Juan Carlos I da Espanha (nascido Juan Carlos Alfonso Víctor María de Borbón y Borbón-Dos Sicilias, Roma, 5 de janeiro de 1938) é o atual rei de Espanha. Nasceu na Itália durante o exílio do seu avô, sendo filho de Juan de Borbón y Battenberg e de Maria das Mercedes de Bourbon e Orléans, Princesa das Duas Sicílias. O seu avô Afonso XIII foi Rei de Espanha até 1931, altura em que foi deposto pela Segunda República Espanhola.
Por expresso desejo de seu pai, a sua formação fundamental
desenvolveu-se em Espanha, onde chegou pela primeira vez aos 10 anos,
procedente de Portugal, onde residiam os Condes de Barcelona desde 1946, na vila atlântica do Estoril, e foi aluno interno num colégio dos Marianos da cidade suíça de Friburgo.
Após a morte de Franco, conseguiu fazer a transição pacífica do regime franquista para a democracia parlamentar e, segundo sondagens de opinião, goza de grande popularidade entre os espanhóis. Em 2008 foi considerado o mais popular líder ibero-americano.
Juan Carlos nasceu em Roma, onde o rei Afonso XIII e toda a corte espanhola estavam vivendo em consequência da proclamação da Segunda República Espanhola. A sua infância foi inteiramente ocupada pelos interesses políticos do seu pai e do General Francisco Franco. Juan Carlos mudou-se para a Espanha em 1948 a fim de ser educado na terra natal dos seus ancestrais, para tal seu pai teve de convencer Franco a permitir isso.
Juan Carlos iniciou os seus estudos no Instituto San Sebastián e em 1954 terminou o bacharelato no Instituto San Isidro, em Madrid. Desde 1955 estudou nas Academias e Escolas Militares dos três Exércitos, onde adquiriu o grau de Oficial. Nesta etapa realizou a sua viagem de práticas como Guarda da Marinha no navio escola "Juan Sebastián Elcano" e obteve o seu título de piloto militar.
Em 1957, Juan Carlos passou um ano na escola naval de Pontevedra e depois na escola aérea em San Javier. Entre 1960 e 1961 completou sua formação na Universidad Complutense de Madrid, onde cursou Direito Político e Internacional, Economia e Finanças Públicas.
Juan Carlos iniciou os seus estudos no Instituto San Sebastián e em 1954 terminou o bacharelato no Instituto San Isidro, em Madrid. Desde 1955 estudou nas Academias e Escolas Militares dos três Exércitos, onde adquiriu o grau de Oficial. Nesta etapa realizou a sua viagem de práticas como Guarda da Marinha no navio escola "Juan Sebastián Elcano" e obteve o seu título de piloto militar.
Em 1957, Juan Carlos passou um ano na escola naval de Pontevedra e depois na escola aérea em San Javier. Entre 1960 e 1961 completou sua formação na Universidad Complutense de Madrid, onde cursou Direito Político e Internacional, Economia e Finanças Públicas.
A 14 de Maio de 1962 contraiu matrimónio em Atenas com SAR a Princesa Sofia da Grécia, filha dos reis da Grécia de então. Ela era ortodoxa mas, devido ao casamento, converteu-se ao catolicismo romano. Depois das bodas, os príncipes começaram a residir no Palácio da Zarzuela, nos arredores de Madrid.
O regime de Francisco Franco tinha chegado ao poder durante a Guerra Civil Espanhola, que tinha corroído republicanos, anarquistas, socialistas, comunistas e apoiado pelos soviéticos e por Estaline, ditador comunista, e contra os conservadores, monárquicos, nacionalistas e fascistas. Com o último grupo, em última análise emergentes, foram bem sucedidos com o apoio do vizinho Portugal e as grandes potências europeias do Eixo fascista de Itália e a Alemanha Nazi. Apesar da sua aliança com monárquicos, Franco não estava ansioso por restaurar a monarquia deposta, estando ele no poder, preferindo estar à cabeça com um regime próprio como Chefe de Estado para a vida. Apesar dos apoiantes partidários de Franco geralmente aceitarem este regime, muito rapidamente iniciaram um debate sobre quem iria substituir Franco quando ele morresse. As facções monárquicas exigiram a devolução de uma monarquia absoluta de linha dura, e eventualmente Franco concordou que o seu sucessor seria um monarca.
O herdeiro ao trono de Espanha foi Juan de Borbón (Conde de Barcelona), o filho do falecido Afonso XIII. No entanto, Franco via-o com extrema desconfiança, acreditando que ele devesse ser um liberal que se opunha ao seu regime. Franco considerou então dar o trono para o primo Juan Carlos Afonso, Duque de Anjou e de Cádiz. Afonso tinha casado com uma neta de Franco, em 1972 e era conhecido por ser um fervoroso franquista. Em resposta, Juan Carlos começou a utilizar o seu segundo nome Carlos para fazer valer o seu pedido à herança do ramo carlista da sua família.
Em última instância, Franco decidiu ignorar a geração e escolheu como sucessor o príncipe Juan Carlos. Franco esperava que o jovem príncipe poderia ser preparado para assumir a nação, embora continuando a manter a natureza ultra-conservadora do seu regime. Em 1969, Juan Carlos foi oficialmente designado herdeiro e foi dado o novo título de Príncipe de Espanha (e não o tradicional de Príncipe das Astúrias). Como condição de ser chamado como herdeiro aparente, ele teve de jurar fidelidade a Franco e ao Movimiento Nacional, o que fez com pouca hesitação.
Juan Carlos reuniu-se com Franco e consultou-o muitas vezes ao mesmo tempo que o herdeiro aparente, e muitas vezes, realizava funções oficiais e cerimoniais de Estado, a par do ditador, o que provocava a ira dos republicanos moderados e mais liberais, que esperava que traria a morte de Franco, numa era de reforma. Durante esses anos, Juan Carlos apoiou publicamente o regime. No entanto, à medida que os anos progrediam, Juan Carlos começou a reunião com líderes da oposição política e exilados, que foram lutar para levar a reforma liberal do país. Ele também teve conversas secretas com o seu pai pelo telefone. Franco, por seu lado, desconhecia as acções do príncipe e negou as alegações de que Juan Carlos foi, de qualquer forma, desleal à sua visão do regime.
Durante os períodos em que Franco esteve incapaz, temporariamente, em 1974 e 1975, Juan Carlos foi agindo como Chefe de Estado. Perto da morte, em 30 de Outubro de 1975, Franco deu o controlo total a Juan Carlos. Em 22 de Novembro, após o falecimento de Franco, as Cortes Gerais proclamaram Juan Carlos como Rei de Espanha e, em 27 de Novembro, Juan Carlos ascendeu ao trono espanhol numa cerimónia chamada de Unção do Espírito Santo, uma missa que foi o equivalente a uma coroação, na Igreja dos Jerónimos, em Madrid.
Depois da morte do anterior Chefe de Estado, Francisco Franco, Dom Juan Carlos I foi proclamado Rei a 22 de Novembro de 1975, e pronunciou nas Cortes a sua primeira mensagem à nação, na qual expressou as ideias básicas do seu reinado: restabelecer a democracia e ser Rei de todos os espanhóis, sem excepção.
A transição para a democracia, pilotada por uma nova equipe, começou com a Lei da Reforma Política em 1976. Em Maio de 1977, o Conde de Barcelona, seu pai, transmitiu ao Rei os seus direitos dinásticos e a Chefia da Casa Real espanhola, num acto que constatava o cumprimento do papel que pertencia à Coroa no retorno da democracia. Um mês mais tarde, celebraram-se as primeiras eleições democráticas desde 1936, e o novo Parlamento elaborou o texto da actual Constituição, aprovada por referendo a 6 de Dezembro de 1978 e sancionada por Sua Majestade em sessão solene das Cortes Gerais de 27 do mesmo mês. A Constituição estabelece, como forma política do Estado, a monarquia parlamentar, em que o Rei arbitra e modera o funcionamento regular das instituições políticas. Na sua mensagem às Cortes, Dom Juan Carlos proclamou expressamente o seu propósito de aceitá-la e servi-la. Em suma, foi a actuação do Monarca que salvou a Constituição e a democracia na noite de 23 de fevereiro de 1981, quando os demais poderes constitucionais estavam centrados no Parlamento por uma intenção golpista.
Ao longo do seu reinado, visitou oficialmente a quase totalidade dos países do Mundo e os principais organismos internacionais, tanto de carácter universal como regional.
in Wikipédia
NOTA: outro dia alguém deu-se ao trabalho de comparar os custos da Presidência da República de Portugal com os da Casa Real de Espanha e chegou-se à espantosa conclusão de que, só o atual Presidente, custa mais do que toda a Casa Real espanhola. Infelizmente esqueceram-se de incluir nos custos da Presidência de Portugal os anteriores Presidentes e respetivas fundações, fora as vergonhas que os alguns dos atual e ex-presidentes fizeram passar o país, ao contrário do monarca espanhol, a quem nada se pode apontar (repare-se até que, em Espanha, um genro do Rei pode ser acusado de crimes, enquanto cá para um familiar remoto ou amigo do Presidente ser julgado é preciso quase uma acusação de assassinato ou pior).
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