sábado, novembro 12, 2022

Mort Shuman nasceu há 86 anos

 
Mort Shuman (Brooklyn, New York, November 12, 1936 – London, November 2, 1991) was an American singer, pianist and songwriter, best known as co-writer of many 1960s rock and roll hits, including "Viva Las Vegas". He also wrote and sang many songs in French, such as "Le Lac Majeur", "Allo Papa Tango Charlie", "Sha Mi Sha", "Un Eté de Porcelaine", and "Brooklyn by the Sea" which became hits in France.

 


O 12.º Marquês de Fronteira (e Conde da Torre, Conde de Assumar, Conde de Coculim e Marquês de Alorna) morreu há oito anos

 (imagem daqui)
  
D. Fernando José Fernandes Costa Mascarenhas (Lisboa, 17 de abril de 1945 - Lisboa, 12 de novembro de 2014), 13.º Conde da Torre, 13.º Conde de Assumar, 12.º Conde de Coculim, 9.º Marquês de Alorna e 12.º Marquês de Fronteira. Casado duas vezes, não deixou filhos já que um problema endócrino, detetado quando tinha 14 anos, o impossibilitava de gerar descendência. Como sucessor designou o seu sobrinho António, vontade expressa no Sermão ao Meu Sucessor – Notas para Uma Ética da Sobrevivência.
  

Armas de Mascarenhas chefe, in Livro do Armeiro-Mor (1509), armas dos Condes da Torre (1638) e Marqueses de Fronteira (1670)

     

Música de aniversariante de hoje...

Phil Taylor, ex-baterista dos Motorhead, morreu há sete anos

  
Phil Taylor, mais conhecido como "Philthy Animal" Taylor (do inglês: "Animal Imundo"), (Chesterfield, 21 de setembro de 1954 - 12 de novembro de 2015) foi o baterista da banda britânica de heavy metal Motörhead de 1975 a 1984 e de 1987 a 1992. Ele fez parte da chamada "formação clássica" dos Motörhead, com Lemmy Kilmister e Eddie Clarke.
Através do Facebook o ex-guitarrista do Motörhead "Fast" Eddie Clarke, publicou sobre a morte de Philthy "Animal" Taylor, o baterista da formação clássica do Motörhead. Phil Taylor morreu às 01.15 do dia 12 de novembro de 2015, com 61 anos de idade. Segundo a sua nota, Philthy "Animal" Taylor já andava doente há algum tempo. A insuficiência hepática foi citada como uma causa.
Ficou em 39° lugar na lista dos "50 melhores bateristas de hard rock e metal de todos os tempos" do site Loudwire. Em 2015 o seu nome novamente figurou noutra lista de "melhores", quando apareceu na 47ª posição da lista 60 Pesos Pesados da Bateria elaborada pela revista Roadie Crew.
  

 


Hoje é dia de recordar um massacre...

Bahá'u'lláh nasceu há 205 anos

   
Mírzá Husayn-'Alí, que se proclamou Bahá'u'lláh (Teerão, 12 de novembro de 1817 - Acre, 29 de maio de 1892), do árabe: "A Glória de Deus", foi o fundador da Fé Bahá'í, a mais jovem das grandes religiões monoteístas mundiais.
Bahá'u'lláh declarou ser ele o cumpridor da profecia Bábí: "aquele de que Deus fará manifesto", e portanto "Suprema Manifestação de Deus". A Fé Bahá'í o tem como inaugurador de um novo ciclo profético, posterior aos de Krishna, Abraão, Moisés, Zaratustra, Buda, Jesus, Maomé e Báb.
Bahá'u'lláh foi o autor de vários trabalhos religiosos. As suas obras mais notáveis são o Kitáb-i-Aqdas e o Livro da Certeza (Kitáb-i-Íqán).
  
   

O breve Andropov passou a mandar na URSS há quarenta anos

  
Iúri Vladimirovitch Andropov (Stavropol, 15 de julho de 1914 - Moscovo, 9 de fevereiro de 1984) foi um político soviético e Secretário-Geral do Partido Comunista da União Soviética desde o dia 12 de novembro de 1982 até à sua morte, além de chefe do serviço secreto soviético, o KGB, durante quinze anos.
O seu local de nascimento é incerto, porém acredita-se que foi próximo de Stavropol, na Rússia meridional. Estudou por um curto período no Instituto Técnico para o Transporte Aquático de Rybinsk, antes de se juntar ao Komsomol em 1930. Ele concluiu a graduação em 1939 foi o primeiro secretário do Komsomol na república da Carélia finlandesa, entre 1940 e 1944. Após a guerra, mudou-se para Moscovo em 1951 e entrou para o secretariado do partido.
Após a morte de Estaline, em março de 1953, Andropov foi rebaixado de posto e enviado para um "exílio" na embaixada soviética em Budapeste por Georgi Malenkov. Ele teve um papel importante na invasão soviética da Hungria em 1956.
Andropov voltou a Moscovo para chefiar o Departamento para Relações com países socialistas (1957-1967) e foi promovido para o secretariado do Comité Central do PC Soviético em 1962, sucedendo a Mikhail Suslov. Em 1967 foi indicado para chefe da KGB. Em 1973 tornou-se membro de pleno direito do Politburo, apesar de não ter renunciado à chefia da KGB até 1982.
Envolveu-se em rumores e acusações com a morte suspeita do então líder Leonid Brejnev, em 10 de novembro de 1982. Brejnev teria morrido de overdose, motivada por sua enfermeira, que estava ligada ao KGB, chefiado por Andropov. Quando a enfermeira foi inocentada e o caso abafado, passou-se a questionar a culpa de Andropov na morte do seu antecessor. Pouco depois, foi indicado, como previsto, para a liderança do Partido Comunista, vencendo Konstantin Chernenko, líder parlamentar de longa data. Foi o primeiro chefe da KGB a ser indicado. Herdou ainda, de Brejnev, a presidência e conselho de Defesa do país.
Durante o seu mandato fez tentativas de melhorar a economia e de reduzir a corrupção. Também é lembrado pela sua campanha contra o alcoolismo e esforços para melhorar a disciplina no trabalho. As duas campanhas foram conduzidas com uma visão administrativa tipicamente soviética, e lembraram vagamente reminiscências do estalinismo.
Fez pouca coisa em termos de política externa - a guerra iniciada após a invasão do Afeganistão continuou. O seu governo também foi marcado pela deterioração das relações com os EUA por causa das atitudes fortemente anti-soviéticas de Ronald Reagan, exacerbadas pelo derrube por caças soviéticos de um avião civil sul-coreano que invadiu o espaço aéreo russo a 1 de setembro de 1983 e pela ampliação do número de mísseis Pershing na Europa.
Morreu, de falência renal, em 9 de fevereiro de 1984 após vários meses com problemas de saúde, e foi sucedido por Konstantin Chernenko.
O legado de Andropov ainda é tema de muito debate, tanto na Rússia quanto em outros locais, e tanto entre académicos como nos meios de comunicação. Ele permanece no foco de vários documentários televisivos e em livros de não-ficção, particularmente em datas importantes.
Apesar de sua linha-dura na Hungria e de numerosos banimentos e intrigas pelas quais foi responsável durante a sua longa permanência na chefia da KGB, tornou-se muito lembrado por vários comentaristas como um reformador. Eles apontam como evidências o facto de haver promovido Mikhail Gorbachev na hierarquia do aparelho do PC soviético e ter sido considerado um chefe da KGB particularmente tolerante. Também lembrado como menos inclinado a reformas rápidas do que foi Gorbachev; o ponto central das especulações é se Andropov teria conseguido ou não reformar a URSS de tal maneira que tivesse evitado o seu colapso.
   

O Massacre de Santa Cruz foi há trinta e um anos...

Túmulo do Sebastião Gomes no cemitério Santa Cruz
   
O Massacre de Santa Cruz em Timor-Leste foi um tiroteio sobre manifestantes pró-independência no cemitério de Santa Cruz em Díli, a 12 de novembro de 1991, durante a ocupação de Timor-Leste pela Indonésia. A maioria das vítimas foram jovens, por isso, depois da independência, passou a ser um feriado, o Dia Nacional da Juventude em Timor Leste. Nesse dia tinha havido uma missa por alma de Sebastião Gomes, um jovem membro da resistência timorense (RENETIL), e havido uma romagem à sua campa no cemitério. Os jovens motivados pela revolta por esse assassinato, manifestaram-se contra os militares da Indonésia com o objetivo de mostrarem o seu apoio à independência do país.
  
História
Após a invasão de Timor-Leste pela Indonésia em 1975 (então, formalmente, ainda Timor Português), muitos timorenses sentiam-se oprimidos e foram mortos por questões políticas. Desde então, a resistência timorense combateu o exército indonésio. Em outubro de 1991 uma delegação com membros do Parlamento Português e 12 jornalistas planeavam visitar o território de Timor Leste durante a visita do Representante Especial das Nações Unidas para os Direitos Humanos e Tortura, Pieter Kooijmans. O governo Indonésio objetou à inclusão na delegação da jornalista australiana Jill Jolliffe, que apoiava e ajudava o movimento independentista Fretilin, e Portugal, consequentemente, cancelou a ida da delegação. O cancelamento desmoralizou os ativistas independentistas em Timor Leste, que esperavam usar a visita para melhorar a visibilidade internacional da sua causa. As tensões entre as autoridades indonésias e a juventude timorense aumentaram após o cancelamento da visita dos deputados de Portugal. Em 28 de outubro, as tropas indonésias localizaram um grupo de membros da resistência na Igreja de Motael, em Díli. O confronto deu-se entre os ativistas pró-integração e os ativistas independentistas que estavam na Igreja; quando este acabou, um homem de cada lado estava morto. Sebastião Gomes, um apoiante da independência de Timor Leste, foi retirado da Igreja e abatido pela tropa indonésia e o integracionista Afonso Henriques foi atingido e morto durante a luta.
A 12 de novembro, mais de duas mil pessoas marcharam desde a igreja onde se celebrou uma missa em memória de Sebastião Gomes até ao cemitério de Santa Cruz, onde está enterrado, para lhe prestar homenagem. O exército indonésio abriu fogo sobre a população, matando 271 pessoas no local e com 127 a morrer, dos ferimentos, nos dias seguintes. Ainda hoje a localização de muitos corpos continua ainda a ser desconhecida.
Alguns manifestantes foram presos e só foram libertados em 1999, por altura do referendo pela independência.
  
(imagem daqui)
       
Consequências
O massacre foi filmado pelo repórter de imagem Max Stahl, que deu assim uma preciosa ajuda para dar a conhecer ao mundo o que tinha acontecido em Díli. Os acontecimentos foram condenados internacionalmente e chamaram atenção para a causa dos timorenses. Em 1992, Rui Veloso, músico português, compôs e interpretou a música Maubere a favor da causa timorense.
  
No cemitério de Santa Cruz, os manifestantes exibem bandeiras da OJETIL, da FRETILIN e da UDT, forças revolucionárias timorenses (daqui)
 
  

Música para uma Princesa que fazia anos nesta data...

A sonda Philae conseguiu aterrar num cometa há oito anos

Conceção artística que representa o momento da aterragem na superfície do cometa
   
Philae é uma sonda robótica pousadora da Agência Espacial Europeia (ESA) que integra a sonda espacial Rosetta, construída para fazer o primeiro pouso controlado no núcleo de um cometa do Sistema Solar, o 67P/Churyumov-Gerasimenko.
O módulo foi projetado para produzir as primeiras imagens da superfície, fazer análises in situ da composição mineral do cometa e tornou-se o primeiro objeto construído pelo homem a pousar na superfície de um cometa, em 12 de novembro de 2014.
O seu nome vem do Obelisco de Filas (Philae em latim e, por consequência, em inglês), descoberto na Ilha de Filas no rio Nilo e que foi utilizado, juntamente com a Pedra de Rosetta, para ajudar a decifrar os antigos hieróglifos egípcios.
    

Paulinho da Viola faz hoje oitenta anos...!

   
Paulo César Baptista de Faria, mais conhecido como Paulinho da Viola, (Rio de Janeiro, 12 de novembro de 1942) é um cantor brasileiro, compositor e tocador de viola, cavaquinista, bandolinista, cantor e compositor de samba e choro brasileiro, conhecido por suas harmonias sofisticadas e sua voz suave e gentil.
    
   

 


Neil Young - 77 anos

    
Neil Percival Young (Toronto, 12 de novembro de 1945) é um músico e compositor de origem canadiana, que fez a sua carreira nos Estados Unidos. Conhecido pela sua voz nasalada e suas letras pungentes, Young é uma lenda do rock americano, mas o seu estilo musical está entre o folk e o country rock, alternando com álbuns mais "pesados" em que algumas músicas se aproximam do hard rock, com guitarras "sujas" e longos solos improvisados com muita distorção. O seus shows são verdadeiras celebrações de rock, usualmente acompanhado da banda Crazy Horse, que o acompanha desde o início da carreira.

 


sexta-feira, novembro 11, 2022

Hoje é dia de recordar as papoilas dos campos da Flandres...

D. Pedro V morreu há cento e sessenta e um anos...

     
D. Pedro V de Portugal, de nome completo: Pedro de Alcântara Maria Fernando Miguel Rafael Gonzaga Xavier João António Leopoldo Victor Francisco de Assis Júlio Amélio de Saxe-Coburgo-Gotha e Bragança (Lisboa, 16 de setembro de 1837 - Lisboa, 11 de novembro de 1861), cognominado O Esperançoso, O Bem-Amado ou O Muito Amado, foi Rei de Portugal de 1853 a 1861. Filho mais velho da rainha D. Maria II e do seu consorte, o rei D. Fernando II, era sobrinho do imperador do Brasil D. Pedro II, irmão mais novo da sua mãe.

Morreu com apenas 24 anos, em 11 de novembro de 1861, segundo parecer dos médicos, devido à febre tifóide (enquanto o povo suspeitava de envenenamento e por isso viria a amotinar-se). A sua morte provocou uma enorme tristeza em todos os quadrantes da sociedade. Não tendo filhos, foi sucedido pelo irmão, o infante D. Luís, que habitava então no sul de França.
Teve uma notável preparação moral e intelectual. Estudou ciências naturais e filosofia, dominava bem o grego e o latim e chegou a estudar inglês. O seu espírito terá sido influenciado pela convivência que teve com Alexandre Herculano, que foi seu educador. Recebeu ainda inúmeros conselhos sobre governação e sentido de Estado por Mário Jorge de Castro Botelho, com quem trocava correspondência durante o período do seu reinado.
No dizer dos biógrafos, Pedro V: "com um temperamento observador, grave, desde criança [...] mandou pôr à porta do seu palácio uma caixa verde, cuja chave guardava, para que o seu povo pudesse falar-lhe com franqueza, queixar-se [...] O povo começava a amar a bondade e a justiça de um rei tão triste".
   
 [...]
    
Bandeira pessoal de Pedro V
   

Poema de um Rei que hoje faz anos...

 

Ay eu coitada - Amancio Prada

Ay eu coitada, como vivo em gram cuidado
por meu amigo que hei alongado;
.......muito me tarda
.......o meu amigo na Guarda.

Ay eu coitada, como vivo em gram desejo
por meu amigo que tarda e nom vejo;
.......muito me tarda
.......o meu amigo na Guarda.


El-Rei D. Sancho I de Portugal

Zé Katimba faz hoje noventa anos


José Inácio dos Santos
(Guarabira, 11 de novembro de 1932), antes conhecido como Zé Catimba, e que atualmente grafa o seu nome artístico como Zé Katimba, é um compositor de sambas de enredo brasileiro, sendo considerado um dos criadores da versão moderna deste género musical.
Aos 16 anos, participou da fundação da Imperatriz Leopoldinense, e até hoje faz parte da ala de compositores da agremiação.
As músicas de Katimba ganharam voz com: Martinho da Vila, Zeca Pagodinho, Emílio Santiago, Elimar Santos, Demônios da Garoa, João Nogueira, Agepê, Simone, Julio Iglesias, Alcione, Leci Brandão, Elza Soares, Jorge Aragão, além dele próprio. 

 


A mãe do Fundador morreu há 892 anos

 
Teresa de Leão, condessa de Portugal, em galaico-português: Tarasia ou Tareja de Portucale, mais conhecida em Portugal apenas por Dona Teresa (1080 - 11 de novembro de 1130, na Póvoa do Lanhoso ou Mosteiro de Montederramo).

O cisma do Ocidente da Igreja Católica terminou há 605 anos

   
O Concílio de Constança, realizado entre 1414 e 1418 em Constança, foi o 16º concílio ecuménico da Igreja Católica. O seu principal objetivo foi acabar com o cisma papal que tinha resultado do Papado de Avinhão, ou "a catividade babilónica da Igreja", como também é conhecido (um termo cunhado por Martinho Lutero).
Quando o concílio foi convocado, havia três papas, todos clamando legitimidade. Alguns anos antes, em um dos primeiros golpes que afetaram o movimento conciliador, os bispos do concílio de Pisa tinham deposto ambos os papas anteriores e eleito um terceiro papa, argumentando que, em tal situação, um concílio de bispos tem mais autoridade do que um Papa. Isto apenas contribuiu para agravar o cisma.
Com o apoio de Sigismundo, Sacro Imperador Romano, o concílio de Constança recomendou que todos os três papas abdicassem e que um outro fosse escolhido.
   
(...)
   
O concílio também tentou iniciar reformas eclesiásticas. Foi mais tarde declarado que um concílio de bispos não tem maior influência do que o Papa.
Em 1415 o concílio depôs os papas rivais Bento XIII e João XXIII, Gregório XII antes de ser deposto abdicou em 4 de junho. Mais tarde, em 1417, fora eleito Otto de Colonna como Papa Martinho V (1417-1431), dando fim ao Grande Cisma Papal do Ocidente.
  



   
Martinho V, nascido Oddone Colonna (Genazzano, 1365/1368 - Perúgia ou Roma, 20 ou 21 de fevereiro de 1431, Papa entre 1417 e 1431) foi o Papa com o qual terminou o longo cisma do Ocidente da Igreja.

Filho de Agapito Colonna, Senhor de Genazzano, Capranica Prenestina, San Vito e Ciciliano desde 1374, falecido depois de 23 de maio de 1398, e da sua mulher Caterina Conti, foi Protonotário Apostólico e Cardeal com o título de San Giorgio al Velabro desde 12 de junho de 1405. Papa, com nome de Martinho V, desde 11 de novembro de 1417, foi consagrado em Constança a 21 de novembro de 1417.
Eleito de harmonia com os cânones do Concílio de Constança, ficou condicionado pelas respetivas conclusões, em contraste com os seus desígnios de soberania pontifícia não colegial. 
  
   

George Patton nasceu há 137 anos

          
George Smith Patton, Jr. (São Gabriel, 11 de novembro de 1885 - Heidelberg, 21 de dezembro de 1945) foi o general do 3º Exército dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial. Conhecido como "Old Blood and Guts", era amado e odiado pelos seus soldados. Amado por ser considerado um guerreiro nato e odiado pelo facto de ser rígido ao ponto de não admitir que os seus soldados sofressem fadiga: "este é um santuário para guerreiros, tirem estes covardes daqui, eles fedem" declarou certa vez sobre internados por fadiga de batalha na tomada de Palermo, ao visitar um dos hospitais de campanha montados para receber os feridos.
Foi nomeado para ser o líder da operação Overlord, mas perdeu o cargo para o seu então vice-comandante, Omar Bradley. Patton, então, comandou o avanço do 3º Exército dos EUA (Operação Cobra) durante os anos de 1944 e 1945, quando seus homens cruzaram a Europa numa velocidade espantosa, libertando cerca de 12 mil cidades e povoados.
Num curto intervalo de tempo percorreram 2 mil quilómetros e reconquistaram 200 mil quilómetros quadrados de território. Patton e as suas tropas fizeram 1,2 milhões de prisioneiros, deixando igualmente para trás 386 mil feridos e mais de 144 mil soldados mortos. Em resumo, retiraram de combate mais de 1,8 milhão de soldados inimigos. Estes números tão impressionantes muito se devem a dois dos principais traços da sua personalidade: a capacidade de liderança e a extrema ousadia para ignorar ordens superiores.
Por trás do general sisudo escondia-se um homem de contrastes. De um lado, um herói americano: patriota, casado, pai de duas filhas e dono de um bull terrier chamado Willie. De outro, um homem cheio de extravagâncias: falava francês, fazia poesias e gostava de desenhar os seus uniformes, usava uma pistola Colt 45 com cabo revestido de marfim, com as suas iniciais gravadas a preto, mas praguejava "como um camionista". Acreditava na reencarnação e jurava ter lutado em Troia, tomado parte das legiões romanas de Júlio César contra Vercingetórix, ter sido o comandante cartaginês Aníbal Barca e ter participado das guerras napoleónicas. Orava de joelhos; como prova da sua religiosidade, pode-se ler-se no seu livro autobiográfico, escrito durante as batalhas, intitulado "A guerra que eu vi", que certa vez pediu a um capelão que fizesse uma oração pedindo a Deus que melhorasse o clima, para que assim a operação prevista continuasse em andamento. Como tal oração de facto surtiu o efeito esperado, Patton condecorou o capelão alegando que este tinha "boas relações com alguém lá em cima". Era um dos generais mais ricos do exército dos Estados Unidos e foi graduado pela Academia Militar de West Point. Patton mais tarde seria acusado (após a sua morte) de acumular despojos da guerra, tais como um canhão, na sua residência.
Patton, pouco antes do final da Segunda Grande Guerra Mundial, disse que era preciso atacar os bolcheviques, pois esses iriam "armar" algo (filme "Patton: Rebelde ou Herói?"). Esse "algo" acabou por se transformar na Guerra Fria. Patton pagou por ter uma personalidade que não lhe permitia ficar calado sob quaisquer circunstância. Certa vez disse, referindo-se à guerra, "Deus que me perdoe, mas eu amo isto" enquanto observava juntamente com os seus subordinados um recente campo de batalha. Destacava-se dos demais generais, da época e da atualidade, pois frequentemente era visto na frente das batalhas. Um dos seus maiores feitos foi libertar a 101ª divisão Aerotransportada na floresta de Ardenas, no que ficou conhecido como Cerco de Bastogne, embora os militares desta divisão tenham alegado nunca terem precisado ou pedido sua ajuda para sair de lá.
       

A última Rainha do Havai morreu há cento e cinco anos

  
Lili'uokalani, Rainha do Havaí (Honolulu, Havaí, 2 de setembro de 1838 - Honolulu, Havaí, 11 de novembro de 1917) - originalmente Lydia Kamaka'eha, também conhecida como Lydia Kamaka'eha Paki, escolhendo como nome real Lili'uokalani, e mais tarde teve o nome alterado para Lydia K. Dominis - foi a última monarca do Reino do Havaí.

Vida
A última rainha soberana do Havaí nasceu em 1838, em Honolulu. De acordo com as tradições havaianas da época, ela foi adotada no nascimento por Abner Paki e sua esposa, Konia (neta do Rei Kamehameha I). A infância de Liliuokalani foi passada com Bernice Pauahi, filha biológica dos Pakis. Liliuokalani estudou na Escola Real e tornou-se fluente em inglês.

Reinado
Em 16 de setembro de 1862, casou-se com John Owen Dominis, que se tornou Governador de Oahu e Maui. O casal não teve filhos; o herdeiro do trono de Lili'uokalani era a sua sobrinha Victoria Ka'iulani (18751899).
Lili'uokalani herdou o trono do seu irmão Kalākaua em 17 de janeiro de 1891. Logo após a sua ascensão ao poder, ela tentou promulgar uma nova constituição, já que a "Constituição da Baioneta" - assim apelidada porque havia sido assinada pelo monarca anterior sob pressão - limitava  o seu poder. Foi derrotada em 1893 por descendentes de norte-americanos que queriam que o reino passasse a para os Estados Unidos da América, algo que finalmente conseguiram anos depois, quando a monarca abdicou do trono para evitar enfrentamentos sangrentos.
Os empresários americanos que há anos investiam na produção açucareira estavam preocupados com os impostos cobrados pelo Reino do Havaí, por isso almejavam a anexação do território pelos Estados Unidos, um grande mercado consumidor. Em 1893, o representante do governo norte-americano no Havaí, John L. Stevens, pediu que as tropas do U.S.S. Boston estabelecidas em terra protegessem os negócios e as propriedades dos norte-americanos. Sua Majestade foi deposta naquele ano, e foi estabelecido um governo provisório.
    
  
Derrota
O governo do presidente dos EUA, Grover Cleveland (1893-97), acreditava que a população havaiana estava do lado da sua monarca e que a deposição da rainha era ilegal. Por conta disso, em 16 de novembro de 1893, o governo ofereceu à rainha a restauração de seu trono se ela concedesse amnistia a todos os envolvidos na deposição. Num primeiro momento, a rainha negou, alegando que queria que os golpistas fossem punidos. Ante esta situação, o Presidente Cleveland levou a questão ao Congresso. Em 18 de dezembro de 1893 o ministro norte-americano Willis solicitou ao governo provisório que devolvesse o poder a Lili'uokalani, que se negou a fazê-lo. Em 4 de julho (alusão ao dia da independência dos EUA) de 1894, foi proclamada a República do Havaí e Sanford B. Dole, um dos primeiros defensores da república, nomeado presidente. O governo dos EUA logo reconheceu o novo país.

Abdicação
 Lili'uokalani foi detida em 16 de janeiro de 1895 (vários dias após uma rebelião de Robert Wilcox) quando armas de fogo foram encontradas nos jardins de sua casa; facto do qual ela negou conhecimento. Por este motivo, foi sentenciada a cinco anos de trabalhos pesados na prisão e a uma multa de $5.000, mas a sentença foi comutada para prisão domiciliar no Palácio 'Iolani onde ficou presa até 1896. Após oito meses, ela abdicou ao trono em troca da libertação dos seus aliados da prisão. Mudou-se para o palácio Washington Place, onde residiu, de forma anónima, até à sua morte, em 1917, por complicações de um derrame cerebral. O Território do Havaí foi anexado pelos Estados Unidos em 1898.