sexta-feira, janeiro 06, 2012

Alex Turner, vocalista, compositor e guitarrista dos Arctic Monkeys, faz hoje 26 anosss

Alexander David Turner ou Alex Turner, Sheffield, Reino Unido, 6 de janeiro de 1986, filho de um músico e uma professora de alemão. É vocalista, guitarrista e compositor da banda britânica Arctic Monkeys.

Gustave Doré nasceu há 180 anos

Paul Gustave Doré (Estrasburgo, 6 de janeiro de 1832 - Paris, 23 de janeiro de 1883) foi um pintor, desenhista e o mais produtivo e bem-sucedido ilustrador francês de livros de meados do século XIX. Seu estilo se caracteriza pela inclinação para a fantasia, mas também produziu trabalhos mais sóbrios, como os notáveis estudos sobre as áreas pobres de Londres, realizados entre 1869 e 1871.
Filho de um engenheiro, começou a desenhar já aos treze anos suas primeiras litogravuras e aos catorze publicou seu primeiro álbum, intitulado "Les travaux d'Hercule" (Os Trabalhos de Hércules). Aos quinze anos engajou-se como caricaturista do "Journal pour rire", de Charles Philipon. Neste mesmo ano - 1848 - estreou no Salão com dois desenhos a pena.
Em 1849, com a morte do pai, já reconhecido apesar de contar apenas dezasseis anos. Passa a maior parte do tempo com a mãe. Em 1851 realiza algumas esculturas com temas religiosos e colabora em diversas revistas e com o "Journal pour tous".
Em 1854 o editor Joseph Bry publica uma edição das obras de Rabelais, contendo uma centena de gravuras feitas por Doré. Entre 1861 a 68 realiza a ilustração dA Divina Comédia, de Dante Alighieri
Após algum tempo desenhando diretamente sobre a madeira e tendo seus trabalhos gravados por amigos, iniciou-se na pintura e na escultura, mas suas obras em tela e esculturas não fizeram tanto sucesso como suas ilustrações em tons acinzentados e altamente detalhadas.
Com aproximadamente 25 anos, começou a trabalhar nas ilustrações de O Inferno de Dante. Em 1868, Doré terminou as ilustrações de O Purgatório e de O Paraíso, e publicou uma segunda parte incluindo todas as ilustrações de A Divina Comédia.
Sua paixão eram mesmo as obras literárias. Ilustrou mais de cento e vinte obras, como os Contos jocosos, de Honoré de Balzac (1855);Dom Quixote de la Mancha, de Miguel de Cervantes (1863);O Paraíso Perdido, de Milton; Gargântua e Pantagruel, de Rabelais; O Corvo, de Edgar Allan Poe; a Bíblia; A Balada do Velho Marinheiro, de Samuel Taylor Coleridge; contos de fadas de Charles Perrault, como Chapeuzinho Vermelho, O Gato de Botas, A Bela Adormecida e Cinderela, entre outras obras–primas. Ilustrou também alguns trabalhos do poeta inglês Lorde Byron, como As Trevas e Manfredo.
Em 1869, Doré foi contratado para ilustrar o livro Londres: Uma Peregrinação, muito criticado por, supostamente, retratar apenas a pobreza da cidade. Mas apesar de todas as críticas, o livro foi um sucesso de vendagem na Inglaterra, valorizando ainda mais o seu trabalho na Europa. Ganhou muito dinheiro ilustrando para diversos livros e obras públicas, mas nunca abriu mão dos trabalho desenvolvidos apenas para seu prazer pessoal.
Gustave Doré morreu aos 51 anos, pobre, pois todo o dinheiro que havia ganho com o seu trabalho foi utilizado para pagar diversas dívidas, deixando incompletas suas ilustrações para uma edição não divulgada de Shakespeare, entre outros trabalhos.

Max Bruch nasceu há 174 anos

Max Christian Friedrich Bruch, também conhecido como Max Karl August Bruch (Colónia, 6 de Janeiro de 1838 - Berlim, 2 de Outubro de 1920), foi um compositor e regente alemão do período romântico da Música Erudita. Max Bruch escreveu mais de 200 obras musicais, incluindo três concertos para violino, um dos quais é considerado "pièce de résistance" do reportório violinístico.
Seu pai era um inspetor de polícia e sua mãe era uma soprano. Desde pequeno, Bruch já demostrava talento musical, conforme atestou Ignaz Moscheles, e por isso recebeu uma educação voltada para isso. Seu primeiro professor foi o compositor e pianista Ferdinand Hiller, a quem Robert Schumann dedicou seu "Concerto para Piano".
Por esta razão, aos 11 anos ele já tinha composto algumas obras que eram interpretadas em público. Em 1852, quando tinha somente 16 anos de idade, compôs sua primeira sinfonia e um quarteto para cordas que lhe valeu um prémio da Fundação Mozart em Frankfurt e uma bolsa de estudos.
No ano seguinte Bruch iniciou seus estudos musicais em Frankfurt, continuando-os mais tarde em Leipzig. Após cinco anos passaria a trabalhar durante três anos em Colónia como professor de música. Entre 1861 e 1865 fez numerosas viagens pela Alemanha, Áustria, França e Bélgica, onde deu recitais. No fim desse período aceitou o cargo de diretor de música em Coblenz (onde ficou até 1867) e mais tarde de maestro na Turíngia.
Em 1870, Bruch estabeleceu-se em Berlim, aonde retornou ao trabalho como o professor de música. Em 1880, aos 42 anos, se casou-se com uma cantora, com quem teve quatro filhos. Neste mesmo ano foi nomeado diretor da Orquestra Filarmônica de Liverpool, na Inglaterra, onde permaneceu por três anos. Em seguida dirigiu a Orquestra da cidade de Breslau (já na Alemanha), até que em 1891 se tornou diretor da Escola de Composição de Berlim. Nos anos seguintes, Bruch é reconhecido em repetidas ocasiões. Recebe o título de "Professor Honoris Causa" pelas Universidades de Cambridge e Berlim. Em Berlim, ingressa na Academia de Belas Artes como diretor.
Nos dez últimos anos de sua vida Bruch renuncia a todas as suas funções e se dedica inteiramente à composição. Entre suas obras mais importantes estão os seus concertos para violino, o qual o "Concerto n.º 1 em Sol menor para Violino e o Orquestra" continua tendo no ainda hoje uma aceitação extraordinária, comparado ao Concerto para o violino de Mendelssohn. Também são muito conhecidas hoje em dia sua "Fantasia Escocesa", para Violino e Orquestra, as "Danças Suecas" e suas "Variações sobre o Kol Nidrei", para o Violoncelo e Orquestra, baseadas em melodías litúrgicas judaicas.
Bruch compôs muitas outras obras que foram populares em seu tempo, como suas três sinfonias, suas óperas (entre elas especialmente "Loreley") e seus Corais e Cantatas.
Max Bruch morreu em 1920, em Berlim, aos 82 anos de idade. Está sepultado no Alter St.-Matthäus-Kirchhof Berlin.


Louis Braille morreu há 160 anos


Louis Braille (Coupvray, 4 de Janeiro de 1809 - Paris, 6 de Janeiro de 1852), mais raramente Luís Braille, foi o criador do sistema de leitura para cegos que recebeu seu nome, braille.

 O nome "Louis Braille" em braille

O código Braille
Sendo um sistema realmente eficaz, por fim tornou-se popular. Hoje, o método simples e engenhoso elaborado por Braille torna a palavra escrita disponível a milhões de deficientes visuais, graças aos esforços decididos daquele rapaz há quase 200 anos.
O braille é lido da esquerda para a direita, com uma ou ambas as mãos. Cada célula braille permite 63 combinações de pontos. Assim, podem-se designar combinações de pontos para todas as letras e para a pontuação da maioria dos alfabetos. Vários idiomas usam uma forma abreviada de braille, na qual certas células são usadas no lugar de combinações de letras ou de palavras frequentemente usadas. Algumas pessoas ganharam tanta prática em ler braille que conseguem ler até 200 palavras por minuto.
a | b | c | d | e | f | g | h | i | j
As primeiras dez letras só usam os pontos das duas fileiras de cima
Os números de 1 a 9, e o zero, são representados por esses mesmos dez sinais, precedidos pelo sinal de número, especial.
k | l | m | n | o | p | q | r | s | t
As dez letras seguintes acrescentam o ponto no canto inferior esquerdo a cada uma das dez primeiras letras
u | v | x | y | z
As últimas cinco letras acrescentam ambos os pontos inferiores às cinco primeiras letras, a letra "w" é uma exceção porque foi acrescentada posteriormente ao alfabeto francês.
As combinações restantes, ainda possíveis visto que 63 hipóteses de combinação dos pontos, são usadas para pontuação, contrações e abreviaturas especiais. Estas contrações e abreviaturas às vezes tornam o braille difícil de aprender. Isto acontece especialmente no caso de pessoas que ficam cegas numa idade mais avançada, visto que a única forma de aprender braile é memorizar todos os sinais. Por esse motivo, há vários "graus" de braille.

O braille provou ser muito adaptável como meio de comunicação. Quando Louis Braille inicialmente inventou o sistema de leitura, aplicou-o à notação musical. O método funciona tão bem que a leitura e escrita de música é mais fácil para os cegos do que para os que vêem. Vários termos matemáticos, científicos e químicos têm sido transpostos para o braille, abrindo amplos depósitos de conhecimento para os leitores cegos. Relógios com ponteiros reforçados e números em relevo, em braille, foram produzidos, de modo que dedos ágeis possam sentir as horas.


NOTA: na infância tinha um vizinho que cegou tardiamente e que era amigo do meu pai - o senhor Antero. Conhecia-me pelo modo de andar e era muito meu amigo e tinha um relógio onde via, por braille, as horas... Mais tarde aprendi braille por causa de aluno amblíope que tive (já conseguia ler e escrever à maquina umas coisinhas, mas agora já pouco me lembro).

Joana d'Arc nasceu há seis séculos

Santa Joana d'Arc (em francês Jeanne d'Arc) (Domrémy-la-Pucelle, 6 de janeiro de 1412 - Ruão, 30 de maio de 1431), por vezes chamada de donzela de Orléans, era filha de Jacques d'Arc e Isabelle Romée e é a santa padroeira da França e foi uma heroína da Guerra dos Cem Anos, durante a qual tomou partido pelos Armagnacs, na longa luta contra os borguinhões e seus aliados ingleses.
Descendente de camponeses, gente modesta e analfabeta, foi uma mártir francesa canonizada em 1920, quase cinco séculos depois de ter sido queimada viva.
Segundo a escritora Irène Kuhn, Joana d'Arc foi esquecida pela história até o século XIX, conhecido como o século do nacionalismo, o que pode confirmar as teorias de Ernest Gellner. Irène Kuhn escreveu: Foi apenas no século XIX que a França redescobriu esta personagem trágica.
François Villon, nascido em 1431, no ano de sua morte, evoca sua lembrança na bela Ballade des Dames du temps jadis ou seja, Balada das damas do tempo passado -
Et Jeanne, la bonne Lorraine
Qu'Anglais brûlèrent à Rouen;
Où sont-ils, où, Vierge souvraine?
Mais où sont les neiges d'antan?
Antes aos fatos relacionados, Shakespeare tratou-a como uma bruxa; Voltaire escreveu um poema satírico, ou pseudo-ensaio histórico, que a ridicularizava, intitulado «La Pucelle d´Orléans» ou «A Donzela de Orléans».
Depois da Revolução Francesa, o partido monárquico reavivou a lembrança da boa lorena, que jamais desistiu do retorno do rei.
Joana foi recuperada pelos profetas da «França eterna», em primeiro lugar o grande historiador romântico Jules Michelet. Com o romantismo, o alemão Schiller fez dela a heroína da sua peça de teatro "Die Jungfrau von Orléans", publicada em 1801.
Em 1870, quando a França foi derrotada pela Alemanha - que ocupou a Alsácia e a Lorena - "Jeanne, a pequena pastora de Domrémy, um pouco ingénua, tornou-se a heroína do sentimento nacional". Republicanos e nacionalistas exaltaram aquela que deu sua vida pela pátria.
Durante a primeira fase da Terceira República, no entanto, o culto a Joana d'Arc esteve associado à direita monarquista, da qual era um dos símbolos, como o rei Henrique IV, sendo mal vista pelos republicanos.
A Igreja Católica francesa propôs ao Papa Pio X sua beatificação, realizada em 1909, num período dominado pela exaltação da nação e ao ódio ao estrangeiro, principalmente Inglaterra e Alemanha.
O gesto do Papa inspirou-se no desejo de fazer a Igreja de França entrar em mais perfeito acordo com os dirigentes anticlericais da III República, mas só com a Primeira Guerra Mundial de 1914 a 1918, Joana deixa de ser uma heroína da Direita. Segundo Irène Kuhn, a partir daí os "postais patrióticos" mostram Jeanne à cabeça dos exércitos e monumentos seus aparecem como cogumelos por toda a França. O Parlamento francês estabelece uma festa nacional em sua honra no 2º domingo de maio.
Em 9 de maio de 1920, cerca de 500 anos depois de sua morte, Joana d'Arc foi definitivamente reabilitada, sendo canonizada pelo Papa Bento XV - era a Santa Joana d'Arc. A canonização traduzia o desejo da Santa Sé de estender pontes para a França republicana, laica e nacionalista. Em 1922 foi declarada padroeira de França. Joana d´Arc permanece como testemunha de milagres que pode realizar uma pessoa, ainda que animada apenas pela energia de suas convicções, mesmo adolescente, pastora e analfabeta, de modo que seu exemplo guarda um valor universal.

quinta-feira, janeiro 05, 2012

Passos Manuel nasceu há 211 anos

Manuel da Silva Passos (São Martinho de Guifões, Bouças, 5 de janeiro de 1801 - Santarém, 16 de janeiro de 1862), mais conhecido por Passos Manuel, bacharel formado em Direito, advogado, parlamentar brilhante, ministro em vários ministérios e um dos vultos mais proeminentes das primeiras décadas do liberalismo, encarnando a esquerda do movimento vintista na fase inicial da monarquia constitucional, tendo depois assumido o papel de líder incontestado dos setembristas. Foi seu irmão mais velho, e inseparável aliado na vida política, José da Silva Passos, um também proeminente político da esquerda liberal. Ficou célebre a sua declaração de princípios: A Rainha é o chefe da nação toda. E antes de eu ser de esquerda já era da Pátria. A Pátria é a minha política.

(...)

Quando a notícia do seu falecimento foi sabida em Lisboa, a Câmara dos Deputados, que estava reunida, lançou na acta um voto de sentimento pela morte do grande liberal e, por proposta de José da Silva Mendes Leal, determinou que na sala da biblioteca da câmara, fundada pelo eminente tribuno, se colocasse o seu busto, o qual ali perdura.
Anos depois, os seus conterrâneos do concelho de Bouças, hoje Matosinhos, erigiram-lhe uma estátua na Alameda de Leça. O mesmo lhe fez a cidade de Santarém, em cujo centro está uma estátua de Passos Manuel.
O seu nome é recordado na toponímia de múltiplas localidades, com destaque para a cidade do Porto, que lhe dedica várias estruturas. A Escola Secundária Passos Manuel é a mais antiga de Lisboa.

Konrad Adenauer nasceu há 136 anos

Face de Konrad Adenauer num Marco alemão de 1969

Konrad Adenauer (Colónia, 5 de Janeiro de 1876 - Bad Honnef, 19 de abril de 1967) foi um político alemão cristão-democrata, advogado, prefeito de Colónia e também um dos arquitectos da economia social de mercado. Foi ainda Chanceler da República Federal da Alemanha (1949 - 1963) e Presidente da União Democrata-Cristã (CDU), o partido democrata-cristão.
Primeiro chanceler da Alemanha Ocidental (República Federal da Alemanha) entre 1949 e 1963, logo depois que o país havia sido formado, no fim da Segunda Guerra Mundial.
Nascido em 5 de Janeiro em Colónia, Adenauer estudou em várias universidades até se graduar em direito, foi prefeito de Colônia entre 1917 e 1933 e membro do poder legislativo. Como católico da época, fez oposição ao nazismo e, com o advento de Adolf Hitler ao poder, foi expulso de seu cargo político e obrigado a se aposentar.
Com a iminência do fim da Segunda Guerra Mundial, em 1944, Adenauer foi mandado para um campo de concentração e foi libertado quando as tropas aliadas invadiram a Alemanha.
Em 1945, participou na fundação da União Democrata-Cristã (CDU) e assumiu a presidência da liga na zona de ocupação britânica. Com o estabelecimento da Alemanha ocidental, em 1949, Adenauer assumiu o cargo de primeiro chanceler. Por 14 anos, liderou a coligação entre a União Democrata-Cristã (CDU), o seu partido-irmão da Baviera, União Social Cristã (CSU), e os Democratas Livres, o partido liberal alemão (FDP). Entre 1951 e 1955 também serviu como ministro para assuntos exteriores da Alemanha Ocidental.
Adenauer tinha um grande objetivo: estabelecer a Alemanha Ocidental como uma proteção para conter a expansão dos soviéticos na Europa. Assim, ele promoveu um estreitamento nas relações com os Estados Unidos e se reconciliou com a França. Foi durante o mandato de Adenauer que a Alemanha Ocidental passou a integrar o Organização do Tratado do Atlântico Norte e passou a ser reconhecida como uma nação independente.
Adenauer aposentou-se em 1963, após concluir um tratado - que havia perseguido durante anos - de cooperação com a França e continuou no parlamento até sua morte em 19 de abril de 1967.

Parabéns, D. Juan Carlos I de España!


Juan Carlos I da Espanha (nascido Juan Carlos Alfonso Víctor María de Borbón y Borbón-Dos Sicilias, Roma, 5 de janeiro de 1938) é o atual rei de Espanha. Nasceu na Itália durante o exílio do seu avô, sendo filho de Juan de Borbón y Battenberg e de Maria das Mercedes de Bourbon e Orléans, Princesa das Duas Sicílias. O seu avô Afonso XIII foi Rei de Espanha até 1931, altura em que foi deposto pela Segunda República Espanhola. Por expresso desejo de seu pai, a sua formação fundamental desenvolveu-se em Espanha, onde chegou pela primeira vez aos 10 anos, procedente de Portugal, onde residiam os Condes de Barcelona desde 1946, na vila atlântica do Estoril, e foi aluno interno num colégio dos Marianos da cidade suíça de Friburgo.
Após a morte de Franco, conseguiu fazer a transição pacífica do regime franquista para a democracia parlamentar e, segundo sondagens de opinião, goza de grande popularidade entre os espanhóis. Em 2008 foi considerado o mais popular líder ibero-americano.
 
Juan Carlos nasceu em Roma, onde o rei Afonso XIII e toda a corte espanhola estavam vivendo em consequência da proclamação da Segunda República Espanhola. A sua infância foi inteiramente ocupada pelos interesses políticos do seu pai e do General Francisco Franco. Juan Carlos mudou-se para a Espanha em 1948 a fim de ser educado na terra natal dos seus ancestrais, para tal seu pai teve de convencer Franco a permitir isso.
Juan Carlos iniciou os seus estudos no Instituto San Sebastián e em 1954 terminou o bacharelato no Instituto San Isidro, em Madrid. Desde 1955 estudou nas Academias e Escolas Militares dos três Exércitos, onde adquiriu o grau de Oficial. Nesta etapa realizou a sua viagem de práticas como Guarda da Marinha no navio escola "Juan Sebastián Elcano" e obteve o seu título de piloto militar.

Em 1957, Juan Carlos passou um ano na escola naval de Pontevedra e depois na escola aérea em San Javier. Entre 1960 e 1961 completou sua formação na Universidad Complutense de Madrid, onde cursou Direito Político e Internacional, Economia e Finanças Públicas.
 
A 14 de Maio de 1962 contraiu matrimónio em Atenas com SAR a Princesa Sofia da Grécia, filha dos reis da Grécia de então. Ela era ortodoxa mas, devido ao casamento, converteu-se ao catolicismo romano. Depois das bodas, os príncipes começaram a residir no Palácio da Zarzuela, nos arredores de Madrid.

O regime de Francisco Franco tinha chegado ao poder durante a Guerra Civil Espanhola, que tinha corroído republicanos, anarquistas, socialistas, comunistas e apoiado pelos soviéticos e por Estaline, ditador comunista, e contra os conservadores, monárquicos, nacionalistas e fascistas. Com o último grupo, em última análise emergentes, foram bem sucedidos com o apoio do vizinho Portugal e as grandes potências europeias do Eixo fascista de Itália e a Alemanha Nazi. Apesar da sua aliança com monárquicos, Franco não estava ansioso por restaurar a monarquia deposta, estando ele no poder, preferindo estar à cabeça com um regime próprio como Chefe de Estado para a vida. Apesar dos apoiantes partidários de Franco geralmente aceitarem este regime, muito rapidamente iniciaram um debate sobre quem iria substituir Franco quando ele morresse. As facções monárquicas exigiram a devolução de uma monarquia absoluta de linha dura, e eventualmente Franco concordou que o seu sucessor seria um monarca.
O herdeiro ao trono de Espanha foi Juan de Borbón (Conde de Barcelona), o filho do falecido Afonso XIII. No entanto, Franco via-o com extrema desconfiança, acreditando que ele devesse ser um liberal que se opunha ao seu regime. Franco considerou então dar o trono para o primo Juan Carlos Afonso, Duque de Anjou e de Cádiz. Afonso tinha casado com uma neta de Franco, em 1972 e era conhecido por ser um fervoroso franquista. Em resposta, Juan Carlos começou a utilizar o seu segundo nome Carlos para fazer valer o seu pedido à herança do ramo carlista da sua família.
Em última instância, Franco decidiu ignorar a geração e escolheu como sucessor o príncipe Juan Carlos. Franco esperava que o jovem príncipe poderia ser preparado para assumir a nação, embora continuando a manter a natureza ultra-conservadora do seu regime. Em 1969, Juan Carlos foi oficialmente designado herdeiro e foi dado o novo título de Príncipe de Espanha (e não o tradicional de Príncipe das Astúrias). Como condição de ser chamado como herdeiro aparente, ele teve de jurar fidelidade a Franco e ao Movimiento Nacional, o que fez com pouca hesitação.
Juan Carlos reuniu-se com Franco e consultou-o muitas vezes ao mesmo tempo que o herdeiro aparente, e muitas vezes, realizava funções oficiais e cerimoniais de Estado, a par do ditador, o que provocava a ira dos republicanos moderados e mais liberais, que esperava que traria a morte de Franco, numa era de reforma. Durante esses anos, Juan Carlos apoiou publicamente o regime. No entanto, à medida que os anos progrediam, Juan Carlos começou a reunião com líderes da oposição política e exilados, que foram lutar para levar a reforma liberal do país. Ele também teve conversas secretas com o seu pai pelo telefone. Franco, por seu lado, desconhecia as acções do príncipe e negou as alegações de que Juan Carlos foi, de qualquer forma, desleal à sua visão do regime.
Durante os períodos em que Franco esteve incapaz, temporariamente, em 1974 e 1975, Juan Carlos foi agindo como Chefe de Estado. Perto da morte, em 30 de Outubro de 1975, Franco deu o controlo total a Juan Carlos. Em 22 de Novembro, após o falecimento de Franco, as Cortes Gerais proclamaram Juan Carlos como Rei de Espanha e, em 27 de Novembro, Juan Carlos ascendeu ao trono espanhol numa cerimónia chamada de Unção do Espírito Santo, uma missa que foi o equivalente a uma coroação, na Igreja dos Jerónimos, em Madrid.

Depois da morte do anterior Chefe de Estado, Francisco Franco, Dom Juan Carlos I foi proclamado Rei a 22 de Novembro de 1975, e pronunciou nas Cortes a sua primeira mensagem à nação, na qual expressou as ideias básicas do seu reinado: restabelecer a democracia e ser Rei de todos os espanhóis, sem excepção.
A transição para a democracia, pilotada por uma nova equipe, começou com a Lei da Reforma Política em 1976. Em Maio de 1977, o Conde de Barcelona, seu pai, transmitiu ao Rei os seus direitos dinásticos e a Chefia da Casa Real espanhola, num acto que constatava o cumprimento do papel que pertencia à Coroa no retorno da democracia. Um mês mais tarde, celebraram-se as primeiras eleições democráticas desde 1936, e o novo Parlamento elaborou o texto da actual Constituição, aprovada por referendo a 6 de Dezembro de 1978 e sancionada por Sua Majestade em sessão solene das Cortes Gerais de 27 do mesmo mês. A Constituição estabelece, como forma política do Estado, a monarquia parlamentar, em que o Rei arbitra e modera o funcionamento regular das instituições políticas. Na sua mensagem às Cortes, Dom Juan Carlos proclamou expressamente o seu propósito de aceitá-la e servi-la. Em suma, foi a actuação do Monarca que salvou a Constituição e a democracia na noite de 23 de fevereiro de 1981, quando os demais poderes constitucionais estavam centrados no Parlamento por uma intenção golpista.
Ao longo do seu reinado, visitou oficialmente a quase totalidade dos países do Mundo e os principais organismos internacionais, tanto de carácter universal como regional.


NOTA: outro dia alguém deu-se ao trabalho de comparar os custos da Presidência da República de Portugal com os da Casa Real de Espanha e chegou-se à espantosa conclusão de que, só o atual Presidente, custa mais do que toda a Casa Real espanhola. Infelizmente esqueceram-se de incluir nos custos da Presidência de Portugal os anteriores Presidentes e respetivas fundações, fora as vergonhas que os alguns dos atual e ex-presidentes fizeram passar o país, ao contrário do monarca espanhol, a quem nada se pode apontar (repare-se até que, em Espanha, um genro do Rei pode ser acusado de crimes, enquanto cá para um familiar remoto ou amigo do Presidente ser julgado é preciso quase uma acusação de assassinato  ou pior).

quarta-feira, janeiro 04, 2012

Um bom dia para ouvir rock da pesada alemão


It's The End Of The World (As We Know It...)


Louis Braille nasceu há 203 anos

Louis Braille (Coupvray, 4 de janeiro de 1809 - Paris, 6 de janeiro de 1852), mais raramente Luís Braille, foi o criador do sistema de leitura para cegos que recebeu seu nome, braille.
Louis Braille nasceu em 4 de Janeiro de 1809 em Coupvray, na França, a cerca de 40 quilómetros de Paris. O seu pai, Simon-René Braille, era um fabricante de arreios e selas. Aos três anos, provavelmente ao brincar na oficina do pai, Louis feriu-se no olho esquerdo com uma ferramenta pontiaguda, possivelmente uma sovela. A infecção que se seguiu ao ferimento alastrou-se ao olho direito, provocando a cegueira total.
Na tentativa de que Louis tivesse uma vida o mais normal possível, os pais e o padre da paróquia, Jacques Pallury, matricularam-no na escola local. Louis tinha enorme facilidade em aprender o que ouvia e em determinados anos foi seleccionado como líder da turma. Com 10 anos de idade, Louis ganhou uma bolsa do Institut Royal des Jeunes Aveugles de Paris (Instituto Real de Jovens Cegos de Paris).
O fundador do instituto, Valentin Haüy, foi um dos primeiros a criar um programa para ensinar os cegos a ler. As primeiras experiências de Haüy envolviam a gravação em alto-relevo de letras grandes, em papel grosso. Embora rudimentares, esses esforços lançaram a base para desenvolvimentos posteriores. Apesar de as crianças aprenderem a ler com este sistema, não podiam escrever porque a impressão era feita com letras costuradas no papel.
Louis aprendeu a ler as grandes letras em alto-relevo nos livros da pequena biblioteca de Haüy. Mas também se apercebia que aquele método, além de lento, não era prático. Na ocasião, ele escreveu no seu diário:
"Se os meus olhos não me deixam obter informações sobre homens e eventos, sobre ideias e doutrinas, terei de encontrar uma outra forma."
Em 1821, quando Louis Braille tinha somente 12 anos, Charles Barbier, capitão reformado da artilharia francesa, visitou o instituto onde apresentou um sistema de comunicação chamado de escrita nocturna, também conhecido por Serre e que mais tarde veio a ser chamado de sonografia. Tratava-se de um método de comunicação táctil que usava pontos em relevo dispostos num rectângulo com seis pontos de altura por dois de largura e que tinha aplicações práticas no campo de batalha, quando era necessário ler mensagens sem usar a luz que poderia revelar posições. Assim, era possível trocar ordens e informações de forma silenciosa. Usava-se uma sovela para marcar pontinhos em relevo em papelão, que então podiam ser sentidos no escuro pelos soldados. A escrita nocturna baseava-se numa tabela de trinta e seis quadrados, cada quadrado representando um som básico da linguagem humana. Duas fileiras com até seis pontos cada uma eram gravadas em relevo no papel. O número de pontos na primeira fileira indicava em que linha horizontal da tabela de sons vocálicos se encontrava o som desejado, e o número de pontos na segunda fileira designava o som correto naquela linha. Esta ideia de usar um código para representar palavras em forma fonética foi introduzido no Instituto. Louis Braille dedicou-se de forma entusiástica ao método e passou a efectuar algumas melhorias.
Assim, nos dois anos seguintes, Braille esforçou-se em simplificar o código. Por fim desenvolveu um método eficiente e elegante que se baseava numa célula de apenas três pontos de altura por dois de largura. O sistema apresentado por Barbier, era baseado em 12 pontos, ao passo que o sistema desenvolvido por Braille é mais simples, com apenas 6 pontos. Braille, em seguida, melhorou o seu próprio sistema, incluindo a notação numérica e musical. Em 1824, com apenas 15 anos, Louis Braille terminou o seu sistema de células com seis pontos. Pouco depois, ele mesmo começou a ensinar no instituto e, em 1829, publicou o seu método exclusivo de comunicação que hoje tem o seu nome. Excepto algumas pequenas melhorias, o sistema permanece basicamente o mesmo até hoje.
Apesar de tudo, levou tempo até essa inovação ser aceita. As pessoas com visão não entendiam quão útil o sistema inventado por Braille podia ser, e um dos professores principais da escola chegou a proibir seu uso pelas crianças. Felizmente, tal decisão teve efeito contrário ao desejado, encorajando as crianças a usar o método e a aprendê-lo em segredo. Com o tempo, mesmo as pessoas com visão acabaram por perceber os benefícios do novo sistema. No instituto, o novo código só foi adotado oficialmente em 1854, dois anos após a morte de Braille, provocada pela tuberculose em 6 de Janeiro de 1852, com apenas 43 anos.
Na França, a invenção de Louis Braille foi finalmente reconhecida pelo Estado. Em 1952, seu corpo foi transferido para Paris, onde repousa no Panthéon.

Michael Stipe, o vocalista dos R.E.M., faz hoje 52 anos

John Michael Stipe (born January 4, 1960) is an American singer, lyricist and visual artist. He was the lead vocalist of the alternative rock band R.E.M.
Stipe is noted and occasionally parodied for the "mumbling" style of his early career as well as his social and political activism. He was in charge of R.E.M.'s visual image; often selecting album artwork and directing many of the band's music videos. Outside of the music industry, he runs his own film production companies: C-00 and Single Cell Pictures.


Till Lindemann, o líder e vocalista dos Rammstein faz hoje 49 anos

Till V. Lindemann, (Leipzig, 4 de Janeiro de 1963) é o vocalista da banda alemã Rammstein. Ex-campeão da Europa de natação pela antiga Alemanha Oriental quando jovem, teve que abandonar o desporto devido a um rompimento muscular abdominal (cuja cicatriz pode ser vista no vídeo Live aus Berlin).
Após vários incidentes menos graves como o ocorrido na Treptow Arena, Berlim em 27 de setembro de 1996, e uma bengala em chamas que voou em direção à assistência, felizmente sem causar feridos, Till se dedicou ao estudo de técnicas de pirotecnia e formou-se como pirotecnísta professional, característica que marca os concertos de Rammstein.
Suas características mais marcantes são o timbre grave e seus "R"s enrolados. Mede cerca de 1,90 m. O seu cabelo natural é castanho e os olhos verdes.
Antes de Rammstein, Till trabalhou fazendo cestos quando morou em Schwerin e foi baterista da banda First Arsch.
Em 86, começou a tocar bateria numa banda chamada First Arsch, também conhecida como "First Art": o jogo de palavras talvez para enganar as autoridades. Era uma banda Punk com sede em Schwerin. Fizeram um álbum intitulado "Saddle up". Till também tocou numa banda chamada Feeling B. Uma música chamada "Leid von der unruhevollen Jugend" (Música da juventude que resta) encontra-se no álbum "Hea Hoa Hoa Hoa Hea Hoa Hea" (90). Mais tarde nos anos 90, Lindemann começou a escrever letras, possivelmente baseadas em poemas que começara a escrever.
Till é o vocalista do grupo, embora tenha sido baterista na sua banda anterior. Tem uma poderosa presença em palco. Um dos seus movimentos mais conhecidos é o de bater com o punho na sua perna ao ritmo dos "riffs", da mesma maneira que fazem os ferreiros. Till obteve licença para trabalhar no palco com fogos de artifício, depois de estudar para ter o certificado de pirotecnia. Depois de um acidente na Treptow Arena em Berlin, em 27 de setembro de 1996, em que símbolo da banda - em chamas - caiu do palco sobre o público, o Rammstein passou a manter uma equipe especializada de pirotécnicos, com os quais Lindemann aprendeu. Cada membro da banda é instruído para trabalhar com os adereços pirotécnicos que usam em palco. Na banda ele é o que melhor fala inglês, apesar de ter um sotaque muito forte. Foi quem escreveu a canção "HEIRATE MICH" inspirada em seu pai.


Ich will - Rammstein

Ich will

(Ich will) Ich will dass ihr mir vertraut
(Ich will) Ich will dass ihr mir glaubt
(Ich will) Ich will eure Blicke spüren
(Ich will) Jeden Herzschlag kontrollieren

(Ich will) Ich will eure Stimmen hören
(Ich will) Ich will die Ruhe stören
(Ich will) Ich will dass ihr mich gut seht
(Ich will) Ich will dass ihr mich versteht

(Ich will) Ich will eure Phantasie
(Ich will) Ich will eure Energie
(Ich will) Ich will eure Hände sehen
(Ich will) In Beifall untergehen

Seht ihr mich?
Versteht ihr mich?
Fühlt ihr mich?
Hört ihr mich?

Könnt ihr mich hören?
Wir hören dich
Könnt ihr mich sehen?
Wir sehen dich
Könnt ihr mich fühlen?
Wir fühlen dich
Ich versteh euch nicht

Ich will

Wir wollen dass ihr uns vertraut
Wir wollen dass ihr uns alles glaubt
Wir wollen eure Hände sehen
Wir wollen in Beifall untergehen - ja

Könnt ihr mich hören?
Wir hören dich
Könnt ihr mich sehen?
Wir sehen dich
Könnt ihr mich fühlen?
Wir fühlen dich
Ich versteh euch nicht

Könnt ihr uns hören?
Wir hören euch
Könnt ihr uns sehen?
Wir sehen euch
Könnt ihr uns fühlen?
Wir fühlen euch
Wir verstehen euch nicht

Ich will


I want - Rammstein

I want

I want you to trust me
I want you to believe me
I want to feel your eyes on me
I want to control every heartbeat

I want to hear your voices
I want to disturb the peace
I want you to see me well
I want you to understand me

I want your fantasy
I want your energy
I want to see your hands
I want to go down in applause

Do you see me?
Do you understand me?
Do you feel me?
Do you hear me?
Can you hear me?
(We hear you)
Can you see me?
(We see you)
Can you feel me?
(We feel you)
I don't understand you

I want

We want you to trust us
We want you to believe everything from us
We want to see your hands
We want to go down in applause - yeah

Can you hear me?
(We hear you)
Can you see me?
(We see you)
Can you feel me?
(We feel you)
I can't hear you

Can you hear us?
(We hear you)
Can you see us?
(We see you)
Can you feel us?
(We feel you)
I can't hear you

I want

O teclista dos Mamonas Assassinas nasceu há 44 anos

Júlio Cesar Barbosa, conhecido como Júlio Rasec (Guarulhos, 4 de janeiro de 1968 - Serra da Cantareira, 2 de março de 1996) foi um músico brasileiro, o teclista da banda de pop rock Mamonas Assassinas. O nome Rasec é a inversão de seu nome César.


Isaac Newton nasceu há 369 anos

Sir Isaac Newton (Woolsthorpe-by-Colsterworth, 4 de janeiro de 1643 - Londres, 31 de março de 1727) foi um cientista inglês, mais reconhecido como físico e matemático, embora tenha sido também astrónomo, alquimista, filósofo natural e teólogo.
Sua obra, Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, é considerada uma das mais influentes na história da ciência. Publicada em 1687, esta obra descreve a lei da gravitação universal e as três leis de Newton, que fundamentaram a mecânica clássica.
Ao demonstrar a consistência que havia entre o sistema por si idealizado e as leis de Kepler do movimento dos planetas, foi o primeiro a demonstrar que o movimento de objetos, tanto na Terra como em outros corpos celestes, são governados pelo mesmo conjunto de leis naturais. O poder unificador e profético de suas leis era centrado na revolução científica, no avanço do heliocentrismo e na difundida noção de que a investigação racional pode revelar o funcionamento mais intrínseco da natureza.
Em uma pesquisa promovida pela Royal Society, Newton foi considerado o cientista que causou maior impacto na história da ciência. De personalidade sóbria, fechada e solitária, para ele, a função da ciência era descobrir leis universais e enunciá-las de forma precisa e racional.

NOTA: Newton nasceu em 4 de janeiro de 1643 em Woolsthorpe Manor, embora seu nascimento tivesse sido registado como no dia de Natal, 25 de dezembro de 1642, pois àquela época a Grã-Bretanha usava o calendário juliano. Seu nascimento foi prematuro, não tendo conhecido seu pai, um próspero fazendeiro que também se chamava Isaac Newton e morreu três meses antes de seu nascimento.

O quarto Rei de Portugal morreu há 764 anos

Sancho II de Portugal (cognominado O Capelo por haver usado um enquanto criança; alternativamente conhecido como O Pio ou O Piedoso), quarto rei de Portugal, nasceu em Coimbra em mês e ano incertos, crê-se que em 1210, filho do rei D. Afonso II de Portugal e de D. Urraca de Castela.

Sancho II viria a chefiar um reino que atravessava uma profunda crise económica que já se tinha feito sentir nos tempos do seu avô Sancho I, devido a uma série de factores conjunturais e locais, como as más colheitas e consequente subida de preços e fome, ou a escassez dos frutos de pilhagens e saques a potências inimigas nos últimos anos do seu reinado. Daí que em 1210 tenhamos registo de Sancho I, juntamente com Vasco Mendes, terem recorrido à pilhagem da quintã de um dos seus próprios paisanos, Lourenço Fernandes da Cunha, para enriquecer os cofres reais. Esta acção não parece ter sido isolada, e virá a repetir-se, seguindo o exemplo real.
Neste ano conturbado crê-se ter nascido Sancho II, provavelmente entre os dois últimos meses. O jovem Sancho esteve, pelo menos durante esses primeiros anos do reinado de Afonso, debaixo da tutelagem dos seus vassalos Martim Fernandes de Riba de Vizela e Estevainha Soares da Silva, casal nobre ligado por parentesco aos Sousa e aos de Lanhoso. Martim tinha sido alferes do rei em 1203, posição que manterá até à morte deste, para subir, com Afonso II, ao mordomado, no mesmo ano em que este assume a Coroa. Parece contudo morrer em 1212, deixando Sancho, que não podia ter mais de 2 anos, a cargo de sua mulher Estevainha. Em 1213, através de uma doação feita por Estevainha a um mosteiro, sabemos que o jovem Sancho se encontrava doente. Embora não se saiba ao certo, é provável que Sancho tenha sido criado em Coimbra, na região do Entre Douro e Minho, e que sua ama tenha sido Teresa Martins, filha de Estevainha.
No verão de 1222, Afonso II já não confirma os diplomas por sua mão, uma manifestação inequívoca de incapacidade, e Sancho, o infante herdeiro, estava ainda a um ou dois anos da idade da emancipação. Numa perspectiva destas, o futuro do reino português era, a um ano da coroação de Sancho II, incerto, pelo menos o da linha de Afonso II. Façamos referência ainda a Martim e Pedro Sanches, um o filho bastardo de Sancho I; o outro seu meio-irmão. O primeiro tinha feito uma investida militar contra Braga e Guimarães, desbaratando a hoste real em 1220 e assim dando o exemplo para que, em Junho de 1222, Afonso IX de Leão tomasse o castelo de Santo Estêvão de Chaves, o segundo foi promovido ilimitadamente na corte leonesa aquando da morte do seu irmão Afonso II.
Ambos foram revestidos de tenências de terras muito perto das fronteiras portuguesas, e ambos representaram uma ameaça permanente nesta conjuntura para a sobrevivência independente do então ainda jovem reino português.

D. Sancho II é coroado na Primavera de 1223, seu pai D. Afonso II tendo morrido excomungado por Honório III. Começava já com o pé esquerdo, visto que era filho de um casamento que ia contra a lei canónica - Afonso II e Urraca de Castela - e que era menor, não tendo ainda atingido os catorze anos e possivelmente os treze. H. Fernandes argumenta que o facto de nenhum tutor ter sido seleccionado para participar, assinando, dos documentos saídos da chancelaria de Sancho II durante a sua menoridade, e de se observar a ausência de um ritual de passagem como a investidura na cavalaria que marca a entrada de Afonso VIII na posse real do reino de Leão, viriam a ajudar o argumento a favor da sua deposição.
Outra linha de argumento, utilizada por exemplo por Honório III em correspondência com o monarca, leva em consideração a idade tenra e primeira adolescência de Sancho II e realça o papel corruptor dos seus conselheiros régios. Tornar-se-á um dispositivo recorrente nos discursos sobre Sancho produzidos, muito para além dos primeiros anos do seu reinado. Tanto um artifício como o outro visam desculpabilizá-lo, ou simplesmente fazê-lo sobressair como fraco e incapaz de reinar.
Contrariamente ao que durante muito tempo a historiografia tradicional portuguesa se esforçou por indicar, Sancho II não era um capaz chefe militar, e tampouco participou de forma activa das conquistas que se deram ao longo do Guadiana a partir do ano de 1230. O castelo de Elvas aparenta ter sido tomado "pela graça do salvador", portanto sem a intervenção de Sancho, ocupado quase que por sorte, sem confronto militar. Este padrão repetir-se-á, por exemplo, com Beja.
De certa forma, a reconquista é impulsionada pelo Papa Gregório IX, que, em 1232, concede a Sancho que não pode ser excomungado sem mandado especial da Santa Sé, desde que persista na guerra contra os sarracenos, e que portanto nenhum dos seus bispos o possa excluir da comunidade cristã. Estas absolvições continuaram, vendo-se em Junho de 1233 uma por violências cometidas por Sancho sobre clérigos "com a sua mão e com um bastão".
Embora várias cidades no Algarve e no Alentejo tenham sido conquistadas durante o reinado de Sancho II, este trabalho é protagonizado quase exclusivamente pelas Ordens Militares, como a Ordem de Santiago, que recebeu como pagamento dos serviços prestados diversas povoações, tais como Aljustrel, Sesimbra, Aljafar de Pena, Mértola, Aiamonte e Tavira, facto que porá Sancho cada vez mais dependente delas. Concentra-se em utilizá-las também para povoar as regiões desertas, outra missão pontifícia, doando-lhes terras e castelos à medida que vão conquistando. Foram emitidas, em 1234 e 1241, bulas papais de Cruzada para o reino de Portugal. Em 1241, Sancho casa com Mécia Lopes de Haro.
 A 16 de agosto de 1234, D. Sancho II é excomungado, pelo mesmo comité de juízes pontifícios que lançara o Interdito em 1231, reunido em Ciudad Rodrigo. Era a consequência natural da Bula Si quam horribile do ano anterior. O eterno e cada vez mais omnipotente chanceler de D Sancho, Mestre Vicente, é enviado em missão à Cúria Pontifícia, conseguindo assim minorar os efeitos da excomunhão sobre a autoridade de D Sancho II, prolongando assim o seu reinado.
O isolamento político de Sancho II começa provavelmente em 1232, estando o reino com conturbações internas; Afonso de Castela entra nesse ano pelo Norte do reino em defesa de Sancho II. Resigna também em Roma o bispo de Coimbra, Pedro, aliado de Sancho.
Afonso, irmão mais novo de Sancho, denuncia em 1245 o casamento de Sancho com Mécia. Nesse mesmo ano a Bula Inter alia desiderabilia prepara a deposição de facto do monarca. O papado, através de duas Breves, aconselha Afonso, Conde de Bolonha, a partir para a Terra Santa em Cruzada e também que passe a estar na Hispânia, fazendo aí guerra ao Islão. A 24 de Julho, a Bula Grandi non immerito depõe oficialmente Sancho II do governo do reino, e Afonso torna-se regente. Os fidalgos levantam-se contra Sancho, e Afonso cede a todas as pretensões do clero no Juramento de Paris, uma assembleia de prelados e nobres portugueses, jurando que guardaria todos os privilégios, foros e costumes dos municípios, cavaleiros, peões, religiosos e clérigos seculares do reino. Abdicou imediatamente das suas terras francesas e marchou sobre Portugal, chegando a Lisboa nos últimos dias do ano.
Em 1246, Afonso segura Santarém, Alenquer, Torres Novas, Tomar, Alcobaça e Leiria; Sancho II fortifica-se em Coimbra. A Covilhã e a Guarda ficam nas mãos de Afonso. Sancho II procura a intervenção castelhana na guerra civil, depois da conquista de Jaén. Assim, o infante Afonso de Castela entra em Portugal por Riba-Côa a 20 de Dezembro, tomando a Covilhã e a Guarda e devastando o termo de Leiria, derrotando a 13 de janeiro de 1247 o exército do Conde de Bolonha. Apesar de não ter perdido nenhuma das batalhas contra o seu irmão, Afonso de Castela decide abandonar a empresa, levando consigo para Castela Sancho II, visto que a pressão da Santa Sé aumentava. Embora no Minho continuem partidários de Sancho II e fiquem no terreno as guarnições castelhanas no castelo de Arnoia (seu grande apoiante e anticlerical), o caso encontra-se perdido. Sancho II redige o seu segundo e último testamento enquanto exilado em Toledo a 3 de janeiro de 1248, e morre a 4 desse mesmo mês. Julga-se que os seus restos mortais repousem na catedral de Toledo.
Afonso III declara-se Rei de Portugal em 1248, já após a morte do seu irmão mais velho, Sancho.