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sexta-feira, setembro 20, 2024

Mais dados sobre a movimentação das placas tectónicas terrestres nos últimos dois mil milhões de anos...

Mapa em movimento mostra as placas tectónicas a mexerem-se desde há 2 mil milhões de anos

 

 

Através de informação encontrada no interior das rochas, um grupo de geólogos construiu um mapa em movimento – que mostra as placas tectónicas da Terra em movimento, desde há 1,8 mil milhões de anos até hoje.

À margem de um estudo publicado recentemente na Geoscience Frontiers, cientistas conseguiram reconstruir a tectónica de placas do planeta ao longo dos últimos 1,8 mil milhões de anos.

É a primeira vez que o registo geológico da Terra é utilizado desta forma, recuando tanto no tempo.

Isto permitiu aos investigadores fazer uma tentativa de mapear o planeta durante os “últimos 40%” da sua história.

 

Uma “bela dança continental”

Num artigo no The Conversation, Alan Collins, professor de geologia na Universidade de Adelaide e co-autor do estudo, explica que o mapeamento do nosso planeta através da sua longa história cria uma bela dança continental – hipnotizante em si mesma e uma obra de arte natural.

Começa com o mapa do mundo que todos conhecem. Depois, a Índia desloca-se rapidamente para sul, seguida de partes do sudeste asiático, à medida que o antigo continente de Gondwana se forma no hemisfério sul.

Há cerca de 200 milhões de anos, quando os dinossauros andavam na Terra, o Gondwana uniu-se à América do Norte, Europa e norte da Ásia para formar um grande supercontinente chamado Pangeia.

Depois, a reconstrução prossegue ao longo do tempo. Pangeia e Gondwana formaram-se a partir de colisões de placas mais antigas. À medida que o tempo recua, surge um supercontinente anterior chamado Rodínia. E não fica por aqui. Rodínia, por sua vez, foi formado pela rutura de um supercontinente ainda mais antigo, chamado Nuna, há cerca de 1,35 mil milhões de anos.

 

Porquê mapear o passado da Terra?

Entre os planetas do Sistema Solar, a Terra é única por ter tectónica de placas.

Como sabemos, a superfície da Terra rochosa está dividida em fragmentos (placas) que se chocam entre si e criam montanhas, ou se separam e formam abismos que são depois preenchidos por oceanos.

Para além de provocar terramotos e vulcões, a tectónica de placas também empurra as rochas das profundezas da terra para as alturas das cadeias montanhosas. Desta forma, os elementos que se encontravam no subsolo podem sofrer erosão das rochas e acabar por desaguar nos rios e oceanos. A partir daí, os seres vivos podem utilizar esses elementos.

Entre estes elementos essenciais encontra-se o fósforo, que forma a estrutura das moléculas de ADN, e o molibdénio, que é utilizado pelos organismos para retirar o azoto da atmosfera e produzir proteínas e aminoácidos – os blocos de construção da vida.

A tectónica de placas também expõe rochas que reagem com o dióxido de carbono da atmosfera. As rochas que retêm o dióxido de carbono são o principal controlo do clima da Terra durante longos períodos de tempo – muito, muito mais tempo do que as tumultuosas alterações climáticas pelas quais somos responsáveis atualmente.

 

Crucial para compreender o “tempo profundo”

O mapeamento da tectónica de placas do passado do planeta é a primeira fase da construção de um modelo digital completo da Terra ao longo da sua história.

A modelação do passado do nosso planeta é essencial se quisermos compreender como é que os nutrientes se tornaram disponíveis para alimentar a evolução.

As primeiras evidências de células complexas com núcleo – como todas as células animais e vegetais – datam de há 1,65 mil milhões de anos.

Este período é próximo do início desta reconstrução e da formação do supercontinente Nuna. Os cientistas querem agora testar se as montanhas que cresceram na altura da formação de Nuna podem ter fornecido os elementos necessários à evolução de células complexas.

Grande parte da vida na Terra faz fotossíntese e liberta oxigénio. Isto liga a tectónica de placas à química da atmosfera, e algum desse oxigénio dissolve-se nos oceanos.

Nesta época de exploração de outros mundos no Sistema Solar e para além dele, vale a pena lembrar que há muito sobre o nosso próprio planeta que ainda agora começamos a vislumbrar.

Há 4,6 mil milhões de anos para investigar e as rochas sobre as quais caminhamos contêm a prova de como a Terra mudou ao longo deste tempo.

Esta primeira tentativa de mapear os últimos 1,8 mil milhões de anos da história da Terra é um salto em frente no grande desafio científico de mapear o nosso mundo.

Mas é apenas isso – uma primeira tentativa. Nos próximos anos, registar-se-ão melhorias consideráveis em relação ao ponto de partida que agora estabelecemos.

 

in ZAP

domingo, julho 14, 2024

Notícia divertida, a misturar fronteiras políticas, Camões, tectónica de placas e evolução...

Portugal já fez fronteira com o Canadá e a Gronelândia

 

 

Uma nova simulação de como seria o mapa do antigo super-continente Pangeia com as fronteiras políticas atuais sugere que o território onde atualmente se encontra Portugal já esteve colado ao atual Canadá e à Gronelândia.

A Pangeia formou-se há cerca de 335 milhões de anos e começou a dividir-se há 175 a 200 milhões de anos, originando, de forma gradual, a configuração atual dos continentes.

O movimento de junção e separação dos pedaços de terra do nosso planeta já ocorreu várias vezes ao longo da história.

As placas tectónicas e a crosta terrestre, tal como “todo o mundo”, são compostas de constantes mudanças.

Aliás, como disse Luís Vaz de Camões, “O tempo cobre o chão de verde manto, Que já coberto foi de neve fria”.

No caso de Portugal, essa passagem do poema “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”, aplica-se mesmo (pelo menos, metaforicamente), uma vez que Portugal já fez fronteira com o Canadá e a Gronelândia.

Quem o indica é uma nova ilustração da Pangeia da autoria de Massimo Pietrobon. No mapa que se segue, o cartógrafo representa as fronteiras políticas atuais no mapa do supercontinente.

 

O mapa da Pangeia com as fronteiras políticas atuais representadas

 

 

Quase no centro da imagem podemos ver Portugal a laranja, colado a Espanha, Canadá e Gronelândia.

O continente “unificado” proporcionou ainda outras junções curiosas como, por exemplo, Brasil com Angola, Marrocos com Estados Unidos, Moçambique com Antártida e África do Sul com Argentina, ou Senegal com Cuba.

As massas terrestres tendem a juntar-se a cada 400 ou 500 milhões de anos, mas sempre de forma distinta; ou seja, como diz o poeta supracitado, “Tomando sempre novas qualidades”.

A constante mudança de que Camões falava provocará, daqui a 250 milhões de anos, a formação de uma “nova Pangeia”.

De acordo com o El Confidencial, as novas transformações provocarão “quase de certeza” a extinção da espécie humana. Além disso, as condições do planeta também serão incompatíveis com a vida dos mamíferos.

   

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

 

“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E enfim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.”

 

in “Sonetos” - Luís Vaz de Camões

 

in ZAP

sexta-feira, janeiro 26, 2024

Como será o mapa da Terra daqui a alguns milhões de anos - novo estudo...

Nova Pangea: Assim será o mapa da Terra daqui a 250 milhões de anos

 

Nova Pangea: o mapa da Terra daqui a 250 milhões de anos

 

As placas tectónicas são muito “inquietas”, o que leva a Terra a estar em constante transformação. Uma projeção que circula no Reddit mostra como poderá ser o novo supercontinente, daqui a 250 milhões de anos. 

“Pangea Próxima” – é assim que o geólogo norte-americano Christopher Scotese nomeia o supercontinente que se deverá formar daqui a 250 milhões.

O nome faz alusão ao último supercontinente conhecido. A Pangea formou-se há, aproximadamente, 335 milhões de anos e começou a dividir-se entre 175 a 200 milhões de anos atrás, originando, de forma gradual, a configuração atual dos continentes.

O movimento de junção e separação dos pedaços de terra do nosso planeta já ocorreu várias vezes ao longo da história. De acordo com o El Confidencial, as massas terrestres juntam-se a cada 400 ou 500 milhões de anos.

Recentemente, viralizou no Reddit um mapa que mostra como poderia ser a Pangea Próxima.

No novo supercontinente, a maioria das atuais massas terrestres ficaria unidas e Portugal seria o ponto mais a norte do planeta. No centro ficaria o Mar Índico – uma transformação daquilo que é hoje o Oceano Índico.

Não é a primeira vez que Portugal aparece representado “no polo norte” de um mapa do mundo: em diferentes representações alternativas do mapamundi,  o nosso país abandona a centralidade que tem na familiar Projeção de Mercator, e é apresentado no extremo norte do planeta.

Mas esta é a primeira representação em que essa nova posição é conseguida através da deriva de massas continentais ao longo de milhões de anos.

É impossível prever todos os detalhes de como a Terra irá evoluir, mas este tipo de projeções oferecem uma visão fascinante do que poderá a acontecer (quando, provavelmente, já não estiver aqui a ninguém para ver).

Um vídeo partilhado há nove meses no Youtube elucida como seria a evolução da massa terrestre desde “agora” até à formação da Pangea Próxima.

 

    

in ZAP

sexta-feira, janeiro 05, 2024

Um mapa para ver que seres vivos viveram no passado geológico numa dada região...!

 Descubra que dinossauros foram seus vizinhos através deste mapa 3D

   

 

   

Como era o planeta Terra há milhões de anos? É possível pesquisar qualquer cidade do mundo e visualizar a sua evolução geográfica ao longo de diferentes períodos de tempo. Conheça os seus antigos vizinhos.

Já alguma vez deu por si a pensar: “mmm… que dinossauros é que andavam pelo que é agora a minha casa?”

Agora pode visualizar facilmente as paisagens antigas que existiam há milhões de anos, utilizando um mapa interativo online.

Desenvolvido por Ian Webster, gestor de engenharia sénior do Discord, o Ancient Earth (em português, Terra Antiga), permite aos utilizadores explorar a história da Terra em 3D - desde há 750 milhões de anos até ao presente.

Os continentes e oceanos que hoje conhecemos sofreram transformações significativas ao longo de milhões de anos devido aos movimentos das placas tectónicas.

Embora estas alterações sejam impercetíveis durante a vida humana, este mapa permite-lhe testemunhar a evolução do planeta ao longo de vastas escalas temporais.

O globo interativo permite aos utilizadores inserir qualquer cidade do mundo e visualizar a sua evolução geográfica ao longo de diferentes períodos de tempo.

Mas o website não se fica pelos dinossauros: destaca também, nas proximidades, quais os primeiros répteis e plantas da área.

Por exemplo, introduzindo a cidade do Lisboa, ficamos a saber que se os lisboetas tivessem vivido no Mesozoico teriam como vizinhos cinco espécies de gigantes: o Erectopus, Iguanodon, Suchosaurus, Dracopelta e Allosaurus.

Já pela cidade do Porto, vagueavam o Dacentrurus, Torvosaurus, Lourinhasaurus, Duriatitan e Stegosaurus.

Nesta viagem pelos pontos-chave do Planeta Azul, é possível ver não só o surgimento das primeiras algas verdes, insetos ou dinossauros, como as mudanças das placas tectónicas do planeta através de várias eras geológicas.

Este mapa oferece-lhe assim a possibilidade de fazer uma viagem através do tempo, com início há 240 milhões de anos, quando o supercontinente Pangeia dominava a Terra.

 

in ZAP

 

NOTA - o site, que está incluído no Dinosaur Pictures and Facts, é este:


https://dinosaurpictures.org/ancient-earth

domingo, novembro 19, 2023

A tectónica de placas mata...

Um novo “supercontinente” pode dizimar todos os mamíferos (incluindo os humanos)

   

 

  

Os mamíferos existem em quase todos os principais habitats terrestres, pelo que é difícil imaginar um mundo sem a sua presença. Contudo, um novo estudo prevê que a formação de um novo “supercontinente” vai acabar por determinar o fim da vida na Terra.

A nova investigação, levada a cabo por cientistas da Universidade de Bristol, concluiu que a formação de um novo “supercontinente” poderá extinguir todos os mamíferos (incluindo os seres humanos) dentro de 250 milhões de anos.

“A formação e a decomposição da Pangeia Ultima [nome dado ao potencial supercontinente] limitarão e acabarão com a habitabilidade dos mamíferos terrestres na Terra, ao excederem as suas tolerâncias térmicas milhares de milhões de anos mais cedo do que se supunha”, escreveram os investigadores, citados pelo Science Alert.

Os especialistas sabem muito pouco sobre o que acontece ao clima do planeta quando os seus continentes se agregam numa grande massa de terra. Por esse motivo, nesta investigação, basearam-se no último supercontinente da Terra, a Pangeia, que surgiu há 310 milhões de anos, para prever o que acontecerá durante a formação do próximo supercontinente.

Os resultados sugerem que o clima irá tornar-se insuportavelmente quente: o Sol irá emitir cerca de 2,5% mais radiação e a formação do supercontinente alterará drasticamente o sistema climático global, podendo secar grandes extensões de terra e reter mais dióxido de carbono na atmosfera.

Durante o período da primeira Pangeia, os níveis de dióxido de carbono atmosférico subiram de cerca de 200 partes por milhão para 2.100 ppm, um fenómeno que originou temperaturas extremas cerca de 10°C superiores à média global atual.

Sendo que os atuais níveis de dióxido de carbono atmosférico situam-se em cerca de 416 ppm em relação aos níveis pré-industriais, no futuro, se o dióxido de carbono atmosférico voltar a ultrapassar os 560 ppm, mesmo que seja apenas durante um século, poderá provocar um fenómeno de extinção em massa.

Os modelos sugerem que é provável que tal aconteça quando a Pangea Ultima se formar, uma vez que as placas tectónicas criam feedbacks climáticos e sistemas meteorológicos alterados. Ou seja, se for transportada menos água doce para as regiões do interior, por exemplo, as florestas poderão secar e os depósitos de carbono do interior poderão transformar-se em torneiras de carbono.

No pior cenário, os investigadores preveem que a Pangea Ultima poderá originar uma temperatura média mensal de 46,5°C. Tendo em conta o stress térmico dos mamíferos, estas temperaturas serão provavelmente proibitivas para a grande maioria das espécies conhecidas.

“Embora não possamos descartar a adaptação evolutiva ao stress do calor e do frio, estudos recentes mostraram que os limites superiores de termotolerância dos mamíferos são conservados ao longo do tempo geológico e não aumentaram durante os eventos de aquecimento rápidos ou mais lentos do passado”, lê-se no estudo.

No fundo, e tendo em conta este contexto histórico, há poucas hipóteses de os mamíferos evoluírem suficientemente depressa para fazer face ao próximo supercontinente da Terra.

O artigo científico foi recentemente publicado na revista Nature Geoscience.

 

in ZAP

terça-feira, fevereiro 21, 2023

Notícia sobre tectónica de placas e um novo super-continente

Eis Amásia, o supercontinente que vai engolir o Pacífico

  

  

Uma equipa de investigadores usou um supercomputador para calcular o tempo que demorará até o próximo supercontinente da Terra se formar — e descobriu que será o Oceano Pacífico a encolher para formar Amasia.

 O próximo supercontinente da Terra irá formar-se daqui a vários milhões de anos — e possivelmente nascerá da fusão entre a América do Norte e a Ásia. E já tem um nome: Amasia.

Um supercontinente como este, descrito por Chris Hartnady e Paul Hoffman em 1992, só se forma a cada 500 ou 700 milhões de anos.

Investigadores da Curtin University usaram um supercomputador para determinar como é que seria o mundo quando o próximo supercontinente fosse formado. De acordo com os seus cálculos, Amásia nascerá daqui a 200 a 300 milhões de anos.

Nos últimos dois mil milhões de anos, escreve a Interesting Engineering, os continentes da Terra colidiram para formar um supercontinente em várias ocasiões. Os cientistas chamam-lhe de ciclo do supercontinente, que ocorre a cada 600 milhões de anos e reúne todos os continentes do mundo.

A teoria da Pangeia sugere que, no início dos tempos, todos os continentes estavam juntos apenas num só. Eventualmente, começou lentamente a fragmentar-se, dando origem a dois megacontinentes: Gondwana e Laurásia.

A parte correspondente à América do Sul, África, Antártida, Austrália e Índia, denominava-se Gondwana. O resto do continente, onde estava a América do Norte, Europa, Ásia e o Ártico denominava-se Laurásia. A Pangeia era cercada por um único oceano, Pantalassa.

O ciclo de supercontinente em curso significa que, ao longo dos próximos 200-300 milhões de anos, será o Oceano Pacífico (ao contrário do que sugerem teorias anteriores) a encolher, juntando os continentes da América e Ásia para formar Amásia, detalham os cientistas em comunicado.

Por outro lado, é improvável que os oceanos Atlântico e Índico fechem-se na próxima movimentação de placas tectónicas. Os cálculos do supercomputador mostram também que a Austrália deverá colidir com a Ásia antes que ocorra a formação de Amásia.

“A Terra como a conhecemos será drasticamente diferente quando Amásia se formar. Espera-se que o nível do mar seja mais baixo e o vasto interior do supercontinente seja muito árido, com altas temperaturas diárias“, disse o coautor Zheng-Xiang Li.

“Atualmente, a Terra tem sete continentes com ecossistemas e culturas humanas muito diferentes, por isso seria fascinante pensar como o mundo será daqui a 200 a 300 milhões de anos”, acrescentou.

Os resultados do estudo foram recentemente publicados na revista National Science Review.

 

in ZAP

segunda-feira, março 14, 2022

O geólogo Alexander du Toit nasceu há 144 anos

  
Alexander Logue Du Toit, (Rondebosch, 14 de março de 1878 - Cidade do Cabo, 25 de fevereiro de 1948), foi um famoso geólogo sul africano, cujo trabalho contribuiu para a maior aceitação da teoria da deriva continental das placas tectónicas.
Biografia
Du Toit nasceu em Rondebosch, perto da Cidade do Cabo, na África do Sul. Estudou Geologia na Universidade da Cidade do Cabo e no Royal Technical College, em Glasgow, na Escócia. Foi também professor no Royal College of Science, em Londres, Inglaterra. Entre 1903 e 1920, ao serviço da Geological Commission of the Cape of Good Hope (Comissão de Geologia do Cabo da Boa Esperança), realizou um extenso trabalho de cartografia do seu próprio país. Algum tempo depois, em 1923, Du Toit viajou para a América do Sul onde efectuou um meticuloso trabalho que o levou a concluir que as rochas naquele continente eram muito similares às encontradas em África.
Este estudo veio dar maior consistência à teoria expressa em dois artigos publicados em 1912 pelo meteorologista alemão Alfred Lothar Wegener, então com 32 anos de idade. Baseado em evidências geológicas, paleontológicas e geométricas, Wegener defendia que, até há 200 milhões de anos, os continentes estavam reunidos num único supercontinente, designado Pangeia (do grego: toda a Terra), e que, nessa ocasião, se teria iniciado um processo de fragmentação e deriva.
Alexander Du Toit, tornou-se um dos mais activos defensores das ideias de Wegener e, depois de anos de estudo, propôs que a Pangeia se teria fracturado em duas grandes massas continentais. Inicialmente descreveu as suas descobertas num livro publicado em 1927, intitulado "A Geological Comparison of South America and Africa" (Comparação Geológica da América do Sul e de África), onde sugeria que os dois continentes haviam estado unidos. Du Toit aprofundou a ideia num novo livro intitulado "Our Wandering Continents: An Hypothesis of Continental Drift" (Os Nossos Continentes Errantes: Uma Hipótese de Deriva Continental), em 1937. Nesta obra, propôs que, após uma fragmentação inicial de Pangeia, se formaram dois blocos continentais distintos. Os actuais continentes do hemisfério sul haviam outrora estado juntos num único supercontinente, a que chamou Gondwana, e os continentes do hemisfério norte também haviam estado unidos num outro supercontinente que designou de Laurásia. Esta teoria é hoje amplamente aceite entre os geólogos.
Du Toit faleceu em 25 de fevereiro de 1948, na Cidade do Cabo, no seu país natal.
Uma cratera de 75 quilómetros de diâmetro no planeta Marte foi designada Du Toit em homenagem ao trabalho deste geólogo e cientista de renome mundial.
 
 
  

domingo, março 14, 2021

O geólogo Alexander du Toit nasceu há 143 anos

  
Alexander Logue Du Toit, (Rondebosch, 14 de março de 1878 - Cidade do Cabo, 25 de fevereiro de 1948), foi um famoso geólogo sul africano, cujo trabalho contribuiu para a maior aceitação da teoria da deriva continental das placas tectónicas.
Biografia
Du Toit nasceu em Rondebosch, perto da Cidade do Cabo, na África do Sul. Estudou Geologia na Universidade da Cidade do Cabo e no Royal Technical College, em Glasgow, na Escócia. Foi também professor no Royal College of Science, em Londres, Inglaterra. Entre 1903 e 1920, ao serviço da Geological Commission of the Cape of Good Hope (Comissão de Geologia do Cabo da Boa Esperança), realizou um extenso trabalho de cartografia do seu próprio país. Algum tempo depois, em 1923, Du Toit viajou para a América do Sul onde efectuou um meticuloso trabalho que o levou a concluir que as rochas naquele continente eram muito similares às encontradas em África.
Este estudo veio dar maior consistência à teoria expressa em dois artigos publicados em 1912 pelo meteorologista alemão Alfred Lothar Wegener, então com 32 anos de idade. Baseado em evidências geológicas, paleontológicas e geométricas, Wegener defendia que, até há 200 milhões de anos, os continentes estavam reunidos num único supercontinente, designado Pangeia (do grego: toda a Terra), e que, nessa ocasião, se teria iniciado um processo de fragmentação e deriva.
Alexander Du Toit, tornou-se um dos mais activos defensores das ideias de Wegener e, depois de anos de estudo, propôs que a Pangeia se teria fracturado em duas grandes massas continentais. Inicialmente descreveu as suas descobertas num livro publicado em 1927, intitulado "A Geological Comparison of South America and Africa" (Comparação Geológica da América do Sul e de África), onde sugeria que os dois continentes haviam estado unidos. Du Toit aprofundou a ideia num novo livro intitulado "Our Wandering Continents: An Hypothesis of Continental Drift" (Os Nossos Continentes Errantes: Uma Hipótese de Deriva Continental), em 1937. Nesta obra, propôs que, após uma fragmentação inicial de Pangeia, se formaram dois blocos continentais distintos. Os actuais continentes do hemisfério sul haviam outrora estado juntos num único supercontinente, a que chamou Gondwana, e os continentes do hemisfério norte também haviam estado unidos num outro supercontinente que designou de Laurásia. Esta teoria é hoje amplamente aceite entre os geólogos.
Du Toit faleceu em 25 de fevereiro de 1948, na Cidade do Cabo, no seu país natal.
Uma cratera de 75 quilómetros de diâmetro no planeta
 Marte foi designada Du Toit em homenagem ao trabalho deste geólogo e cientista de renome mundial.
 
 
  

terça-feira, setembro 15, 2020

Uma interessante máquina do tempo virtual cartográfica

Mapa interativo permite descobrir onde se localizavam as cidades há milhões de anos
  


   
O paleontólogo californiano Ian Webster criou um mapa interativo que permite que as populações percebam como é que as cidades, onde vivem hoje em dia, se deslocaram ao longo dos últimos 750 milhões de anos através do afastamento das placas tectónicas.
À CNN, Ian Webster diz que “este mapa mostra que o nosso planeta é dinâmico e pode mudar”, explicando que nada daquilo que conhecemos é igual ao que foi no passado, ou ao que será no futuro. “A história da Terra é muito complexa, e a estrutura atual das placas tectónicas e dos continentes é um acidente do tempo. Será muito diferente no futuro”, argumenta.
O mapa online apresenta uma série de ferramentas que facilitam a descoberta de mais detalhes sobre Terra, como por exemplo, perceber onde viveram os primeiros répteis, ou quando nasceu a primeira flor.
Webster construiu o mapa como uma aplicação da web, que é colocada em cima de outro mapa que visualiza modelos geológicos, criados pelo geólogo e paleogeógrafo Christopher Scotese. A parceria dos dois, em diferentes áreas de conhecimento permitiu desenvolver de forma eficaz o mapa.
Os modelos de Scotese mostram o desenvolvimento das placas tectónicas desde há 750 milhões de anos atrás. O site de Webster também utiliza GPlates, um software usado por geólogos para visualizar reconstruções de placas e dados associados ao longo do tempo geológico.
A invenção de Webster permite que os utilizadores indiquem a sua localização e, em seguida, conectem essa localização em modelos de placas tectónicas. Assim os utilizadores podem ver onde é que as suas cidades estavam localizadas há centenas de milhões de anos no super continente Pangeia.
O paleontólogo explica como funciona a sua aplicação: “O meu software geocodifica a localização do utilizador e, em seguida, usa os modelos de Scotese para encontrar a sua cidade no tempo”.
Ao pesquisar um local no mapa, o globo 3D giratório do site vai indicar onde é que esse sítio estava localizado há milhões de anos, mostrando também que espécies de dinossauros viviam nas proximidades da zona.
“O mapa ilustra dados científicos complexos e interessantes, que podem ser usados de forma interativa por professores, ou por qualquer pessoa interessada em história e em ciência”, garante Webster.
O trabalho que desenvolveu tem como objetivo “despertar o fascínio e o respeito dos cientistas que trabalham todos os dias para entender melhor o nosso mundo e o seu passado”, revela, orgulhoso, o paleontólogo americano.
  
in ZAP.pt

sexta-feira, fevereiro 15, 2019

Notícia sobre a futura Pangeia

Pangeia foi o último supercontinente. Nova Pangeia pode ser o próximo


O nosso planeta já foi a casa de supercontinentes como o Gondwana ou a Pangeia, que se separaram há milhões de anos e formaram os continentes da forma como os conhecemos hoje. No entanto, uma nova investigação sugere que pode voltar a existir um novo supercontinente num futuro distante.
A camada externa da Terra, a crosta sólida sobre a qual andamos, é composta por pedaços quebrados. Cada um desses pedaços – as placas tectónicas – movem-se pelo planeta a velocidades de poucos centímetros por ano.
Esses movimentos lentos fazem com que as placas tectónicas se juntem e se combinem, formando um supercontinente, que permanece junto durante algumas centenas de milhões de anos antes de se voltar a separar. Nesse momento, as placas dispersam-se e afastam-se umas das outras até que se voltam a unir, entre 400 e 600 milhões de anos depois.
O último supercontinente, a Pangeia, formou-se há cerca de 310 milhões de anos e começou a desintegrar-se há cerca de 180 milhões de anos. Agora, uma investigação sugere que o próximo supercontinente irá formar-se daqui a 200 milhões de anos – ou seja, estamos, atualmente, a meio da fase de dispersão do atual ciclo do continente.
Mas a questão que se impõem é: que forma terá este novo supercontinente?
Os especialistas sugerem quatro cenários possíveis para a formação do próximo supercontinente: Nova Pangeia, Pangeia Última, Aurica e Amasia. A forma do próximo supercontinente está dependente e inteiramente ligada à desintegração da Pangeia e da forma como, atualmente, as placas tectónica se movem.
O colapso da Pangeia levou à formação do oceano Atlântico, que ainda hoje continua a expandir-se. Consequentemente, o oceano Pacífico está a ficar cada vez mais estreito.
O Pacífico é o lar de um anel de zonas de subducção ao longo das suas bordas (o “anel de fogo”), onde o solo oceânico é subduzido sob placas continentais. Lá, o antigo leito oceânico é reciclado e pode entrar em plumas vulcânicas.
O Atlântico, em contraste, tem uma grande cadeia oceânica que produz uma nova placa oceânica, mas abriga apenas duas zonas de subducção: o Arco das Pequenas Antilhas, no Caribe, e o Arco Scotia, entre a América do Sul e a Antártida.
 
 
Nova Pangeia
Se assumirmos que as condições atuais vão persistir, isto é, que o Atlântico se vai continuar a expandir e o Pacífico a diminuir, temos um cenário no qual o próximo supercontinente se forma nos antípodas do Pangeia.
Por outras palavras, a América do Sul colidiria com a Antártida e com a Austrália e a América do Norte com a Eurásia, que já estará colada com a África.
Assim, o supercontinente que se formaria seria a Nova Pangeia, que ganhou este nome por ser muito semelhante à Pangeia original.
     
Pangeia Última
No entanto, a expansão do Atlântico pode desacelerar, havendo até a hipótese de o Atlântico começar a fazer o oposto: a retrair-se.
Neste cenário, a América do Norte ligar-se-ia à África, que já estaria junto da Eurásia. Por sua vez, a América do Sul estaria bem próxima da Antártida e existiria um grande oceano no meio do continente. Além disso, este supercontinente seria cercado por um super oceano Pacífico.
  
Aurica
Mas se o Atlântico desenvolver novas zonas de subducção – algo que pode já estar a acontecer – tanto o oceano Pacífico como o próprio Atlântico podem estar condenados a deixar de existir.
Neste cenário, seria aberto um enorme buraco do oeste da Índia até ao Ártico. A Austrália iria para o norte e seria englobada por parte da Ásia, Antártica e Américas. Por fim, a Europa e a Ásia ligar-se-iam ao outro lado do continente americano.

  
Amasia
Esta é a hipótese mais remota, mas existe, dado que muitas placas tectónicas estão a mover-se para norte do planeta graças às anomalias causadas pela Pangeia. Desta forma, todos os continentes se moveriam para o norte, com a exceção da Antártida.

   
Destes quatro cenários, a investigação aponta que o cenário mais provável de acontecer é o da Nova Pangeia, enquanto que os demais só ocorreriam com a influência de uma série de fatores, adianta o The Conversation.

quarta-feira, março 14, 2018

O geólogo Alexander du Toit nasceu há 140 anos

Alexander Logue Du Toit, (Rondebosch, 14 de março de 1878 - Cidade do Cabo, 25 de fevereiro de 1948), foi um famoso geólogo sul africano, cujo trabalho contribuiu para a maior aceitação da teoria da deriva continental das placas tectónicas.
Biografia
Du Toit nasceu em Rondebosch, perto da Cidade do Cabo, na África do Sul. Estudou Geologia na Universidade da Cidade do Cabo e no Royal Technical College, em Glasgow, na Escócia. Foi também professor no Royal College of Science, em Londres, Inglaterra. Entre 1903 e 1920, ao serviço da Geological Commission of the Cape of Good Hope (Comissão de Geologia do Cabo da Boa Esperança), realizou um extenso trabalho de cartografia do seu próprio país. Algum tempo depois, em 1923, Du Toit viajou para a América do Sul onde efectuou um meticuloso trabalho que o levou a concluir que as rochas naquele continente eram muito similares às encontradas em África.
Este estudo veio dar maior consistência à teoria expressa em dois artigos publicados em 1912 pelo meteorologista alemão Alfred Lothar Wegener, então com 32 anos de idade. Baseado em evidências geológicas, paleontológicas e geométricas, Wegener defendia que, até há 200 milhões de anos, os continentes estavam reunidos num único supercontinente, designado Pangeia (do grego: toda a Terra), e que, nessa ocasião, se teria iniciado um processo de fragmentação e deriva.
Alexander Du Toit, tornou-se um dos mais activos defensores das ideias de Wegener e, depois de anos de estudo, propôs que a Pangeia se teria fracturado em duas grandes massas continentais. Inicialmente descreveu as suas descobertas num livro publicado em 1927, intitulado "A Geological Comparison of South America and Africa" (Comparação Geológica da América do Sul e de África), onde sugeria que os dois continentes haviam estado unidos. Du Toit aprofundou a ideia num novo livro intitulado "Our Wandering Continents: An Hypothesis of Continental Drift" (Os Nossos Continentes Errantes: Uma Hipótese de Deriva Continental), em 1937. Nesta obra, propôs que, após uma fragmentação inicial de Pangeia, se formaram dois blocos continentais distintos. Os actuais continentes do hemisfério sul haviam outrora estado juntos num único supercontinente, a que chamou Gondwana, e os continentes do hemisfério norte também haviam estado unidos num outro supercontinente que designou de Laurásia. Esta teoria é hoje amplamente aceite entre os geólogos.
Du Toit faleceu em 25 de fevereiro de 1948, na Cidade do Cabo, no seu país natal.
Uma cratera de 75 quilómetros de diâmetro no planeta Marte foi designada Du Toit em homenagem ao trabalho deste geólogo e cientista de renome mundial.