segunda-feira, setembro 04, 2023

Georges Simenon morreu há trinta e quatro anos...


Georges Joseph Chistian Simenon
(Liège, 13 de fevereiro de 1903 - Lausanne, 4 de setembro de 1989) foi um escritor belga de língua francesa.
Foi um romancista de uma fecundidade extraordinária: escreveu 192 romances, 158 novelas, alem de obras autobiográficas e numerosos artigos e reportagens sob seu nome e mais 176 romances, dezenas de novelas, contos e artigos sob 27 pseudónimos diferentes.
As tiragens acumuladas de seus livros atingem mais de 500 milhões de exemplares. É o autor belga (e o quarto autor de língua francesa) mais traduzido em todo o mundo.
O seu personagem mais famoso é o Comissário Maigret, que participa em 75 novelas e 28 contos.

Danny Worsnop, vocalista dos We Are Harlot e Asking Alexandria faz hoje trinta e três anos

   
Daniel (Danny) Robert Worsnop (Yorkshire, 4 de setembro de 1990), mais conhecido como Danny Worsnop, é um cantor e compositor britânico, vocalista da banda de rock inglesa Asking Alexandria. Tem uma carreira a solo no country e é vocalista do supergrupo americano de hard rock We Are Harlot.

Danny co-fundou os Asking Alexandria com o guitarrista Ben Bruce em 2008. A banda já lançou seis álbuns de estúdio, dois EP, um álbum de remixes e uma curta-metragem. Já trabalhou com artistas como I See Stars, com One Last Breath, Memphis May Fire e Breathe Carolina, fornecendo vocais em diversas canções. Com o passar do tempo, Danny veio tendo mudanças no seu vocais limpos e guturais, sendo um vocal agressivo e profundo de metalcore no início de sua carreira, hoje tendo um alcance vocal drive alto e rouco, mais voltado para o hard rock.

 

 

 

 


James Bay comemora hoje trinta e três anos

    
James Bay (born 4 September 1990, in Hitchin, Hertfordshire, England) is a British singer-songwriter and guitarist. In 2014, he released his single "Hold Back the River", which has been certified platinum, before releasing his debut studio album Chaos and the Calm (2015). The album went to number one in the UK and number 15 in the US. In February 2015, Bay received the Brit Awards "Critics' Choice" award. At the 2016 Brit Awards he received the award for Best British Male Solo Artist. Bay also received three nominations at the 2016 Grammy Awards, for Best New Artist, Best Rock Album, and Best Rock Song. In May 2018, he released his second studio album, Electric Light
    

 


Anton Bruckner nasceu há 199 anos...

   
Anton Bruckner (Ansfelden, 4 de setembro de 1824 - Viena, 11 de outubro de 1896) foi um compositor austríaco, conhecido primeiramente pelas suas sinfonias, missas e motetos.
Estudou como professor de escola e organista, e foi nessa qualidade que trabalhou em Linz, até se mudar, em 1868, para Viena, para ensinar harmonia, contraponto e órgão no Conservatório de Viena. O seu sucesso como compositor não foi constante ao longo da sua vida, sendo a sua aceitação muitas vezes condicionada pela sua própria insegurança e as suas partituras traziam problemas editoriais, devido à sua prontidão em revê-las e alterá-las. Bruckner continuou a tradição austríaco-germânica de composição em grande escala, sendo a sua técnica de composição influenciada pela sua destreza como organista e consequentemente a improvisação formal. A sua sinfonia mais popular é a n.º 4 em mi bemol maior.
  
in Wikipédia

 

     


Robert Schuman, o Pai da Europa, morreu há sessenta anos...

   
Robert Schuman (Luxemburgo, 29 de junho de 1886 - Scy-Chazelles, 4 de setembro de 1963) foi um político democrata cristão e estadista luxemburguês radicado na França.
De mãe luxemburguesa, o jovem Robert Schuman frequentou a escola primária e secundária no Luxemburgo. Tendo realizado estudos superiores de Direito na Alemanha, em Berlim, Munique, Bona e Estrasburgo (cidade então ocupada pela Alemanha), abre um gabinete de advocacia em Metz, em junho de 1912. Dois anos mais tarde, a Primeira Guerra Mundial começa; Robert Schuman vai para a reserva por problemas de saúde.
Em novembro de 1918, a Alsácia-Lorena volta a pertencer à França e Robert Schuman entra em 1919 no Parlamento, como deputado da Moselle.
Em 1939, uma nova guerra inicia-se, e em março de 1940 Robert Schuman é nomeado sub-secretário de Estado para os Refugiados. Em 10 de julho de 1940, ele atribui, com outros 568 parlamentares, os «plenos poderes» ao Marechal Pétain. De retorno à Lorena, ele é preso pela Gestapo e posto secretamente na prisão de Metz, sendo mais tarde transferido para Neustadt, no Rheinland-Pfalz, em 13 de abril de 1941. Ele consegue fugir e alcançar a zona livre em agosto de 1942, passando pela abadia de Ligugé.
Presidente do Conselho do Mouvement Républicain Populaire (MRP) (1947), depois Ministro de Relações Exteriores (1948-1952), ele foi o grande negociador de todos os grandes tratados do final da Segunda Guerra Mundial (Conselho da Europa, Pacto do Atlântico Norte, CECA, etc.).
Propôs, por meio da Declaração Schuman, de 9 de maio de 1950, colocar a produção franco-alemã de carvão e de aço sob uma Alta Autoridade comum, numa organização aberta à participação de outros países da Europa. Essa proposta levará à criação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, que foi a origem da atual União Europeia.
De 1958 a 1960, ele foi o primeiro presidente do Parlamento Europeu, que o condecora, no final de seu mandato, com o título de «Pai da Europa».
Um processo de beatificação de Robert Schuman foi aberto pela Igreja Católica em 9 de junho de 1990, nele foram ouvidas 200 testemunhas, o processo conta cinquenta mil páginas e pesa cerca de meia tonelada. Atualmente encontra-se na Congregação para as Causas dos Santos na Santa Sé para exame. Foi entretanto declarado Servo de Deus, o primeiro passo para a eventual beatificação. Em 19 de junho de 2021, foi declarado Venerável.
   

domingo, setembro 03, 2023

São Gregório Magno foi eleito Papa há 1433 anos

São Gregório, por Francisco de Zurbarán
   
Papa Gregório I (em latim: Gregorius I), O.S.B., conhecido como Gregório Magno ou Gregório, o Grande, foi papa entre 3 de setembro de 590 e a sua morte, a 12 de março de 604, sendo conhecido principalmente pelas suas obras, mais numerosas que as de seus predecessores. Gregório é também conhecido como Gregório, o Dialogador, na Ortodoxia, por causa de seus "Diálogos" e é por isso que seu nome aparece em algumas obras listado como "Gregório Dialogus". Foi o primeiro papa a ter sido monge (da Ordem de São Bento ou Ordem Beneditina) antes do pontificado.
Gregório é reconhecido como um Doutor da Igreja e um dos Padres latinos. É também venerado como santo por católicos, ortodoxos, anglicanos e alguns luteranos. Foi canonizado assim que morreu por aclamação popular, como era o costume. O reformador protestante João Calvino admirava Gregório e declarou nos seus "Institutos" que ele teria sido o "último bom papa".
    
 (...)
   
A principal forma de cantochão ocidental, padronizada no final do século IX, é creditada ao papa Gregório Magno e, por isso, recebeu o nome de "canto gregoriano". Esta atribuição remonta à hagiografia de Gregório escrita por João, o Diácono, em 873, quase três séculos depois de sua morte, segundo a qual o canto que leva seu nome "é o resultado da fusão de elementos romanos e francos ocorrida durante o império franco-germânico controlado por Pepino, Carlos Magno e seus sucessores"
  

 


António Sérgio nasceu há cento e quarenta anos


António Sérgio de Sousa Júnior
(Damão, 3 de setembro de 1883Lisboa, 24 de janeiro de 1969) foi um pensador, pedagogo e político português. Existe uma escola secundária com o seu nome em Vila Nova de Gaia

   

Biografia

António Sérgio nasceu na Índia Portuguesa e viveu parte da infância em África. Já em Lisboa, seguindo uma linhagem de familiares militares, estudou no Colégio Militar e depois na Escola Politécnica e na Escola Naval. Cedo sentiu grande interesse pela poesia e pela filosofia, devendo-se o seu precoce pendor racionalista à leitura da Ética de Espinosa, ao estudo da geometria analítica e ao interesse pela obra de Antero de Quental.

Iniciando uma carreira de oficial da Marinha, fez várias viagens que o levaram a Cabo Verde e a Macau. Abandonou a Marinha com a implantação da República em 1910, por ter jurado fidelidade ao Rei deposto.

Casou com Luísa Epifâneo da Silva (que assinou escritos pedagógicos como Luísa Sérgio), com quem teve uma grande camaradagem intelectual. As suas duas primeiras obras publicadas foram um volume de Rimas e uma obra filosófica sobre Antero de Quental onde reagiu contra o naturalismo positivista.

Em 1912 concorreu para lente assistente da secção de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, num concurso a que também se apresentaram Leonardo Coimbra e Matos Romão, que haveria de ser nomeado.

Após estudos de pós-graduação no Instituto Jean-Jacques Rousseau (1914-16), grande centro mundial do movimento da Escola Nova, onde estudou com a sua mulher, e onde privou com Édouard Claparède e com Adolphe Ferrière, participou no mais consequente projeto de reforma do Ensino Português elaborado durante a Primeira República (Projecto Camoesas).

A sua vida aventurosa fê-lo viver em diversos lugares (Lisboa, Rio de Janeiro, Londres, Genebra, Paris, Santiago de Compostela, Madrid) o que favoreceu o seu assumido cosmopolitismo.

Durante o consulado sidonista (1918-19), lança a revista Pela Grei (1918-1919), para a qual convoca diversos especialistas para apresentar um programa de Fomento Nacional (tendo a parte económica sido bastante trabalhada por Ezequiel de Campos); nos anos 20 integra a direção da Seara Nova (junto com Raul Proença e Jaime Cortesão) e é nesse quadro que vem a integrar o governo de Álvaro de Castro (1923), assumindo a pasta da Educação, com o principal propósito de criar uma Junta de Ampliação de Estudos, organismo autónomo que enviaria sistematicamente bolseiros ao estrangeiro para estudar, e que financiaria institutos de investigação e escolas modernas (o projeto foi executado, sem a componente pedagógica e sem o espírito democrático que inspirava Sérgio, em 1929, com a criação da Junta de Educação Nacional, antepassado do Instituto de Alta Cultura, do INIC e da FCT).

Com o fim da Primeira República, vê-se obrigado ao exílio, residindo em Paris de 1926 até 1933.

De volta ao solo pátrio, tornou-se um dos principais nomes do movimento cooperativista e do socialismo democrático; entre os seus companheiros de luta contaram-se Alves Correia, Mário Azevedo Gomes, José Régio, Bento de Jesus Caraça (com quem travou uma polémica sobre a interpretação de Platão, cerca de 1945, onde a tensão entre marxismo e proudhonismo e idealismo racionalista está implícita), Manuel Antunes e muitos outros vultos da cultura portuguesa. A importância das suas ligações políticas nota-se perfeitamente nessa época. Sérgio fez parte do Movimento de Unidade Democrática, juntamente com nomes como Alves Redol, o General Norton de Matos, Ruy Luís Gomes e Bento de Jesus Caraça (oposicionistas e excecionais matemáticos), Irene Lisboa, Fernando Lopes Graça, Ferreira de Castro, Abel Salazar, Miguel Torga, Maria Lamas, Pulido Valente, Vitorino Magalhães Godinho, Mário Dionísio e Francisco Salgado Zenha (à data ainda estudante) e muitos outros.

Apoiou a candidatura de Humberto Delgado e desenvolveu ampla campanha em prol da cultura.

A partir de 1959, abandonou a intervenção cívica ativa e a pena de escritor. O desalento que o acometeu depois da derrota de Delgado e a prisão a que foi torpemente submetido, em novembro de 1958, aos 75 anos, terão sido o principal motivo. A morte da mulher, em fevereiro de 1960, veio ainda agravar mais o seu estado depressivo. Passou a viver amparado pela sobrinha materna e sua família. Veio a falecer no Hospital da Cruz Vermelha, pelas 19h30 de 24 de janeiro de 1969.

O seu nome perdura na toponímia portuguesa, em nomes de arruamentos. Em Campo Maior (Portugal) existe inclusivamente um busto de António Sérgio na Avenida que também tem o seu nome.

Foi agraciado, a título póstumo, com os graus de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade (30 de junho de 1980) e de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (3 de agosto de 1983).

 

Pensamento

António Sérgio, muito influenciado pelo socialismo de Proudhon por via de Antero, não considerava a questão república/monarquia importante por julgar a questão social (melhoria das condições de vida das classes trabalhadoras) mais fundamental que a revolução política.

A sua ação e pensamento, inicialmente inspirados por figuras como Alexandre Herculano, Oliveira Martins e Antero de Quental, foi marcadamente voltada para a reforma das mentalidades, para a compreensão histórico-sociológica de Portugal e para a problemática da educação; defendeu o modelo da escola-município, baseado no ideal de self-government e de educação cívica.

O seu pensamento inscreve-se numa constelação de pensadores cosmopolitas de pendor voluntarista seus contemporâneos, defensores da democracia e de ideais socialistas, entre os quais se contam John Dewey, Guglielmo Ferrero, Ramsay MacDonald e Georg Kerschensteiner.

A sua interpretação da história de Portugal, que foi amadurecendo em textos publicados entre 1913 e 1924, valorizou os fatores sócio-económicos (as duas políticas nacionais: transporte e fixação) e de psicologia social (dicotomia ideal-típica entre particularismo e comunarismo, originária da corrente sociológica francesa do grupo de La Science Sociale, onde se destacaram Edmond Desmolins, autor de À quoi tient la supériorité des anglo-saxons, e Léon Poinsard, que veio estudar Portugal a convite de D. Manuel II, de que resultou a obra Le Portugal Inconnu, publicada em 1909); António Sérgio criticou as histórias românticas que enalteciam os feitos guerreiros e a aventura norte-africana de D. Sebastião, esquecendo a pesada herança do nosso colonialismo.

Durante a década de 10, a sua intervenção foi enquadrada pelo movimento cultural da Renascença Portuguesa (onde pontificavam Teixeira de Pascoaes e Jaime Cortesão), movimento que Sérgio sempre considerou de natureza plural, por isso se opondo à ideia de que o saudosismo de Pascoaes, cujo valor restringia ao plano estético, poderia servir de farol para a solução do problema nacional; pelo contrário denunciou a mania da purificação e o parasitismo que nos inquinava desde os Descobrimentos, enaltecendo o papel dos estrangeirados reformistas e dos que se inspiravam de corrente liberais cosmopolitas (Luís António Verney, Ribeiro Sanches e depois Alexandre Herculano, Almeida Garrett, Mouzinho de Albuquerque, Antero de Quental, Oliveira Martins).

No plano político, Sérgio considerou prioritária a constituição de uma opinião pública e de uma elite, recrutada sobre a base social mais ampla, a qual fiscalizaria os representantes eleitos - esta seria uma condição fundamental para uma democracia efetiva, a qual, na aceção filosófica, equivaleria ao regime em que todo o ser humano estivesse investido da dignidade que resulta de o considerar sempre como fim em si e nunca como meio (Kant); por isso teorizou sobre a noção de elite, para o que se inspirou em Proudhon, Gabriel Tarde e Paul de Roussiers.

Durante a residência em Paris de 1926 até 1933, tornou-se amigo de Paul Langevin, frequentando os cenáculos racionalistas onde Léon Brunschvicg era figura maior. Continuou entretanto a publicar os seus Ensaios, onde os temas literários, históricos e filosóficos eram dominantes, sempre apresentados numa perspetiva pedagógica e crítica (que se manteve fiel às intuições maiores dos seus anos de formação) e a lutar pelo retorno de Portugal à democracia.

Nos anos 50 rodeou-se de um grupo de jovens estudantes de ciências (entre os quais se contou João Luís Andrade e Silva, discípulo de Louis de Broglie, que a voltar de Paris iniciou de modo consequente o ensino superior da História das ideias científicas), para os quais escreveu as Cartas de Problemática.

Para os seus detratores (bergsonistas, nacionalistas de feição romântica ou integralista, marxistas-leninistas), o seu pensamento foi essencialmente polémico e datado; não obstante, o seu pensamento continuou a despertar vocações em gente das ciências sociais e exatas, que não se reclamando seus discípulos sentem ser decisiva a sua inspiração.

"O desenvolvimento do capitalismo português, na sua unidade fundamental e na diversidade das suas orientações, não determinou entre nós um alto desenvolvimento das forças produtivas. O sistema escolar português não ultrapassou, por isso mesmo, os limites dos estreitos interesses económicos e culturais da burguesia. Nunca se alcançou a democratização real da Educação e da Instrução."

 

in Wikipédia

Hoje é dia de ler e ouvir Poesia...

 

Serenidade És Minha (À Memória de Fernando Pessoa)


Vem, serenidade!
Vem cobrir a longa
fadiga dos homens,
este antigo desejo de nunca ser feliz
a não ser pela dupla humidade das bocas.


Vem, serenidade!
Faz com que os beijos cheguem à altura dos ombros
e com que os ombros subam à altura dos lábios,
faz com que os lábios cheguem à altura dos beijos.
Carrega para a cama dos desempregados
todas as coisas verdes, todas as coisas vis
fechadas no cofre das águas:
os corais, as anémonas, os monstros sublunares,
as algas, porque um fio de prata lhes enfeita os cabelos.


Vem, serenidade,
com o país veloz e virginal das ondas,
com o martírio leve dos amantes sem Deus,
com o cheiro sensual das pernas no cinema,
com o vinho e as uvas e o frémito das virgens,
com o macio ventre das mulheres violadas,
com os filhos que os pais amaldiçoam,
com as lanternas postas à beira dos abismos,
e os segredos e os ninhos e o feno
e as procissões sem padre, sem anjos e, contudo
com Deus molhando os olhos
e as esperanças dos pobres.


Vem, serenidade,
com a paz e a guerra
derrubar as selvagens
florestas do instinto.


Vem, e levanta
palácios na sombra.
Tem a paciência de quem deixa entre os lábios
um espaço absoluto.


Vem, e desponta,
oriunda dos mares,
orquídea fresca das noites vagabundas,
serena espécie de contentamento,
surpresa, plenitude.


Vem dos prédios sem almas e sem luzes,
dos números irreais de todas as semanas,
dos caixeiros sem cor e sem família,
das flores que rebentam nas mãos dos namorados
dos bancos que os jardins afogam no silêncio,
das jarras que os marujos trazem sempre da China,
dos aventais vermelhos com que as mulheres esperam
a chegada da força e da vertigem.


Vem, serenidade,
e põe no peito sujo dos ladrões
a cruz dos crimes sem cadeia,
põe na boca dos pobres o pão que eles precisam,
põe nos olhos dos cegos a luz que lhes pertence.


Vem nos bicos dos pés para junto dos berços,
para junto das campas dos jovens que morreram,
para junto das artérias que servem
de campo para o trigo, de mar para os navios.


Vem, serenidade!
E do salgado bojo das tuas naus felizes
despeja a confiança,
a grande confiança.
Grande como os teus braços,
grande serenidade!


E põe teus pés na terra,
e deixa que outras vozes
se comovam contigo
no Outono, no Inverno,
no Verão, na Primavera.


Vem, serenidade,
para que se não fale
nem da paz nem da guerra nem de Deus,
porque foi tudo junto
e guardado e levado
para a casa dos homens.


Vem, serenidade,
vem com a madrugada,
vem com os anjos de ouro que fugiram da Lua,
com as nuvens que proíbem o céu,
vem com o nevoeiro.


Vem com as meretrizes que chamam da janela,
o volume dos corpos saciados na cama,
as mil aparições do amor nas esquinas,
as dívidas que os pais nos pagam em segredo,
as costas que os marinheiros levantam
quando arrastam o mar pelas ruas.


Vem, serenidade,
e lembra-te de nós,
que te esperamos há séculos sempre no mesmo sítio,
um sítio aonde a morte tem todos os direitos.


Lembra-te da miséria dourada dos meus versos,
desta roupa de imagens que me cobre
o corpo silencioso,
das noites que passei perseguindo uma estrela,
do hálito, da fome, da doença, do crime,
com que dou vida e morte
a mim próprio e aos outros.


Vem, serenidade,
e acaba com o vício
de plantar roseiras no duro chão dos dias,
vicio de beber água
com o copo do vinho milagroso do sangue.


Vem, serenidade,
não apagues ainda
a lâmpada que forra
os cantos do meu quarto,
o papel com que embrulho meus rios de aventura
em que vai navegando o futuro.


Vem, serenidade!
E pousa, mais serena que as mãos de minha Mãe,
mais húmida que a pele marítima do cais,
mais branca que o soluço, o silêncio, a origem,
mais livre que uma ave em seu vôo,
mais branda que a grávida brandura do papel em que escrevo,
mais humana e alegre que o sorriso das noivas,
do que a voz dos amigos, do que o sol nas searas.


Vem, serenidade,
para perto de mim e para nunca.


....................................... ................


De manhã, quando as carroças de hortaliça
chiam por dentro da lisa e sonolenta
tarefa terminada,
quando um ramo de flores matinais
é uma ofensa ao nosso limitado horizonte,
quando os astros entregam ao carteiro surpreendido
mais um postal da esperança enigmática,
quando os tacões furados pelos relógios podres,
pelas tardes por trás das grades e dos muros,
pelas convencionais visitas aos enfermos,
formam, em densos ângulos de humano desespero,
uma nuvem que aumenta a vã periferia
que rodeia a cidade,
é então que eu te peço como quem pede amor:
Vem, serenidade!


Com a medalha, os gestos e os teus olhos azuis,
vem, serenidade!


Com as horas maiúsculas do cio,
com os músculos inchados da preguiça,
vem, serenidade!


Vem, com o perturbante mistério dos cabelos,
o riso que não é da boca nem dos dentes
mas que se espalha, inteiro,
num corpo alucinado de bandeira.


Vem, serenidade,
antes que os passos da noite vigilante
arranquem as primeiras unhas da madrugada,
antes que as ruas cheias de corações de gás
se percam no fantástico cenário da cidade,
antes que, nos pés dormentes dos pedintes,
a cólera lhes acenda brasas nos cinco dedos,
a revolta semeie florestas de gritos
e a raiva vá partir as amarras diárias.


Vem, serenidade,
leva-me num vagão de mercadorias,
num convés de algodão e borracha e madeira,
na hélice emigrante, na tábua azul dos peixes,
na carnívora concha do sono.


Leva-me para longe
deste bíblico espaço,
desta confusão abúlica dos mitos,
deste enorme pulmão de silêncio e vergonha.
Longe das sentinelas de mármore
que exigem passaporte a quem passa.


A bordo, no porão,
conversando com velhos tripulantes descalços,
crianças criminosas fugidas à policia,
moços contrabandistas, negociantes mouros,
emigrados políticos que vão
em busca da perdida liberdade,
Vem, serenidade,
e leva-me contigo.
Com ciganos comendo amoras e limões,
e música de harmônio, e ciúme, e vinganças,
e subindo nos ares o livre e musical
facho rubro que une os seios da terra ao Sol.


Vem, serenidade!
Os comboios nos esperam.
Há famílias inteiras com o jantar na mesa,
aguardando que batam, que empurrem, que irrompam
pela porta levíssima,
e que a porta se abra e por ela se entornem
os frutos e a justiça.


Serenidade, eu rezo:
Acorda minha Mãe quando ela dorme,
quando ela tem no rosto a solidão completa
de quem passou a noite perguntando por mim,
de quem perdeu de vista o meu destino.


Ajuda-me a cumprir a missão de poeta,
a confundir, numa só e lúcida claridade,
a palavra esquecida no coração do homem.


Vem, serenidade,
e absolve os vencidos,
regulariza o trânsito cardíaco dos sonhos
e dá-lhes nomes novos,
novos ventos, novos portos, novos pulsos.


E recorda comigo o barulho das ondas,
as mentiras da fé, os amigos medrosos,
os assombros daÍndia imaginada,
o espanto aprendiz da nossa fala,
ainda nossa, ainda bela, ainda livre
destes montes altíssimos que tapam
as veias ao Oceano.


Vem, serenidade,
e faz que não fiquemos doentes, só de ver
que a beleza não nasce dia a dia na terra.


E reúne os pedaços dos espelhos partidos,
e não cedas demais ao vislumbre de vermos
a nossa idade exacta
outra vez paralela ao percurso dos pássaros.


E dá asas ao peso
da melancolia,
e põe ordem no caos e carne nos espectros,
e ensina aos suicidas a volúpia do baile,
e enfeitiça os dois corpos quando eles se apertarem,
e não apagues nunca o fogo que os consome.
o impulso que os coloca, nus e iluminados,
no topo das montanhas, no extremo dos mastros
na chaminé do sangue.


Serenidade, assiste
à multiplicação original do Mundo:
Um manto terníssimo de espuma,
um ninho de corais, de limos, de cabelos,
um universo de algas despidas e retrácteis,
um polvo de ternura deliciosa e fresca.


Vem, e compartilha
das mais simples paixões,
do jogo que jogamos sem parceiro,
dos humilhantes nós que a garganta irradia,
da suspeita violenta, do inesperado abrigo.


Vem, com teu frio de esquecimento,
com tua alucinante e alucinada mão,
e põe, no religioso ofício do poema,
a alegria, a fé, os milagres, a luz!


Vem, e defende-me
da traição dos encontros,
do engano na presença de Aquele
cuja palavra é silêncio,
cujo corpo é de ar,
cujo amor é demais
absoluto e eterno
para ser meu, que o amo.


Para sempre irreal,
para sempre obscena,
para sempre inocente,
Serenidade, és minha. 
   


Raul de Carvalho

 

Poesia para recordar um dia triste...


 

beslan. canção das crianças mortas



o que mais dilacera
é que mate crianças
o abutre cego e surdo.
devora tudo em sangue,
com sangue escreve a morte,
com morte escreve a noite,

com noite, só com noite
os nomes dilacera
e dá o seu nome à morte
e a morte é com crianças
que suja tudo em sangue
que faz seu jogo absurdo

vil jogo a rogos surdo
turvo rumor da noite
só empapado em sangue,
que esmaga, dilacera
os corpos das crianças
e dá vivas à morte

e se nutre da morte
da mesma que o faz surdo.
não sabem as crianças
que vão entrar na noite
que a noite as dilacera
em carne viva e sangue,

e a carne viva e o sangue
a ave negra da morte
ávida os dilacera,
assim rasgando o surdo,
denso estertor da noite,
com nomes de crianças.

ah, braços de crianças
nadando em mar de sangue
à torpe luz da noite
assim tornada morte,
assim tornada um surdo
uivar que as dilacera.

noite sem dó, crianças
que dilacera um sangue
de morte espesso e surdo 

  

in
Poesia 2001/2005 - Vasco Graça Moura

Irene Papas nasceu há 94 anos...

  

Irene Papas or Irene Pappas; born Eirini Lelekou (Greek: Ειρήνη Λελέκου, romanized: Eiríni Lelékou); Chiliomodi, Corinthia, 3 September 1929 – Chiliomodi, Corinthia, 14 September 2022) was a Greek actress and singer who starred in over 70 films in a career spanning more than 50 years. She gained international recognition through such popular award-winning films as The Guns of Navarone (1961), Zorba the Greek (1964) and Z (1969). She was a powerful protagonist in films including The Trojan Women (1971) and Iphigenia (1977). She played the title roles in Antigone (1961) and Electra (1962). She had a fine singing voice, on display in the 1968 recording Songs of Theodorakis.

Papas won Best Actress awards at the Berlin International Film Festival for Antigone and from the National Board of Review for The Trojan Women. Her career awards include the Golden Arrow Award in 1993 at Hamptons International Film Festival, and the Golden Lion Award in 2009 at the Venice Biennale.

 
Career
Papas began her early career in Greece (she was discovered by Elia Kazan), achieving widespread fame there, before starring in internationally renowned films such as The Guns of Navarone and Zorba the Greek, and critically acclaimed films such as Z and Electra. She is a leading figure in cinematic transcriptions of ancient tragedy since she has portrayed Helen in The Trojan Women, Clytemnestra in Iphigenia, and the eponymous parts in Electra and Antigone. She appeared as Catherine of Aragon in the film Anne of the Thousand Days, opposite Richard Burton and Geneviève Bujold in 1969. She co-starred in The Trojan Women with Katharine Hepburn, who once said that Papas was "one of the best actresses in the history of cinema".
In 1976, she starred in the film Mohammad, Messenger of God (also known as The Message) about the origin of Islam, and the message of Mohammad. One of her last film appearances was in Captain Corelli's Mandolin.
In 1978, Papas collaborated with composer Vangelis in an electronic rendition of eight Greek folk songs, issued as a record called "Odes". They collaborated again in 1986 for "Rhapsodies", an electronic rendition of seven Byzantine liturgical hymns.
In 1982, she appeared in the film Lion of the Desert, together with Anthony Quinn, Oliver Reed, Rod Steiger, and Sir John Gielgud.

Singer
In 1969 on the RCA label a vinyl LP (INTS 1033) "Irene Papas Songs of Theodorakis" This has eleven songs all sung in Greek but with sleeve notes written in English by Michael Cacoyannis.
One of the more unusual moments in Papas' career came in 1970, when she guested on the album 666 by Greek rock group Aphrodite's Child on the track "∞" (infinity). She chants "I was, I am, I am to come" repeatedly and wildly over a percussive backing. The track was considered lewd by record company executives, and resulted in the album being withheld from release for two years by Polydor Records. Upon its release in 1972, the song caused some furor in Greece and was again accused of lewdness and indecency by Greek religious figures and government authorities.
In 1979, Polydor released her solo album entitled Odes, with music performed (and partly composed) by Vangelis Papathanassiou (also previously a member of Aphrodite's Child). The words for the album were co-written by Arianna Stassinopoulos (Arianna Huffington).
In 1986 Papas released a further album in collaboration with Vangelis, entitled Rhapsodies.
A further CD Irene Pappas sings Mikis Theodorakis was officially released only in 2006 on the FM label, but a wider selection of the songs, all sung in Greek, had been circulating as bootleg tapes for many years. Papas was known to Mikis Theodorakis as early as 1964 from working with him on Zorba the Greek. Some of the songs, performed with passion and skill by Papas, have a Zorba-like quality, e.g. Αρνηση (Denial, on the CD) and Πεντε Πεντε Δεκα (Five Five Ten, not on the CD), so it seems likely they date from soon after 1964. The Theodorakis songs sound more like traditional Greek Bouzouki music than the Vangelis works.
 
Personal life

In 1947 she married the film director Alkis Papas; they divorced in 1951. In 1954 she met the actor Marlon Brando and they had a long love affair, which they kept secret at the time. Fifty years later, when Brando died, she recalled that "I have never since loved a man as I loved Marlon. He was the great passion of my life, absolutely the man I cared about the most and also the one I esteemed most, two things that generally are difficult to reconcile". Her second marriage was to the film producer José Kohn in 1957; that marriage was later annulled. She was the aunt of the film director Manousos Manousakis and the actor Aias Manthopoulos.

In 2003 she served on the board of directors of the Anna-Marie Foundation, a fund which provided assistance to people in rural areas of Greece. In 2013 she began to suffer from Alzheimer's disease. Papas spent her final years in Chiliomodi. She died there on 14 September 2022, at the age of 93.

   

Saudades...

Eduardo Galeano nasceu há 83 anos


Eduardo Germán María Hughes Galeano (Montevideo, 3 de septiembre de 1940 - Montevideo, 13 de abril de 2015) fue un periodista y escritor uruguayo, considerado uno de los escritores más influyentes de la izquierda latinoamericana.

Sus libros más conocidos, Las venas abiertas de América Latina (1971) y Memoria del fuego (1986), han sido traducidos a veinte idiomas. Sus trabajos trascienden géneros ortodoxos y combinan documental, ficción, periodismo, análisis político e historia.

 

in Wikipédia


Na parede de uma taberna de Madrid, um cartaz avisa: Proibido cantar. Na parede do aeroporto do Rio de Janeiro, um aviso informa: É proibido brincar com os carrinhos porta-bagagem. Ou seja: ainda existe gente que canta, ainda existe gente que brinca.

Eduardo Galeano

Al Jardine, dos Beach Boys, nasceu há 81 anos

  
Alan Charles "Al" Jardine (Lima, 3 de setembro de 1942) é um dos membros fundadores, guitarrista e um dos vocalistas da banda norte-americana The Beach Boys.
A sua família mudou-se de Ohio para San Francisco e mais tarde para Hawthorne, onde, na escola, o então colega de turma Brian Wilson o convidou para participar da banda The Beach Boys.
Após a sua saída precoce da banda, em 1962, trabalhou na indústria na aérea de Los Angeles e foi substituído por David Marks. Jardine regressou à banda em 1963 apenas como substituto, depois voltou a ser membro oficial da banda, com a saída de Marks.
Jardine cantou canções como "Help Me, Rhonda" "Vegetables" "Then I Kissed Her" e "Transcendental Meditation" e dividia os vocais com os outros membros noutras.
Começando com o LP "Friends", Jardine também escreveu ou co-escreveu uma série de músicas para a banda. A mais notável provavelmente foi "California Saga: California" do álbum Holland.
A canção "Lady Lynda", que foi uma versão de "Jesu, Joy of Man's Desiring", foi um dos maiores hits da banda fora dos EUA.
Jardine deixou de fazer shows com os The Beach Boys em 1998, quando Carl Wilson morreu de cancro do pulmão.
Em 2006, por ocasião do 40º aniversário do álbum Pet Sounds, ele apresentou-se com o grupo em turnê comemorativa. Em 2008, ele teve uma queixa na justiça por Mike Love, pelo uso não autorizado do nome Beach Boys, já que havia formado um grupo chamado Beach Boys Family & Friends, em seguida renomeado como Al Jardine, Family & Friends.
   

 


Freddie King nasceu há 89 anos...

  
Freddie King (Chicago, 3 de setembro de 1934 – Dallas, 28 de dezembro de 1976) foi um músico, cantor e guitarrista de blues, mais conhecido por suas músicas "Hide Away", "Have You Ever Loved a Woman" e "Going Down". Foi considerado o 15º melhor guitarrista do mundo pela revista norte-americana Rolling Stone.
King nasceu como Frederick Christian em Gilmer, Texas. A sua mãe era Ella May King e o seu pai J.T. Christian. A sua mãe e o seu tio começaram a ensiná-lo a tocar guitarra aos seis anos. Ele gostou e imitou a música de Lightnin' Hopkins e do saxofonista Louis Jordan.
Em 1950, Freddie foi, com a sua família, para o sul de Chicago. Lá, aos 16 anos, costumava frequentar bares locais e ouvia músicos como Muddy Waters, Howlin' Wolf, T-Bone Walker, Elmore James, e Sonny Boy Williamson.
King tocava com uma palheta plástica de polegar e uma palheta de metal para o indicador. Ele atribuiu a Eddie Taylor os ensinamentos sobre o uso das palhetas. A maneira de King usar a alça da guitarra no ombro direito, sendo dextro, era única para sua época. Freddie King era um dos artistas principais da cena do chamado Chicago blues dos anos 50 e 60, que era o local e época principal no desenvolvimento do chamado blues elétrico.
Em 1976 Freddie King morre, de problemas cardíacos, em Dallas, aos 42 anos. Primeiro entre os três grandes "Kings" do blues a nos deixar, os outros dois sendo Albert King (falecido em 1992) e BB King (falecido em 2015). Eric Clapton, que fez um tour com ele entre 1974 e 1975, chegou a declarar: "Freddie King foi quem me ensinou como fazer amor com uma guitarra". 
 

 


Perry Bamonte faz hoje 63 anos


Perry Archangelo Bamonte (born 3 September 1960) is an English musician and illustrator, best known as a member of the rock band The Cure from 1990 to 2005, and again since 2022. 

 

Biography

Born in London, England, Bamonte became a guitar tech for The Cure in 1984. He joined the band as keyboardist in 1990, replacing Roger O'Donnell who abruptly quit after a tour, and Bamonte played both guitar and keyboards on the band's 1992 album Wish. Following the departure of Porl Thompson in 1993, Bamonte took on additional lead guitar duties, O'Donnell rejoined in 1995 to fill the keyboardist position. Bamonte appeared on the subsequent albums Wild Mood Swings, Bloodflowers, and The Cure. He has been credited for writing the music for the songs "Trust" from Wish, "This Is a Lie" from Wild Mood Swings, and "Anniversary" from The Cure. He also appeared on the live albums Paris and Show as well as Trilogy.

In 2005, it was reported that Bamonte and Roger O'Donnell were let go by the Cure's leader Robert Smith, who wanted to make some changes to the group. Smith reportedly wanted to make the band a three-piece. The news was officially announced on May 27, 2005 on The Cure's website. On June 18, 2005, The Cure announced the return of former guitarist Porl Thompson. The seemingly abrupt changes in the band brought about rumors and speculation, while no official statement was given by Smith as to why Bamonte and O'Donnell were let go. While it was a surprise to both, both Bamonte and O'Donnell remained on amicable terms with Smith.

In September 2012, Bamonte was revealed as the bassist for London band Love Amongst Ruin to help them tour their second album Lose Your Way.

In March, 2019, Bamonte joined fellow members of The Cure, past and present, for their induction into the 2019 Rock and Roll Hall of Fame.

Bamonte rejoined The Cure in 2022 onstage as a guitarist/keyboardist, performing on the first night of the band’s “Lost World Tour” in Riga, Latvia.

 

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e. e. cummings morreu há 61 anos...

   
Edward Estlin Cummings, usualmente abreviado como e. e. cummings, em minúsculas, como o poeta assinava e publicava, (Cambridge, Massachusetts, 14 de outubro de 1894 - North Conway, Nova Hampshire, 3 de setembro de 1962) foi poeta, pintor, ensaísta e dramaturgo norte-americano. Tendo sido, principalmente, poeta, é considerado um dos principais inovadores da linguagem da poesia e da literatura no século XX.

   
  

I Like My Body When It Is With Your

i like my body when it is with your
body. It is so quite new a thing.
Muscles better and nerves more.
i like your body.  i like what it does,
i like its hows.  i like to feel the spine
of your body and its bones,and the trembling
-firm-smooth ness and which i will
again and again and again
kiss, i like kissing this and that of you,
i like, slowly stroking the,shocking fuzz
of your electric furr,and what-is-it comes
over parting flesh….And eyes big love-crumbs,

and possibly i like the thrill

of under me you so quite new

Steve Jones, guitarrista dos Sex Pistols, nasceu há 68 anos


Stephen Philip Jones (Shepherd's Bush, London, 3 September 1955) is an English guitarist, best known as a member of the punk band Sex Pistols. Following the split of the Sex Pistols, he formed the Professionals with former bandmate Paul Cook. He has released two solo albums, and worked with Johnny Thunders, Iggy Pop, Cheap Trick, Bob Dylan and Thin Lizzy. In 1995, he formed the short-lived supergroup Neurotic Outsiders with members of Guns N' Roses and Duran Duran. Jones was ranked #97 in Rolling Stone's 2015 list of the "100 Greatest Guitarists of All Time".

 

Jones (right) with the Sex Pistols in 1977

 

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O músico Walter Becker morreu há seis anos...


Walter Carl Becker (Queens, New York, February 20, 1950 – Manhattan, New York, September 3, 2017) was an American musician, songwriter, and record producer. He was the co-founder, guitarist, bassist, and co-songwriter of the jazz rock band Steely Dan.

Becker met future songwriting partner Donald Fagen while they were students at Bard College. After a brief period of activity in New York City, the two moved to Los Angeles in 1971 and formed the nucleus of Steely Dan, which enjoyed a critically and commercially successful ten-year career. Following the group's dissolution, Becker moved to Hawaii and reduced his musical activity, working primarily as a record producer. In 1985, he briefly became a member of the English band China Crisis, producing and playing synthesizer on their album Flaunt the Imperfection.

Becker and Fagen reformed Steely Dan in 1993 and remained active, recording Two Against Nature (2000), which won four Grammy Awards. Becker released two solo albums, 11 Tracks of Whack (1994) and Circus Money (2008). Following a brief battle with esophageal cancer, he died on September 3, 2017. 

 

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