Órfão de pai, teve uma adolescência difícil, não chegando a concluir o
curso liceal, que lhe teria permitido ingressar na Escola Politécnica,
para o curso de Engenheiro Militar. Esteve empregado desde os 13 anos de
idade no comércio, de
1858 a
1870, mas, nesse ano, devido à falência da empresa onde trabalhava, foi exercer funções de administrador de uma mina na
Andaluzia. Quatro anos depois regressou a Portugal para dirigir a construção da
via férrea do
Porto à
Póvoa de Varzim e a
Vila Nova de Famalicão. Em
1880
foi eleito presidente da Sociedade de Geografia Comercial do Porto e,
quatro anos depois, director do Museu Industrial e Comercial do Porto.
Mais tarde desempenhou as funções de administrador da Régie dos Tabacos,
da
Companhia de Moçambique, e fez parte da comissão executiva da
Exposição Industrial Portuguesa.
Casou em
1865
com Victória de Mascarenhas Barbosa, de ascendência inglesa, que o
acompanhou nas suas longas estadias em Espanha e no Porto, mas de quem
não teve descendência.
Foi
deputado em
1883, eleito por
Viana do Castelo, e em
1889 pelo círculo do
Porto. Em
1892 foi convidado para a pasta da
Fazenda, no ministério que se organizou sob a presidência de
Dias Ferreira, e em
1893 foi nomeado vice-presidente da
Junta do Crédito Público.
Elemento animador da
Geração de 70, revelou uma elevada plasticidade às múltiplas correntes de ideias que atravessaram o seu século.
Oliveira Martins colaborou nos principais jornais literários e científicos de Portugal, assim como nos políticos
socialistas. Também se encontra colaboração da sua autoria nas revistas:
Renascença (1878-1879?),
Ribaltas e gambiarras (1881),
Revista de Estudos Livres (1883-1886),
Gazeta dos Caminhos de Ferro de Portugal e Hespanha (1888-1898) e
Gazeta dos Caminhos de Ferro (iniciada em 1899) e ainda em
A semana de Lisboa (1893-1895),
A Leitura (1894-1896) e, a título póstumo, no semanário
Branco e Negro (1896-1898).
Oliveira Martins colaborou nos principais jornais literários e científicos de Portugal, assim como nos políticos
socialistas. Também se encontra colaboração da sua autoria nas revistas:
Ribaltas e gambiarras (1881),
Gazeta dos Caminhos de Ferro de Portugal e Hespanha (1888-1898)
, Gazeta dos Caminhos de Ferro (iniciada em 1899), na
A semana de Lisboa (1893-1895),
A Leitura (1894-1896) e na revista
Branco e Negro (1896-1898).
A sua vasta obra começou com o romance
Febo Moniz, publicado em
1867, e estende-se até à sua morte, em
1894. Na área das
ciências sociais escreveu, por exemplo,
Elementos de Antropologia, de
1880,
Regime das Riquezas, de
1883, e
Tábua de Cronologia, de
1884. Das obras históricas há a destacar
História da Civilização Ibérica e
História de Portugal, em
1879,
O Brasil e as Colónias Portuguesas, de
1880, e
Os Filhos de D. João I, de
1891. É também necessário destacar a sua obra
História da República Romana.
A sua obra suscitou sempre controvérsia e influenciou a vida política
portuguesa, mas também historiadores, críticos e literatos do
seu tempo e do
século XX. Perfilhou várias ideologias contraditórias pois foi
anarquista (
proudhoniano),
republicano,
monárquico,
liberal,
anti-liberal e
iberista.