sábado, setembro 21, 2024
Markus Grosskopf, baixista fundador dos Helloween, nasceu há 59 anos
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Faith Hill celebra hoje 57 anos
Hill ganhou cinco prémios Grammy, 15 prémios da Academia de Música Country, seis American Music Awards e vários outros prémios.
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Liam Gallagher comemora hoje cinquenta e dois anos
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Jaco Pastorius morreu há trinta e sete anos...
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Boz Burrell morreu há dezoito anos...
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Gustav Holst nasceu há cento e cinquenta anos...!
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Leonard Cohen nasceu há noventa anos...
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sexta-feira, setembro 20, 2024
Novidades sobre sismologia e o núcleo externo da Terra
Ecos sísmicos revelam um misterioso “donut” no interior do núcleo da Terra
Cerca de 2890 quilómetros abaixo dos nossos pés encontra-se uma gigantesca bola de metal líquido: o núcleo do nosso planeta. Cientistas usaram as ondas sísmicas criadas pelos terramotos como uma espécie de ultra-sons para “ver” a forma e a estrutura do núcleo - e descobriram um “donut”.
Uma equipa de cientistas da Australian National University, na Austrália, usou uma nova forma de estudar as ondas sísmicas criadas pelos terramotos para analisar a forma e a estrutura do núcleo da Terra, e fez uma descoberta surpreendente.
Esta análise permitiu aos investigadores fazer uma descoberta surpreendente: há uma grande região do núcleo em forma de “donut” à volta do Equador, com algumas centenas de quilómetros de espessura, onde as ondas sísmicas viajam cerca de 2% mais devagar do que no resto do núcleo.
Os resultados do estudo foram apresentados num artigo científico publicado recentemente na revista Science Advances.
“Pensamos que esta região contém mais elementos leves, como o silício e o oxigénio, e pode desempenhar um papel crucial nas vastas correntes de metal líquido que atravessam o núcleo e que geram o campo magnético da Terra”, explica um dos autores do estudo, Hrvoje Tkalčić, num artigo no The Conversation.
O “campo de ondas de correlação” de coda
Segundo Tkalčić, a maior parte dos estudos sobre as ondas sísmicas criadas pelos terramotos analisa as grandes frentes de onda iniciais que percorrem o mundo cerca de uma hora após o terramoto.
“Percebemos que poderíamos aprender algo de novo se observássemos a parte mais tardia e mais fraca destas ondas, conhecida como coda – a secção que termina uma peça de música”, explica o investigador. “Em particular, analisámos a semelhança entre as coda registadas em diferentes detetores sísmicos, várias horas após o seu início.
Em termos matemáticos, esta semelhança é medida por algo chamado correlação. Em conjunto, os cientistas chamam a estas semelhanças nas partes finais das ondas do terramoto o “campo de ondas de correlação de coda“.
Ao olhar para o campo de ondas de correlação de coda, os autores do estudo detetaram sinais minúsculos provenientes de múltiplas ondas reverberantes que, de outra forma, não teriam visto.
Ao compreender os caminhos que estas ondas reverberantes tomaram e ao compará-los com os sinais no campo de ondas de correlação de coda, calcularam o tempo que demoraram a viajar pelo planeta.
Depois, compararam o que tinham observado nos detetores sísmicos mais próximos dos polos com os resultados obtidos mais perto do Equador. Em geral, as ondas detetadas mais perto dos polos estavam a viajar mais depressa do que as que estavam perto do Equador.
“Experimentámos muitos modelos informáticos e simulações das condições no núcleo que poderiam criar estes resultados. No final, concluímos que deve existir um toro — uma região em forma de donut — no núcleo exterior à volta do Equador, onde as ondas viajam mais lentamente”, diz Tkalčić.
Os sismólogos nunca tinham detetado esta região. No entanto, a utilização do campo de ondas de correlação de coda permite “ver” o núcleo exterior com mais pormenor e de forma mais uniforme.
Estudos anteriores [estudo 1, estudo 2] concluíram que estas ondas se moviam mais lentamente em toda a parte à volta do “teto” do núcleo externo. No entanto, o novo estudo mostra que a região de baixa velocidade está apenas perto do Equador.
O núcleo externo e o geodínamo
O núcleo externo da Terra tem um raio de cerca de 3.480 km, o que o torna ligeiramente maior do que o planeta Marte. É constituído principalmente por ferro e níquel, com alguns vestígios de elementos mais leves como o silício, o oxigénio, o enxofre, o hidrogénio e o carbono.
A base do núcleo exterior é mais quente do que o topo, e a diferença de temperatura faz com que o metal líquido se mova como a água numa panela a ferver no fogão.
Este processo chama-se convecção térmica, e os cientistas consideram que o movimento constante deve significar que todo o material do núcleo externo está bem misturado e uniforme.
Mas se todo o núcleo externo está cheio do mesmo material, as ondas sísmicas também devem viajar à mesma velocidade em todo o lado. Mas então, porque é que estas ondas abrandam na região em forma de donut encontrada?
Os autores do estudo sugerem que deve haver uma maior concentração de elementos leves nesta região, que podem ser libertados do núcleo interno sólido da Terra para o núcleo externo, onde a sua flutuabilidade cria mais convecção.
Porque é que os elementos mais leves se acumulam mais na região equatorial do donut? Os cientistas pensam que isto pode ser explicado se, nesta região, for transferido mais calor do núcleo externo para o manto rochoso que se encontra por cima.
Há também outro processo à escala planetária a atuar no núcleo externo. A rotação da Terra e o pequeno núcleo interno sólido fazem com que o líquido do núcleo externo se organize em longos vórtices verticais que correm na direção norte-sul, como gigantescas trombas de água.
O movimento turbulento do metal líquido nestes vórtices cria o “geodínamo” responsável pela criação e manutenção do campo magnético da Terra. Este campo magnético protege o planeta do vento solar nocivo e da radiação, tornando possível a vida à superfície.
Uma visão mais pormenorizada da composição do núcleo exterior, incluindo o recém-descoberto “donut” de elementos mais leves, pode ajudar os cientistas a compreender melhor o campo magnético da Terra.
Em particular, a forma como o campo muda a sua intensidade e direção ao longo do tempo é crucial para a vida na Terra e para a potencial habitabilidade de planetas e exoplanetas.
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Marcadores: correntes de convecção, endosfera, magnetismo terrestre, Núcleo, núcleo externo, sismologia
Mais dados sobre a movimentação das placas tectónicas terrestres nos últimos dois mil milhões de anos...
Mapa em movimento mostra as placas tectónicas a mexerem-se desde há 2 mil milhões de anos
Através de informação encontrada no interior das rochas, um grupo de geólogos construiu um mapa em movimento – que mostra as placas tectónicas da Terra em movimento, desde há 1,8 mil milhões de anos até hoje.
À margem de um estudo publicado recentemente na Geoscience Frontiers, cientistas conseguiram reconstruir a tectónica de placas do planeta ao longo dos últimos 1,8 mil milhões de anos.
É a primeira vez que o registo geológico da Terra é utilizado desta forma, recuando tanto no tempo.
Isto permitiu aos investigadores fazer uma tentativa de mapear o planeta durante os “últimos 40%” da sua história.
Uma “bela dança continental”
Num artigo no The Conversation, Alan Collins, professor de geologia na Universidade de Adelaide e co-autor do estudo, explica que o mapeamento do nosso planeta através da sua longa história cria uma bela dança continental – hipnotizante em si mesma e uma obra de arte natural.
Começa com o mapa do mundo que todos conhecem. Depois, a Índia desloca-se rapidamente para sul, seguida de partes do sudeste asiático, à medida que o antigo continente de Gondwana se forma no hemisfério sul.
Há cerca de 200 milhões de anos, quando os dinossauros andavam na Terra, o Gondwana uniu-se à América do Norte, Europa e norte da Ásia para formar um grande supercontinente chamado Pangeia.
Depois, a reconstrução prossegue ao longo do tempo. Pangeia e Gondwana formaram-se a partir de colisões de placas mais antigas. À medida que o tempo recua, surge um supercontinente anterior chamado Rodínia. E não fica por aqui. Rodínia, por sua vez, foi formado pela rutura de um supercontinente ainda mais antigo, chamado Nuna, há cerca de 1,35 mil milhões de anos.
Porquê mapear o passado da Terra?
Entre os planetas do Sistema Solar, a Terra é única por ter tectónica de placas.
Como sabemos, a superfície da Terra rochosa está dividida em fragmentos (placas) que se chocam entre si e criam montanhas, ou se separam e formam abismos que são depois preenchidos por oceanos.
Para além de provocar terramotos e vulcões, a tectónica de placas também empurra as rochas das profundezas da terra para as alturas das cadeias montanhosas. Desta forma, os elementos que se encontravam no subsolo podem sofrer erosão das rochas e acabar por desaguar nos rios e oceanos. A partir daí, os seres vivos podem utilizar esses elementos.
Entre estes elementos essenciais encontra-se o fósforo, que forma a estrutura das moléculas de ADN, e o molibdénio, que é utilizado pelos organismos para retirar o azoto da atmosfera e produzir proteínas e aminoácidos – os blocos de construção da vida.
A tectónica de placas também expõe rochas que reagem com o dióxido de carbono da atmosfera. As rochas que retêm o dióxido de carbono são o principal controlo do clima da Terra durante longos períodos de tempo – muito, muito mais tempo do que as tumultuosas alterações climáticas pelas quais somos responsáveis atualmente.
Crucial para compreender o “tempo profundo”
O mapeamento da tectónica de placas do passado do planeta é a primeira fase da construção de um modelo digital completo da Terra ao longo da sua história.
A modelação do passado do nosso planeta é essencial se quisermos compreender como é que os nutrientes se tornaram disponíveis para alimentar a evolução.
As primeiras evidências de células complexas com núcleo – como todas as células animais e vegetais – datam de há 1,65 mil milhões de anos.
Este período é próximo do início desta reconstrução e da formação do supercontinente Nuna. Os cientistas querem agora testar se as montanhas que cresceram na altura da formação de Nuna podem ter fornecido os elementos necessários à evolução de células complexas.
Grande parte da vida na Terra faz fotossíntese e liberta oxigénio. Isto liga a tectónica de placas à química da atmosfera, e algum desse oxigénio dissolve-se nos oceanos.
Nesta época de exploração de outros mundos no Sistema Solar e para além dele, vale a pena lembrar que há muito sobre o nosso próprio planeta que ainda agora começamos a vislumbrar.
Há 4,6 mil milhões de anos para investigar e as rochas sobre as quais caminhamos contêm a prova de como a Terra mudou ao longo deste tempo.
Esta primeira tentativa de mapear os últimos 1,8 mil milhões de anos da história da Terra é um salto em frente no grande desafio científico de mapear o nosso mundo.
Mas é apenas isso – uma primeira tentativa. Nos próximos anos, registar-se-ão melhorias consideráveis em relação ao ponto de partida que agora estabelecemos.
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Marcadores: Deriva dos Continentes, Gondwana, Laurásia, Nuna, Pangeia, Rodínia, supercontinentes, Tectónica de Placas
Poema alusivo a uma desgraça sobre outra desgraça...
(imagem daqui)
183
a ti suspiramos
neste vale de lágrimas
onde choramos e
gememos
nesta espécie de
desterro
neste lugar
que já foi de árvores
nesta água
outrora limpa
e agora um
lamaçal
in "a palavra que diz o mundo" diário poético de carlos lopes pires
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Marcadores: Carlos Lopes Pires, enxurradas, incêndios, poesia
Justo Gallego Martínez, o homem que decidiu fazer uma catedral, nasceu há 99 anos...
Justo Gallego Martínez (Mejorada del Campo, Madrid, 20 de septiembre de 1925 - ibídem, 28 de noviembre de 2021) fue un agricultor y constructor autodidacta español, conocido por haber iniciado la construcción de su propia catedral dentro de su pueblo natal.
Catedral de Justo Gallego Martínez, en Mejorada del Campo (2005)
in Wikipédia
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Marcadores: Catedral de Justo Gallego Martínez, Espanha, Igreja Católica, Justo Gallego Martínez
O poeta Alberto de Lacerda nasceu há 96 anos...
(imagem daqui)
Carlos Alberto Portugal Correia de Lacerda (Ilha de Moçambique, 20 de setembro de 1928 - Londres, 26 de agosto de 2007) foi um poeta, professor ocasional de literatura, crítico de arte e colecionador português.
Sonhar
Quero mais do que nunca
Sonhar
Habitar um espaço que existe
Entre presença e ausência
Ausência
Serenamente exaltante
Presença
Não minha
Quase nada
Quero regressar ao sonho
Espaço
Que se me abre apenas
Quando sei abrir-me
Abandonar-me
À circular
Linha extasiada do horizonte
in Átrio (1997) - Alberto de Lacerda
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Marcadores: Alberto de Lacerda, poesia
Javier Marías nasceu há setenta e três anos...
Javier Marías Franco (Madrid, 20 de setembro de 1951 – Madrid, 11 de setembro de 2022) foi um escritor, tradutor e editor espanhol, membro da Real Academia Espanhola. É considerado um dos romancistas mais relevantes da literatura espanhola contemporânea.
(...)
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Marcadores: Covid-19, Espanha, Javier Marías, literatura
Don Felder, guitarrista e compositor dos Eagles, nasceu há 77 anos
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Marcadores: Don Felder, Eagles, Hotel California, música
Sibelius morreu há 67 anos...
O navegador Fernão de Magalhães partiu, para a circum-navegar a Terra, há 505 anos
Fernão de Magalhães (Sabrosa, primavera de 1480 - Cebu, Filipinas, 27 de abril de 1521) foi um navegador português, que se notabilizou por ter organizado a primeira viagem de circum-navegação ao globo, de 1519 até 1522.
Com a influência do bispo de Burgos conseguiram a aprovação do projeto por parte de Carlos V, e começaram os morosos preparativos para a viagem, cheios de incidentes; o cartógrafo de origem portuguesa Diogo Ribeiro que começara a trabalhar para Espanha em 1518, na Casa de Contratación em Sevilha participou no desenvolvimento dos mapas utilizados na viagem. Depois da rutura com Rui Faleiro, Magalhães continuou a aparelhagem dos cinco navios que, com 256 homens de tripulação, partiram de Sanlúcar de Barrameda em 20 de setembro de 1519. A esquadra tinha cinco navios e uma tripulação total de 234 homens, com cerca de 40 portugueses entre os quais Álvaro de Mesquita, primo co-irmão de Magalhães, Duarte Barbosa, primo da mulher de Magalhães, João Serrão, primo ou irmão de Francisco Serrão e Estevão Gomes. Seguia também Henrique de Malaca.
Antonio Pigafetta, escritor italiano que havia pago do seu próprio bolso para viajar com a expedição, escreveu um diário completo de toda a viagem, possibilitado pelo facto de Pigafetta ter sido um dos 18 homens a retornar vivo para a Europa. Dessa forma, legou à posteridade um raro e importante registo de onde se pode extrair muito do que se sabe sobre este episódio da história.
A armada fez escala nas ilhas Canárias e alcançou a costa da América do Sul, chegando em 13 de dezembro ao Rio de Janeiro. Prosseguindo para o sul, atingiram Puerto San Julian à entrada do estreito, na extremidade da atual costa da Argentina, onde o capitão decidiu parar. Irrompeu então uma revolta que ele conseguiu dominar com habilidosa astúcia. Após cinco meses de espera, período no qual a nau "Santiago" foi perdida numa viagem de reconhecimento, tendo os seus tripulantes conseguido ser resgatados, Magalhães encontrou o estreito que hoje leva seu nome, aprofundando-se nele. Noutra viagem de reconhecimento, outra nau foi perdida, mas desta vez por um motim na nau "San Antonio" onde a tripulação aprisionou o seu capitão Álvaro de Mesquita, primo de Magalhães, e iniciou uma viagem de volta com o piloto Estêvão Gomes (realmente estes completaram a viagem, espalhando ofensas contra Fernão de Magalhães na Espanha).
Apenas em novembro a esquadra atravessaria o Estreito, penetrando nas águas do Mar do Sul (assim batizado por Balboa), e batizando o oceano em que entravam como «Pacífico» por contraste às dificuldades encontradas no Estreito. Depois de cerca de quatro meses, a fome, a sede e as doenças (principalmente o escorbuto) começaram a dizimar a tripulação. Foi também no Pacífico que encontrou as nebulosas que hoje ostentam o seu nome - as nebulosas de Magalhães.
Em março de 1521, alcançaram a ilha de Ladrões, no atual arquipélago de Guam, chegando à ilha de Cebu nas atuais ilhas Filipinas em 7 de abril. Imediatamente começaram com os nativos as trocas comerciais; boa parte das grandes dificuldades da viagem tinham sido vencidas. Dias depois, porém, Fernão de Magalhães morreu, em combate com os nativos na ilha de Mactan, atraído a uma emboscada, sendo morto pelo nativo Lapu-Lapu.
A expedição prosseguiu sob o comando de João Lopes Carvalho, deixando Cebu no início de março de 1522. Dois meses depois, seria comandada por Juan Sebastián Elcano.
Regresso
Fernão de Magalhães
No vale clareia uma fogueira.
Uma dança sacode a terra inteira.
E sombras disformes e descompostas
Em clarões negros do vale vão
Subitamente pelas encostas,
Indo perder-se na escuridão.
De quem é a dança que a noite aterra?
São os Titãs, os filhos da Terra,
Que dançam da morte do marinheiro
Que quis cingir o materno vulto —
Cingi-lo, dos homens, o primeiro —,
Na praia ao longe por fim sepulto.
Dançam, nem sabem que a alma ousada
Do morto ainda comanda a armada,
Pulso sem corpo ao leme a guiar
As naus no resto do fim do espaço:
Que até ausente soube cercar
A terra inteira com seu abraço.
Violou a Terra. Mas eles não
O sabem, e dançam na solidão;
E sombras disformes e descompostas,
Indo perder-se nos horizontes,
Galgam do vale pelas encostas
Dos mudos montes.
in Mensagem (1934) - Fernando Pessoa
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Marcadores: descobrimentos, Espanha, Fernando Pessoa, Fernão de Magalhães, poesia
O célebre Abade Faria morreu há 205 anos
José Custódio de Faria (Goa, Candolim, 30 ou 31 de maio de 1746 - Paris, 20 de setembro de 1819), mais conhecido por Abade Faria, foi um religioso e cientista luso-goês que se destacou como um dos primeiros estudiosos da hipnose.
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Marcadores: Abade Faria, Conjuração dos Pintos, Goa, hipnose, Igreja Católica, Inconfidência de Goa
H. G. Wells nasceu há 158 anos...
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Marcadores: ética, ficção científica, H. G. Wells, literatura, socialismo
O que sobrou dos Estados Pontifícios foi anexado pela Itália há 154 anos
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Marcadores: Estados Pontifícios, Igreja Católica, Itália, reunificação italiana
Nuno Bettencourt comemora hoje 58 anos
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Marcadores: Açores, alternative Rock, Extreme, Funk metal, glam metal, hard rock, heavy metal, More Than Words, música, Nuno Bettencourt
Jim Croce morreu, num acidente de avião, há cinquenta e um anos...
James Joseph Croce (Philadelphia, Pennsylvania, January 10, 1943 – Natchitoches, Louisiana, September 20, 1973) was an American folk and rock singer-songwriter. Between 1966 and 1973, he released five studio albums and numerous singles. During this period, Croce took a series of odd jobs to pay bills while he continued to write, record, and perform concerts. After Croce formed a partnership with songwriter and guitarist Maury Muehleisen in the early 1970s, his fortunes turned. Croce's breakthrough came in 1972, his third album, You Don't Mess Around with Jim, produced three charting singles, including "Time in a Bottle", which reached No. 1 after Croce died. The follow-up album, Life and Times, included the song "Bad, Bad Leroy Brown", which was the only No. 1 hit he had during his lifetime.
On September 20, 1973, at the height of his popularity and the day before the lead single to his fifth album I Got a Name was released, Croce and five others died in a plane crash. His music continued to chart throughout the 1970s following his death. Croce's wife and early songwriting partner, Ingrid, continued to write and record after his death, and their son, A. J. Croce, became a singer-songwriter in the 1990s.
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