sábado, junho 28, 2025

A Alemanha assinou o Tratado de Versalhes há 106 anos


O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potências europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial. Após seis meses de negociações, em Paris, o tratado foi assinado como uma continuação do armistício de novembro de 1918, em Compiègne, que tinha posto um fim aos confrontos. O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que, sob os termos dos artigos 231-247, fizesse reparações a um certo número de nações da Tríplice Entente.
Os termos impostos à Alemanha incluíam a perda de uma parte de seu território para um número de nações fronteiriças, de todas as colónias na Oceânia e no continente africano, uma restrição ao tamanho do exército e uma indemnização pelos prejuízos causados durante a guerra. A República de Weimar também aceitou reconhecer a independência da Áustria. O ministro alemão do exterior, Hermann Müller, assinou o tratado em 28 de junho de 1919. O tratado foi ratificado pela Liga das Nações em 10 de janeiro de 1920. Na Alemanha o tratado causou choque e humilhação na população, o que contribuiu para a queda da República de Weimar em 1933 e a ascensão dos nazis.
No tratado foi criada uma comissão para determinar a dimensão precisa das reparações que a Alemanha tinha de pagar. Em 1921, este valor foi oficialmente fixado em 33 milhões de dólares. Os encargos a comportar com este pagamento são frequentemente citados como a principal causa do fim da República de Weimar e a subida ao poder de Adolf Hitler, o que inevitavelmente levou à eclosão da Segunda Guerra Mundial apenas 20 anos depois da assinatura do Tratado de Versalhes.
O tratado tinha criado a Liga das Nações, um dos objetivos maiores do presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson. A Liga das Nações pretendia arbitrar disputas internacionais para evitar futuras guerras. Só quatro dos chamados Quatorze Pontos de Wilson foram concretizados, já que Wilson era obrigado a negociar com Clemenceau, Lloyd George e Orlando alguns pontos para conseguir a aprovação para criação da Liga das Nações. A visão mais comum era que a França de Clemenceau era a mais vigorosa na luta por uma represália contra a Alemanha, já que grande parte da guerra tinha sido no solo francês.
Outras cláusulas incluíam a perda das colónias alemãs e dos territórios que o país tinha anexado ou invadido num passado recente:
O artigo 156 do tratado transferiu as concessões de Shandong, da China para o Japão ao invés de retornar a região à soberania chinesa. O país considerou tal decisão ultrajante, o que levou a movimentos como o Movimento de Quatro de Maio, que influenciou a decisão final chinesa de não aderir ao Tratado de Versalhes. A República da China declarou o fim da guerra contra a Alemanha em setembro de 1919 e assinou um tratado em separado com a mesma, em 1921.
O artigo 231 do Tratado (a cláusula da 'culpa de guerra') responsabilizou unicamente a Alemanha por todas as 'perdas e danos' sofridas pela Tríplice Entente durante a guerra obrigando-a a pagar uma reparação por tais atos. O montante total foi decidido entre a Tríplice Entente na Comissão de Reparação. Em janeiro de 1921 esse número foi oficializado em 269 mil milhões de marcos, dos quais 226 mil milhões como principal, e mais 12% do valor das exportações anuais alemãs - um valor que muitos economistas consideraram ser excessivo. Mais tarde, naquele ano, a dívida foi reduzida para 132 mil milhões, o que ainda era considerado uma soma astronómica para os observadores germânicos.
Os problemas económicos que tal pagamento trouxe, e a indignação alemã pela sua imposição são normalmente citados como um dos mais significantes fatores que levaram ao fim da República de Weimar e ao início da ditadura de Adolf Hitler, que levou à II Guerra Mundial. Alguns historiadores, como Margaret Olwen MacMillan discordam desta afirmação, popularizada por John Maynard Keynes.
  

Otto, um cantor, compositor e percussionista brasileiro, celebra hoje 57 anos

  
Otto Maximiliano Pereira de Cordeiro Ferreira, ou simplesmente Otto, (Belo Jardim, 28 de junho de 1968) é um cantor, compositor, percussionista e produtor brasileiro. É considerado uma das figuras mais convincentes da nova geração de jovens músicos do Brasil.
  
 

A revolta de Stonewall foi há 56 anos...

 
A Revolta ou Rebelião de Stonewall foi um conjunto de episódios de conflito violento entre gays, lésbicas, bissexuais e transgéneros e a polícia de Nova Iorque, que se iniciaram com uma carga policial em 28 de junho de 1969 e que duraram vários dias. Teve lugar no bar Stonewall Inn e nas ruas vizinhas, e é largamente reconhecida como o conjunto de eventos catalisadores dos modernos movimentos em defesa dos direitos civis LGBT. Stonewall foi um marco por ter sido a primeira vez em que um grande número de pessoas da comunidade LGBT se juntou para resistir aos maus tratos policiais contra a comunidade.
Os homossexuais norte-americanos das décadas de 50 e 60 enfrentavam um sistema jurídico anti-homossexual. Os primeiros grupos homófilos do país tentavam provar que os gays poderiam ser assimilados pela sociedade e apoiavam um sistema educacional não confrontacional para homossexuais e heterossexuais. Os últimos anos da década de 60, no entanto, foram muito controversos, visto que muitos movimentos sociais estavam ativos ao mesmo tempo, como o movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, a contracultura dos anos 60 e as manifestações contra a guerra do Vietname. Estas influências, juntamente com o ambiente liberal da região de Greenwich Village, serviram como catalisadores para as revoltas de Stonewall.
Poucos estabelecimentos recebiam pessoas abertamente homossexuais nos anos 50 e 60. Aqueles que faziam isto eram, frequentemente, bares, embora os donos e gerentes raramente fossem gays. Na época, o Stonewall Inn era propriedade do grupo mafioso Cosa Nostra Americana. Ele recebia uma grande variedade de clientes e era conhecido por ser popular entre as pessoas mais pobres e marginalizadas da comunidade gay: drag queens, transgéneros, homens efeminados jovens, lésbicas masculinizadas, prostitutos e jovens sem-abrigo. As batidas policiais em bares gays eram rotina na década de 60, mas os polícias rapidamente perderam o controle da situação no Stonewall Inn. Eles atraíram uma multidão que foi incitada à revolta. As tensões entre a polícia de Nova York e os residentes homossexuais de Greenwich Village irromperam em mais protestos na noite seguinte e, novamente, em várias noites posteriores. Dentro de semanas, os moradores do bairro rapidamente organizaram grupos de ativistas para concentrar esforços no estabelecimento de lugares que gays e lésbicas pudessem frequentar sem medo de serem presos.
Depois dos motins de Stonewall, gays e lésbicas em Nova York ainda enfrentaram obstáculos geracionais e de género, raça e classe social para se tornar uma comunidade coesa. No período de seis meses, duas organizações ativistas gays foram formadas em Nova York, concentrando-se em táticas de confronto, e três jornais foram estabelecidos para promover os direitos para gays e lésbicas. No período de alguns anos, várias organizações de direitos homossexuais foram fundadas ao redor dos Estados Unidos e no resto do mundo. Em 28 de junho de 1970, as primeiras marchas do orgulho gay aconteceram em Nova York, Los Angeles, São Francisco e Chicago, em comemoração do aniversário dos motins. Marchas semelhantes foram organizados em outras cidades. Hoje, as paradas LGBT são realizadas anualmente em todo o mundo, geralmente no final de junho, para marcar as revoltas de Stonewall. Em 24 de junho de 2016, o presidente dos Estados Unidos Barack Obama oficializou o palco principal da revolta, o bar Stonewall Inn, como um monumento nacional.   
  
     
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Mark Stoermer nasceu há 48 anos

   
Mark Stoermer nasceu a 28 de junho de 1977, fez o ensino secundário na Chaparral High School, em Las Vegas, onde tocou trompete no conjunto de jazz da escola. Mais tarde teve aulas de música e estudou Filosofia na Universidade do Nevada, em Las Vegas, onde tocou na banda da universidade.
Trabalhou num hospital e, durante esse tempo, ouviu muita música dos The Rolling Stones, Talking Heads e Television no rádio do seu carro.
As suas bandas anteriores incluem os Habit Rouge e os Negative Ponies, onde tocou guitarra. Entrou nos The Killers, o seu principal projeto, em 2002, como baixista temporário e passou o ano ainda na banda. Apenas se tornou membro oficial do grupo quando Ronnie Vannucci entrou na banda para tocar bateria. As suas principais influências incluem The Beatles, The Who, Pearl Jam, Pink Floyd, Miles Davis e David Bowie. Ele gosta dos livros de Henry Miller.
Mesmo sendo o pai de Stoermer um cidadão australiano, Mark nunca havia visitado a Austrália antes da turnê de 2004 dos The Killers, para divulgar o seu álbum Hot Fuss. Ele é de ascendência alemã e tem dupla-cidadania, dos Estados Unidos da América e da Austrália.
Mark também toca guitarra nas apresentações ao vivo de For Reasons Unknown, single do segundo álbum dos The Killers, Sam's Town.
Mark cita como influência Noel Redding dos Jimi Hendrix Experience, John Entwistle dos The Who, e a Paul McCartney. Ele também lista bandas que o influenciaram: The Cure, U2 e New Order.
 
 

Terry Fox morreu há 44 anos...

   
Terrance Stanley "Terry" Fox (Winnipeg, 28 de julho de 1958 - Thunder Bay, 28 de junho de 1981) foi um atleta e, mais notavelmente, um ativista para o tratamento de cancro, do Canadá. Nascido em Manitoba, foi criado na cidade de Port Coquitlam, na Colúmbia Britânica.
Depois de lhe amputarem uma das pernas, por causa de um osteossarcoma, Terry Fox decidiu cruzar o país de costa a costa, para arrecadar fundos para pesquisas do tratamento de cancro. Ele começou a sua jornada em St. John's, em Terra Nova e Labrador, na costa atlântica, em 12 de abril de 1980, e pretendia ir até Vancouver, Colúmbia Britânica, na costa pacífica, numa jornada que acabou conhecida como Marathon of Hope (Maratona da Esperança, em português).
Terry Fox correu durante a Marathon of Hope, em média, o equivalente a uma maratona - 42 quilómetros - por dia. Após 143 dias consecutivos, e de ter percorrido aproximadamente 5.300 quilómetros, Fox foi obrigado a parar a sua jornada, quando soube que o seu cancro se havia propagado para os pulmões. Fox acabou por morrer, alguns meses depois, aos 22 anos de idade, um mês antes de completar 23 anos.
Terry Fox foi proclamado como um herói nacional, tendo recebido várias honras nacionais. A Maratona da Esperança arrecadou um total de 360 milhões de dólares canadianos para pesquisa sobre o tratamento de cancro. Além disso, foi escolhido, numa pesquisa de opinião pública no Canadá, como o canadiano mais famoso do século XX, bem como segundo na lista dos Maiores Canadianos.

Para profunda tristeza de um ditador da Rússia e de alguns saudosistas, o COMECOM acabou há 33 anos...

 
COMECON (Council for Mutual Economic Assistance, Conselho para Assistência Económica Mútua) foi fundado em 1949, e visava a integração económica das nações do Leste Europeu.
Os países que integraram a organização internacional foram a União Soviética, Alemanha Oriental (1950-1990), Checoslováquia, Polónia, Bulgária, Hungria e Roménia.
Mais tarde outros países juntaram-se ao COMECON: Mongólia (1962), Cuba (1972) e Vietname (1978). O aparecimento do COMECON surgiu no contexto europeu após o final da Segunda Guerra Mundial, do qual resultou a destruição de parte do continente Europeu e surgindo como a resposta soviética ao plano edificado pelos Estados Unidos, o Plano Marshall, que visava apoiar a reconstrução económica da Europa Ocidental.
O seu objetivo era fornecer ajuda mútua para o desenvolvimento dos países membros.
Esta organização extinguiu-se em 28 de junho de 1991.


O COMECON pode ser considerado uma resposta soviética ao Plano Marshal norte-americano. Afinal, durante a Guerra Fria os dois blocos mantiveram-se sempre em equilíbrio. Por exemplo, forma criados também durante esse período a OTAN (EUA) e o Pacto de Varsóvia (URSS), dois pactos militares que tinham como objetivo proteger e unir os países membros.
  
COMECON em 1986:
  Membros   Membros não participantes   Associados   Observadores

  

GG Allin morreu há 32 anos...


Kevin Michael "GG" Allin (born Jesus Christ Allin; Lancaster, New Hampshire, August 29, 1956 – Manhattan, New York City, June 28, 1993) was an American punk rock musician and songwriter who performed and recorded with many groups during his career. Allin was best known for his controversial live performances, which often featured transgressive acts, including self-mutilation, defecating on stage, and assaulting audience members, for which he was arrested and imprisoned on multiple occasions. AllMusic called him "the most spectacular degenerate in rock n' roll history", while G4TV's That's Tough labelled him the "toughest rock star in the world".

Known more for his notorious stage antics than for his music, Allin recorded prolifically, not only in the punk rock genre, but also in spoken word, country, and more traditional-style rock. His lyrics, which often expressed themes of violence and misanthropy, polarized listeners and created varied opinions of him within the highly politicized punk community.

Allin's music was often poorly recorded and produced, given limited distribution, and met with mostly negative reviews from critics, although he maintained a cult following throughout and after his career. Allin promised for several years that he would commit suicide on stage during one of his concerts, but he instead died from an accidental drug overdose on June 28, 1993, at age 36.

 

 

sexta-feira, junho 27, 2025

Porque, enquanto é recordado, um Poeta nunca morre...

 

Retrato

 

Uma demora lenta nas palavras
um calor bom na palma das mãos
uma maneira de gostar das pessoas e das coisas
sem tolher movimentos ou forçar as superfícies
beber aos golinhos o café a ferver
ou o whisky chocalhado com pedrinhas de gelo
viver viver roçando as coisas ao de leve
sem poupar o veludo das mãos e do corpo
sem regatear o amor à flor da pele
olhar em torno de si perdida ou esperar o verão
e saber de um saber obscuro que o calor
todo o calor é de mais dentro que vem

 

Rui Caeiro

Hoje é dia de recordar João Guimarães Rosa...

(imagem daqui)

 

 

ONSCIÊNCIA CÓSMICA


Já não é preciso de rir.
Os dedos longos do medo
largaram minha fronte.
E as vagas do sofrimento me arrastaram
para o centro remoinho da grande força,
que agora flui, feroz, dentro e fora de mim...

Já não tenho medo de escalar os cimos
onde o ar limpo e fino pesa para fora,
e nem de deixar escorrer a força dos meus músculos,
e deitar-me na lama, o pensamento opiado...

Deixo que o inevitável dance, ao meu redor,
a dança das espadas de todos os momentos.
E deveria rir, se me restasse o riso,
das tormentas que pouparam as furnas da minha alma,
dos desastres que erraram o alvo de meu corpo...



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Magma (1936) - João Guimarães Rosa

Bud Spencer morreu há nove anos...


Bud Spencer
, nome artístico de Carlo Pedersoli (Nápoles, 31 de outubro de 1929 - Roma, 27 de junho de 2016), foi um ator e nadador olímpico italiano.
Como ator, Bud Spencer fez diversos filmes de comédia e do chamado western spaguetti. Os seus trabalhos mais famosos foram ao lado de Terence Hill, em mais de 20 filmes juntos.
     
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Rui Caeiro nasceu há oitenta e dois anos...


(imagem  daqui)

 

Rui Caeiro (Vila Viçosa, 27 de junho de 1943 - Oeiras, 29 de janeiro de 2019) foi um escritor português, tendo sido um dos principais autores, tradutores e editores literários independentes em Portugal.

 

Nascimento e formação

Nasceu na localidade de Vila Viçosa, em 27 de junho de 1943. Concluiu uma licenciatura em Direito pela Universidade de Lisboa.

 

Carreira profissional e literária

Iniciou a sua carreira profissional ao serviço da empresa Eletricidade de Portugal, tendo posteriormente deixado o seu emprego para se dedicar à literatura. Trabalhou igualmente como advogado, tendo nessa altura iniciado as suas atividades literárias como editor de uma revista cultural. Destacou-se pela sua carreira como escritor de poesia, que durou cerca de três décadas, tendo lançado a sua primeira obra, Deus, sobre o magno problema da existência de Deus, em 1988. Foi um dos mais marcante escritores independentes em Portugal, tendo lançado as suas obras através de edições de autor ou empresas independentes.

Trabalhou igualmente como editor durante cerca de dez anos, junto com o escritor Vítor Silva Tavares, na Editora &etc, que foi uma das principais iniciativas de edição independente em Portugal. Também foi um dos mais importantes tradutores no meio literário português, tendo sido responsável por trazer para Portugal obras de grandes autores estrangeiros como Roberto Juarroz, Ramón Gómez de la Serna e Miguel de Unamuno. Também traduziu livros de Rainer Maria Rilke, Robert Desnos, Cesare Pavese, Marguerite Yourcenar, Henri Roorda, Nâzim Hikmet, Henri Michaux, Roger Martin du Gard. Para a editora Pianola, traduziu a obra Carta a D de André Gorz.

 

Falecimento

Faleceu em 29 de janeiro de 2019, aos 75 anos de idade, na sua residência em Oeiras. A causa da morte foi um cancro, do qual já sofria há muito tempo.

 

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A DOIS PASSOS

 

Quando penso em ti, essoutra que eu nunca mais
soube ao certo quem era, ou quem eras, em ti
e em tudo aquilo que me deste, tanto que eu
nunca soube onde colocar e logo vinha o vento
e levava, quando penso em ti e mais em tudo
o que deixaste avariado na minha vida e eram
todos os pobres artefactos dela, da minha vida
quando penso em ti, isto é, quando penso em
nós, nessa coisa insólita e paupérrima que nós
éramos, ou que nós fomos um dia, é no inferno
é ainda e só e mais uma vez no inferno que eu
penso – esse tempo esse calor esse frio essa espera
insuportável. É no inferno que penso, mas devo
reconhecer, em abono da verdade, que não era
no inferno que nós estávamos, era a dois passos
dele e se queres mesmo saber era agradável
pela boa e simples razão de que não havia mais
nada, era intensa e insuportavelmente agradável
Faltava um pouco o ar, é certo, mas quem é que
se ia importar com uma coisa dessas, havia um calor
que nos enregelava os ossos, havia um frio que nos
aquecia. Era a dois passos do inferno – estava-se bem.


Rui Caeiro

Zezé Motta celebra hoje 81 anos

     
Maria José Motta de Oliveira, conhecida como Zezé Motta (Campos dos Goytacazes, 27 de junho de 1944) é uma atriz e cantora brasileira, considerada uma das maiores artistas do país, expoente da cultura afro-brasileira.
  
 

Saudades de John Entwistle...

Helen Keller nasceu 145 anos...


Helen Adams Keller (Tuscumbia, 27 de junho de 1880 - Westport, 1 de junho de 1968) foi uma escritora, conferencista e ativista social dos Estados Unidos da América.
Nascida no Alabama, ela provou que deficiências sensoriais não impedem a obtenção do sucesso. Helen Keller ficou cega e surda, desde tenra idade, devido a uma doença diagnosticada na época como "febre cerebral" (hoje acredita-se que tenha sido escarlatina).
Tornou-se uma célebre escritora, filósofa e conferencista, uma personagem famosa pelo extenso trabalho que desenvolveu em favor das pessoas portadoras de deficiência. Anne Sullivan foi a sua professora, companheira e protetora. A história do encontro entre as duas é contada na peça The Miracle Worker, de William Gibson, que deu origem ao filme O Milagre de Anne Sullivan, em 1962, dirigido por Arthur Penn (em Portugal, O Milagre de Helen Keller).
Em 1904 obteve um bacharelato em Filosofia pelo Radcliffe College, instituição que a agraciou com o prémio Destaque a Aluno, no aniversário dos cinquenta anos de sua formatura. Falava os seguintes idiomas: francês, latim e alemão. Ao longo da vida foi agraciada com títulos e diplomas honorários de diversas instituições, como a Universidade de Harvard e Universidades da Escócia, Alemanha, Índia e África do Sul. Em 1952 foi nomeada Cavaleiro da Legião de Honra da França. Foi condecorada com a Ordem do Cruzeiro do Sul, no Brasil, com a do Tesouro Sagrado, no Japão, dentre outras. Foi membro honorário de várias sociedades científicas e organizações filantrópicas nos cinco continentes.
Em 1902 estreou-se na literatura, publicando a sua autobiografia A História da Minha Vida. Depois iniciou uma carreira no jornalismo, escrevendo artigos no Ladies Home Journal. A partir de então nunca parou de escrever.
   
 
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João Guimarães Rosa nasceu há 117 anos...

    

João Guimarães Rosa (Cordisburgo, 27 de junho de 1908 - Rio de Janeiro, 19 de novembro de 1967), foi um dos mais importantes escritores brasileiros de todos os tempos. Foi também médico e diplomata.
Os contos e romances escritos por Guimarães Rosa ambientam-se quase todos no chamado sertão brasileiro. A sua obra destaca-se, sobretudo, pelas inovações de linguagem, sendo marcada pela influência de falares populares e regionais que, somados à erudição do autor, permitiu a criação de inúmeros vocábulos a partir de arcaísmos e palavras populares, invenções e intervenções semânticas e sintáticas.
  
Biografia
Foi o primeiro dos seis filhos de Florduardo Pinto Rosa ("Flor") e de Francisca Guimarães Rosa ("Chiquitita"). Começou ainda criança a estudar diversos idiomas, iniciando-se no Francês quando ainda não tinha 7 anos, como se pode verificar neste trecho de uma entrevista concedido a uma prima, anos mais tarde:
Eu falo: português, alemão, francês, inglês, espanhol, italiano, esperanto, um pouco de russo; leio: sueco, holandês, latim e grego (mas com o dicionário agarrado); entendo alguns dialetos alemães; estudei a gramática: do húngaro, do árabe, do sânscrito, do lituano, do polaco, do tupi, do hebraico, do japonês, do checo, do finlandês, do dinamarquês; bisbilhotei um pouco a respeito de outras. Mas tudo mal. E acho que estudar o espírito e o mecanismo de outras línguas ajuda muito à compreensão mais profunda do idioma nacional. Principalmente, porém, estudando-se por divertimento, gosto e distração.
Ainda pequeno, mudou-se para a casa dos avós, em Belo Horizonte, onde concluiu o curso primário. Iniciou o curso secundário no Colégio Santo Antônio, em São João del-Rei, mas logo retornou a Belo Horizonte, onde se formou. Em 1925, matriculou-se na então "Faculdade de Medicina da Universidade de Minas Gerais", com apenas 16 anos. Em 27 de junho de 1930, casou-se com Lígia Cabral Pena, de apenas 16 anos, de quem teve duas filhas: Vilma e Agnes. Ainda nesse ano formou-se e passou a exercer a profissão em Itaguara, então município de Itaúna (MG), onde permaneceu cerca de dois anos. Foi nessa localidade que passou a ter contacto com os elementos do sertão que serviram de referência e inspiração à sua obra. De volta de Itaguara, Guimarães Rosa serviu como médico voluntário da Força Pública (atual Polícia Militar), durante a Revolução Constitucionalista de 1932, indo para o setor do Túnel em Passa-Quatro (MG) onde tomou contacto com o futuro presidente Juscelino Kubitschek, naquela ocasião o médico-chefe do Hospital de Sangue. Posteriormente, entrou para o quadro da Força Pública, por concurso. Em 1933, foi para Barbacena na qualidade de Oficial Médico do 9º Batalhão de Infantaria. Aprovado em concurso para o Itamaraty, passou alguns anos de sua vida como diplomata na Europa e na América Latina. No início da carreira diplomática, exerceu, como primeira função no exterior, o cargo de cônsul-adjunto do Brasil em Hamburgo, na Alemanha, de 1938 a 1942. No contexto da Segunda Guerra Mundial, para auxiliar judeus a fugir para o Brasil, emitiu, ao lado da sua segunda esposa, Aracy de Carvalho Guimarães Rosa, mais vistos do que as quotas legalmente estipuladas, tendo, por essa ação humanitária e de coragem, ganho, no pós-Guerra, o reconhecimento do Estado de Israel. Aracy é a única mulher homenageada no Jardim dos Justos entre as Nações, o Yad Vashem, que é o memorial oficial de Israel para lembrar as vitimas judaicas do Holocausto. No Brasil, na sua segunda candidatura para a Academia Brasileira de Letras, foi eleito por unanimidade (1963). Temendo ser tomado por uma forte emoção, adiou a cerimónia de posse durante quatro anos. No seu discurso, quando enfim decidiu assumir a cadeira da Academia, em 1967, chegou a afirmar, em tom de despedida, como se soubesse o que se passaria ao entardecer do domingo seguinte: "…a gente morre é para provar que viveu." Faleceu três dias mais tarde, na cidade do Rio de Janeiro, a 19 de novembro. Se a certidão de óbito atestou que morreu de enfarte do miocárdio, a sua morte permanece um mistério inexplicável, sobretudo por estar previamente anunciada na sua obra mais marcante - Grande Sertão: Veredas -, romance qualificado por Rosa como uma "autobiografia irracional". Talvez a explicação esteja na própria travessia simbólica do rio e do sertão de Riobaldo, ou no amor inexplicável por Diadorim, maravilhoso demais e terrível demais, beleza e medo ao mesmo tempo, ser e não-ser, verdade e mentira. Diadorim-Mediador, a alma que se perde na consumação do pacto com a linguagem e a poesia. Riobaldo (Rosa-IO-bardo), o poeta-guerreiro que, em estado de transe, dá à luz obras-primas da literatura universal. Biografia e ficção se fundem e se confundem nas páginas enigmáticas de João Guimarães Rosa, desaparecido prematuramente, aos 59 anos de idade, no ápice de sua carreira literária e diplomática.
  
Contexto literário
Realismo mágico, regionalismo, liberdades e invenções linguísticas e neologismos são algumas das características fundamentais da literatura de Guimarães Rosa, mas não as suficientes para explicar o seu sucesso. Guimarães Rosa prova o quão importante é ter a linguagem a serviço da temática, e vice-versa, uma potencializando a outra. Nesse sentido, o escritor mineiro inaugura uma metamorfose no regionalismo brasileiro que o traria de novo ao centro da literatura de ficção brasileira.
Guimarães Rosa também seria incluído no cânone internacional a partir do boom da literatura latino-americano pós-1950. O romance entrara em decadência nos Estados Unidos (onde à época era vitrine da própria arte literária, concorrendo apenas com o cinema), especialmente após a morte de Céline (1951), Thomas Mann (1955), Albert Camus (1960), Hemingway (1961), Faulkner (1962). E, a partir de Cem anos de solidão (1967), do colombiano Gabriel García Márquez, a ficção latino-americana torna-se a representação de uma vitalidade artística e de uma capacidade de invenção ficcional que pareciam, naquele momento, perdidas para sempre. São desse período os imortais Mario Vargas Llosa (Peru), Carlos Fuentes (México), Julio Cortázar (Argentina), Juan Rulfo (México), Alejo Carpentier (Cuba) e mais recentemente Angel Ramá (Uruguai).
    
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Gargalhada
  
  
Quando me disseste que não mais me amavas,
e que ias partir,
dura, precisa, bela e inabalável,
com a impassibilidade de um executor,
dilatou-se em mim o pavor das cavernas vazias...
Mas olhei-te bem nos olhos,
belos como o veludo das lagartas verdes,
e porque já houvesse lágrimas nos meus olhos,
tive pena de ti, de mim, de todos,
e me ri
da inutilidade das torturas predestinadas,
guardadas para nós, desde a treva das épocas,
quando a inexperiência dos Deuses
ainda não criara o mundo...
  
  
 

in Magma (1936) - João Guimarães Rosa

Saudades de Mísia...

Leigh Nash, vocalista da banda Sixpence None the Richer, faz hoje 49 anos

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Leigh Bingham Nash (New Braunfels, Texas, 27 de junho de 1976) é cantoracompositora norte-americana, mais conhecida por ter sido vocalista da banda Sixpence None the Richer.

Ela afastou-se da banda Sixpence None The Richer por causa da sua gravidez, pouco antes desta anunciar o seu fim, em 2004.

Passado o período de amamentação, ela lançou o seu próprio selo, One Son Records, e começou a compor as suas próprias músicas pela primeira vez. Em 2006, Leigh Nash lançou o seu primeiro álbum: Blue on Blue. Nas vésperas de Natal do mesmo ano lançou um EP Wishing For This com músicas com temas natalícios. 

 

 

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Jack Lemmon morreu há vinte e quatro anos...

  
John Uhler Lemmon III (Newton, 8 de fevereiro de 1925 - Los Angeles, 27 de junho de 2001), mais conhecido como Jack Lemmon, foi um premiado ator norte-americano.
 
Morreu em 2001, ao 76 anos de idade, vítima de cancro da bexiga. Encontra-se sepultado no Westwood Village Memorial Park Cemetery, Los Angeles, Condado de Los Angeles, Califórnia nos Estados Unidos. Possui uma estrela na Calçada da Fama
   

John Entwistle morreu há vinte e três anos...

               
John Alec Entwistle (Chiswick, Londres, 9 de outubro de 1944 - Las Vegas, 27 de junho de 2002) foi um baixista, compositor, cantor e trompetista britânico, mais conhecido pelo seu trabalho no baixo com a banda de rock The Who.
A sua sonoridade agressiva no instrumento influenciou várias gerações de baixistas, levando-o a ser definido como "o maior baixista da história do rock" por publicações como Greenwich Time e The Ledger.
A base de seu instrumento era alcançada através da utilização de linhas pentatónicas e um som agudo pouco comum, alcançado através da utilização de cordas de aço RotoSound. Entwistle possuía uma coleção de mais de 200 instrumentos, refletindo as diferentes marcas que utilizou durante a sua carreira: baixos Fender e Rickenbacker nos anos 60, Gibson e Alembic nos anos 70, Warwick nos anos 80 e baixos Status de fibra de carbono nos anos 90.
John Entwistle morreu em Las Vegas no dia 27 de junho de 2002, um dia antes do início de mais uma turnê norte-americana dos The Who.
O médico legista determinou que a sua morte foi devido a um ataque cardíaco, provocado por uma quantidade não determinada de cocaína. Embora a quantidade no seu sangue fosse mínima, a droga fez com que as suas artérias coronárias - já prejudicadas por um problema cardíaco não tratado - se contraíssem, o que levou ao ataque cardíaco fatal. Entwistle, assim como Townshend, lutou contra o vício de álcool e drogas durante a maior parte de sua vida.