domingo, março 27, 2016

Nathan Fillion, o actor que faz o papel de Richard Castle, faz hoje 45 anos!

Nathan Fillion (Edmonton, 27 de março de 1971) é um ator canadiano, conhecido por fazer a série de TV americana Castle, da ABC. O seu primeiro personagem notável na TV americana foi interpretando o Capitão Malcolm Reynolds, na série Firefly (de 2002). Também participou da série One Life to Live (em 2007). Atuou também em Buffy, Caçadora de Vampiros, durante a 7ª temporada, como o vilão Caleb.
Nos cinemas, Nathan atuou em Serenity, filme lançado em 2005 e foi um sequência da série por ele interpretada, Firefly, e atuou, em 2008, no filme Trucker. Fillion fez várias dobragens, interpretando Steve Trevor no filme de animação da Mulher Maravilha e o Lanterna Verde em Green Lantern: Emerald Knights e Justice League: Doom. Em 2013, interpretou o deus grego Hermes em Percy Jackson: Sea of Monsters, segundo filme da série cinematográfica Percy Jackson, que estreou nos cinemas norte-americanos a 7 de agosto de 2013. Venceu, nos anos de 2012 e 2013, como Melhor Ator de Série Dramática no Prémio PCA (People Choice Awards) pela sua atuação como 'Richard Castle', na série Castle; concorria com atores como Patrick Dempsey, Jensen Ackles, Jared Padalecki, Ian Somerhalder e Paul Wesley.
 

sábado, março 26, 2016

Leonard Nimoy, o Mr. Spock de O Caminho das Estrelas, nasceu há 85 anos...!

O seu papel mais conhecido é como Mr. Spock, nas série de TV e nos filmes de O Caminho das Estrelas - Star Trek. Também atuou na série clássica Missão Impossível, nas temporadas de 1969-1971 e fez um episódio da primeira temporada de Agente 86. Nimoy participou num episódio, "O Gorila", da série "Bonanza", dirigido por James P. Yarbrough, a 17 de dezembro de 1960.
Em Star Trek, Spock personificava o raciocínio lógico próprio do seu lado vulcano dominante, sem manifestar emoções. Mas em um dos episódios (This Side of Paradise), Spock tem um rápido namoro quando o seu lado humano se sente libertado. Anos depois Leonard Nimoy gravou uma canção chamada "Once I Smiled" (numa tradução livre: Uma vez eu sorri), cujo tema era a namorada do seu personagem. Spock é até hoje um dos mais conhecidos e adorados personagens de O Caminho das Estrelas e representava o lado lógico do trio formado também por Kirk (William Shatner) e Dr. McCoy (DeForest Kelley). Dirigiu O Caminho das Estrelas: À Procura de Spock e O Caminho das Estrelas: O Regresso a Casa.
Um de seus trabalhos menos conhecidos é a narração do jogo Civilization IV, de 2005.
Nimoy era vegetariano, tinha três filhos e era casado com a atriz Susan Bay. Nos últimos anos retirou-se da carreira no cinema, para se dedicar à fotografia.
Nimoy atuou na Série de TV da Fox, Fringe, em que interpretou "William Bell".
Em 2011, participou no filme Transformers: Dark of the Moon fazendo a voz do autobot "Sentinel Prime", mentor e antecessor de "Optimus Prime". Em 1986, ele dobrou "Galvatron" em The Transformers: The Movie.
O ator informou, no começo de 2014, que estava com uma doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), ocasionada por anos do uso de tabaco. Em 27 de fevereiro de 2015 morreu por complicações decorrentes dessa doença.
Leonard Nimoy caracterizado como o personagem Spock
  
in Wikipédia
 

sexta-feira, março 18, 2016

José Pracana - 70 anos!

Amália Rodrigues e José Pracana, 1971 (imagem daqui)

José Pracana nasceu em Ponta Delgada, S. Miguel, Açores, a 18 de março de 1946.

Em 1964 inicia a sua carreira como amador, no universo do fado, estatuto que manterá até à actualidade. Como guitarrista, acompanhou assiduamente Alfredo Marceneiro, Teresa Tarouca, Maria do Rosário Bettencourt, João Sabrosa, Vicente da Câmara, Manuel de Almeida, Alcindo Carvalho, João Ferreira Rosa, João Braga, Carlos Zel, Carlos Guedes de Amorim, Orlando Duarte, Arminda Alverenaz, entre outros.

Entre 1969 e 1972 dirigiu o Arreda, em Cascais, projecto que abandonou para ingressar na TAP.

Para além da participação em diversificados eventos culturais em Portugal Continental, Açores e Madeira actuou também em Macau, Espanha, França, Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Dinamarca, Hungria, Israel, Tailândia, Zaire, República da África do Sul, Brasil, Argentina, Venezuela, Estados Unidos da América, Canadá e México.

Desde 1968, tem participado em vários programas televisivos desde o Zip-Zip (1969), Curto-Circuito (1970), Um, Dois, Três (1985), Noites de Gala (1987), Piano Bar (1988), Regresso ao Passado (1991) e Zona Mais (1995), entre outros.

Foi autor de duas séries de programas alusivos ao Fado para a RTP: “Vamos aos Fados”, uma série de cinco programas, em 1976; “Silêncio que se vai contar o Fado”, uma outra série de cinco programas em 1992, a convite da RTP Açores.

Colaborou na edição de Um Século de Fado (Ediclube, 1999) e organizou para a EMI/Valentim de Carvalho, a partir dos estúdios da Abbey Road, a remasterização digital de exemplares de 78 RPM para as sucessivas edições da colecção Biografias do Fado (de 1994 a 1998).

Colaborou, entre outros, no projecto Todos os Fados (Visão, abril 2005) e no ano de 2005 recebeu o Prémio Amália Rodrigues, na categoria de Fado Amador.

Desde 2007 realiza no Museu do Fado um ciclo consagrado às memórias do Fado e da Guitarra Portuguesa onde presta homenagem ao tributo artístico de Armando Augusto Freire, Alfredo Marceneiro, José António Sabrosa e Carlos Ramos. É co-autor do programa da RTP “Trovas Antigas, Saudade Louca”.


sábado, março 05, 2016

Eddy Grant - 68 anos

Eddy Grant ou Edmond Montague Grant (Plaisance, 5 de março de 1948) é um músico da Guiana. Muito jovem, seus pais emigraram para o Reino Unido, onde ele se estabeleceu. Em 1968, como guitarrista e compositor do grupo multi-racial The Equals, ele alcançou pela primeira vez o topo das paradas de sucesso, com a canção "Baby Come Back".
Muitas de suas composições têm forte cunho político, especialmente as que escreveu contra o apartheid da África do Sul. Entre essas canções, destaca-se "Gimme Hope Jo'anna" (em que Jo'anna se refere a Joanesburgo), que foi banida pelo regime daquele país.
Dois grandes sucessos seus são "Electric Avenue", e "I Don't Wanna Dance".
Eddy Grant é um dos poucos compositores provenientes da Guiana a alcançar sucesso mundial. Ficou também conhecido pelas suas atividades contra o regime do apartheid na África do Sul. Cantou juntamente com Kurt Darren nos noventa anos de Nelson Mandela (também ele um grande ativista) a canção "Gimme Hope Jo'anna", um dos seus temas mais conhecidos.


Hoje é preciso recordar Ana Achmatova...

(imagem daqui)

Elegia para Ana Achmatova

Foi em 5 de Março, quase no fim deste Inverno.
Com outra luz gostaria de ter entregue o corpo.

Nevoeiro que nos montes se rasgava, despeda-
çado pelas árvores mais altas, herdara de Emily
Dickinson o deslumbrante hálito sonâmbulo e
de Safo o voo apaixonado.

Safo, Emily Dickinson- duas vezes mortas.


in A Raiz Afectuosa (1972) - António Osório

Anna Akhmátova morreu há 50 anos...

Anna Akhmátova (Odessa, 23 de junho de 1889 - Leningrado, 5 de março de 1966) é o pseudónimo de Anna Andreevna Gorenko, uma das mais importantes poetas acmeístas russas.

sexta-feira, março 04, 2016

Poema alusivo à data

(imagem daqui)

Os anos são degraus

Os anos são degraus, a Vida a escada.
Longa ou curta, só Deus pode medi-la.
E a Porta, a grande Porta desejada,
só Deus pode fechá-la,
pode abri-la.

São vários os degraus; alguns sombrios,
outros ao sol, na plena luz dos astros,
com asas de anjos, harpas celestiais.
Alguns, quilhas e mastros
nas mãos dos vendavais.

Mas tudo são degraus; tudo é fugir
à humana condição.
Degrau após degrau,
tudo é lenta ascensão.

Senhor, como é possível a descrença,
imaginar, sequer, que ao fim da Estrada,
se encontre após esta ansiedade imensa
uma porta fechada
e mais nada?


in Asa no Espaço (1955) - Fernanda de Castro

quinta-feira, fevereiro 25, 2016

Renoir nasceu há 175 anos!

Busto de Pierre-Auguste Renoir, no Museu Nacional de Varsóvia, autoria do escultor francês Aristide Maillol

Desde o princípio a sua obra foi influenciada pelo sensualismo e pela elegância do rococó, embora não faltasse um pouco da delicadeza do seu ofício anterior como decorador de porcelana. O seu principal objetivo, como ele próprio afirmava, era conseguir realizar uma obra agradável aos olhos. Apesar da sua técnica ser essencialmente impressionista, Renoir nunca deixou de dar importância à forma - de facto, teve um período de rebeldia diante das obras de seus amigos, no qual se voltou para uma pintura mais figurativa, evidente na longa série Banhistas. Mais tarde retomaria a plenitude da cor e recuperaria a sua pincelada enérgica e ligeira, com motivos que lembram o mestre Ingres, pela sua beleza e sensualidade.
A sua obra de maior impacto é Le Moulin de la Galette, em que conseguiu elaborar uma atmosfera de vivacidade e alegria à sombra refrescante de algumas árvores, aqui e ali intensamente azuis. Percebendo que traço firme e riqueza de colorido eram coisas incompatíveis, Renoir concentrou-se em combinar o que tinha aprendido sobre cor, durante seu período impressionista, com métodos tradicionais de aplicação de tinta. O resultado foi uma série de obras-primas bem ao estilo de Ticiano, assim como de Fragonard e Boucher, a quem ele tanto admirava. Os trabalhos que Renoir incluiu numa mostra individual de 70, organizada pelo marchand Paul Durand-Ruel, foram elogiados, e o seu primeiro reconhecimento oficial veio quando o governo francês comprou Ao Piano, em 1892.

Início
Renoir nasceu em Limoges em 25 de fevereiro de 1841. O seu pai, Léonard, era alfaiate e a sua mãe, Marguerite, costureira. Eram uma família de classe média e, em 1844, mudaram-se para Paris, para tentar uma vida melhor. Renoir estudou até aos 13 anos, depois começou a trabalhar numa fábrica de porcelana dos Irmãos Lévy onde pintava buquês e flores em artigos de porcelana. Ficou na fábrica até aos 17 anos e depois foi trabalhar para M. Gilbert, pintando temas religiosos, vendidos a missionários, e pintou em leques e tecidos que eram mais bem remunerados na época e que lhe permitiram juntar algumas economias.
Em 1862, após juntar dinheiro com o seu trabalho, Renoir realiza seu sonho: aos 21 anos muda-se para Paris e entra para a École des Beaux-Arts de Paris ("Escola de Belas Artes"). Entrou também para o ateliê de Charles Gleyre. Assistindo às aulas no ateliê, além de aperfeiçoar a sua técnica, conquistou a amizade de Alfred Sisley, Monet e Bazille, com quem compartilhou dias de muita conversa e teorização em Paris e de árduo trabalho em Argenteuil, pintando ao ar livre.
Em 1863 Renoir abandonou a École des Beaux-Arts e passou a pintar ao ar livre em Fontainebleau. A sua primeira obra A Esmeralda entrou para o Salão em 1864 e, com ela, Renoir conseguiu um certo sucesso. Porém, após a exposição, Renoir destruiu-a. Em 1865 Renoir e os seus amigos tornaram-se próximos de Monet.
Com a guerra franco-prussiana, os seus amigos pintores dispersaram-se e Renoir passou a hospedar-se constantemente na casa do amigo Jules Le Couer. Foi na casa de Le Couer que Renoir conheceu Lise Trèhot que passou a ser a sua modelo preferida durante um certo tempo. Entre as obras de destaque que Lise posou estão: "Mulher com a sombrinha" (de 1867), "A jovem Cigana" (de 1868) e o seu último quadro como modelo que foi "Mulher com periquito" (de 1871).
Lise com a sombrinha é considerada sua primeira obra de destaque. Lise posou para a tela em Fontainebleau entre as folhagens de uma floresta. Com um vestido todo branco onde poderia apreciar-se os jogos de luz e sombra. A obra era inspirada em Coubert. Apesar do relativo sucesso da obra na ocasião, Renoir atravessava dificuldades financeiras. Em 1869 morava com Lise, de dezanove anos, na casa dos seus pais.
Em 1870 Renoir alistou-se na cavalaria para lutar na guerra franco-prussiana, mas deram-lhe baixa, um ano depois, por causa de uma doença. Neste mesmo ano morreria, na guerra, o seu amigo Bazille.

"Numa manhã um de nós já não tinha preto, e assim nasceu o Impressionismo."
- Renoir

Período Impressionista
Entre 1870 e 1883, Renoir entra no seu período impressionista. Pinta várias paisagens, mas as suas obras são mais caracterizadas por retratar a vida social urbana. No salão de 1872, expôs a ela "Mulheres parisienses vestidas como argelinas" no Salão Oficial, o que lhe conferiu grande sucesso. No ano seguinte, Renoir alugaria um apartamento em Montmartre onde pintou duas obras famosas: "O camarote" e "A bailarina". Em 1873, juntamente com os seus amigos impressionistas, Renoir expôs as suas obras num salão alternativo ao Salão Oficial de Paris, que foi um fracasso. Neste salão alternativo, Renoir vendeu seu quadro "O camarote" por 425 francos.
Em 1875 Renoir vendeu "O passeio" por 1.200 francos. Com o dinheiro ele pode alugar um prédio maior em Montmartre onde ele pintou várias obras. Em 1876 Renoir pintou várias obras famosas: "Nu ao sol", "O balanço" e "Le moulin de la galette". A obra "Le moulin de la galette" foi exposto no terceiro salão alternativo dos impressionistas e trouxe-lhe grande reputação.

Período seco
Em 1881, Renoir passaria a buscar novas inspirações. Primeiro foi à Argélia depois à Itália. Na Itália, Renoir conheceu os grandes centros: Milão, Roma, Veneza, Nápoles. O que mais lhe impressionou na viagem foi ver de perto as obras de Rafael.
A viagem foi uma inspiração para buscar mais consistência em sua obra tentou tornar-se um artista em grande estilo renascentista. As figuras de suas obras tornaram-se mais imponentes e formais, e muitas vezes abordou temas da mitologia clássica. O contorno de seus personagens tornaram-se mais precisos, formas desenhadas com mais rigor e cores mais frias.
Além de Rafael, Renoir foi influenciado pela obra de Ingres, pintor neoclássico, que admirava e defendia em debates com os amigos impressionistas.
Este novo período em sua arte, de 1883 a 1887, ficou conhecido como período seco. Nesta nova fase não houve mais espaço para pintura ao ar livre.
Renoir começaria a realizar estudos do qual surgiria uma de suas grandes obras: "As grandes banhistas" que só ficou pronta em 1887.
  
"Por volta de 1883, eu tinha esgotado o Impressionismo e finalmente chegado à conclusão de que não sabia pintar nem desenhar."
- Renoir

Período Iridescente
Chamada pelo pintor de período iridescente, a partir de 1889 Renoir mudaria novamente de estilo. Era uma fase de recuperação da liberdade da juventude. Em 1890 pintou "Duas meninas colhendo flores" e "No prado". Passou também a pintar muitos nus e retratos (ainda uma das maiores fontes económicas do pintor).
Em 1894 Renoir teve mais um filho, Jean Renoir, que se tornaria um grande cineasta francês cuja maiores obras seriam A grande Ilusão e A Regra do jogo. Em 1901 Renoir e Aline tiveram mais um filho, Claude, alcunhado de Coco.
Em 1903 Renoir, ao piorar da artrite, mudou-se para Cagnes. Passou a retratar Gabrielle, jovem contratada para servir os seus pequenos filhos.
Sentindo cada vez mais dificuldades para segurar os pincéis e acabou tendo que amarrá-los às mãos. Começou também a esculpir, na esperança de poder expressar seu espírito criativo através da modelagem, mas até para isso ele precisou de ajuda, que veio na forma de dois jovens artistas, Richard Gieino e Louis Morel, que trabalhavam segundo suas instruções.
Apesar das graves limitações físicas, Renoir continuou a trabalhar até ao último dia da sua vida. Em 1908 pintou a sua versão para "O julgamento de Paris".
Aline morreu em 1915 e Renoir em 1919, aos 78 anos. Foi sepultado no Essoyes Cimetière, Essoyes, Champanha-Ardenas na França.

Auguste Renoir, Autoportrait, 1876, Fogg Art Museum, Cambridge (Massachusetts)

Alfredo Marceneiro nasceu há 125 anos!

(imagem daqui)

Alfredo Rodrigo Duarte (Lisboa, 25 de fevereiro de 1891 - Lisboa, 26 de junho de 1982) mais conhecido como Alfredo Marceneiro, devido à sua profissão inicial, foi um fadista português que marcou uma época, detentor de uma voz inconfundível tornando-se um marco deste género da canção em Portugal. Embora o bilhete de identidade refira a data acima, o seu nascimento pode ter acontecido, de facto, em 29 de fevereiro de 1888.


Vida
Alfredo Marceneiro nasceu na freguesia de Santa Isabel em Lisboa, e foi-lhe posto o nome de baptismo de Alfredo Rodrigo Duarte.
Era filho de uma família oriunda do Cadaval. Com a morte do pai teve que deixar os estudos. Começou então a trabalhar como aprendiz de encadernador para ajudar o sustento da sua mãe e irmãos.
Desde pequeno, sentia grande atracção para a arte de representar e para a música. Junto com amigos começou a dar os primeiros passos cantando o fado em locais populares começando a ser solicitado pela facilidade que cantava e improvisava a letra das canções.
Um dia, conheceu Júlio Janota, fadista improvisador, de profissão marceneiro que o convenceu a seguir esse ofício que lhe daria mais salário e mais tempo disponível para se dedicar à sua paixão.
Alfredo Marceneiro era um rapaz vaidoso. Andava sempre tão bem vestido que ganhou a alcunha de Alfredo Lulu. Era, também, muito namoradeiro. Apaixonou-se por várias raparigas, chegando a ter filhos com duas delas. As aventuras terminaram quando conheceu Judite, amor que durou até à sua morte e com o qual teve três filhos.
Em 1924, participa no Teatro São Luiz, em Lisboa, na sua primeira Festa do Fado e ganha a medalha de prata num concurso de fados.1
Nos anos 1930, Alfredo Marceneiro trabalhou nos estaleiros da CUF, onde fazia móveis para navios. Dividia o seu tempo entre as canções e o trabalho. A sua presença nas festas organizadas pelos operários era sempre motivo de alegria.
Em 3 de janeiro de 1948, foi consagrado o Rei do Fado no Café Luso.
Reformou-se em 1963, após uma carreira recheada de sucessos, numa grande festa de despedida no Teatro São Luiz.
Dos muitos temas que Alfredo Marceneiro cantou destaca-se a Casa da Mariquinhas, de autoria do jornalista e poeta Silva Tavares.
Faleceu no dia 26 de junho de 1982, com 91 anos, na mesma freguesia que o viu nascer.
No dia 30 de julho de 1984, foi condecorado, a título póstumo, com o grau de Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, pelo então Presidente da República Portuguesa, o General Ramalho Eanes.
 
O álbum The Fabulous Marceneiro (Columbia/Valentim de Carvalho, 1961)  
Alfredo Marceneiro gravou pouco e este álbum de início dos anos 60 é um dos clássicos absolutos do fado. Era um milagre meter Alfredo Marceneiro em estúdio: o fado era quase uma religião que se cantava de noite e com público, onde o guitarrista devia cingir-se a servir a voz e o contador era também um contador da história contida na letra.
A revista Blitz considerou este álbum o décimo-primeiro melhor disco português de sempre.


sexta-feira, fevereiro 19, 2016

O físico e filósofo austríaco Ernst Mach morreu há um século

Ernst Waldfried Josef Wenzel Mach (Brno, 18 de fevereiro de 1838 - Vaterstetten, 19 de fevereiro de 1916) foi um físico e filósofo austríaco.
De 1864 a 1867 foi professor de matemática em Graz. Depois (1867-1895) lecionou física na Universidade de Praga, quando opôs-se à introdução da língua checa como idioma oficial na mesma universidade, alinhando-se entre os partidários do domínio da língua alemã na região. De 1895 a 1901 foi o titular da cadeira de história e teoria da ciência indutiva na Universidade de Viena. Em 1901, após abandonar o ensino, foi nomeado membro da Câmara dos Pares pelo Imperador da Áustria.
As suas obras filosóficas e científicas exerceram profunda influência no pensamento do século XX. Os seus primeiros livros contêm os fundamentos de uma nova teoria filosófica, o empirocriticismo. Defendeu uma concepção positivista: nenhuma proposição das ciências naturais é admissível se não for possível verificá-la empiricamente.

Postulados
Os rigorosos critérios de verificação que utilizou conduziram à eliminação não só dos conceitos metafísicos da física teórica (como éter, substância, espaço e tempo absolutos, etc.), mas também dos conceitos de moléculas e átomos (ou seja, da hipótese que afirmava a existência de um elemento estrutural básico da matéria).
Seguindo a linha de pensamento formulada por David Hume, Mach nega-se a pronunciar-se sobre a natureza da realidade (se psíquica ou física) para permanecer no plano dos fenómenos. Para Mach, todas as afirmações empíricas (incluindo as científicas) poderiam ser reduzidas a afirmações sobre as sensações. O caráter de qualquer lei científica é apenas o descritivo. A escolha entre hipóteses igualmente plausíveis e relativas ao mesmo facto seria uma questão de economia de pensamento. A sua visão positivista foi uma das fontes do positivismo lógico, posteriormente elaborado pelo Círculo de Viena.
Mach esteve profundamente envolvido nas revoluções na física, embora mantendo-se um crítico da nova física, tanto como ele tinha sido da antiga. Tanto Max Planck quanto Albert Einstein o homenagearam por ter sido a pessoa que criou uma cultura de crítica dentro da qual se desenvolveram as ideias deles. No entanto, eles também vieram a criticar o que eles viram como a recusa inflexível de Mach em aceitar essas novas ideias.

A ideia de Mach sobre as medições
Normalmente quando medimos um intervalo acreditamos que realmente estejamos medindo espaço ou tempo. Porém, medição depende de comparação. Isso foi importante para Mach: nós não medimos espaço, apenas comparamos nossas sensações espaciais. Pois toda medida requer o uso de um padrão, e qualquer padrão que nós escolhermos é da mesma natureza do que queremos medir. Quando medimos as dimensões espaciais de um objeto, estamos comparando-o com um padrão aceito. Em última análise, todos os padrões devem ter a sua raiz em comparação fisiológica. Desta forma Mach tenta trazer a física de volta a psicologia. A física é baseada em medições, mas as medidas são em última análise comparações fisiológicas. De acordo com Mach, a física nunca pode escapar de suas origens biológicas.


Um F/A-18 Hornet após ultrapassar a barreira do som (velocidade superior a 1,0 Ma)

O Número de Mach ou velocidade Mach (Ma) é uma medida adimensional de velocidade. É definida como a razão entre a velocidade do objeto e a velocidade do som:
\ M = \frac {{v_o}}{{v_s}}
onde:
\ M é o número Mach
\ v_o é a velocidade média relativa do objeto
\ v_s é a velocidade média do som.
Em outras palavras, a velocidade Mach é quantas vezes o corpo atingiu a velocidade do som.

quinta-feira, fevereiro 18, 2016

A rainha Maria I da Inglaterra nasceu há 500 anos

Maria I (Londres, 18 de fevereiro de 1516Londres, 17 de novembro de 1558) foi a Rainha da Inglaterra e Irlanda de julho de 1553 até à sua morte. A sua perseguição e execução dos protestantes ingleses levou os seus oponentes a lhe darem o epíteto de "Maria Sangrenta".
Foi a única filha do rei Henrique VIII de Inglaterra e da sua primeira esposa Catarina de Aragão a chegar à idade adulta. O seu meio-irmão mais novo, Eduardo VI, sucedeu a Henrique em 1547. Ele tentou retirar Maria da linha de sucessão, por diferenças religiosas, ao descobrir que estava com uma doença terminal. Após a sua morte, Joana Grey, prima em segundo grau dos dois, foi inicialmente proclamada rainha. Maria reuniu uma força em Anglia do Leste e depôs Joana, que acabou sendo decapitada. Ela casou em 1554 com Filipe de Espanha, tornando-se rainha consorte da Espanha na ascensão dele, em 1556.
Como a quarta monarca da Casa de Tudor, Maria é mais lembrada por restaurar o Catolicismo Romano depois do curto reinado protestante de seu meio-irmão. Em seus cinco anos de reinado, ela fez com que mais de 280 dissidentes religiosos fossem queimados. O seu restabelecimento do catolicismo foi revertido após a sua morte pela sua meia-irmã e sucessora, Isabel I.
 Brasão da Rainha Maria I

quarta-feira, fevereiro 17, 2016

O Fantasma faz hoje 80 anos!

O Fantasma é uma tira de jornal do género aventura criada por Lee Falk (também o criador do Mandrake), contando as aventuras de um combatente do crime, mascarado e usando uma roupa característica. O personagem atua num fictício país africano chamado Bangalla. A série começou a ser publicada em jornais diariamente em 17 de fevereiro de 1936, e aos domingos, como edição colorida, em maio de 1939, continuando até 2006. Falk encarregou o desenhista Phil Davis do desenho das suas histórias.
Falk trabalhou na tira até à sua morte em 1999; a tira é atualmente escrita por Tony DePaul e desenhado por Paul Ryan (de segunda-feira a sábado) e Terry Beatty (domingo). Foi desenhada anteriomente por Ray Moore, Wilson McCoy, Bill Lignante, Sy Barry, George Olesen, Keith Williams, Fred Fredericks, Graham Nolan e Eduardo Barreto. Na tira, o Fantasma foi vigésimo primeiro numa linha de combatentes do crime que começou em 1536, quando o pai do marinheiro britânico Christopher Walker foi morto durante um ataque de piratas.
 

segunda-feira, fevereiro 15, 2016

Michael Praetorius morreu há 395 anos

Michael Praetorius (Creuzburg, probably February 15, 1571 – Wolfenbüttel, February 15, 1621) was a German composer, organist, and music theorist. He was one of the most versatile composers of his age, being particularly significant in the development of musical forms based on Protestant hymns, many of which reflect an effort to improve the relationship between Protestants and Catholics.

Name
His family name in German appears in various forms including Schultze, Schulte, Schultheiss, Schulz and Schulteis. Praetorius was the conventional Latinized form of this family name.

Life
He was born Michael Schultze, the youngest son of a Lutheran pastor, in Creuzburg, in present-day Thuringia. After attending school in Torgau and Zerbst, he studied divinity and philosophy at the University of Frankfurt (Oder). He was fluent in a number of languages. After receiving his musical education, from 1587 he served as organist at the Marienkirche in Frankfurt. From 1592/3 he served at the court in Wolfenbüttel, under the employ of Henry Julius, Duke of Brunswick-Lüneburg. He served in the duke's State Orchestra, first as organist and later (from 1604) as Kapellmeister.
His first compositions appeared around 1602/3. Their publication primarily reflects the care for music at the court of Gröningen. The motets of this collection were the first in Germany to make use of the new Italian performance practices; as a result, they established him as a proficient composer.
These "modern" pieces mark the end of his middle creative period. The nine parts of his Musae Sioniae (1605–10) and the 1611 published collections of liturgical music (masses, hymns, magnificats) follow the German Protestant chorale style. With these, at the behest of a circle of orthodox Lutherans, he followed the Duchess Elizabeth, who ruled the duchy in the duke's absence. In place of popular music, one now expected religious music from Praetorius.
When the duke died in 1613 and was succeeded by Frederick Ulrich, Praetorius retained his employment. From 1613 he also worked at the court of John George I, Elector of Saxony at Dresden, where he was responsible for festive music. He was exposed to the latest Italian music, including the polychoral works of the Venetian School. His subsequent development of the form of the chorale concerto, particularly the polychoral variety, resulted directly from his familiarity with the music of such Venetians as Giovanni Gabrieli. The solo-voice, polychoral, and instrumental compositions Praetorius prepared for these events mark the high period of his artistic creativity. Until his death, Praetorius stayed at the court in Dresden, where he was declared Kapellmeister von Haus aus and worked with Heinrich Schütz.
Michael Praetorius died on his 50th birthday, in Wolfenbüttel, Germany and is entombed in a vault beneath the organ of St. Mary's Church there.


Works
Praetorius was a prolific composer; his compositions show the influence of Italian composers and his younger contemporary Heinrich Schütz. His works include the nine volume Musae Sioniae (1605–10), a collection of more than twelve hundred (circa 1244) chorale and song arrangements; many other works for the Lutheran church; and Terpsichore (1612), a compendium of more than 300 instrumental dances, which is both his most widely known work, and his sole surviving secular work.
Many of Praetorius' choral compositions were scored for several mini-choirs situated in several locations in the church for multi-phonic effect, with the conductor standing in the center of the church, visible to all the mini-choirs.
The familiar harmonization of Es ist ein Ros entsprungen (Lo, How a Rose E'er Blooming) was written by Praetorius in 1609.

Musical writings
Praetorius was the greatest musical academic of his day and the Germanic writer of music best known to other 17th-century musicians. Although his original theoretical contributions were relatively few, with nowhere near the long-range impact of other 17th-century German writers, like Johannes Lippius, Christoph Bernhard or Joachim Burmeister, he compiled an encyclopedic record of contemporary musical practices. While Praetorius made some refinements to figured-bass practice and to tuning practice, his importance to scholars of the 17th century derives from his discussions of the normal use of instruments and voices in ensembles, the standard pitch of the time, and the state of modal, metrical, and fugal theory. His meticulous documentation of 17th-century practice was of inestimable value to the early-music revival of the 20th century.
His expansive but incomplete treatise, Syntagma Musicum, appeared in three volumes (with appendix) between 1614 and 1620. The first volume (1614), titled Musicae Artis Analecta, was written mostly in Latin, and regarded the music of the ancients and of the church. The second (De Organographia, 1618) regarded the musical instruments of the day, especially the organ; it was one of the first theoretical treatises written in the vernacular. The third (Termini Musicali, 1618), also in German, regarded the genres of composition and the technical essentials for professional musicians. An appendix to the second volume (Theatrum Instrumentorum seu Sciagraphia, 1620) consisted of 42 beautifully drawn woodcuts, depicting instruments of the early 17th century, all grouped in families and shown to scale. A fourth volume on composition was planned, with the help of Baryphonus, but was left incomplete at his death.
Praetorius wrote in a florid style, replete with long asides, polemics, and word-puzzles – all typical of 17th-century scholarly prose. As a lifelong committed Christian, he often regretted not taking holy orders but did write several theological tracts, which are now lost. As a Lutheran from a militantly Protestant family, he contributed greatly to the development of the vernacular liturgy, but also favored Italian compositional methods, performance practice and figured-bass notation.


quinta-feira, fevereiro 11, 2016

O Senhor Atletismo (do Sporting e de Portugal) faz hoje 95 anos!

Ilustração de Pedro Ribeiro Ferreira (imagem daqui)

Mário Alberto Freire Moniz Pereira (Lisboa, 11 de fevereiro de 1921) é um professor, desportista, atleta, treinador e autor de canções. Foi praticante de andebol, basquetebol, futebol, hóquei em patins, ténis de mesa, voleibol e atletismo.
  
Biografia
Moniz Pereira nasceu a 11 de fevereiro de 1921, em Lisboa.
No atletismo sagrou-se campeão universitário de Portugal de triplo salto e recordista nacional, campeão regional e nacional de salto em altura, triplo e salto em comprimento, em veteranos, e recordista ibérico de salto em comprimento na mesma categoria.
No voleibol é campeão de Lisboa pelo Ginásio Clube de Lisboa, de Portugal pelo Sporting e da I Divisão ao serviço do CDUL. Desempenha funções de técnico nesta modalidade, nomeadamente no Sporting Clube de Portugal, Ginásio Clube de Lisboa, Centro Desportivo Universitário de Lisboa e do Ginásio Clube Português. Ganhou a medalha de bronze na prova de salto em comprimento e triplo salto, no Campeonato Mundial de Veteranos em 1977 (Gotemburgo) e também no triplo salto do Campeonato Europeu de 1982, em Estrasburgo.
É licenciado em Educação Física pelo Instituto Nacional de Educação Física de Lisboa, onde foi professor durante 27 anos. Como técnico de atletismo esteve presente em 12 Jogos Olímpicos, em 13 Campeonatos da Europa e em 21 Campeonatos do Mundo de Crosse.
Mário Moniz Pereira foi um "fazedor de campeões" que projectaram Portugal no desporto mundial, como Carlos Lopes, Fernando Mamede, Domingos Castro e Dionísio Castro.
De 1976 a 1983 foi director do Estádio Nacional e em 1982 presidiu à Comissão de Apoio à Alta Competição. Foi director técnico da Federação Portuguesa de Atletismo, Seleccionador Nacional de Atletismo e de Voleibol, Presidente da Comissão Central de Árbitros de Voleibol e Árbitro Internacional no Campeonato do Mundo de Paris, em 1956.
É sócio honorário da Associação Internacional de Treinadores de Atletismo e foi nomeado Conselheiro da Universidade Técnica de Lisboa em 1985.
Em 2001 recebeu o Emblema de Ouro da Associação Europeia de Atletismo, a mais alta condecoração individual na modalidade. A pista de atletismo do antigo Estádio José Alvalade recebeu o seu nome, em homenagem ao homem que mais contribuiu para o desenvolvimento do atletismo "leonino". Foi vice-presidente do Conselho Directivo do Sporting para as modalidades Amadoras até 2011. É, neste momento, o sócio n.º 2 do Sporting Clube de Portugal.
Moniz Pereira é ainda autor dos livros Manual de Atletismo do Conselho Providencial de Educação Física de Angola (1961) e Carlos Lopes e a Escola Portuguesa do Meio-Fundo (1980) e compositor de 114 temas musicais registados na Sociedade Portuguesa de Autores. Compôs mais de 120 sucessos entre fados e canções, assim como algumas algumas letras, que têm sido interpretados por nomes grandes da panorama musical português, desde Amália Rodrigues, Lucília e Carlos do Carmo, passando por Carlos Ramos, Tony de Matos, Fernando Tordo, João Braga, Camané, Paulo de Carvalho, Maria da Fé, Rodrigo e Maria Armanda.
Em 2002 foi editada uma compilação denominada Moniz Pereira: 40 Anos de Música, onde assina a música na totalidade dos 22 temas e algumas letras, sendo as restantes da autoria de Rosa Lobato Faria, José Carlos Ary dos Santos, Júlio de Sousa, Vasco Lima Couto, João Dias, Emílio Vasco ou Fernando Tordo.
Recebeu o Globo de Ouro 2013 na categoria de Mérito e Excelência.


quarta-feira, fevereiro 10, 2016

Vanessa da Mata - 40 anos!


Vanessa Sigiane da Mata Ferreira (Alto Garças, Mato Grosso - 10 de fevereiro de 1976) é uma cantora e compositora brasileira. Lançou cinco álbuns e um CD/DVD ao vivo, este último gravado em Paraty (Rio de Janeiro). Entre os seus grandes sucessos da sua discografia estão: "Não me deixe só", "Ai, Ai, Ai", "Boa Sorte/Good Luck", "Baú", "Amado", "O Tal Casal" e, mais recentemente, "As Palavras".

Infância e inspiração musical
Vanessa da Mata nasceu em 10 de fevereiro de 1976, em Alto Garças, Mato Grosso, uma pequena cidade a 400 quilômetros de Cuiabá, cercada de rios. É filha de Sebastiana com seu Divinor, uma professora do ensino fundamental e um caminhoneiro que prosperou, tornando-se pecuarista. Possui ascendência, através da avó materna, de índios Xavantes. Ouviu de tudo na infância. De Luiz Gonzaga a Tom Jobim, de Milton Nascimento a Orlando Silva. Ouviu também ritmos regionais, como o carimbó, dos discos trazidos das viagens de um tio à Amazónia. Ouviu samba, música caipira e até música brega italiana, sons que chegavam pelas ondas da rádio AM.

Adolescência: momento de independência
Em 1990, aos 14 anos, Vanessa se mudou para Uberlândia, em Minas Gerais, cidade a mil e duzentos quilómetros de distância de Alto Garças. Foi para lá sozinha, morar em um pensionato: se preparava, então, para prestar vestibular em medicina. Mas já sabia o queria: cantar. Aos 15, começou a se apresentar em bares locais. Em 1992, foi para São Paulo, onde começou a cantar na Shalla-Ball, uma banda feminina de reggae. Três anos depois, com 19 anos, excursionou com a banda jamaicana Black Uhuru. Em seguida, fez parte do grupo de ritmos regionais Mafuá. Neste período, ainda dividia seu tempo entre as carreiras de jogadora de basquete e de modelo.

Vida adulta e começo da fama
Em 1997, com 21 anos, conheceu Chico César: com ele, compôs "A força que nunca seca". A música foi gravada por Maria Bethânia, que a colocou como título de seu disco de 1999. A gravação concorreu ao Grammy Latino e também foi gravada no CD de Chico, "Mama Mundi". O Brasil descobria uma grande compositora. Bethânia voltou a gravar Vanessa: "O Canto de Dona Sinhá" esteve no CD Maricotinha — com participação de Caetano Veloso - e em sua versão ao vivo. Já "Viagem" foi gravada por Daniela Mercury em Sol da Liberdade. Com Ana Carolina compôs "Me Sento na Rua", do CD Ana Rita Joana Iracema e Carolina (2001). A voz e a presença de Vanessa começavam também a chamar atenção. Fez participações em shows de Milton Nascimento, Bethânia e nas últimas apresentações de Baden Powell: estava pronta para estrear em carreira solo.

Sucesso comercial: o primeiro álbum
Em 2002, aos 26 anos, Vanessa lançou o seu primeiro CD, Vanessa da Mata, pela Sony - que teve produção conjunta de Liminha, Jaques Morelenbaum, Luiz Brasil, Dadi e Kassin. Entre os sucessos deste disco estão "Nossa Canção" (da banda sonora da novela Celebridade), "Não me Deixe só" - que fez sucesso nas pistas de dança com o remix de Ramilson Maia - e "Onde Ir" (da banda sonora da novela Esperança).

Essa Boneca Tem Manual e participações
Essa Boneca Tem Manual, foi lançado em 2004 pela Sony e teve produção de Liminha, com quem também dividiu as composições. Além de suas próprias canções - como "Ai, Ai, Ai..." (tema da novela Belíssima), "Ainda Bem" (tema da novela Pé na Jaca) e "Não Chore, Homem" - Vanessa regravou "Eu Sou Neguinha" de Caetano Veloso (versão que integrou a trilha da novela A Lua me Disse) e "História de Uma Gata" de Saltimbancos de Chico Buarque. Com "Ai, Ai, Ai...", música nacional mais executada nas rádios em 2006 e "Música", o álbum chegou a Disco de Platina.

Sim, prémios e parcerias
Sim, o terceiro disco, lançado em 28 de maio de 2007, foi produzido por Mario Caldato e Kassin. O álbum foi gravado entre a Jamaica e o Brasil. Das 13 faixas, cinco têm a participação de Sly & Robbie, dois ícones da música jamaicana. Sim é definido, pelo seu título, como "uma resposta positiva à vida, uma resposta de luta". E conta com participações de Ben Harper, João Donato, Wilson das Neves, Don Chacal e um time da nova geração da música brasileira, como o baterista Pupillo (Nação Zumbi) e os guitarristas Fernando Catatau (Cidadão Instigado), Pedro Sá e Davi Moraes, entre outros. O ano de 2007 também foi marcado pela união de Vanessa e o cantor internacional Ben Harper, com o lançamento de Boa Sorte/Good Luck, que foi um dos grandes sucessos da cantora. A música foi lançada, a princípio nas rádios, com sua versão original e depois com sua versão Remix, que garantiu a autenticidade da cantora. Para o mercado internacional, ainda foram lançadas três versões em língua inglesa dos três primeiros singles do álbum: "Loved" (Amado), "Red" (Vermelho) e "Good Luck" (Boa Sorte/Good Luck).
Para promover o álbum, Vanessa embarcou na turnê "Jardim de Perfumes de Sim", que rendeu o DVD e CD ao vivo Vanessa da Mata (Multishow ao Vivo).
Em 2008, a música Amado, do mesmo álbum, foi o tema principal da novela da Rede Globo, A Favorita. No mesmo ano, recebe uma nomeação para o Grammy Latino, o prémio mais importante do meio musical, sendo em uma categoria: Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro por Sim - que ganhou o prémio. Já em maio de 2009, Vanessa lançou um álbum ao vivo em comemoração ao seus 6 anos de sucesso, o CD/DVD "Multishow ao Vivo Vanessa da Mata". Sendo assim, para promover o álbum, a canção "Vermelho" foi lançada nas rádios.
Em maio do mesmo ano, Vanessa participou do programa Estúdio Coca-Cola, veiculado pela MTV, em uma parceria com a banda Charlie Brown Jr..

Bicicletas, Bolos e Outras Alegrias e participações
"O Tal Casal" é o primeiro single do novo álbum de Vanessa da Mata, Bicicletas, Bolos e Outras Alegrias, lançado em 13 de outubro de 2010. O quarto álbum de estúdio traz 12 músicas inéditas, todas elas autorais, dentre as quais se destacam "Te Amo", "As Palavras" (que fez parte da trilha da novela Morde & Assopra) e "Quando Amanhecer", parceria de Vanessa com Gilberto Gil. Em 2011, Vanessa gravou em colaboração com Seu Jorge e Almaz a música "Boa Reza" (composta por Vanessa), para o mais recente álbum da organização Red Hot, o Red Hot+Rio 2. A coletânea, lançada em 28 de junho de 2011, faz parte de uma da linha de álbuns beneficentes, e é o segundo inspirado na música brasileira (o primeiro foi o "Red Hot + Rio", de 1996), sendo uma homenagem à Tropicália. As vendas são revertidas para campanhas de consciencialização para o combate à SIDA/HIV e outras questões sociais relacionadas a saúde. No Carnaval de 2012, Vanessa foi convidada pela escola de samba Portela a representar a cantora Clara Nunes na avenida, no seu desfile em homenagem à Bahia. Vanessa veio para o Sambódromo da Marquês de Sapucaí como destaque num carro alegórico, vestida com uma roupa réplica da que Clara usou em musical apresentado no "Fantástico" de 1977, e com uma tiara usada pela cantora no disco "Clara Guerreira".

Turnê Viva Tom, o álbum-tributo e novos singles
Foi confirmado em fevereiro de 2013 que Vanessa está envolvida no projeto "Nívea Viva Tom", homenageando Tom Jobim. Originalmente, a cantora fez uma mini-turnê por seis capitais do Brasil fazendo shows gratuitos entre abril e junho do mesmo ano.
Em junho de 2013, a cantora confirmou o lançamento de um disco para o mês de julho do mesmo ano, servindo de tributo a Tom. A fim de promover o disco, foi lançado o single "Fotografia". No mesmo mês, a cantora confirmou que irá prosseguir com a tour por mais algumas cidades. Este novo roteiro inclui cidades já visitadas, como Recife e Salvador, e inclui outras que ficaram de fora do roteiro original, como Fortaleza, Goiânia e Uberlândia.
Em 4 de julho de 2013 é lançado o álbum "Vanessa da Mata canta Tom Jobim", com 16 das 23 músicas cantadas durante a turnê.

O livro e Segue o Som
No último semestre de 2013, Vanessa confirmou o lançamento de seu primeiro livro, "A Filha das Flores" para outubro do mesmo ano no Brasil e em Portugal.
Em 13 de novembro, a cantora confirmou em seu Facebook oficial, o lançamento do seu sexto álbum em estúdio, que estava pronto desde dezembro de 2012 (e que não fora lançado até o momento devido ao convite para a realização da turnê Viva Tom Jobim). A cantora ainda aproveitou a oportunidade para afirmar que lançaria o novo álbum em meados de 2014.
Em 21 de novembro de 2013, a cantora realizou outra postagem em sua rede social oficial e disse que o último show da turnê Viva Tom aconteceria no dia 29 daquele mesmo mês, para que Vanessa pudesse descansar e preparar o lançamento do seu novo projeto.
Em 24 de janeiro de 2014, a cantora confirmou o lançamento de seu novo disco, intitulado Segue o Som durante o ano. O primeiro single do disco, também intitulado 'Segue o Som' foi lançado no dia 28 daquele mesmo mês e o CD foi lançado no final de março.
No dia 25 de abril de 2014, a Vanessa fez o primeiro show da turnê "Segue o Som" no circo voador, Rio de Janeiro.
No final de setembro de 2014, a cantora recebe nomeações pelo seu disco Segue o Som e pela canção de mesmo nome nos Grammys Latinos, após 3 anos sem nenhuma nomeação. O disco concorreu na categoria Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro e a canção na categoria Melhor Canção Brasileira. Segue o Som também foi a música brasileira mais executada nas rádios durante 2014.

Vida privada
Vanessa prefere falar de sua vida profissional e não da pessoal. Ela foi casada com o ator Gero Pestalozzi, com quem ela adotou três crianças: Filipe, Micael e Bianca.