quarta-feira, outubro 23, 2019

Há 75 anos, a Batalha do Golfo de Leyte foi a estocada final na Marinha Imperial Japonesa


Batalha do Golfo de Leyte
Guerra do Pacífico
USS Princeton (CVL-23) burning on 24 October 1944 (80-G-287970).jpg
O porta-aviões USS Princeton em chamas
durante a Batalha do Golfo de Leyte.
Data 23-26 de outubro de 1944
Local Golfo de Leyte, Filipinas
Desfecho Vitória dos Aliados
Beligerantes
Flag of the United States (1912-1959).svg Estados Unidos
Flag of Australia.svg Austrália
Flag of Japan (1870–1999).svg Japão
Comandantes
Flag of the United States (1912-1959).svg William Halsey, Jr.
Flag of the United States (1912-1959).svg Thomas C. Kinkaid
Flag of the United States (1912-1959).svg Clifton Sprague
Flag of the United States (1912-1959).svg Jesse B. Oldendorf
Flag of Australia.svg John Collins
Flag of Japan (1870–1999).svg Takeo Kurita
Flag of Japan (1870–1999).svg Shōji Nishimura
Flag of Japan (1870–1999).svg Kiyohide Shima
Flag of Japan (1870–1999).svg Jisaburō Ozawa
Flag of Japan (1870–1999).svg Yukio Seki
Forças
+ 300 navios
8 porta-aviões grandes
8 porta-aviões leves
18 porta-aviões de escolta
12 couraçados
24 cruzadores
166 contratorpedeiros
Dezenas de barcos PT, submarinos e navios de apoio
Cerca de 1 500 aeronaves
68 navios
1 porta-avião grande
3 porta-aviões leves
9 couraçados
20 cruzadores
+ 35 contratorpedeiros
300 aeronaves
Baixas
~ 3 000 mortos ou feridos
1 porta-avião leve afundado
2 porta-aviões de escolta afundados
3 contratorpedeiros afundados
+ 200 aviões perdidos
~ 12 500 mortos ou desaparecidos
1 porta-avião grande afundado
3 porta-aviões leves afundados
3 couraçados afundados
10 cruzadores afundados
11 contratorpedeiros afundados
+ 300 aviões perdidos
 
A Batalha do Golfo de Leyte foi a maior batalha naval da história contemporânea, ocorrida entre 23 a 26 de outubro de 1944 nas águas em torno da ilha de Leyte, nas Filipinas, entre o Japão e os Aliados, durante a II Guerra Mundial.
Esta batalha na verdade foi uma campanha naval dividida em quatro batalhas correlacionadas: Batalha do Mar de Sulu, Batalha do Estreito de Surigao, Batalha do Cabo Engaño e Batalha de Samar.
Os Aliados invadiram a ilha de Leyte para cortar a ligação e a linhas de suprimento entre o Japão e o resto de suas colónias do Sudeste Asiático, principalmente o fornecimento de petróleo para a marinha imperial japonesa. Os japoneses então reuniram todas suas principais forças navais ainda em operação na guerra para reprimir o desembarque das tropas aliadas, mas falharam em seu objetivo, sendo derrotados e sofrendo pesadas baixas.
A batalha foi o último grande confronto naval da II Guerra Mundial, porque após a sua derrota, a Marinha Imperial Japonesa não mais teve condições de colocar em combate uma força naval significativa, e sem combustível para os seus navios restantes, aguardou pelo fim da guerra ancorada nas suas águas territoriais. Foi em Leyte que aconteceram, pela primeira vez na guerra, os ataques suicidas dos aviões kamikazes japoneses contra a frota norte-americana no teatro da Guerra do Pacífico.
  
Estratégias
Em 1943, a campanha aliada no Pacifico havia expulsado os japoneses de diversas posições nas Ilhas Salomão e em 1944 desembarques ousados dos norte-americanos apoiados por grandes frotas de porta-aviões na região central do Pacífico, culminaram com a retomada das Ilhas Marianas, com o subsequente estabelecimento de bases que propiciaram voos de ida e volta de seus bombardeiros B-17 ao Japão, que começou a sentir os efeitos dos pesados ataques aéreos a seu território.
Os japoneses contra atacaram na Batalha do Mar das Filipinas, na qual os aliados destruíram três porta-aviões e derrubaram cerca de 600 aviões, estabelecendo a partir dali e pelo resto da guerra, uma superioridade aérea e naval sobre o Japão.
O plano do estado-maior americano após estas vitórias era o de fazer um bloqueio marítimo às Filipinas e atacar a Formosa, para dar aos Aliados o controle das rotas marítimas entre o Sudeste Asiático e o Japão. Entretanto, o general Douglas MacArthur defendia a invasão das Filipinas, por motivos estratégicos, políticos e sentimentais, argumentando que deixar o país em mãos japonesas acarretaria uma grande perda de prestígio na região e seria uma afronta a ele, MacArthur, que para lá prometera retornar após ter sido obrigado a fugir do país em 1942, durante a invasão japonesa. Além disso, o formidável poder aéreo que os japoneses ainda tinham nas Filipinas era considerado perigoso demais para ser ignorado e ultrapassado pelos Aliados numa campanha contra Formosa, que geograficamente colocaria as Filipinas às suas costas.
MacArthur e o Almirante Chester Nimitz tinham divergências sobre os próximos planos de ataque, com Nimitz defendendo a opção da invasão de Formosa, acreditando que isso daria acesso ao território chinês, considerado desnecessário por MacArthur. Foi preciso uma reunião com o Presidente Franklin Roosevelt para que se chegasse a um consenso, que estabeleceu a prioridade pelas Filipinas, com Nimitz finalmente aceitando a opção.
Os japoneses, por seu lado, também tinham seus planos, divididos em quatro “planos de vitória”: os planos Sho-Go . Sho-Go 1 era o planeamento de uma grande operação naval em defesa das Filipinas. Sho-Go 2, 3 e 4 seriam uma resposta a um ataque aliado à Formosa, às Ilhas Riukyu e Ilhas Kurilas respectivamente. Esses planos eram operações complexas e ousadas, que comprometiam todas as forças navais e aéreas japonesas ainda disponíveis para uma batalha decisiva, mas que não levavam conta a escassez de petróleo sofrida pelo Japão.
Em 12 de outubro de 1944, quando o Almirante Nimitz lançou um ataque aéreo contra a Formosa, para impedir que os aviões ali baseados interviessem no desembarque aliado em Leyte, os japoneses puseram o Sho-Go 2 em ação, lançando levas e levas de ataques aéreos contra os porta-aviões de onde saíam as aeronaves que os atacavam, perdendo cerca de 600 deles em três dias, quase a totalidade da sua força aérea na região. Com o desembarque no Golfo de Leyte, os japoneses fizeram a transição para Sho-Go 1.
O plano consistia basicamente na utilização de três forças navais com objetivos diferentes. A frota do Almirante Jisaburo Ozawa, denominada Força Norte, avançaria para as Filipinas vindo do norte com uma força de porta-aviões quase sem aeronaves, com o intuito de iludir o comando da frota americana e obrigá-los a se desviarem do objetivo principal e sair a seu encontro ao norte. Sem a cobertura aérea propiciada pelos aviões aliados, desviados para a perseguição à frota de Osawa, a frota de desembarque americana seria então atacada pelo oeste, por três frotas de navios de batalha de superfície, respectivamente comandadas pelos almirantes Takeo Kurita, a Força Centro vinda de Brunei, Shoji Nishimura e Kiyohide Shima, os dois últimos formando a Força Sul.
   
A Batalha de Leyte
Na noite de 23 de outubro de 1944, dois submarinos norte-americanos avistaram os encouraçados de batalha de Kurita se dirigindo a Leyte pelo oeste da ilha e lançaram um ataque de torpedos contra a frota, afundando dois cruzadores e avariando um terceiro. Um destes cruzadores carregava o almirante, que foi obrigado a ficar na água por várias horas, estabelecendo o caos entre os comandantes da Força Centro até ser finalmente resgatado e transferido com sua bandeira de comando para o couraçado Yamato.
A esquadra continuou então em direção ao Golfo de Leyte, entrando no Mar de Sulu onde teve lugar a Batalha do Mar de Sulu, quando sofreram o ataque de aviões norte-americanos lançados de porta-aviões nas proximidades de Leyte e onde o couraçado Musashi foi afundado. Com o ataque, a frota de Kurita, duramente atingida – apesar do afundamento do porta-aviões americano USS Princeton pela aviação japonesa baseada em terra - deu a volta saindo da região, o que fez o comando aliado imaginar que ele recuava, mas durante a madrugada ele retornou e atravessou em velocidade o Estreito de San Bernardino para aparecer de surpresa pela manhã no Mar de Samar, em frente à frota aliada.
Na mesma madrugada em que os navios de Kurita atravessavam San Bernardino, a frota do almirante Nishimura surgia ao sul, no Estreito de Surigao, avançando diretamente para a frota americana de guarda na região. Na Batalha do Estreito de Surigao os japoneses perderam dois couraçados, Fuso e Yamashiro, e Nishimura foi morto, com os sobreviventes da frota se retirando para oeste. Surgindo logo em seguida à devastação da frota de Nishimura, os navios do almirante Shima pouco podiam fazer contra o poderio de fogo Aliado e após recolherem os sobreviventes do Fuso bateram em retirada, na qual dois de seus cruzadores colidiram e ficaram fora de operação.
Com a fuga das duas frotas e o desaparecimento dos navios de Kurita, que o comando aliado acreditava ter se retirado da região, os Aliados já comemoravam a vitória na batalha quando aviões de reconhecimento enviaram a notícia da descoberta da frota de porta-aviões do Almirante Osawa se aproximando pelo norte, o que pegou de surpresa o Almirante William 'Bull' Halsey, comandante da Força Tarefa aliada, que imediatamente deslocou sua força em direção à inesperada e muito mais poderosa ameaça.
Ogawa chegava para cumprir seu papel de alvo flutuante (tiro-ao-pato), desviando o foco das atenções das outras três esquadras de couraçados e cruzadores, cuja missão era destruir os navios e porta-aviões americanos sem escolta aérea, com a ação dos seus potentes canhões de longo alcance enquanto ele era atacado pela aviação inimiga.
Entretanto, o destino o havia colocado sob a mira dos aviões americanos quando duas das outras frotas japonesas já batiam em retirada, quase aniquiladas, e a terceira havia desaparecido, tornando o seu sacrifício completamente vão. O encontro de Osawa e Halsey deu-se a 25 de outubro na Batalha do Cabo Engaño, sendo quatro dos cinco porta-aviões japoneses afundados por ataques aéreos, entre eles o Zuikaku, último sobrevivente do ataque a Pearl Harbor - obrigando os navios sobreviventes a fugirem de volta ao Japão.
Faltava o desaparecido Kurita. A ainda poderosa esquadra do almirante, que os aliados acreditavam ter fugido da área de combate após as perdas que sofreu no ataque do dia anterior, navegou toda a madrugada em velocidade de batalha pelo Estreito de San Bernardino e as seis horas da manhã de 25 de outubro, irrompeu pelo Mar de Samar, onde se encontrava a parte da frota americana que não havia partido para o combate contra o Almirante Osawa. Composta de porta-aviões de bolso e de navios menores, principalmente destróieres, era a frota que protegia os desembarques de soldados em Leyte e foi completamente surpreendida pela aparição dos navios japoneses e seus mastros em forma de pagode.
Com os porta-aviões inimigos na alça de mira de seus poderosos canhões – o Yamato era então o mais potente encouraçado do mundo e seu poder de fogo era igual ao de toda esta parte da frota americana junta – a 32 km de distância, Kurita abriu fogo contra os surpreendidos americanos. Escondidos numa cortina de fumaça, a frota americana respondeu ao ataque, mas era uma luta desigual, entre os mais potentes e modernos couraçados do mundo contra destróieres e porta-aviões com poucos aviões, na maioria armados apenas com cargas de profundidade e metralhadoras e não com torpedos, e a marinha japonesa começou um massacre contra os navios aliados.
Mesmo batendo em retirada protegidos por uma cortina de fumaça, os Aliados perderam dois porta-aviões e diversos navios menores. Entretanto, num determinado momento, liderados pelo destróier de escolta USS Johnston, os barcos de apoio da frota avançaram em linha num ataque quase suicida concentrado contra as forças japonesas, destróieres contra cruzadores e couraçados, apoiados pelos aviões dos pequenos porta-aviões que foram lançados ao ar com os armamentos que dispunham para tentar impedir o bombardeio dos porta aviões pelos navios de superfície inimigos. Na batalha que se seguiu diversos navios japoneses foram atingidos e três destróieres (incluindo o Johnston) foram afundados, além do porta-aviões Gambier.
As armas japonesas, entretanto falavam mais alto e a perseguição continuava, com os gigantes japoneses sendo atacados pelos pequenos destróieres e pelos aviões tentando interceptá-los, mas os lentos navios da frota que fugia na fumaça se encontravam cada vez mais dentro do círculo de fogo e de impactos diretos dos japoneses. Outro porta-aviões de escolta, o St. Lo, também foi afundado a tiros de canhão.
Porém, quando parecia que o fim estava próximo para os Aliados, as 09.45 horas da manhã o almirante Kurita inexplicavelmente parou o ataque e deu ordem a todos os navios da frota para cessar o fogo e retirarem para o norte, em velocidade de batalha. Apesar da maioria de seus navios estarem ainda intactos, os ataques aéreos e das formações de destróieres haviam quebrado a linha de ataque da frota japonesa e tinha-lhes feito perder o controle tático da batalha. Três cruzadores pesados foram afundados e a ferocidade determinada dos aliados o fizeram avaliar que a continuação da perseguição causaria apenas mais perdas. Além disso, recebendo sinais da frota de Ozawa de que se encontrava sob ataque, Kurita calculou que o que ele atacava não era a principal frota americana, que esta se encontrava em combate contra Osawa e fatalmente o seu devastador poder aéreo se viraria contra seus navios.
Segundo depoimento do oficial Fukai (foi um vice-oficial de artilharia a bordo de Yamato) Kurita recebeu uma mensagem em um papel vermelho às 09.00 horas da manhã para atacar inimigos, que estariam a 90 milhas do local de onde estava, os oficiais que estavam dispostos a continuar com o plano original de aniquilar as tropas aliadas que se encontravam no Golfo de Leyte acataram as ordens e retornaram ao Estreito de San Bernardino, não encontrando nenhum inimigo na região determinada e regressaram ao Japão. Até hoje ninguém sabe de onde saiu a mensagem para redirecionar a esquadra de Kurita a um local onde não existia nenhum inimigo, pois ninguém confirmou a origem da mensagem.
Assim, Kurita retirou-se para o norte, atravessando novamente o Estreito de San Bernardino, rumando de volta para o Japão. De seus cinco encouraçados que tinham começado a batalha, apenas o grande Yamato se encontrava em condições de combate, não tendo participado efetivamente da maior parte dos eventos da Batalha de Samar.
Ao custo da vida de mais de mil marinheiros e aviadores norte-americanos, o resultado da Batalha do Golfo de Leyte deixou seguros contra um ataque vindo do mar todo o 6º Exército americano espalhado em combates nas cabeças de praia da ilha de Leyte, permitindo o avanço das tropas pela ilha dentro, cuja ocupação, entretanto, ainda custaria milhares de vida até ser completada, em dezembro de 1944.
Foi lá também que pela primeira vez na guerra os Aliados viram aparecer e sentiram os primeiros efeitos dos kamikazes (os ventos de Deus) inimigos, depois que o contra-almirante Arima se lançou com o seu avião sobre um navio australiano, sendo seguido por outros pilotos, numa flotilha suicida de aviadores que aumentaria e se sofisticaria pelo restante da guerra, chegando ao seu apogeu em número de voluntários da morte na Batalha de Okinawa.
A frota japonesa não foi destruída em Leyte. Porém, o seu fracasso em conseguir o domínio dos mares das Filipinas e impedir o desembarque e o avanço dos soldados americanos no país, colocou o Japão longe de dos recursos petrolíferos para seus navios e ao alcance dos bombardeiros americanos de longa distância, abrindo caminho para a invasão do território metropolitano que se seguiria em Iwo Jima e Okinawa. A frota retornou ao Japão onde permaneceu inativa até o final da guerra.
   

A Revolução Húngara começou há 63 anos

A Revolução Húngara de 1956 (em húngaro: 1956-os forradalom) ou Contra-Revolução foi uma revolta popular espontânea contra as políticas impostas pelo governo da República Popular da Hungria e pela União Soviética. O movimento durou de 23 de outubro até 10 de novembro de 1956.
A revolta começou como uma manifestação estudantil que atraiu milhares que marcharam pelo centro de Budapeste até ao parlamento. Uma delegação de estudantes entrou no prédio da rádio, numa tentativa de transmitir as suas demandas, foi detida. Quando a libertação da delegação foi exigida pelo manifestantes do lado de fora, ele foram alvejados pela Autoridade de Proteção de Estado (ÁVH) de dentro do prédio. As notícias espalharam-se rapidamente e a desordem e violência irromperam por toda a capital.
A revolta espalhou-se rapidamente pela Hungria, e o governo caiu. Milhares organizaram-se em milícias, combatendo a Polícia de Segurança do Estado (ÁVH) e as tropas soviéticas. Comunistas pro-soviéticos e membros da ÁVH eram frequentemente executados ou aprisionados, enquanto os antigos prisioneiros eram libertados e armados. Conselhos improvisados tiraram o controle municipal do Partido dos Trabalhadores Húngaros e exigiram mudanças políticas. O novo governo formalmente dissolveu a ÁVH, declarou a sua intenção de se retirar do Pacto de Varsóvia e prometeu livres eleições restabelecidas. No final de outubro, as lutas tinham quase parado e um senso de normalidade começava a retornar.
Depois de anunciar a boa vontade para negociar uma retirada das forças soviéticas, o Politburo mudou de ideia e decidiu suprimir a revolução. A 4 de novembro, um grande exército soviético invadiu Budapeste e outras regiões do país. A resistência húngara continuou até 10 de novembro. Mais de 2.500 soldados húngaros e cerca de 700 soldados soviéticos foram mortos no conflito, tendo 200.000 húngaros fugido, passando a ser refugiados. Prisões em massa e denúncias continuaram durante meses. Em janeiro de 1957, o novo governo soviético instalado suprimiu toda a oposição pública. Essas ações soviéticas fizeram duvidar das suas convicções muitos marxistas ocidentais, ainda mais pelo brutal reforço do controle soviético na Europa Central.
Discussões públicas sobre essa revolução foram reprimidas na Hungria por trinta anos, mas desde os anos 1980 ela tem sido objeto de intenso estudo e debate. Na inauguração da Terceira República da Hungria, em 1989, o dia 23 de outubro foi declarado feriado nacional.
  
(...)
  
O levantamento húngaro começou a 23 de outubro de 1956, com uma manifestação pacífica de estudantes em Budapeste. Exigiam o fim da ocupação soviética e a implantação do "socialismo verdadeiro". Quando os estudantes tentaram resgatar alguns colegas que haviam sido presos pela polícia política, esta abriu fogo contra a multidão.
No dia seguinte, oficiais e soldados juntaram-se aos estudantes nas ruas da capital. A estátua de Estaline foi derrubada por manifestantes que entoavam, "russos, voltem para casa", "abaixo Gerő" e "viva Nagy". Em resposta, o comité central do Partido Comunista Húngaro recomendou o nome de Imre Nagy para a chefia de governo.
Em 25 de outubro, tanques soviéticos dispararam contra manifestantes na Praça do Parlamento. Chocado com tais acontecimentos, o comité central do partido forçou a renúncia de Gerő e substituiu-o por Imre Nagy.
Nagy foi à Rádio Kossuth e anunciou a futura restauração das liberdades, como seja o multipartidarismo, a extinção da polícia política, a melhoria radical das condições de vida do trabalhador e a busca do socialismo condizente com as características nacionais da Hungria.
Em 28 de outubro, o primeiro-ministro Nagy vê as suas opções serem aceites por todos os órgãos do Partido Comunista. Os populares desarmam a polícia política.
Em 30 de outubro, Nagy comunicou a libertação do cardeal Mindszenty e de outros prisioneiros políticos. Reconstituíram-se os Partidos dos Pequenos Proprietários, Social-Democrata e Camponês Petőfi. O Politburo Soviético decide, numa primeira fase (30 de outubro) mandar as tropas sair de Budapeste, e mesmo da Hungria se viesse essa a ser a vontade do novo governo. Mas no dia seguinte volta a trás e decide-se pela intervenção militar e instauração de um novo governo. A 1 de novembro, o governo húngaro, ao tomar conhecimento das movimentações militares em direcção a Budapeste, comunica a intenção húngara de se retirar do Pacto de Varsóvia e pede a protecção das Nações Unidas.
A 3 de novembro, Budapeste estava cercada por mais de mil tanques. Em 4 de novembro, o Exército Vermelho invade Budapeste, com o apoio de ataques aéreos e bombardeamentos de artilharia, derrotando rapidamente as forças húngaras. Calcula-se que 20.000 pessoas foram mortas durante a intervenção soviética. Nagy foi preso (e posteriormente executado) e substituído no poder pelo simpatizante soviético János Kádár. Mais de 2 mil processos políticos foram abertos, resultando em 350 enforcamentos. Dezenas de milhares de húngaros fugiram do país e cerca de 13 mil foram presos. As tropas soviéticas apenas saíram da Hungria em 1991.
  

Weird Al Yankovic - 60 anos!

Alfred Matthew Yankovic (Downey, Califórnia, 23 de outubro de 1959), mais conhecido como "Weird Al" Yankovic, é um músico com diversos prémios Grammy, humorista, parodiante, acordeonista e produtor de televisão. Ele é particularmente conhecido pelas suas músicas satirizando a cultura popular e paródias de músicas contemporâneas. Os seus trabalhos renderam-lhe três discos de ouro e cinco de platina nos Estados Unidos.


Segundo James Ussher hoje é o aniversário da Terra...

James Ussher ou simplesmente Usher (Dublin, 4 de janeiro de 1581 - 21 de março de 1656) foi um Arcebispo Anglicano de Armagh. Baseando-se na Bíblia, escreveu o livro The Annals of the World em 1658. Neste livro, Ussher fez uma cronologia da vida na Terra baseada em estudos bíblicos e de outras fontes, de tal maneira concluiu que a criação do mundo ocorreu no dia 23 de outubro do ano 4004 antes de Cristo (a. C.) pelo calendário juliano. Na época, a afirmação foi amplamente aceite.
  
 

Robert Trujillo - 55 anos!

Robert Trujillo (nome artístico de Roberto Agustin Miguel Santiago Samuel Trujillo Veracruz; Santa Mónica, Califórnia, 23 de outubro de 1964) é um baixista dos Estados Unidos.
Anteriormente tocou com os Suicidal Tendencies, Infectious Grooves, Mass Mental, Jerry Cantrell, Black Label Society, Ozzy Osbourne e entrou para os Metallica em 2003. A audição que o fez entrar para a banda pode ser vista no DVD Some Kind of Monster. Os integrantes do Metallica mostraram-se impressionados com a sua apresentação e habilidade, e foi contratado antes da turnê do disco St. Anger ser iniciada.

Biografia
A carreira de Trujillo começou quando ele conheceu Mike Muir e Rocky George da banda Suicidal Tendencies. Ele mostrou que sabe dançar tal como tem um bom domínio do contrabaixo e tocou com o grupo por um período considerável. O seu estilo e talento foram apreciados pela banda que o levou como baixista. Na década de 90 Muir e Trujillo começaram o funk rock, com a banda ''Infectious Grooves''. Robert foi baixista do grupo durante vários anos até que ele deixou a banda, e se juntou com Ozzy Osbourne. Lá ele permaneceu até 2003, quando foi convidado para participar da grande e famosa banda de thrash metal americana, Metallica. A banda não era desconhecida para Trujillo. Ele a conheceu antes, quando a sua banda estava abrindo um show dos Metallica, em 1994 no Summer Shad Tour.
Para gravar o último álbum de estúdio do Metallica, St. Anger, foi oferecido a Robert US$ 1.000.000 Este valor foi, segundo Lars Ulrich, porque ele queria mostrar quão bom e sério era. Entre a saída de Jason Newsted e a chegada de Robert Trujillo foi Bob Rock (ex-produtor, de 1991 a 2006), o baixista temporário da banda.
Robert Trujillo trabalhou no álbum Death Magnetic, dos Metallica. Trujillo faz coros ao vivo de músicas dos Metallica como em "Broken, Beat & Scarred", "Through the never ", "Blackened" e outras.
 
 

terça-feira, outubro 22, 2019

O Dia do Grande Desapontamento foi há 175 anos

   
O Dia do Grande Desapontamento, a 22 de outubro de 1844, foi o dia em que religiosos norte americanos inspirados em profecias bíblicas esperaram o retorno de Jesus Cristo. O movimento foi liderado por William Miller. Os remanescentes deste evento mais tarde fundaram diversas denominações adventistas.
  
História
Entre 1831 e 1844, William (Guilherme) Miller - um agricultor e pregador leigo Batista, ex-capitão de exército da guerra de 1812 - após estudar a Bíblia, lançou o "grande despertar do segundo advento", o qual eventualmente se espalhou através do mundo cristão nos Estados Unidos. Baseado na sua própria interpretação da profecia das 2.300 tardes e manhãs, contida no livro bíblico de Daniel 8:14, Miller subtraiu o número 2.300 de 457, visto que em 457 a.C. Esdras chegou a Jerusalém, para reconstruir o Templo, e chegou à conclusão que Jesus Cristo regressaria à Terra entre a primavera de 1843 e a primavera de 1844.
O período passou e nada aconteceu. Ele e muitos de seus colaboradores, pastores de várias denominações, voltaram novamente ao estudo da Bíblia para descobrir o erro. Dentre eles Samuel Snow, chegou à conclusão da vinda de Jesus em 22 de outubro de 1844, portanto no outono, no dia 10 do sétimo mês quando ocorria a purificação do santuário, que naquele ano cairia em 22/10. Quando Jesus não apareceu, os seguidores de Miller experimentaram o que veio a se chamar "O Grande Desapontamento".
A maioria dos milhares que haviam se juntado ao movimento, saiu em profunda e amarga desilusão. Uns poucos, no entanto, voltaram para as suas Bíblias para descobrir porque eles tinham sido desapontados. Apesar de não terem visto acontecer nada que desacreditasse o cálculo, eles concluíram que a data de 22 de outubro ainda era correta, mas que Miller tinha predito o evento errado para aquele dia. Verificaram, em Daniel 7, que o Jesus se dirige ao "ancião de dias" e não à terra entendendo, portanto, que a purificação da Terra (como criam naquela época) na realidade era a purificação do Santuário Celestial, iniciando-se o período do juízo a partir de então. Mais tarde realizaram a conferência de Albany em 1845, onde 61 delegados compareceram, foi organizada a Associação Milenial Americana (American Millennial Association), que tornou-se na Igreja Evangélica Adventista, hoje extinta.
Miller baseou os seus estudos do regresso de Jesus em 1844 numa crença popular que dizia na época que "a terra era o santuário". Quando ele interpretou no livro de Daniel "purificação do santuário" seria a purificação da terra. Os Adventistas na época eram todos os que criam no advento de Jesus independentemente de qual denominação pertencessem. Após o Desapontamento, alguns (poucos) reestudaram as profecias, entenderam e passaram a crer que o Santuário a que se referia o livro de Daniel era o Santuário Celeste. Com outros demais estudos bíblicos é que em 1863 originou-se a Igreja Adventista do Sétimo Dia e também outros grupos.
Então do pequeno grupo que se recusou a desistir depois do "grande desapontamento" surgiram vários líderes que construíram a base do que viria a ser a Igreja Cristã do Advento, a Igreja Adventista do Sétimo Dia e os Estudantes da Bíblia (movimento conhecido atualmente como Testemunhas de Jeová) entre outros.
A religião Baha'i acredita que a predição de Miller estava correta, só que referia à manifestação dessa religião na Pérsia, em 1844.

Cézanne morreu há 113 anos

Paul Cézanne (Aix-en-Provence, 19 de janeiro de 1839 - Aix-en-Provence, 22 de outubro de 1906) foi um pintor pós-impressionista francês, cujo trabalho forneceu as bases da transição das concepções do fazer artístico do século XIX para a arte radicalmente inovadora do século XX. Cézanne pode ser considerado como a ponte entre o impressionismo do final do século XIX e o cubismo do início do século XX. A frase atribuída a Matisse e a Picasso, de que Cézanne "é o pai de todos nós", deve ser levada em conta.
Após uma fase inicial dedicada aos temas dramáticos e grandíloquos, próprios da escola romântica, Paul Cézanne criou um estilo próprio, influenciado por Delacroix. Introduziu nas suas obras distorções formais e alterações de perspectiva em benefício da composição ou para ressaltar o volume e peso dos objetos. Concebeu a cor de um modo sem precedentes, definindo diferentes volumes que foram essenciais para suas composições únicas.
Cézanne não se subordinava às leis da perspectiva e sim, as modificava. A sua concepção da composição era arquitetónica; segundo as suas próprias palavras, o seu próprio estilo consistia em ver a natureza segundo as suas formas fundamentais: a esfera, o cilindro e o cone. Cézanne preocupava-se mais com a captação destas formas do que com a representação do ambiente atmosférico. Não é difícil ver nesta atitude uma reação de carácter intelectual contra o gozo puramente colorido do impressionismo.
Sobre ele, Renoir escreveu, rebatendo o crítico de arte Castagnary: Eu me enfureço ao pensar que ele [Castagnary] não entendeu que Uma Moderna Olympia, de Cézanne, era uma obra prima clássica, mais próxima de Giorgione que de Claude Monet, e que diante dele estava um pintor já fora do Impressionismo.
Cézanne cultivava sobretudo a paisagem e a representação de naturezas mortas, mas também pintou figuras humanas em grupo e retratos. Antes de começar as suas paisagens estudava-as e analisava os seus valores plásticos, reduzindo-as depois a diferentes volumes e planos que traçava à base de pinceladas paralelas. Árvores, casas e demais elementos da paisagem subordinam-se à unidade de composição. As suas paisagens são sutilmente geométricas. Cézanne pintou sobretudo a sua Provença natal (O Golfo de Marselha e as célebres versões sucessivas de O Monte de Sainte-Victoire).
Nas suas numerosas naturezas mortas, tipicamente compostas por maçãs, levava a cabo uma exploração formal exaustiva que é a terra fecunda de onde surgirá o cubismo poucos anos mais tarde. Entre as representações de grupos humanos, são muito apreciadas as suas cinco versões de Os Jogadores de Cartas. A Mulher com Cafeteira, pela sua estrutura monumental e serena, marca o grande momento classicista de Cézanne.
  
Les joueurs de cartes, 1892-1895 - Courtauld Institute of Art, Londres
   

Oswald de Andrade morreu há 65 anos

José Oswald de Sousa Andrade (São Paulo, 11 de janeiro de 1890 - São Paulo, 22 de outubro de 1954) foi um escritor, ensaísta e dramaturgo brasileiro. Era o único filho de José Oswald Nogueira de Andrade e de Inês Henriqueta Inglês de Sousa Andrade.
Foi um dos promotores da Semana de Arte Moderna que ocorreu 1922 em São Paulo, tornando-se um dos grandes nomes do modernismo literário brasileiro. Foi considerado pela crítica como o elemento mais rebelde do grupo, sendo o mais inovador entre estes. Colaborou na revista Contemporânea (1915-1926).

  in Wikipédia
  
Canto de Regresso à Pátria
 
Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os pássaros daqui
Não cantam como os de lá
 
Minha terra tem mais rosas
E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
 
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo
  
  
Oswald de Andrade

El-Rei D. Fernando I morreu há 636 anos

Túmulo gótico de D. Fernando I, actualmente no Convento do Carmo, em Lisboa
  
D. Fernando I de Portugal, nono rei de Portugal, (Coimbra, 31 de outubro de 1345 - Lisboa, 22 de outubro de 1383). Era filho do rei D. Pedro I de Portugal e sua mulher, a princesa D. Constança de Castela. D. Fernando sucedeu a seu pai em 1367. Foi cognominado O Formoso ou O Belo (pela beleza física que inúmeras fontes atestam) e, alternativamente, como O Inconsciente ou O Inconstante (devido à sua desastrosa política externa, que ditou três guerras com a vizinha Castela, e até o perigo, após a sua morte, de o trono recair em mãos estrangeiras). Com apoio da nobreza local, descontente com a coroa castelhana, D. Fernando chegou a ser aclamado Rei em diversas cidades importantes de Norte a Sul da Galiza.
  

El-Rei D. João V nasceu há 330 anos

D. João V de Portugal, o Magnânimo (Lisboa, 22 de outubro de 1689 - Lisboa, 31 de julho de 1750), foi o vigésimo-quarto Rei de Portugal desde 1 de janeiro de 1707 até à sua morte.
O seu longo reinado de 43 anos foi o mais rico da História de Portugal, profundamente marcado pela descoberta de ouro no Brasil no final do século XVII, cuja produção atingiu o auge precisamente na última década do seu reinado.
A primeira e última década do reinado foram marcadas por guerras: 1) a Guerra da Sucessão Espanhola, que levara à tomada de Madrid em 1706, e levou à Batalha de Almansa no primeiro ano do seu reinado, e ainda a combates em África, na América, e na Ásia contra os franceses; 2) mais tarde as campanhas navais contra os turcos no Mediterrâneo, que levaram à vitória na Batalha de Matapão em 1717; e ainda 3) as guerras que Portugal ao mesmo tempo travava no Oriente, na Arábia e na Índia, contra estados asiáticos, nomeadamente contra o Império Marata e os árabes de Omã.
O longo reinado de D. João V pode de certo modo dividir-se em dois períodos: uma primeira metade em que Portugal teve um papel activo e de algum relevo na política europeia e mundial, e uma segunda metade, a partir da década de 1730, em que a aliança estratégica com a Grã-Bretanha gradualmente assumiu maior importância, e o reino começou a sofrer uma certa estagnação.
Como Rei, D. João V sempre tentou projectar Portugal como uma potência de primeira grandeza, principalmente nas primeiras décadas do reinado. Exemplos disso são as faustosas embaixadas que por motivos vários enviou a Leopoldo I, Sacro Imperador Romano-Germânico em 1708, a Luís XIV da França em 1715, ao Papa Clemente XI em 1716, ou ainda ao Imperador da China em 1725. Outro exemplo foi o litígio que manteve com a Santa Sé na década de 1720, sobre a questão do cardinalato a atribuir ao núncio apostólico na capital portuguesa.
D. João V foi um grande edificador, e dotou principalmente a capital portuguesa de numerosas construções. Fomentou o estudo da história e da língua portuguesa, mas falhou em melhorar de forma significativa as condições da manufactura em Portugal; e gastou a maior parte da sua riqueza nos edifícios que construiu. Por ironia do destino, a maior parte deles desapareceria pouco depois da sua morte, no grande Terramoto de 1755. Os principais testemunhos materiais do seu tempo hoje são, em Portugal, o Palácio Nacional de Mafra, a Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra, o Aqueduto das Águas Livres em Lisboa, e a principal parte da colecção do Museu Nacional dos Coches, talvez a mais importante a nível mundial, também na capital portuguesa. No campo imaterial, merece destaque a extinta Academia Real da História Portuguesa, precursora da actual Academia Portuguesa da História, e ainda a criação do Patriarcado de Lisboa, um dos três patriarcados do Ocidente da Igreja Católica.
O último feito diplomático do reinado de D. João V, o Tratado de Madrid de 1750, estabeleceu as fronteiras modernas do Brasil. Vestígios do seu tempo no Brasil são cidades como Ouro Preto, então a capital do distrito do ouro das Minas Gerais, São João del-Rei, assim nomeada em sua honra, Mariana, que recebeu o nome da rainha, São José, a que foi dada o nome do príncipe herdeiro (hoje Tiradentes), e numerosas outras cidades, igrejas e conventos da era colonial.
  
Bandeira pessoal de D. João V
  

Liszt nasceu há 208 anos

Franz Liszt (Doborján, 22 de outubro de 1811  - Bayreuth, 31 de julho de 1886) foi um compositor húngaro do século XIX, pianista, maestro e professor e membro da Ordem Terceira Fanciscana. O seu nome em húngaro era Liszt Ferenc.
Liszt ganhou fama na Europa durante o início do século XIX pela sua habilidade como pianista virtuoso. Foi citado por seus contemporâneos como o pianista mais avançado de sua idade, e em 1840 ele foi considerado por alguns como, talvez, o maior pianista de todos os tempos. Liszt foi também um compositor bem conhecido e influente, professor e maestro. Ele foi um benfeitor para outros compositores, incluindo Richard Wagner, Hector Berlioz, Camille Saint-Saëns, Edvard Grieg e Alexander Borodin.
Como compositore foi um dos representantes proeminentes da "Neudeutsche Schule" ("Nova Escola Alemã"). Deixou para trás um corpo extenso e diversificado de trabalho em que influenciou os seus contemporâneos sobre o futuro e antecipou algumas ideias e tendências do século XX. Algumas de suas contribuições mais notáveis ​​foram a invenção do poema sinfónico, desenvolvendo o conceito de transformação temática, como parte de suas experiências em forma musical e fazer rupturas radicais em harmonia. Ele também desempenhou um papel importante na popularização de uma grande variedade de música de transcrição para piano.
     
    

segunda-feira, outubro 21, 2019

Dizzy Gillespie nasceu há 102 anos

  
John Birks Gillespie, conhecido como Dizzy Gillespie, (Cheraw, 21 de outubro de 1917 - Englewood, 6 de janeiro de 1993) foi um trompetista, líder de orquestra, cantor e compositor de jazz, sendo, a par de Charlie Parker, uma das maiores figuras no desenvolvimento do movimento bebop no jazz moderno.
Nascido na Carolina do Sul, Dizzy era um instrumentista virtuoso e um improvisador dotado. A juntar às suas capacidades instrumentais, os seus óculos, a sua forma de cantar e tocar (com as bochechas extremamente inchadas), o seu trompete recurvo e a sua personalidade alegre faziam dele uma pessoa especial, dando um aspecto humano àquilo que muitos, incluindo alguns dos seus criadores, classificavam como música assustadora.
Em relação à forma de tocar, Gillespie construiu a sua interpretação a partir do estilo "saxofónico" de Roy Eldridge indo depois muito além deste. As suas marcas pessoais eram o seu trompete (com a campânula inclinada 45º em vez de ser a direito) e as suas bochechas inchadas (tradicionalmente os trompetistas são ensinados a não fazer “bochechas”).
Para além do seu trabalho com Parker, Dizzy Gillespie conduziu pequenos agrupamentos e big bands e aparecia frequentemente como solista com a Norman Granz's Jazz at the Philharmonic. No início da sua carreira tocou com Cab Calloway, que o despediu por tocar “música chinesa”, a lendária big band de Billy Eckstine deu a estas harmonias atípicas uma melhor cobertura.
Nos anos 40, Gillespie liderou o movimento da música afro-cubana, trazendo elementos latinos e africanos para o jazz, e até para a música pop, em particular a salsa. Das suas numerosas composições destacam-se os clássicos do jazz "Manteca", "A Night in Tunisia", "Birk's Works", e "Con Alma".
Dizzy Gillespie publicou a sua autobiografia em 1979, To Be or not to Bop (ISBN 0306802368), e seria vítima de um cancro, no início de 1993, sendo sepultado no Flushing Cemetery em Queens, Nova Iorque.
Tem uma estrela com o seu nome na Calçada da Fama em Hollywood, no número 7057 da Hollywood Boulevard.
   
 

Georges Brassens nasceu há 98 anos

Georges-Charles Brassens (Sète, 22 de outubro de 1921 - Saint-Gély-du-Fesc, 29 de outubro de 1981) foi um autor de canções, compositor e cantor francês simpatizante e entusiasta do anarquismo.
  
 

Lord Nelson morreu, há 214 anos, na Batalha de Trafalgar

   
Horatio Nelson, 1.º Visconde Nelson, 1.º Duque de Bronté (Burnham Thorpe, Norfolk, 29 de setembro de 1758 - Cabo Trafalgar, 21 de outubro de 1805), foi um oficial britânico da Marinha Real Britânica, famoso pelas suas intervenções nas Guerras Napoleónicas. Ganhou várias batalhas da qual se destaca a Batalha de Trafalgar, em 1805, durante a qual foi morto.
Nelson nasceu no seio de uma família moderadamente próspera de Norfolk, e ingressou na Marinha pela mão do seu tio, Maurice Suckling. Evoluiu rapidamente na carreira militar, servindo com alguns dos principais comandantes militares, antes de obter o seu próprio comando em 1778. Ganhou uma reputação de firmeza e bravura, e de desenvolver tácticas inovadoras mas, após o final da Guerra da Independência Americana, adoeceu por diversas vezes, e ficou desempregado. A eclosão da Revolução Francesa permitiu a Nelson retornar o serviço, sendo particularmente activo na região do Mediterrâneo. Participou em pequenas batalhas ao largo de Toulon, e teve um papel importante na captura da Córsega, e posteriormente nas funções diplomáticas com os estados italianos.
Em 1797, durante a Batalha do Cabo São Vicente, distinguiu-se ao comando do navio de guerra HMS Captain. Pouco tempo depois desta batalha, Nelson participou na Batalha de Santa Cruz de Tenerife, onde foi ferido gravemente e forçado a regressar a Inglaterra para recuperar. No ano seguinte, obteve uma decisiva vitória sobre os franceses na Batalha do Nilo, permanecendo no Mediterrâneo para apoiar o Reino de Nápoles contra a invasão francesa. Em 1801, foi enviado para o mar Báltico, conquistando outra vitória, desta vez sobre os dinamarqueses na Batalha de Copenhaga. Posteriormente comandou o bloqueio das frotas espanholas e francesas em Toulon e, após a fuga destes, perseguiu-os até às Índias Ocidentais numa tentativa de travar uma batalha, sem no entanto, o ter conseguido. Depois de um breve regresso a Inglaterra, assumiu o comando do bloqueio a Cádis, em 1805. Em 21 de outubro de 1805 a frota franco-espanhola saiu do porto desta cidade tendo pela frente a frota de Nelson; o encontro de ambas as frotas deu origem à Batalha de Trafalgar. Esta batalha foi uma das maiores vitórias navais da Grã-Bretanha; no entanto, Nelson seria mortalmente atingido por um atirador francês. O seu corpo foi trazido de volta à Inglaterra, onde foi sepultado com honras de estado.
Nelson ficou conhecido pela sua capacidade de inspirar e motivar os seus homens: o "Toque de Nelson". A sua forma inovadora de conceber estratégias e táticas não convencionais resultou em várias vitórias decisivas. Alguns aspectos do seu comportamento pessoal foram considerados controversos ainda em vida, e depois da sua morte: teve um caso amoroso com Emma, Lady Hamilton, enquanto ambos eram casados, que durou até à sua morte, e do qual resultou uma filha, Horatia. Além disso, as suas acções durante a campanha de Nápoles foram acusadas de brutalidade excessiva. Nelson poderia, por vezes, ser vaidoso, inseguro e ansioso por ser reconhecido, mas também era zeloso, atencioso e patriótico, bem como corajoso. Seria ferido em combate por diversas vezes, perdendo um braço e um olho. A sua morte em Trafalgar garantiu-lhe ficar reconhecido para sempre como uma das grandes personalidades de Inglaterra. Em sua honra, foram erigidos vários monumentos, destacando-se a Coluna de Nelson, na Praça de Trafalgar, em Londres.
    
The Death of Nelson (pormenor) por Daniel Maclise (Câmara dos Lordes, Londres) 
     
Coluna de Nelson em Trafalgar Square, Londres; o memorial mais famoso a Nelson
   
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