segunda-feira, agosto 12, 2024
Música de aniversariante de hoje...
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Marcadores: folk, homossexuais, música, pop, Tanita Tikaram, Twist in my Sobriety
Poema adequado à data...
Era já madrugada e nós seguimos
quilómetro a quilómetro a corrida
Era já madrugada e nós corríamos
com aquele que levava ao peito as quinas
Era já madrugada e nós não víamos
o loiro Menelau e as belas crinas
dos imbatíveis cavalos do Atrida.
Era só Carlos Lopes que nós víamos
e com ele ganhámos a corrida
aquela madrugada e toda a vida.
Manuel Alegre
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Marcadores: Carlos Lopes, Manuel Alegre, medalha de ouro, Olimpíadas, poesia
Deimos, o mais pequeno satélite de Marte, foi descoberto há 147 anos
Asaph Hall descobriu Deimos em 12 de agosto de 1877, por volta das 07.48 UTC, e Phobos em 18 de agosto de 1877, no Observatório Naval dos Estados Unidos em Washington, DC, por volta das 09.14 GMT (fontes contemporâneas, usando a convenção astronómica pré-1925 que começou o dia ao meio-dia, dá a hora da descoberta como 11 de agosto 14.40 e 17 de agosto 16.06 (hora média de Washington, respetivamente). Na época, ele estava deliberadamente procurando por luas marcianas. Hall já tinha visto o que parecia ser uma lua marciana em 10 de agosto, mas devido ao mau tempo, ele não pôde identificá-los definitivamente até mais tarde.
Hall registou a sua descoberta de Fobos em seu caderno da seguinte forma:
"Repeti o exame na parte inicial da noite de 11 [de agosto de 1877], e novamente não encontrei nada, mas tentando novamente algumas horas depois, encontrei um objeto tênue no lado seguinte e um pouco ao norte do planeta. hora de garantir uma observação da sua posição quando o nevoeiro do Rio interrompeu os trabalhos, isto foi às duas e meia da noite do dia 11. O tempo nublado interveio durante vários dias."Em 15 de agosto o tempo parecia mais promissor, dormi no Observatório. O céu clareou com uma tempestade às 11 horas e a busca foi retomada. A atmosfera, entretanto, estava em muito mau estado e Marte estava tão escaldante e instável que nada podia ser visto do objeto, que agora sabemos que estava naquela época tão perto do planeta que era invisível. “Em 16 de agosto o objeto foi encontrado novamente no lado seguinte do planeta, e as observações daquela noite mostraram que ele estava se movendo com o planeta, e se um satélite, estava perto de um de seus alongamentos. Até este momento eu não havia dito nada a ninguém no Observatório da minha busca por um satélite de Marte, mas ao deixar o observatório após as observações do dia 16, por volta das três da manhã, contei ao meu assistente, George Anderson, a quem havia mostrado o objeto, que pensei ter descoberto um satélite de Marte. Disse-lhe também para ficar calado, pois não queria que nada fosse dito até que o assunto estivesse fora de dúvida. Ele não disse nada, mas a coisa era boa demais para se guardar. Em 17 de agosto, entre a uma e as duas horas, enquanto eu reduzia minhas observações, o Professor Newcomb entrou em meu quarto para almoçar e eu mostrei a ele as minhas medidas do objeto fraco perto de Marte, o que provou que ele estava se movendo com o planeta.
"Em 17 de agosto, enquanto esperava e observava a lua externa, a interna foi descoberta. As observações dos dias 17 e 18 colocaram fora de dúvida o caráter desses objetos e a descoberta foi anunciada publicamente pelo almirante Rodgers."
Visto de Deimos, Marte surge no céu como um objeto 1000 vezes maior e 400 vezes mais brilhante do que a Lua cheia, como é observada da Terra.
Visto de Marte, Deimos surge como um pequeno ponto no céu, difícil de distinguir dos outros astros embora, no seu máximo brilho, possua um brilho equivalente a Vénus (tal como é visto da Terra).
Uma missão de retorno de amostras chamada "Gulliver" foi conceptualizada. Basicamente, um quilograma de material de Deimos seria trazido para a Terra nessa missão.
Postado por Fernando Martins às 01:47 0 bocas
Marcadores: Asaph Hall, astronomia, Deimos, Marte
Schrodinger nasceu há 137 anos
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Marcadores: Equação de Schrödinger, Erwin Schrödinger, Física, gato de Schrodinger, Prémio Nobel
Miguel Torga nasceu há 117 anos...
Miguel Torga, pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha (Vila Real, São Martinho de Anta, 12 de agosto de 1907 - Coimbra, 17 de janeiro de 1995), foi um dos mais influentes poetas e escritores portugueses do século XX. Destacou-se como poeta, contista e memorialista, mas escreveu também romances, peças de teatro e ensaios.
Vou aqui como um anjo, e carregado
De crimes!
Com asas de poeta voa-se no céu...
De tudo me redimes, Penitência De ser artista!
Nada sei,
Nada valho,
Nada faço,
E abre-se em mim a força deste abraço
Que abarca o mundo!
Tudo amo, admiro e compreendo.
Sou como um sol fecundo
Que adoça e doira, tendo
Calor apenas.
Puro,
Divino
E humano como os outros meus irmãos,
Caminho nesta ingénua confiança
De criança
Que faz milagres a bater as mãos.
in Penas do Purgatório (1954) - Miguel Torga
Postado por Fernando Martins às 01:17 0 bocas
Marcadores: Adolfo Correia da Rocha, Coimbra, literatura, Medicina, Miguel Torga, poesia, Trás-os-Montes
Tanita Tikaram nasceu há 55 anos
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Henry Fonda morreu há 42 anos...
Henry Jaynes Fonda (Grand Island, 16 de maio de 1905 - Los Angeles, 12 de agosto de 1982) foi um ator de cinema norte-americano. É o patriarca de uma família de atores, entre os quais os seus filhos Jane Fonda e Peter Fonda e a sua neta Bridget Fonda.
Postado por Fernando Martins às 00:42 0 bocas
Marcadores: actor, cinema, Henry Fonda
Ganhámos o primeiro ouro olímpico português há quarenta anos - obrigado Carlos Lopes...!
Atletismo | |||||||||||||||||||||||||||||||
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Nome completo | Carlos Alberto de Sousa Lopes | ||||||||||||||||||||||||||||||
Modalidade | 10.000 m e Maratona | ||||||||||||||||||||||||||||||
Nascimento | 18 de fevereiro de 1947 Vildemoinhos, Portugal | ||||||||||||||||||||||||||||||
Nacionalidade | Portuguesa | ||||||||||||||||||||||||||||||
Compleição | Peso: 55 kg Altura: 1,67 m | ||||||||||||||||||||||||||||||
Clube | Sporting (1967 - 1985) | ||||||||||||||||||||||||||||||
Período em atividade | (1967 - 1985) | ||||||||||||||||||||||||||||||
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Carlos Lopes Mais do que ser primeiro Herói é quem Sabe dar-se inteiro E dentro de si mesmo, ir mais além. |
- 5000 metros: 13.16,38 (Oslo - 1984)
- 10000 metros: 27.17,48 (Estocolmo - 1984)
- Maratona: 2.07.12 (Maratona de Roterdão - 1985)
- 3000 metros obstáculos: 8.39,6 (Lisboa - 1973)
- 1976 venceu o Campeonato do Mundo de corta-mato
- 1976 2º Lugar nos 5000 metros dos Jogos Olímpicos de Montreal
- 1977 2º Lugar no Campeonato do Mundo de corta-mato
- 1982 venceu os 10000 metros de Bislett Games em Oslo
- 1982 venceu a Corrida de São Silvestre de São Paulo, Brasil
- 1983 2º Lugar no Campeonato do Mundo de corta-mato
- 1983 2º Lugar na maratona de Roterdão
- 1984 venceu o Campeonato do Mundo de corta-mato
- 1984 2º Lugar no Meeting de Estocolmo, em 1º lugar ficou outro português, Fernando Mamede.
- 1984 venceu a maratona nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, estabelecendo o recorde olímpico da prova
- 1984 venceu a tradicional Corrida de São Silvestre de São Paulo, no Brasil
- 1985 venceu o Campeonato do Mundo de Corta-mato (cross-country)
- 1985 venceu a maratona de Roterdão e quebrou o recorde mundial da prova
- 2 Campeonatos Nacionais 5000 metros (1968, 1983)
- 2 Campeonatos Nacionais 10000 metros (1970, 1978)
- 1 Campeonato Nacional 3000 metros com obstáculos (1975)
- 1972 - Munique - 5000 metros (Qualificações)
- 1972 - Munique - 10000 metros (Qualificações)
- 1976 - Montreal, Canadá - 10000 metros (Medalha de prata)
- 1984 - Los Angeles - Maratona (Medalha de ouro)
- 1983 - Helsínquia - 10000 metros (6º lugar)
- 1971 - Helsínquia - 10000 metros (33º lugar)
- 1971 - Helsínquia - 3000 metros com obstáculos (Qualificações)
- 1974 - Roma - 10000 metros (Desistiu)
- 1982 - Atenas - 10000 metros (4º lugar)
- 1976 - Chepstow, País de Gales - Medalha de ouro
- 1977 - Dusseldorf - Medalha de prata
- 1983 - Gateshead, Inglaterra - Medalha de prata
- 1984 - East Rutherford, Estados Unidos - Medalha de ouro
- 1985 - Lisboa - Medalha de ouro
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Marcadores: Carlos Lopes, Jogos Olímpicos, medalhas, Moniz Pereira, Sporting
Luther Allison morreu há vinte e sete anos...
No meio de sua turnê no verão de 1997, Allison deu entrada no hospital por sentir tonturas e falta de coordenação. Foi descoberto que ele tinha um tumor no pulmão que se espalhou, com metástases, até ao seu cérebro. Após entrar e sair do estado de coma, Allison morreu em 12 de agosto de 1997, cinco dias antes de completar 58 anos, em Madison, Wisconsin. O seu álbum Reckless fora recém lançado. Allison foi enterrado no Cemitério Washington Memory Gardens em Homewood, Illinois. Seu filho Bernard Allison, que havia tocado como membro de sua banda, agora tem uma carreira a solo.
Foi introduzido postumamente no Blues Hall of Fame em 1998. Em 2000, o Chicago Sun-Times o chamou de "Bruce Springsteen dos blues".
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Marcadores: blues, guitarra, It Hurts Me Too, Luther Allison
O submarino Kursk afundou-se há vinte e quatro anos...
"Está escuro aqui para escrever, mas vou tentar pelo tato. Parece que não há hipóteses, 10-20%. Vamos esperar para que, pelo menos, alguém leia isto. Aqui está a lista de pessoal de outras secções, que estão agora no nono e tentarão sair. Cumprimentos a todos, sem necessidade de ficar desesperados."Capitão-Tenente Dmitri Kolesnikov
Postado por Fernando Martins às 00:24 0 bocas
Marcadores: acidente, acidente nuclear, Kursk, Mar de Barents, Rússia, submarino, Vladimir Putin
Helena Vaz da Silva morreu há vinte e dois anos...
Helena Maria da Costa de Sousa de Macedo Gentil (Lisboa, Santa Catarina, 3 de julho de 1939 – Lisboa, 12 de agosto de 2002) foi uma das primeiras e mais influentes jornalistas culturais em Portugal.
Filha única do Francisco Mascarenhas Gentil, licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e de sua mulher D. Isabel Maria da Ascenção Barjona de Freitas da Costa de Sousa de Macedo. O seu avô paterno, o médico cirurgião e professor de Medicina Francisco Soares Branco Gentil, foi o fundador e diretor do Instituto Português de Oncologia (IPO) e director da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.
Frequenta o Colégio de freiras de St. Augustin e as escolas das irmãs Escravas e Oblatas, sempre com excecional aproveitamento. Com 17 anos começa a sua vida profissional na agência de publicidade de Martins da Hora, na mesma secretária em que trabalhou Fernando Pessoa. Mais tarde, volta a estudar Jornalismo e Sociologia, na Universidade de Vincennes, em Paris, onde assiste também aos acontecimentos de maio de 68.
Casa no Mosteiro dos Jerónimos, a 7 de março de 1959, com Alberto de Mira Mendes Vaz da Silva (Lisboa, 7 de agosto de 1936 – Lisboa, 7 de julho de 2015), com quem tem quatro filhos; Francisco, Salvador, Tomás e Helena. Insere-se no influente círculo cultural, em que se integram António Alçada Batista, Nuno Bragança, João Bénard da Costa, Pedro Tamen, José Escada, Luís Sousa Costa, Nuno Cardoso Peres e Cristovam Pavia. Sobre esse grupo disse Helena: “Para lá do trabalho em comum que tínhamos (no projeto editorial da Livraria Moraes), chegámos a planear constituir uma comunidade segundo um projeto só nosso, a que chamámos O Pacto”. Esse projeto não se concretizou, mas realizou-se um outro, o da criação de uma revista “de pensamento e ação”, que nasceu em 1963 e que se chamou “O Tempo e o Modo” – iniciativa marcante, pela abertura de novos horizontes políticos, culturais, literários e artísticos. A revista congregaria personalidades de diversas sensibilidades, empenhadas na renovação da vida portuguesa no sentido da democracia: Mário Soares, Salgado Zenha, Jorge Sampaio, Sottomayor Cardia, Vasco Pulido Valente, Manuel de Lucena, Sophia de Mello Breyner, Jorge de Sena, Agustina Bessa-Luís, Ruy Belo, M.S. Lourenço, Eduardo Lourenço, António Ramos Rosa, José Cardoso Pires e Vergílio Ferreira. Dois dos mais aclamados números temáticos desta revista foram “Deus, O Que É?” e “O Casamento”.
Ingressa no quadro do “Expresso” e dirige os programas políticos e sociais da RTP. Em 1977 entra na ANOP (Agência Noticiosa Portuguesa), para chefiar a área da cultura. Em 1978, assume a direção e a propriedade da revista “Raiz e Utopia”, fundada por António José Saraiva, Carlos Medeiros Silva e José Batista, e imprime uma orientação inconformista virada para os grandes debates europeus do momento.
Em 1979, assume a Presidência do Centro Nacional de Cultura (CNC), que leva a cabo até à sua morte. Lá inicia e desenvolve uma ação incansável em prol da divulgação, do estudo e da preservação da língua e da cultura portuguesas. Lança os “passeios de Domingo” - itinerários culturais como forma de conhecimento e valorização do património histórico e da criação artística e cultural contemporânea. Organiza debates, colóquios, cursos livres, diversas publicações e o ciclo “Os Portugueses ao Encontro da Sua História”.
Em 1980 é Vice-Presidente do Instituto Português de Cinema e conhece Marguerite Yourcenar, de quem se torna amiga e tradutora. Também Edgar Morin e Yehudi Menuhin são, aliás, referências fundamentais do círculo de afetos e de referência intelectuais e éticas de Helena Vaz da Silva. Em 1987, integra o Conselho Consultivo da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses e de 1989 a 1994 é Presidente da Comissão Nacional da UNESCO, mandato que coincide com o de Federico Mayor como diretor geral da organização, o que permitiu a Portugal exercer um papel decisivo no Ano Internacional dos Oceanos, na Expo 98 e realizar em Lisboa a Reunião Inter-Regional sob o tema “A UNESCO para o Século XXI”.
Em 1992, é membro do Conselho de Orientação para os Itinerários Culturais do Conselho da Europa e em 1994 foi eleita deputada ao Parlamento Europeu pelo PSD, exercendo um mandato muito marcante: “consegui pôr Portugal na agenda dos agentes culturais europeus e pôr a cultura na agenda da Europa”. Em 1996 integrou a Comissão para o Futuro da Televisão em Portugal e em 2002 toma posse como Presidente do Grupo de Trabalho sobre o Serviço Público de Televisão.
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Marcadores: Cultura, Helena Vaz da Silva, jornalismo
Les Paul morreu há quinze anos...
O último czarevitch russo nasceu há cento e vinte anos...
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Marcadores: Alexei Nikolaevich Romanov, assassinato dos Romanov, Czarevitch, dinastia dos Romanov, Império Russo, Romanov, Rússia
Mark Knopfler - 75 anos...!
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Marcadores: blues-rock, Brothers in Arms, celtic rock, Dire Straits, Mark Knopfler, música, Rock, Roots rock
Zia-ul-Haq nasceu há um século...
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Marcadores: ditadores, Paquistão, Zia-ul-Haq
Poesia adequada à data...!
(imagem daqui)
Chuva de Estrelas
Cadente inquietação no céu florido.
Assim quebra a seráfica harmonia
O barro incandescente que não pára.
Da paternal e constelada vara
Do divino pastor
Fogem massas de luz, ovelhas tresmalhadas.
Nem mesmo Deus, dulcíssimo Senhor,
Consegue aquietar no seu amor
As forças da ilusão, manietadas!
in Penas do Purgatório (1954) - Miguel Torga
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Marcadores: chuva de meteoros, chuvas de estrelas, Miguel Torga, Perseidas, poesia
domingo, agosto 11, 2024
Notícia que ajuda a explicar as auroras boreais deste ano...
Fenómeno raro: quatro regiões do Sol foram vistas a explodir em simultâneo
O Observatório de Dinâmica Solar da NASA captou um fenómeno raro esta terça-feira, 23 de abril. Trata-se de quatro enormes regiões do Sol a explodir em simultâneo.
As erupções do Sol são uma ocorrência comum, especialmente quando estamos perto do pico do ciclo de atividade do Sol, conhecido como o máximo solar.
“As manchas solares são áreas onde o campo magnético é cerca de 2.500 vezes mais forte do que o da Terra, muito mais elevado do que em qualquer outra parte do Sol”, explica o Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos.
Devido ao forte campo magnético, a pressão magnética aumenta enquanto a pressão atmosférica circundante diminui - o que, por sua vez, baixa a temperatura em relação ao ambiente circundante porque o campo magnético concentrado inibe o fluxo de gás quente e novo do interior do Sol para a superfície.
Segundo o IFL Science, este fenómeno resulta em grandes explosões à superfície. Raramente, podem ocorrer pares de explosões em simultâneo, conhecidas como explosões solares simpáticas.
Pensava-se que eram coincidências, mas uma análise estatística, efetuada em 2002, mostrou que não são. Em vez disso, ocorrem porque estão ligadas através de laços magnéticos.
Mais raramente ainda, podem ocorrer mais do que duas ao mesmo tempo, o que é conhecida como uma explosão solar “super-simpática”.
Inicialmente não era claro se os detritos das erupções solares iriam atingir a Terra, embora o Spaceweather.com informasse que, a acontecer, seria a 26 de abril.
Tal como acontece com a maioria das tempestades geomagnéticas, as pessoas foram informadas que não tem provavelmente nada com que se preocupar.
in ZAP
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Marcadores: auroras boreais, Ciclo de Schawabe, ejeções de massa coronal, EMC
Curiosidades (geológicas e geográficas...) do nosso planeta
A maior montanha da Terra não é o Evereste. E o maior deserto não tem areia
Algumas curiosidades que desafiam o senso comum - e contrariam o que tínhamos a certeza de que sabíamos sobre o nosso querido planeta.
Poderíamos começar por lhe dizer que a Terra não é redonda, mas nem é preciso: todos nós (se não formos conspiracionistas da Terra Plana), já sabemos que o nosso planeta não é uma bola, é uma esfera achatada.
Bem, começámos mesmo por dizê-lo, portanto mais vale dar detalhes.
A Terra é, com efeito, um esferoide oblato: é ligeiramente achatada nos polos e mais larga no equador. Esta forma é devida à rotação do planeta, que causa um achatamento à volta do equador.
A diferença entre os raios polar e equatorial da Terra é de 21 km - o que parece pouco, comparado com os 6.371 km do raio médio do planeta. Esta é no entanto uma diferença significativa, que faz da Terra um… ovo.
Mas o terceiro planeta a contar do Sol encerra mais algumas particularidades surpreendentes, que contrariam o que achávamos que sabíamos. Para começar… a montanha mais alta da Terra não é o Monte Evereste.
A montanha mais alta da Terra
Todos sabemos (hummm) que a montanha mais alta da Terra é o Monte Evereste. Está situado nos Himalaias e tem uma altitude de 8.848 m.
No entanto, o Evereste só é o monte mais alto do planeta se contarmos a altura da montanha a partir do nível do mar.
Se, em vez disso, considerarmos a distância total desde a base até ao topo, então o pico mais alto do planeta será o vulcão Mauna Kea, no Havai. A sua altura total é de 10.305 m, mas cerca de 6.000 m estão escondidos debaixo de água.
Além disso, há também uma terceira forma de determinar a altura de uma montanha: a distância do centro da Terra ao seu topo. Neste caso, é preciso ter em conta a forma da Terra, que, como vimos acima, é ligeiramente maior no equador.
Se tomarmos essa medida, o pico mais alto do nosso planeta será então o vulcão Chimborazo, no Equador. O seu pico está a 6.384,4 km de distância do centro da Terra, enquanto o Monte Evereste está apenas a 6.382,3 km.
O pico do Chimborazo é, também por estar no Equador, o ponto da Terra que está mais perto do espaço.
A substância mais comum na Terra
A Terra é constituída, mais ou menos, pelos mesmos elementos químicos que os restantes planetas terrestres do Sistema Solar.
Essencialmente, contém ferro – 32,1% do seu peso total. Segue-se o oxigénio (30,1%), o silício (15,1%), o magnésio (13,9%), o enxofre (2,9%), o níquel (1,8%), o cálcio (1,5%) e o alumínio (1,4%).
Tudo o resto é paisagem: os restantes elementos representam apenas 1,2% da massa do planeta.
A grande maioria do ferro e do níquel, bem como uma grande quantidade de enxofre, encontram-se na parte mais pesada do nosso planeta – o seu núcleo. Assim, a composição da crosta terrestre, ou seja, as rochas com as quais estamos em contacto direto, é visivelmente diferente.
O oxigénio é responsável pela maior parte da massa da crosta terrestre, representando cerca de 46,1%. Segue-se o silício (28,2%), o alumínio (8,23%), o ferro (5,63%), o cálcio (4,15%), o sódio (2,4%), o potássio e o magnésio – 2,3% cada.
O hidrogénio, o elemento mais abundante no Universo, representa apenas 1% de todas as substâncias presentes na Terra.
Apesar de ser a substância mais comum na crosta terrestre, o oxigénio representa apenas cerca de 21% da atmosfera terrestre. Quase 4/5 da nossa atmosfera, cerca de 78% é composta por azoto.
E ainda bem. Se assim não fosse, não existiríamos.
Com efeito, respirar ar com uma percentagem elevada de O2 durante períodos prolongados pode levar à toxicidade por oxigénio, causando danos nos pulmões e outros problemas de saúde, como perda de visão, tonturas, problemas respiratórios e, em casos extremos, convulsões.
Bem, talvez existíssemos, mas teríamos evoluído de outra forma e seríamos criaturas diferentes.
O oxigénio não cresce nas árvores
Por falar em oxigénio. Ao contrário da crença popular, a maior parte do O2 que existe na atmosfera não tem origem nas densas florestas tropicais do planeta.
Na realidade, o oxigénio nasce no mar. Os responsáveis pela produção do gás de que dependemos para viver são as algas fotossintetizantes microscópicas que compõem o chamado fitoplâncton.
Os cientistas estimam que entre 55% e 80% de todo o oxigénio do planeta é produzido por estes seres aquáticos.
Assim, apesar de as florestas serem frequentemente consideradas como os “pulmões da Terra“, é o fitoplâncton que sustenta grande parte da produção de oxigénio do planeta.
Vá lá então, plantinhas do mar, não se lembrem de começar agora a reproduzir-se desalmadamente e a encher a atmosfera de oxigénio, que não estamos preparados para o respirar.
Os maiores desertos não têm areia
Os maiores desertos da Terra variam consideravelmente de tipo, sendo alguns frios e outros quentes. Normalmente, pensamos nos desertos como extensões gigantescas de areia, como o Saara, mas a maior parte dos desertos do mundo não é coberta por areia.
A Antártida, por exemplo, é considerada um deserto porque, apesar de estar completamente coberta de gelo, tem muito pouca precipitação: menos de 200 mm por ano. Na realidade, o Deserto Antártico é o maior deserto do mundo, com uma área de cerca de 14 milhões de km2.
Também o segundo maior deserto do planeta é um deserto frio e árido, dominado por gelo e neve, com cerca de 13,9 km2: o Ártico, que abrange várias regiões no extremo norte do globo, incluindo partes do Canadá, da Gronelândia, Rússia, e Alasca.
Aquele que nos vem à imediatamente cabeça quando nos perguntam qual é o maior deserto do mundo (se é que alguém nos faz por algum motivo tal pergunta bizarra), o Deserto do Saara, é apenas o terceiro maior do mundo. Localizado no Norte da África, tem apenas cerca de 9,2 milhões de km2.
Seguem-se três desertos quentes: o Deserto Árabe, na Península Arábica (2,3 milhões de km2), o Deserto de Gobi, que se espalha entre a Mongólia e a China (1,3 milhões de km2), e o Deserto do Kalahari , quase todo no Botswana (900 mil km2).
Curiosamente, apesar das suas condições extremamente áridas, o Kalahari suporta uma variedade surpreendente de plantas e animais, que se adaptaram ao seu ambiente e lá fazem a sua vidinha. E na verdade, todos os desertos do planeta albergam diversos tipos de vida - entre animais, vegetais e micro-organismos.
Assim, os nossos desertos nem sequer são… desertos. A Terra é fascinante.
in ZAP
Postado por Fernando Martins às 16:48 0 bocas
Marcadores: Antártida, Ártico, Chimborazo, deserto do Saara, desertos, Evereste, fotossíntese, Geoquímica, Mauna Kea, oxigénio