sábado, março 09, 2019

Fischer nasceu há 76 anos

Robert "Bobby" James Fischer (Chicago, 9 de março de 1943 - Reykjavik, 17 de Janeiro de 2008) foi um famoso xadrezista originalmente norte-americano, naturalizado islandês e ex-campeão mundial de xadrez.
   
Biografia
Filho de pai alemão, Hans-Gerhardt Fischer, um biofísico e mãe judia-suíça naturalizada norte-americana, Regina Wender, aprendeu a jogar Xadrez aos seis anos com a sua irmã mais velha, que o entretinha com diversos jogos (dentre eles o Xadrez) enquanto a mãe ia trabalhar. Mudou-se cedo para a Califórnia e, pouco tempo depois, para Nova Iorque, onde pôde desenvolver, em grandes clubes como o Marshall e o Manhattan, as suas capacidades.
Aos treze anos jogou a "Partida do Século" num torneio de Mestres em 1956 contra Donald Byrne, irmão de Robert Byrne, o qual também era Grande Mestre e foi vítima de uma das maiores partidas de Fischer no US-ch 1963, o qual Fischer venceu com 100% de aproveitamento, 13 em 13 possíveis e rating performance acima de 3000, feito igualado por Emanuel Lasker, na Alemanha.
Fischer venceu também o campeonato dos Estados Unidos oito vezes em oito participações (1957, 1958, 1959, 1960, 1961, 1962, 1973, 1975 e 1986), sendo a primeira aos catorze anos em 1957 e a segunda aos quinze, em 1958. Venceu jogadores tão fortes como Samuel Reshevsky (considerado pelo próprio Fischer como um dos dez melhores de todos os tempos - até então TOP 10), com tão pouca idade. De dezembro de 1962 até ao fim da sua carreira, em 1992, Fischer venceu todos os torneios que disputou, exceto dois, nos quais terminou em segundo lugar: Capablanca Memorial, 1965, vencido por Boris Spassky e a Piatigorsky Cup, 1966, vencida por Smyslov. Geralmente Fischer vencia os abertos e grandes torneios de que participava com 3 ou 3,5 pontos de vantagem em relação ao segundo.
A principal façanha da sua carreira foi a classificação para chegar à disputa do título mundial contra Spassky. Fischer venceu Taimanov (xadrezista top 10) por 6x0 num jogo à melhor de 10. Fischer venceu Larsen (que era um dos cinco melhores jogadores do mundo) por 6x0 num jogo melhor de 10 e venceu Petrosian por 7,5x2,5 num jogo à melhor de 10. Havia uma hegemonia russa desde quando Alekhine derrotou Capablanca em 1921. Após a recusa de Fischer de defender o título, em 1975, a hegemonia de russos voltou e durou até ao indiano Viswanathan Anand vencer o Mundial FIDE de 2000.
Em 1992, Fischer voltou a disputar um encontro contra Boris Spassky. Mesmo estando 20 anos afastado, enquanto Spassky permaneceu ativo durante todo esse tempo, Fischer venceu com relativa facilidade e introduziu diversas novidades teóricas.
Fischer foi preso no Japão e lutou contra a sua extradição para os Estados Unidos quase um ano. A Islândia ofereceu cidadania a Fischer, tendo ele aceitado. Livre então, pela cidadania islandesa, Fischer seguiu viagem para a Islândia, chegando no dia 23 de março de 2005.
Em eleição feita pelo principal periódico internacional de xadrez, o Sahovski Informator, Fischer foi considerado pelos grandes mestres como o melhor xadrezista do século XX, à frente de Kasparov.
Fischer foi o único xadrezista a vencer por 6x0 dois matches no Torneio de Candidatos e também o único a jamais defender o título. Tinha memória extraordinária, capaz de memorizar mais de 20 partidas de rápidas consecutivas. Em iqfacts consta que teria um QI = 187. Outras fontes indicam 184 e 181.
Bobby Fischer morreu a 17 de janeiro de 2008, na Islândia, aos 64 anos.
  

(imagem daqui)

Juliette Binoche faz hoje 55 anos!

Juliette Binoche (Paris, 9 de março de 1964) é uma atriz francesa.
Biografia
Binoche nasceu em Paris, filha do cineasta, ator e escultor Jean-Marie Binoche, e de Monique Stalens, professora, realizadora, e atriz. A mãe de Juliette Binoche é de ascendência polaca, e os seus avós maternos, de origem polaca e católica, estiveram presos em Auschwitz por serem considerados intelectuais. Binoche tem também ascendência francesa, flamenga, brasileira e marroquina. Os seus pais divorciaram-se quando esta tinha apenas quatro anos. Binoche e a sua irmã Marion foram levadas para um colégio interno.
Aos 15 anos foi estudar numa escola especializada, após o que já frequentava o Conservatório Nacional de Arte Dramática de Paris.
Aos 18, conseguiu um papel num pequeno filme independente, La fille du rallye. Enquanto esperava outras oportunidades de trabalho, trabalhou durante cinco anos como empregada em uma loja e como modelo de pintura.
Tinha 24 anos quando foi convidada para um grande desafio: trabalhar com o diretor Philip Kaufman em The Unbearable Lightness of Being (A Insustentável Leveza do Ser). Anteriormente já havia trabalhado com outros diretores de renome internacional, como Leos Carax e Godard. Em 1993 veio o convite para ser a protagonista de Trois couleurs: Bleu, primeiro da trilogia das cores de Krzysztof Kieślowski, com o qual conquistou o Cesar como melhor atriz. Para esse prémio, ela seria indicada ainda mais cinco vezes.
Em 1996, a enfermeira canadiana Hana, o seu papel em The English Patient, trouxe-lhe a consagração, simbolizada pelo Óscar de melhor atriz secundária, tendo superado a favorita Lauren Bacall, cuja experiência a Academia de Hollywood preferiu ignorar. Nos bastidores, Juliette afirmou que Lauren é que merecia o prémio.
Em 2000, foi nomeada para o Óscar de melhor atriz por seu trabalho em Chocolat, mas foi vencida por Julia Roberts (por Erin Brockovich).
Além do cinema (é a artista mais bem-paga do cinema francês), Juliette também atua nos palcos da Broadway.
Tem dois filhos, Raphael (com Andre Halle) e Hanna (com o ator francês Benoit Magimel).
Venceu o prémio de melhor atriz no Festival de Cannes de 2010 pela sua atuação no filme "Copie Conforme", do diretor iraniano Abbas Kiarostami.

O rapper The Notorious B.I.G. foi assassinado há 22 anos

Christopher George Latore Wallace (Nova Iorque, 21 de maio de 1972 - Los Angeles, 9 de março de 1997), também conhecido como Biggie Smalls, Big Poppa e Frank White, mas muito mais conhecido pelo apelido The Notorious B.I.G. (Business Instead of Game), foi um rapper dos Estados Unidos. B.I.G. entrou na história do rap como o ícone da Costa Leste dos EUA, assim como seu rival, o nova-iorquino Tupac Shakur, que foi o principal representante do rap da Costa Oeste.
 
(...)
 
A 9 março de 1997, por volta de 00.30, Wallace estava, com a sua comitiva, em dois Chevrolet Suburbans, de regresso ao seu hotel, após o Corpo de Bombeiros encerrar uma festa mais cedo, devido a superlotação. Wallace viajou no banco do passageiro da frente ao lado de seus companheiros, Damion "D-Roc" Butler, o membro do Junior M.A.F.I.A. Lil Cease e Gregory "G-Money" Young. Combs viajou em outro veículo com três guarda-costas. Os dois carros foram guiados por um Chevrolet Blazer que levava o diretor de segurança da Bad Boy.
Por volta de 00.45 as ruas estavam cheias de pessoas que estavam saindo do evento. O carro de Wallace parou em um sinal vermelho a cerca de 50 metros de um museu. Um Chevrolet Impala preto parou ao lado do carro de Wallace. O motorista da Impala, um homem afro-americano que vestia um casaco azul e gravata borboleta, baixou a janela, sacou de uma pistola de 9 milímetros de aço azul e disparou contra o Suburban, quatro balas atingiram Wallace no peito. Os parceiros de B.I.G. levaram-no ao Centro Médico Cedars-Sinai, mas foi declarado morto às 01.15 horas.



sexta-feira, março 08, 2019

O poeta Ruy Cinatti nasceu há 104 anos

(imagem daqui)
  
Ruy Cinatti Vaz Monteiro Gomes (Londres, 8 de março de 1915 - Lisboa, 12 de outubro de 1986) foi um poeta, antropólogo e agrónomo português.
  
Ruy Cinatti escreveu sobre São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Foi co-fundador de Os Cadernos de Poesia (1940).
A 10 de junho de 1992 foi agraciado, a título póstumo, com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
   
 
Quando o Amor Morrer Dentro de Ti
  
Quando o amor morrer dentro de ti,
Caminha para o alto onde haja espaço,
E com o silêncio outrora pressentido
Molda em duas colunas os teus braços.
Relembra a confusão dos pensamentos,
E neles ateia o fogo adormecido
Que uma vez, sonho de amor, teu peito ferido
Espalhou generoso aos quatro ventos.
Aos que passarem dá-lhes o abrigo
E o nocturno calor que se debruça
Sobre as faces brilhantes de soluços.
E se ninguém vier, ergue o sudário
Que mil saudosas lágrimas velaram;
Desfralda na tua alma o inventário
Do templo onde a vida ora de bruços
A Deus e aos sonhos que gelaram.

Ruy Cinatti

O poeta que era geólogo, meteorologista, crítico musical e especialista em muitas coisas nasceu há 105 anos

(imagem daqui)
 
D. José Bernardino Blanc de Portugal nasceu em Lisboa em 8 de março de 1914 e faleceu em 5 de maio de 2000. Licenciou-se em Ciências Geológicas pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que lhe concedeu o título de Assistente-extraordinário. Cursou História da Música e Língua e Literatura Árabe, frequentando também cadeiras de Psicologia. Meteorologista da Pan American Airways, passou ao Serviço Meteorológico Nacional, onde desempenhou cargos directivos na Sede, Açores, Cabo Verde, Angola e Moçambique. Representou o país em reuniões técnicas da Organização Mundial de Aviação Civil e da Organização Meteorológica Mundial, em que foi vice-presidente da Associação Regional I (África). Nomeado Adido Cultural junto da Embaixada de Portugal em Brasília, pediu exoneração do cargo para assumir a vice-presidência do Instituto da Cultura Portuguesa. Desde os quinze anos que leccionou particularmente todas as cadeiras do curso liceal e algumas universitárias. Foi professor de Integração Cultural e Sociologia da Informação nos cursos de Formação Artística da Sociedade Nacional de Belas Artes. Desde os vinte anos que exerceu crítica musical, eventualmente de bailado, sendo actualmente crítico musical do Diário de Notícias. Foi membro do Conselho das Ordens Nacionais, do Conselho Português da Música e do Conselho Português da Dança, filiados nos respectivos Conselhos Internacionais da UNESCO. Comendador da Ordem do Infante D. Henrique e medalha Oskar Nobiling, da Sociedade Brasileira de Língua e Literatura (Mérito Linguístico e Filológico). Fundador dos Cadernos de Poesia, com Ruy Cinatti e Tomaz Kim, aos quais, mais tarde, se associaram Jorge de Sena e José Augusto França.
Obras – Poesia: Parva Naturalia (Prémio Fernando Pessoa), 1960; O Espaço Prometido, 1960; Odes Pedestres, (Prémio Casa da Imprensa), 1965; Descompasso, 1986; Enéadas, 1959. Prémio do P.E.N. Club Português, pelo livro e pelo conjunto da obra. Ensaio: Anticrítico, 1960; Quatro Novíssimos da Música Actual, 1962. Traduções: de Shakespeare; T.S. Eliot, Christopher Fry, (Teatro); Pratolini, Coccioli, Truman Capote e Fernado Pessoa (The Mad Fiddler). Tem poemas seus traduzidos em (por ordem de publicação) francês, espanhol, inglês, alemão e sueco.
  
 
  
Poeta e crítico musical, licenciado em Ciências Geológicas pela Universidade de Lisboa, cursou também História da Música e Psicologia. Desempenhou a função de meteorologista do Serviço Meteorológico Nacional, cujos centros dirigiu em Lisboa, Ilha do Sal, Santa Maria dos Açores, Ponta Delgada, Luanda e Moçambique. Além de obras sobre a sua profissão, publicou trabalhos de crítica musical e traduções de diversos autores: Truman Capote, Gilbert Keith Chesterton, Carlo Coccioli, T. S. Eliot, Cristopher Fry, Jung, Pitágoras, Shakespeare, Fernando Pessoa. Colaborou em algumas das mais representativas publicações poéticas dos anos 50, nomeadamente, Aventura, Graal, A Serpente, Litoral e Tempo Presente. Co-dirigiu, em 1940, com Tomás Kim e Ruy Cinatti, Cadernos de Poesia, publicação eclética que, subordinada ao lema "Poesia é só uma", apresentava como objetivo "arquivar a atividade da poesia atual sem dependência de escolas ou grupos literários, estéticas ou doutrinas, fórmulas ou programas; e em cuja segunda série (Lisboa, 1951) subscreve, ao lado de Jorge de Sena, Ruy Cinatti e José-Augusto França, uma conceção de poesia que "com todos os seus ingredientes, recursos, apelos aos sentidos, resulta de um compromisso firmado entre um ser humano e o seu tempo, entre uma personalidade e uma sua consciência sensível do mundo, que mutuamente se definem" e de poeta como "homem destinado a nele se definir a humanidade. Um ser capaz de ter todo o passado íntegro no presente e capaz de transformar o presente integralmente em futuro", através de uma "atitude de lucidez, compreensão e independência." Comendador da Ordem do Infante D. Henrique e distinguido com a medalha Oskar Nobiling, da Sociedade Brasileira de Língua e Literatura.
 

Oração Final
  Poesia! Sem esperar voltei meu canto que é teu
As coisas de meu Pai que são as pobres criaturas
Caminhando a par de mim pelas ruas da amargura
Disfarçando mais do que eu a certeza que as leis tuas
Nada têm que ver com a minha piedade de evitarem
Cada maior dor seguindo à menos dura.
Deus Pai pudesse eu como Vosso Filho
Como irmão de Cristo, imolar-se só sem perder alguém
— Sem ter que fechar ouvidos ao Espírito Vosso
Cada instante inundando-me de luz! —
Sem vós tudo é impossível.
Sem mim tudo seria igual,
Mas fazei que meus iguais
Não sejam como eu tão miseráveis:
Crendo em Vós, sabendo-vos as provas,
mostro-me pior que os que vos esquecem!
  A vossa Lei, a vossa marca não se
apagou de cada poro da minha pele
Dai-me a força de ajudar a todos com
um sopro do teu Ser que bastará
Pra todos e pra mim.
  Fico na angústia da vossa perdida Graça.
Perdoai-me! Perdoai como eu devo perdoar!!
Fazei que eu perdoe!
Fazei-nos os Santos que Vos devemos!
 

José Blanc de Portugal

Tom Chaplin, vocalista dos Keane, faz hoje quarenta anos!

Thomas Oliver Chaplin (Hastings, East Sussex, 8 de março de 1979), conhecido pelo nome "Tom Chaplin" é o vocalista - e também o benjamin - da banda britânica Keane. Ele também toca guitarra, viola e piano e já compôs algumas letras para a banda, mas o letrista oficial do ex-trio, agora quarteto (Tom Chaplin, Tim Rice-Oxley, Richard Hughes e Jesse Quin) é Tim Rice-Oxley.
Dono de uma potência vocal incrível, esta contrasta com o timbre doce que entoa o hit-hino da banda 'Somewhere Only We Know' do álbum Hopes and Fears, de 2004. No entanto, a música «Somewhere Only We Know» não é a única que é alvo de sucesso. Músicas como This is The Las Time, It Is Any Wonder, Everybodys Changinge Silenced By The Night são igualmente músicas famosas.
Tom conheceu o pianista da Banda Keane dado que o irmão de Tim Rice-Oxley tinha nascido no mesmo dia de Tom, sendo que as mães se conheceram e Tom e Tim eram amigos.
Em 1997, com os Keane já formados: Dominic, Tim e Richard, o pianista Tim (amigo de Tom) conseguiu convencer os colegas a deixarem entrar Tom. Assim se formaram os Keane. No entanto, depois, e devido à falta de sucesso, Dominic saiu da banda.
Tom Chaplin, revelou no site oficial da banda no fim de 2007 que sente-se ainda o mesmo menino dos tempos iniciais da banda. "Sempre serei o mais novo, e por mais que fiquemos velhos, sempre sentirei que precisarei dos conselhos do Tim e do Richard", diz Chaplin. Também revelou que em 2008 estava muito animado com as gravações do terceiro CD, e que já têm uma canção favorita, Perfect Symmetry. "Foi a melhor música que Tim já compôs", disse Tom com exclusividade ao site oficial da banda.
Em 10 de maio de 2010 lançaram um novo EP ("Night Train"), que deve o seu nome ao meio de transporte favorito da banda durante as tours. Na primeira semana de vendas, conseguiu atingir o primeiro lugar no top de vendas britânico (facto transmitido pela banda no site oficial, com grande satisfação e entusiasmo).
Em 2012, a banda retoma o estilo que tinha antes de Perfect Symmetry, com o álbum Strangeland apostando em melodias bem produzidas e letras mais maduras. Muitos já o comparam com Hopes and Fears, pela harmonia do disco e distribuição dos instrumentos. "Hopes and Fears" primeiro e mais famoso álbum da banda britânica
Em 2012, num concerto em Lisboa (Portugal), Tom declarou que adorava estar de férias em Portugal. Em agosto de 2013, a banda fez isso mesmo, sendo que tinha concerto agendado em Cantanhede, Coimbra, dia 3, e dia 11 em Portimão.
   
Entrada nos Keane
Tom Chaplin sempre gostou de música e estudava com o seu amigo (e agora companheiro na banda Keane) Tim Rice-Oxley. Tim Rice-Oxley, Richard Hughes e Dominic Scott (saiu da banda) criaram a banda Keane. Passado algum tempo, Rice-Oxley conseguiu convencer os restantes membros de que Tom seria o vocalista perfeito e ele foi chamado para a banda. Devido ao insucesso, Scott saiu da banda e a partir daí, curiosamente, a banda ficou famosa com temas como Somewhere Only We Know; Everybodys Changing e This is The Last Time.
  
Presente
Já no quarto disco, Tom Chaplin continua a dar voz à banda dos Keane. Em 2014, Tom lançará um álbum como solista, projeto no qual trabalha desde 2007/2008. Tom casou-se com Natalie Dive - que namorava desde 2002 - em junho de 2011. Em 27 de setembro de 2013, ele anunciou que o casal estava esperando seu primeiro filho. A filha, Freya, nasceu em 20 de março de 2014. Tom lançou seu álbum solo no dia 14 de outubro de 2016 e dedicou uma música à sua filha, chamada "Quicksand".
Voltando no tempo: Em julho de 1997, Chaplin foi para a África do Sul para um ano sabático, enquanto os outros membros da banda estavam se preparando para um show. Quando Hughes foi buscar Chaplin, um ano depois, em 3 de julho de 1998, as suas primeiras palavras foram: "Nós temos um show em 10 dias." Esta seria a primeira apresentação da banda no Hope & Anchor pub em 13 de julho de 1998. Chaplin então começou a estudar para uma licenciatura em História da Arte na Universidade de Edimburgo, antes de sair para prosseguir a carreira musical em Londres.
  

Hoje é o Dia da Mulher!

O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, tem como origem as manifestações das mulheres russas por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada da Rússia czarista na Primeira Guerra Mundial. Essas manifestações marcaram o início da Revolução de 1917. Entretanto a ideia de celebrar um dia da mulher já havia surgido desde os primeiros anos do século XX, nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas de mulheres por melhores condições de vida e trabalho, bem como pelo direito de voto.
Hipátia foi uma astrónoma romano-egípcia, curiosamente assassinada no dia 8 de março de 415
Em 1910, ocorreu a primeira conferência internacional de mulheres, em Copenhaga, dirigida pela Internacional Socialista, quando foi aprovada proposta da socialista alemã Clara Zetkin, de instituição de um dia internacional da Mulher, embora nenhuma data tivesse sido especificada.
No ano seguinte, o Dia Internacional da Mulher foi celebrado a 19 de março, por mais de um milhão de pessoas, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça.
Poucos dias depois, a 25 de março de 1911, um incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist mataria 146 trabalhadores - a maioria costureiras. O número elevado de mortes foi atribuído às más condições de segurança do edifício. Este foi considerado como o pior incêndio da história de Nova Iorque, até 11 de setembro de 2001. Para Eva Blay, é provável que a morte das trabalhadoras da Triangle se tenha incorporado ao imaginário coletivo, de modo que esse episódio é, com frequência, erroneamente considerado como a origem do Dia Internacional da Mulher.
Em 1915, Alexandra Kollontai organizou uma reunião em Christiania (atual Oslo), contra a guerra. Nesse mesmo ano, Clara Zetkin faz uma conferência sobre a mulher.
Na Rússia, as comemorações do Dia Internacional da Mulher foram o rastilho da Revolução russa de 1917. Em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro pelo calendário juliano), a greve das operárias da indústria têxtil contra a fome, contra o czar Nicolau II e contra a participação do país na Primeira Guerra Mundial precipitou os acontecimentos que resultaram na Revolução de Fevereiro. Leon Trotsky assim registou o evento: “Em 23 de fevereiro (8 de março no calendário gregoriano) estavam planeadas ações revolucionárias. Pela manhã, a despeito das diretivas, as operárias têxteis deixaram o trabalho de várias fábricas e enviaram delegadas para solicitarem sustentação da greve. Todas saíram às ruas e a greve foi de massas. Mas não imaginávamos que este ‘dia das mulheres’ viria a inaugurar a revolução”.
A Mulher

Se é clara a luz desta vermelha margem
é porque dela se ergue uma figura nua
e o silêncio é recente e todavia antigo
enquanto se penteia na sombra da folhagem.
Que longe é ver tão perto o centro da frescura

e as linhas calmas e as brisas sossegadas!
O que ela pensa é só vagar, um ser só espaço
que no umbigo principia e fulge em transparência.
Numa deriva imóvel, o seu hálito é o tempo
que em espiral circula ao ritmo da origem.

Ela é a amante que concebe o ser no seu ouvido, na corola
do vento. Osmose branca, embriaguez vertiginosa.
O seu sorriso é a distância fluída, a subtileza do ar.
Quase dorme no suave clamor e se dissipa
e nasce do esquecimento como um sopro indivisível.

 

in Volante Verde (1986) - António Ramos Rosa

quinta-feira, março 07, 2019

São Tomás de Aquino morreu há 745 anos

Tomás de Aquino (Roccasecca, 1225 - Fossanova, 7 de março de 1274) foi um padre dominicano, filósofo, teólogo, distinto expoente da escolástica, proclamado santo e Doutor da Igreja Católica, cognominado Doctor Communis ou Doctor Angelicus pela Igreja Católica.
O seu maior mérito foi a síntese do cristianismo com a visão aristotélica do mundo, introduzindo o aristotelismo, sendo redescoberto na Idade Média, na Escolástica anterior, compaginou um e outro, de forma a obter uma sólida base filosófica para a teologia e retificando o materialismo de Aristóteles. Nas suas duas summae, sistematizou o conhecimento teológico e filosófico de sua época: a Summa theologiae e a Summa contra gentiles. A partir dele, a Igreja tem uma Teologia (fundada na revelação) e uma Filosofia (baseada no exercício da razão humana) que se fundem numa síntese definitiva: e razão, unidas em sua orientação comum rumo a Deus. Sustentou que a filosofia não pode ser substituída pela teologia e que ambas não se opõem. Afirmou que não pode haver contradição entre fé e razão. Explica que toda a criação é boa, tudo o que existe é bom, por participar do ser de Deus, o mal é a ausência de uma perfeição devida e a essência do mal é a privação ou ausência do bem. Além da sua Teologia e da Filosofia, desenvolveu também uma teoria do conhecimento e uma Antropologia, deixou também escrito conselhos políticos: Do governo do Príncipe, ao rei de Chipre, que se contrapõe, do ponto de vista da ética, ao O Príncipe, de Nicolau Maquiavel.
    

Stanley Kubrick morreu há vinte anos

Stanley Kubrick (Nova Iorque, 26 de julho de 1928 - St Albans, 7 de março de 1999) foi um cineasta, roteirista, produtor de cinema e fotógrafo americano. Considerado um dos mais importantes cineastas de todos os tempos, foi autor de grandes clássicos do cinema, como Spartacus (1960), Dr. Stangelove (1964), 2001 - Odisseia no Espaço (1968), Laranja Mecânica (1971) e Shining (1980), entre outros.
Infância e adolescência
Em sua infância, o jovem do Bronx não era o que se podia chamar de "aluno exemplar". Raramente fazia os trabalhos de casa e as suas notas não eram das melhores. Mas apesar disso, tinha reconhecimento do pai em sua mente criativa. Foi este quem o encorajou a aprender xadrez (tornou-se um especialista no desporto) e deu-lhe a sua primeira máquina fotográfica. Ainda na adolescência, visando a carreira como fotógrafo, conseguiu emprego na conceituada revista Look, mas logo Kubrick descobriu que o seu futuro estava ligado a outro tipo de câmara.

Auto retrato na década de 50 para a revista Look

Primeiros trabalhos
Estreou como cineasta de curta-metragens aos 22 anos. Aos 25, obteve uma grande ajuda financeira do pai, que penhorou a casa para a produção de Fear and Desire, de 1953, sua primeira longa-metragem. Considerou o trabalho amador e, mesmo com algumas boas críticas, logo tratou de retirá-lo de circulação. Até hoje, o filme permanece fora de catálogo, tendo sido exibido poucas vezes em festivais ou distribuído ilegalmente. Logo após, Kubrick realizaria outro longa, Killer's Kiss, de 1955, outro filme pouco divulgado e de difícil acesso. Mas é a partir de The Killing, de 1956, que a sua carreira começa a funcionar. O trama sobre um plano de assalto ganhou a atenção de alguns produtores. Apesar disso, teve dificuldades com a adaptação da novela Paths of Glory. O filme homónimo foi estrelado pelo astro Kirk Douglas, que ajudou a levantar o projeto após ele ter sido rejeitado pelos estúdios. Kubrick fez um dos filmes antiguerra mais poderosos que o mundo do cinema já viu. Focado não em heróis, mas sim em cobardes. Apesar das excelentes críticas, Paths of Glory (Horizontes de Glória), de 1957, foi proibido em alguns países, incluindo a França.

Reconhecimento e clássicos
Kirk Douglas gostou de trabalhar com Kubrick. Foi ele quem o chamou para dirigir o épico Spartacus (1960), após a tensa demissão do veterano diretor Anthony Mann. Mann já havia filmado boa parte da produção quando Kubrick, com apenas 29 anos, assumiu o seu lugar. A boa relação com Douglas viria por água a baixo quando as diferenças criativas os fizeram confrontar. Kubrick perdeu a batalha e viu obrigado-se a filmar sem poder colocar algumas das suas ideias em prática. Mesmo com o sucesso do filme, ele decidiu que dali por diante só iria aceitar projetos que pudesse ter total liberdade criativa. E foi com esse pensamento que se muda para a Inglaterra em 1962. No mesmo ano começa as filmagens de Lolita (1962), clássico da literatura escrita por Vladimir Nabokov. A curiosidade sobre a adaptação da obra de Nabokov dá grande visibilidade ao filme, que mesmo imerso em polémicas (a relação entre um homem de meia-idade e uma adolescente era a principal delas) se torna outro grande sucesso de crítica. Dois anos depois, o diretor lança outro clássico absoluto: Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb (1964) (Doutor Fantástico no Brasil; Doutor Estranhoamor em Portugal). Tendo como tema a ameaça nuclear, o filme é uma comédia de humor negro com atuações e roteiro primorosos. Para atuar, Kubrick chamou o comediante inglês Peter Sellers, que se desdobra em três papéis, incluindo o de presidente dos Estados Unidos e George C. Scott (que alguns anos mais tarde se destacaria em Patton, Rebelde ou Herói?). Entre os vários momentos clássicos, está o final, com direito a um major cowboy montado sobre uma bomba atómica no ar. Esse trabalho rendeu a Kubrick a sua primeira nomeação para o Óscar de melhor diretor.
Cinco anos de produção foram necessários para o desenvolvimento de 2001: A Space Odyssey (2001: Odisseia no Espaço), de 1968, para muitos a melhor ficção científica já filmada. Foi escrito ao mesmo tempo em que o livro homónimo de Arthur C. Clarke estava a se escrito. Clarke, inclusive, deu assistência na criação do roteiro. 2001 teve uma recepção fria da crítica, mas obteve um enorme sucesso junto do público. Até hoje, possui na sua força maior, as músicas de Richard Strauss, Assim falou Zaratustra e Johann Strauss II, Danúbio Azul. Os efeitos especiais, inovadores para a época, garantiram ao filme um Óscar da categoria.
Novamente indicado para melhor diretor, Kubrick vê o seu prémio escapar. Logo após, chateado com o cancelamento do filme sobre Napoleão Bonaparte, ele segue para mais uma adaptação. Dessa vez o livro é A Clockwork Orange (Laranja Mecânica), de 1971, de Anthony Burgess, focado na violência humana e, principalmente, na da juventude. Causou grande polémica na época de seu lançamento e foi acusado de incitar a barbárie. Na história, quatro jovens de classe trabalhadoras passam as noites cometendo as maiores atrocidades: lutar, roubar, violar… são apenas algumas delas. A vida de um deles, Alex, (Malcolm McDowell) toma um rumo diferente quando o mesmo vai para a cadeia. Disparado o trabalho mais controverso do diretor, que deu-lhe outra nomeação para o prémio da Academia e outra derrota.
Nos anos seguintes, três filmes totalmente diferentes: um longuíssimo filme de época, um terror de gelar a espinha e a sua visão da Guerra do Vietname. O primeiro é Barry Lyndon (1975). Linda obra saída de uma novela de William Makepeace Thackeray. Apesar de ser pouco conhecido, o filme é considerado por muito dos fãs de Kubrick, entre eles Martin Scorsese, como seu melhor trabalho. Pois nele é perfeitamente visível o seu perfecionismo, característica marcante em sua carreira. Barry Lyndon, interpretado magistralmente por Ryan O'Neal, é uma espécie de "talentosa fraude" que inevitavelmente é expulso de onde quer que se meta. A fotografia do filme, dirigida por John Alcott - trabalhando sob a orientação técnica de Kubrick - e vencedora do Óscar, é outro momento inesquecível. Kubrick usou lentes criadas pela NASA para poder filmar alguns interiores. Detalhe: iluminados apenas com velas. Mesmo com todo o cuidado da produção, Barry Lyndon fracassou nos Estados Unidos, mas fez relativo sucesso na Europa. Levou quatro estatuetas douradas, mas de novo o admirável trabalho de Stanley como diretor não foi reconhecido pela maioria votante. Ele voltaria a ter um novo sucesso mundial com o clássico Shining (1980) (The Shining), adaptação da obra de Stephen King. A história de uma família que passa uma época num hotel nas montanhas até hoje faz sucesso onde quer que seja exibida. Quase no final dos anos 1980, Kubrick resurgiria dando ênfase a guerra. Dessa vez a do Vietname. Saída do livro de Gustav Hasford, Full Metal Jacket (Nascido Para Matar), de 1987, quase que uma versão "kubrickiana" de Apocalypse Now. O filme é praticamente dividido em duas partes: a preparação para a guerra e o ambiente de combate. Kubrick disse que ficou frustrado com o facto de que antes da estreia do filme dois outros longas sobre o tema já tinham sido lançados com sucesso: The Killing Fields (Terra sangrenta), de 1984, e Platoon (Platoon - Os Bravos do Pelotão), de 1986. Ainda como destaque da produção está o imenso set erguido em Londres, para a batalha final.

Final de carreira
Do seu último longa-metragem até Eyes Wide Shut (De Olhos Bem Fechados), de 1999, passou-se um longo período sem nada assinado por Stanley. Lançado em 1999, o filme protagonizado pelo (até então) casal número um dos Estados Unidos, causou uma grande comoção entre os amantes da sétima arte. Tom Cruise e Nicole Kidman interpretam um casal em crise e foi adaptada de romance escrito por Arthur Schnitzler, chamado Traumnovelle. Dois anos foi o período de filmagem, tempo que o perfecionismo de Kubrick achou necessário para a conclusão do filme, mas não o necessário para agradar à crítica e público. Kubrick faleceu enquanto dormia, devido a um ataque cardíaco, no dia 7 de março de 1999, não testemunhando a fria recepção que o seu último trabalho obteve. O último projeto cinematográfico em que esteve envolvido, mas que por questões de saúde não dirigiu, foi AI: Inteligência Artificial, de Steven Spielberg. Encontra-se sepultado em Childwickbury Manor, Hertfordshire na Inglaterra.
  

quarta-feira, março 06, 2019

Hoje é dia de recordar Pedro Homem de Melo...






Kiri Te Kanawa nasceu há 75 anos!

Dame Kiri Te Kanawa (Gisborne, 6 de março de 1944) é uma aclamada soprano lírica neozelandesa. O seu reportório vai do século XVII ao século XX. É particularmente dedicada às obras de Mozart, Richard Strauss, Verdi, Handel e Puccini.
Atualmente é raroe atuar em óperas, embora seja vista com frequência em recitais e concertos. Em agosto de 2009, o jornal The Daily Telegraph de Londres relatou que Te Kanawa iria deixar de cantar óperas, que requerem uma disciplina exaustiva. A sua última apresentação operística foi em abril de 2010, na Ópera de Colónia, onde cantou "Marschallin" de Der Rosenkavalier (Richard Strauss).
  
Biografia
Nascida Claire Mary Teresa Rawstron em Gisborne, Ilha do Norte, na Nova Zelândia, de origem māori e irlandesa, foi adotada, quando bebê, por Thomas Te Kanawa e sua mulher, Nell, que lhe deram o nome de Kiri. Thomas, assim como o pai biológico de Kiri era um māori, e Nell era de ascendência irlandesa, tal como a mãe biológica da cantora. 
Foi educada no Saint Mary's College de Auckland e preparada para o canto operístico pela Irmã Mary Leo, RSM. Começou a sua carreira como mezzo-soprano, passando posteriormente a soprano.
Conheceu Desmond Park, num encontro às cegas, em Londres, em agosto de 1967. Os dois se casaram, seis semanas depois, na Catedral de St Patrick, em Auckland. O casal adotou duas crianças - Antonia (nascida em 1976) e Thomas (nascido em 1979). O divórcio veio em 1997.
Na sua adolescência e no começo de sua juventude, foi uma estrela pop e de entretenimento popular nos clubes em Nova Zelândia. Em 1965, venceu o Mobil Song Quest cantando a ária "Vissi d'Arte" da Tosca, de Puccini. Em 1963 ela ganhou o segundo lugar, perdendo para Malvina Major. Como vencedora, ela recebeu uma bolsa de estudos em Londres. Em 1966 ela venceu o prestigioso Australian Melbourne Sun-Aria.
Em 1966, sem uma audição, ela entrou no Centro de Ópera de Londres para estudar com Vera Rózsa e James Robertson.
As suas primeiras aparições foram em A Flauta Mágica, de Mozart, e em Dido and Aeneas, de Henry Purcell, em dezembro de 1968, no Sadler's Wells Theatre. Ela também cantou o papel que dá o título à ópera Anna Bolenna, de Gaetano Donizetti. Em 1969, fez o papel de Elena de La Donna del Lago de Gioacchino Rossini, no Camden Festival e a Condessa em Le Nozze di Figaro. Após a apresentação, o maestro Colin Davis disse: "Não posso acreditar em meus ouvidos. Eu presenciei milhares de audições, mas esta tem uma voz fantasticamente linda". Orgulhoso por Idamante, em Idomeneo (Mozart), ele ofereceu-lhe três anos de contrato no Royal Opera House, Covent Garden, onde ela fez a sua estreia como Xenia, em Boris Godunov, e Flower Maiden, em Parsifal, no ano de 1970.
  
Carreira internacional
Kiri Te Kanawa apresentou-se como a Condessa, em Le Nozze di Figaro, na Ópera de Santa Fé, no Covent Garden, na Ópera Nacional de Lyon e na Ópera de São Francisco, entre 1971 e 1972. A sua estreia no Metropolitan Opera House foi em 1974, como Desdemona em Otello, apresentando-se no lugar de Teresa Stratas, no último momento. Ela cantou no Glyndebourne Festival em 1973. Outras estreias memoráveis foram em Paris (1975), Milão e Sidnei (1978), Salzburgo (1979) e Viena (1980).
Em outros anos, ela apresentou-se na Ópera Lírica de Chicago, na Ópera de Paris, na Casa de Ópera de Sydney, na Ópera Estatal de Viena, no La Scala e na Ópera de São Francisco, adicionando os papéis de Donna Elvira, Pamina e Fiordiligi ao seu reportório.
Te Kanawa foi vista e ouvida por aproximadamente 600 milhões de pessoas em 1981, quando cantou "Let the Bright Seraphim", de Handel, no casamento de Charles, Príncipe de Gales com Lady Diana Spencer.
  
Prémios e honrarias
Kiri Te Kanawa é Dame Commander da Ordem do Império Britânico desde 1982, como também é da Companhia de Honra da Ordem da Austrália (1990) e recebeu o prémio de Ordem da Nova Zelândia (1995). Também recebeu títulos honoris causa das Universidades de Cambridge, Dundee, Durhanm, Nottingham, Oxford, Sunderland, Warwick, Chicago, Auckland e Waikato.
Estabelecida na Inglaterra desde 1966, quando chegou ao país optou por continuar seus estudos de canto no famoso London Opera Centre. Após várias apresentações em teatros de menor projeção, estreou, com redundante sucesso, na Royal Opera House (Covent Garden), em 1971, no papel da Condessa Almaviva, na ópera As Bodas de Fígaro, de Mozart. É considerada uma das melhores intérpretes de Mozart.
Prima Donna da Royal Opera House, apresentou-se ao longo de três décadas no seu palco. Foi convidada pelo príncipe Charles de Windsor, seu admirador e amigo, para cantar no seu casamento com a então Lady Di. Todos os grandes teatros de ópera do mundo a tiveram em seus palcos, nomeadamente o Metropolitan Opera House, de Nova Iorque, que já a recebeu inúmeras vezes.
É divorciada e mãe de um casal de filhos. Ambos - tal como ela mesma o é - são adotados. Hoje, semi-aposentada, continua a morar na Inglaterra e dedica-se à Fundação Kiri Te Kanawa, que criou em Auckland, para ajudar os talentos da música erudita locais. A sua portentosa e aveludada voz, somada a uma técnica impecável e a uma presença cénica forte e carismática garantem seu nome na galeria das maiores cantoras líricas de todos os tempos.
A 28 de junho de 2008 apresentou-se no Casino Estoril, concerto no qual um dos pontos altos foi o dueto com Mariza, na canção Summertime.
Em 1982, Kiri Te Kanawa foi nomeada Dame Commander of the Order of the British Empire por sua contribuição para a ópera. Em 1990, foi nomeada Honorary Companion of the Order of Australia pelos seus serviços às artes, particularmente à opera, e à comunidade. Em 1995, foi indicada para a Ordem da Nova Zelândia.
  
  


David Gilmour - 73 anos

David Jon Gilmour (Cambridge, 6 de março de 1946) é um guitarrista e cantor britânico, vocalista da banda inglesa Pink Floyd, tendo também editado álbuns a solo, bem como colaborado com outros artistas. Depois da saída de Roger Waters, a meio da década de 80, tornou-se a principal figura da banda. Foi considerado o 14º melhor guitarrista do mundo pela revista norte-americana Rolling Stone.
   
    

Miguel Ângelo nasceu há 554 anos

Retrato de Miguel Ângelo, de 1564, executado por Daniele da Volterra a partir da sua máscara mortuária
  
Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni (Caprese, 6 de março de 1475 - Roma, 18 de fevereiro de 1564), mais conhecido simplesmente como Miguel Ângelo, foi um pintor, escultor, poeta e arquiteto italiano, considerado um dos maiores criadores da história da arte do ocidente.
Ele desenvolveu o seu trabalho artístico durante mais de setenta anos, entre Florença e Roma, onde viveram os seus grandes mecenas, a família Medici de Florença, e vários papas romanos. Iniciou-se como aprendiz dos irmãos Davide e Domenico Ghirlandaio,  em Florença. Tendo o seu talento logo reconhecido, tornou-se um protegido dos Medici, para quem realizou várias obras. Depois fixou-se em Roma, onde deixou a maior parte de suas obras mais representativas. A sua carreira desenvolveu-se na transição do Renascimento para o Maneirismo, e o seu estilo sintetizou influências da arte da antiguidade clássica, do primeiro Renascimento, dos ideais do Humanismo e do Neoplatonismo, centrado na representação da figura humana e, em especial, no nu masculino, que retratou com enorme pujança. Várias de suas criações estão entre as mais célebres da arte do ocidente, destacando-se na escultura o Baco, a Pietà, o David, os dois túmulos Medici e o Moisés; na pintura o vasto ciclo do teto da Capela Sistina e o Juízo Final, no mesmo local, e dois afrescos na Capela Paulina; serviu como arquiteto da Basílica de São Pedro, implementando grandes reformas na sua estrutura e desenhando a cúpula, remodelou a praça do Capitólio romano e projetou diversos edifícios, e escreveu grande número de poesias.
Ainda em vida foi considerado o maior artista de seu tempo; chamavam-no de O Divino, e ao longo dos séculos, até os dias de hoje, vem sendo tido na mais alta conta, parte do reduzido grupo dos artistas de fama universal, de facto como um dos maiores que já viveram e como o protótipo do génio. Miguel Ângelo foi um dos primeiros artistas ocidentais a ter sua biografia publicada ainda em vida. A sua fama era tal que, como nenhum artista anterior ou contemporâneo seu, sobrevivem registos numerosos sobre a sua carreira e personalidade, e objetos que ele usara ou simples esboços para suas obras eram guardados como relíquias por uma legião de admiradores. Para a posteridade Miguel Ângelo permanece como um dos poucos artistas que foram capazes de expressar a experiência do belo, do trágico e do sublime numa dimensão cósmica e universal.
 
Miguel Ângelo: Moisés, 1513–1515. Igreja de São Pedro Acorrentado, Roma
   

Cyrano de Bergerac nasceu há quatro séculos

Hector Savinien de Cyrano de Bergerac (Saviniano Hércules Cyrano de Bergerac) (Paris, 6 de março de 1619 - Sannois, 26 de julho de 1655) foi um escritor e duelista que se tornou mais conhecido pelos muitos trabalhos de ficção que têm sido feitos sobre sua vida. Nessas histórias, ele é sempre retratado com um grande nariz, em especial na peça feita por Edmond Rostand sobre sua vida.
  
Biografia
Cyrano de Bergerac - nascido Savinien de Cyrano - nasceu em uma família parisiense, e passou a infância em Saint-Forget (atualmente Yvelines). Estudou e viveu em Paris, enquanto não estava em campanha militar. Ele não era, portanto, um gascão. Somente em 1638 adiciona “de Bergerac” a seu nome, inspirado nas terras que sua família teria possuído. Seu pai era o Senhor de Mauvières e de Saint-Laurent, e como o antigo nome de Mauvières era Bergerac, da antiga família gasconha, que havia sido proprietária da região nos séculos XV e XVI, quando deixou a casa paterna e foi para Paris, adotou o nome Bergerac. Muitos de seus soldados eram gascões, e ele adquiriu muitos de seus costumes, daí o mito de sua origem gasconha.
Contemporâneo de Boileau e Molière, poeta e livre-pensador, assinava as suas obras com pseudónimos criativos escolhidos aleatoriamente. Foi um escritor de sucesso em sua época, e a sua primeira obra foi “Le pedant Joué” (O pedante enganado), que foi escrita para ridicularizar Jean Grangier, então seu professor de retórica.
Aos 20 anos, perdeu a pensão que recebia de seu pai, ao envolver-se num duelo, entrando para o exército, junto ao Capitão Carbon de Casteljaloux. Supõe-se que Cyrano tenha duelado perto de mil vezes, em especial devido às brincadeiras que faziam com seu nariz, bastante grande. Teve dois ferimentos em combate, e um deles lhe deixou uma cicatriz, paralela ao nariz. Destacou-se não apenas como escritor, mas também como espadachim e soldado.
Em 1641 deixou o exército, e escreveu suas obras mais importantes: a peça A Morte de Agripina e dois livros de ficção científica: Histoire comique des Estats et empires de la Lune("História Cômica dos Estados e Impérios da Lua") (1657) e Histoire comique des Estats et empires du Soleil ("História Cômica dos Estados e Impérios do Sol"), entre 1642 e 1655. Tais livros foram publicados em 1657 e 1662, respectivamente, e descrevem jornadas ao sol e à lua. Os métodos do voo especial que Cyrano descreve são inventivos, e refletem o seu materialismo filosófico.
Há especulações atuais de que Cyrano era homossexual. Acredita-se que, por volta de 1640, ele começou um romance com Charles Coypeau d'Assoucy, um escritor e músico, relacionamento que parece ter se estendido até por volta de 1653, quando eles iniciaram uma amarga rivalidade. Bergerac começou a enviar ameaças de morte a d’Assoucy, levando-o a deixar Paris. A questão se estendeu a uma série de textos satíricos escritos por ambos. Bergerac escreveu Contre Soucidas (um anagrama com nome de seu inimigo), e Contre un ingrat, enquanto d’Assoucy contra-atacou com Le Combat de Cyrano de Bergerac avec le singe de Brioché au bout du Pont-Neuf (“A Batalha de Cyrano de Bergerac com o Macaco de Brioché sobre a Ponte Nove”).
A personagem Roxane que a peça de Rostand apresenta era uma prima de Bergerac, que viveu com sua tia, Catherine de Cyrano, em um Convento das “Daughter of the Cross”, onde Bergerac foi atendido após ter sido atingido por uma viga de construção. Na peça, Bergerac luta no cerco de Arras (1640), uma batalha dos 30 anos de guerra entre França e forças espanholas. Um dos companheiros de batalha foi o Barão de Neuvillette, que casou com a prima de Cyrano. Contudo, a história da peça envolvendo Roxane e Christian é ficcional.
Adoeceu, em 1654, após ser ferido na cabeça por uma viga que caiu acidentalmente de uma construção sob a qual passava, e nunca mais recuperou completamente. Doente e pobre, ficou sob a proteção do duque de Arpajon, e posteriormente ficou abrigado pela prima, a baronesa de Neuvillette, morrendo em Sannois, na casa de seu primo Pierre de Cyrano, em 1655.
Savinien de Cyrano está enterrado na mais célebre necrópole parisiense, o Cemitério do Père-Lachaise. A sua estátua é célebre num parque no município francês de Bergerac.
  
Obra
As suas obras História Cómica dos Estados e Impérios da Lua, e História Cómica dos Estados e Impérios do Sol inspiraram várias obras posteriores, tais como Micrómegas, de Voltaire, e Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift.
Questionou os intelectuais da sua época, criando polémicas relacionadas com a religião e crenças tradicionais. A sua peça A Morte de Agripina foi considerada blasfema pela igreja.
Cyrano foi um livre-pensador e um aluno de Pierre Gassendi, um dignitário da Igreja Católica que tentou reconciliar o atomismo de Epicuro com o cristianismo. O pensamento racionalista apresentado por Cyrano foi algo raro na época, pois o iluminismo começou um século após a sua morte. Defendia ideias consideradas ousadas para a época, tais como a de que a matéria se compõe de átomos e de que os animais são dotados de inteligência.