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quarta-feira, setembro 20, 2023

O que sobrou dos Estados Pontifícios desapareceu há cento e cinquenta e três anos

A Península Itálica em 1796 - os Estados Pontifícios aparecem a amarelo, no centro do mapa
    
Os Estados Papais, Estados Pontifícios, Estados da Igreja ou Património de São Pedro eram formados por um aglomerado de territórios, basicamente no centro da Península Itálica, que se mantiveram como um estado independente entre os anos de 756 e 1870, sob a direta autoridade civil dos Papas, e cuja capital era Roma.
  
Os Estados Pontifícios: a zona a vermelho foi anexada pelo Reino de Itália em 1860, o resto (cinza) em 1870
     
O fim dos Estados Pontifícios
Em 1870, estalou a guerra franco-prussiana e o imperador francês precisou de dispor de todos os efetivos militares, incluindo as unidades de guarnição em Roma. O recém-constituído Reino de Itália aliou-se à Prússia nesta contenda, pelo que contou com o beneplácito de Bismarck para atuar sem problemas contra as possessões do pontífice, pró-francês. O Papa Pio IX reuniu oito mil soldados numa desesperada tentativa de resistir, mas o insuficiente exército papal não pode conter as divisões italianas que marcharam patrioticamente sobre Roma. Em 20 de setembro de 1870, entravam em Roma, logo declarada capital do Reino de Itália, com o estabelecimento da corte do Rei Victor Emanuel II no Palácio do Quirinal.
   
Brasão dos Estados Pontifícios
     
Teriam de passar 59 anos até que, a 11 de fevereiro de 1929, o Papa Pio XI e Benito Mussolini subscreveram o Tratado de Latrão, em virtude do qual a Igreja reconhecia o Reino de Itália como estado soberano e esta fazia o mesmo com a cidade do Vaticano, minúsculo território independente, de 44 hectares, em Roma, sob jurisdição pontifícia.
     

quarta-feira, junho 07, 2023

O Estado da Cidade do Vaticano celebra hoje 94 anos

       
O Tratado de Latrão, "Tratado de Santa Sé" ou "Tratado de Roma-Santa Sé" é um dos tratados lateranenses de 1929 feitos entre o Reino de Itália e a Santa Sé, ratificado em 7 de junho de 1929, dando fim à "Fronteira Ferroviária".
Os tratados consistiam em três documentos:
  1. Um reconhecimento total da soberania da Santa Sé no estado do Vaticano;
  2. Uma concordata regulando a posição da religião católica no Estado;
  3. Uma convenção financeira acordando a liquidação definitiva das reivindicações da Santa Sé pelas suas perdas territoriais (Estados Pontifícios) e de propriedade. 
  

  
   
  
 
  
O Vaticano ou Cidade do Vaticano, oficialmente Estado da Cidade do Vaticano (italiano: Stato della Città del Vaticano; em latim: Status Civitatis Vaticanæ), é a sede da Igreja Católica e uma cidade-estado soberana sem costa marítima cujo território consiste de um enclave murado dentro da cidade de Roma, capital da Itália. Com aproximadamente 44 hectares (0,44 km²) e com uma população de cerca de 800 habitantes, é o menor país do mundo, em área e habitantes.

A Cidade do Vaticano é uma cidade-Estado que existe desde 1929. É distinta da Santa Sé, que remonta ao cristianismo primitivo sendo a principal sé episcopal de 1,5 mil milhões de católicos romanos (latinos e orientais) de todo o mundo. Ordenanças da Cidade do Vaticano são publicadas em italiano; documentos oficiais da Santa Sé são emitidos principalmente em latim. As duas entidades ainda têm passaportes distintos: a Santa Sé, como não é um país, apenas trata de questões de passaportes diplomáticos e de serviço; o Estado da Cidade do Vaticano cuida dos passaportes comuns. Em ambos os casos, os passaportes emitidos são muito poucos.

O Tratado de Latrão, de 1929, que criou a cidade-Estado do Vaticano, descreve-a como uma nova criação (preâmbulo e no artigo III) e não como um vestígio dos muito maiores Estados Pontifícios (756–1870), que anteriormente abrangiam a região central da Itália. A maior parte desse território foi absorvida pelo Reino de Itália em 1860 e a porção final, ou seja, a cidade de Roma, com uma pequena área perto dela, dez anos depois, em 1870. Os papas residem na área, que em 1929 tornou-se a Cidade do Vaticano, desde o retorno de Avinhão em 1377. Anteriormente, residiam no Palácio de Latrão na colina Célio no lado oposto de Roma, local que Constantino deu ao Papa Milcíades em 313. A assinatura dos acordos que estabeleceram o novo Estado teve lugar neste último edifício, dando origem ao nome Tratado de Latrão, pelo qual é conhecido.

A Cidade do Vaticano é um Estado eclesiástico ou teocrático-monárquico, governado pelo bispo de Roma, o Papa. A maior parte dos funcionários públicos são todos os clérigos católicos de diferentes origens raciais, étnicas e nacionais. É o território soberano da Santa Sé (Sancta Sedes) e o local de residência do Papa, referido como o Palácio Apostólico.


    

terça-feira, setembro 20, 2022

Os Estados Pontifícios desapareceram há cento e cinquenta e dois anos

A Península Itálica em 1796 - os Estados Pontifícios aparecem a amarelo, no centro do mapa
    
Os Estados Papais, Estados Pontifícios, Estados da Igreja ou Património de São Pedro eram formados por um aglomerado de territórios, basicamente no centro da Península Itálica, que se mantiveram como um estado independente entre os anos de 756 e 1870, sob a direta autoridade civil dos Papas, e cuja capital era Roma.
  
Os Estados Pontifícios: a zona a vermelho foi anexada pelo Reino de Itália em 1860, o resto (cinza) em 1870
     
O fim dos Estados Pontifícios
Em 1870, estalou a guerra franco-prussiana e o imperador francês precisou de dispor de todos os efetivos militares, incluindo as unidades de guarnição em Roma. O recém-constituído Reino de Itália aliou-se à Prússia nesta contenda, pelo que contou com o beneplácito de Bismarck para atuar sem problemas contra as possessões do pontífice, pró-francês. O Papa Pio IX reuniu oito mil soldados numa desesperada tentativa de resistir, mas o insuficiente exército papal não pode conter as divisões italianas que marcharam patrioticamente sobre Roma. Em 20 de setembro de 1870, entravam em Roma, logo declarada capital do Reino de Itália, com o estabelecimento da corte do Rei Victor Emanuel II no Palácio do Quirinal.
   
Brasão dos Estados Pontifícios
     
Teriam de passar 59 anos até que, a 11 de fevereiro de 1929, Pio XI e Benito Mussolini subscreveram o Tratado de Latrão, em virtude do qual a Igreja reconhecia o Reino de Itália como estado soberano e esta fazia o mesmo com a cidade do Vaticano, minúsculo território independente de 44 hectares em Roma, sob jurisdição pontifícia.
     

terça-feira, junho 07, 2022

O Estado da Cidade do Vaticano faz hoje 93 anos

       
O Tratado de Latrão, "Tratado de Santa Sé" ou "Tratado de Roma-Santa Sé" é um dos tratados lateranenses de 1929 feitos entre o Reino de Itália e a Santa Sé, ratificado em 7 de junho de 1929, dando fim à "Fronteira Ferroviária".
Os tratados consistiam em três documentos:
  1. Um reconhecimento total da soberania da Santa Sé no estado do Vaticano;
  2. Uma concordata regulando a posição da religião católica no Estado;
  3. Uma convenção financeira acordando a liquidação definitiva das reivindicações da Santa Sé pelas suas perdas territoriais (Estados Pontifícios) e de propriedade. 
  

  
   
  
 
  
O Vaticano ou Cidade do Vaticano, oficialmente Estado da Cidade do Vaticano (italiano: Stato della Città del Vaticano; em latim: Status Civitatis Vaticanæ), é a sede da Igreja Católica e uma cidade-Estado soberana sem costa marítima cujo território consiste de um enclave murado dentro da cidade de Roma, capital da Itália. Com aproximadamente 44 hectares (0,44 km²) e com uma população de cerca de 800 habitantes, é o menor país do mundo, em área e habitantes.
    

segunda-feira, setembro 20, 2021

A Itália anexou os Estados Pontifícios há cento e cinquenta e um anos

A Península Itálica em 1796 - os Estados Pontifícios aparecem a amarelo, no centro do mapa

Os Estados Papais, Estados Pontifícios, Estados da Igreja ou Património de São Pedro eram formados por um aglomerado de territórios, basicamente no centro da Península Itálica, que se mantiveram como um estado independente entre os anos de 756 e 1870, sob a directa autoridade civil dos Papas, e cuja capital era Roma.
  
Os Estados Pontifícios: a zona a vermelho foi anexada pelo Reino de Itália em 1860, o resto (cinza) em 1870
   
O fim dos Estados Pontifícios
Em 1870, estalou a guerra franco-prussiana e o imperador francês precisou de dispor de todos os efectivos militares, incluindo as unidades de guarnição em Roma. O recém-constituído Reino de Itália aliou-se à Prússia nesta contenda, pelo que contou com o beneplácito de Bismarck para actuar sem problemas contra as possessões do pontífice, pró-francês. O Papa Pio IX reuniu oito mil soldados numa desesperada tentativa de resistir, mas o insuficiente exército papal não pode conter as divisões italianas que marcharam patrioticamente sobre Roma. Em 20 de setembro de 1870, entravam em Roma, logo declarada capital do Reino de Itália, com o estabelecimento da corte do Rei Victor Emanuel II no Palácio do Quirinal.
   
Brasão dos Estados Pontifícios
     
Teriam de passar 59 anos até que, a 11 de fevereiro de 1929, Pio XI e Benito Mussolini subscreveram o Tratado de Latrão, em virtude do qual a Igreja reconhecia o Reino de Itália como estado soberano e esta fazia o mesmo com a cidade do Vaticano, minúsculo território independente de 44 hectares em Roma, sob jurisdição pontifícia.
     

segunda-feira, junho 07, 2021

O Vaticano faz hoje 92 anos

     
O Tratado de Latrão, "Tratado de Santa Sé" ou "Tratado de Roma-Santa Sé" é um dos tratados lateranenses de 1929 feitos entre o Reino de Itália e a Santa Sé, ratificado em 7 de junho de 1929, dando fim à "Fronteira Ferroviária".
Os tratados consistiam em três documentos:
  1. Um reconhecimento total da soberania da Santa Sé no estado do Vaticano;
  2. Uma concordata regulando a posição da religião católica no Estado;
  3. Uma convenção financeira acordando a liquidação definitiva das reivindicações da Santa Sé pelas suas perdas territoriais (Estados Pontifícios) e de propriedade. 
  

  
   
  
 
  
O Vaticano ou Cidade do Vaticano, oficialmente Estado da Cidade do Vaticano (italiano: Stato della Città del Vaticano; em latim: Status Civitatis Vaticanæ), é a sede da Igreja Católica e uma cidade-Estado soberana sem costa marítima cujo território consiste de um enclave murado dentro da cidade de Roma, capital da Itália. Com aproximadamente 44 hectares (0,44 km²) e com uma população de cerca de 800 habitantes, é o menor país do mundo, em área e habitantes.
    

domingo, setembro 20, 2020

Os Estados Pontifícios desapareceram há cento e cinquenta anos

 

A Península Itálica em 1796 - os Estados Pontifícios aparecem a amarelo, no centro do mapa

Os Estados Papais, Estados Pontifícios, Estados da Igreja ou Património de São Pedro eram formados por um aglomerado de territórios, basicamente no centro da Península Itálica, que se mantiveram como um estado independente entre os anos de 756 e 1870, sob a directa autoridade civil dos Papas, e cuja capital era Roma.
  
Os Estados Pontifícios: a zona a vermelho foi anexada pelo Reino de Itália em 1860, o resto (cinza) em 1870
   
O fim dos Estados Pontifícios
Em 1870, estalou a guerra franco-prussiana e o imperador francês precisou de dispor de todos os efectivos militares, incluindo as unidades de guarnição em Roma. O recém-constituído Reino de Itália aliou-se à Prússia nesta contenda, pelo que contou com o beneplácito de Bismarck para actuar sem problemas contra as possessões do pontífice, pró-francês. O Papa Pio IX reuniu oito mil soldados numa desesperada tentativa de resistir, mas o insuficiente exército papal não pode conter as divisões italianas que marcharam patrioticamente sobre Roma. Em 20 de setembro de 1870, entravam em Roma, logo declarada capital do Reino de Itália, com o estabelecimento da corte do Rei Victor Emanuel II no Palácio do Quirinal.
   
Brasão dos Estados Pontifícios
   
Teriam de passar 59 anos até que, a 11 de fevereiro de 1929, Pio XI e Benito Mussolini subscreveram o Tratado de Latrão, em virtude do qual a Igreja reconhecia o Reino de Itália como estado soberano e esta fazia o mesmo com a cidade do Vaticano, minúsculo território independente de 44 hectares em Roma, sob jurisdição pontifícia.
   

domingo, junho 07, 2020

O mais pequeno estado do Mundo faz hoje 91 anos

   
O Tratado de Latrão, "Tratado de Santa Sé" ou "Tratado de Roma-Santa Sé" é um dos tratados lateranenses de 1929 feitos entre o Reino de Itália e a Santa Sé, ratificado em 7 de junho de 1929, dando fim à "Fronteira Ferroviária".
Os tratados consistiam em três documentos:
  1. Um reconhecimento total da soberania da Santa Sé no estado do Vaticano;
  2. Uma concordata regulando a posição da religião católica no Estado;
  3. Uma convenção financeira acordando a liquidação definitiva das reivindicações da Santa Sé pelas suas perdas territoriais (Estados Pontifícios) e de propriedade.




 

O Vaticano ou Cidade do Vaticano, oficialmente Estado da Cidade do Vaticano (italiano: Stato della Città del Vaticano; em latim: Status Civitatis Vaticanæ), é a sede da Igreja Católica e uma cidade-Estado soberana sem costa marítima cujo território consiste de um enclave murado dentro da cidade de Roma, capital da Itália. Com aproximadamente 44 hectares (0,44 km²) e com uma população de pouco mais de 800 habitantes, é o menor país do mundo, em área e habitantes.
   

domingo, setembro 20, 2015

Os Estados Pontifícios desapareceram há 145 anos

A Península Itálica em 1796 - os Estados Pontifícios aparecem a amarelo, no centro do mapa

Os Estados Papais, Estados Pontifícios, Estados da Igreja ou Património de São Pedro eram formados por um aglomerado de territórios, basicamente no centro da Península Itálica, que se mantiveram como um estado independente entre os anos de 756 e 1870, sob a directa autoridade civil dos Papas, e cuja capital era Roma.
  
Os Estados Pontifícios: a zona a vermelho foi anexada pelo Reino de Itália em 1860, o resto (cinza) em 1870

O fim dos Estados Pontifícios
Em 1870, estalou a guerra franco-prussiana e o imperador francês precisou de dispor de todos os efectivos militares, incluindo as unidades de guarnição em Roma. O recém-constituído Reino de Itália aliou-se à Prússia nesta contenda, pelo que contou com o beneplácito de Bismarck para actuar sem problemas contra as possessões do pontífice, pró-francês. O Papa Pio IX reuniu oito mil soldados numa desesperada tentativa de resistir, mas o insuficiente exército papal não pode conter as divisões italianas que marcharam patrioticamente sobre Roma. Em 20 de setembro de 1870, entravam em Roma, logo declarada capital do Reino de Itália, com o estabelecimento da corte do Rei Victor Emanuel II no Palácio do Quirinal.

Brasão dos Estados Pontifícios

Teriam de passar 59 anos até que, a 11 de fevereiro de 1929, Pio XI e Benito Mussolini subscreveram o Tratado de Latrão, em virtude do qual a Igreja reconhecia o Reino de Itália como estado soberano e esta fazia o mesmo com a cidade do Vaticano, minúsculo território independente de 44 hectares em Roma, sob jurisdição pontifícia.

sábado, junho 07, 2014

Há 85 anos o Tratado de Latrão pemitiu que tornasse a haver um Estado Pontifício

O Tratado de Latrão, "Tratado de Santa Sé" ou "Tratado de Roma-Santa Sé" é um dos tratados lateranenses de 1929 feitos entre o Reino de Itália e a Santa Sé, ratificado em 7 de junho de 1929, dando fim à "Fronteira Ferroviária".
Os tratados consistiam em três documentos:
  1. Um reconhecimento total da soberania da Santa Sé no estado do Vaticano;
  2. Uma concordata regulando a posição da religião católica no Estado;
  3. Uma convenção financeira acordando a liquidação definitiva das reivindicações da Santa Sé pelas suas perdas territoriais (Estados Pontifícios) e de propriedade.

O Vaticano ou Cidade do Vaticano, oficialmente Estado da Cidade do Vaticano (italiano: Stato della Città del Vaticano; em latim: Status Civitatis Vaticanæ), é a sede da Igreja Católica e uma cidade-Estado soberana sem costa marítima cujo território consiste de um enclave murado dentro da cidade de Roma, capital da Itália. Com aproximadamente 44 hectares (0,44 km²) e com uma população de pouco mais de 800 habitantes, é o menor país do mundo, em área e habitantes.

sexta-feira, setembro 20, 2013

O fim dos Estados Pontifícios foi há 143 anos

Os Estados Papais, Estados Pontifícios, Estados da Igreja ou Património de São Pedro eram formados por um aglomerado de territórios, basicamente no centro da península Itálica, que se mantiveram como um estado independente entre os anos de 756 e 1870, sob a directa autoridade civil dos Papas, e cuja capital era Roma.
Em 1870, estalou a guerra franco-prussiana e o imperador francês precisou de dispor de todos os efectivos militares, incluindo as unidades de guarnição em Roma. O recém-constituído Reino de Itália aliou-se à Prússia nesta contenda, pelo que contou com o beneplácito de Bismarck para actuar sem problemas contra as possessões do pontífice pró-francês. O Papa Pio IX reuniu oito mil soldados numa desesperada tentativa de resistir, mas o insuficiente exército papal não pôde conter as divisões italianas que marcharam, patrioticamente, sobre Roma. Em 20 de setembro de 1870, entravam em Roma, logo declarada capital do Reino de Itália, com o estabelecimento da corte do rei Victor Emanuel II no Palácio do Quirinal.

O Reino de Itália em 1866, depois da Terceira Guerra de Independência, mostrando o Estado Pontifício, conquistado em 1870

quinta-feira, setembro 20, 2012

Há 142 anos Roma tornou-se, de facto, a capital de Itália

A Questão Romana terminou com a criação do Vaticano, com o estabelecimento do Tratado de Latrão


Os chamados Estados Pontifícios, que compunham a parte central da península Itálica, pertenciam à Igreja Católica desde os tempos medievais, tendo sido doados por Pepino, o Breve, ao papa. No ano de 754, o papa Estêvão II recebeu do rei franco Pepino, o Breve o ducado de Roma e as terras conquistadas dos lombardos com o título de Patrimônio de São Pedro. Em 1861, os italianos promoveram a unificação política da península, mas não conseguiram anexar Roma, dada a forte presença militar francesa em apoio ao papa. Em 1870, os alemães, liderados pela Prússia, declararam guerra à França, durante o processo de unificação alemã. Napoleão III retirou as tropas francesas de Roma. Aproveitando este momento, os italianos anexaram Roma à Itália. O papa Pio IX não aceitou a perda do “Património de São Pedro” e declarou-se prisioneiro do governo italiano, dando origem à Questão Romana.

(...)

O conflito que explodiu em 19 de julho de 1870 entre França e Prússia criou as condições para uma fácil intervenção militar italiana. Já no começo de agosto de 1870, Napoleão III foi forçado a retirar a pequena expedição que estacionava no Lazio, enquanto na Itália toda aumentava a pressão popular para que o governo acelerasse uma solução baseada na força. Em 1 de setembro de 1870, o imperador francês Napoleão III foi feito prisioneiro pelos Prussianos e no dia 4, em Paris, foi proclamada a República. No dia 5 o governo italiano decidiu por unanimidade ocupar Roma.
O conde Gustavo Ponza de S. Martino foi enviado para a capital para tentar uma solução pacífica com o papa Pio IX. O rei Vítor Emanuel II oferecia ao papa "todas as garantias necessárias para a independência espiritual da Santa Sé", mas o pontífice recusou decididamente qualquer negociação. Assim o exército italiano, comandado pelo general Cadorna, invadiu o Estado Pontifício sem encontrar qualquer resistência. Foi necessário usar a força somente para entrar em Roma: em 20 de setembro de 1870 a artilharia italiana abriu uma brecha nos muros perto da Porta Pia e a cidade foi conquistada. Morreram 49 soldados italianos e 19 soldados pontifícios.
Em 2 de outubro de 1870 um plebiscito sancionou a anexação de Roma e do Lazio à Itália: em 135.188 votantes, 133.681 foram favoráveis e 1.507 contrários. Um mês mais tarde, Pio IX emanou a encíclica "Respicientes" na qual declarou "injusta, violenta, nula e inválida" a ocupação italiana, denunciou a condição de cativeiro do pontífice e excomungou o rei da Itália. De sua parte o Senado italiano votou, em 27 de janeiro de 1871, a transferência da capital de Florença para Roma com 94 votos favoráveis e 39 contrários. Terminava assim o último pedaço do poder temporal da Igreja Católica e no mesmo tempo foram subtraídos, ao movimento democrático, um objetivo e um argumento de agitação política que no passado haviam qualificado sua ação.

(...)

Essa incómoda questão de disputas entre o Estado e a Igreja só terminou em 1929, quando o ditador fascista Benito Mussolini, necessitando de apoio da Igreja e dos católicos, assinou com o Papa Pio XI a Concordata de São João de Latrão. Por esse tratado, firmou-se um acordo pelo qual se criava o Estado do Vaticano, o Sumo Pontífice recebia indemnização monetária pelas perdas territoriais, o ensino religioso era obrigatório nas escolas italianas e era proibida a admissão em cargos públicos dos sacerdotes que abandonassem a batina.