O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Na noite de 3 de setembro de 1758, D. José I seguia incógnito, numa carruagem que percorria uma rua secundária, nos arredores de Lisboa.
O rei regressava para as tendas da Ajuda de uma noite com a amante.
Pelo caminho, a carruagem foi intercetada, por três homens, que
dispararam sobre os ocupantes. D. José I foi ferido num braço, o seu
condutor também ficou ferido gravemente, mas ambos sobreviveram e
regressaram à Ajuda.
Sebastião de Melo tomou o controle imediato da situação. Mantendo em
segredo o ataque e os ferimentos do rei, ele efetuou um julgamento rápido.
Poucos dias depois, dois homens foram presos e torturados. Os homens
confessaram a culpa e que tinham tido ordens da família dos Távoras, que
estavam a conspirar pôr o duque de Aveiro, José Mascarenhas, no trono. Ambos foram enforcados no dia seguinte, mesmo antes da tentativa de regicídio
ter sido tornada pública. Nas semanas que se seguem, a marquesa Leonor
de Távora, o seu marido, o conde de Alvor, todos os seus filhos,
filhas e netos foram encarcerados. Os conspiradores, o duque de Aveiro e
os genros dos Távoras, o marquês de Alorna e o conde de Atouguia foram
presos com as suas famílias. Gabriel Malagrida, o jesuíta confessor de Leonor de Távora foi igualmente preso.
Foram todos acusados de alta traição e de regicídio. As provas apresentadas em tribunal eram simples:
a) As confissões dos assassinos executados;
b) A arma do crime pertencia ao duque de Aveiro;
c) O facto de apenas os Távoras poderem ter sabido dos afazeres do Rei nessa noite, uma vez que ele regressava de uma ligação com Teresa de Távora, presa com os outros.
Os Távoras negaram todas as acusações mas foram condenados à morte. Os
seus bens foram confiscados pela coroa, o seu nome apagado da nobreza e
os brasões familiares foram proibidos. A varonia Távora e morgadio foram então transferidos para a casa dos condes de São Vicente.
A sentença ordenou a execução de todos, incluindo mulheres e crianças. Apenas as intervenções da Rainha Mariana e de Maria Francisca,
a herdeira do trono, salvaram a maioria deles. A marquesa, porém, não
seria poupada. Ela e outros acusados que tinham sido sentenciados à
morte foram torturados e executados publicamente em 13 de janeiro de 1759 num descampado, perto de Lisboa, próximo da Torre de Belém.
A Crise de reféns da escola de Beslan (conhecida também como Cerco à escola de Beslan ou Massacre de Beslan) teve início no dia 1 de setembro de 2004, quando terroristas armados fizeram mais de 1.200 reféns entre crianças e adultos, na Escola N.º 1, da cidade russa de Beslan, na Ossétia do Norte.
Os terroristas chechenos colocaram explosivos no prédio da escola e mantiveram os reféns sob a mira de armas por três dias. Em 3 de setembro,
no terceiro dia da crise, as forças de segurança russas terão entrado
na escola e atacado os sequestradores, que detonaram explosivos e
dispararam contra os reféns. O resultado foi a morte de 344 civis, sendo
186 deles crianças e centenas de feridos.
O grupo terrorista liderado por Shamil Bassaiev, denominado "Brigada Chechena de Reconhecimento e Sabotagem", ligado aos separatistas chechenos, assumiu a responsabilidade pelo atentado terrorista à escola, que foi liderado pelo seu principal subalterno inguche, Magomet Yevloyev.
Em 1 de setembro de 2004 o Conselho de Segurança da ONU condenou o ataque em termos fortes e encorajou os Estados a cooperar ativamente com as autoridades russas para trazer à Justiça os perpetradores. O Secretário-geralKofi Annan condenou o ocorrido como um "massacre de crianças brutal e sem sentido" e "terrorismo, puro e simples".
O presidente da Comissão EuropeiaRomano Prodi, em nome da Comissão, respondeu em 3 de setembro de 2004 dizendo que: "a matança dessas pessoas inocentes é um ato vil e maléfico de barbárie".
O presidente dos Estados UnidosGeorge W. Bush, num discurso perante a Assembleia Geral da ONU em setembro de 2004 afirmou que os terroristas de Beslan "medem o seu sucesso [...] na morte de inocentes e na dor das famílias enlutadas". E em 2005 chamou-o de "massacre terrorista das crianças de Beslan".
No Vaticano, o papaJoão Paulo II condenou o ataque como uma "vil e impiedosa agressão contra crianças e famílias indefesas".
Nelson Mandela chamou o ataque "um bárbaro e violento ato de terrorismo", dizendo que "de
nenhuma maneira pode a vitimização e morte de crianças inocentes ser
justificada em qualquer circunstância, e especialmente não por razões
políticas".
O governo de Israel
ofereceu auxílio na reabilitação dos reféns libertos. Imediatamente
após o ataque uma equipa israelita especializada em traumas foi enviada
para Beslan e, posteriormente, psicólogos russos que trabalhavam com as vítimas receberam treino em Israel.
Um grupo de organizações de direitos humanos, inclusive a Amnistia Internacional, condenou a "ação [...] repugnante" e "demonstração cabal de desrespeito à vida de civis" e ainda afirmou que foi "um ataque ao mais fundamental direito - o direito à vida; nossas organizações denunciam este ato sem reservas".
Fernando Machado Soares (São Roque do Pico, 3 de setembro de 1930 – Almada, 7 de dezembro de 2014) foi um poeta, cantor, intérprete e compositor no âmbito da Canção de Coimbra, jurista e juiz jubilado, mais conhecido pela sua Balada da Despedida do 6.º ano Médico (1958), intitulada "Coimbra tem mais encanto".
Autor de diversos temas célebres, entre eles a "Balada da Despedida do
6º Ano Médico" (1958); co-autoria de Francisco Bandeira Mateus.
Fernando Machado Soares, que foi juiz-conselheiro do Supremo Tribunal
de Justiça, recebeu em 2006 o Prémio Tributo Amália Rodrigues “pela
excelência da carreira artística e dedicação aos outros”. Morreu aos 84
anos, em Almada, cidade onde se realizou o funeral.
Walter Carl Becker (Queens, New York, February 20, 1950 – Manhattan, New York, September 3, 2017) was
an American musician, songwriter, and record producer. He was the
co-founder, guitarist, bassist, and co-songwriter of the jazz rock band Steely Dan.
Becker met future songwriting partner Donald Fagen while they were students at Bard College.
After a brief period of activity in New York City, the two moved to Los
Angeles in 1971 and formed the nucleus of Steely Dan, which enjoyed a
critically and commercially successful ten-year career. Following the
group's dissolution, Becker moved to Hawaii and reduced his musical
activity, working primarily as a record producer. In 1985, he briefly
became a member of the English band China Crisis, producing and playing synthesizer on their album Flaunt the Imperfection.
Serenidade És Minha (À Memória de Fernando Pessoa)
Vem, serenidade! Vem cobrir a longa fadiga dos homens, este antigo desejo de nunca ser feliz a não ser pela dupla humidade das bocas.
Vem, serenidade! Faz com que os beijos cheguem à altura dos ombros e com que os ombros subam à altura dos lábios, faz com que os lábios cheguem à altura dos beijos. Carrega para a cama dos desempregados todas as coisas verdes, todas as coisas vis fechadas no cofre das águas: os corais, as anémonas, os monstros sublunares, as algas, porque um fio de prata lhes enfeita os cabelos.
Vem, serenidade, com o país veloz e virginal das ondas, com o martírio leve dos amantes sem Deus, com o cheiro sensual das pernas no cinema, com o vinho e as uvas e o frémito das virgens, com o macio ventre das mulheres violadas, com os filhos que os pais amaldiçoam, com as lanternas postas à beira dos abismos, e os segredos e os ninhos e o feno e as procissões sem padre, sem anjos e, contudo com Deus molhando os olhos e as esperanças dos pobres.
Vem, serenidade, com a paz e a guerra derrubar as selvagens florestas do instinto.
Vem, e levanta palácios na sombra. Tem a paciência de quem deixa entre os lábios um espaço absoluto.
Vem, e desponta, oriunda dos mares, orquídea fresca das noites vagabundas, serena espécie de contentamento, surpresa, plenitude.
Vem dos prédios sem almas e sem luzes, dos números irreais de todas as semanas, dos caixeiros sem cor e sem família, das flores que rebentam nas mãos dos namorados dos bancos que os jardins afogam no silêncio, das jarras que os marujos trazem sempre da China, dos aventais vermelhos com que as mulheres esperam a chegada da força e da vertigem.
Vem, serenidade, e põe no peito sujo dos ladrões a cruz dos crimes sem cadeia, põe na boca dos pobres o pão que eles precisam, põe nos olhos dos cegos a luz que lhes pertence.
Vem nos bicos dos pés para junto dos berços, para junto das campas dos jovens que morreram, para junto das artérias que servem de campo para o trigo, de mar para os navios.
Vem, serenidade! E do salgado bojo das tuas naus felizes despeja a confiança, a grande confiança. Grande como os teus braços, grande serenidade!
E põe teus pés na terra, e deixa que outras vozes se comovam contigo no Outono, no Inverno, no Verão, na Primavera.
Vem, serenidade, para que se não fale nem da paz nem da guerra nem de Deus, porque foi tudo junto e guardado e levado para a casa dos homens.
Vem, serenidade, vem com a madrugada, vem com os anjos de ouro que fugiram da Lua, com as nuvens que proíbem o céu, vem com o nevoeiro.
Vem com as meretrizes que chamam da janela, o volume dos corpos saciados na cama, as mil aparições do amor nas esquinas, as dívidas que os pais nos pagam em segredo, as costas que os marinheiros levantam quando arrastam o mar pelas ruas.
Vem, serenidade, e lembra-te de nós, que te esperamos há séculos sempre no mesmo sítio, um sítio aonde a morte tem todos os direitos.
Lembra-te da miséria dourada dos meus versos, desta roupa de imagens que me cobre o corpo silencioso, das noites que passei perseguindo uma estrela, do hálito, da fome, da doença, do crime, com que dou vida e morte a mim próprio e aos outros.
Vem, serenidade, e acaba com o vício de plantar roseiras no duro chão dos dias, vicio de beber água com o copo do vinho milagroso do sangue.
Vem, serenidade, não apagues ainda a lâmpada que forra os cantos do meu quarto, o papel com que embrulho meus rios de aventura em que vai navegando o futuro.
Vem, serenidade! E pousa, mais serena que as mãos de minha Mãe, mais húmida que a pele marítima do cais, mais branca que o soluço, o silêncio, a origem, mais livre que uma ave em seu vôo, mais branda que a grávida brandura do papel em que escrevo, mais humana e alegre que o sorriso das noivas, do que a voz dos amigos, do que o sol nas searas.
De manhã, quando as carroças de hortaliça chiam por dentro da lisa e sonolenta tarefa terminada, quando um ramo de flores matinais é uma ofensa ao nosso limitado horizonte, quando os astros entregam ao carteiro surpreendido mais um postal da esperança enigmática, quando os tacões furados pelos relógios podres, pelas tardes por trás das grades e dos muros, pelas convencionais visitas aos enfermos, formam, em densos ângulos de humano desespero, uma nuvem que aumenta a vã periferia que rodeia a cidade, é então que eu te peço como quem pede amor: Vem, serenidade!
Com a medalha, os gestos e os teus olhos azuis, vem, serenidade!
Com as horas maiúsculas do cio, com os músculos inchados da preguiça, vem, serenidade!
Vem, com o perturbante mistério dos cabelos, o riso que não é da boca nem dos dentes mas que se espalha, inteiro, num corpo alucinado de bandeira.
Vem, serenidade, antes que os passos da noite vigilante arranquem as primeiras unhas da madrugada, antes que as ruas cheias de corações de gás se percam no fantástico cenário da cidade, antes que, nos pés dormentes dos pedintes, a cólera lhes acenda brasas nos cinco dedos, a revolta semeie florestas de gritos e a raiva vá partir as amarras diárias.
Vem, serenidade, leva-me num vagão de mercadorias, num convés de algodão e borracha e madeira, na hélice emigrante, na tábua azul dos peixes, na carnívora concha do sono.
Leva-me para longe deste bíblico espaço, desta confusão abúlica dos mitos, deste enorme pulmão de silêncio e vergonha. Longe das sentinelas de mármore que exigem passaporte a quem passa.
A bordo, no porão, conversando com velhos tripulantes descalços, crianças criminosas fugidas à policia, moços contrabandistas, negociantes mouros, emigrados políticos que vão em busca da perdida liberdade, Vem, serenidade, e leva-me contigo. Com ciganos comendo amoras e limões, e música de harmônio, e ciúme, e vinganças, e subindo nos ares o livre e musical facho rubro que une os seios da terra ao Sol.
Vem, serenidade! Os comboios nos esperam. Há famílias inteiras com o jantar na mesa, aguardando que batam, que empurrem, que irrompam pela porta levíssima, e que a porta se abra e por ela se entornem os frutos e a justiça.
Serenidade, eu rezo: Acorda minha Mãe quando ela dorme, quando ela tem no rosto a solidão completa de quem passou a noite perguntando por mim, de quem perdeu de vista o meu destino.
Ajuda-me a cumprir a missão de poeta, a confundir, numa só e lúcida claridade, a palavra esquecida no coração do homem.
Vem, serenidade, e absolve os vencidos, regulariza o trânsito cardíaco dos sonhos e dá-lhes nomes novos, novos ventos, novos portos, novos pulsos.
E recorda comigo o barulho das ondas, as mentiras da fé, os amigos medrosos, os assombros daÍndia imaginada, o espanto aprendiz da nossa fala, ainda nossa, ainda bela, ainda livre destes montes altíssimos que tapam as veias ao Oceano.
Vem, serenidade, e faz que não fiquemos doentes, só de ver que a beleza não nasce dia a dia na terra.
E reúne os pedaços dos espelhos partidos, e não cedas demais ao vislumbre de vermos a nossa idade exacta outra vez paralela ao percurso dos pássaros.
E dá asas ao peso da melancolia, e põe ordem no caos e carne nos espectros, e ensina aos suicidas a volúpia do baile, e enfeitiça os dois corpos quando eles se apertarem, e não apagues nunca o fogo que os consome. o impulso que os coloca, nus e iluminados, no topo das montanhas, no extremo dos mastros na chaminé do sangue.
Serenidade, assiste à multiplicação original do Mundo: Um manto terníssimo de espuma, um ninho de corais, de limos, de cabelos, um universo de algas despidas e retrácteis, um polvo de ternura deliciosa e fresca.
Vem, e compartilha das mais simples paixões, do jogo que jogamos sem parceiro, dos humilhantes nós que a garganta irradia, da suspeita violenta, do inesperado abrigo.
Vem, com teu frio de esquecimento, com tua alucinante e alucinada mão, e põe, no religioso ofício do poema, a alegria, a fé, os milagres, a luz!
Vem, e defende-me da traição dos encontros, do engano na presença de Aquele cuja palavra é silêncio, cujo corpo é de ar, cujo amor é demais absoluto e eterno para ser meu, que o amo.
Para sempre irreal, para sempre obscena, para sempre inocente, Serenidade, és minha.
No dia 26 de agosto de 2024, pelas 05.11 (hora local), ocorreu um sismo
de magnitude local M5,3 (escala de Richter), com epicentro a cerca 60
km a oeste de Sines (Setúbal) e a 25 km de profundidade.
Este sismo, que não causou danos, foi sentido com intensidade máxima
IV/V na Escala de Mercalli Modificada (MM56) na região de Setúbal,
Lisboa, Beja, Faro, Santarém e Leiria, tendo sido sentido com menor
intensidade no resto do território do continente.
Até ao momento foram registadas (e não sentidas) 9 réplicas de pequena magnitude:
26ago 05:47 - 1.2 ML
26ago 06:40 - 1.1 ML
26ago 07:14 - 0.9 ML
26ago 07:27 - 1.0 ML
26ago 11:44 - 1.6 ML
26ago 11:56 - 1.5 ML
26ago 22:53 - 0.9 ML
27ago 00:14 - 1.4 ML
27ago 00:30 - 0.8 ML
Através do questionário macrossísmico online, foram já rececionados no
IPMA mais de 19.000 testemunhos referenciando os efeitos deste sismo.
Em termos de magnitude, e considerando uma área com um raio de 100km em
torno do epicentro, trata-se do 10º maior sismo ocorrido desde o séc.
XVI, sendo esta zona muito marcada pela ocorrência, em 1858, de um
terramoto histórico particularmente importante, conhecido como o sismo
de Setúbal e que teve uma magnitude de M7.1. Na estação acelerométrica
mais próxima do epicentro do sismo do dia 26 de agosto, foram medidos os
maiores valores de aceleração do movimento do solo alguma vez
registados com instrumentação moderna em Portugal continental
Se a situação o justificar esta notícia será atualizada e emitidos novos comunicados.
A localização do epicentro de um sismo é um processo físico e matemático
complexo que depende do conjunto de dados, dos algoritmos e dos modelos
de propagação das ondas sísmicas. Agências diferentes podem produzir
resultados ligeiramente diferentes. Do mesmo modo, as determinações
preliminares são habitualmente corrigidas posteriormente, pela
integração de mais informação. Em todos os casos acompanhe sempre as
indicações dos serviços de proteção civil.
Lili'uokalani, Rainha do Havai (Honolulu, Havai, 2 de setembro de 1838 - Honolulu, Havai, 11 de novembro de 1917) - originalmente Lydia Kamaka'eha, também conhecida como Lydia Kamaka'eha Paki, escolhendo como nome real Lili'uokalani, e mais tarde teve o nome trocado para Lydia K. Dominis - foi a última monarca do Reino do Havai. Foi também compositora de Aloha ʻOe e de outras músicas. Ela escreveu sua autobiografia "Hawaii's Story by Hawaii's Queen" (História do Havai pela Rainha do Havai) após perder o seu trono.
A última rainha soberana do Havai nasceu em 1838, em Honolulu. De
acordo com as tradições havaianas da época, foi adotada no
nascimento por Abner Paki e a sua esposa, Konia (neta do Rei Kamehameha I). A infância de Liliuokalani foi passada com Bernice Pauahi, filha biológica dos Pakis. Liliuokalani estudou na Escola Real e tornou-se fluente em inglês.
Em 16 de setembro de 1862, casou-se com John Owen Dominis, que se tornou o governador de Oahu e Maui. O casal não teve filhos; o herdeiro do trono de Lili'uokalani era a sua sobrinha, Victoria Ka'iulani (1875–1899).
Lili'uokalani herdou o trono do seu irmão Kalākaua em 17 de janeiro de 1891.
Logo após a sua ascensão ao poder, ela tentou promulgar uma nova
constituição, já que a "Constituição da Baioneta" - assim apelidada
porque havia sido assinada pelo monarca anterior sob pressão - limitava o
seu poder. Foi derrotada, em 1893, por descendentes de norte-americanos que queriam que o reino passasse a fazer parte dos Estados Unidos da América, algo que finalmente conseguiram anos depois, quando a monarca abdicou do trono para evitar lutas sangrentas.
Os empresários americanos, que há anos investiam na produção
açucareira, estavam preocupados com os impostos cobrados pelo Reino do
Havai, por isso almejavam a anexação do território aos Estados Unidos,
um grande mercado consumidor. Em 1893, o representante do governo
norte-americano no Havaí, John L. Stevens, pediu que as tropas do U.S.S.
Boston, estabelecidas em terra, protegessem os negócios e as propriedades
dos norte-americanos. Sua Majestade foi deposta naquele ano e foi
estabelecido um governo provisório.
O governo do presidente dos EUA, Grover Cleveland (1893-1897),
acreditava que a população havaiana estava do lado de sua monarca e que
a deposição da rainha era ilegal. Por conta disso, em 16 de novembro de 1893,
o governo ofereceu à rainha a restauração do seu trono se ela
concedesse amnistia a todos os envolvidos na deposição. Num primeiro
momento, a rainha negou, alegando que queria que os golpistas fossem
punidos. Ante esta situação, o Presidente Cleveland levou a questão ao Congresso. Em 18 de dezembro de 1893
o ministro norte-americano Willis solicitou ao governo provisório que
devolvesse o poder a Lili'uokalani, que se negou a fazê-lo. Em 4 de julho (alusão ao dia da independência dos EUA) de 1894, foi proclamada a República do Havaí e Sanford B. Dole, um dos primeiros defensores da república, nomeado presidente. O governo dos EUA logo reconheceu o novo país.
Lili'uokalani foi detida em 16 de janeiro de 1895
(vários dias após uma rebelião de Robert Wilcox) quando armas de fogo
foram encontradas nos jardins da sua casa; facto do qual ela negou ter
conhecimento. Por este motivo, foi sentenciada a cinco anos de trabalhos
forçados na prisão e a uma multa de $5.000, mas a sentença foi comutada
para prisão domiciliar no Palácio 'Iolani, onde ficou presa até 1896.
Após oito meses, ela abdicou ao trono, em troca da libertação dos seus
aliados da prisão e do perdão das penas de morte que enfrentavam.
Mudou-se para o palácio Washington Place, onde residiu de forma anónima até à sua morte, em 1917, por complicações de um derrame cerebral. O território do Havai foi anexado pelos Estados Unidos em 1898.
Nascido em Paris, a capital francesa, numa família aristocrática, descendente de Fernando III de Castela, Pierre de Frédy foi inspirado pelas suas visitas a colégios ingleses e americanos, e propôs-se a melhorar os sistemas de educação. Acredita-se que foi ele quem teve a ideia de reiniciar com os Jogos Olímpicos.
A certo ponto, após ter idealizado uma competição internacional para
promover o atletismo, e tirando partido de um crescente interesse
internacional nos Jogos Olímpicos da Antiguidade, alimentado por descobertas arqueológicas nas ruínas de Olímpia, o barão de Coubertin concebeu um plano para fazer reviver os Jogos Olímpicos.
Jogos Olímpicos
Para publicar os seus planos, organizou um congresso internacional em 23 de junho de 1894 na Sorbonne em Paris.
Então, propôs que fosse reinstituída a tradição de realizar um evento
desportivo internacional periódico, inspirado no que se fazia na Grécia antiga. Este congresso levou à constituição do Comité Olímpico Internacional(COI),
do qual o barão de Coubertin seria secretário geral. Foi também
decidido que os primeiros Jogos Olímpicos da era moderna teriam lugar em
Atenas, na Grécia e que a partir daí, tal como na antiguidade, seriam realizados a cada quatro anos uma Olimpíada. Dois anos depois realizaram-se os Jogos Olímpicos de Verão de 1896, que foram um sucesso.
Após os Jogos de 1896, Demetrius Vikelas
abandonou o posto de presidente do COI e Pierre de Coubertin tomou o
seu lugar na frente da organização. Apesar do sucesso dos primeiros
jogos, o Movimento Olímpico enfrentaria tempos difíceis, com os Jogos Olímpicos de 1900 e de 1904 a serem completamente obscurecidos pelas exposições mundiais em que foram integrados, e passando completamente despercebidos.
A situação melhorou com a realização dos Jogos Olímpicos de Verão de 1906
que, utilizando o pretexto de comemorar os 10 anos da primeira edição,
serviram para limpar a imagem e promover os Jogos como um evento
internacional por excelência. A partir de então os Jogos Olímpicos
continuariam a ganhar audiência, tornando-se o mais importante evento
desportivo mundial. Pierre de Coubertin abandonou a presidência do COI
após os Jogos Olímpicos de Verão de 1924,
realizados em Paris, a sua cidade natal, e com um sucesso muito maior
que a anterior edição de 1900. Foi sucedido no cargo por Henri de Baillet-Latour.
Morte
Coubertin morreu em 2 de setembro de 1937, em Genebra. Foi enterrado em Lausanne (local da sede do COI), mas o seu coração está sepultado, separadamente, num monumento perto das ruínas da antiga Olímpia.
Em 1978 ingressou em Letras da FFLCH-USP, onde seguiria o curso de Linguística, não fosse o sucesso dos Titãs lhe tomar todo o tempo entre shows, gravações, ensaios, turnês e entrevistas.
No dia 13 de novembro de 1985, foi preso, juntamente com o colega de Titãs Tony Bellotto, por porte de heroína. Arnaldo passou 26 dias preso e foi condenado por tráfico de drogas. Desligou-se da banda em 1992,
depois de dez anos de grupo, por conta de suas direções artísticas.
Apesar de sua saída, Arnaldo continuou compondo com os demais
integrantes do grupo e várias dessas parcerias foram incluídas em discos
dos Titãs, assim como em seus discos solo.
Em 1997, fez participação especial no álbum Acústico MTV, dos Titãs. Na
ocasião, Antunes cantou a faixa "O Pulso", música originalmente
gravada no álbum Õ Blésq Blom, de 1989.
No ano de 2002, formou, em parceria com os amigos Marisa Monte e Carlinhos Brown, o trio Tribalistas, pelo qual lançaram o álbum homónimo.
O álbum foi sucesso de público e crítica e vendeu, até 2009, mais de
2.100.000 cópias no Brasil e na Europa. Foi também indicado a cinco
categorias do Grammy Latino em 2003, ganhando o prémio de Melhor Álbum
Pop Contemporâneo Brasileiro.
É conhecido na América do Sul por ser um dos principais compositores da
música pop brasileira, respirando de influências concretistas e
pós-modernas. Compositor de hits como "Pulso", "Alma", "Socorro",
"Não Vou Me adaptar", "Beija Eu", "Infinito Particular", "Vilarejo",
"Velha Infância" e "Quem Me Olha Só", já teve suas canções
interpretadas por artistas como Jorge Drexler, Marisa Monte, Nando Reis, Zélia Duncan, Cássia Eller, Frejat, Margareth Menezes, Pepeu Gomes, além, claro dos Titãs, banda da qual fez parte até 1992.
Os Massacres de setembro de 1792 designam uma série de execuções sumárias, e em massa, que se desenrolaram de 2 de setembro até 7 de setembro de 1792, em Paris.
É um dos episódios sombrios da Revolução Francesa. Os historiadores
não estão de acordo quanto às motivações que levaram o povo a cometer
esses atos criminosos contra prisioneiros encarcerados na sequência dos "acontecimentos de 10 de agosto de 1792". Esses eventos determinaram o fim da monarquia e culminaram com a prisão do Rei Luís XVI. A matança foi perpetrada não apenas em Paris, mas igualmente em outras cidades do país, como Orléans, Meaux e Reims, sem no entanto alcançarem a mesma amplitude da capital.
Contexto
A França está em guerra contra a Áustria desde 20 de abril de 1792.
Os exércitos prussianos investem contra Longwy, em 23 de agosto, e Verdun, cercada, está perto de sofrer a mesma sorte. Espalha-se, então, por uma dezena de líderes revolucionários, entre eles Antoine Joseph Santerre e seu cunhado Étienne-Jean Panis, um sentimento de pânico: no Manifesto de Brunswick de 25 de julho - cuja autenticidade foi depois contestada -, o duque de Brunswick teria empregado expressões pouco corretas:
por falta de responsabilização e de um retorno à ordem real, os
exércitos prussianos entregariam Paris à execução militar e a uma
subversão total.
O rumor propaga-se. Alguns querem transferir as instituições da República para a província e evacuar a capital. Danton opõe-se energicamente a esta solução. Começa a aparecer a ideia de um "inimigo interno". Um novo rumor, habilmente difundido, diz que os contra-revolucionários, presos durante os eventos de 10 de agosto, arquitetam um complot, que são cúmplices e, portanto, culpados pelas ameaças proferidas por Brunswick. Os líderes da Revolução sugerem que seja exigido pelo "povo", uma justiça rápida a fim de pôr termo a esse complot.
(...)
Jean-Paul Marat
Após a tomada da Bastilha, Jean-Paul Marat
asseguravam para quem quisesse ouvir que a política mais eficaz para
romper com o passado consistia em fazer cair algumas centenas de
cabeças. O seu jornal, que noticiava com antecedência os massacres dos
quais foi co-autor, era um dos mais virulentos da capital. Marat possuía
um grande prestígio nos meios menos educados após a prisão do Rei em Varennes. Ele contava assim no "L'Ami du Peuple" ("O Amigo do Povo", em português), o seu jornal, que "o
episódio dos massacres de setembro surgiu de uma estratégia popular
insurrecional, comum a todos os movimentos extremistas e principalmente
quando estes se sentem ameaçados, que visava colocar os mais moderados
frente ao facto consumado e impedia qualquer recuo, eliminando homens do
lado oposto, tornando os moderados cúmplices (ainda que só por sua
inação) de um massacre, criando uma atmosfera de Terror, visando calar a
expressão de uma opinião contrária".
E, de facto, os massacres e as ameaças que a Comuna e seu exército
revolucionário, dirigido por Hanriot, fizeram a partir daí pesar sobre a
Comuna, permitiram aos "Exagerados" tomar lugar preponderante nos
acontecimentos de 1793 e no desenrolar do Terror do ano II.
Os massacres de setembro de 1792 são na verdade o prelúdio a esta
lógica do terrorismo como instrumento de controle do poder durante o
ano II (1793-1794). Constituem assim uma das primeiras "derrapadas" da
Revolução Francesa. Este acontecimento permanece objeto de debates entre
historiadores, alguns defendendo uma visão leninista ou estalinista
da Revolução, outros empenhando-se em mostrar os limites do poder
popular e os perigos, atualmente, de uma exemplaridade do terrorismo.
Números
Os
Massacres de Setembro de 1792 fizeram um total aproximado de 1.400
vítimas, sem que se possa fixar exatamente o número, já que se dispõe
apenas de aproximações, baseadas nos números dados por Matton de La
Varenne e Peltier, que podem ser confrontados com os registos das
prisões de que se tem cópia.
As 191 vítimas religiosas são consideradas mártires pela Igreja Católica, entre elas 3 bispos, 127 padres seculares, 56 religiosos e 5 laicos, que foram beatificados, em outubro de 1926, por Pio XI.
Henri Rousseau - auto-retrato, Galeria Nacional de Praga
Henri-Julien-Félix Rousseau (Laval, 21 de maio de 1844 - Paris, 2 de setembro de 1910), conhecido também pelo público como o douanier (aduaneiro) por ter trabalhado como inspetor de alfândega, foi um pintorfrancês inserido no movimento moderno do pós-impressionismo.
A sua obra foi pouco apreciada pelo público geral e pelos críticos,
seus contemporâneos, tendo sido constantemente remetida para o grupo da
arte naïf e primitivista
- pelo seu carácter autodidata, resultado da inexistência de formação
académica no campo artístico, pela recusa dos cânones da arte
reconhecida até então e pela aparente ingenuidade grotesca.
Vida
Henri Rousseau, filho de Julien Rousseau (latoeiro) e Eléonore, vai
refletir ao longo da sua vida o insucesso financeiro da sua família e o
tormento pela falta de perspetivas resultante desse nível social
inferior. A sua vida escolar até 1860
toma lugar em Laval, incluindo a permanência num internato em
consequência da vida pouco sedentária que os seus pais se veem obrigados
a levar após a falência do negócio do pai.
Em 1861 a família estabelece-se em Angres, onde Rousseau trabalhará num escritório de advocacia entre 1863 e 1867. Após roubar 20 francos
a este escritório e ser condenado a 1 mês de prisão, Rousseau alista-se
voluntariamente no 51º Regimento de Infantaria de Angres para um
período de 7 anos, o qual não chegará ao fim por ser dispensado em 1868. Neste mesmo ano o seu pai morre e Rousseau estabelece-se em Paris onde, no ano seguinte, casa com Clémence Boitard, uma costureira, com quem terá 5 filhos, dos quais 4 morrerão precocemente.
A partir de 1871, e após ter trabalhado como empregado de um oficial de diligências, Rousseau inicia o seu trabalho na alfândega de Paris. Decorridos 19 anos de casamento, Clémence morre vítima de tuberculose e Rousseau volta a contrair matrimónio dez anos depois, em 1899, com a viúva Joséphine-Rosalie Nourry. Pouco tempo depois, em 1903, morre também a sua segunda mulher, um ano após Rousseau se tornar professor na Association Philotechnique onde ensina a técnica da pintura em porcelana e de miniaturas.
Rousseau infringe de novo a lei e é sentenciado, em 1909, a 2 anos de prisão, com pena suspensa e uma coima de 200 francos, por fraude bancária. Morre, com 66 anos, a 2 de setembro de 1910, vítima de septicemia.
Salma Hayek Pinault (born Salma Valgarma Hayek Jiménez in Coatzacoalcos, Veracruz, September 2, 1966) is a Mexican and American film actress and producer.
Hồ Chí Minh (Kiem Lan, 19 de maio de 1890 - Hanói, 2 de setembro de 1969) foi um revolucionário e estadista vietnamita. Nguyễn Sinh Cung nasceu na província de Nghệ An e somente mais tarde seria mundialmente conhecido como Hồ Chí Minh ("aquele que ilumina"). Embora Ho desejasse ser cremado, foi embalsamado e o seu corpo atualmente encontra-se no seu mausoléu, em Hanói.
Em 1911 começa a trabalhar como cozinheiro num navio francês, em que visita o mundo todo, inclusive o Brasil. Instala-se em Londres em 1915; e com 21 anos de idade parte para a França, onde vive como jardineiro e garçon. Envolve-se com os movimentos socialistas franceses e, em 1920, ajuda a fundar o Partido Comunista Francês. Em 1923 vai para Moscovo estudar táticas de guerrilha e entra para o Komintern, braço internacional do Partido Comunista Russo. Dois anos depois, é enviado para a China, país de onde é expulso em 1927. Vive em vários países até chegar a Hong Kong, de onde dirige o movimento anti-imperialista na Indochina, dominada pela França desde 1854.
Preso pelos Ingleses em 1930, consegue escapar e refugia-se em Moscovo. Em 1941 funda a Liga pela Independência
(Vietminh), para lutar contra os Franceses. Durante a II Guerra Mundial
utiliza a guerrilha no combate aos Japoneses, invasores da Indochina.
Ao fim do conflito, forma um Estado independente ao norte da região, o
Vietname. A França contra-ataca e a Guerra da Indochina só termina em
1954, com a vitória do Vietminh. O país é dividido em dois. Ho Chi Minh,
presidente do Vietname do Norte, treina e aparelha as forças da Frente de Libertação Nacional do Vietname do Sul (Vietcong), que visam reunificar o país, o que leva à Guerra do Vietname. Morre em Hanói em 2 de setembro de 1969. Em 30 de abril de 1975 um tanque norte-vietnamita entrou no palácio presidencial do regime Sul-Vietnamita, apoiado pelos Estados Unidos,
encerrando mais de dez anos de sangrento conflito. Saigão, a antiga
capital do Vietname do Sul, foi rebatizada posteriormente com o nome de Cidade de
Ho Chi Minh.