quarta-feira, outubro 16, 2013

João Paulo II foi eleito Papa há 35 anos

O Beato Papa João Paulo II (nascido Karol Józef Wojtyła, 18 de maio de 1920  - 2 de abril de 2005) foi o papa e líder mundial da Igreja Católica Apostólica Romana e Soberano da Cidade do Vaticano de 16 de outubro de 1978 até à sua morte. Teve o terceiro maior pontificado documentado da história, depois dos papas São Pedro, que reinou cerca de trinta e sete anos, e Pio IX, que reinou durante trinta e um anos. Foi o único Papa eslavo e polaco e o primeiro Papa não-italiano desde o neerlandês Papa Adriano VI em 1522.
João Paulo II foi aclamado como um dos líderes mais influentes do século XX. Teve um papel fundamental para o fim do comunismo na Polónia e, talvez, em toda a Europa, bem como na significativa melhoria nas relações da Igreja Católica com o Judaísmo, Islão, Igreja Ortodoxa, religiões orientais e a Comunhão Anglicana. Apesar de ter sido criticado pela sua oposição à contracepção e à ordenação de mulheres, bem como pelo apoio ao Concílio Vaticano II e à sua reforma da missa, também foi elogiado.
Foi um dos líderes mundiais que mais viajaram na história, tendo visitado 129 países durante o seu pontificado. Sabia se expressar em italiano, francês, alemão, inglês, espanhol, português, ucraniano, russo, servo-croata, esperanto, grego clássico e latim, além do polaco, a sua língua materna. Como parte de sua ênfase especial na vocação universal à santidade, beatificou 1.340 pessoas e canonizou 483 santos, quantidade maior que a de todos os seus predecessores juntos nos cinco séculos passados. Em 2 de abril de 2005 faleceu, devido à sua saúde débil e ao agravamento da doença de Parkinson de que sofria. Em 19 de dezembro de 2009 João Paulo II foi proclamado "Venerável" pelo seu sucessor papal, o Papa Bento XVI. Foi proclamado Beato a 1 de maio de 2011, pelo Papa Bento XVI na Praça de São Pedro no Vaticano e será, no próximo ano, em conjunto com o Papa João XXIII, aclamado Santo da Igreja Católica.

Eleição
Em agosto de 1978, após a morte de papa Paulo VI, o Cardeal Wojtyła votou no conclave papal que elegeu papa João Paulo I. João Paulo I morreu após somente 33 dias como Papa, precipitando assim um outro conclave.
O segundo conclave de 1978 começou a 14 de outubro, dez dias após o funeral do papa João Paulo I. A eleição estava dividida entre dois fortes candidatos ao papado: Cardeal Giuseppe Siri, o conservador Arcebispo de Génova, e o liberal Arcebispo de Florença, Cardeal Giovanni Benelli, um colaborador próximo de João Paulo I.
Os defensores da Benelli estavam confiantes de que ele seria eleito, e no início da votação, Benelli estava com nove votos. Entretanto, a magnitude da oposição a ambos significava que possivelmente nenhum deles receberia os votos necessários para ser eleito, e o Cardeal Franz König, Arcebispo de Viena, individualmente sugeriu a seus colegas eleitores um candidato de compromisso: o Cardeal polaco, Karol Józef Wojtyła, que aos 58 anos foi considerado jovem pelos padrões papais. Finalmente ganhou a eleição na oitava votação no segundo dia, de acordo com a imprensa italiana, com 99 votos dos 111 eleitores participantes. Em seguida, ele escolheu o nome de João Paulo II, em homenagem ao seu antecessor, e o tradicional fumo branco informou a multidão reunida na Praça de São Pedro, que um Papa havia sido escolhido. Ele aceitou a sua eleição com essas palavras: ‘Com obediência na fé em Cristo, meu Senhor, e com confiança na Mãe de Cristo e da Igreja, apesar das grandes dificuldades, eu aceito.’ Quando o novo Sumo Pontífice apareceu à varanda, ele quebrou a tradição, dizendo a multidão reunida:
Queridos irmãos e irmãs, todos estamos ainda tristes com a morte do querido papa João Paulo I. E agora os eminentíssimos Cardeais chamaram um novo Bispo de Roma. Chamaram-no de um país distante… Distante, mas sempre muito próximo pela comunhão na fé e na tradição cristã. Tive medo ao receber esta nomeação, mas o fiz com espírito de obediência a Nosso Senhor e com a confiança total na sua Mãe, a Virgem Santíssima. Não sei se posso expressar-me bem na vossa... na nossa língua italiana. Se eu cometer um erro, por favor ‘korrijam’ me...
Wojtyła tornou-se o 264 º papa de acordo com a ordem cronológica lista dos Papas e o primeiro papa não-italiano em 455 anos. Com apenas 58 anos de idade, ele foi o mais jovem papa eleito desde Pio IX em 1846, que tinha 54 anos. Assim como seu antecessor imediato, João Paulo II dispensou a tradicional coroação papal e, em vez disso, recebeu a investidura eclesiástica que simplificou a cerimónia de posse papal, em 23 de outubro de 1978. Durante a sua posse, quando os cardeais estavam a ajoelhar-se diante dele para beijar o Anel do Pescador, ele levantou-se quando o prelado polaco, Cardeal Stefan Wyszyński, se ajoelhou, interrompeu-o e, simplesmente, deu-lhe um abraço.

terça-feira, outubro 15, 2013

O músico Cole Porter morreu há 49 anos

O seu trabalho inclui as comédias musicais Kiss Me, Kate (1948 - baseada na peça de Shakespeare The Taming of the Shrew), Fifty Million Frenchmen e Anything Goes, bem como as músicas "Night and Day", "I Get a Kick Out of You" e "I've Got You Under My Skin". Ele é notório pelas letras sofisticadas (às vezes vulgares), ritmos inteligentes e formas complexas. Ele é um dos maiores contribuidores do Great American Songbook.



Day and night - Fred Astaire

Like the beat beat beat of the tom-tom
When the jungle shadows fall
Like the tick tick tock of the stately clock
As it stands against the wall

Like the drip drip drip of the raindrops
When the summer shower is through
So a voice within me keeps repeating
You, you, you

Night and day, you are the one
Only you beneath the moon or under the sun
Whether near to me, or far
It's no matter darling where you are
I think of you
Day and night, night and day, why is it so

That this longing for you follows wherever I go
In the roaring traffic's boom
In the silence of my lonely room
I think of you
Day and night, night and day

Under the hide of me
There's an oh such a hungry yearning burning inside of me
And this torment won't be through
Until you let me spend my life making love to you
Day and night, night and day

Richard Carpenter nasceu há 67 anos

Richard Lynn Carpenter (New Haven, Connecticut, 15 de outubro de 1946) é um artista e pianista americano conhecido por ter feito parte da dupla Carpenters com a sua irmã, Karen Carpenter.

Infância
Richard Lynn Carpenter nasceu em 15 de outubro de 1946 em New Haven, Connecticut. Recebeu o mesmo nome do irmão mais novo de seu pai, Richard Lynn Carpenter. Coincidentemente, Richard e o seu tio casaram-se com mulheres chamadas Mary.
Ele frequentemente tocava o piano enquanto a sua irmã, Karen, jogava beisebol lá fora. Ele e Karen também gostavam de ouvir os discos infantis que seu pai lhe trouxe. Quando conheceu a música de Perry Como e Ella Fitzgerald, entre muitos outros, aos 12 anos, ele decidiu que queria estar na indústria da música.
A família Carpenter mudou-se de New Haven para Downey, Califórnia em junho de 1963. Eles queriam que Richard progredisse em sua carreira musical além de a família estar aborrecida com os invernos gelados da Nova Inglaterra. Àquela época, Richard estava com 16 anos e estudava música na California State University em Long Beach, lá encontrando Frank Pooler, maestro e compositor, que escreveu as letras para o clássico natalício "Merry Christmas Darling" em 1968. Ele também conheceu o seu parceiro musical e amigo John Bettis, que co-escreveu muitas canções com Richard.

O Richard Carpenter Trio e o Spectrum
Richard criou o Richard Carpenter Trio em 1965, com a irmã Karen e o amigo Wes Jacobs. Richard tocava piano; Karen, bateria e Wes tocava a tuba e o baixo. Em 1966 o Richard Carpenter Trio tocou "Iced Tea" and "The Girl from Ipanema" no Hollywood Bowl na Batalha das Bandas. Eles ganharam a competição e logo depois gravaram três faixas nos estúdios da RCA: "Every Little Thing," "Strangers in the Night" e o original da banda, "Iced Tea". "Iced Tea" é a única gravação que foi oficialmente lançada para o público. Por volta de 1967, Richard e Karen juntaram-se a quatro outros estudantes de música da universidade para formar um sexteto, Spectrum, com: John Bettis, Richard Carpenter, Karen Carpenter, Leslie Johnston, Gary Sims e Danny Woodhams.
Embora os Spectrum tocassem com frequência em clubes noturnos da região de Los Angeles, eles tiveram uma recepção pouco calorosa, pois as suas harmonias e a aversão ao rock'n'roll limitaram o potencial comercial do grupo. Mas ainda assim a experiência dos Spectrum rendeu boas sementes para o futuro sucesso: Bettis tornou-se um letrista para as composições originais de Richard e todos os outros membros, com a exceção de Leslie Johnston, viriam a ser membros dos Carpenters.

Carreira
Richard e Karen finalmente assinaram com a A&M Records a 22 de abril de 1969. "Vamos ter esperança de que tenhamos alguns sucessos", disse Herb Alpert aos dois. De acordo com Richard, Herb Alpert deu-lhes carta branca nos estúdos de gravação e após Offering ter sido lançado e não conseguir boas vendas, muitas pessoas lhe disseram para dispensar os Carpenters da gravadora, mas ele disse aos colegas que lhes daria mais uma chance.
Alpert sugeriu que os Carpenters gravassem uma canção de Burt Bacharach, chamada "(They Long to Be) Close to You." Embora Richard só tenha trabalhado nos arranjos após a insistência de Alpert, os seus talentos foram evidenciados no produto final. Os seus arranjos e talentos musicais, assim como a voz de Karen, fizeram a música alcançar o topo das paradas da Billboard Top 100 e lá ficar por um mês. "(They Long to Be) Close to You" ganhou reconhecimento público da noite para o dia. De acordo com Richard, mesmo tendo a canção ganhado popularidade da noite para o dia, o mesmo não aconteceu para os Carpenters.
Certa noite, Richard estava em casa assistindo à televisão e viu um comercial para o Crocker National Bank. Reconheceu as vozes de Paul Williams e Roger Nichols, dois compositores da A&M. Era a canção "We've Only Just Begun". Richard confirmou o envolvimento deles e perguntou se havia uma versão completa da canção, o que foi confirmado por Williams. Richard conseguiu transformar um jingle de banco em um sucesso com disco de ouro certificado pela RIAA. Atingiu a segunda posição na Billboard Hot 100, e transformou-se numa canção comum em casamentos. A canção também lançou com sucesso as carreiras de Nichols e Williams com múltiplos sucessos, não somente dos Carpenters mas também de outros artistas.
Richard compôs muitos dos sucessos dos Carpenters, tais como:
  • "Goodbye to Love" (uma das primeiras baladas com solo de guitarra - 7ª posição - influenciou o desenvolvimento do estilo power ballad)
  • "Top of the World" (1ª posição)
  • "Yesterday Once More" (2ª posição)
  • "Only Yesterday" (4ª posição)

Quaaludes
Enquanto Karen sofria de anorexia nervosa, Richard sofria com a dependência de quaaludes, um tipo de sonífero. Foram-lhe prescritos pelo médico como forma de facilitar o sono, mas o seu uso saiu-lhe do controle. Ele veio a procurar tratamento na Clínica Menninger, em Topeka, Kansas em 1979 para um tratamento de oito semanas, o qual teve sucesso.

Depois dos Carpenters
Três dias antes de seu trigésimo sétimo aniversário, a família Carpenter celebrou a inauguração da estrela dos Carpenters na Calçada da Fama em Hollywood. Ele disse em seu discurso que isso foi uma experiência ao mesmo tempo amarga e doce por causa da morte trágica de Karen, ainda que fosse capaz de celebrar a estrela.
Começou a gravar um álbum solo em 26 de junho de 1985 e terminou o álbum a 5 de julho de 1987. O álbum foi chamado "Time". Teve participações de Dusty Springfield e Dionne Warwick. Springfield cantou "Something in Your Eyes" e Warwick cantou "In Love Alone". Richard criou uma canção dedicada a Karen chamada "When Time Was All We Had".
Em 1984, Richard casou-se com Mary Rudolph (cujo irmão, Mark Rudolph, era o road manager dos Carpenters, assim como ouvinte que participa durante o pot-pourri de músicas antigas do álbum de 1973, Now & Then. Richard e Mary têm cinco filhos: Kristi Lynn, Traci Tatum, Mindi Karen, Colin Paul e Taylor Mary. Richard e os filhos às vezes se apresentam juntos em vários eventos relacionados com os Carpenters. A família hoje reside em Thousand Oaks, Califórnia.
Recentemente, Richard participou nas produções dos documentários Close to You: Remembering the Carpenters (1997) e Only Yesterday: The Carpenters Story (2007). Ele lançou os DVD's Gold: Greatest Hits e Interpretations (Carpenters DVD).


Mata Hari foi fuzilada há 96 anos

Margaretha Gertruida Zelle (Leeuwarden, 7 de agosto de 1876 - Vincennes, 15 de outubro de 1917), conhecida mundialmente como Mata Hari, foi uma dançarina exótica dos Países Baixos acusada de espionagem que foi condenada à morte por fuzilamento, durante a Primeira Guerra Mundial. Em diferentes ocasiões sua vida foi alvo da curiosidade de biógrafos, romancistas e cineastas. Ao longo do tempo, Mata Hari transformou-se em uma espécie de símbolo da ousadia feminina.

(...)

Durante a guerra, Mata Hari dormiu com inúmeros oficiais, tanto franceses quanto alemães e tornou-se um peão da intriga internacional, apesar dos historiadores nunca terem esclarecido com exatidão se ela fora realmente uma espia, e se sim, quais eram as suas atividades como tal. Em 1917 ela foi a julgamento na França, acusada de atuar como espia e também como agente dupla para a Alemanha e França. Foi considerada culpada e no dia 15 de outubro do mesmo ano foi fuzilada.

Chris de Burgh - 65 anos!

Chris de Burgh (Venado Tuerto, Santa Fé, 15 de outubro de 1948), nascido Christopher John Davison, é um cantor de música pop irlandês nascido na Argentina. É pai da modelo irlandesa Rosanna Davison, que venceu o concurso de Miss Mundo em 2003.

Early life
De Burgh was born in Venado Tuerto, Argentina, to Colonel Charles Davison, a British diplomat, and Maeve Emily de Burgh, an Irish secretary. His father had substantial farming interests, and Chris spent much of his early years in Malta, Nigeria and Zaire, as he, his mother and brother accompanied Colonel Davison on his diplomatic and engineering work.
The Davisons finally settled in Bargy Castle, County Wexford, a twelfth-century castle in Ireland bought by his maternal grandfather, General Sir Eric de Burgh, a former Chief of the General Staff in India, who was descended from a distinguished Hiberno-Norman family. The castle was converted into a hotel where Chris gained much early experience performing to the guests, and he later assumed "de Burgh" as his stage name.
After attending Marlborough College in Wiltshire, England, de Burgh went on to graduate from Trinity College, Dublin with a Master of Arts degree in French, English and History.
  
Musical career
Chris de Burgh signed his first contract with A&M Records in 1974, and supported Supertramp on their Crime of the Century tour, building himself a small fan base. His début album, Far Beyond These Castle Walls, was a folk-tinged stab at fantasy in the tradition of the Moody Blues. It failed to chart upon its release in February 1975. Five months later, he released a single called "Turning Round" from the album, released outside the UK and Ireland as "Flying". It failed to make an impression in the UK, but it stayed on top of the Brazilian charts for 17 weeks. This became a familiar pattern for the singer/songwriter, as every one of his '70s albums failed to chart in the UK or US while they racked up big sales in continental European and South American countries. In 1981, he had his first UK chart entry with Best Moves, a collection culled from his early albums. It set the stage for 1982's Rupert Hine produced The Getaway, which reached number 30 in the UK charts and number 43 in the US, thanks to the eerie single "Don't Pay the Ferryman". Chris de Burgh's follow-up album, Man on the Line, also performed well, charting at 69 in the US and 11 in the UK.
Chris de Burgh had an across-the-board success with the ballad "The Lady in Red" in late 1986; the single became a number one hit in the UK (number three in America) and its accompanying album, Into the Light, reached number two in the UK. (number 25 in the U.S.). That Christmas season, a re-release of de Burgh's 1976 Christmas song "A Spaceman Came Travelling" became a Top 40 hit in the UK. Flying Colours, his follow-up to Into the Light, entered the British charts at number one upon its 1988 release, yet it failed to make the American charts. De Burgh never hit the US charts again and his commercial fortunes began to slide slightly in Britain in the early 1990s, yet he retained a following around the world. This is mainly due to inactivity of his previous recording label A&M Records UK division in U.S.
In 2007, a concert in Tehran was planned for mid-2008, together with local band Arian, which would have made Chris de Burgh the first western pop singer to perform in Iran since the 1979 revolution. However, the concert never went ahead because he had not been given permission by the Iranian authorities to perform in the country.

Personal life
Chris de Burgh has been married to his wife Diane since 1977 and lives in Enniskerry, County Wicklow in Ireland. They have two sons, Hubie and Michael, and a daughter, Rosanna, a model, who won the Miss World competition in 2003 for Ireland. He is a distant relative of the 13th-century English nobleman Hubert de Burgh, who features prominently in Shakespeare's play The Life and Death of King John. He is an avid Liverpool F.C. supporter, as is Rosanna, and they often attend matches at Anfield.
In 1994, he was found to have had an affair with his children's 19-year-old Irish nanny, Maresa Morgan, who was assisting the family while de Burgh's wife Diane was recuperating in the hospital from a broken neck during a horse-riding accident. His daughter Rosanna indicated during an interview with The Irish Independent that she held little sympathy for Morgan, regarding the latter's portrayal of herself as a victim as "pathetic" and hoped "she pays for her mistake". She forgave her father for his affair.
In 2011, bottles from DeBurgh's vintage wine cellar sold for over $500,000, including a world record set for a magnum collection of postwar vintages.
DeBurgh has a noted interest in war history, especially that of World War I and World War II. His songs contain numerous references to soldiers and battle, and in 2006 he purchased a rare First World War letter written by an unknown soldier.
De Burgh has pursued and won 16 defamation actions. The Irish Independent said he has always been a bit prickly about criticism. Peter Crawley, a theatre reviewer at The Irish Times, found this out the hard way when he wrote a less than sympathetic review of de Burgh's show in Dublin's Gaiety Theatre in September 2009. Crawley noted: "He departs the stage for 'Lady in Red', invading boxes and draping himself over audience members ... Certain toes will never uncurl after this experience, but it is almost admirable how unaltered de Burgh has remained by the flow of time." In a lengthy, much-publicised reply to the critic, de Burgh made his feelings known, particularly in the postscript:
"We were wondering by way of explanation and, as you seem to portray yourself as a bitter and unfulfilled man, were you much teased by your school chums in the schoolyard and called 'Creepy Crawley'?", de Burgh wrote.
De Burgh now runs a successful bondage dungeon in Stepney Green, East London.

Chris De Burgh - Don't Pay The Ferryman

It was late at night on the open road
Speeding like a man on the run
A lifetime spent preparing for the journey

He is close now and the search is on
Reading from a map in the mind
Yes there's the ragged hill
And there's the boat on the river

And when the rain came down
He heard a wild dog howl
There were voices in the night, "Don't do it"
Voices out of sight, "Don't do it"
Too many men have failed before

"Whatever you do
Don't pay the ferryman
Don't even fix a price
Don't pay the ferryman
Until he gets you to the other side"

In the rolling mist then he gets on board
Now there'll be no turning back
Beware that hooded old man at the rudder

And then the lightning flashed, and the thunder roared
And people calling out his name
And dancing bones that jabbered and a-moaned
On the water

And then the ferryman said
"There is trouble ahead
So you must pay me now," "Don't do it"
"You must pay me now," "Don't do it"
And still that voice came from beyond

"Whatever you do
Don't pay the ferryman
Don't even fix a price
Don't pay the ferryman
Until he gets you to the other side"

Don't pay the ferryman
Don't even fix a price
Don't pay the ferryman
Until he gets you to the other side

Don't pay the ferryman
Don't even fix a price
Don't pay the ferryman
Until he gets you to the other side

Don't pay the ferryman
Don't even fix a price
Don't pay the ferryman
Until he gets you to the other side

Don't pay the ferryman

Manuel da Fonseca nasceu há 102 anos

(imagem daqui)

Manuel Lopes Fonseca, mais conhecido como Manuel da Fonseca (Santiago do Cacém, 15 de outubro de 1911 - Lisboa, 11 de março de 1993) foi um escritor (poeta, contista, romancista e cronista) português.
Após ter terminado o ensino básico, Manuel da Fonseca prosseguiu os seus estudos em Lisboa. Estudou no Colégio Vasco da Gama, Liceu Camões, Escola Lusitânia e Escola de Belas-Artes. Apesar de não ter sobressaído na área das Belas-Artes, deixou alguns registos do seu traço sobretudo nos retratos que fazia de alguns dos seus companheiros de tertúlias lisboetas como é o caso do de José Cardoso Pires. Durante os períodos de interregno escolar, aproveitava para regressar ao seu Alentejo de origem. Daí que o espaço de eleição dos seus primeiros textos seja o Alentejo. Só mais tarde e a partir de Um Anjo no Trapézio é que o espaço das suas obras passa a ser a cidade de Lisboa.
Membro do Partido Comunista Português (PCP), Manuel da Fonseca fez parte do grupo do Novo Cancioneiro e é considerado por muitos como um dos melhores escritores do neo-realismo português. Nas suas obras, carregadas de intervenção social e política, relata como poucos a vida dura do Alentejo e dos alentejanos.
A sua vida profissional foi muito díspar tendo exercido nos mais diferentes sectores: comércio, indústria, revistas e agências publicitárias, entre outras.
Era presidente da Sociedade Portuguesa de Escritores quando esta atribuiu o Grande Prémio da Novelística a José Luandino Vieira pela sua obra Luuanda, o que levou ao encerramento desta instituição.
Em sua homenagem, a Escola Secundária de Santiago do Cacém, denomina-se Escola Secundária Manuel da Fonseca e a Biblioteca Municipal de Castro Verde, Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca.


Vida 

Vida:
sensualíssima mulher de carnes maravilhosas
cujos passos são horas
cadenciadas
rítmicas
fatais.
A cada movimento do teu corpo
dispersam asas de desejos
que me roçam a pele
e encrespam os nervos na alucinação do «nunca mais».
Vou seguindo teus passos
lutando e sofrendo
cantando e chorando
e ficam abertos meus braços:
nunca te alcanço!
Meu suplício de Tântalo.
Envelheço...
E tu, Vida, cada vez mais viçosa
na oscilação nervosa
das tuas ancas fecundas e sempre virgens!
À punhalada dilacero a folhagem
e abro clareiras
na floresta milenária do meu caminho.
Humildemente se rasga e avilta
no roçar dos espinhos
minha carne dorida.
E quando julgo chegada a hora
meu abraço de posse fica escancarado no ar!
Olímpica
firme
gloriosa
tu passas e não te alcanço, Vida.
Caio suado de borco
no lodo...
O vento da noite badala nos ramos
sarcasmos canalhas.
Não avisto a vida!
Tenho medo, grito.
Creio em Deus e nos fantásticos ecos
do meu grito
que vêm de longe e de perto
do sul e do norte
que me envolvem
e esmagam:
— maldita selva, maldita selva,
antes o deserto, a sede e a morte!

 

in Rosa dos Ventos (1940) - Manuel da Fonseca

segunda-feira, outubro 14, 2013

Bing Crosby morreu há 36 anos

Bing Crosby (Tacoma, Washington, 3 de maio de 1903 - Madrid, Espanha, 14 de outubro de 1977) foi um cantor e ator norte-americano. Considerado um dos maiores cantores populares do século XX, morreu vítima de um ataque cardíaco enquanto jogava golfe.


Usher - 35 anos!

Usher Terry Raymond IV (Dallas, 14 de outubro de 1978), mais conhecido como Usher, é um cantor, dançarino e ator norte-americano. Ele é considerado em todo o mundo como o principe do R&B. Usher, chegou à fama no final dos anos 90 com o lançamento do seu segundo álbum, My Way, que gerou o seu primeiro hit n.º 1 na Billboard Hot 100, "Nice and Slow". O seu álbum seguinte, 8701, teve mais dois hits n.º um na Billboard Hot 100, "U Remind Me" e "U Got It Bad". Ambos os álbuns venderam mais de 8 milhões de cópias em todo o mundo, estabelecendo Usher como um dos melhores artistas de R&B em relação a vendas da década de 90.
O sucesso de Usher continuou com seu álbum de 2004, Confessions, que vendeu mais de 10 milhões de cópias só nos Estados Unidos, e obteve a certificação de diamante pela RIAA. Confessions tem a maior primeira semana de vendas para um artista R&B da história, e vendeu mais de 20 milhões de cópias no mundo todo. Ele gerou um recorde de quatro singles consecutivos no topo da Billboard Hot 100 "Yeah!","Burn","Confessions Part II" e "My Boo". O álbum de 2008 Here I Stand vendeu mais de 5 milhões de cópias em todo o mundo, e o single "Love In This Club" atingiu um pico de número um na Billboard Hot 100.
Em 30 de março de 2010, Usher lançou o seu sexto álbum de estúdio, Raymond V. Raymond, que se tornou o seu terceiro álbum consecutivo a estrear no n.º um nos Estados Unidos, na Billboard 200. Foi certificado platina pela RIAA e gerou outro hit n.º um na Hot 100 "OMG". A canção tornou-se o seu nono n.º um nos Estados Unidos, fazendo dele o primeiro artista da década colocando singles n.º um em três décadas consecutivas, e apenas o quarto artista de todos os tempos a alcançar esse feito. Mais tarde, ele lançou um Extended Play e a versão deluxe de "Raymond v. Raymond", intitulado Versus , que estreou no número quatro no Billboard 200. O seu primeiro single "DJ Got Us Fallin' in Love", alcançou sucesso internacional e chegou a n.º quatro no Billboard Hot 100.
A RIAA classificou Usher como um dos artistas que mais vendeu na história da música americana, tendo vendido mais de 23 milhões de cópias nos Estados Unidos. Até hoje, ele já vendeu mais de 65 milhões de discos em todo o mundo, fazendo dele um dos artistas mais vendidos da música de todos os tempos. Usher, já ganhou inúmeros prémios, incluindo sete prémios Grammy, quatro World Music Awards, seis American Music Awards e 22 Billboard Music Awards. Em 2008, Usher foi classificado como o vigésimo primeiro artista mais bem sucedido na Billboard Hot 100 de todos os tempos pela revista Billboard. A Billboard também classificou Usher o artista número um da Hot 100 na década de 2000, nomeando-o o segundo artista mais bem-sucedido da década dos anos 2000, com o seu álbum de 2004, Confessions, a ser classificado como o álbum a solo melhor e segundo álbum mais bem sucedido da última década. Em novembro de 2010, Usher foi o sexto classificado pela Billboard na lista dos 25 artistas Top R&B/Hip-Hop dos últimos 25 anos (1985-2010), vencendo mais do que qualquer outro artista de sua geração. Usher alcançou nove hits n.º um na Hot 100, todos como um artista principal. Além de sua carreira musical, ele é considerado como um símbolo sexual. Em 1998 as pessoas o nomearam o mais sexy artista de R&B vivo. Em 2010, o Glamour o nomeou um dos 50 homens mais sexy vivo.

NOTA: queremos dedicar esta música ao colega e amigo geopedrado Carlos Gonçalves, que hoje fez anos...!

Há 70 anos os prisioneiros do Campo de Concentração nazi de Sobibor revoltaram-se e conseguiram fugir

 Um memorial na entrada do campo

Sobibor foi um campo de extermínio alemão, localizado na Polónia ocupada pela Alemanha nazi, que foi parte da Operação Reinhard, no Holocausto. Judeus, prisioneiros de guerra soviéticos e possivelmente ciganos, foram transportados para Sobibor de comboio e assassinados em câmaras de gás alimentadas pelos gases de escape de um motor a diesel. Cerca de 260.000 pessoas foram assassinadas em Sobibor pelos alemães.
Sobibor foi também o sítio da única revolta bem sucedida de prisioneiros de um campo alemão. A 14 de outubro de 1943, membros da revolta conseguiram matar secretamente 11 dos guardas da SS e alguns guardas ucranianos também. Apesar do plano ter sido matar todos os guardas alemães da SS e sair pela porta principal do campo, as mortes foram descobertas e os prisioneiros tiveram de correr pelas suas vidas em todas as direções. Dos cerca de 600 prisioneiros do campo, usados como escravos, cerca de 300 conseguiram fugir.
A maior parte deles foi cercada e assassinada nos dias subsequentes, mas cerca de 50 prisioneiros conseguiram sobreviver à II Guerra Mundial. Esta fuga forçou os alemães a fechar o campo. Eles desmantelaram-no e plantaram uma floresta no local para tentar esconder o que se tinha passado ali.
A revolta foi dramatizada em 1987 pelo telefilme "Fuga de Sobibor," baseado no livro do mesmo nome escrito por Richard Raschke, publicado em 2011 no Brasil pela editora Universo, retratando, através de testemunhos e documentos, a realidade do campo e a mais bem sucedida revolta ocorrida em um campo de extermínio alemão.
O documentário "Sobibor, 14 de outubro de 1943, 16.00" (a hora exacta da revolta) do realizador suíço Claude Lanzmann contém uma descrição dos acontecimentos, usando filmes da época e relatos de alguns dos sobreviventes, que ainda vivem hoje em Israel.

Localização do campo de Sobibor

Rommel morreu há 69 anos

Erwin Johannes Eugen Rommel (Heidenheim, 15 de novembro de 1891Herrlingen, 14 de outubro de 1944) (conhecido popularmente como A Raposa do Deserto) foi um marechal-de-campo do exército alemão durante a Segunda Guerra Mundial.
Rommel ficou mundialmente famoso pela sua intervenção na África do Norte entre 1941 e 1943, no comando do Afrika Korps, um destacamento do exército alemão destinado a auxiliar as forças italianas que então batiam em retirada frente ao exército britânico. Pela sua audácia e domínio das táticas de guerra com blindados, obteve a alcunha de A Raposa do Deserto e entre os árabes como O Libertador, sendo temido e respeitado tanto por seus comandados quanto por seus inimigos.

(...)

Em 17 de julho de 1944, 41 dias após o início dos desembarques aliados do Dia D, Rommel foi gravemente ferido por um caça Spitfire canadiano e permaneceu hospitalizado vários dias. Nesse período, Claus von Stauffenberg executou o atentado de 20 de julho de 1944 contra Hitler, que escapou por pouco, com ferimentos leves (a mesa da conferência acabou por lhe servir de escudo). Sem nunca ter feito parte do partido nazi, Rommel tornara-se cada vez mais crítico do governo do Führer.

Morte
Implicado no atentado, pelas suas ligações com os oficiais conspiradores membros da resistência alemã, Rommel, ainda em recuperação médica, recebe na sua casa a visita de dois oficiais generais, a 14 de outubro de 1944.
Devido ao seu prestígio nacional, estes oficiais, leais a Hitler, trazem os termos do Führer a Rommel: ir para Berlim, passar por um julgamento popular e inevitavelmente ser condenado à morte, condenando também a sua família a ser confinada num campo de concentração ou, sozinho, acompanhar os dois oficiais e ingerir veneno para suicidar-se, opção esta que garantiria a integridade dos seus familiares. Rommel, sem dúvidas, escolhe a segunda alternativa, despede-se da família e acompanha os dois oficiais, embarcando no seu automóvel.
Às 13.25 horas os Generais Burgdorf e Maisel fizeram a entrega do cadáver de Rommel ao Hospital de Ulm. O médico-chefe, que se dispunha a proceder a autópsia, foi prontamente interrompido por Burgdorf que lhe disse: "Não toque no corpo. Em Berlim já se tomaram todas as providências." Talvez jamais se venha a saber o que exatamente se passou no caminho de Ulm. Burgdorf pereceu com Hitler, no subterrâneo da Chancelaria do Reich. Maisel, que ao final da guerra foi condenado, juntamente com o motorista das SS, afirmam terem recebido ordens de abandonar o carro durante alguns momentos, quando regressaram, encontraram Rommel agonizando.
O seu funeral foi feito a 18 de outubro de 1944, com as mais altas honrarias militares do III Reich e, oficialmente sua "causa mortis" foi anunciada como efeito dos ferimentos que recebera meses antes. Os seus restos mortais, depois de cremado, foram sepultados em Herrlingen, Alemanha, num cemitério próximo de sua casa. A sua família não foi perseguida após sua morte e um dos seus filhos chegou ao cargo de presidente da câmara (Bürgermeister) da cidade de Stuttgart.
Muitas lendas foram criadas a partir do mito Rommel, porém nunca questionado do ponto de vista militar e da conduta no campo de batalha. Histórias como "fazer um Rommel", que para os soldados do 8º Exército Britânico, significava fazer algo de forma impecável. A sua astúcia e faculdade de improvisação granjearam-lhe o apelido de Raposa do Deserto. Certa vez encontrando-se sob violenta pressão Britânica, o general conseguiu inverter a situação dando-lhes impressão de comandar grandes destacamentos. Sabia que a RAF fotografava diariamente as linhas alemãs, então, ordenou que todos os veículos fossem movimentados a noite, crivando o solo do deserto com milhares de sulcos, e projetando a movimentação de um grande destacamento de blindados. Diante disto os ingleses bateram em retirada.
Funeral de Rommel

domingo, outubro 13, 2013

O poeta Manuel Bandeira morreu há 45 anos...

Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho (Recife, 19 de abril de 1886 - Rio de Janeiro, 13 de outubro de 1968) foi um poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro.
Considera-se que Bandeira faça parte da geração de 22 da literatura moderna brasileira, sendo o seu poema Os Sapos o abre-alas da Semana de Arte Moderna de 1922. Juntamente com escritores como João Cabral de Melo Neto, Paulo Freire, Gilberto Freyre, Nélson Rodrigues, Carlos Pena Filho e Osman Lins, entre outros, representa a produção literária do estado de Pernambuco.


Poética

Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
protocolo e manifestações de apreço ao sr. diretor.
Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionário
o cunho vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja
fora de si mesmo
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante
exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes
maneiras de agradar às mulheres, etc
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare

— Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.



Manuel Bandeira

Yves Montand nasceu há 92 anos

Paul Simon - 72 anos

Paul Frederic Simon (Newark, 13 de outubro de 1941) é um cantor e compositor norte-americano de música folk rock. Foi considerado o 93º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone.


Porque, há 45 anos, este dia foi complicado para a Poesia escrita em Português...


IN MEMORIAM

Todos os anos são anos de morte
Os anos morrem por partes dia a dia
O poeta pode ser fraco ou ser forte
por vezes vai dar uma volta e demora
A treze do mês de Outubro foram-se embora
manuel bandeira e cristovam pavia
Todas as mortes nos matam um pouco
seja a de um santo seja a de um louco
Na irmã morte vive a poesia:
Viva bandeira viva pavia


in Homem de Palavra(s) (1969) - Ruy Belo

A Mulher (e Rainha) que nos ajudou a separar da Espanha dos Filipes nasceu há quatro séculos

D.ª Luísa Maria Francisca de Gusmão (Sanlúcar de Barrameda, 13 de outubro de 1613 - Lisboa, 6 de novembro de 1666), pelo seu casamento com João, duque de Bragança em 12 de janeiro de 1633, veio a ser a primeira Rainha de Portugal da quarta dinastia.

Brasão da Rainha D.ª Luísa de Gusmão

Da Casa Ducal de Medina-Sidónia, Dona Luísa era filha de João Manuel Peres de Gusmão, 8º duque de Medina-Sidónia, e de Joana Lourença Gomes de Sandoval e Lacerda, os senhores mais poderosos da Andaluzia. Descendia dos reis de Portugal por via paterna - a sua avó Ana de Silva e Mendonça era descendente de D. Afonso Henriques) - e por via materna - a sua outra avó, Catarina de Lacerda, descendia de D. Afonso I de Bragança.
Em 1621, na subida ao trono de Filipe IV, o plano de incorporação de Portugal na Coroa de Espanha tinha já realizado duas fases: a fase da união pela monarquia dualista jurada em Tomar (1581) por Filipe II, prometendo o respeito pela autonomia do Governo de Portugal; e a fase da anexação, entretanto operada durante o reinado de Filipe III (1598-1621).
No início do reinado de Filipe IV faltava apenas consumar a absorção de Portugal. Na Instrucción sobre el gobierno de España, que o Conde-Duque de Olivares apresentou ao rei Filipe IV, em 1625, tratava-se do planeamento e da execução dessa fase final da absorção. O conde-duque indicava três caminhos:
  1.  Realizar uma cuidadosa política de casamentos, para confundir e unificar os vassalos de Portugal e de Espanha;
  2. Ir o rei Filipe IV fazer corte temporária em Lisboa;
  3. Abandonar a letra e o espírito dos capítulos das Cortes de Tomar (1581), que colocava na dependência do Governo autónomo de Portugal os portugueses admitidos nos cargos militares e administrativos do Reino e do Ultramar (Oriente, África e Brasil), passando estes a ser vice-reis, embaixadores e oficiais palatinos de Espanha.
Dos três caminhos indicados, aquele que era talvez o mais difícil de realizar era o da política de casamentos. O casamento de Dona Luísa de Gusmão com o Duque de Bragança surgiu como uma oportunidade a não perder. Juntando duas importantes Casas Ducais, uma de Espanha e a outra de Portugal, esperava-se por seu intermédio vir a impedir o levantamento de Portugal contra a Dinastia Filipina.
Dona Luísa de Gusmão, porém, apoiou a política do marido na rebelião contra a Espanha. Tê-lo-á mesmo incitado a aceitar a Coroa do Reino de Portugal, nem que para isso fossem precisos grandes sacrifícios. O conde da Ericeira atribuiu à duquesa Dona Luísa o propósito "mais acertado de morrer reinando do que acabar servindo", a partir do qual os adversários da autonomia portuguesa fizeram depois sonoras frases ao gosto popular, como a de que ela teria afirmado, "melhor ser Rainha por um dia, do que duquesa toda a vida". Segundo a opinião de Veríssimo Serrão, «não é de manter-se a falsa tradição que fez dela um dos «motores» da Restauração, mas não oferece dúvida que se identificou com o movimento e soube enfrentar os sacrifícios com ânimo varonil».

Rainha de Portugal
Após a aclamação, instalou-se em Lisboa com os filhos, vivendo para a sua educação. Não teve um papel apagado, pois, aquando da revolta de 1641, foi de parecer que os culpados não mereciam perdão, mesmo o inocente duque de Caminha. Exerceu governo sempre que o Rei acorria à fronteira do Alentejo, como, em julho de 1643, auxiliada nos negócios públicos por D. Manuel da Cunha, bispo capelão-mor, Sebastião César de Meneses e o marquês de Ferreira.
Desde muito cedo, as rainhas de Portugal contaram com os rendimentos de bens, adquiridos na sua grande maioria por doação. Às rainhas cabiam tenças sobre a receita das alfândegas, a vintena do ouro de certas minas, para além dos rendimentos das terras de que dispunham e a nomeação dos respectivos ofícios.
No entanto, e de acordo com o estipulado nas Ordenações Manuelinas, as doações feitas às rainhas, mesmo quando não reservavam para o monarca nenhuma parte da jurisdição cível e crime, deviam ser interpretadas com reserva da mais alta superioridade e senhorio para o Rei. Para além de estipularem as formas de exercício da jurisdição das rainhas, determinavam o regimento do ouvidor, que era desembargador na Casa da Suplicação.
Após o período de domínio filipino, durante o qual cessara o estado, dote e jurisdição das rainhas, D. João IV determinou que sua mulher, D. Luísa Gabriela de Gusmão, detivesse todas as terras que tinham pertencido à anterior rainha D. Catarina: (Silves, Faro, Alvor, Alenquer, Sintra, Aldeia Galega e Aldeia Gavinha, Óbidos, Caldas da Rainha e Salir do Porto), com as respectivas rendas, direitos reais, tributos e ofícios (vedor, juiz, ouvidor e mais desembargadores, oficiais dos feitos de sua fazenda e estado), padroados, e toda a jurisdição e alcaidarias mores, de acordo com a Ordenação manuelina.
Por Carta de 10 de janeiro de 1643 foram confirmadas as doações e jurisdição das rainhas. A 9 de fevereiro do mesmo ano, foram doadas a D. Luísa as terras da Chamusca e Ulme, mais bens pertencentes ao morgado Rui Gomes da Silva, e ainda o reguengo de Nespereira, Monção e Vila Nova de Foz Côa.
D. Luísa, por Decreto de 16 de julho de 1643, criou o Conselho ou Tribunal do Despacho da Fazenda e Estado da Casa das Senhoras Rainhas, constituído por um ouvidor presidente, dois deputados, um provedor, um escrivão e um porteiro. O Regimento do Conselho da Fazenda e Estado, outorgado em 11 de outubro de 1656, fixou a existência de um vedor da Fazenda, um ouvidor e dois deputados, um dos quais ouvidor geral das terras das rainhas, um procurador da Fazenda e respectivo escrivão, um chanceler e um escrivão da câmara. Esse regimento viria a ser confirmado por alvará de 11 de maio de 1786.

Regente do Reino
No testamento do esposo, D. Luísa foi nomeada regente durante a menoridade de D. Afonso VI, aclamado no Paço da Ribeira em 15 de novembro de 1656, aos 13 anos. Era voz corrente que D. Afonso sofria de grave doença, pelo que chegou-se a pensar no adiamento da cerimónia.
A regente procurou organizar o governo de modo a impor-se às facções palacianas em jogo. Nomeou D. Francisco de Faro e Noronha, conde de Odemira, para aio do monarca e manteve os ofícios da casa real nas mãos dos que os exerciam no tempo do marido. Os negócios públicos continuaram com os secretários de Estado e Mercês, Pedro Vieira da Silva e Gaspar de Faria Severim.
Mas a rivalidade entre o conde de Odemira e D. António Luís de Meneses, conde de Cantanhede, dificultou a sua acção. Viu-se assim coagida a nomear a chamada Junta Nocturna (por ter reuniões à noite) com vários conselheiros da sua confiança. Além dos dois nobres, havia ainda o marquês de Nisa, Pedro Fernandes Monteiro, o conde de São Lourenço e, o principal, Frei Domingos do Rosário, hábil diplomata. O sistema durou durante a regência, útil para a boa marcha dos negócios públicos.
Durante sua regência houve a grande vitória portuguesa das Linhas de Elvas, em 14 de janeiro de 1659, batalha decisiva porque a derrota implicaria a perda de Lisboa. Não foi uma vitória decisiva, pois o Tratado dos Pirinéus iria deixar a Espanha sem outros compromissos militares e Portugal voltaria a sentir ameaças mais graves.
O partido afecto a D. Afonso VI lançou-se abertamente na luta contra a regente, sob a orientação de D. Luís de Vasconcelos e Sousa, 3.º conde de Castelo Melhor. Em 1661, a rainha pretendia abandonar o governo, chegando a redigir um papel para justificar a sua atitude e a «monstruosidade que representava o reino com duas cabeças». Mas temendo a desastrosa administração de seu filho, resolveu manter-se regente.
A aliança com Inglaterra, assinada em 1662, foi em grande parte obra sua, bem como a organização das forças que, no ano seguinte, já no governo de D. Afonso VI, vieram a obter as vitórias da Guerra da Restauração. A viúva de D. João IV defendeu os princípios de liberdade e independência da restauração e manteve-se no governo, receosa de que o filho mais velho o comprometesse.
Jaz no Panteão dos Braganças, no Mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa, para onde foi trasladada de Xabregas.