quinta-feira, abril 30, 2020

O político e pensador Joaquim Pedro de Oliveira Martins nasceu há 175 anos

  
Joaquim Pedro de Oliveira Martins (Lisboa, 30 de abril de 1845 - Lisboa, 24 de agosto de 1894) foi um político e cientista social português.
Oliveira Martins é uma das figuras-chave da história portuguesa contemporânea. As suas obras marcaram sucessivas gerações de portugueses, tendo influenciado vários escritores do século XX, como António Sérgio, Eduardo Lourenço ou António Sardinha.
Biografia
Órfão de pai, teve uma adolescência difícil, não chegando a concluir o curso liceal, que lhe teria permitido ingressar na Escola Politécnica, para o curso de Engenheiro Militar. Esteve empregado desde os 13 anos de idade no comércio, de 1858 a 1870, mas, nesse ano, devido à falência da empresa onde trabalhava, foi exercer funções de administrador de uma mina na Andaluzia. Quatro anos depois regressou a Portugal para dirigir a construção da via férrea do Porto à Póvoa de Varzim e a Vila Nova de Famalicão. Em 1880 foi eleito presidente da Sociedade de Geografia Comercial do Porto e, quatro anos depois, director do Museu Industrial e Comercial do Porto. Mais tarde desempenhou as funções de administrador da Régie dos Tabacos, da Companhia de Moçambique, e fez parte da comissão executiva da Exposição Industrial Portuguesa.
Casou em 1865 com Victória de Mascarenhas Barbosa, de ascendência inglesa, que o acompanhou nas suas longas estadias em Espanha e no Porto, mas de quem não teve descendência.
Foi deputado em 1883, eleito por Viana do Castelo, e em 1889 pelo círculo do Porto. Em 1892 foi convidado para a pasta da Fazenda, no ministério que se organizou sob a presidência de Dias Ferreira, e em 1893 foi nomeado vice-presidente da Junta do Crédito Público.
Elemento animador da Geração de 70, revelou uma elevada plasticidade às múltiplas correntes de ideias que atravessaram o seu século.
Oliveira Martins colaborou nos principais jornais literários e científicos de Portugal, assim como nos políticos socialistas. Também se encontra colaboração da sua autoria nas revistas: Renascença (1878-1879?), Ribaltas e gambiarras (1881), Revista de Estudos Livres (1883-1886), Gazeta dos Caminhos de Ferro de Portugal e Hespanha (1888-1898) e Gazeta dos Caminhos de Ferro (iniciada em 1899) e ainda em A semana de Lisboa (1893-1895), A Leitura (1894-1896) e, a título póstumo, no semanário Branco e Negro (1896-1898).
Oliveira Martins colaborou nos principais jornais literários e científicos de Portugal, assim como nos políticos socialistas. Também se encontra colaboração da sua autoria nas revistas: Ribaltas e gambiarras (1881), Gazeta dos Caminhos de Ferro de Portugal e Hespanha (1888-1898), Gazeta dos Caminhos de Ferro (iniciada em 1899), na A semana de Lisboa (1893-1895), A Leitura (1894-1896) e na revista Branco e Negro (1896-1898).
A sua vasta obra começou com o romance Febo Moniz, publicado em 1867, e estende-se até à sua morte, em 1894. Na área das ciências sociais escreveu, por exemplo, Elementos de Antropologia, de 1880, Regime das Riquezas, de 1883, e Tábua de Cronologia, de 1884. Das obras históricas há a destacar História da Civilização Ibérica e História de Portugal, em 1879, O Brasil e as Colónias Portuguesas, de 1880, e Os Filhos de D. João I, de 1891. É também necessário destacar a sua obra História da República Romana. A sua obra suscitou sempre controvérsia e influenciou a vida política portuguesa, mas também historiadores, críticos e literatos do seu tempo e do século XX. Perfilhou várias ideologias contraditórias pois foi anarquista (proudhoniano), republicano, monárquico, liberal, anti-liberal e iberista.
  

quarta-feira, abril 29, 2020

Hitchcock morreu há 40 anos...

   
Sir Alfred Joseph Hitchcock (Londres, 13 de agosto de 1899 - Los Angeles, 29 de abril de 1980) foi um cineasta inglês, considerado o "mestre dos filmes de suspense", um dos mais conhecidos e populares realizadores de todos os tempos.
   
Primeiros anos
Alfred Hitchcock nasceu no bairro de Leytonstone, nordeste da cidade de Londres, filho de Emma e William Hitchcock. O seu pai vendia frutas e verduras e ele tinha mais dois irmãos.
A figura de seu pai esteve sempre presente. Quando ele tinha quatro ou cinco anos, ele enviou-o à polícia com uma carta e um polícia, ao ler o relato, trancou Hitchcock numa cela por alguns minutos, dizendo: "Isto é o que se faz com as crianças más.". Hitchcock nunca entendeu a razão para esta piada, porque o seu pai o chamava de seu "cordeiro sem manchas". A sua infância foi disciplinada, embora um pouco excêntrica. Solitário, estava sempre isolado mas atento ao que se passava à sua volta.
O seu pai era um comerciante autoritário da região de East End. Aqui começa o interesse do diretor pela questão da transgressão, presente em todos os seus filmes. Hitchcock raramente falava de sua mãe.
O impacto do catolicismo na sua vida ocorre durante os seus anos de escola, no Convento Howrah, em Poplar. A família havia se mudado em 1906 para esta outra localidade para abrir um novo negócio. Depois de dois anos, Alfred saiu do convento pois a família mudou-se novamente, desta vez para Stepney. Lá, o menino passou a estudar no St. Ignatius College, colégio fundado por jesuítas em 1894 e, especialmente conhecido por seu rigor.
O centro jesuíta deixou uma profunda impressão em Hitchcock. Hitchcock se explicaria anos depois: "O método de punição, é claro, foi muito dramático. O aluno devia decidir quando ir para a punição imposta a ele. Devia se dirigir para a sala especial onde estava o sacerdote encarregado de aplicar a punição. Era algo como ir para a sua execução. Eu acho que foi mau. Eles não usavam o mesmo tipo de cinto que assolavam as crianças em outras escolas, era um de borracha.".
Ele permaneceu até aos 14 anos na escola. No seu primeiro ano destacou-se pela sua aplicação e recebeu uma das seis menções honrosas concedidas pela instituição. Obteve a classificação excelente em Latim, Francês, Inglês e educação religiosa, as matérias de maior importância no critério dos professores da instituição.
No último ano que passou no colégio jesuíta destacou-se pelo seu lado brincalhão, travesso e infrator. Era conhecido pela alcunha de Cocky (arrogante) entre os seus colegas. Ele roubava os ovos do galinheiro dos jesuítas para os atirar nas janelas dos quartos dos sacerdotes, ou, auxiliado por comparsas, colocava bombinhas acesas próximo das casas. Esta vertente, por um lado irónica e de outro travessa, infratora da lei, aparece como elemento típico de seus filmes.
Hitchcock lembrava desses anos com amargura e ao mesmo tempo como uma grande influência em seu trabalho. "Se você tiver sido educado com os jesuítas como eu fui, esses elementos seriam importantes. Eu me sentia aterrorizado pela polícia, pelos jesuítas, pela punição, por um monte de coisas. Estas são as raízes do meu trabalho." Daqueles anos datam também suas visitas ao Museu Negro da Scotland Yard para contemplar sua coleção de relíquias criminais, e ao Tribunal do Crime de Londres, onde assistia julgamentos de assassinatos e tomava notas à maneira de Dickens, um de seus escritores favoritos na época, junto com Walter Scott e Shakespeare.
Em 1913 deixou a escola e passou a definir a sua carreira profissional. Começou a estudar engenharia na School of Engineering and Navigation, e fez cursos de desenho no departamento de Belas Artes da Universidade de Londres, ao mesmo tempo, ajudando os pais no seu comércio. Foi então que descobriu um novo hobby para o seu tempo de lazer, o cinema, que estava começando a se estabelecer como uma das mais importantes atividades recreativas em Londres. A capital tinha mais de quatrocentos dispositivos de projeção, instalados junto de pistas de patinagem.
Em dezembro de 1914 o seu pai morreu. Alfred foi profundamente afetado por esta perda e teve que reconstruir a sua vida com a sua mãe. Neste época, os irmãos mais velhos já não viviam em casa e a primeira guerra mundial já havia começado. Eles tiveram que deixar o negócio e voltar a Leytonstone. O menino encontrou trabalho nos escritórios do Telegraph Henley, uma empresa fabricante de cabos elétricos. O seu trabalho era rever e calcular o tamanho dos cabos elétricos e as suas tensões. No entanto, esta ocupação não lhe agradava, depois de alguns meses foi transferido para o departamento de publicidade da empresa. Com este trabalho, onde podia explorar a sua criatividade, construiu uma reputação, apesar da sua juventude. Foi poupado do recrutamento militar graças ao seu trabalho, pois a empresa colaborava com a guerra, e também devido à sua obesidade.
Em 1920, aos vinte e um anos, o jovem leu numa revista que uma empresa de cinema dos Estados Unidos, a Famous Players-Lasky Company, iria criar um estúdio em Londres. Hitchcock apresentou-se nos escritórios da Famous levando consigo alguns esboços de letreiros para filmes mudos que tinha projetado com a ajuda do seu chefe no departamento de publicidade da Henley. Imediatamente, a empresa contratou-o como desenhador de letreiros e o salário que passou a ganhar no novo emprego permitiu-lhe deixar o emprego na Henley. No primeiro ano trabalhou como letrista em vários filmes, e no ano seguinte passou a ser responsável por cenários e pequenos diálogos em novos filmes. Ele escrevia sob a direção de George Fitzmaurice, que também lhe ensinou as primeiras técnicas de filmagem.
Em 1923, o escritor, ator e produtor Seymour Hicks ofereceu a Hitchcock a co-direção de um filme menor, Always Tell Your Wife, pois o diretor original do filme havia ficado doente. Logo colaborou num filme inacabado por falta de verba, Mrs. Peabody, esta foi a sua primeira experiência verdadeiramente cinematográfica.
Nos estúdios, Hitchcock conheceu Alma Reville, uma rapariga da mesma idade, nascida em Nottingham. Extremamente pequena e magra, e grande fã de cinema, trabalhou nos estúdios de uma empresa londrina desde os 16 anos, a Film Company, e logo passou a trabalhar na Famous. Alma e Hitchcock colaboraram em vários filmes dirigidos por Graham e Cutts, e em 1923 viajaram para a Alemanha para produzir um filme cujo roteiro ele mesmo havia escrito, The prude's fall. No navio de retorno a Inglaterra, Hitchcock declarou-se a Alma e logo iniciaram um longo noivado.
Nos primeiros anos trabalharam juntos em filmes da produtora de Michael Balcon, a Gainsbouroug Pictures Ltda., como por exemplo The blackguard, um filme para o qual ele teve que viajar diversas vezes para a Alemanha, circustância em que aproveitou para conhecer a obra dos grandes diretores alemães da época, como Fritz Lang e Erich von Stronheim. Em 1925, Balcon lhe propôs dirigir uma co-produção anglo-alemã intitulada The Pleasure Garden. Era a sua primeira oportunidade como diretor. O resultado, agradou os dirigentes do estúdio e naquele mesmo ano veio a dirigir outros dois filmes The mountain eagle (que não existe mais, o que apenas sobrou foram seis fotos) e The Lodger: A Story of the London Fog, que foi o seu início no género do suspense e mostra a história de uma família que desconfia que o seu inquilino seja Jack, o Estripador. O três filmes estrearam em 1927.
Em 2 de dezembro de 1926 casou-se com Alma, de acordo com os rituais católicos, e estabeleceram-se em Cromwell Road, em Londres. Na estreia, os filmes foram bem recebidos pelo público e críticos. Neles, o diretor aparecia discretamente como figurante, sem ser incluído como parte do elenco ou roteiro, era a sua maneira de assinar os seus filmes, que mais tarde se tornou tão popular. Aproveitando o sucesso, mudou de produtora, e no final de 1927 filmou The Ring, ele também assinava o roteiro do filme que foi produzido pela British International Pictures. Com este filme se tornou um dos diretores mais conhecidos da Inglaterra e deu início ao seu caminho para a fama internacional.
  
Período inglês
Em 1929, Hitchcock obteve o seu primeiro sucesso no Reino Unido com Blackmail, filme este que abriria um período de vários clássicos do suspense dirigidos por ele ainda em solo britânico.
Em 1933 foi trabalhar na Gaumont-British Picture Corporation, e o seu primeiro filme para a companhia chamou-se The Man Who Knew Too Much (O Homem que Sabia Demais), de 1934, que seria refilmado em 1956, com outros atores.
O seu segundo filme pela companhia foi The 39 Steps (Os 39 Degraus), de 1935, considerado o melhor filme deste período. Neste filme, pela primeira vez usa uma técnica chamada de MacGuffin (às vezes de McGuffin ou Maguffin), a técnica designa uma desculpa argumental que motiva aos personagens a desenvolver uma história, o que na realidade carece de relevância. O seu próximo sucesso foi The Lady Vanishes (A Dama Oculta) (1938), que envolvia intriga internacional.
Nessa fase, Hitchcock estabeleceu algumas inovações que caracterizaram seu estilo, uma delas é a introdução de um recurso de roteiro que virou uma de suas marcas registadas, o personagem inocente que é perseguido ou punido por um crime que não cometeu.
O sucesso destes filmes chamou a atenção dos produtores de Hollywood para a habilidade do diretor em usar o suspense, a partir de tramas plausíveis em que explorava psicologicamente os temores humanos. Em 1939, Hitchcock mudou-se para os Estados Unidos e assinou contrato com David Selznick, produtor de filmes como E Tudo o Vento Levou e It started in Naples, onde realizaria a maior parte de suas obras-primas.
  
Período em Hollywood
Hitchcock mudou-se para os Estados Unidos em 1939 e tornou-se cidadão norte-americano em 1955.
A estreia de Alfred Hitchcock em Hollywood foi com Rebecca (1940), que veio a vencer o Óscar de melhor filme. Este foi o único filme do diretor a ganhar um Óscar nessa categoria. A obra gira em torno do romance entre um rico viúvo e uma inocente jovem, que acabam casando rapidamente. Tudo parecia perfeito, até que Rebecca, a falecida esposa, volta para assombrar a jovem. O elenco do filme contava com Laurence Olivier e Joan Fontaine.
Nas três décadas seguintes, Hitchcock dirigiu praticamente um filme por ano em Hollywood.
O seu segundo filme em Hollywood foi Foreign Correspondent (Correspondente de Guerra), em 1940, filmado durante o primeiro ano da Segunda Guerra Mundial, e que também foi nomeado para o Oscar de melhor filme, mas não ganhou.
Na década de 40, os filmes de Hitchcock tornaram-se mais diversificados, passando pelo género da comédia em Mr. & Mrs. Smith (Meu Marido é Solteiro) (de 1941), ao filme noir em Shadow of a Doubt (A Sombra de Uma Dúvida) (de 1943) e a ficção sobre leis em The Paradine Case (O Caso Paradine), de 1947.
Saboteur (Sabotador), de 1942, foi o primeiro de dois filmes feitos pela Universal Pictures; A Sombra de Uma Dúvida foi o segundo, e era um dos filmes preferidos de Hitchcock.
Spellbound (A Casa Encantada) de 1945, com Ingrid Bergman e Gregory Peck, recebeu nomeação para o Óscar de melhor filme, melhor diretor e melhor ator secundário (Michael Chekhov), entre outros. O produtor David O. Selznick utilizou as suas experiências na psicanálise, e até levou aos estúdios a sua terapeuta, para servir de consultora. Hitchcock fez algumas cenas baseadas no artista plástico Salvador Dalí para ilustrar certas cenas de confusão mental, as quais Selznick odiou.
Notorious (Difamação), de 1946, onde participam Cary Grant e Ingrid Bergman, foi o primeiro filme que Hitchcock dirigiu e produziu, e em que Selznick não participou na produção, feita pela RKO (Radio-Keith-Orpheum) Pictures. O filme recebeu a indicação para o Óscar de ator secundário, mas não venceu. The Paradine Case (O Caso Paradine), de 1947, foi o seu primeiro filme colorido, e foi protagonizado por Gregory Peck.
Rope (A Corda) de 1948, foi baseado na peça teatral de Patrick Hamilton. Embora não tenha sido seu primeiro filme como diretor e produtor, foi o primeiro em que recebeu o crédito por isso. Foi também o primeiro de uma série de filmes de sucesso estrelados por James Stewart. Baseado na história verídica do caso de Leopold e Loeb, dois assassinos, Rope é tido como tendo um conteúdo homossexual.
A partir de 1948, ele foi o seu próprio produtor e atravessou os anos 50 com uma série de filmes de suspense com grandes orçamentos e contando com algumas das principais estrelas do cinema norte-americano.
Em 1949, Hitchcock lançou o filme Under Capricorn (Sob o Signo de Capricórnio), numa coprodução com Sidney Berstein e estrelado por Ingrid Bergman. O filme fracassou, em parte pela publicidade negativa sobre o relacionamento extraconjugal que Ingrid Bergman estava a ter com o diretor italiano Roberto Rossellini.
O filme Strangers on a Train (O Desconhecido do Norte-Expresso), de 1951, foi baseado no romance de Patricia Highsmith (que também escreveu The Talented Mr. Ripley) e apresentou a sua filha, Patricia Hitchcock, num pequeno papel. Foi seu primeiro filme distribuído pela Warner Bros e, anos mais tarde, seria fonte de inspiração para Throw Momma from the Train, de 1987, com Billy Crystal e Danny DeVito. Segundo Roger Ebert, vencedor do Prémio Pulitzer e crítico de filmes, Strangers on a Train era o melhor filme de todos os tempos.
No começo da década de 50 a MCA e o agente Lew Wasserman, que tinha como clientes James Stewart e Janet Leigh, tiveram grande importância nos filmes de Hitchcock. Com a ajuda de Wasserman, Hitchcock teve grande liberdade criativa para trabalhar em seus filmes.
Em 1954 o filme Dial M for Murder (Chamada para a Morte) trouxe Ray Milland e Grace Kelly nos papéis principais. Foi o primeiro filme em que Hitchcock trabalhou com Grace Kelly, baseado na peça escrita por Frederick Knotte, pela primeira vez, o diretor usou a técnica 3D.
No mesmo ano, Hitchcock lançou o filme Rear Window (Janela Indiscreta), com James Stewart e Grace Kelly nos papéis principais. O filme é considerado um dos maiores sucessos do diretor.
Em 1955, ganhou um programa de televisão chamado Alfred Hitchcock Presents. Tratava-se de um programa com vários episódios criminais que fez muito sucesso, servindo para aumentar ainda mais a sua popularidade.
No ano seguinte foi a vez de To Catch a Thief (Ladrão de Casaca) com Cary Grant e Grace Kelly. Em 1956 Hitchcok refilmou The Man Who Knew Too Much (O Homem que Sabia Demais), agora com James Stewart e Doris Day nos papéis principais. O diretor considerou a refilmagem superior ao original feito por ele em 1934. No filme, Doris Day aparece cantando a música Que Será, Será (Whatever Will Be, Will Be).
Em 1957 o diretor lançou o filme The Wrong Man (O Homem Errado), com Henry Fonda e Vera Miles, com roteiro baseado no livro The True Story of Christopher Emmanuel Balestrero, de Maxwell Anderson, um caso real de confusão de identidade.
Vertigo (A Mulher que Viveu Duas Vezes) foi lançado no auge da fama do diretor e, porém não foi muito bem recebido pela crítica. Vertigo é reconhecido por ter influenciado vários diretores e roteiristas nas décadas seguintes. O filme foi eleito entre os cem melhores filmes de todos os tempos pelo Instituto Americano do Cinema em 1998.
North by Northwest (Intriga Internacional), de 1959, foi produzido pela MGM, e protagonizado por Cary Grant, Eva Marie Saint e Martin Landau, entre outros. Conta a história de um homem inocente perseguido por agentes de uma misteriosa organização.
Psycho (Psico), de 1960, ajudou a mudar a abordagem cinematográfica sobre o terror. A reação do público foi impressionante, com filas que dobravam os quarteirões e muita gritaria na plateia nas cenas mais aterrorizantes. O filme teve como protagonista Janet Leigh, Anthony Perkins e Vera Miles, venceu o Globo de Ouro na categoria melhor atriz coadjuvante (Janet Leigh). O filme trouxe uma das cenas mais conhecidas da história do cinema, a famosa cena do chuveiro, quando a personagem de Janet Leigh é assassinada a facadas. O filme ficou na décima oitava posição entre os 100 melhores filmes do Instituto de Cinema Americano.
The Birds (Os Pássaros), de 1963 é baseado num conto de mesmo nome da escritora britânica Daphne du Maurier e é protagonizado por Rod Taylor, Jessica Tandy e Tippi Hedren, esta última uma descoberta de Hitchcock. O filme inovou na banda sonora e em efeitos especiais, e por este último motivo foi nomeado para o Óscar. Tippi Hedren, mãe da futura atriz Melanie Griffith, ganhou o Globo de Ouro.
Marnie (Marnie, Confissões de uma Ladra), de 1964, foi feito por Tippi Hedren e Sean Connery, e é um dos filmes clássicos de Hitchcock. Em 1966, ele lançou Torn Curtain (Cortina Rasgada), um thriller político com Paul Newman e Julie Andrews nos papéis principais.
Topaz (Topázio), filmado entre 1968 e 1969, fala sobre a Guerra Fria, e conta a história de um espião, com roteiro baseado no livro de mesmo nome escrito por Leon Uris. Foi um filme que não trouxe nenhuma grande estrela, na verdade, apenas nomes desconhecidos. Muitos acreditam que Hitchcock não quis chamar nenhuma estrela de Hollywood para este filme após alguns conflitos com Paul Newman no seu último filme.
Em 1972 Hitchcok lançou Frenzy (Frenesi), um thriller sobre crime que trouxe pela primeira vez cenas de nudez e palavras de baixo calão em um de seus filmes.
O seu último filme foi Family Plot (Trama Macabra) com Karen Black e Bruce Dern. Data de 1976.
   
Morte 
Em 1980 Alfred Hitchcock recebeu a KBE da Ordem do Império Britânico, das mãos da Rainha Elizabeth II. Ele morreu quatro meses depois, de insuficiência renal, em sua casa, em Los Angeles. O corpo de Hitchcok foi cremado.
  
Aparições do diretor nos seus filmes
Hitchcock usou em vários de seus filmes o que é conhecido como cameo (literalmente camafeu, significando uma "participação especial", em português), onde uma pessoa famosa aparece em um filme. Porém, nos filmes de Hitchcock, quem aparecia era ele próprio. Ele é visto em aparições breves, geralmente no início de seus filmes. Para não distrair o público do enredo principal, no decorrer de sua obra, o diretor passou a aparecer logo no início dos filmes.
  

Tammi Terrell nasceu há 75 anos

  
Tammi Terrell, nascida como Thomasina Winifred Montgomery (Filadélfia, Pensilvânia, 29 de abril de 1945Filadélfia, Pensilvânia, 16 de março de 1970) foi uma cantora de soul norte-americana, mais conhecida pelos seus trabalhos desenvolvidos na Motown e por seus duetos com Marvin Gaye. Ainda adolescente, ela gravou para os selos Scepter Records/Wand Records, Try Me Records e Checker Records. Assinou com a Motown em 1965 e experimentou um modesto sucesso como cantora a solo. A partir do momento em que passou a trabalhar com Gaye, em 1967, a  sua carreira entrou em ebulição, mas naquele mesmo ano cairia, quando Terrell desmaiou nos braços de Gaye durante uma atuação. Foi-lhe então diagnosticado um tumor cerebral, que a levou à morte, com apenas 24 anos.
  
 

Nana Caymmi nasceu há 79 anos


Nana Caymmi (nascida Dinair Tostes Caymmi, Rio de Janeiro, 29 de abril de 1941) é uma cantora brasileira.
  
Sempre gostou da música, também por ser filha do músico Dorival Caymmi e da cantora Stella Maris, o seu dom e talento para as artes musicais já vinham nos seus genes. Em 1960 começou a entrar no ramo artístico. Nesse mesmo ano registou a primeira atuação em estúdio, participando da faixa Acalanto (Dorival Caymmi), no LP do pai, que compôs a canção em sua homenagem, quando a cantora era ainda criança. Ela e Dorival reproduziram a música no LP.
Lançou, também, o primeiro disco solo, um 78 RPM, contendo as músicas Adeus (Dorival Caymmi) e Nossos beijos (Hianto de Almeida e Macedo Norte). No dia 26 de abril desse mesmo ano, assinou contrato com a TV Tupi, apresentando-se no programa Sucessos Musicais, produzido por Fernando Confalonieri. Em seguida, passou a apresentar, acompanhada pelo irmão Dori, o programa A Canção de Nana, produzido por Eduardo Sidney.
 


Vinícius Cantuária - 69 anos

(imagem daqui)
  
Vinícius Cantuária (Manaus, 29 de abril de 1951) é um cantor e compositor brasileiro.
Iniciou sua carreira profissional no início dos anos 70, como baterista do grupo O Terço, com o qual atuou até 1972. Nos anos de 1975 e 1976 integrou a Banda Atômica, que acompanhava Jorge Mautner em shows e gravações. Atuou, também, com Luiz Melodia, Gilberto Gil e Caetano Veloso.
Em 1981, teve seu primeiro grande sucesso como compositor, com a gravação de sua canção "Lua e Estrela", incluída no repertório do disco de Caetano Veloso "Outras Palavras", que atingiu a marca de 100 mil cópias vendidas. No ano seguinte, gravou seu primeiro LP como artista solista, "Vinícius Cantuária", com destaque para sua composição "Coisa linda", música que viria a figurar nas paradas de sucesso.
Em 1984, lançou o álbum "Sutis Diferenças", no qual interpretou seu maior sucesso até hoje, "Só Você", que permaneceu no topo das paradas por meses e o lançou nacionalmente. Apesar de Cantuária ter sido o compositor e ter lançado a canção como sua, ela foi regravada por Fábio Jr. e se tornou um dos maiores sucessos da carreira do cantor paulista.
Ainda na década de 1980, lançou os LPs "Gávea de Manhã" (1983), "Siga-me" (1985) e "Nu Brasil". Atuou, nessa época, com Chico Buarque, com quem excursionou em turnê de shows do disco "Francisco".
Apresentou-se em Portugal durante o ano de 1989.
Lançou, em 1991, o CD "Rio Negro". Fez parte, ao lado de Ritchie, Cláudio Zoli, Dadi e Mu Carvalho, do grupo Tigres de Bengala, com o qual lançou um CD, em 1993.
Em seguida, mudou-se para os Estados Unidos, onde gravou os CDs "Sol na Cara" (1996), produzido por Arto Lindsay, e "Tucumã" (1999). Em 2001, participou do disco "Look Into The Eyeball", de David Byrne.
Em 2011, lançou o CD “Samba Carioca”, contendo suas canções “Praia Grande” (com Marcos Valle), “Orla” (com Liminha, Marcos Valle e Dadi), “Fugiu” (com Arto Lindsay), “Só Ficou Saudade (com Paulo Sergio Valle), “Berlim”, “Julinha de Botas” e “Conversa Fiada”, além de “Vagamente” (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli) e “Inútil Paisagem” (Tom Jobim e Aloysio de Oliveira).
Em 2013, formou, com Dadi e o compositor e guitarrista norte-americano Jesse Harris (autor de “Don’t Know Why”, sucesso na voz da cantora Norah Jones) o Trio Estrangeiros, com o qual fez uma turnê de shows pelo Japão. Antes de seguir viagem, estreou o show no espaço Vizta (RJ), pelo projeto “Bossa, jazz e muito mais”.
  
  

Duke Ellington nasceu há 121 anos

   
Edward Kennedy "Duke" Ellington (Washington, D.C., 29 de abril de 1899 - Nova Iorque, 24 de maio de 1974) foi um compositor de jazz, pianista e líder de orquestra norte-americano eternizado com a alcunha de "The Duke" e distinguido com a Presidential Medal of Freedom (condecoração americana) em 1969 e com a Legião de Honra (condecoração francesa) em 1973, sendo ambas as distinções as mais elevadas que um civil pode receber. Foi ainda o primeiro músico de jazz a entrar para a Academia Real de Música de Estocolmo, e foi Doutor honoris causa nas mais importantes universidades do mundo.
  
   

Hoje é o Dia Mundial da Dança...!

(imagens daqui)
    
O Dia Internacional da Dança ou Dia Mundial da Dança comemorado no dia 29 de abril, foi instituído pelo CID (Comité Internacional da Dança) da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) no ano de 1982.
Ao criar o Dia Internacional da Dança a UNESCO escolheu o 29 de abril por ser a data de nascimento do mestre francês Jean-Georges Noverre (1727-1810), que ultrapassou os princípios gerais que norteavam a dança do seu tempo para enfrentar problemas relativos à execução da obra. A sua proposta era atribuir expressividade a dança por meio da pantomima, a simplificação na execução dos passos e a sutileza nos movimentos. Noverre destaca-se na história por ter escrito um conjunto de cartas sobre o balé de sua época, “Letters sur la Danse”.
O Dia Internacional da Dança é importante como mais um espaço de mobilização em torno deste assunto. Alguns dos objetivos desta comemoração é aumentar a atenção pela importância da dança entre o público geral, assim como incentivar governos de todo o mundo para fornecerem melhores políticas públicas voltadas à dança.
Enquanto a dança tem sido uma parte integral da cultura humana através de sua história, não é prioridade oficial no mundo. Em particular, o professor Alkis Raftis, então presidente do Conselho Internacional de Dança, disse, no seu discurso em 2003, que "em mais da metade dos 200 países no mundo, a dança não aparece em textos legais (para melhor ou para pior). Não há fundos no orçamento do Estado para o apoio a este tipo de arte e não há ensino de dança, seja privado ou público".
    
   

terça-feira, abril 28, 2020

Pintura de aniversariante de hoje...

 
O Fado é um quadro do pintor português José Malhoa, criado em 1910. Pintura a óleo sobre tela, mede 150 cm de altura e 183 cm de largura.
O quadro está no Museu do Fado, temporariamente cedido pelo Museu da Cidade em Lisboa.
José Malhoa pintou duas versões do quadro, a de 1909 e a de 1910. Foram expostas pela primeira juntas, lado a lado, na exposição O Fado de 1910, na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa em 2010.
A obra de 1909 é propriedade da família do empresário Vasco Pereira Coutinho.
Nas obras é retratado Amâncio, afamado marginal (ou "fadista", então sinónimo) da Mouraria a quem chamavam "pintor" (e por isso, no bairro, chamavam a Malhoa o "pintor fino"), e Adelaide, mulher de má vida, conhecida por Adelaide da Facada (exibia no rosto uma cicatriz, desenhada a navalha).
Para concluir a obra, o pintor teve de andar no Governo Civil a meter cunhas para libertar da cela Amâncio, um desordeiro violento, teve de conter o temperamento do "pintor" de Mouraria quando se virava a Adelaide, teve de lhe atender alguns caprichos, sobretudo púdicos.
Sem Amâncio por perto, como quando estava preso, por exemplo, Malhoa desnudava os ombros e até um seio a Adelaide; os ciúmes tempestuosos de Amâncio foram levando o artista a subir a alça da camisola a Adelaide.
Malhoa convidou os habitantes de Mouraria e figuras da elite para opinar sobre a obra no seu estúdio.
Até El-Rei D. Manuei II sugeriu algumas alterações à pintura. Assim, inicialmente Adelaide tinha muitas tatuagens, o que era muito pouco comum para a época, e foi sugerido que fossem retiradas, ficando apenas uma muito pequena numa das mãos.
A pintura foi muito mal recebida pela crítica por retratar essa coisa menor do fado, a marginalidade. Começou por ser reconhecida no estrangeiro.
A obra foi exposta pela primeira vez em 1910 na Exposição Internacional de Arte do Centenário da República da Argentina, em Buenos Aires, com o título Bajo el Encanto, tendo obtido a Medalha de Ouro.
Em Janeiro de 1912, O Fado foi apresentado pela primeira vez em Portugal, na cidade do Porto.
Daí seguiu para o Salão de Paris, com o título Sous le Charme e, posteriormente, para Liverpool, com o título The Native Song.
Em 1915 obteve o Grand Prize, na Panamá-Pacific International Exposition, evento realizado em São Francisco, por ocasião da abertura do Canal do Panamá.
Foi exposta pela primeira vez em Lisboa somente em 1917, na 14ª Exposição da Sociedade Nacional de Belas Artes.
Na sequência desta última exposição, a pintura foi adquirida pela Câmara Municipal de Lisboa, tendo sido colocada no salão nobre dos Paços do Concelho, à época Sala das Sessões, onde permaneceu até ser integrado na exposição permanente do Museu da Cidade.
     

O poeta Alberto de Oliveira nasceu há 163 anos

   
Antônio Mariano de Oliveira (Saquarema, 28 de abril de 1857 - Niterói, 19 de janeiro de 1937), mais conhecido pelo pseudónimo Alberto de Oliveira, foi um poeta, professor e farmacêutico brasileiro. Figura como líder do parnasianismo brasileiro, na famosa tríade Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac.
   
  
Dentro do Sonho
  
  
Tanto de sonho lhe hão chamado a vida
Que por sonho eu a tenho e me convenço
Que tudo nela é sonho, breve ou extenso,
Pouco importa, querida.
Foi sonho aquela vez primeira que nos vimos.
A última sonho foi; o primeiro abraço
Em que os dois nos unimos;
Sonho o dia em que tu entraste por meu braço
Num templo, e logo após na casa que foi nossa;
Sonho o ver-me então moço e o ver-te
também moça...
Vinte anos todos de felicidade!
E de improviso tudo acaba, tudo...
Mas esta dor sem fim, esta saudade,
Aquele golpe rudo,
Tredo e medonho,
-Devo-me conformar - não passou tudo
De um sonho que sonhei dentro do grande
Sonho.
  
   
Alberto de Oliveira

Salazar nasceu há 131 anos...

   
António de Oliveira Salazar, Oliveira Salazar ou simplesmente Salazar (Vimieiro, Santa Comba Dão, 28 de abril de 1889 - Lisboa, 27 de julho de 1970) foi um estadista, ditador nacionalista português de influência fascista e professor catedrático da Universidade de Coimbra.
O seu percurso no Estado português iniciou-se quando foi escolhido pelos militares para Ministro das Finanças durante um curto período de duas semanas, na sequência da Revolução de 28 de maio de 1926. Foi substituído pelo comandante Filomeno da Câmara de Melo Cabral após o golpe do general Gomes da Costa. Posteriormente, foi também Ministro das Finanças entre 1928 e 1932, procedendo ao saneamento das finanças públicas portuguesas.
Figura de destaque e promotor do Estado Novo (1933–1974) e da sua organização política, a União Nacional, o ditador Salazar dirigiu os destinos de Portugal como presidente do Ministério entre 1932 e 1933 e, como Presidente do Conselho de Ministros entre 1933 e 1968. Os autoritarismos e nacionalismos que surgiam na Europa foram uma fonte de inspiração para Salazar em duas frentes complementares: a da propaganda e a da repressão. Com a criação da Censura, da organização de tempos livres dos trabalhadores FNAT e da Mocidade Portuguesa, o Estado Novo procurava assegurar a doutrinação de largas massas da população portuguesa ao estilo do fascismo, enquanto que a sua polícia política (PVDE, posteriormente PIDE e mais tarde, ainda, DGS), em conjunto com a Legião Portuguesa, combatiam os opositores do regime que, eram julgados em tribunais especiais (Tribunais Militares Especiais e, posteriormente, Tribunais Plenários).
Inspirado no fascismo e apoiando-se na doutrina social da Igreja Católica, Salazar orientou-se para um corporativismo de Estado, com uma linha de acção económica nacionalista assente no ideal da autarcia. Esse seu nacionalismo económico levou-o a tomar medidas de protecionismo e isolacionismo de natureza fiscal, tarifária, alfandegária, para Portugal e as suas colónias, que tiveram impacto negativo, sobretudo até aos anos 60.
(...)
  
Os Grandes Portugueses
No programa da RTP Os Grandes Portugueses, realizado em março de 2007, Salazar foi a mais votada das personalidades em jogo, com 42% dos votos expressos, seguido de Álvaro Cunhal, com 19%, e de Aristides de Sousa Mendes, com 13%.
Foi Jaime Nogueira Pinto, professor universitário, que fez a sua apresentação.
O concurso é desvalorizado por alguns historiadores como José Mattoso, António Reis, António Manuel Hespanha e Fernando Rosas, que acusaram a RTP de desinformação e manipulação num texto publicado no jornal Expresso. Em declarações ao Diário de Notícias, Nuno Santos, ex-director de programas da RTP, considera que a acusação é de mau gosto e revela má-fé.

Biografia cronológica
  • 1889: Nasce em Vimieiro, Santa Comba Dão.
  • 1914: Em Coimbra, conclui o curso de Direito.
  • 1918: Professor de Ciências Económicas na Faculdade de Direito.
  • 1926: Após o golpe de 28 de maio é convidado para Ministro das Finanças; ao fim de 13 dias renuncia ao cargo.
  • 1928: É novamente convidado para Ministro das Finanças; nunca mais abandonará o poder.
  • 1930: Nasce a União Nacional.
  • 1932: Presidente do Ministério.
  • 1933: É plebiscitada uma nova constituição que dá início ao Estado Novo. Fim da ditadura militar. É posto um fim ao nome "Presidente do Ministério", passando-se a ser chamado "Presidente do Conselho de Ministros".
  • 1936: Na Guerra Civil de Espanha apoia Franco; cria a Legião Portuguesa e a Mocidade Portuguesa; abre as colónias penais do Tarrafal e de Peniche
  • 1937: Escapa a um atentado dos anarquistas.
  • 1939: Iniciada a Segunda Guerra Mundial, Salazar conseguirá manter a neutralidade do país.
  • 1940: Exposição do Mundo Português.
  • 1943: Cede aos Aliados uma base militar nos Açores.
  • 1945: A PIDE substitui a PVDE.
  • 1949: Contra Norton de Matos, Carmona é reeleito Presidente da República; Portugal é admitido como membro da NATO.
  • 1951: Contra Quintão Meireles, Craveiro Lopes é eleito Presidente da República.
  • 1958: Contra Humberto Delgado, Américo Tomás é eleito Presidente da República; o Bispo do Porto, António Ferreira Gomes critica a política salazarista.
  • 1960: Portugal celebra a adesão ao Fundo Monetário Internacional.
  • 1961: 22.01, ataque ao navio Santa Maria por anti-salazaristas, que se asilam no Brasil logo após a posse de Janio Quadros; 04.02, assalto às prisões de Luanda; 11.03, tentativa de golpe de Botelho Moniz; 21.04, resolução da ONU condenando a política africana de Portugal; 19.12, a União Indiana invade Goa, Damão e Diu; 31 de dezembro de 1961 para 1 de janeiro de 1962, revolta de Beja.
  • 1963: O PAIGC abre nova frente de batalha na Guiné.
  • 1964: A FRELIMO inicia a luta pela independência, em Moçambique.
  • 1965: Crise académica; a PIDE assassina Humberto Delgado.
  • 1966: Salazar inaugura a ponte sobre o Tejo.
  • 1968: Na sequência de um acidente (queda de uma cadeira), Salazar fica fisicamente incapacitado para governar.
  • 1970: Morte de Salazar.
          

Mussolini foi executado há 75 anos


Benito Amilcare Andrea Mussolini (Predappio, 29 de julho de 1883  - Mezzegra, 28 de abril de 1945) foi um político italiano que liderou o Partido Nacional Fascista e é referenciado como sendo uma das figuras-chave na criação do Fascismo.
Tornou-se o primeiro-ministro da Itália em 1922 e começou a usar o título Il Duce em 1925. Após 1936, o seu título oficial era "Sua Excelência Benito Mussolini, Chefe de Governo, Duce do Fascismo e Fundador do Império". Mussolini também criou e sustentou a patente militar suprema de Primeiro Marechal do Império, em conjunto com o rei Vítor Emanuel III da Itália, que lhe deu o título, tendo controle supremo sobre as forças armadas da Itália. Mussolini permaneceu no poder até ser substituído em 1943; num curto período, até à sua morte, ele foi o líder da República Social Italiana.
Mussolini foi um dos fundadores do fascismo, que incluía elementos de nacionalismo, corporativismo, sindicalismo nacional, expansionismo, progresso social e anticomunismo, combinado com a censura de subversivos e propaganda do Estado. Nos anos seguintes à criação da ideologia fascista, Mussolini conquistou a admiração de uma grande variedade de figuras políticas.
Entre suas realizações nacionais de 1924 a 1939 destacam-se os seus programas de obras públicas como a drenagem das áreas pantanosas da região do Agro Pontino e o melhoramento das oportunidades de trabalho e transporte público. Mussolini também resolveu a Questão Romana ao concluir o Tratado de Latrão entre o Reino de Itália e a Santa Sé. Ele também garantiu o sucesso económico nas colónias italianas e dependências comerciais. Embora inicialmente tenha favorecido o lado da França contra a Alemanha no início da década de 1930, Mussolini tornou-se uma das figuras principais das potências do Eixo e, em 10 de junho de 1940, colocou a Itália na Segunda Guerra Mundial ao lado do Eixo. Três anos depois, foi deposto pelo Grande Conselho do Fascismo, motivado pela invasão aliada. Logo depois de preso, Mussolini foi resgatado da prisão no Gran Sasso por forças especiais alemãs.
Após seu resgate, Mussolini chefiou a República Social Italiana (República de Salò) nas partes da Itália que não haviam sido ocupadas por forças aliadas. No final de abril de 1945, com a derrota total aparente, tentou fugir para a Suíça, porém, foi rapidamente capturado e sumariamente executado próximo do lago de Como por guerrilheiros italianos. O seu corpo foi então trazido para Milão, onde foi pendurado de cabeça para baixo numa bomba de gasolina para exibição pública e confirmação da sua morte.
   
Da esquerda para direita, os corpos de Nicola Bombacci, Mussolini, Clara Petacci, Alessandro Pavolini e Achille Starace expostos na Piazzale Loreto (Milão, 29 de abril de 1945)
   

Kim Gordon - 67 anos

   
Kim Althea Gordon (Rochester, Nova Iorque, 28 de abril de 1953) é uma artista que trabalha em várias áreas, incluindo a música, pintura e moda. Gordon, que começou a carreira como uma artista visual, alcançou a fama pela sua função de baixista, guitarrista e vocalista da banda de rock alternativo Sonic Youth, que ela formou ao lado de Thurston Moore em 1981. Gordon também formou o projeto musical Free Kitten, com Julia Cafritiz (da banda Pussy Galore), na década de 90, e estreou como produtora no primeiro álbum do Hole, Pretty on the Inside (1991). Gordon fundou a linha de roupas X-Girl em 1993, e continuou com os Sonic Youth até 2011. Em 2013, formou a banda Body/Head.