Nineteen Eighty-Four (em
português:
Mil Novecentos e Oitenta e Quatro ou 1984) é um
romance distópico, um clássico do autor
inglês Eric Arthur Blair, mais conhecido pelo
pseudónimo de
George Orwell. Terminado de escrever no ano de
1948 e publicado a
8 de junho de 1949, o passa-se na "Pista Número Um" (anteriormente conhecida como
Grã-Bretanha), uma província do superestado da Oceania, num mundo de guerra perpétua,
vigilância governamental omnipresente e manipulação pública e histórica. Os habitantes deste superestado são orquestrados por um regime político
totalitário eufemisticamente chamado de "
Socialismo Inglês", encurtado para "Ingsoc" na
novilíngua, a linguagem inventada pelo governo. O superestado está sob o controle da
elite privilegiada do
Partido Interno, um partido e um governo que persegue o
individualismo e a liberdade de expressão como "
crime de pensamento", que é aplicado pela "Polícia do Pensamento".
A tirania é ostensivamente supervisionada pelo
Grande Irmão, o líder do Partido que goza de um intenso
culto de personalidade,
mas que talvez nem sequer exista. O Partido "busca o poder por seu próprio
bem. Não está interessado no bem dos outros, está interessado unicamente
no poder". O protagonista da novela,
Winston Smith, é membro do Partido Externo, que trabalha para o Ministério da Verdade, que é responsável pela
propaganda e pelo
revisionismo histórico.
O seu trabalho é reescrever artigos de jornais do passado, de modo que o
registo histórico sempre apoie a ideologia do partido.
Grande parte do Ministério também destrói ativamente todos os
documentos que não foram editados ou revistos; desta forma, não existe
nenhuma prova de que o governo esteja a mentir. Smith é um trabalhador
diligente e habilidoso, mas odeia secretamente o Partido e sonha com a
rebelião contra o Grande Irmão. A heroína da novela, Julia, é baseada na
segunda esposa de Orwell, Sonia Orwell.
Como ficção política literária e ficção científica distópica,
Nineteen Eighty-Four é um romance clássico em conteúdo, trama e estilo. Muitos dos seus termos e conceitos, como
Grande Irmão,
duplipensar,
crime de pensamento,
novilíngua,
sala 101,
teletela e
2 + 2 = 5, entraram em uso comum desde a sua publicação em 1949. A obra popularizou o adjetivo
orwelliano, que descreve o engano oficial, a vigilância secreta e a manipulação da história registada por um estado totalitário ou
autoritário. Em 2005, o romance foi escolhido pela revista
Time como uma das 100 melhores romances da língua inglesa de 1923 a 2005. Foi premiado com um lugar em ambas as listas da
Modern Library de
100 melhores romances. Em 2003, o livro foi listado no número 8 na pesquisa da "
The Big Read" da
BBC.