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segunda-feira, abril 29, 2024

Tammi Terrell nasceu há 79 anos...

    
Tammi Terrell, nascida como Thomasina Winifred Montgomery (Filadélfia, Pensilvânia, 29 de abril de 1945Filadélfia, Pensilvânia, 16 de março de 1970) foi uma cantora de soul norte-americana, mais conhecida pelos seus trabalhos desenvolvidos na Motown e pelos seus duetos com Marvin Gaye. Ainda adolescente, gravou para os selos Scepter Records/Wand Records, Try Me Records e Checker Records. Assinou com a Motown em 1965 e experimentou um modesto sucesso como cantora a solo. A partir do momento em que passou a trabalhar com Gaye, em 1967, a  sua carreira entrou em ebulição, mas naquele mesmo ano cairia, quando Terrell desmaiou, nos braços de Gaye, durante uma atuação. Foi-lhe então diagnosticado um tumor cerebral, que a levou à morte, com apenas 24 anos.
  

 


sábado, abril 29, 2023

Tammi Terrell nasceu há 78 anos...

    
Tammi Terrell, nascida como Thomasina Winifred Montgomery (Filadélfia, Pensilvânia, 29 de abril de 1945Filadélfia, Pensilvânia, 16 de março de 1970) foi uma cantora de soul norte-americana, mais conhecida pelos seus trabalhos desenvolvidos na Motown e pelos seus duetos com Marvin Gaye. Ainda adolescente, ela gravou para os selos Scepter Records/Wand Records, Try Me Records e Checker Records. Assinou com a Motown em 1965 e experimentou um modesto sucesso como cantora a solo. A partir do momento em que passou a trabalhar com Gaye, em 1967, a  sua carreira entrou em ebulição, mas naquele mesmo ano cairia, quando Terrell desmaiou, nos braços de Gaye, durante uma atuação. Foi-lhe então diagnosticado um tumor cerebral, que a levou à morte, com apenas 24 anos.
  

 


domingo, abril 02, 2023

Marvin Gaye nasceu há 84 anos...

 Marvin Gaye desenhado pelo artista belga Willy Bosschem
     
Marvin Gaye (Washington DC, 2 de abril de 1939 - Los Angeles, 1 de abril de 1984), nascido Marvin Pentz Gay Jr., foi um cantor popular de soul e R&B, arranjador, multi-instrumentista, compositor e produtor. 
     

 


sexta-feira, abril 29, 2022

Tammi Terrell nasceu há 77 anos

    
Tammi Terrell, nascida como Thomasina Winifred Montgomery (Filadélfia, Pensilvânia, 29 de abril de 1945Filadélfia, Pensilvânia, 16 de março de 1970) foi uma cantora de soul norte-americana, mais conhecida pelos seus trabalhos desenvolvidos na Motown e pelos seus duetos com Marvin Gaye. Ainda adolescente, ela gravou para os selos Scepter Records/Wand Records, Try Me Records e Checker Records. Assinou com a Motown em 1965 e experimentou um modesto sucesso como cantora a solo. A partir do momento em que passou a trabalhar com Gaye, em 1967, a  sua carreira entrou em ebulição, mas naquele mesmo ano cairia, quando Terrell desmaiou nos braços de Gaye durante uma atuação. Foi-lhe então diagnosticado um tumor cerebral, que a levou à morte, com apenas 24 anos.
  

 


sábado, abril 02, 2022

Marvin Gaye nasceu há 83 anos

 Marvin Gaye visto pelo artista belga Willy Bosschem
     
Marvin Gaye (Washington DC, 2 de abril de 1939 - Los Angeles, 1 de abril de 1984), nascido Marvin Pentz Gay Jr., foi um cantor popular de soul e R&B, arranjador, multi-instrumentista, compositor e produtor. 
     

 


quinta-feira, abril 29, 2021

Tammi Terrell nasceu há 76 anos

    
Tammi Terrell, nascida como Thomasina Winifred Montgomery (Filadélfia, Pensilvânia, 29 de abril de 1945Filadélfia, Pensilvânia, 16 de março de 1970) foi uma cantora de soul norte-americana, mais conhecida pelos seus trabalhos desenvolvidos na Motown e pelos seus duetos com Marvin Gaye. Ainda adolescente, ela gravou para os selos Scepter Records/Wand Records, Try Me Records e Checker Records. Assinou com a Motown em 1965 e experimentou um modesto sucesso como cantora a solo. A partir do momento em que passou a trabalhar com Gaye, em 1967, a  sua carreira entrou em ebulição, mas naquele mesmo ano cairia, quando Terrell desmaiou nos braços de Gaye durante uma atuação. Foi-lhe então diagnosticado um tumor cerebral, que a levou à morte, com apenas 24 anos.
  

 


quarta-feira, abril 29, 2020

Tammi Terrell nasceu há 75 anos

  
Tammi Terrell, nascida como Thomasina Winifred Montgomery (Filadélfia, Pensilvânia, 29 de abril de 1945Filadélfia, Pensilvânia, 16 de março de 1970) foi uma cantora de soul norte-americana, mais conhecida pelos seus trabalhos desenvolvidos na Motown e por seus duetos com Marvin Gaye. Ainda adolescente, ela gravou para os selos Scepter Records/Wand Records, Try Me Records e Checker Records. Assinou com a Motown em 1965 e experimentou um modesto sucesso como cantora a solo. A partir do momento em que passou a trabalhar com Gaye, em 1967, a  sua carreira entrou em ebulição, mas naquele mesmo ano cairia, quando Terrell desmaiou nos braços de Gaye durante uma atuação. Foi-lhe então diagnosticado um tumor cerebral, que a levou à morte, com apenas 24 anos.
  
 

terça-feira, abril 01, 2014

Marvin Gaye foi assassinado há 30 anos

Marvin Gaye (Washington, 2 de abril de 1939 - Los Angeles, 1 de abril de 1984), nascido Marvin Pentz Gay, Jr., foi um cantor popular de soul e R&B, arranjador, multi-instrumentista, compositor e produtor. Ganhou fama internacional durante os anos 60 e 70 como um artista da gravadora Motown.
 
(...)
 
Primeiros anos de vida e carreira
Marvin Gaye nasceu no Freedman's Hospital, em Washington, D.C.. Ele foi o primeiro filho e o segundo mais velho de quatro filhos do pastor evangélico Marvin Pentz Gaye Sr. e da professora e dona-de-casa Alberta Cooper. Com as irmãs Jeanne e Zeola e o irmão mais novo Frankie, viviam na zona segregada da capital norte-americana, no bairro da Deanwood (nordeste da cidade). Ainda novo, ele era carregador de tacos de golfe no Norbeck Country Club, em Olney, Maryland. O pai de Gaye pregava com pastor na Igreja Adventista do Sétimo Dia chamada House of God (a "Casa de Deus"), que tinha um rigoroso código de conduta misturado a ensinamentos do judaísmo ortodoxo e pentecostalismo. Crescendo na igreja de seu pai, Marvin começou a cantar desde cedo no coral - aos 3 anos - e a tocar instrumentos. A música era uma espécie de válvula de escape para o jovem, que durante toda a infância costumava apanhar do pai diariamente. Durante o tempo em que esteve na high school, Marvin começou a ouvir doo-wop e ingressou no DC Tones como um baterista. Após abandonar a Cardozo High School, Gaye alistou-se na Força Aérea dos Estados Unidos. Após ter fingido uma doença mental, ele foi dispensado por ter se recusado a obedecer a ordens.
Após abandonar as Forças Aéreas em 1957, Gaye começou sua carreira musical em vários grupos doo wop, fixando-se em um popular grupo de Washington DC, chamado The Marquees. Com Bo Diddley, os Marquees lançaram o single "Wyatt Earp" em 1957 pela gravadora Okeh e foram então contratados por Harvey Fuqua para o grupo The Moonglows. "Mama Loocie", lançada em 1959 pela gravadora Chess, foi o primeiro e único single de Gaye com os Moonglows. Junto com os Moonglows, Gaye assimilou várias técnicas, utilizadas posteriormente, nos álbuns que produziria. E foi com ajuda dessa banda que ele foi apresentado a empresários da cena musical. Depois de um concerto em Detroit, o "novo" Moonglows foi dissolvido e Fuqua apresentou Gaye a Berry Gordy, presidente da Motown Records. Ele contratou Gaye primeiramente como baterista de estúdio, para tocar para grupos como The Miracles, The Contours, Martha and the Vandellas, The Marvelettes, entre outros. Gaye tocou bateria para as Marvelettes na canção "Please Mr. Postman", em 1961, e para a versão ao vivo de Little Stevie Wonder para a canção "Fingertips Pt. 2", de 1963. Ambas canções alcançaram o primeiro lugar na parada norte-americana da Billboard.
Depois de iniciar sua carreira na Motown, Gaye mudou seu nome de Marvin Gay para Marvin Gaye, acrescentando o '"e"' para se separar do nome de seu pai, para encerrar os boatos em curso em torno de sua sexualidade e ainda para imitar seu ídolo, Sam Cooke, que havia também acrescentado um 'e' ao seu sobrenome. Gaye desejava gravar para a Motown, mas Berry Gordy tinha receio quanto ao cantor, devido ao fato de que Gaye não costumava seguir as ordens sobre as quais a gravadora queria que ele cumprisse. De acordo com um documentário do canal de televisão VH1, a namorada de Marvin - e irmã de Berry - Anna Berry Gordy, convenceu o irmão a assinar com Gaye. Berry concordou em deixar que Marvin gravasse versões pop-contemporâneas de baladas românticas baseadas no jazz.

Início do sucesso
Popular e querido dentro da Motown, Gaye já carregava com ele uma maneira sofisticada e cavalheiresca e tinha pouca necessidade de treino no setor de desenvolvimento artístico da gravadora - embora tenha seguido o conselho do diretor dessa divisão, Maxine Powell, de não cantar de olhos fechados, para não parecer que tinha adormecido". Em junho de 1961, foi lançado a primeira gravação a solo de Gaye, The Soulful Moods of Marvin Gaye. Foi o segundo LP lançado pela Motown - o primeiro foi o Hi… We're The Miracles, o primeiro disco dos Miracles. Apesar das faixas "How Deep Is the Ocean?" e "How High the Moon" terem sido elogiadas pela crítica pela profundidade das harmonias e melodias, o álbum de Gaye fracassou e nem chegou às paradas norte-americanas. Marvin ainda tinha dificuldades em descobrir o seu estilo de cantar, que ele desejava que fosse o mais próximo de Nat King Cole, um dos ícones do jazz, estilo que predomina no primeiro disco a solo de Marvin. A Motown queria que o cantor se direcionasse para melodias da soul music, mais populares e atraentes no mercado fonográfico.
Depois de discutir sobre a direção de sua carreira com Berry Gordy, Gaye - relutante - concordou em gravar mais canções de R&B de seus colegas de gravadora e outros três novos escritos pelo próprio Gordy. O seu primeiro single lançado, "Let Your Conscience Be Your Guide", construída sobre uma vibração de Ray Charles, fracassou nas paradas - tendo o mesmo ocorrido com as canções "Sandman" e "A Soldier's Plea", todas de 1962. Ironicamente, Gaye encontraria o sucesso primeiramente como compositor da canção "Beechwood 4-5789", gravada pelas Marvelettes em 1962. Finalmente naquele mesmo ano, o single "Stubborn Kind of Fellow" rendeu algum sucesso e chegou ao Top 10 R&B dos Estados Unidos. Co-escrita por Gaye e produzida pelo amigo William "Mickey" Stevenson, a gravação contou com a participação das recém-contratadas Martha and the Vandellas (então conhecidas como The Vells) e foi uma espécie de desabafo autobiográfico sobre o comportamento indiferente e deprimido de Gaye. Na sequência de "Stubborn Kind of Fellow" vieram, em 1963, outros três singles: as dançantes "Hitch Hike" e "Can I Get a Witness", que chegaram ao Top 30 Pop da Billboard, e a balada romântica "Pride and Joy", primeira canção de Gaye a chegar ao Top 10 Pop.
Apesar do cantor começar a encontrar o caminho do sucesso, Marvin ainda disputava com a Motown a possibilidade de ser um cantor de baladas românticas e sofisticadas, diferentemente da linha da gravadora que esperava dos seus artistas dos grandes hits. Batalhas entre a opção artística de Marvin e a demanda por produtos comerciais da Motown seriam frequentes ao longo dos anos e marcariam o relacionamento entre o cantor e a gravadora, já que as insistentes cobranças do selo por um trabalho mais comercial eram incompatíveis com as ambições artísticas de Gaye.
O sucesso continuaria em 1964 com os singles "You Are a Wonderful One" (que contou com o trabalho vocal de fundo do grupo The Supremes), "Try It Baby" (que contou com vocais de fundo do grupo The Temptations), "Baby Don't You Do It" e "How Sweet It Is (To Be Loved By You)", que tornou-se sua primeira composição de sucesso. Durante este fase inicial de sucesso, Gaye ainda contribuiu com o grupo Martha and the Vandellas, sendo autor da letra do hit "Dancing in the Street", sucesso naquele mesmo ano. Gaye também conseguiu figurar nas paradas com o álbum Together, um disco de duetos com a cantora Mary Wells. A dupla gravou os sucessos que foram os singles "Once Upon a Time" e "What's the Matter With You, Baby?". Como artista a solo, Gaye continuou a desfrutar de um grande sucesso e seu LP Moods of Marvin Gaye, de 1966, do qual participou Smokey Robinson, colocou os singles "I'll Be Doggone" e "Ain't That Peculiar" tanto o Top 10 Pop da Billboard quanto no topo - pela primeira vez na carreira do cantor - da parada R&B norte-americana. Com Kim Weston, a  sua segunda parceria de dueto, foi lançado "It Takes Two", canção que chegou ao Top 20 Pop e ao quarto lugar na lista de R&B da Billboard. Marvin Gaye estabelecia-se como um dos principais artistas na era dos duos. O seu sucesso como cantor a solo também lhe concedeu o status de ídolo da juventude, assim como ele se tornou um dos artistas prediletos nos principais shows adolescentes - entre os quais, American Coreto, Shindig!,Hullaballoo e The Mike Douglas Show. Ele também se tornou um dos poucos artistas da Motown a se apresentar no Copacabana - e um álbum seu, gravado em casa, que demoraria três décadas para ser lançado.

Tammi Terrell
Uma série dos sucessos de Gaye pela Motown foram duetos com artistas femininas, tais como Mary Wells e Kim Weston. O primeiro LP do cantor a aparecer nas listas da Billboard foi o Together, de 1964, disco de duetos com Wells. No entanto, a parceira mais popular e memorável de Marvin foi Tammi Terrell. Gaye e Terrell tinham um bom relacionamento e o álbum de estreia da dupla, United, lançado em 1967, gerou uma série de sucessos, como "Ain't No Mountain High Enough", "Your Precious Love", "If I Could Build My Whole World Around You" e "If This World Were Mine".
A dupla de compositores Nickolas Ashford e Valerie Simpson, que eram também casados, forneceu as letras e a produção para as gravações de Gaye/Terrell. Enquanto Gaye e Terrell não formavam um casal de namorados - embora rumores persistam de que eles podem ter tido um caso anteriormente -, eles atuavam como verdadeiros amantes nas gravações. De fato, Gaye às vezes declarava que pela duração das canções ele estava apaixonado por ela. Mas ainda naquele ano, o sucesso da parceria foi tragicamente encurtado. Em 14 de outubro, Terrell desmaiou nos braços de Gaye, enquanto eles se apresentavam no Hampton Institute (hoje Hampton Universit), em Hamptom, Virgínia. Era o primeiro sintoma de um tumor cerebral, diagnosticado em exames realizados posteriormente, e que continuaria a debilitar a saúde de Tammi.
A Motown decidiu tentar e continuar as gravações da dupla Gaye/Terrell. Em 1968, a gravadora lançou You're All I Need, o segundo LP da dupla, que se destacou pelos sucessos de "Ain't Nothing Like the Real Thing" e "You're All I Need to Get By". No ano seguinte foi lançado Easy, o último álbum da dupla. A deterioração da saúde de Terrell a impediu de concluir as gravações de estúdio e a maior parte dos vocais femininos teriam sido gravados por Valerie Simpson. Duas faixas do LP eram canções arquivadas da carreira solo de Terrell e foram misturadas com a voz de Gaye.
A doença de Tammi Terrell deixou Gaye em profunda depressão; quando sua canção "I Heard It Through the Grapevine" (inicialmente gravada em 1967 por Gladys Knight & The Pips) chegou ao primeiro lugar da principal lista da Billboard - além de ter também sido o single mais vendido da história da Motown, com quatro milhões de cópias -, ele recusou a reconhecer o seu sucesso, sentindo que ele era imerecido. O trabalho com o produtor Norman Whitfield, que havia produzido "Grapevine", resultou em outros dois sucessos similares: "Too Busy Thinking About My Baby" e "That's the Way Love Is". Entretanto, o casamento de Gaye estava ruindo e ele continuava a sentir que o seu trabalho artístico era completamente irrelevante, frente às transformações sociais que afrontavam os Estados Unidos naquele período.
Ao mesmo tempo que Marvin cantava interminavelmente sobre o amor, a música popular norte-americana passava por uma grande revolução, abordando em suas letras as questões sociais e políticas daqueles anos. Desejando ter independência criativa, Marvin foi libertado pela Motown para produzir as gravações de estúdio das bandas The Originals, cujo resultado apareceu nos hits "Baby I'm For Real" e "The Bells".

"What's Going On"
Em 16 de março de 1970, Tammi Terrell morreu por causa de um tumor cerebral e deixou Marvin devastado. Durante o funeral da parceira, Marvin estava tão sensível que ele conversava com o corpo de Tammi como que esperando por uma resposta dela. Imediatamente, Gaye mergulhou em um auto-isolamento e ficou sem se apresentar ao vivo por quase dois anos. Gaye contou a amigos que havia pensado em deixar a carreira musical, à ponto até de tentar ingressar no futebol americano e jogar no Detroit Lions (onde ele encontrou os colegas Mel Farr e Lem Barney), mas depois de seu sucesso produzindo os Originals, Gaye estava confiante em criar a sua própria gravadora. Como resultado disso, ele entrou nos estúdios em 1 de junho de 1970 para gravar as canções "What's Going On", "God is Love", "Sad Tomorrows" - uma versão inicial da canção "Flying High (In the Friendly Sky)". Gaye queria lançar "What's Going On" como single, mas Berry Gordy recusou-se, alegando que a canção não era viável comercialmente. Gaye recusou-se a gravar qualquer outra canção até que o presidente da Motown cedesse, o que ocorreria em janeiro de 1971. O sucesso do single surpreendeu Gordy, que requisitou um álbum com canções similares.
O álbum What's Going On tornou-se um dos mais importantes da carreira de Gaye e é até hoje o seu trabalho mais conhecido. Tanto em termos de som (influenciada pelo funk e pelo jazz) e de conteúdo das letras (fortemente espiritual), o álbum representou uma aproximação com seus trabalhos iniciais na Motown. Além da faixa-título, "Mercy Mercy Me" e "Inner City Blues (Make Me Wanna Holler)" atingiram o Top 10 Pop Hits e o primeiro lugar da lista R&B da Billboard. Considerado como um dos mais notáveis discos da história da soul music norte-americana, o álbum conceptual de Gaye foi um divisor de águas para esse género musical. Ele já foi chamado de "a mais importante e apaixonada gravação já lançada da música soul, entregue por uma de suas melhores vozes".

O sucesso prossegue
Com o sucesso do álbum What's Going On, a Motown renegociou um novo contrato com Marvin que permitiu a ele o controle artístico de seu trabalho, no valor de US$1 milhão, fazendo do cantor o mais bem pago artista negro da história da música. Além disso, Gaye ajudou a libertar o trabalho criativo de outros artistas da Motown, entre os quais Stevie Wonder. Ainda naquela época, Marvin mudou-se de Detroit para Los Angeles em 1972 após receber uma proposta para escrever a banda sonora para um filme blaxploitation. Escrevendo as letras, criando os arranjos e produzindo o LP para o filme Trouble Man, Marvin lançou o álbum e a canção homónimas, que atingiram o Top 10 Pop da Billboard em 1973. Depois de passar por um período complicado quanto aos rumos de sua carreira, Marvin decidiu mudar o conceito lírico das composições. O LP Let’s Get it On trazia uma temática menos social e mais pessoal da vida de Marvin. Conflitos com o pai, dúvidas existenciais e questões sobre a vida particular do compositor fazem parte do álbum. O LP foi um dos trabalhos mais bem sucedidos da sua carreira e o seu maior sucesso de vendas, superando What's Going On. A faixa-título chegou ao topo da parada pop da Billboard e bateu o recorde de vendagens da Motown, que pertencia ao próprio Marvin com "I Heard It Through the Grapevine". Outros destaques do LP foram as canções "Come Get to This", "You Sure Love to Ball" e "Distant Lover".
Gaye começou a trabalhar naquele que seria seu último álbum dueto, desta vez com Diana Ross. O projeto do LP Diana & Marvin teve início em 1972, mas houve atrasos no andamento do álbum. Com Diana grávida pela segunda vez, Gaye recusava-se a cantar se ele não pudesse fumar no estúdio. Então, os dois realizaram as gravações em dias separados. Lançado no segundo semestre de 1973, o álbum rendeu vários sucessos, entre os quais "You're a Special Part of Me", "My Mistake (Was to Love You)" e as versões para "You Are Everything" e "Stop, Look, Listen (To Your Heart)", ambas hits do grupo The Stylistics.
Em 1975, Gaye começou a pensar no seu próximo disco a solo, mas o divórcio com Anna Gordy tomou boa parte do seu tempo. O fim do casamento levou Gaye a várias audiências nos tribunais. O disco I Want You foi finalizado somente no ano seguinte. O álbum levou a faixa-título I Want You ao topo da parada R&B da Billboard.

Os últimos dias na Motown
Em 1977, a Motown lançou o single de "Got to Give It Up", que se tornou primeiro lugar nas lista Pop, R&B e Dance da Billboard, e o LP ao vivo Live at the London Palladium, álbum que vendeu cerca de duas milhões de cópias - se tornando um dos mais vendidos daquele ano. No ano seguinte, finalmente Gaye consegue divorciar-se de sua primeira esposa, Anna. Como resultado do acordo judicial, Gaye foi ordenado a pagar pensão alimentícia - ele concordou em ceder parte de seu salário e das vendas do seu álbum seguinte para pagar essa pensão. O resultado foi o LP duplo Here, My Dear, que explorou o relacionamento do casal em detalhes tão íntimos que quase levou Anna a processá-lo por invasão de privacidade, mas ela desistiu dessa decisão. O LP fracassou nas listas de sucesso e Gaye se esforçou para vender o disco. Em 1979, Gaye casou pela segunda vez, agora com Janis Hunter, com quem teve dois filhos, Frankie e Nona, e começou a trabalhar num novo álbum, Lover Man. Mas o projeto foi abortado depois do fracasso do single "Ego Tripping Out". Reclamando de problemas com impostos e do vício em drogas, Gaye pediu falência e se mudou para o Hawaii, onde ele vivia em uma carrinha.
Em 1980, ele assinou com o promotor britânico Jeffrey Kruger para realizar concertos no Reino Unido. Mas Gaye não conseguiu chegar em tempo ao palco. Quando ele chegou, todos já haviam deixado o concerto. Em Londres, Marvin trabalhou no LP In Our Lifetime?, uma complexa e profunda gravação pessoal. Quando a Motown lançou o disco em 1981, Gaye ficou lívido: ele acusou a gravadora de editar e remixar o álbum sem seu consentimento, lançando uma canção inacabada, "Far Cry", alterando a arte do LP que ele requisitara e removendo o ponto de interrogação do título (dessa forma, alterando sua conotação irónica).

Retorno e morte trágica
Depois de oferecida uma nova chance em Ostend, Bélgica, Marvin mudou-se para lá, ainda em 1981. Ainda perturbado pela decisão precipitada da Motown em lançar In Our Lifetime, negociou a sua saída da gravadora e assinou com a Columbia Records no ano seguinte, onde lançou Midnight Love. O disco incluía o grande sucesso "Sexual Healing", que lhe rendeu os seus primeiros dois prémios Grammy (de Melhor Performance R&B Masculina e Melhor R&B Instrumental), em fevereiro de 1983. Ele também seria indicado aos mesmos prémios no ano seguinte pelo LP Midnight Love. Também em fevereiro de 1983, Gaye fez uma apresentação memorável no All-Star Game da NBA, interpretando o Hino Nacional dos Estados Unidos. No mês seguinte, ele fez sua última apresentação, para o seu antigo mentor no concerto Motown 25, apresentando What's Going On. Depois, ele embarcou numa turnê pelos EUA divulgando seu recente trabalho. Terminada a turnê, em agosto de 1983, ele estava atormentado por problemas de saúde - ele teve acessos de depressão e medo em torno de uma suposta tentativa de lhe tirarem a vida.
Quando a turnê terminou, ele se isolou e mudou-se para a casa de seus pais. Ele ameaçou cometer suicídio diversas vezes, depois de numerosas e amargas disputas com o seu pai, o pastor evangélico Marvin Pentz Gay Sr. No dia 1 de abril de 1984, um dia antes de completar o seu 45º aniversário, Marvin foi assassinado com um tiro pelo seu próprio pai, após uma luta iniciada quando os pais de Gaye discutiam sobre a perda de documentos de negócios. A ironia é que Gaye foi morto por uma arma calibre 12 que ele próprio havia dado de presente ao seu pai. Marvin Pentz Sr. foi condenado a seis anos de prisão, após ser declarado culpado por homicídio. A acusação de assassinato foi abandonada após médicos descobrirem que ele estava com um tumor cerebral. Marvin Pentz Sr passou o final de sua vida em um asilo, onde morreria de pneumonia em 1998.
Após alguns lançamentos póstumos, que fortaleceram a memória de Marvin na consciência popular, o cantor foi introduzido ao Rock and Roll Hall of Fame em 1987. Mais tarde, também ao Hollywood's Rock Walk e, em 1990, ganharia uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood.
 
 

domingo, abril 01, 2012

Marvin Gaye morreu há 28 anos

(imagem daqui)
 
Marvin Gaye (Washington, 2 de abril de 1939 - Los Angeles, 1 de abril de 1984), nascido Marvin Pentz Gay, Jr., foi um cantor popular de soul e R&B, arranjador, multi-instrumentista, compositor e produtor. Ganhou fama internacional durante os anos 60 e 70 como um artista da gravadora Motown.

O início da carreira do cantor foi em 1961, na Motown, onde Gaye rapidamente se tornaria o principal cantor da gravadora e colocaria numerosos sucessos durante os anos sessenta, entre eles "Stubborn Kind of Fellow", "How Sweet It Is (To Be Loved By You)", "I Heard It Through the Grapevine" e vários duetos com Tammi Terrell, incluindo "Ain't No Mountain High Enough" e "You're All I Need to Get By", antes de mudar sua própria forma de se expressar musicalmente. Gaye é importante por sua luta por produzir seus sucessos, mas criativamente restritivo - no processo de gravação da Motown, intérpretes, compositores e produtores eram geralmente mantidos em áreas separadas.
Com seu bem-sucedido álbum What's Going On, de 1971, e outros lançamentos subsequentes - incluindo Trouble Man, de 1972, e Let's Get It On, de 1973, Gaye, que vez ou outra compunha canções para artistas da Motown no início da sua carreira, provou também que poderia tanto escrever quanto produzir seus próprios discos sem ter de confiar no sistema da Motown. Ele é também conhecido por ser ambientalista, aspeto talvez mais evidente na canção "Mercy Mercy Me (The Ecology)".
Durante os anos setenta, Gaye lançaria outros notáveis álbuns, includindo Let's Get It On e I Want You, além de ter colecionado vários sucessos, como "Let's Get It On" e "Got to Give It Up". Já no começo dos anos oitenta, seria a vez do hit "Sexual Healing", que lhe rendeu - antes de sua morte - dois prémios Grammy. Até o momento de ser assassinado pelo seu pai, em 1984, Gaye tinha se tornado um dos mais influentes artistas da cena soul. Em 1996, Gaye foi homenageado na 38º cerimónia do Grammy Awards.
A carreira de Marvin tem sido descrita como uma das que "abarcam toda a história do R&B, do doo-wop dos anos cinquenta ao soul contemporâneo dos anos oitenta." Críticos têm também afirmado que a produção musical de Gaye "significou o desenvolvimento da black music a partir do rhythm'n blues, através de um sofisticado soul de consciência política nos anos setenta e de uma abordagem maior em assuntos de cunho pessoal e sexual."


segunda-feira, março 26, 2012

Diana Ross - 68 anos

Diane Ernestine Ross, conhecida como Diana Ross (Detroit, Michigan, 26 de março de 1944), é uma artista americana de soul, R&B e pop, e uma das cantoras mais famosas de seu tempo. Estima-se que as vendas de seus discos e álbuns já ultrapassaram a marca de 100 milhões de cópias.

Segunda dentre seis irmãos sendo três mulheres e três homens, filhos do operário Fred Ross e da professora Ernestine Earle Ross, Diana nasceu no Hospital da Mulher Hutzel, em Detroit, Michigan. Embora seu nome dado foi "Diana", Ross usou "Diane" em casa e na escola, e continuou a usar seu nome profissional até completar 21 anos. Depois de viver na Avenida Belmont 635 no fim do Norte de Detroit por vários anos, a família de Ross mudou-se para a St. Antoinne Street nos projetos de habitação Brewster-Douglass, em 1958. Diana aspirava ser uma designer de moda, e fez uma faculdade de quatro anos em Design e Costura da Escola "Magnet School" enquanto estudava na Cass Technical High School, no centro de Detroit. Ela era uma majorette e membro da equipe de natação. Foi eleita a mais bem vestida de todas as meninas em seu último ano. Formou-se em janeiro de 1962, um semestre completo antes de seus colegas.
Enquanto estava na escola, Ross estudova à noite e nos fins de semana, e foi empregada na loja Hudson’s Detroit’s Department, onde foi a primeira funcionária Afro-Americana com "permissão para sair da cozinha", devido à sua postura e sentido de moda. Fazia o penteado de muitos vizinhos para conseguir um salário para poder pagar suas aulas de cosmética.
Em 1959, Ross atraiu a atenção de Milton Jenkins, gerente do grupo de doo-wop local The Primes, com Mary Wilson. Um dos membros do Primes, Paul Williams, convenceu Jenkins a levar Ross para o grupo da irmã, The Primettes, que incluía Wilson, Florence Ballard e Betty McGlown. Ross, Wilson e Ballard cantaram durante performances ao vivo e, em 1960, assinaram um contrato com a Lu Pine Records.

Em 1959, após ganhar um concurso de canto em Winnipeg, Manitoba, Ross pediu ao ex-namorado, vizinho, e amigo da família, Smokey Robinson, então vice-presidente da Motown Records, para permitir que as Primettes fizessem uma audição. Durante o teste, as quatro membros cantaram várias canções. Enquanto Ross cantava sua canção escolhida, o CEO da Motown, Berry Gordy, chegou a caminho de uma reunião, no estúdio. Quando Ross terminou, ele pediu a ela para repetir seu desempenho. Após o teste, ele disse ao grupo que terminasse o ensino médio em primeiro lugar, e em seguida, voltar a Motown, mas Ross não aceitou. Cada dia, após concluir seus trabalhos de casa, Ross oferecia-se para exercer qualquer função disponível, muitas vezes, realizava palmas e backing vocal para artistas conhecidos, como Mabel John e Marvin Gaye. Posteriormente, Ross tornou-se secretária de Gordy, um trabalho que Ross afirmou, em sua autobiografia de 1993, "Segredos de um pardal", "elevou-se a compensação fora da mesa várias vezes ao dia, olhando para todos os documentos importantes para o futuro sobre sua mesa, esperando que, um dia, ver o meu nome em alguns deles. ".
Em 1961, Betty McGlown havia sido substituída por Barbara Martin e o quarteto assinou com a Motown Records sob seu novo nome, The Supremes, escolhido por Florence Ballard. Alegadamente, Ballard escolheu o nome "Supremes" porque era o único nome que não termina com "ette". Durante o período de desenvolvimento do grupo, Diana Ross serviu como figurinista do grupo, costureira, cabeleireira e maquilhadora, dando ao grupo um look parecido com o som, que as diferenciava dos outros grupos femininos da Motown. Ross adquiriu cópias das revistas Vogue e Harper's Bazaar, adaptar os estilos retratados às necessidades do grupo, comprou os tecidos necessários, normalmente com Wilson ao seu lado, e recriou os estilos, deixando-os ainda mais fashion. Ross também ensinou às companheiras tudo o que havia aprendido em suas aulas de moda, que deu a todas uma aparência nova e comportamento antes de começarem a ter aulas no "Artista da Motown em Desenvolvimento".
Após a saída de Barbara Martin, em 1962, o grupo continuou como um trio. Em 1963, Ross se tornou vocalista do grupo, porque Berry Gordy sentiu que o grupo poderia "descolar" para os top´s de sucesso com a qualidade única da voz de Diana. Então, com a canção "When The Lovelight Shines Though His Eyes" tornou-as o primeiro grupo a alcançar o Top 20 da Billboard Pop Single. The Supremes conseguiram um hit número um com "Where Did Our Love Go", uma canção rejeitada pelas The Marvelettes - mas gravada pela vocalista Gladys Horton em voz grave (anteriormente, Ross gravou em uma afinação muito elevada, o que deixou sua voz nasalada e penetrante) - e o grupo alcançou um sucesso sem precedentes: entre agosto de 1964 e maio de 1967, Diana Ross, Mary Wilson e Florence Ballard conseguiram ter dez singles número um, onde todos apareceram também no Top 40 do Reino Unido.
O sucesso The Supremes intensificou-se pela inveja sentida por muitos outros artistas Motown que viram o sucesso do grupo, como resultado de favoritismo de Ross por Gordy, quando, na verdade, Gordy simplesmente apoiava os artistas que mais trabalhavam em sua gravadora. Ross tinha fama de ser a melhor aluna do “Artista em Desenvolvimento”. Ela ficou mais tempo no estúdio do que outros para aprender seu ofício de desempenho, sacrificando o tempo pessoal mais do que os outros na gravadora. Ross foi, com exceção de, talvez, Marvin Gaye, o artista da Motown que executava as normas da Broadway e de outros materiais no "meio do caminho" por felicidade, enquanto muitos dos outros artistas queixavam-se, temendo que seriam vistos como "comerciais" ou “negros inferiores” para realização de tal material.
Florence Ballard, em particular, cresceu frustrada pela importância contínua de Ross dentro do grupo. Na raiva, Ballard começou a deixar de participar de entrevistas, ensaios, gravações e apresentações (ou aparecer embriagada no palco), bebia excessivamente e rapidamente ganhou peso, que lhe custaram milhares de dólares para mudanças no seu guarda-roupas, nessa fase. Dizem que Ballard agrediu fisicamente Ross na sequência de um ensaio na perfomance de "The Sound Of Music", e "My Favorite Things", que havia gravado em seu álbum de Natal, então recém-lançado. Posteriormente disseram que Ross, acidentalmente, esmagou um dos brincos de candelabro pesados de Ballard após caírem com seu sapato. Os Brincos de Ross também eram conhecidos a cair, a mais famosa durante o desempenho do grupo de "You Can't Hurry Love" no The Ed Sullivan Show. Com comportamento instável, Gordy foi forçado considerar a substituição de Ballard, o que fez em meados de 1967, após uma apresentação em Las Vegas.
Depois da saída de Florence Ballard do grupo, em julho de 1967, Gordy escolheu Cindy Birdsong, um membro de Patti LaBelle e Bluebelles, como sua substituta. Pouco tempo depois, ele mudou o nome do grupo para Diana Ross & the Supremes e passou a cobrar taxas mais elevadas de desempenho nos locais, que pagaram mais por um líder e um grupo, do que apenas um grupo. Outros nomes da Motown foram alterados por razões semelhantes, incluindo Smokey Robinson & The Miracles (ex-The Miracles) e Martha Reeves & The Vandellas (anteriormente The Vels, Martha and the Vandellas).
The Supremes conseguiram um total de 12 singles número um e foi o mais bem sucedido grupo vocal americano dos anos 1960, e depois dos Beatles, o segundo grupo de maior sucesso no mundo inteiro.

A Motown inicialmente concebeu uma carreira solo para Diana Ross em 1966, mas não agiu em conformidade até 1968. Alguns especiais de televisão como a TCB (1968) e G.I.T. na Broadway (1969) foram projetados para destacá-la como uma estrela em seu próprio direito, e muito do material tardio das Supremes liderada por Ross foram gravados nos backing vocals pelos The Andantes, e não com Wilson e Birdsong.
Para Ross, a animosidade que sentia de seus companheiros de grupo tornou-se insuportável. Sua ansiedade resultou em uma forma de anorexia. Ross ficava nervosa demais para comer, apesar de Gordy ter dado ordens de serviço de quartos de grandes quantidades de alimentos a serem entregues ao quarto do hotel de Ross. Seu peso começou a cair, deixando-a com aparência de "osso fino". Sua pele entrava em suores frios, tanto que Gordy às vezes tinha que esfregar seu corpo inteiro com álcool, a fim de evitar que ela entrasse em choque. Quando no palco, Ross mantinha os ombros muito altos, uma manifestação física e visível publicamente de sua ansiedade.
No verão de 1969, Ross começou suas gravações solo. Em novembro do mesmo ano, três anos depois dos primeiros rumores, a revista Billboard confirmou a saída de Ross do grupo para iniciar sua carreira solo. Nesse mesmo ano, Ross, através do programa nacional de variedades artísticas Hollywood Palace, Apresentou a mais recente banda da Motown, o Jackson 5.
Inicialmente, Ross gravou suas primeiras sessões solo com alguns produtores, incluindo Bones Howe e Johnny Bristol. Sua primeira faixa com Bristol, "Someday We'll Be Together", foi marcado como um single solo potente, mas, em vez disso foi divulgado como a última canção de Diana Ross & The Supremes. "Someday We'll Be Together" foi o 12 º e o último hit número um para o Supremes e o último hit número um dos anos 1960. Ross fez sua última aparição com as Supremes, no Hotel Frontier em Las Vegas em 14 de janeiro de 1970.

Após um semestre de gravação de material com vários produtores, Ross se firmou com a equipe de produção de Nickolas Ashford e Simpson Valerie, a força criativa por trás de de duetos de sucesso de Marvin Gaye e Tammi Terrell e da música “Some Things You Never Get Used To” de Diana Ross & the Supremes. Ashford e Simpson dirigiram-se mais para primeiro álbum de Ross, Diana Ross, e continuaram a escrever e produzir para ela até a próxima década.
Em maio de 1970, “Diana Ross” foi lançado pela Motown. O primeiro single, influenciado por uma valsa gospel, "Reach Out and Touch (Somebody’s Hand)", chegou ao número 20 na Billboard Hot 100. O segundo single do álbum, um arranjo de covers dos hits de 1967 de Gaye Terrell, outra composição de Ashford e Simpson, "Ain't No Mountain High Enough", foi um hit internacional, e deu a Ross um disco de ouro com o seu primeiro single pop # 1 como artista solo. "Ain't No Mountain High Enough" recebeu uma indicação ao Grammy de Melhor Performance Vocal Pop Feminino.
Em 1971, a Motown lançou seu segundo álbum “Everything Is Everything”, que produziu o primeiro single número 1 do Reino Unido, "I'm Still Waiting". Vários meses depois, Ross lança “Surrender”, que inclui o pop-top #20 hit, "Remember Me". Naquele ano, ela começou seu primeiro Especial de TV, Diana!, com participações de The Jackson 5, Bill Cosby e Danny Thomas.
Até então, a Motown Records se mudou para Hollywood. Berry Gordy decidiu que era tempo de a empresa se aventurar mais uma vez em um novo território, concentrando grande parte de sua atenção no desenvolvimento de uma empresa de cinema, com Diana Ross como a sua primeira estrela.

No final de 1971, a Motown anunciou que Diana Ross iria retratar a cantora ícone do jazz Billie Holiday em um filme produzido baseado em sua autobiografia Holiday's Lady Sings the Blues (1956), escrito por William Dufty e pela própria Billie. Imediatamente, os críticos ridicularizaram Diana no papel, pois foi considerada "a milhas de distância" no estilo vocal e na aparência de Billie Holiday. Destemida, Diana mergulhou na música e história de vida de Billie Holiday. Na verdade ela sabia muito pouco sobre a artista, pois não era uma grande fã de jazz em geral. Em vez de imitar a voz, Ross focou-se na entonação do vocal de Billie Holiday.
Estreado em Outubro de 1972, Lady Sings the Blues foi um sucesso fenomenal, e o desempenho de Diana Ross recebeu críticas favoráveis universalmente. O filme co-estrelado por Billy Dee Williams como amante de Holiday, Louis McKay. O elenco também incluiu o comediante Richard Pryor como o "Piano Man". Em 1973, Diana foi nomeada para um Globo de Ouro e um Óscar de "Melhor Atriz". A candidata, juntamente com colegas daquele ano Cicely Tyson, foi a segunda atriz Afro-Americana a ser nomeada para um Óscar de Melhor Atriz (depois de Dorothy Dandridge). Diana ganhou o Globo de Ouro de Melhor Revelação, mas perdeu o Óscar de melhor atriz para sua amiga Liza Minnelli por seu papel em Cabaret. O álbum da trilha sonora de Lady Sings the Blues alcançou o número um na Billboard 200 durante duas semanas e vendeu 300.000 cópias em seus primeiros oito dias de lançamento. Depois de várias sessões de gravação da trilha sonora, muitos dos músicos (alguns dos quais já haviam tocado com Billie Holiday) espontaneamente explodiram em aplausos, louvando a atuação de Ross. O álbum duplo personalizado gravadora é um dos melhores álbuns trilha-sonora de Diana Ross de todos os tempos, com vendas totais de cerca de 2 milhões de unidades nos EUA.
Em 1972, logo após as filmagens Lady Sings the Blues, Diana gravou um álbum de jazz, intitulado Blue, que foi arquivado pela Motown Records, pois queria que Ross voltasse à música pop. No ano seguinte, Ross respondeu com o álbum Touch Me In The Morning. A faixa-título se tornou o segundo hit de Ross #1 dos EUA. Mais tarde, em 1973, Ross e Marvin Gaye, colega de gravadora, lançaram seu álbum de duetos de sucesso, Diana & Marvin, que incluiu os hits top-vinte dos EUA, "My Mistake (Was Love You)" e no Reino Unido o cover do The Stylistics "You Are Everything" atingiu o top-cinco. As tensões surgiram entre eles quando Diana ficou grávida e se recusou a gravar no mesmo estúdio que Gaye, que se recusava parar de fumar maconha no estúdio. Eles terminaram gravando o álbum em estúdios separados, e a fusão de suas vozes ficou por conta da mixagem final.

Em 1975, Diana novamente co-estrelou com Billy Dee Williams no filme da Motown Mahogany. A história de uma aspirante a designer de moda que se torna uma modelo de passarelle. O Filme foi uma produção conturbada desde o início. O diretor original do filme, Tony Richardson, foi demitido durante a produção (de acordo com as crescentes tensões com Ross e Williams) e Gordy Berry assumiu a cadeira do diretor por si próprio. Além disso, Gordy e Ross brigaram durante as filmagens, ela então deixou a produção antes das filmagens serem concluídas, forçando Gordy usar sua secretária Edna Anderson como dublê de corpo para Ross. Enquanto um sucesso de bilheteira, o filme não foi bem recebido pela crítica: revisão da revista Time do filme castigou Gordy por "esbanjar um dos recursos mais naturais da América: Diana Ross"
Ross atingiu o topo das paradas de sucesso por duas vezes em 1976, com ‘’Theme From Mahogany (Do You Know Where You're Going To)’’ e um single Disco, ‘’Love Hangover’’. Uma terceira versão do single, ‘’I Thought It Took a Little Time (But Today I Fell in Love)’’, também teve um sucesso considerável desse álbum. O sucesso desses singles fez seu álbum de 1976, ‘’Diana Ross’’, seu quarto LP para alcançar o Top 10. Em 1977, Sua perfomance em "A Night With Diana Ross", lhe valeu um prêmio Tony especial por suas atuações no Palace Theater, na Broadway. As apresentações foram gravadas em Los Angeles, no Teatro Ahmanson e lançado como um álbum ao vivo com o mesmo nome. Uma versão remontada do show se tornou um especial de televisão da NBC, incluindo uma cena dramática em que Diana Ross retratava Josephine Baker, Ethel Waters e Bessie Smith, em especial de make-up, criado por Stan Winston, para completar as ilusões.
De 1976 a 1980, gravou também sucessos em estilo disco, como Love Hangover (1976); What You Gave Me (1978), The Boss e It's My House (1979), de Ashford & Simpson; e Upside Down, I'm Coming Out e My Old Piano (da dupla Nile Rodgers e Bernard Edwards). Em 1981, fez um dueto romântico com Lionel Richie em Endless Love, que foi seu último sucesso pela gravadora Motown. Posteriormente assinou com as gravadoras RCA, para lançamento de seus álbuns nos EUA e EMI, para lançamento dos mesmos álbuns no resto do mundo. Depois de uma queda em vendagem em meados dos anos oitenta, retornou à Motown.
Em 1985, Barry Gibb dos Bee Gees produziu para Diana o álbum "Eaten Alive", contando com a participação de Michael Jackson na faixa de mesmo nome. Além desse hit, o disco trouxe também músicas que se tornaram sucessos como "Chain Reaction" e "Experience", todas com a participação de Barry nos backing vocals.
Foi nos anos oitentas também, que Diana gravou uma de suas melhores músicas, Missing You, em homenagem ao seu amigo Marvin Gaye, assassinado pelo pai na véspera de seu aniversário de 45 anos.
Diana teve duas filhas com o divulgador musical Robert Ellis Silberstein, dois filhos com o executivo norueguês Arne Næss Jr. (morto em 2000) e uma filha com o fundador da Motown, Berry Gordy. No início de 2004, foi presa ao ser apanhada dirigindo embriagada e em contramão. Já em 2003 tinha sido internada numa clínica para dependentes de álcool e drogas.
Diana Ross é uma diva lendária. Ela é, sem sombra de dúvida, uma das maiores inspirações para todas as cantoras de R&B.
Ela foi incluída no testamento de seu amigo Michael Jackson, com a função da guarda dos seus filhos na ausência de Katherine Jackson, mãe de Michael. Esse facto foi questionado pela imprensa, mas Diana era considerada a segunda mãe de Michael e por isso ele sempre a teve em grande consideração.