quinta-feira, maio 06, 2021

Alexander von Humboldt morreu há 162 anos

 
Friedrich Heinrich Alexander, o barão de Humboldt (Berlim, 14 de setembro de 1769 - Berlim, 6 de maio de 1859), mais conhecido como Alexander von Humboldt, foi um geógrafo, naturalista e explorador alemão. Foi o irmão mais jovem do ministro e linguista prussiano Wilhelm von Humboldt.

Biografia
Alexander von Humboldt foi um cientista de uma polivalência que poucas vezes se observou e, haja visto como a ciência se desenvolveu e especializou, certamente nunca mais será vista. Ele desenvolveu e especializou-se em diversas áreas: foi etnógrafo, antropólogo, físico, geógrafo, geólogo, mineralogista, botânico, vulcanólogo e humanista, tendo lançado as bases de ciências como a Geografia, Geologia, Climatologia e Oceanografia. Apesar de ter pesquisado diversas coisas nos seus mínimos detalhes, sempre o fez com uma visão geral e imparcial.
Com catorze anos de idade, fixou-se em Berlim para continuar os seus estudos e, mais tarde, frequentou as universidades de Frankfurt (Oder) e Göttingen, onde estudou Filosofia, História e Ciências Naturais.
Em 1789, com apenas vinte anos de idade, fez a sua primeira viagem de caráter científico, passando pelos Países Baixos, Alemanha e Inglaterra, e principalmente ao longo das margens do rio Reno, seguindo Georg Forster, um naturalista que acompanhou o Capitão Cook na sua viagem ao redor do mundo. O resultado de toda essa exploração científica foi uma obra intitulada Observações Sobre os Basaltos do Reno.
A sua viagem exploratória pela América Central e América do Sul (1799-1804) e pela Ásia Central (1829) tornaram-no mundialmente conhecido ainda antes da sua morte. A sua principal obra é o Kosmos, uma condensação do conhecimento científico da sua época. A sua obra Ansichten der Natur também foi bastante popular.
A sua correspondência científica com colegas cientistas compõe-se de 35 mil cartas, das quais aproximadamente 12.500 estão arquivadas.
Além das ciências naturais, foi também um influente mecenas da Literatura. Humboldt apoiou os poetas e escritores Heinrich Heine, Ludwig Tieck e Klaus Groth. Entre os seus amigos e conhecidos estavam Matthias Claudius, Carl Friedrich Gauss, Jacob e Wilhelm Grimm, August Wilhelm Schlegel, assim como Johann Wolfgang von Goethe e Friedrich Schiller.

Espécies e lugares denominados em homenagem a Humboldt
Entre 1799 e 1804, von Humboldt viajou pela América do Sul, explorando-a e descrevendo-a pela primeira vez sob um ponto de vista científico. Nos cinco volumes da sua obra Kosmos, ele tentou elaborar uma descrição física do mundo. Humboldt apoiou (e colaborou com) outros cientistas, entre os quais Justus von Liebig e Louis Agassiz.
Como resultado de suas explorações, von Humboldt descreveu diversos aspectos geográficos e espécies que eram até então desconhecidos dos europeus. Espécies denominadas em sua homenagem incluem:
Aspectos e acidentes geográficos denominados em sua homenagem incluem a corrente de Humboldt, o rio Humboldt, a cadeia de montanhas East and West Humboldt Range, os condados norte-americanos de Humboldt County, na Califórnia, e Humboldt County, no Iowa e o parque Humboldt no lado oeste de Chicago. Além disso, o mar lunar Mare Humboldtianum foi assim denominado em sua homenagem, bem como o asteroide 54 Alexandra.


A Fundação Alexander von Humboldt
Após a sua morte, seus amigos e colegas criaram a Fundação Alexander von Humboldt (Stiftung em alemão) para manter o generoso apoio de Humboldt a jovens cientistas. Apesar de a dotação inicial ter sido perdida durante a hiperinflação alemã dos anos vinte, e novamente após a Segunda Guerra Mundial, a fundação tem recebido apoio do governo alemão e tem um papel importante na atração de pesquisadores estrangeiros à Alemanha, possibilitando também a pesquisadores alemães trabalharem no estrangeiro por um determinado período.

Vida e viagens de Humboldt
Com nove anos de idade, após a morte de seu pai, Alexander e seu irmão Wilhelm, dois anos mais velho, são criados pela mãe, Maria Elizabeth von Colomb, no castelo de Tegel, nos arredores de Berlim.
O segundo tutor dos Humboldt, Gottlob Christian Kunth, tem um papel importante na vida de Alexander. Ele transmite aos irmãos Humboldt sólidas bases de História, Matemática e línguas. Alexander demonstra grande interesse pela História Natural.
Enquanto Wilhelm demonstra uma robusta constituição, grande facilidade de aprendizagem e se orienta para a alta função pública, Alexander aprende com dificuldade, orientando-se para uma formação em Economia, que ele estuda durante seis meses na universidade de Frankfurt (Oder). Um ano mais tarde, em 25 de abril de 1789, ele matricula-se na universidade de Göttingen.
Em Göttingen tem aulas de Física e Química com G. C. Lichtenberg, C. G. Heyne e J. C. Blumenbach. Durante as suas férias de 1789 ele deu uma demonstração das suas proezas posteriores numa excursão científica que subiu o Reno, que originou o estudo Mineralogische Beobachtungen über einige Basalte am Rhein (Brunswick, 1790) (Observações mineralógicas sobre alguns basaltos do Reno).
Alexander von Humboldt estudou ainda o Comércio e línguas estrangeiras em Hamburgo, Geologia em Freiberga com A. G. Werner, Anatomia em Jena com J. C. Loder, Astronomia e o uso de instrumentos científicos com F. X. von Zach e J. G. Köhler. As suas pesquisas sobre a vegetação das minas de Freiberg levaram à publicação, em 1793, do seu Florae Fribergensis Specimen; e os resultados de uma prolongada série de experiências sobre o fenómeno da irritabilidade muscular, então recém descoberta por Galvani, foram condensados no seu Versuche über die gereizte Muskel- und Nervenfaser (Berlin, 1797), enriquecido de uma tradução francesa com notas de Blumenbach.

Em 1794, ele foi admitido na intimidade da famosa sociedade de Weimar, e desde junho de 1795 contribuiu para o novo periódico de Schiller, Die Horen, uma alegoria filosófica intitulada Die Lebenskraft, oder der rhodische Genius. No verão de 1790 fez uma visita rápida à Inglaterra em companhia de Forster. Em 1792 e 1797, esteve em Viena; em 1795, realizou uma viagem de caráter geológico e botânico na Suíça e na Itália. Durante este tempo, obteve um posto público como assessor de Minas em Berlim, em 29 de fevereiro de 1792.
Diante da ignorância dos mineradores, que não sabem distinguir um mineral de uma rocha sem valor, Humboldt abre uma escola de formação de mineradores, que ele financia com seu próprio dinheiro. Ele recusará o dinheiro que o Ministro von Heinitz lhe enviará para reembolsar as suas despesas. Humboldt realiza também pesquisas para melhorar a segurança das minas.
Apesar de o serviço público ser por ele considerado como um aprendizado ao serviço da ciência, ele cumpriu as suas tarefas com tanta habilidade e zelo que não somente foi promovido a postos superiores no seu departamento, como também recebeu diversas missões diplomáticas importantes.
Em 1795, von Heinitz propõe a Humboldt o cobiçado posto de Diretor de Minas da Silésia, no sudeste da Prússia. Humboldt recusa e abandona o serviço público.
A morte de sua mãe, em 19 de novembro de 1796, deixa-o livre para seguir o seu destino, no que aguarda uma oportunidade de pôr em prática os seus planos de viagem.

O almirante Louis Antoine de Bougainville, célebre navegador e explorador, propõe a Humboldt participar de uma expedição pela América do Sul, México, Califórnia, através do Pacífico, e depois ao pólo Sul. Bougainville será substituído por Baudin. Uma guerra com a Áustria leva o Diretório a anular a expedição.
O botanista Aimé Bonpland deveria, como Humboldt, participar da expedição de Baudin. Eles tornam-se amigos e decidem se juntar à expedição científica que segue as tropas de Napoleão no Egito. O barco que deveriam tomar jamais aportou em Marselha, aonde eles tinham ido para esperá-lo. Decidem, então, ir para a Espanha para embarcar num navio para Esmirna. Durante as seis semanas de viagem, Humboldt realiza meticulosas medidas geográficas.
Humboldt é apresentado ao rei e à rainha da Espanha, obtendo um passaporte com o selo real, que garante aos viajantes a assistência das autoridades que eles encontrarem. Bonpland torna-se oficialmente secretário de Humboldt. Os dois são os primeiros a efetuar uma exploração científica digna deste nome. A ambição de Humboldt durante essa viagem às Américas é descobrir a interação das forças da Natureza e as influências que o ambiente geográfico exerce sobre a vida vegetal e animal. Com essas poderosas recomendações, eles embarcam no Pizarro na Corunha em 5 de junho de 1799.
Durante a navegação, Humboldt efetua medidas astronómicas, meteorológicas, de magnetismo, de temperatura e de composição química do mar.
Fazem uma escala de seis dias em Tenerife para a ascensão do pico do Teide e aterram em Cumaná (Venezuela) em 16 de julho. Lá, na noite de 11-12 de novembro, Humboldt observa uma extraordinária chuva de meteoros (as Leónidas), que constitui o ponto inicial da nossa percepção da periodicidade do fenómeno; depois disso, ele segue com Bonpland para Caracas. Na América, sente uma revolta pela maneira com que se vendem e se avaliam os escravos, mesmo sendo mais bem tratados nas possessões espanholas.
Em fevereiro de 1800 ele deixa a costa com o intuito de explorar o curso do rio Orinoco. Essa viagem, que durou quatro meses e cobriu mais de 2.750 km de uma terra inabitada, selvagem e inóspita, teve como resultado a descoberta da existência de uma comunicação entre os sistemas hidrográficos do Orinoco e do rio Amazonas, (o canal Casiquiare, que liga o Orinoco ao Amazonas), e a determinação exata do ponto de bifurcação. Humboldt e Bonpland não são os primeiros europeus a tomar essa rota, mas o rigor dos seus dados e das descrições que realizaram fez com que não existissem mais dúvidas sobre a existência de uma passagem navegável entre os dois rios.
Recolhem diversos espécimens de animais e plantas desconhecidos, e Humboldt anota meticulosamente a temperatura do rio, do solo e do ar, assim como a pressão atmosférica, a inclinação magnética, a longitude e a latitude. Em Calabozo, algumas enguias elétricas foram capturadas por Alexander von Humboldt (com Aimé Bonpland) por volta de 19 de março de 1800. Os pesquisadores receberam choques elétricos violentos durante as suas experiências.
Em 24 de novembro os dois amigos partem para Cuba, e depois de uma estadia de alguns meses retornam a Cartagena.
Humboldt descobre que Baudin deixou a França e deve chegar em Lima, no Peru. Para evitar a ausência dos alíseos, Humboldt e Bonpland decidem continuar por via terrestre ao longo dos Andes, passando doze meses em altitude através dos vulcões. Eles têm os pés em sangue, mas recusam fazer como a aristocracia local: serem transportados em cadeiras fixas nas costas de índios.
Subindo o curso do Magdalena, e atravessando os picos gelados dos Andes, chegam em Quito depois de um dia difícil em 6 de janeiro de 1802. Durante essa estada, escalaram o Pichincha e o Chimborazo, e terminaram numa expedição às fontes do Amazonas a caminho de Lima, onde chegam em 22 de outubro de 1802.
Humboldt ganha um renome mundial ao escalar o Chimborazo, pico considerado na época como o mais alto do mundo.
Em Callao, Humboldt observa o trânsito de Mercúrio em 9 de novembro, e estuda as propriedades fertilizantes do guano, cuja introdução na Europa muito se deveu às suas obras. Uma viagem tumultuada, sob uma tempestade, levou-os para o México, onde residiram durante um ano.
Humboldt e seus companheiros passaram o ano de 1803 a percorrer o México. Humboldt escreverá seu Ensaio político sobre o reino da Nova Espanha, o primeiro ensaio geográfico regional, no qual ele relata sumariamente suas viagens. No México, estuda o calendário azteca.
Ele embarca em seguida para a Havana, a fim de recuperar suas coleções lá depositadas havia mais de três anos.

Estimando ser seu dever saudar o presidente Thomas Jefferson, Humboldt prolonga a sua viagem e vai para Filadélfia, até à pouco capital do país, onde é acolhido pela Sociedade Americana de Filosofia, criada sobre o modelo da Royal Society de Londres. Humboldt passa a maior parte do seu tempo com os membros da sociedade. Bonpland e Montufar, não falando o inglês, têm um papel de figurantes. Humboldt encontra Jefferson, com quem discute sobre história natural, costumes diferentes de acordo com o país e as maneiras de melhorar o nível de vida. Os dois homens entendem-se tão bem que Jefferson convida Humboldt a passar sua estadia na Filadélfia na casa dele.
Eles zarparam para a Europa na embocadura do Delaware, chegando em Bordéus em 3 de agosto de 1804.

A expedição de Humboldt e Bonpland, com uma duração de cinco anos, custou a Humboldt um terço de suas economias. Foi uma das mais notáveis expedições científicas de todos os tempos, com uma massa de dados de um valor científico inestimável, ainda mais valiosa que os espécimens que eles puderam recolher.
Humboldt e Bonpland percorreram, durante sua expedição através das Américas, um total de 9.650 km, tanto a pé, como a cavalo ou em canoas. A expedição atravessou as terras dos atuais Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Cuba e México (foi impedido de permanecer no Brasil, pois os portugueses consideraram-no um possível espião alemão, após encontrarem-no em terras brasileiras perto da fronteira venezuelana). A característica que torna essa expedição absolutamente excepcional é que ela foi levada a cabo sem nenhum interesse comercial; a sua única motivação foi o desejo de conhecimento e a curiosidade.
Durante a sua expedição pelas Américas de 1799 a 1804, ele precisou latitudes e longitudes, melhorou mapas, identificou 60.000 plantas, das quais 6.300 eram até então desconhecidas, desenvolveu a geografia das plantas e descreveu a corrente que levou mais tarde seu nome (corrente de Humboldt).
Graças à sua excepcional expedição, Humboldt pode ser considerado como tendo lançado as bases das ciências físicas da geografia e da meteorologia. Pelo seu estudo (em 1817) das isotermas, ele sugeriu a ideia e entreviu os métodos de comparação das condições climáticas de vários países. Ele primeiramente investigou a taxa de decaimento da temperatura média com o aumento da altitude acima do nível do mar, e forneceu, pelas suas questões e pesquisas sobre a origem das tempestades tropicais, a primeira pista para a detecção da lei, mais complicada, governando as perturbações atmosféricas em altas latitudes. O seu ensaio sobre a geografia das plantas foi baseado na (então) recente ideia de estudar como as condições físicas variadas alteram a distribuição da vida. A sua descoberta da diminuição da intensidade do campo magnético terrestre dos pólos ao equador foi comunicada ao Instituto de Paris numa dissertação por ele lida em 7 de dezembro de 1804 e a sua importância foi atestada pelo rápido surgimento de reivindicações rivais. Os seus serviços à Geologia basearam-se principalmente no seu atento estudo dos vulcões do Novo Mundo. Ele mostrou que eles se classificavam naturalmente em grupos lineares, presumidamente correspondendo a vastas fissuras subterrâneas; e, pela sua demonstração da origem ígnea de rochas cuja origem era anteriormente considerada aquosa, ele contribuiu imensamente para a eliminação dessas hipóteses falsas.
A condensação e a publicação da massa enciclopédica de materiais - científicos, políticos e arqueológicos - coletados por ele durante a sua ausência da Europa eram a sua preocupação mais urgente. Antes de atacar essa tarefa gigantesca, no entanto, fez uma rápida visita à Itália com Gay-Lussac com o intuito de investigar a lei da declinação magnética, e uma estadia de dois anos e meio na sua cidade natal.

Com exceção de Napoleão Bonaparte, Humboldt era então o homem mais famoso da Europa. Aplausos acolhiam-no em todos os lugares aonde ia. Academias, nacionais e estrangeiras, estavam ansiosas para tê-lo entre seus membros.
Em janeiro de 1808, Humboldt é enviado a Paris pelo rei da Prússia, acompanhado pelo príncipe Wilhelm, para tentar negociar uma diminuição o valor das indemnizações de guerra. Desde que a França invadiu a Prússia, Humboldt não recebe mais as rendas dos seus domínios. Ele vive em Paris num quarto mobilado, que divide com Gay-Lussac, não dormindo mais do que três ou quatro horas por dia. Em Paris, ele tem a firme intenção de assegurar a cooperação científica necessária para publicar seu grande trabalho. Essa tarefa colossal, que ele inicialmente estimou em dois anos, acabou durando 22 anos, e ainda assim ficou incompleta.
Ele é espionado pela polícia francesa, pois é alemão e a sua correspondência privada reflete as opiniões políticas dos salões parisienses. Humboldt escreve entre mil a duas mil cartas por ano. Acaba passando dezoito anos em Paris, durante os quais publica seu Voyage interminable sur l'Amérique du Sud (Viagem interminável pela América do Sul).
Em 1826 recebe uma carta do rei da Prússia, ordenando-lhe que deixasse Paris. Ele pode somente passar 4 meses de férias por ano na cidade-luz. Em Berlim, Humboldt é aparentemente detestado por suas ideias liberais.
Em 1828 obtém bastante sucesso ao dar cursos na universidade e, mais tarde, conferências diante de um público mais vasto. Em Berlim, a comunidade científica não costumava realizar reuniões científicas, como era o caso de Paris, para a confrontação e discussão de ideias. Humboldt organiza uma reunião da Associação Científica em Berlim na qual participam 600 dos mais importantes cientistas.

Em 1827, o ministro russo das finanças pede a Humboldt sua opinião sobre a emissão de moedas de platina. Como o preço da platina era instável, Humboldt se mostra desfavorável à ideia e sugere ir estudar as minas dos Urais. Em março de 1829, ano em que chega aos 60 anos, Humboldt viaja para a Rússia, com as despesas pagas pelo Imperador, com Gustave Rose, professor de química e de mineralogia, C.G Ehrenberg, naturalista e zoólogo, e um empregado doméstico. Na Rússia, ele é acolhido como uma importante personalidade oficial. Ele tem suas refeições com a família do czar. Ao deixar Moscovo, juntam-se à expedição responsáveis da indústria mineira e burocratas das autoridades locais.
Humboldt passa um mês estudando as minas dos Urais. Graças à presença de filões de platina e de areias auríferas, ele prediz a existência de diamantes nos Urais. Humboldt e Rose investigam cada jazida de ouro que encontram no microscópio. Foi o conde Polier, proprietário de tais jazidas, e a quem Humboldt explicou sua teoria, que encontrou o primeiro diamante dos Urais.
A expedição atravessa a Sibéria até o Altai. Como de hábito, Humboldt realiza medições barométricas. Humboldt e seus companheiros retornam após seis meses de expedição e após terem percorrido aproximadamente 17.000 km. Humboldt estudou e simulou a colocação de uma rede de estações magnéticas e meteorológicas fazendo observações regulares e funcionando com aparelhos idênticos. Ele deixa aos cuidados de Rose e Ehrenberg a publicação dos resultados da expedição. Será somente anos mais tarde que será publicado o seu livro Ásia Central (em três volumes).

Entre 1830 e 1848, Humboldt foi frequentemente empregado em missões diplomáticas na corte de Luís Filipe I, com quem mantinha relações pessoais cordiais. A morte de seu irmão, Wilhelm von Humboldt, que morreu nos seus braços em 8 de abril de 1836, entristeceu os últimos anos de sua vida. Ao perder o irmão, Alexander lamentou ter "perdido uma metade de si mesmo." A acessão ao trono do príncipe Frederico Guilherme IV, após a morte do seu pai em junho de 1840, aumentou o seu favoritismo na corte. O novo rei solicitava-o frequentemente como conselheiro da corte. Humboldt utiliza a sua função de conselheiro privado do rei para militar pela emancipação dos judeus e pela abolição do servilismo na Prússia, enquanto que o rei o utiliza como enciclopédia ambulante. A popularidade de Humboldt permanece grande, apesar das inimizades que ele adquire junto dos políticos reacionários próximos do rei. Em 1857, a loucura que afeta o rei permite a Humboldt ter mais tempo para os seus trabalhos.
Em 1852, Humboldt recebe a medalha Copley da Royal Society de Londres.

Não é frequente que um homem adie, aos seus 76 anos, e então execute com sucesso, a coroação da obra da sua vida. No entanto, foi este o caso de Humboldt. Os primeiros dois volumes do Kosmos foram publicados, e basicamente elaborados, entre os anos 1845 e 1847.
A ideia de um trabalho que deveria comunicar não somente uma descrição gráfica, mas principalmente uma concepção engenhosa do mundo físico que pudesse ser generalizada por detalhes e ressaltar detalhes através da generalização preenchia o seu espírito havia mais de meio século. Tomou uma forma definida pela primeira vez numa série de conferências por ele proferidas na universidade de Berlim, no inverno de 1827-1828. Essas conferências constituíram, como nota o seu último biógrafo, "o esboço para o grande afresco do Kosmos". O objetivo desta obra notável pode ser brevemente descrito como sendo a representação da unidade no meio da complexidade da Natureza. Nessa obra, os grandes e vagos ideais do século XVIII são recuperados e combinados com as necessidades científicas do século XIX. Apesar de inevitáveis imperfeições, a tentativa foi eminentemente bem-sucedida. Um estilo um pouco pesado e um tratamento às vezes pitoresco demais tornam a obra mais imponente que atraente ao leitor casual. Mas seu valor supremo consiste no fato de representar fielmente o reflexo da mente de um grande homem. Não existe maior elogio que possa ser feito a Alexander von Humboldt do que dizer que, ao tentar, e não em vão, representar o universo, ele conseguiu de maneira ainda mais perfeita representar a sua própria inteligência compreensiva.
A última década da sua longa vida - os seus anos "improváveis", como ele costumava chamá-los - foi dedicada à continuação da sua obra, cujos terceiro e quarto volumes foram publicados em 1850-1858, e um fragmento de um quinto postumamente em 1862. Nestes volumes, ele procurou detalhar de acordo com os ramos das ciências o que expusera de maneira geral no primeiro volume. Não obstante o seu alto valor individual, é preciso admitir que, de um ponto de vista artístico, essas adições foram deformações. A ideia característica da obra, na medida em que uma ideia tão gigantesca pudesse ser transposta em forma literária, havia sido completamente desenvolvida nas suas partes iniciais, e a tentativa de transformá-la em uma enciclopédia científica foi na verdade uma negação da sua motivação inicial.
O trabalho e a precisão de Humboldt nunca foram mais visíveis do que durante a concepção deste último troféu à sua genialidade. Tampouco apoiou-se somente em seus próprios trabalhos; deveu grande parte do que conseguiu à sua rara capacidade de assimilar ideias e aproveitar a cooperação de terceiros. Humboldt estava tão pronto a receber reconhecimento quanto a dá-lo. As notas do Kosmos são repletas de citações loquazes onde ele, de certa maneira, reconhece suas "dívidas" intelectuais.

Em 24 de fevereiro de 1857 Humboldt teve uma crise de apoplexia leve, que não deixou traços perceptíveis. Foi somente durante o inverno de 1858-1859 que suas forças começaram a diminuir, e, em 6 de maio, ele morreu tranquilamente, seis meses antes de completar seus noventa anos.
As honras que lhe foram reservadas durante sua vida seguiram-no após sua morte. Os seus restos mortais, antes de serem enterrados no mausoléu familiar de Tegel, foram transportados em funerais nacionais pelas ruas de Berlim, e recebidos pelo príncipe regente, a cabeça descoberta, na porta da catedral. O primeiro centenário do seu nascimento foi celebrado em 14 de setembro de 1869, com igual entusiasmo no Novo e Velho Mundo, e os numerosos monumentos erigidos e as novas regiões descobertas denominadas em sua honra testemunham a difusão universal de sua fama e popularidade.

Os textos sul-americanos de Humboldt compreendem trinta volumes publicados em trinta anos. Compõem-se de livros científicos, atlas, tratados de geografia e economia sobre Cuba e o México, uma narrativa de suas viagens e um Examen critique de l'histoire de la géographie du Nouveau Continent (Exame crítico da história e da geografia do novo continente). Humboldt escreveu os seus textos científicos em colaboração com outros cientistas. Dedicou o volume consagrado à Geologia a seu amigo Goethe. Em seu Kosmos, cujo objetivo era de comunicar a excitação intelectual e a necessidade prática da pesquisa científica, ele descreve em cinco volumes todos os conhecimentos da época sobre os fenómenos terrestres e celestes.
Atribui-se a Humboldt a invenção de novas expressões como isodinâmicas, isotermas, isóclinas, jurássico e tempestade magnética. Ele lançou as bases da geografia física e da geofísica, nomeadamente da sismologia. Ele demonstra que não pode haver conhecimento sem experimentação verificável.
   

O desastre do dirigível Hindenburg foi há 84 anos

   
O LZ 129 Hindenburg, ou simplesmente Hindenburg, foi um dirigível construído pela empresa Luftschiffbau-Zeppelin GmbH, na Alemanha. O dirigível, até aos dias atuais, retém o título da maior nave a voar, foi um ícone da indústria alemã, amplamente empregado como tal na propaganda nazi. O seu primeiro voo foi em 1936 e foi usado em 63 voos, durante 14 meses, até ao seu fim trágico, a 6 de maio de 1937.
   
Características
Conhecido como Zeppelin, o dirigível, com 245 metros de comprimento e sustentado no ar por 200 mil metros cúbicos de hidrogénio, reteve o título de maior dirigível em operação de 1935 até 1937 e ainda detém o de maior nave que já voou, mesmo nos dias atuais. Era impulsionado por quatro motores Mercedes-Benz de 1200 HP cada, que moviam hélices de mais de 6 metros de altura. O dirigível tinha autonomia de voo de 16.000 km quando completamente abastecido.
O dirigível era inflado com hidrogénio, ao invés de hélio, principalmente devido ao preço, que era mais barato, também o uso do hidrogénio diminuía a dependência do hélio, que era na sua maior parte importado dos Estados Unidos.
  
Funcionamento
O Hindenburg voou pela primeira vez em 4 de março de 1936, num voo de teste em Friedrichshafen com 87 pessoas a bordo. A pintura inicial continha os anéis olímpicos numa forma de promover os Jogos Olímpicos de 1936, fazendo um voo de demonstração durante a cerimónia de abertura.
O primeiro voo comercial foi a 31 de março de 1936 numa viagem de quatro dias de Friedrichshafen para o Rio de Janeiro, um dos quatro motores avariou e o dirigível teve de fazer um aterragem em Recife. Na viagem de volta, outro motor avariou no deserto do Saara forçando aterragens não programadas em Marrocos e na França.
No total, o Hindenburg cruzou 17 vezes o oceano Atlântico, sendo 10 viagens para os Estados Unidos e 7 para o Brasil, uma viagem da Alemanha para os Estados Unidos custava 400 dólares.
Na sua última viagem saiu de Hamburgo e cruzou o Atlântico a 110 km/h, chegando à costa leste norte-americana em 6 de maio de 1937.
  
Desastre
A 6 de maio de 1937 ao preparar-se para aportar ao campo de pouso da base naval de Lakehurst (Lakehurst Naval Air Station), em Nova Jersey, nos Estados Unidos, o gigantesco dirigível Hindenburg contava com 97 ocupantes a bordo, sendo 36 passageiros e 61 tripulantes, vindos da Alemanha. Durante as manobras de aterragem, às 19.30 horas, um incêndio tomou conta da aeronave e o saldo de mortos foi de 13 passageiros e 22 tripulantes mortos e um técnico do solo, no total de 36 pessoas. O gás de hidrogénio usado para mantê-lo no ar, altamente inflamável, foi inicialmente responsabilizado pelo enorme incêndio que tomou conta da aeronave e durou exatos 30 segundos. Logo após o evento, o governo alemão também sugeriu, de imediato, que uma sabotagem derrubara o grandioso zeppelin, que representava a superioridade tecnológica daquele país. Ambas as afirmações iam-se mostrar, contudo, essencialmente incorretas após as investigações.
O locutor da rádio WLS Chicago Herbert Morrison narrou o acidente, que foi ao ar no dia seguinte. O sistema de gravação acelerou as suas falas, dando um tom dramático, com a expressão "Oh, a humanidade", entrando para a cultura popular norte-americana.
O incêndio do Hindenburg encerrou a era dos dirigíveis na aviação comercial de passageiros.
   

A saudosa Maria José Valério nasceu há 88 anos

 

(imagem daqui)
    
Maria José Valério Dourado (Amadora, 6 de maio de 1933 - Lisboa, Alvalade, 3 de março de 2021) foi uma cantora portuguesa, bem conhecida pelo seu amor ao Sporting Clube de Portugal e por ser a intérprete da "Marcha do Sporting", adotada como hino do clube.
 
 

Andreas Baader nasceu há 78 anos

  
Andreas Bernd Baader (Munique, 6 de maio de 1943 - Estugarda, 18 de outubro de 1977) foi um dos fundadores e líderes do grupo guerrilheiro de esquerda alemão Fração do Exército Vermelho, denominado pelo governo e pela imprensa de Baader-Meinhof. O grupo foi responsável por uma série de ações armadas - assaltos a bancos, sequestros e mortes - na Alemanha, na década de 70.
O seu pai era o historiador Berndt Phillip Baader, que, em 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, servia o exército alemão quando foi feito prisioneiro pelas forças russas, e que posteriormente foi dado como desaparecido. A sua mãe, Anneliese Baader, não voltou a se casar. Andreas foi criado com carinho pela mãe, juntamente com a avó e uma tia. Na opinião dos seus professores, era uma criança inteligente, mas também voluntariosa, um tanto imprevisível e não se empenhava nos estudos quando a matéria não o atraía. Ao mesmo tempo que era generoso, capaz de tirar a sua própria roupa e dá-la a alguém que estivesse com frio, também era capaz de furtar, se estivesse precisando de dinheiro. Também se envolvia frequentemente em lutas, nem sempre em defesa dos próprios interesses.
Na adolescência considerado como um jovem desajustado, na conservadora sociedade alemã de após guerra; no final dos anos sessenta Baader gravitou para o movimento estudantil de esquerda e para os protestos contra o capitalismo, a pobreza no Terceiro Mundo, o nuclear e  a ocupação norteamericana do país, que agitavam a Alemanha Ocidental na altura, embora ele próprio não fosse estudante universitário.
 
No dia 2 de abril de 1968, Baader e a sua namorada, Gudrun Ensslin, incendiaram dois estabelecimentos comerciais em Frankfurt, mas não provocaram nenhuma morte. De acordo com Gudrun, o acto seria uma forma de protesto contra a Guerra no Vietname. No mesmo ano, Baader foi condenado a quatro anos de prisão.
Na manhã de 14 de maio de 1970 Baader escapou da prisão graças a um plano elaborado pela sua namorada, que contou com a participação da conhecida jornalista Ulrike Meinhof. Sob o pretexto de estar a trabalhar num livro sobre a juventude alemã, Ulrike Meinhof conseguiu que Andreas Baader fosse conduzido para a biblioteca do Instituto de Estudos Sociais em Berlim Ocidental onde seria entrevistado pela jornalista. Embora o plano não tenha sido executado exactamente como se pretendia, Baader conseguiria escapar pela janela da biblioteca. No dia seguinte a fuga foi noticiada pelos meios de comunicação social e o grupo passou a ser conhecido como o Grupo Baader-Meinhof, em função das duas figuras mais conhecidas do grupo, Andreas Baader e Ulrike Meinhof.
Nos dois anos seguintes Baader dedicou-se a acções de guerrilha urbana até que foi capturado pela polícia, a 1 de junho de 1972, em Frankfurt, juntamente com outros militantes da Fração do Exército Vermelho, Jan-Carl Raspe e Holger Meins.
Baader foi depois julgado e condenado, naquele que foi um dos julgamentos mais caros da história da justiça alemã.
Na noite de 8 para 9 de maio de 1976, a jornalista Ulrike Meinhof foi executada, na sua cela, presumivelmente por membros do serviço secreto alemão, que procuraram disfarçar o assassinato como suicídio. Uma comissão internacional de investigação invalidou a tese de suicídio, o que acirrou as tentativas de libertarem os demais presos. Em 5 de setembro, membros da Fração do Exército Vermelho sequestraram o presidente da confederação da indústria alemã e, a seguir, militantes da Frente Popular para a Libertação da Palestina sequestraram um avião da Lufthansa, com passageiros a bordo, e levaram-no para Mogadíscio, na Somália. As autoridades alemãs não aceitaram a troca e, a 18 de outubro, uma operação da GSG 9 libertou os passageiros e executou os militantes palestinianos. A seguir, Andreas Baader, Jan-Carl Raspe e Gudrun Ensslin foram igualmente executados, a sangue frio, nas suas celas de máxima segurança - os dois primeiros com tiros na nuca, à distância, com pistolas de uso exclusivo das forças armadas da Alemanha. Até hoje o estado alemão não reconhece o assassinato dos prisioneiros.
   

António Pinto Basto - 69 anos

(imagem daqui)
    
António João Ferreira Pinto Basto (Évora, 6 de maio de 1952) é um fadista português.
     
Biografia
António Pinto Basto nasceu em 6 de maio de 1952 em Évora. Filho do engenheiro António Ferreira Pinto Basto (Aveiro, Glória, 12 de maio de 1913 - ?) e de sua mulher (Estremoz, Evoramonte, Casa da Juceira, Capela do Coração de Jesus, 20 de abril de 1941) Maria Luísa de Matos Fernandes de Vasconcelos e Sá (Lisboa, São Mamede, 17 de agosto de 1920 - ?), sobrinha-bisneta do 1.º Barão de Albufeira e prima sobrinha em segundo grau do 1.º Visconde de Silvares.
António Pinto Basto começou a interessar-se pelo Fado aos 13 anos. Uma noite os pais levaram-no a uma noite de fados na Feira dos Salesianos de Évora e Pinto Basto e a sua irmã, resolveram recriar aquele ambiente e improvisar um retiro na garagem da casa, a Toca, em homenagem à casa de Carlos Ramos.
António Pinto Basto tinha acesso aos poemas do seu avô materno, João Vasconcellos e Sá, e, como tal, desde cedo, cantava letras originais nos fados tradicionais. O seu tio, José de Vasconcellos e Sá, depois de passar pela Toca numa das noites de festa, apreciando os dotes de intérprete do seu sobrinho, resolve inscrevê-lo na Grande Noite do Fado. Com 16 anos, António Pinto participou neste concurso, como representante da Casa do Alentejo. Pela mesma altura também teve a experiência de cantar em casas de fado. Lembra-se, por exemplo, de o ter feito no Timpanas.
É também por intermédio desse tio que grava o primeiro disco, em 1970. Um EP editado pela Alvorada, com letras do avô e do tio e músicas do fado tradicional (Fado Franklin, Fado Vitória, Fado Dois Tons e Fado das Horas). Nessa altura foi também a alguns programas de televisão e concedeu entrevistas. Tinha apenas 17 anos quando, com este primeiro disco, iniciou a sua carreira. Nos anos de 1972 e 1973 gravou mais dois EPs.
Depois foi estudar para Luanda e voltou um mês depois do 25 de Abril de 1974. Nesse mesmo ano completou a sua licenciatura em Engenharia Mecânica, no Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa.
António Pinto Basto acabaria por se dedicar exclusivamente ao Fado, após gravar, em 1988, o maior sucesso da sua carreira — "Rosa Branca", um fado escrito pelo seu avô João, cujas vendas atingiram o disco de platina e renderam cerca de 120 espectáculos em apenas um ano, além de ter dado 73 entrevistas. Tornou-se incomportável manter a atividade profissional como empregado da Siderurgia Nacional, que resolveu abandonar no final do ano de 1989. Nesse ano editou mais um álbum, Maria (1989), que repetiu o sucesso de vendas.
Confidências à Guitarra foi editado em 1991. Segue-se a colectânea Os Grandes Sucessos de António Pinto Basto (1993) e Desde o Berço (1996).
Em 1997 realizou uma digressão na Turquia, numa iniciativa da Comissão Europeia. Em 2000 conduziu o programa Fados de Portugal, na RTP1.
Sobre várias letras de fado publicadas em volume (letras do fado vulgar, Quetzal, 1998), José Campos e Sousa compôs as peças que em 2003 são gravadas na voz de António Pinto Basto.
Faz parte do grupo Quatro Cantos, onde recuperam grandes nomes do fado. Tem-se apresentado em países como África do Sul, Brasil, Índia, EUA, Canadá ou Macau.
 

 


Tony Blair - 68 anos

  
Anthony Charles Lynton "Tony" Blair (Edimburgo, 6 de maio de 1953) é um político britânico, tendo ocupado o cargo de primeiro-ministro do Reino Unido de 2 de maio de 1997 a 27 de junho de 2007, de líder do Partido Trabalhista de 1994 a 2007 e de membro do Parlamento Britânico de 1983 a 2007.
Depois de deixar o cargo de primeiro-ministro, Blair foi indicado para a posição de enviado ao Médio Oriente da ONU, da União Europeia, dos Estados Unidos e da Rússia.
Blair foi educado em colégios de Edimburgo e depois estudou Direito em Oxford, convertendo-se em advogado especializado em Direito Sindical em 1976. Em 1983, foi eleito deputado (MP) do Partido Trabalhista Inglês (Labour) no Parlamento. De 1984 a 1987, foi porta-voz da oposição sobre assuntos de tesouro e economia.
Após a morte de John Smith em 1994, Blair, então com 41 anos, tornou-se o líder mais jovem já surgido no trabalhismo inglês. O congresso do partido, em 1996, adotou a política proposta por Tony Blair, que buscava uma reforma constitucional, especial atenção à educação e à saúde e a maior integração com a União Europeia (UE). Nas eleições de 1997, derrotou o conservador John Major por uma grande maigem dos votos. Apresentou "O modelo para o século XXI", segundo o princípio "trabalho para os que podem trabalhar" e "assistência para os que não podem trabalhar". Contribuiu para pôr fim a trinta anos de conflito na Irlanda do Norte, firmando, após quase dois anos de negociações, um acordo de paz. Este acordo contou com a colaboração do ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton.
Em junho de 2001, nas eleições gerais, o Partido Trabalhista de Tony Blair ganha um segundo mandato, caso inédito no currículo do partido e na história de Inglaterra.
Em março de 2003, Blair decide em conjunto com o presidente norte-americano George W. Bush atacar o Iraque. Envia tropas britânicas para um conflito (conjuntamente com os militares norte-americanos) que tinha como objectivo desarmar o Iraque e depor o governo de Saddam Hussein.
Em 2005 Tony Blair lidera novamente o Partido Trabalhista numa estreia absoluta, ao alcançar a vitória para um terceiro mandato consecutivo.
Na sequência das negociações da OMC (Organização Mundial do Comércio) para a eliminação de barreiras alfandegárias, Tony Blair defende a abolição total das tarifas aduaneiras pela União Europeia para os produtos agrícolas, bem como o fim dos subsídios estatais à produção, ao rendimento e sobretudo à exportação. Tal posição que ia ao encontro das pretensões dos países em desenvolvimento, como o Brasil, Argentina, Tanzânia, Índia, entre outros, potenciaria a entrada daquelas economias nos mercados protegidos europeu e norte-americano.
No entanto, a França opôs-se tenazmente, remetendo para 2013 uma revisão global da Política Agrícola Comum da União Europeia.
Em 2006, o Partido Republicano dos EUA, ao qual o Presidente Bush pertence, perdeu as eleições parlamentares em seu país para o Partido Democrata, o que mostrou o descontentamento do povo norte-americano com seu líder. Blair, assim, vê a sua imagem prejudicada, já que o principal motivo que levou à rejeição do domínio republicano foi o fiasco da Guerra do Iraque. O Primeiro-Ministro percebe, desta forma, ter também grande probabilidade de perder o poder pelas mãos do Parlamento depois de nove anos no cargo.
Em 10 de maio de 2007, Tony Blair anunciou formalmente que renunciava ao cargo de líder do Partido Trabalhista no dia 24 de junho, e consequentemente ao lugar de primeiro-ministro, após 10 anos de serviço. No dia 27 de junho, renunciou formalmente. Gordon Brown sucedeu-lhe em ambos os cargos.
Em dezembro de 2007 anunciou oficialmente a sua conversão ao catolicismo, deixando a Igreja Anglicana. Em uma conferência em abril de 2008 pronunciada na Catedral de Westminster perante umas 1600 pessoas, Blair destacou a importância da religião em um mundo globalizado. Disse que a religião poderia "despertar a consciência do mundo" e a ajudar a alcançar os Objetivos do Milénio da ONU contra a pobreza e a fome, dentre outras causas nobres.
  

Música adequada à data...

O poeta ultra-romântico João de Lemos nasceu há 202 anos

 

  
João de Lemos Seixas Castelo Branco, (Peso da Régua, 6 de maio de 1819 - Maiorca, Figueira da Foz, 16 de janeiro de 1890), foi um jornalista, poeta e dramaturgo português.

O «trovador» João de Lemos, como era conhecido desde o tempo de Coimbra, onde se formou em direito, pela publicação do jornal poético O Trovador, interessantíssimo repositório das produções poéticas dum grupo de moços estudantes. Além dele, alma e director dessa publicação, faziam parte do Trovador Luís da Costa Pereira, António Xavier Rodrigues Cordeiro, Luís Augusto Palmeirim, José Freire de Serpa, Augusto Lima e Couto Monteiro.

Ultra romântico e estrénuo miguelista, adepto furibundo do ancien-regime e da Monarquia absoluta que sempre ansiou, com todo o ardor que ressuscitasse, nasceu muito prosaicamente no Peso da Régua, em 1819, às vésperas, portanto, da Revolução de 1820. Mas toda a sua vida dedicou-a ele ao seu ideal político, tendo usufruído de grande prestígio dentro da corte dos talassas da época.

Colaborou em diversas outras publicações periódicas, de que são exemplo o jornal humorístico A Comédia Portuguesa começado a publicar em 1888, a Revista Universal Lisbonense (1841-1859) e a Revista Contemporânea de Portugal e Brasil (1859-1865).

 

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NÃO TE ENTENDO CORAÇÃO

Mas se não amo, nem posso,
Que pode então isto ser?
Coração, se já morreste,
Porque te sinto bater?
Ai, desconfio que vives
Sem tu nem eu o saber.

Porque a olho quando a vejo?
Porque a vejo sem a olhar?
Porque longe dos meus olhos
Me andam os seus a lembrar?
Porque levo tantas horas
Nela somente a pensar?

Porque tímido lhe falo,
E dantes não era assim?
Porque mal a voz lhe escuto
Não sei o que sinto em mim?
Porque nunca um não me acode
Em tudo que ela diz sim?

Porque estremeço contente
Quando ela me estende a mão,
E se aos outros faz o mesmo
Porque é que não gosto e não?
Deveras que não me entendo,
Nem te entendo, coração.

Ou me enganas, ou te engano;
Se isto amor não pode ser,
Não atino, não conheço
Que outro nome possa ter;
Ai, coração, que vivemos
Sem tu nem eu o saber.

O astrónomo Willem de Sitter nasceu há 149 anos

   
Willem de Sitter estudou matemática na Universidade de Groningen e depois integrou o Laboratório de Astronomia de Groninga. Trabalhou no observatório do Cabo na África do Sul (1897-1899), e em 1908 foi nomeado para a cátedra de astronomia da Universidade de Leiden. Foi diretor do Observatório de Leiden de 1919 até à sua morte.
De Sitter contribuiu a melhorar a compreensão da cosmologia. Uma de suas obras de destaque é a co-redação de um artigo com Albert Einstein, em 1932, no qual lançam a conjectura de que deveria haver no universo uma grande quantidade de matéria que não emitia luz, designada como matéria negra.
De Sitter ficou também célebre por seus trabalhos sobre o planeta Júpiter.

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A Torre Eiffeil deu as boas vindas aos visitantes da Exposição Universal há 132 anos

   
A Torre Eiffel é uma torre treliça de ferro do século XIX localizada no Champ de Mars, em Paris, que se tornou um ícone mundial da França e uma das estruturas mais reconhecidas no mundo. A Torre Eiffel, que é o edifício mais alto de Paris, é o monumento pago mais visitado do mundo, milhões de pessoas sobem à torre cada ano. Nomeada em homenagem ao seu projetista, o engenheiro Gustave Eiffel, foi construída como o arco de entrada da Exposição Universal de 1889.
A torre possui 324 metros de altura. Foi a estrutura mais alta do mundo desde a sua conclusão até 1930, quando perdeu o posto para o Chrysler Building, em Nova York, Estados Unidos. Não incluindo as antenas de transmissão, a Torre é a segunda estrutura mais alta da França, atrás apenas do Viaduto de Millau, concluído em 2004. A torre tem três níveis para os visitantes. Os ingressos podem ser adquiridos nas escadas ou elevadores do primeiro e do segundo nível. A caminhada para o primeiro nível é superior a 300 degraus. O terceiro e mais alto nível só é acessível por elevador. Do primeiro andar vê-se a cidade inteira, tem casas de banho e várias lojas e o segundo nível tem um restaurante.
A torre tornou-se o símbolo mais proeminente de Paris e da França. A torre é uma parte do cenário caracterizado em dezenas de filmes que se passam em Paris.
   
O governo da França planeou a Exposição Universal de 1889 e anunciou uma competição de design arquitetónico para um monumento que seria construído no Campo de Marte, no centro de Paris. Mais de cem designs foram submetidos ao concurso. O comité do Centenário escolheu o projeto do engenheiro Gustave Eiffel (1832-1923), de quem herdaria o nome, da torre com uma estrutura metálica que se tornaria, então, a estrutura mais alta do mundo construída pelo homem. Com seus 324 metros de altura, possuía 7 300 toneladas quando foi construída.
O projeto da Torre Eiffel foi criado por Maurice Koechlin e Émile Nouguier, dois engenheiros que trabalhavam para a Compagnie des Etablissements Eiffel, após uma discussão sobre a melhor proposta de peça central para a Exposição Universal de 1889, a Feira Mundial, que iria comemorar o centenário da Revolução Francesa. Em maio de 1884, Koechlin, trabalhando em casa, fez um desenho do esboço de seu esquema, descrito por ele como "um grande pilar, composto de quatro vigas-treliçadas verticais se unindo no topo, unidas por treliças metálicas em intervalos regulares". Inicialmente Eiffel não se entusiasmou com a ideia, mas permitiu que o projeto fosse melhor estudado e detalhado. Os dois engenheiros pediram a Stephen Sauvestre, chefe do departamento de arquitetura da empresa, que colaborasse com o projeto. Sauvestre adicionou arcos decorativos na base, um pavilhão de vidro no primeiro andar, além de outros itens decorativos. Esta versão melhorada ganhou o apoio de Eiffel e ele comprou os direitos à patente do projeto que Koechlin, Nougier, e Sauvestre haviam conseguido. O projeto foi exibido na Feita de Artes Decorativas no outono de 1884 com o nome da empresa de Eiffel. Em 30 de março de 1885 Eiffel apresentou um artigo com o projeto na Société des Ingiénieurs Civils; depois de discutir os problemas teóricos e ter enfatizado o uso prático da torre, ele terminou sua palestra mencionando que a torre iria simbolizar.
"Não só a arte do engenheiro moderno, mas também o século da Indústria e Ciência em que estamos vivendo, e para o qual foi preparado o caminho pelo grande movimento científico do século XVIII e pela Revolução de 1789, para a qual este monumento será construído como uma expressão de gratidão da França.
Pouco aconteceu até o início de 1886, quando Jules Grévy foi reeleito como presidente e Édouard Lockroy foi nomeado ministro do Comércio. Um orçamento para a exposição foi aprovado e em 1 de maio Lockroy anunciou uma alteração dos termos do concurso público que estava sendo realizada, optando por uma peça central para a exposição, o que solicitava propostas para uma torre metálica de 300 metros a ser construída no Campo de Marte.
No dia 12 de maio uma comissão foi criada para analisar os esquemas de Eiffel e seus competidores e em 12 de junho apresentou a sua decisão: que todas as propostas, exceto a de Eiffel ou eram impraticáveis ​​ou insuficientemente detalhadas. Depois de algum debate sobre o local exato para a torre, um contrato foi finalmente assinado em 8 de janeiro de 1887. Este foi assinado por Eiffel como particular, não como representante de sua empresa, concedendo-lhe 1,5 milhão de francos para os custos de construção: menos de um quarto dos cerca de 6,5 milhões de francos necessários para a construção. Por outro lado Eiffel deveria receber todas as receitas provenientes da exploração comercial da torre durante a exposição e os 20 anos seguintes. Eiffel mais tarde criou uma empresa específica para gerir a torre, colocando ele mesmo a metade do capital necessário.
Inaugurada em 31 de março de 1889, a Torre Eiffel (pronuncia-se com a sílaba tónica no último "e", [eifél] e não [êifel]) foi construída para honrar o centenário da Revolução Francesa, foi construída para ser uma estrutura temporária.
Quando o contrato de vinte anos do terreno da Exposição Universal de 1889 expirou, em 1909, a Torre Eiffel quase foi demolida, mas o seu valor como uma antena de transmissão de rádio salvou-a. Os últimos vinte metros da torre correspondem à antena de rádio que foi adicionada posteriormente. A torre manteve-se como o monumento mais alto do mundo ao longo de mais de quarenta anos até ser destronada em 1930 pelo o Edifício Chrysler, de Nova Iorque, que tem 329 metros.
Ao todo, desde a abertura, já recebeu um total de 244 000 000 de visitantes. Em 2011, teve 7,1 milhões de visitantes e a empresa que gere o monumento (Société d’exploitation de la Tour Eiffel – SETE) teve um volume de negócios de mais de 73 milhões de euros.
  

  
    
A Exposição Mundial de 1889 decorreu em Paris, França. A Torre Eiffel foi construída especialmente para essa ocasião, celebrando assim o centenário da Revolução Francesa (1789).
A "Exposition Universelle" de 1889 foi uma Exposição Universal que decorreu em Paris desde 6 de maio até 31 de outubro. A exposição cobria uma área total de 0.96 km² e o seu símbolo principal era a Torre Eiffel, que servia de entrada para a exposição.
Calcula-se que cerca de 28.000.000 pessoas visitaram a exposição, que incluía o Palácio das Belas Artes e o Palácio das Artes Liberais. Casas chinesas, templos maias, pavilhões indianos, mesquitas e inúmeros pavilhões de colónias e países do mundo deleitavam os olhares dos visitantes.
     

O pintor Arpad Szenes nasceu há 124 anos

(imagem daqui)
  
Szenes Árpád, também conhecido por Árpád Szenes, (Budapeste, 6 de maio de 1897 - Paris, 16 de janeiro de 1985) foi um pintor, gravurista, ilustrador, desenhista e professor húngaro, naturalizado francês em 1956. 
  
Biografia
A sua trajetória artística ficou profundamente ligada ao mundo latino, devido — em grande parte — ao seu casamento em 1930 com a portuguesa Maria Helena Vieira da Silva, com quem realizou inúmeras viagens à América Latina para participar de exposições, como em 1946 no Instituto de Arquitetos do Brasil.
Devido ao facto de ser judeu e de sua esposa ter perdido a nacionalidade portuguesa, eram oficialmente apátridas. O casal decidiu então residir por um longo tempo no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial e no período pós-guerra. No Brasil, entram em contacto com importantes artistas locais, como Carlos Scliar e Djanira.
A ligação com Portugal reflete-se na existência da Fundação Árpád Szenes-Vieira da Silva, sediada em Lisboa.
  
   
(imagem daqui)

Orson Welles nasceu há 106 anos

  
George Orson Welles (Kenosha, Wisconsin, 6 de maio de 1915 - Hollywood, 10 de outubro de 1985) foi um cineasta dos Estados Unidos.
Também foi roteirista, produtor e ator. Iniciou a sua carreira no teatro, em Nova Iorque, em 1934.
  
Biografia
Órfão aos quinze anos, após a morte do seu pai (a sua mãe morreu quando ainda tinha 9 anos), George Orson Welles começou a estudar pintura em 1931, primeira arte em que se envolveu. Adolescente, não via interesse nos estudos e em pouco tempo passou a atuar. Tal paixão levou-o a criar a sua própria companhia de teatro em 1937. Em 1938, Orson Welles produziu uma transmissão radiofónica intitulada A Guerra dos Mundos, adaptação da obra homónima de H. G, Wells e que ficou famosa mundialmente por provocar pânico nos ouvintes, que imaginavam estar enfrentando uma verdadeira invasão de extraterrestres. Um exército que ninguém via, mas que, de acordo com a dramatização radiofónica, em tom jornalístico, acabara de desembarcar no nosso planeta. O sucesso da transmissão foi tão grande que, no dia seguinte, todos queriam saber quem era o responsável pela tal "partida". A fama do jovem Welles começava. Foi casado com a atriz Rita Hayworth e tiveram uma filha, Rebecca. O casal divorciou-se em 1948.

Citizen Kane
A sua estreia no cinema, em filmes de longa metragem, ocorreu em 1941 com Citizen Kane (Em Portugal, "O Mundo a seus Pés"; no Brasil, "Cidadão Kane"), considerado pela crítica como um dos melhores filmes de todos os tempos e o mais importante dirigido por Welles.
Os elogios a Citizen Kane, originaram por três motivos:
   
Inovação
Welles inovou a estética do cinema com técnicas até então raríssimas nas produções cinematográficas. Algumas delas são:
  • Ângulos de câmara (uso de plongée e contra-plongée).
  • Exploração do campo (campo e contra-campo).
  • Narrativa (narrativa não linear).
  • Edição e montagem (muito sofisticada para e época de sua realização, devido a não linearidade da narrativa).
     
Coragem 
Orson Welles retratou, em "Citizen Kane", a vida e a decadência de um magnata da comunicação norte-americana, baseado na história do milionário William Randolph Hearst. Esse filme foi um marco na carreira do ator. Mesmo estando pronto, "Cidadão Kane" quase não pode ser visto, fruto de problemas com Hearst. Ele teve nove indicações para o Óscar, mas venceu apenas um, o de melhor roteiro original. A sua coragem de realizar esta obra prima acabou resultando no fechamento de muitas portas no futuro, beirando o ostracismo no fim da vida.
    
Dinamismo
Foi diretor, co-roteirista, produtor e ator em "Citizen Kane". O que é surpreendente, pois no cinema acumular funções acaba influenciando de maneira negativa o resultado final. Mas no caso de Welles surgiu uma obra completamente à frente do seu tempo.  
      
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Marlene Dietrich morreu há 29 anos

   
Marlene Dietrich, nome artístico de Marie Magdelene Dietrich von Losch (Berlim, 27 de dezembro de 1901 - Paris, 6 de maio de 1992) foi uma atriz e cantora alemã.
Dietrich manteve grande popularidade ao longo da sua invulgarmente longa carreira no show business, por se reinventar continuamente a si mesma, profissionalmente e caracteristicamente. Em 1920, em Berlim, ela atuou nos palcos e em filmes mudos. O seu desempenho como Lola-Lola em “The Blue Angel” (O Anjo Azul - 1930), dirigido por Josef von Sternberg, trouxe-lhe fama internacional, resultando num contrato com a Paramount Pictures. Dietrich estrelou em filmes de Hollywood tais como o “Marrocco” (Marrocos - 1930), “Shangai Express” (O Expresso de Xangai” - 1932) e “Desejo” (1936). Dietrich negociou com sucesso as suas atuações e tornou-se uma das atrizes mais bem pagas da época.
Dietrich tornou-se cidadã norte-americana em 1939 e, durante toda a Segunda Guerra Mundial, era uma “entertainer”  da linha de frente. Embora ainda fizesse filmes ocasionais após a Segunda Guerra Mundial, Dietrich passou a maior parte da década de 50 até à década de 70 em turnê pelo mundo, cantando e dançando. Dietrich ficou conhecida pelos seus esforços humanitários durante a guerra, abrigando exilados alemães e franceses, dando-lhes apoio financeiro, e até mesmo ao defender a sua cidadania dos EUA. Pelo seu trabalho fde melhorar a moral nas linhas de frente na Segunda Guerra Mundial recebeu honras dos EUA, França, Bélgica e Israel.
Marlene Dietrich um dos ícones do cinema americano, foi eleita pelo AFI como a 10° Lenda Feminina do cinema americano.
   

Freud nasceu há 165 anos

    
Sigmund Schlomo Freud (Freiberg in Mähren, 6 de maio de 1856 - Londres, 23 de setembro de 1939), mais conhecido como Sigmund Freud, foi um médico neurologista e criador da Psicanálise. Freud nasceu numa família judaica, em Freiberg in Mähren, na época pertencente ao Império Austríaco. Atualmente a localidade é denominada Příbor, na República Checa.
Freud iniciou seus estudos pela utilização da técnica da hipnose como forma de acesso aos conteúdos mentais no tratamento de pacientes com histeria. Ao observar a melhoria de pacientes de Charcot, elaborou a hipótese de que a causa da doença era psicológica, não orgânica. Essa hipótese serviu de base para seus outros conceitos, como o do inconsciente. Freud também é conhecido por suas teorias dos mecanismos de defesa, repressão psicológica e por criar a utilização clínica da psicanálise como tratamento da psicopatologia, através do diálogo entre o paciente e o psicanalista. Freud acreditava que o desejo sexual era a energia motivacional primária da vida humana, assim como suas técnicas terapêuticas. A sua obra fez surgir uma nova compreensão do ser humano: um animal dotado de razão imperfeita influenciado por seus desejos e sentimentos que cria na mente destes um tormento pela contradição entre esses impulsos e a vida em sociedade. Factos como a descrição de pacientes curados através do diálogo por Josef Breuer e a morte do colega Ernst von Fleischl-Marxow, por overdose do antidepressivo da época, a cocaína, levou-o ao abandono das técnicas de hipnose e drogas para utilizar uma nova metodologia: a cura pela conversa, a Psicanálise, em favor da interpretação de sonhos e da livre associação, como vias de acesso ao inconsciente.
As suas teorias e seu tratamento com seus pacientes foram controversos na Viena do século XIX, e continuam a ser muito debatidos hoje. As suas ideias são frequentemente discutidas e analisadas como obras de literatura e cultura geral em adição ao contínuo debate ao redor delas no uso como tratamento científico e médico.