A sucessão de erupções e explosões durou 22 horas e o saldo foi de
mais de 37 mil mortos. A sua explosão atirou piroclastos a aproximadamente
27 km de
altitude e o som da última grande explosão foi ouvida a cinco mil quilómetros, na
ilha de Rodrigues, tendo os habitantes ficado surpresos com o estrondo, supondo significar uma batalha naval. O barulho chegou também até à
Austrália,
Filipinas e
Índia.
Os efeitos atmosféricos da catástrofe, como poeira e cinzas
circundando o globo, causaram estranhas transformações na Terra, como
súbita uma queda de temperatura e transformações no nascer e pôr do
Sol durante aproximadamente 18 meses, levando anos até voltar ao normal.
Todas as formas de vida da ilha, animal e vegetal, foram destruídas. Por
causa das explosões, vários
tsunamis ocorreram em diversos pontos do planeta. Perto das ilhas de
Java e
Sumatra, as ondas chegaram a mais de 40 metros de altura.
A cratera do vulcão era monstruosa, possuía aproximadamente 16 km de diâmetro. O vulcão não parou de cuspir
lava
e houve ainda outras erupções durante todo o ano. Antes da erupção, a
ilha possuía quase dois mil metros de altitude, mas após a erupção a
ilha foi riscada do mapa, tendo-se um
lago formado na
cratera (caldeira) do vulcão, onde hoje vivem várias espécies de plantas e pássaros.
Atualmente, na região da cratera, há uma nova formação rochosa em formação chamada Anak Krakatau
(Anak Krakatoa, filho de Krakatoa ou Krakatau), que já possui mais de
800 metros de altura, pois que em cada ano aumenta em média cinco metros, podendo haver mudanças.
Efeitos
Provavelmente o
tsunami
mais destrutiva registada na história, até ao sismo de
26 de dezembro de 2004, originou-se da explosão do
vulcão Krakatoa, numa série de quatro explosões que espalharam cinzas
pelo mundo e geraram uma onda sentida nos oceanos
Atlântico e
Pacífico.
O escritor
Simon Winchester descreveu o evento como "O dia em que o mundo explodiu". Livros de história contam como uma série de grandes ondas -
tsunamis -
algumas com alturas de quase 40 metros acima do nível do mar, mataram
mais de 36 mil pessoas em cidades e aldeias costeiras ao longo do
estreito de Sunda.
A maioria das vítimas foi morta pela tsunami e não pela erupção que
destruiu dois terços da ilha. Ondas tsunami geradas pela erupção foram
observadas em todo o oceano Índico, no Pacífico, na costa oeste dos EUA, na América do Sul e até no canal da Mancha.
Elas destruíram tudo em seu caminho e levaram para a costa blocos de
corais com até 600 toneladas.
Um navio que se encontrava na área, de seu nome
Berouw, foi arrastado terra adentro, tendo toda a tripulação morta. De acordo com Winchester, corpos apareceram em
Zanzibar e o som da destruição da ilha foi ouvido na
Austrália e na
Índia.
As ondas do
tsunami foram sentidas em
Liverpool, na
Inglaterra, em alguns territórios
africanos e também nas partes do
Canadá,
sem muitos desabamentos. De acordo com registos climáticos e recentes
estudos, a temperatura global decaiu 1 ºC em decorrência da grande
quantidade de gases e partículas que foram lançados na atmosfera na
ocasião da erupção.
Evolução das ilhas à volta de Krakatoa de 1880 a 2005 - note-se o contínuo crescimento de Anak Krakatoa desde 1883
Anak Krakatoa - o filho de Krakatoa
Cientistas afirmam que a nova formação (vulcão)
Anak Krakatoa
pode ser ainda muito mais poderosa que o antigo Krakatoa. Com a antiga
explosão, os três montes foram transformados em um só, criando uma
caldeira que chega a 50 km subterrâneos - um gigantesco depósito de lava.
Acredita-se que se Anak Krakatoa atingir altura próxima à de seu progenitor e
se uma nova grande erupção daquela dimensão acontecer, parte da
população mundial e grande parte de toda a fauna e flora pode morrer.
Anak Krakatoa é um vulcão extremamente ativo e quase sempre é
colocado em estado de alerta nível 2. Os cientistas não sabem afirmar
quando ele vai entrar em erupção crítica, mas já disseram que vai
acontecer.
No dia 22 de dezembro de 2018, o colapso e deslizamento de 2/3 do vulcão Anak Krakatoa no mar causou um tsunami no estreito de Sunda, na Indonésia.
Foram contabilizados 429 vítimas, 128 desaparecidos e 1.459 feridos
causados pelas ondas gigantes. O evento não foi precedido por terremoto.
Na manhã de 10 de abril de 2020, o Anak Krakatoa começou a entrar
em erupção novamente. A primeira erupção pôde ser ouvida na cidade de Jacarta (capital da Indonésia), a mais de 150 quilómetros de distância, lançando uma coluna de cinza vulcânica
e fumo de 200 metros de altura, para o relatório de
atividade vulcânica do magma do The Center for Volcanology and
Geological Disaster Mitigation’s (PVMBG) da Indonésia, disse que a primeira erupção durou um minuto e 12 segundos começando às 21.58. A erupção expeliu cinzas vulcânicas
a cerca de 14 quilómetros e uma pluma secundária de cinzas
atingiu cerca de 11 quilómetros. A erupção foi em grande
parte magmática com fontes de lava visíveis. Nenhum dano generalizado foi relatado, e a erupção terminou várias horas depois.