quarta-feira, agosto 28, 2013

Sterling Morrison, dos The Velvet Underground, nasceu há 71 anos

Holmes Sterling Morrison, Jr. (East Meadow, 28 de agosto de 1942Poughkeepsie, 30 de agosto de 1995) foi um dos fundadores e membro da banda de rock The Velvet Underground, onde tocava guitarra e, ocasionalmente, baixo.

Morrison formou-se em Inglês na Universidade de Siracusa e lá conheceu Lou Reed, um estudante bolsista de Inglês. Embora os dois estudassem juntos, eles separaram-se depois de Morrison terminar os seus estudos e Reed se formar em 1964, voltando a encontrar-se em Nova York, em 1965. Nessa época, Reed conheceu John Cale que estava interessado em começar uma banda, então, quando encontrou Morrison, convidou-o para participar.
Morrison tocou principalmente guitarra na banda, nos dois primeiros álbuns, embora quando Cale - baixista oficial da banda - tocava violão ou teclados, Morrison frequentemente tocasse baixo. Outras músicas, no entanto, (incluindo "Heroin" e "Sister Ray") têm Reed e Morrison na guitarra, enquanto Cale tocou viola ou órgão. Embora Morrison tenha sido elogiado algumas vezes como baixista (em faixas como "Sunday Morning" e "Lady Godiva's Operation"), ele não gostava de tocar esse instrumento.
Após o terminus da banda, Morrison continuou a colaborar com os demais membros tendo participado de álbuns de John Cale, Moe Tucker e Nico.
Em 1994, Morrison tocou em duas faixas ("Friendly Advice" e "Great Jones Street") do álbum Bewitched da banda de dream pop e indie rock Luna.
Morreu de um Linfoma não-Hodgkin (LNH), que é uma neoplasia maligna que se origina nos gânglios linfáticos (que são muito importantes no combate a infecções), apenas dois dias depois de fazer 53 anos.


Há 532 anos morreu El-Rei D. Afonso V e sucedeu-lhe D. João II (O Príncipe Perfeito)

D. Afonso V de Portugal, (Sintra, 15 de janeiro de 1432 - Sintra, 28 de agosto de 1481), foi o décimo-segundo Rei de Portugal, cognominado o Africano pelas conquistas no Norte de África. Filho do rei D. Duarte, sucedeu-lhe em 1438 com apenas seis anos. Por ordem paterna a regência foi atribuída a sua mãe, D. Leonor de Aragão mas passaria para o seu tio D. Pedro, Duque de Coimbra, que procurou concentrar o poder no rei em detrimento da aristocracia e concluiu uma revisão na legislação conhecida como Ordenações Afonsinas. Em 1448 D. Afonso V assumiu o governo, anulando os editais aprovados durante a regência. Com o apoio do tio homónimo D. Afonso I, Duque de Bragança, declarou o tio D. Pedro inimigo do reino, derrotando-o na batalha de Alfarrobeira. Concentrou-se então na expansão no norte de África, onde conquistou Alcácer Ceguer, Anafé, Arzila, Tânger e Larache. Concedeu o monopólio do comércio na Guiné a Fernão Gomes, com a condição de este explorar a costa, o que o levaria em 1471 à Mina, onde descobriu um florescente comércio de ouro cujos lucros auxiliaram o rei na conquista. Em 1475, na sequência de uma crise dinástica, D. Afonso V casou com a sobrinha, D. Joana de Trastâmara, assumindo estes pretensões ao trono de Castela, que invadiu. Após não obter uma clara vitória na batalha de Toro, com sintomas de depressão, D. Afonso abdicou para o filho, D. João II de Portugal, falecendo em 1481.

(...)

No desenvolvimento da Guerra da Beltraneja assinou com os Reis Católicos o Tratado das Alcáçovas-Toledo, inicialmente na vila portuguesa de Alcáçovas, no Alentejo, a 4 de setembro de 1479, colocando fim à Guerra de Sucessão de Castela (1479-1480) e posteriormente ratificado na cidade castelhana de Toledo, a 6 de março de 1480. Além de formalizar o fim das hostilidades (pelo qual Joana e seu tio e marido Afonso V de Portugal, desistiam para sempre das suas pretensões ao trono de Castela), o Tratado continha cláusulas concernentes à política de projeção externa de ambos os países, num momento em que os dois reinos competiam pelo domínio do Oceano Atlântico e das terras até então descobertas na costa africana: Portugal obtinha o reconhecimento do seu domínio sobre a ilha da Madeira, o arquipélago dos Açores, o de Cabo Verde e a costa da Guiné, enquanto que Castela recebia as ilhas Canárias (exploradas por Diego Garcia de Herrera em 1476), renunciando a navegar ao Sul do cabo Bojador, ou seja, do Paralelo 27 no qual se encontravam as próprias ilhas. Regulamentava também as áreas de influência e de expansão de ambas as coroas pelo Reino Oatácida de Fez, no Norte de África.
Desiludido e com sintomas de depressão, D. Afonso retira-se para o convento de Varatojo em Torres-Vedras e abdica para o filho D. João, futuro D. João II de Portugal. Tendo-se retirado da vida política, morre em 1481 aquando da sua chegada a Sintra. A descrição da sua morte é a de que pediu, e lhe deram, um copo de água, e que morreu de seguida.


Há 50 anos, Martin Luther King mostrou ser um profeta ao dizer I Have a Dream

"Eu Tenho um Sonho" (em inglês: I Have a Dream) é o nome popular dado ao histórico discurso público feito pelo ativista político dos Estados Unidos da América, Martin Luther King, no qual falava da necessidade de união e coexistência harmoniosa entre negros e brancos no futuro. O discurso, realizado no dia 28 de agosto de 1963, nos degraus do Lincoln Memorial em Washington, D.C., como parte da Marcha de Washington por Empregos e Liberdade, foi um momento decisivo na história do Movimento Americano pelos Direitos Civis. Feito em frente a uma plateia de mais de duzentas mil pessoas que apoiavam a causa, o discurso é considerado um dos maiores na história e foi eleito o melhor discurso dos Estados Unidos da América do século XX numa pesquisa feita no ano de 1999. De acordo com o congressista John Lewis, que também fez um discurso naquele mesmo dia como presidente do Comité Estudantil da Não-Violência, "o Dr. King tinha o poder, a habilidade e a capacidade de transformar aqueles degraus no Lincoln Memorial em um púlpito moderno. Falando da maneira que fez, ele conseguiu educar, inspirar e informar [não apenas] as pessoas que ali estavam, mas também pessoas em todo os EUA e outras gerações que nem sequer haviam nascido."

A Marcha de Washington colocou mais pressão na administração do então presidente John F. Kennedy para que as questões de direitos civis fossem levadas até o Congresso, mas com o assassinato do presidente Kennedy, mais tarde, naquele mesmo ano, foi o seu sucessor, Lyndon B. Johnson, conseguiu fazer com que o Civil Rights Act of 1964 (Ato de Direitos Civis de 1964) fosse aprovado pelo Congresso, seguido do 1965 Voting Rights Act (Ato de Direitos do Voto de 1965).
No acordar do seu discurso e da Marcha de Washington, King foi nomeado o Homem do Ano de 1963 pela revista Time. E mais tarde, em 1964, King tornou-se a pessoa mais nova a receber um prémio Nobel da Paz.


"I have a dream speech"

I am happy to join with you today in what will go down in history as the greatest demonstration for freedom in the history of our nation.

Five score years ago, a great American, in whose symbolic shadow we stand, signed the Emancipation Proclamation. This momentous decree came as a great beacon light of hope to millions of Negro slaves who had been seared in the flames of withering injustice. It came as a joyous daybreak to end the long night of captivity.

But 100 years later, we must face the tragic fact that the Negro is still not free. One hundred years later, the life of the Negro is still sadly crippled by the manacles of segregation and the chains of discrimination. One hundred years later, the Negro lives on a lonely island of poverty in the midst of a vast ocean of material prosperity. One hundred years later, the Negro is still languishing in the corners of American society and finds himself an exile in his own land.

And so we've come here today to dramatize an appalling condition. In a sense we've come to our nation's capital to cash a cheque. When the architects of our republic wrote the magnificent words of the Constitution and the Declaration of Independence, they were signing a promissory note to which every American was to fall heir. This note was a promise that all men would be guaranteed the inalienable rights of "Life, Liberty, and the pursuit of Happiness."

It is obvious today that America has defaulted on this promissory note insofar as her citizens of colour are concerned. Instead of honouring this sacred obligation, America has given the Negro people a bad cheque which has come back marked "insufficient funds." But we refuse to believe that the bank of justice is bankrupt. We refuse to believe that there are insufficient funds in the great vaults of opportunity of this nation. So we've come to cash this cheque - a cheque that will give us upon demand the riches of freedom and the security of justice.

We have also come to this hallowed spot to remind America of the fierce urgency of now. This is no time to engage in the luxury of cooling off or to take the tranquilizing drug of gradualism. Now is the time to rise from the dark and desolate valley of segregation to the sunlit path of racial justice. Now is the time to lift our nation from the quicksands of racial injustice to the solid rock of brotherhood. Now is the time to make justice a reality for all of God's children.

It would be fatal for the nation to overlook the urgency of the moment. This sweltering summer of the Negro's legitimate discontent will not pass until there is an invigorating autumn of freedom and equality. 1963 is not an end, but a beginning. Those who hope that the Negro needed to blow off steam and will now be content will have a rude awakening if the nation returns to business as usual.

There will be neither rest nor tranquillity in America until the Negro is granted his citizenship rights. The whirlwinds of revolt will continue to shake the foundations of our nation until the bright day of justice emerges.

But there is something that I must say to my people, who stand on the warm threshold which leads into the palace of justice: in the process of gaining our rightful place we must not be guilty of wrongful deeds. Let us not seek to satisfy our thirst for freedom by drinking from the cup of bitterness and hatred. We must forever conduct our struggle on the high plane of dignity and discipline. We must not allow our creative protest to degenerate into physical violence. Again and again we must rise to the majestic heights of meeting physical force with soul force.

The marvellous new militancy which has engulfed the Negro community must not lead us to distrust of all white people, for many of our white brothers, as evidenced by their presence here today, have come to realize that their destiny is tied up with our destiny. They have come to realise that their freedom is inextricably bound to our freedom. We cannot walk alone. And as we walk, we must make the pledge that we shall march ahead. We cannot turn back.

There are those who are asking the devotees of civil rights: "When will you be satisfied?" We can never be satisfied as long as the Negro is the victim of the unspeakable horrors of police brutality. We can never be satisfied as long as our bodies, heavy with the fatigue of travel, cannot gain lodging in the motels of the highways and the hotels of the cities. We cannot be satisfied as long as the Negro's basic mobility is from a smaller ghetto to a larger one. We can never be satisfied as long as our children are stripped of their selfhood and robbed of their dignity by signs stating "For Whites Only". We cannot be satisfied and we will not be satisfied as long as a Negro in Mississippi cannot vote and a Negro in New York believes he has nothing for which to vote. No, no, we are not satisfied, and we will not be satisfied until justice rolls down like waters and righteousness like a mighty stream.

I am not unmindful that some of you have come here out of great trials and tribulations. Some of you have come fresh from narrow jail cells. Some of you have come from areas where your quest for freedom left you battered by the storms of persecution and staggered by the winds of police brutality. You have been the veterans of creative suffering. Continue to work with the faith that unearned suffering is redemptive.

Go back to Mississippi, go back to Alabama, go back to Georgia, go back to Louisiana, go back to the slums and ghettos of our northern cities, knowing that somehow this situation can and will be changed.

Let us not wallow in the valley of despair. I say to you today, my friends, that in spite of the difficulties and frustrations of the moment, I still have a dream. It is a dream deeply rooted in the American dream.

I have a dream that one day this nation will rise up and live out the true meaning of its creed - we hold these truths to be self-evident: that all men are created equal.

I have a dream that one day on the red hills of Georgia the sons of former slaves and the sons of former slave-owners will be able to sit down together at a table of brotherhood.

I have a dream that one day even the state of Mississippi, a desert state, sweltering with the heat of injustice and oppression, will be transformed into an oasis of freedom and justice.

I have a dream that my four little children will one day live in a nation where they will not be judged by the colour of their skin but by the content of their character.

I have a dream today!

I have a dream that one day, down in Alabama, with its vicious racists, with its governor having his lips dripping with the words of interposition and nullification; one day right there in Alabama little black boys and little black girls will be able to join hands with little white boys and white girls as sisters and brothers.

I have a dream today!

I have a dream that one day every valley shall be exalted, every hill and mountain shall be made low, the rough places will be made plain, and the crooked places will be made straight, and the glory of the Lord shall be revealed, and all flesh shall see it together.

This is our hope. This is the faith that I will go back to the South with. With this faith we will be able to hew out of the mountain of despair a stone of hope.

With this faith we will be able to transform the jangling discords of our nation into a beautiful symphony of brotherhood. With this faith we will be able to work together, to pray together, to struggle together, to go to jail together, to stand up for freedom together, knowing that we will be free one day.

This will be the day, this will be the day when all of God's children will be able to sing with a new meaning: "My country, 'tis of thee, sweet land of liberty, of thee I sing. Land where my fathers died, land of the pilgrim's pride, from every mountainside, let freedom ring." And if America is to be a great nation, this must become true.

And so let freedom ring from the prodigious hilltops of New Hampshire.
Let freedom ring from the mighty mountains of New York.
Let freedom ring from the heightening Alleghenies of Pennsylvania!
Let freedom ring from the snow-capped Rockies of Colorado.
Let freedom ring from the curvaceous peaks of California.
But not only that.
Let freedom ring from Stone Mountain of Georgia.
Let freedom ring from Lookout Mountain of Tennessee.
Let freedom ring from every hill and every molehill of Mississippi, from every mountainside, let freedom ring!

And when this happens, when we allow freedom to ring, when we let it ring from every village and every hamlet, from every state and every city, we will be able to speed up that day when all of God's children, black men and white men, Jews and Gentiles, Protestants and Catholics, will be able to join hands and sing in the words of the old Negro spiritual: "Free at last! Free at last! thank God Almighty, we are free at last!"

terça-feira, agosto 27, 2013

O Imperador Hailé Selassié morreu, estranhamente, há 38 anos

Haile Selassie (também grafado Hailé Selassié, significando "Poder da Trindade"; Ejersa Goro, 23 de julho de 1892Adis Abeba, 27 de agosto de 1975), nascido Tafari Makonnen e posteriormente conhecido como Ras Tafari, foi regente da Etiópia de 1916 a 1930 e imperador daquele país de 1930 a 1974. Herdeiro duma dinastia cujas origens remontam historicamente ao século XIII e, tradicionalmente, até ao Rei Salomão e à Rainha de Sabá, Haile Selassie é uma figura crucial na história da Etiópia e da África.
É considerado o símbolo religioso do Deus encarnado, entre os adeptos do movimento rastafári, que conta com aproximadamente 800.000 seguidores atualmente. Os rastafáris também o chamam de H.I.M., sigla em inglês para "Sua Majestade Imperial" (His Imperial Majesty), Jah, Ras Tafari e Jah Rastafari.
Durante o seu governo, a repressão a diversas rebeliões entre as raças que compõem a Etiópia, além daquele que é considerado como o fracasso do país em se modernizar adequadamente, rendeu-lhe críticas de muitos contemporâneos e historiadores.
O seu protesto na Liga de Nações, em 1936, contra o uso de armas químicas contra o seu povo por parte da Itália, foi não só um prenúncio do conflito mundial que se seguiria, mas também representou o advento do que se chamou de "refinamento tecnológico da barbárie", característica que veio a marcar as guerras do período.
Selassie era um orador talentoso, e alguns de seus discursos foram considerados entre os mais memoráveis do século XX. As suas visões internacionalistas levaram a Etiópia a tornar-se membro oficial das Nações Unidas e a sua experiência e pensamento político ao promover o multilateralismo e a segurança coletiva provaram ser relevantes até aos dias de hoje.
 
(...)
 
O país enfrentou anos difíceis no início da década de 1970. A grande fome de 1972–1973 agravou a contestação ao governo imperial, somando-se aos problemas políticos e à corrupção.
Em 12 de janeiro de 1974 registou-se uma rebelião militar contra Selassie. Em junho, um grupo de cerca de 120 comandantes militares, formalmente fiéis ao imperador, formou um comité para exercer o governo. Em 27 de setembro Selassie foi deposto por um golpe militar de inspiração marxista, que instituiu um Conselho Provisório de Administração Militar. Preso pelo novo governo, Selassié veio a falecer em 27 de agosto de 1975, oficialmente por complicações decorrentes de uma operação da próstata. Essa versão é contestada por seus apoiantes e familiares, que entendem que o ex-imperador foi assassinado em sua cama.
Em 1991, após a queda de Mengistu Haile Mariam, foi revelado que os restos mortais de Selassié tinham sido conservados na cave do palácio presidencial. Finalmente, em 5 de novembro de 2000, receberam um funeral da Igreja Ortodoxa Etíope digno, sendo sepultados. A família do cantor Bob Marley esteve presente na cerimónia.
É reconhecida a influência que Haile Selassie teve sobre os movimentos de direitos humanos de defesa dos negros, em especial em lideranças do movimento negro, como Martin Luther King e Nelson Mandela. Além disso, Selassie é encarado como um Messias por parte de um movimento religioso de origem jamaicana, o rastafarianismo, que crê que Haile Selassie vive, conduzirá os negros de volta à África, e é Deus Vivo.
 

Lester Young nasceu há 104 anos

Lester Young, (Lester Willis Young) (Woodville, Mississippi, 27 de agosto de 1909 - Nova Iorque, 15 de março de 1959) foi um saxofonista-tenor norte-americano.
Lester, cuja alcunha era "Prez", cresceu numa família família de músicos de relevo. O seu irmão, Lee Young foi um baterista notável e vários dos outros membros da família eram músicos profissionais. A família mudou-se para Nova Orleães, Luisiana, quando Lester era ainda uma criança. O pai ensinou-lhe a tocar trompete, violino e bateria, além de saxofone. Saiu da banda familiar em 1927 porque se recusou a ir em tournée pelo Sul dos Estados Unidos, onde as leis de Jim Crow (de segregação racial) estavam em vigor.
Tornou-se proeminente nos anos 30, tocando num estilo relaxado que contrastava vivamente com a abordagem agressiva de Coleman Hawkins, o saxofonista-tenor mais importante da época. Com efeito, quando Young saiu da banda de Count Basie para substituit Hawkins na banda de Fletcher Henderson, o seu estilo aborreceu tanto os fãs de Henderson que rapidamente saiu para ir tocar com Andy Kirk. Mais tarde regressou à banda de Basie.
Visto que o jazz já tinha um "rei do swing" com Benny Goodman, um "duque" com Duke Ellington, e um "conde" com Count Basie, Lester Young ficou conhecido como Pres ou Prez (diminutivo de "presidente"), nome que lhe foi dado por Billie Holiday. Ele devolveu o favor chamando à cantora "Lady Day".
Young virou-se para o bebop nos anos 40. No entanto, depois da Segunda Guerra Mundial começou a sofrer de problemas mentais e alcoolismo, em geral atribuídos a maus-tratos racistas que teria recebido durante a guerra no exército americano, onde era frequente não ser autorizado a tocar o seu saxofone. Apesar disso, manteve uma grande qualidade na interpretação. É geralmente considerado um dos maiores músicos de jazz de todos os tempos.


Cesária Évora, a diva dos pés descalços, nasceu há 72 anos

Cesária Évora (Mindelo, 27 de agosto de 1941 - Mindelo, 17 de dezembro de 2011) foi a cantora de maior reconhecimento internacional de toda história da música popular cabo-verdiana. Apesar de ser sucedida em diversos outros géneros musicais, Cesária Évora foi maioritariamente relacionada com a morna, por isso também foi por vezes apelidada "rainha da morna". Era conhecida como a diva dos pés descalços.


Ticiano morreu há 437 anos

 Ticiano, Autorretrato (1567)

Ticiano Vecellio ou Vecelli, em italiano Tiziano Vecellio, (Pieve di Cadore, circa 1473/1490 - Veneza, 27 de agosto de 1576) foi um dos principais representantes da escola veneziana no Renascimento antecipando diversas características do Barroco e até do Modernismo.
Reconhecido pelos seus contemporâneos como "o sol entre as estrelas", Ticiano foi um dos mais versáteis pintores italianos, igualmente bom em retratos ou paisagens, temas mitológicos ou religiosos.
Se tivesse morrido cedo, teria sido conhecido como um dos mais influentes artistas do seu tempo, mas como viveu quase um século, mudando tão drasticamente o seu modo de pintar, vários críticos demoram a acreditar tratar-se do mesmo artista. O que une as duas partes da sua obra é seu profundo interesse pela cor, sua modulação policromática é sem precedentes na arte ocidental.

Vénus de Urbino (Uffizi)

Há 130 anos o Krakatoa surpreendeu o mundo com a sua destruição e morte

No dia 27 de agosto de 1883, a ilha de Krakatoa ou Cracatoa (em indonésio: Krakatau), localizada no estreito de Sunda, entre as ilhas de Sumatra e Java, na Indonésia, desapareceu quando o vulcão de mesmo nome, no monte Perboewatan - supostamente extinto - entrou em erupção. É considerada uma das piores erupção vulcânica da História e a que maiores danos causou.
A sucessão de erupções e explosões durou 22 horas e o saldo foi de mais de 37 mil mortos. A sua explosão atirou piroclastos a aproximadamente 27 km de altitude e o som da última grande explosão foi ouvida a cinco mil quilómetros, na ilha de Rodrigues, tendo os habitantes ficado surpresos com o estrondo, supondo significar uma batalha naval. O barulho chegou também até à Austrália, Filipinas e Índia.
Os efeitos atmosféricos da catástrofe, como poeira e cinzas circundando o globo, causaram estranhas transformações na Terra, como súbita uma queda de temperatura e transformações no nascer e pôr do Sol durante aproximadamente 18 meses, levando anos até voltar ao normal. Todas as formas de vida animal e vegetal da ilha foram destruídas. Por causa das explosões, vários tsunamis ocorreram em diversos pontos do planeta. Perto das ilhas de Java e Sumatra, as ondas chegaram a mais de 40 metros de altura.
A cratera do vulcão era monstruosa, possuía aproximadamente 16 km de diâmetro. O vulcão não parou de cuspir lava e houve ainda outras erupções durante todo o ano. Antes da erupção, a ilha possuía quase dois mil metros de altitude, mas após a erupção a ilha foi riscada do mapa, tendo-se um lago formado na cratera do vulcão, onde hoje vivem várias espécies de plantas e pássaros.
Atualmente, na região da cratera, há uma nova formação rochosa em andamento chamada Anak Krakatau (Anak Krakatoa, filho de Krakatoa ou Krakatau), que já possui mais de 800 metros de altura, pois que em cada ano aumenta em média cinco metros, podendo haver mudanças.

Efeitos
Provavelmente o tsunami mais destrutiva registada na história, até ao sismo de 26 de dezembro de 2004, originou-se da explosão do vulcão Krakatoa, em uma série de quatro explosões que espalharam cinzas pelo mundo e geraram uma onda sentida nos oceanos Atlântico e Pacífico.
O escritor Simon Winchester descreveu o evento como "O dia em que o mundo explodiu". Livros de história contam como uma série de grandes ondas - tsunamis -  algumas com alturas de quase 40 metros acima do nível do mar, mataram mais de 36 mil pessoas em cidades e aldeias costeiras ao longo do estreito de Sunda.
A maioria das vítimas foi morta pela tsunami e não pela erupção que destruiu dois terços da ilha. Ondas tsunami geradas pela erupção foram observadas em todo o oceano Índico, no Pacífico, na costa oeste dos EUA, na América do Sul e até no canal da Mancha. Elas destruíram tudo em seu caminho e levaram para a costa blocos de corais de até 600 toneladas.
Um navio que se encontrava na área, de seu nome Berouw, foi arrastado terra adentro, tendo toda a tripulação morta. De acordo com Winchester, corpos apareceram em Zanzibar e o som da destruição da ilha foi ouvido na Austrália e na Índia.
As ondas da tsunami foram sentidas em Liverpool, na Inglaterra, em alguns territórios africanos e também em parte do Canadá e, segundo a Revista Veja, a temperatura global mundial baixou, em média, cerca de 1 °C.

Evolutção das ilhas à volta do Krakatoa de 1880 a 2005 - note-se o contínuo crescimento de Anak Krakatoa desde 1883

Anak Krakatoa - o filho de Krakatoa
Cientistas afirmam que a nova formação (vulcão) Anak Krakatoa pode ser ainda muito mais poderosa que o antigo Krakatoa. Com a antiga explosão, os três montes foram transformados em um só, criando uma caldeira que chega a 50 km subterrâneos - um gigantesco depósito de lava.
Acredita-se que se Anak Krakatoa atingir altura próxima à de seu progenitor e se uma nova grande erupção daquela dimensão acontecer, parte da população mundial e grande parte de toda a fauna e flora pode morrer.
O Anak Krakatoa é um vulcão extremamente ativo e está quase sempre em estado de alerta de nível 2 (o que implica que pode ocorrer uma erupção nas próximas 2 semanas).
Os cientistas não podem afirmar quando ele vai entrar numa erupção crítica, mas já disseram que esta irá acontecer, mais tarde ou mais cedo.

segunda-feira, agosto 26, 2013

Laura Branigan morreu há 9 anos

Laura Ann Branigan Kruteck (Brewster, 3 de julho de 1957East Quogue, 26 de agosto de 2004) foi uma cantora e atriz estadunidense conhecida mundialmente como Laura Branigan.

Laura nasceu em 3 de julho de 1957 em Brewster, no Condado de Putnam, estado de Nova Iorque.
Casou-se em 1981 com o advogado Lawrence Kruteck, 20 anos mais velho que ela. Pouco depois de ter sido diagnosticado um cancro do cólon ao seu marido, retirou-se temporariamente da cena musical, em 1994, para o acompanhar nos tratamentos, até à morte do seu companheiro, em 15 de junho de 1996.
Ficou mundialmente famosa devido a grandes hits músicais como "Gloria", "Solitaire", "How Am I Supposed To Live Without You, "Self Control", "Ti Amo", "Spanish Eddie", "I Found Someone", "Power of Love", "Shattered Glass", "Never In A Million Years" e "Over You".
Faleceu subitamente, em sua casa, em Long Island, Nova Iorque, a 26 de agosto de 2004, vítima de um aneurisma cerebral não-diagnosticado. Tinha apenas 47 anos de idade.


Há 35 anos o breve Papa do Sorriso foi eleito sucessor de Pedro

O Papa João Paulo I, nascido Albino Luciani (Forno di Canale, 17 de outubro de 1912 - Vaticano, 28 de setembro de 1978) e oriundo de família humilde, foi Papa da Igreja Católica. Governou a Santa Sé durante apenas um mês, entre 26 de agosto de 1978 até à data da sua morte. Tornou-se rapidamente conhecido na Cúria Romana pelo nome de "Papa do Sorriso", pela sua afabilidade.
Foi o primeiro Papa desde Clemente V a recusar uma coroação formal, cerimónia não oficialmente abolida, ficando a cargo do eleito escolher como queria iniciar seu pontificado. Contudo, desde então, os papas eleitos têm optado por uma cerimónia de "início do pontificado", com a respectiva entronização e o juramento de fidelidade. Não aceitava ser carregado em uma liteira como os outros papas, por uma questão de humildade. Também foi pioneiro ao adoptar um nome papal duplo.
Antes de ser Papa, Luciani foi Patriarca de Veneza e não tinha ambições, nunca tendo sonhado sequer em ser papa. Foi o primeiro Papa a nascer no século XX e o seu nome papal duplo foi uma homenagem aos seus dois antecessores, Paulo VI e João XXIII.

Albino Luciani nasceu na província de Belluno, norte da Itália. O seu nome de batismo fora uma homenagem a um amigo da família, que morrera numa explosão numa mina de carvão na Alemanha. De origem humilde, viu o seu pai, chamado Giovanni, que era socialista, ser inúmeras vezes forçado a buscar trabalho noutros países, por ocasião da Primeira Guerra Mundial. A sua mãe, Bertola, católica fervorosa, incentivou-o a seguir a formação religiosa. No que foi bem sucedida: Albino foi ordenado padre em 1935, assumindo a posição paroquial que tanto desejara.
Embora, segundo consta, não tivesse grande ambições, foi nomeado bispo pelo João XXIII e cardeal pelo Paulo VI, com o título de São Marcos. Esteve presente no Concílio Vaticano II, convocado em 1962 por João XXIII. Albino Luciani era o Patriarca de Veneza quando, com 65 anos, foi eleito Papa, em 26 de agosto de 1978, na terceira votação do conclave que se seguiu à morte do Papa Paulo VI, superando o cardeal considerado "ultraconservador" Giuseppe Siri - favorito ao trono de São Pedro, de acordo com a imprensa - por 99 votos a 11. Segundo se conta, a princípio, um atónito Luciani teria declinado de aceitar o pontificado, mas fora persuadido do contrário pelo cardeal holandês Johannes Willebrands, que estava sentado a seu lado na Capela Sistina. Para isso, ter-lhe-ia dito: "Coragem. O Senhor dá o fardo, mas também a força para carregá-lo".
Escolheu o nome de João Paulo (Ioannes Paulus, pela grafia em latim) para homenagear os seus antecessores, João XXIII e Paulo VI. Morreu na madrugada de 28 de Setembro de 1978, entre as 23.30 e 04.30 horas da manhã, no Palácio Apostólico do Vaticano. Na época do conclave, o cardeal britânico Basil Hume, um de seus eleitores, chamou João Paulo I de "o candidato de Deus". A figura de João Paulo I na Igreja Católica sempre foi a de um papa afável, tendo, por isso, recebido a alcunha de "O Papa do Sorriso".
Reza uma lenda que João Paulo I teria feito uma premonição sobre a sua morte, ao afirmar a conhecidos que "alguém mais forte que eu, e que merece estar neste lugar, estava sentado à minha frente durante o conclave". Um cardeal presente na ocasião - que preferiu escudar-se no anonimato - confirmou que esse homem era, de facto, o polaco Karol Wojtyla. "Ele virá, porque eu irei", prosseguiu o "Papa Breve". Curiosamente, Wojtyla realmente votara em Luciani naquele conclave e logo depois veio a tornar-se João Paulo II. Por outro lado, o que há de concreto é que João Paulo I teria falado da sua morte um dia antes dela ao Bispo John Magee.

Brasão papal de João Paulo II

Embora João Paulo I tenha sido encontrado morto por uma freira que trabalhava para ele há muitos anos e o acordava sempre, a versão oficial divulgada pelo Vaticano, contudo, diz que o corpo de João Paulo I teria sido encontrado pelo padre Diego Lorenzi, um de seus secretários, enunciando a morte como "possivelmente associada com enfarte do miocárdio". Para alguns, João Paulo I teria sido vítima das terríveis pressões características de seu cargo, e que não as tendo suportado, veio a perecer. A citada freira, após a morte deste, fez voto de silêncio.
Outra hipótese levantada foi a de que o Papa "Sorriso de Deus" teria sido vítima de embolia pulmonar. De qualquer maneira, sua morte provocou enorme consternação entre os católicos; mesmo sob chuva torrencial, a Praça de São Pedro esteve totalmente lotada quando de seus serviços funerais. Em sua homenagem, o seu sucessor (João Paulo II) adotaria o seu nome papal ao ser eleito, em 16 de outubro de 1978.

O momento da sua morte, apenas um mês depois de sua eleição para o papado, e alegadas dificuldades do Vaticano com os procedimentos cerimoniais e legais, juntamente com declarações inconsistentes feitas após a morte, fomentaram várias teorias da conspiração. O autor britânico David Yallop escreveu extensivamente sobre crimes não resolvidos e teorias da conspiração, e no seu livro de 1984 In God's Name sugeriu que João Paulo I morreu porque estava prestes a descobrir escândalos financeiros supostamente envolvendo o Vaticano. John Cornwell respondeu às acusações de Yallop em 1987, com o livro A Thief In The Night, em que analisou as várias alegações e negou a conspiração. De acordo com Eugene Kennedy, escrevendo para o The New York Times: o livro de Cornwell "ajuda a purificar o ar de paranóia e de teorias da conspiração, mostrando como a verdade, cuidadosamente escavada por um jornalista em um volume pode nos refrescar, faz-nos livres."

A revista italiana 30 Giorni revela, com base em declarações de um dos quatro irmãos de João Paulo I, que a Irmã Lúcia, durante a visita que o então Patriarca de Veneza lhe fez no Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, sempre o tratou por "Santo Padre". O Cardeal Luciani fica impressionado e pergunta: "Porquê?", ao que a Irmã responde: "Vossa Eminência um dia será eleito Papa". E ele disse: "Sabe-se lá, irmã…", e a Irmã retorquiu: "Será sim, mas o seu pontificado será muito breve".

Carlos Paião morreu há 25 anos

(imagem daqui)

Carlos Manuel de Marques Paião (Coimbra, 1 de novembro de 1957 - Rio Maior, 26 de agosto de 1988) foi um cantor e compositor português. Licenciou-se em Medicina na Universidade de Lisboa em 1983, mas acabou por se dedicar exclusivamente à música.

Nasceu acidentalmente em Coimbra, passando toda a sua infância e juventude entre Ílhavo (terra natal dos pais) e Cascais. Desde muito cedo Carlos Paião demonstrou ser um compositor prolífico, sendo que no ano de 1978 tinha já escritas mais de duzentas canções. Nesse ano obteve o primeiro reconhecimento público ao vencer o Festival da Canção do Illiabum Clube.
Em 1980 concorre pela primeira vez ao Festival RTP da Canção, numa altura em que este certame representava uma plataforma para o sucesso e a fama no mundo da música portuguesa, mas não foi apurado. Com Playback ganhou o Festival RTP da Canção de 1981 com a esmagadora pontuação de 203 pontos, deixando para trás concorrentes tão fortes como as Doce e José Cid. A canção, uma crítica divertida, mas contundente, aos artistas que cantam em play-back, ficou em penúltimo lugar no Festival da Eurovisão de 1981, realizado em Dublin, na República da Irlanda. Tal classificação não "beliscou" minimamente a popularidade do cantor e compositor, pois Carlos Paião, ainda nesse ano, editou outro single de sucesso e que mantém a sua popularidade até hoje: Pó de Arroz.
O êxito que se seguiu foi a Marcha do Pião das Nicas, canção na qual o cantor voltava a deixar patente o seu lado satírico. Telefonia (Nas Ondas do Ar) era o lado B desse single.
Carlos Paião compôs canções para outros artistas, entre os quais o próprio Herman José, que viria a alcançar grande êxito com A Canção do Beijinho (1980), e Amália Rodrigues, para quem escreveu O Senhor Extra-Terrestre (1982).
Algarismos (1982), o seu primeiro LP, não obteve, no entanto, o reconhecimento desejado. Surgiu entretanto a oportunidade de participar no programa de televisão O Foguete, com António Sala e Luís Arriaga.
Em 1983, cantava ao lado de Cândida Branca Flor, com quem interpretou um dueto muito patriótico intitulado Vinho do Porto, Vinho de Portugal, que ficou em 3.º lugar no Festival RTP da canção.
Num outro programa, Hermanias (1984), Carlos Paião compôs a totalidade das músicas e letras de Serafim Saudade, personagem criada por Herman José, já então uma das figuras mais populares da televisão portuguesa.
Em 1985 concorreu ao Festival Mundial de Música Popular de Tóquio (World Popular Song Festival of Tokio), tendo a sua canção sido uma das 18 seleccionadas.
A 26 de agosto de 1988, quando acabara de actuar num grande espectáculo em Fornos de Algodres, morre num violento acidente de automóvel. Na altura, surgiu o boato de que na ocasião de seu funeral não estaria morto, mas sim em coma, porém a violência do acidente por si nega o boato, pois a sobrevivência a este seria impossível.
Estava a preparar um novo álbum intitulado Intervalo, que acabou por ser editado em setembro desse ano, e cujo tema de maior sucesso foi Quando as nuvens chorarem. Está sepultado em São Domingos de Rana, freguesia do concelho de Cascais.
Compositor, intérprete e instrumentista, Carlos Paião produziu mais de trezentas canções.
Em 2003 foi editado uma compilação comemorativa dos 15 anos do seu desaparecimento - Carlos Paião: Letra e Música - 15 anos depois (Valentim de Carvalho).
Em 2008, por altura da comemoração dos 20 anos do desaparecimento do músico, vários músicos e bandas reinterpretaram alguns temas do autor na edição de um álbum de tributo, "Tributo a Carlos Paião".


Antonie van Leeuwenhoek morreu há 290 anos

Antonie van Leeuwenhoek (Delft, 24 de outubro de 1632 - Delft, 26 de agosto de 1723) foi um comerciante de tecidos, cientista e construtor de microscópios neerlandês.
Antonie van Leeuwenhoek é conhecido pelas suas contribuições para o melhoramento do microscópio, além de ter contribuído com as suas observações para a biologia celular (descreveu a estrutura celular dos vegetais, chamando as células de "glóbulos"). Utilizando um microscópio feito por si mesmo (possuía a maior colecção de lentes do mundo, cerca de 250 microscópios), foi o primeiro a observar e descrever fibras musculares, bactérias, protozoários e o fluxo de sangue nos capilares sanguíneos de peixes.
O microscópio utilizado por Leeuwenhoek para as suas descobertas era constituído por uma lente biconvexa que tinha a capacidade de aumentar a imagem cerca de 200 vezes.
A ele é atribuída a descoberta dos microorganismos.

Lavoisier nasceu há 270 anos

Antoine Laurent de Lavoisier (Paris, 26 de agosto de 1743 - Paris, 8 de maio de 1794) foi um químico francês, considerado o pai da Química moderna.
Foi o primeiro cientista a enunciar o princípio da conservação da matéria. Além disso identificou e batizou o oxigênio, refutou a teoria flogística e participou na reforma da nomenclatura química. Célebre por seus estudos sobre a conservação da matéria, mais tarde imortalizado pela frase popular:
Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.
Nascido em uma família rica em Paris, Antoine-Laurent Lavoisier herdou uma grande fortuna com a idade de cinco anos com o falecimento de sua mãe. Ele foi educado no Collège des Quatre-Nations (também conhecido como Collège Mazarin) de 1754 a 1761, estudando química, botânica, astronomia e matemática. Ele era esperado para seguir os passos de seu pai e ainda obteve sua licença para praticar a lei em 1764 antes de voltar a uma vida de ciência.
Lavoisier é considerado o pai da química. Foi ele quem descobriu que a água é uma substância composta, formada por dois átomos de hidrogénio e um de oxigénio: o H2O. Essa descoberta foi muito importante para a época, pois, segundo a teoria de Tales de Mileto, que ainda era aceita, a água era um dos quatro elementos terrestres primordiais, a partir da qual outros materiais eram formados.
Em 16 de dezembro de 1771 Lavoisier casou com uma jovem aristocrata, de nome Marie-Anne Pierrette Paulze. A sua mulher tornou-se num dos seus mais importantes colaboradores, não só devido ao seu conhecimento de línguas (em particular o inglês e o latim), mas também pela sua capacidade de ilustradora. Marie-Anne foi responsável pela tradução, para francês, de obras científicas escritas em inglês e em latim, fazendo ilustrações de algumas das experiências mais significativas feitas por Lavoisier. Ele viveu na época em que começava a Revolução Francesa, quando o terceiro estado (camponeses, burgueses e comerciantes) disputava o poder na França.
Lavoisier foi guilhotinado em 8 de maio de 1794, após um julgamento sumário no dia anterior. Joseph-Louis de Lagrange, um importante matemático, contemporâneo de Lavoisier disse:
Não bastará um século para produzir uma cabeça igual à que se fez cair num segundo.

domingo, agosto 25, 2013

Notícia sobre paleobotânica no Correio da Manhã

Em São Paulo, no Brasil
Descobertos fósseis de plantas com 270 milhões de anos 

Fósseis petrificados de árvores e plantas diversas com mais de 270 milhões de anos foram descobertos no interior do estado brasileiro de São Paulo.

A descoberta, feita por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Camp) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é considerada de grande importância nos meios científicos, pois mostra que o Brasil é muito mais antigo do que se supunha até agora.
A revelação da descoberta foi feita através de artigos publicados em revistas científicas por Rafael Souza de Faria, professor da Faculdade de Ciências Biológicas da PUC-Camp, com base na sua tese de doutoramento, que apresentou na Unicamp. Este investigador liderou o grupo de pesquisa que descobriu e identificou os fósseis em parceria com a sua orientadora de tese, Fresia Ricardi Branco, professora do Instituto de Geociências da Unicamp.
Os pesquisadores recolheram troncos e caules petrificados de plantas similares a araucárias e a pinheiros em sete municípios do interior de São Paulo, onde também fica Campinas: Piracicaba, Saltinho, Rio Claro, Santa Rosa do Viterbo, Angatuba, Conchas e Laras. Os fósseis identificados são do período geológico Pérmico, quando ocorreu a formação do supercontinente Pangeia, época em que a Terra tinha apenas um único continente.
Os fósseis agora identificados são tão antigos que a sua existência é anterior aos dinossauros. Apesar de tão antigos, os fósseis estão em surpreendente estado de conservação e a análise dos seus tecidos vegetais indica que conseguiram sobreviver às terríveis condições climáticas da época, pois os pesquisadores detetaram um processo de adaptação a um possível stress hídrico.

in CM - ler notícia

NOTA: na notícia original há dois pequenos erros: Pangeia não é com j (jota) e escreve-se período Pérmico, em português de Portugal, e não permiano...

O Rei Luís II da Baviera nasceu há 168 anos

Luís II (Ludwig Otto Friedrich Wilhelm von Wittelsbach) (Munique, 25 de agosto de 1845 - Munique, 13 de junho de 1886), membro da Casa de Wittelsbach, foi rei da Baviera de 1864 até 1886, pouco tempo antes da sua morte. Foi também Duque de Zweibrücken e Conde Palatino do Reno.
É por vezes referido como o Rei Louco, embora a veracidade desta afirmação seja contestada. Na base da sua deposição houve alegações de que o rei sofreria de uma doença mental, embora nunca tenha sido realizado qualquer exame médico. Como viria a morrer no dia seguinte em circunstâncias igualmente misteriosas, as questões em volta deste suposto diagnóstico continuam envolvidas em controvérsia. Uma das suas frases mais citadas foi: "Desejo continuar sendo um eterno enigma para mim e para os outros." Também devido à sua personalidade excêntrica, recebeu outras alcunhas depreciativas, como o Rei Cisne pelos Ingleses e Rei de conto de fadas pelos alemães.
Luís II é conhecido como um excêntrico, com um imenso legado na história da arte e na arquitetura. Encomendou a construção de vários castelos e palácios extravagantes e fantasistas, sendo o mais famoso o Castelo de Neuschwanstein, e foi um patrono devoto do compositor Richard Wagner.

Castelo de Neuschwanstein