modelo estatístico chamado Método de Monte Carlo em Cadeias de Markov para realizar uma análise computacional de dados - e identificar as causas deste evento.

O estudo, que foi publicado esta quinta-feira revista Science, analisou sistematicamente a probabilidade de diferentes cenários de emissão de gases, convergindo gradualmente para soluções prováveis que coincidissem com os dados geológicos.

Os investigadores usaram 128 processadores para executar múltiplos cenários simultaneamente, usando dados de núcleos de sedimentos do fundo do mar de há 67 a 65 milhões de anos para calibrar o modelo.

Estes núcleos contêm microorganismos conhecidos como foraminíferos, cujas conchas fornecem pistas sobre a composição química do oceano e, portanto, sobre as temperaturas globais da época.

De acordo com as simulações computacionais, as massivas emissões de gases das erupções vulcânicas de Deccan Traps, na atual Índia ocidental, foram suficientes para explicar as mudanças de temperatura e nos ciclos de carbono determinadas a partir dos dados de foraminíferos.

Estas erupções expeliram grandes volumes de dióxido de carbono, que aquece o planeta, e dióxido de enxofre, que acidifica os oceanos.

Por outro lado, o estudo concluiu que o impacto do asteroide, que formou a cratera Chicxulub no atual México, provavelmente não produziu quantidades significativas destes gases - pelo que é pouco provável que tenha sido a causa do evento de extinção em massa.

No entanto, o estudo enfrenta ceticismo de alguns cientistas, que argumentam que os modelos de computador são tão bons quanto os dados em que se baseiam.

“As conchas de foraminíferos não são indicadores ideais para temperaturas antigas”, realça Sierra Petersen, geoquímica da Universidade de Michigan, citada pela Science News.

Também Clay Tabor, paleoclimatologista da Universidade do Connecticut, alerta que o estudo não capturou as rápidas mudanças ambientais potencialmente causadas pelo impacto do asteroide, como nuvens massivas de fuligem e poeira que poderiam ter levado a um inverno catastrófico.

Embora a investigação lance uma nova perspetiva no longo debate cobre as causas do evento de extinção em massa que nos privou dos dinossauros, não resolve a questão de forma definitiva.

E a dúvida persiste. Afinal quem é o culpado?

 

in ZAP

domingo, maio 15, 2022

Notícia sobre o KTB...

 “Descoberta alucinante”. Pode este fragmento pertencer ao asteróide que matou os dinossauros?

 

Entre um fragmento que pode ser do asteroide que matou os dinossauros e uma perna de dinossáurio perfeitamente preservada, há várias descobertas promissoras no sítio de Hell Creek Formation, nos Estados Unidos.

Há 66 milhões de anos, um asteroide chocou com a Terra e dizimou os dinossáurios. Até aqui, nada de novo - a novidade é que é possível que tenha sido encontrado um fragmento desta rocha devastadora.

Esta é apenas uma das várias incríveis descobertas feitas no sítio de Hell Creek Formation, na Dakota do Norte, que tem muitos registos do momento catastrófico, como fósseis de peixes que sugaram os detritos causados pelo impacto, uma tartaruga empaleada num pau e uma pata que pertencia a um dinossáurio.

A busca por estas relíquias arqueológicas é contada ao detalhe no documentário “Dinosaur Apocalypse”, que inclui o biólogo David Attenborough e o palentólogo Robert DePalma, relata a CNN.

A pesquisa em Tanis, o nome dado ao sítio arqueológico, começou em 2012. O local está a 3,2 mil quilómetros de distância da cratera de Chicxulub, onde se deu o impacto, no México.

DePalma acredita que os fósseis de peixes ficaram bem-preservados porque os animais foram enterrados vivos pelos sedimentos que foram arrastados com a enorme quantidade de água que foi libertada após o impacto do asteroide.

O paleontólogo acredita ainda que os peixes morreram na hora seguinte ao choque devido às esférulas de impacto - pequenas quantidades de rocha derretida que se cristalizaram e criaram um material semelhante ao vidro - que foram encontradas nas guelras.

No sítio, foi também encontrada uma perna de dinossáurio excecionalmente preservada e com a pele intacta, o que sugere que o corpo não teve tempo de se decompor antes de ser enterrado no meio dos sedimentos, tendo o animal morrido com o impacto ou imediatamente antes deste.

Muitas das descobertas reveladas no documentário ainda não foram publicadas em estudos revistos por pares, mas já há um consenso generalizado na comunidade de que o sítio tem provas do devastador último dia do reinado dos dinossáurios.

A equipa também encontrou esférulas que aterraram na resina da superfície dos ramos das árvores e que ficaram “congeladas no tempo” em âmbar e protegidas da água, o que evitou que se transformassem em argila. “É como ter um frasco de amostra, voltar atrás no tempo, recolher uma amostra do sítio do impacto e guardá-la para o estudo científico”, revela DePalma.

Foram encontrados fragmentos de rochas que não derreteram dentro das esférulas de vidro e a maioria destes era rica em cálcio. Os cientistas esperam conseguir confirmar o material de que o asteroide era feito — e este objetivo também despertou o interesse da NASA.

“Este exemplo daquilo que pode ser um pequeno fragmento, talvez microgramas, do asteroide - o facto de haver um registo preservado, seria alucinante“, revela Jim Harvin, cientista chefe do Centro de Voo Espacial Goddard.

 

in ZAP