O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Filho do lavrador e comerciante José Anastácio Verde e de Maria da
Piedade dos Santos Verde, Cesário matriculou-se no Curso Superior de
Letras em 1873,
mas apenas o frequentou alguns meses. Ali conheceu Silva Pinto, que
ficou seu amigo para o resto da vida. Dividia-se entre a produção de
poesias (publicadas em jornais, destacando-se a revista Branco e Negro, entre 1896 e 1898) e as actividades de comerciante, herdadas do pai.
Em 1877
começou a ter sintomas de tuberculose, doença que já lhe roubara o irmão
e a irmã. Estas mortes inspiraram contudo um de seus principais poemas,
Nós (1884).
Tenta curar-se da tuberculose, mas sem sucesso, vem a falecer no dia 19 de julho de 1886. No ano seguinte Silva Pinto organiza O Livro de Cesário Verde, compilação da sua poesia publicada em 1887.
No seu estilo delicado, Cesário empregou técnicas impressionistas, com
extrema sensibilidade ao retratar a Cidade e o Campo, que são os seus
cenários predilectos. Evitou o lirismo tradicional, expressando-se de
uma forma mais natural.
I Num castelo deserto e solitário, Toda de preto, às horas silenciosas, Envolve-se nas pregas dum sudário E chora como as grandes criminosas. Pudesse eu ser o lenço de Bruxelas Em que ela esconde as lágrimas singelas. II É loura como as doces escocesas, Duma beleza ideal, quase indecisa; Circunda-se de luto e de tristezas E excede a melancólica Artemisa. Fosse eu os seus vestidos afogados E havia de escutar-lhe os seu pecados. III Alta noite, os planetas argentados Deslizam um olhar macio e vago Nos seus olhos de pranto marejados E nas águas mansíssimas do lago. Pudesse eu ser a Lua, a Lua terna, E faria que a noite fosse eterna. IV E os abutres e os corvos fazem giros De roda das ameias e dos pegos, E nas salas ressoam uns suspiros Dolentes como as súplicas dos cegos. Fosse eu aquelas aves de pilhagem E cercara-lhe a fronte, em homenagem. V E ela vaga nas praias rumorosas, Triste como as rainhas destronadas, A contemplar as gôndolas airosas, Que passam, a giorno iluminadas. Pudesse eu ser o rude gondoleiro E ali é que fizera o meu cruzeiro. VI De dia, entre os veludos e entre as sedas, Murmurando palavras aflitivas, Vagueia nas umbrosas alamedas E acarinha, de leve, as sensitivas. Fosse eu aquelas árvores frondosas, E prendera-lhe as roupas vaporosas. VII Ou domina, a rezar, no pavimento Da capela onde outrora se ouviu missa, A música dulcíssima do vento E o sussurro do mar, que se espreguiça. Pudesse eu ser o mar e os meus desejos Eram ir borrifar-lhe os pés, com beijos. VIII E às horas do crepúsculo saudosas, Nos parques com tapetes cultivados, Quando ela passa curvam-se amorosas As estátuas dos seus antepassados. Fosse eu também granito e a minha vida Era vê-la a chorar arrependida. IX No palácio isolado como um monge, Erram as velhas almas dos precitos, E nas noites de inverno ouvem-se ao longe Os lamentos dos náufragos aflitos. Pudesse eu ter também uma procela E as lentas agonias ao pé dela! X E às lajes, no silêncio dos mosteiros, Ela conta o seu drama negregado, E o vasto carmesim dos reposteiros Ondula como um mar ensanguentado. Fossem aquelas mil tapeçarias Nossas mortalhas quentes e sombrias. XI E assim passa, chorando, as noites belas, Sonhando uns tristes sonhos doloridos, E a refletir nas góticas janelas As estrelas dos céus desconhecidos. Pudesse eu ir sonhar também contigo E ter as mesmas pedras no jazigo! ............................... XII Mergulha-se em angústias lacrimosas Nos ermos dum castelo abandonado, E as próximas florestas tenebrosas Repercutem um choro amargurado. Uníssemos, nós dois, as nossas covas, Ó doce castelã das minhas trovas!
in O Livro de Cesário Verde (1901) - Cesário Verde
George Harrison (Liverpool, 25 de fevereiro de 1943 - Los Angeles, 29 de novembro de 2001) foi um artista inglês, cuja carreira abrangeu diversas áreas. Músico, compositor, ator e produtor de cinema, Harrison atingiu fama internacional como guitarrista dos Beatles. Por vezes referido como "o Beatle calmo", Harrison, com o passar do tempo, tornou-se um admirador do misticismo indiano, introduzindo-o nos Beatles, assim como aos seus fãs no Ocidente. Após a dissolução da banda, ele teve uma bem-sucedida carreira a solo; posteriormente, também obteve sucesso como membro dos Traveling Wilburys e como produtor de cinema e musical. Harrison ocupa a 11ª posição da lista "Os 100 Maiores Guitarristas de Todos os Tempos", da revista Rolling Stone.
Ainda que a maioria das músicas dos Beatles tenham sido sobretudo compostas por Lennon e McCartney, os álbuns do grupo, a partir de With the Beatles (1963), geralmente incluíam uma ou duas músicas da autoria de Harrison. As suas últimas composições com o grupo incluíram "Here Comes the Sun", "Something" e "While My Guitar Gently Weeps". À época do fim da banda, Harrison havia acumulado uma grande quantidade de material, lançado em seu aclamado álbum triplo All Things Must Pass, de 1970, do qual saíria o single "My Sweet Lord". Em complemento à sua carreira solo, Harrison co-escreveu, junto de Ringo Starr, duas músicas de sucesso, assim como músicas para os Traveling Wilburys - o supergrupo formado por ele, Bob Dylan, Tom Petty, Jeff Lynne e Roy Orbison, em 1988.
Além de músico, Harrison também foi um produtor musical e co-fundador da HandMade Films. No seu trabalho como produtor de cinema colaborou com artistas como os Monty Phyton e a cantora e atriz Madonna.
Em 20 de novembro de 2014, a viúva de Paco recebeu um prémio póstumo atribuído ao marido, juntamente com os dois filhos do casal, em Las Vegas, nos Estados Unidos, na 15ª edição do Grammy Latino. O prémio foi o de melhor álbum do ano pelo seu disco Canción Andaluza.
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Paco era o mais novo de cinco irmãos, filhos do também guitarrista de flamenco Antonio Sánchez, com quem aprendeu a tocar guitarra. Tem ascendência portuguesa por parte de mãe.
Em Algeciras, e de uma forma geral na maior parte da Andaluzia, é costume os rapazes adoptarem o nome da mãe por forma a serem corretamente identificados, como, por exemplo, "Paco de (la) Carmen," ou "Paco de (la) María". Deste modo, o seu nome artístico foi adotado em honra da sua mãe Lúcia, de origem portuguesa e nascida em Castro Marim.
Alfredo Rodrigo Duarte (Lisboa, 25 de fevereiro de 1891 - Lisboa, 26 de junho de 1982) mais conhecido como Alfredo Marceneiro, devido à sua profissão, foi um fadistaportuguês que marcou uma época, detentor de uma voz inconfundível, tornando-se um marco deste género da canção em Portugal. Embora o bilhete de identidade refira a data acima, o seu nascimento pode ter acontecido, de facto, a 29 de fevereiro de 1888.
Vida
Alfredo Marceneiro nasceu na freguesia de Santa Isabel em Lisboa, e foi-lhe posto o nome de batismo de Alfredo Rodrigo Duarte.
Era filho de uma família muito humilde, oriunda do Cadaval. Com a morte do pai teve que deixar a escola primária. Começou então a trabalhar como aprendiz de encadernador para ajudar o sustento da sua mãe e irmãos.
Desde pequeno, sentia grande atracção para a arte de representar e para a música. Junto com amigos começou a dar os primeiros passos cantando o fado em locais populares começando a ser solicitado pela facilidade que cantava e improvisava a letra das canções.
Um dia, conheceu Júlio Janota, fadista improvisador, de profissão marceneiro que o convenceu a seguir esse ofício que lhe daria mais salário e mais tempo disponível para se dedicar à sua paixão.
Alfredo Marceneiro era um rapaz vaidoso. Andava sempre tão bem vestido que ganhou a alcunha de Alfredo Lulu. Era, também, muito namoradeiro; apaixonou-se por várias raparigas, chegando a ter filhos com duas delas. As aventuras terminaram quando conheceu Judite, amor que durou até à sua morte e com o qual teve três filhos.
Em 1924, participa no Teatro São Luiz, em Lisboa, na sua primeira Festa do Fado e ganha a medalha de prata num concurso de fados.
Nos anos 30, Alfredo Marceneiro trabalhou nos estaleiros da CUF, onde fazia móveis para navios. Dividia o seu tempo entre as canções e o trabalho. A sua presença nas festas organizadas pelos operários era sempre motivo de alegria.
Em 3 de janeiro de 1948, foi consagrado o Rei do Fado no Café Luso.
Reformou-se em 1963, após uma carreira recheada de sucessos, numa grande festa de despedida no Teatro São Luiz.
Dos muitos temas que Alfredo Marceneiro cantou destaca-se A Casa da Mariquinhas, de autoria do jornalista e poeta Silva Tavares.
Faleceu no dia 26 de junho de 1982, com 91 anos, na mesma freguesia que o viu nascer.
O seu Pai é descendente de japoneses e a sua mãe é descendente de alemães.
Aos 16 anos, foi morar em São Paulo e na mesma época, quando começou a trabalhar com ilustrações, passando a assinar os seus trabalhos como Luísa LoveFoxxx.
Em 2003, enquanto trabalhava como designer gráfica de estilo para as marcas Triton e Fórum, entrou para a banda Cansei de Ser Sexy e, posteriormente, deixou o emprego para dedicar-se unicamente ao grupo. O sexteto foi contratado em 2005 pela Trama e no ano seguinte, pelo selo americano Sub Pop, berço de bandas como Nirvana e Mudhoney.
Foi apresentadora do programa Music Box no SBT e em 2006, assinou as ilustrações de uma coleção de sandálias Melissa, assim como o novo design da fachada das lojas. Também ganhou uma coluna na revista Capricho.
Foi escolhida em 2007 pela revista especializada NME como uma das três personalidades mais "cool" do mundo. Em 2008 foi capa de abril da importante revista inglesa de cultura jovem Dazed & Confused. Em 2013 cantou e participou do single "Flowers", com bEEdEEgEE.
Na sua obra, são famosos alguns dos poemas que compôs para a voz de Amália Rodrigues, como Sombra, Maria Lisboa, Nome de Rua, Fado Peniche e sobretudo Barco Negro, entre outros.
A 13 de julho de 1981 é condecorado com o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada. Em 1996
recebe o Prémio de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores e, no
mesmo ano, a 3 de junho, é elevado a Grã-Cruz da Ordem Militar de
Sant'Iago da Espada.
Do primeiro casamento, com Maria Eulália, sobrinha de Valentim de
Carvalho, teve dois filhos, David João e Adelaide Constança, que lhe
deram 11 netos e netas.
Permaneceu durante a maior parte de sua vida no PSI. Ascendeu rapidamente no partido. Em 1968 foi eleito deputado e imediatamente foi nomeado vice-secretário nacional.
Em 1976, em plena crise interna, foi eleito secretário-geral em substituição de Francesco De Martino.
Inicia assim a sua longa liderança do PSI, embora inicialmente fosse considerado um
"secretário de transição" pela velha guarda socialista.
Em 1983 foi eleito primeiro-ministro com o apoio da aliança formada pelo PSI, DC, PSDI, PRI e PLI. Entre suas principais políticas destacaram-se a assinatura de uma nova concordata com a Santa Sé, em 1984, em que o catolicismo deixou de ser a religião oficial de Itália, e ainda a entrada de Itália no G7 e uma nova política de impostos.
A corrente política de Craxi dominava completamente o PSI, havendo uma pequena corrente mais esquerdista do PSI, dirigida por Riccardo Lombardi,
que o acusava de ser de direita. Este domínio quase absoluto
permitiu a Craxi levar o partido às suas posições moderadas dentro da social-democracia.
A sua queda ocorreu em 1992, com a iniciativa judicial denominada Operação Mãos Limpas,
que tentou acabar com a corrupção imperante na política italiana.
Craxi, apontado entre os corruptos, teve que se demitir de seu cargo,
num PSI que não demoraria a desaparecer.
Craxi muda-se para a Tunísia, fugindo da justiça italiana, morrendo em 2000, numa cidade junto ao mar, Hammamet.
Fehn, nasceu em Des Moines, Iowa. Antes de entrar nos Slipknot, ele jogou como jogador de futebol americano na equipa da Wayne State University. Ele juntou-se à banda em abril de 1997, substituindo o percussionista Greg Welts, que foi forçado a sair do Slipknot após devido a conflitos pessoais com o baterista Joey Jordison, por causa de Welts namorar a irmã de Jordison.
Bem como emprestar o seu talento à percussão na banda, Fehn faz coros nos Slipknot e também é fundamental no apoio executados ao vivo nos palcos. Fora do Slipknot, Fehn é um jogador muito forte, e estava em evidências sobre a banda do DVD de 2006, Voliminal: Inside the Nine, onde ele é entrevistado enquanto jogava golfe. Fehn descreve-se como um "grande fã da banda", e diz dos Slipknot, "o mundo precisava de algo assim."
(...)
Fehn usa uma máscara, que tem sido visto em várias cores e estilos, sempre com o nariz lembrando o do Pinóquio; o nariz tem cerca de 19 cm de comprimento. Ele usa seis variações de máscara, a sua mais conhecida é uma de couro, utilizada durante a época Iowa. Outra bem conhecida de Fehn é a vermelha, que foi utilizada principalmente durante o Vol. 3: (The Subliminal Verses) World Tour. Fehn atualmente usa duas variações para o All Hope Is Gone. A primeira é, como as outras máscaras, uma máscara com uma cabeça cheia e rosto vermelho. A segunda é uma que só cobre o rosto, mostrando o seu longo cabelo loiro.
A máscara do Fehn tem um design parecido com a usado pelos médicos durante a Peste Negra na Idade Média, onde o nariz estava cheio de ervas, para proteger os médicos que a usavam contra a inalação do fumo da morte. Outra influência amplamente discutida é a possibilidade da máscara a ser baseada na que foi usada por Alex e os seus amigos, durante a cena de violação, em 1971, no filme A Clockwork Orange (Laranja Mecânica). Uma terceira ideia sobre a origem da máscara é que vem da Commedia dell'Arte, um tipo de teatro italiano, que teve ampla popularidade entre os séculos XV e XVIII. A quarta ideia da origem da máscara é o personagem Pinóquio. Nos bastidores do segundo show dos Slipknot no Ozzfest, Fehn falou das características da máscara, dizendo: "Esta máscara reflete a minha personalidade cómica. Eu a escolhi para mostrar a ideia de cativeiro. Quando eu a coloco, levo-te para um outro local. Muito quente, é muito apertado, e que até a dor vai junto com a agressão que criamos." Em mais uma recente entrevista em Londres, Fehn alegou que, "O cheiro fica pior, cheira a vómito, suor e urina!" Numa entrevista a um programa de TV britânico, Fehn passou a ser apelidado de Cockface McGinty após os comentários de Mark Lamarr.
Il se rend en Italie (selon une légende, pour faire des études d'architecture), mais il tombe sous l'influence du compositeur Giacomo Carissimi. Il restera marqué par le style italien et sera le seul avec Jean-Joseph Cassanéa de Mondonville en France à aborder l'oratorio.
En 1672, Molière se brouilla avec Jean-Baptiste Lully. Il proposa à Charpentier de remplacer ce dernier pour composer la musique de ses comédies-ballets au Théâtre-Français. C'est ainsi que Charpentier composa de la musique pour les entractes de Circé et d'Andromède, ainsi que des scènes chantées dans le Mariage forcé, puis Le Malade imaginaire.
À la mort de Lully, en 1687, les compositeurs français peuvent enfin composer des opéras (Lully ayant « inventé » l'opéra français, il avait interdit aux autres compositeurs français d'en composer et d'en faire représenter tant qu'il serait vivant). En 1693-1694, Charpentier compose alors Médée, sur un poème de Thomas Corneille. C'est un échec, qui sera déterminant dans sa carrière de compositeur : il se consacrera désormais à la musique religieuse.
À la mort de Mademoiselle de Guise en 1688, Charpentier fut employé par les jésuites dans leurs établissements parisiens. Il devient maître de musique du collège Louis-le-Grand, puis de l'église Saint-Louis, rue Saint-Antoine. C'est à cette époque qu'il composa la majeure partie de son œuvre sacrée.
En 1698, Charpentier fut nommé maître de musique des enfants de la Sainte-Chapelle du Palais.
Sa musique issue d'un mélange des styles français et italien, auxquels elle emprunte de nombreux éléments.
Sa sœur Madame Jean Edouard, habitait rue Saint-André-des-Arts, elle était paroissienne du père Mathieu, curé de l'Église Saint-André-des-Arts, italianiste qui donnait des concerts chez lui toutes les semaines, auxquels Marc-Antoine participait volontiers.
Marc-Antoine Charpentier fut presque complètement oublié jusqu'en 1953, lorsqu'il fut révélé par son Te Deum, dont l'ouverture orchestrale sert d'indicatif à l'Eurovision. C'est à Carl de Nys que l'on doit la redécouverte de ce Te Deum, qui devint également l'hymne du Tournoi des Six Nations. La firme naissante Erato avait accepté d'en assurer l'enregistrement.
À partir des années 1950, l'œuvre de Charpentier fut ainsi ressuscitée par Claude Crussard, Guy Lambert, Louis Martini et Jean-François Paillard. Dans les années 1970, Michel Corboz puis Jean-Claude Malgoire assurèrent à leur tour de nombreux enregistrements. Aujourd'hui, la moitié de son œuvre environ a été enregistrée. Catherine Cessac est, de nos jours, illustrée par ses meilleures études concernant ce compositeur, avec la collaboration du Centre de Musique Baroque de Versailles. En 2005, ils sortirent un DVD Marc-Antoine Charpentier, un Automne musical à Versailles (Armide classics) pour célébrer le tricentenaire de sa mort. Le ministère de la culture et de la communication consacre un site commémoratif à Charpentier.
L'œuvre complète de Charpentier comprend 28 volumes autographes, soit plus de 500 pièces qu'il a pris soin de classer lui-même. Cette collection, appelée Mélanges, est l'un des plus beaux ensembles de manuscrits autographes musicaux de tous les temps. À sa mort, ses neveux Jacques Édouard et Jacques-François Mathas en héritèrent. En 1727, Jacques-Édouard vendit l'ensemble des manuscrits à la Bibliothèque Royale. La collection intégra le fonds de la Bibliothèque Nationale de France.
O reinado de José I é sobretudo marcado pelas políticas do seu primeiro-ministro, o Marquês de Pombal, que reorganizou as leis, a economia e a sociedade portuguesas, transformando Portugal num país moderno. A 1° de novembro de 1755, José I e a sua família sobrevivem à destruição do Paço Real no Terremoto de Lisboa por se encontrarem na altura a passear em Santa Maria de Belém. Depois desta data, José I ganhou uma fobia
de recintos fechados e viveu o resto da sua vida num complexo luxuoso
de tendas no Alto da Ajuda em Lisboa. Outro ponto alto do seu reinado
foi a tentativa de regicídio que sofreu a 3 de setembro de 1758 e o subsequente processo dos Távoras. Os Marqueses de Távora, o Duque de Aveiro e familiares próximos, acusados da sua organização, foram executados ou colocados na prisão, enquanto que a Companhia de Jesus foi declarada ilegal e os jesuítas expulsos de Portugal e das colónias.
Quando subiu ao trono, José I tinha à sua disposição os mesmos meios de
acção governativa que os seus antecessores do século XVII, apesar do
progresso económico realizado no país, na primeira metade do século
XVIII.
Esta inadaptação das estruturas administrativas, jurídicas e políticas
do país, juntamente com as condições económicas deficientes herdadas
dos últimos anos do reinado de João V,
vai obrigar o monarca a escolher os seus colaboradores entre aqueles
que eram conhecidos pela sua oposição à política seguida no reinado
anterior.
Diogo de Mendonça, Corte Real Pedro da Mota e Silva e Sebastião José de Carvalho e Melo
passaram a ser as personalidades em evidência, assistindo-se de 1750 a
1755 à consolidação política do poder central e ao reforço da posição
do marquês de Pombal, com a consequente perda de importância dos outros ministros.
Uma segunda fase, de 1756 a 1764, caracteriza-se pela guerra com a Espanha e a França, pelo esmagamento da oposição interna - expulsão dos Jesuítas, reforma da Inquisição e execução de alguns nobres acusados de atentarem contra a vida do rei, entre os quais o duque de Aveiro e o marquês de Távora -, e pela criação de grandes companhias monopolistas, como a do Grão-Pará.
Uma terceira fase, até 1772 é marcada por uma grande crise económica e,
até final do reinado, assiste-se à política de fomento industrial e
ultramarino e à queda económica das companhias monopolistas brasileiras.
Todo o reinado é caracterizado pela criação de instituições,
especialmente no campo económico e educativo, no sentido de adaptar o
País às grandes transformações que se tinham operado. Funda-se a Real Junta do Comércio, o Erário Régio, a Real Mesa Censória; reforma-se o ensino superior, cria-se o ensino secundário (Colégio dos Nobres, Aula do Comércio)
e o primário (mestres régios); reorganiza-se o exército. Em matéria de
política externa, José conservou a política de neutralidade adoptada
por seu pai. De notar ainda, o corte de relações com a Santa Sé, que durou 10 anos.
Sucedeu-lhe a filha, a futura rainha Maria I de Portugal (Maria
Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana de Bragança;
Lisboa, 17 de dezembro de 1734 - Rio de Janeiro, 20 de março de 1816)
que, antes de assumir o trono, foi Princesa do Brasil, Princesa da Beira
e duquesa de Bragança. A continuidade dinástica da Casa de Bragança ficou assegurada com o seu casamento com o irmão do Rei e tio da princesa, o futuro rei Pedro III de Portugal. O casamento foi realizado no Palácio de Nossa Senhora da Ajuda, em Lisboa, a 6 de julho de1760.
Dado o casal já ter filhos quando Maria ascendeu ao trono, passou a
ser o rei-consorte D. Pedro III, sendo ainda o 19.º duque de Bragança,
16º duque de Guimarães e 14.º duque de Barcelos, 12.º marquês de Vila
Viçosa, 20º conde de Barcelos, 16.º conde de Guimarães, de Ourém, de
Faria, e de Neiva, 22.º conde de Arraiolos. Tiveram quatro filhos e
três filhas.
SirEdward William Elgar, 1.º Baronete de Broadheath, (Broadheath, 2 de junho de 1857 - Broadheath, 23 de fevereiro de 1934) foi um compositor inglês de música clássica. Entre as suas composições mais conhecidas estão trabalhos orquestrais como Enigma Variations, as Pomp and Circumstance Marches, concertos para violino e violoncelo, e duas sinfonias. Também compôs trabalhos corais, incluindo The Dream of Gerontius, música de câmara e canções. Foi nomeado Master of the King's Musick em 1924.
Apesar de Elgar ser visto como um típico compositor inglês, a maioria das suas influências musicais tinham origem na Europa continental. Ele sentia-se um forasteiro, não apenas numa perspectiva musical, mas socialmente. Nos círculos musicais dominados por académicos, ele era um compositor auto-didacta; num Reino Unidoprotestante, o seu catolicismo era visto com alguma desconfiança; e num período vitoriano e eduardiano em que a sociedade estava dividida por classes, Elgar tinha plena consciência sobre as suas origens humildes, mesmo depois de ser reconhecido. Ainda assim, casou com a filha de um oficial do exército britânico. Ela inspirou-o tanto ao nível musical como social, mas trabalhou para atingir o sucesso até aos seus quarenta anos quando, depois de uma série de trabalhos menos bem-sucedidos, o seu Enigma Variations (1899) tornou-se muito popular, tanto na Grã-Bretanha, como além-mar. No seguimento deste trabalho, compôs um trabalho coral, The Dream of Gerontius (1900), com base num texto católico que tinha causado algum desconforto no sistema anglicano na Grã-Bretanha; no entanto, esta obra veio a tornar-se, e assim continua, parte do repertório coral deste país e não só. Os seus outros trabalhos corais religiosos também foram bem recebidos, mas sem o mesmo sucesso. A primeira das suas Pomp and Circumstance Marches (1901) é bem conhecida no mundo de língua inglesa.
Nos seus cinquenta anos de idade, Elgar compôs uma sinfonia e um concerto para violino que alcançaram um enorme êxito. A sua segunda sinfonia e concerto para violoncelo não obtiveram um êxito imediato junto do público, e demoraram alguns anos até serem incluídos, com regularidade, no repertório das orquestras britânicas. A música de Elgar, nos seus últimos anos de vida, foi tornando-se cada vez mais apelativa junto das audiências britânicas. Após a sua morte, e durante alguns anos, a sua música passou despercebida. Apenas da década de 1960, ajudada por novas gravações dos seus trabalhos, é que a sua música voltou a tocada com regularidade. Alguns dos seus trabalhos, em anos mais recentes, passaram a ser tocados a um nível internacional, mas a sua música continua a fazer mais parte do reportório britânico do que em outros países.
Elgar tem sido descrito como o primeiro compositor a levar a sério as gravações com um gramofone em disco de vinil. Entre 1914 e 1925, realizou uma série de gravações acústicas dos seus trabalhos. A introdução do microfone em 1925, tornou as gravações sonoras mais exactas, e Elgar fez novos registos da maioria dos seus principais trabalhos para orquestra e excertos de The Dream of Gerontius.
Biografia
Filho de um afinador de pianos, e rodeado de música e instrumentos musicais na loja do pai em na Worcester High Street, o jovem Edward foi auto-didacta em música. No Verão levava nos seus passeios música para estudar, iniciando uma forte ligação entre música e natureza.
Deixando a escola aos 15 anos, começou por trabalhar com um advogado local, mas, após um ano, enveredou por uma carreira musical, aprendendo piano e violino. Aos 22 anos tornou-se chefe de banda no Worcester and County Lunatic Asylum, perto de Worcerter. Foi primeiro violino nos festivais de Worcester e Birmingham, e chegou a tocar a Sexta Sinfonia e o Stabat Mater de Antonin Dvorak, sob a direcção do próprio compositor. Agradou-lhe especialmente, e influenciou-o bastante o estilo de orquestração de Dvorak.
Aos 29 anos, através da actividade de ensino, conheceu a sua futura mulher, Caroline Alice Robers, poetisa e escritora. Casaram-se três anos depois, contra a vontade da família dela, e a prenda de Edward para Caroline foi a peça para violino e piano, Salut d'amour. Os Elgars passaram a residir em Londres, centro da vida musical inglesa. Após algum tempo, constataram que não podiam subsistir apenas com o trabalho de compositor de Edward, pelo que ele retomou o ensino de música.
Durante a década de 1890, século XIX, Elgar construiu uma sólida reputação como compositor, especialmente de obra vocal para os festivais musicais das Midlands. The Black Knight, King Olaf (1896), The Light of Life e Caractacus tiveram algum sucesso, o que lhe permitiu obter um lugar de editor musical.
Em 1899, aos 42 anos de idade, compôs o seu primeiro grande trabalho orquestral, as Variações Enigma, estreadas em Londres dirigidas por Hans Richter. Recebendo o aplauso geral, Elgar tornou-se o compositor britânico mais conhecido da época. Este trabalho intitula-se Variations on an Original Theme (Enigma). O enigma é que, embora haja treze variações do tema original ('enigma'), este nunca é ouvido. Em 1900 estreou em Birmingham a versão coral do poema do Cardeal NewmanThe Dream of Gerontius. Apesar da desastrosa estreia, a obra foi posteriormente reconhecida como uma das maiores de Elgar.
Entre 1902 e 1914 Elgar teve um sucesso estrondoso, visitou quatro vezes os Estados Unidos, e ganhou bastante dinheiro com os direitos da sua obra. Entre 1905 e 1908 foi Professor de Música na Universidade de Birmingham.
A sua Sinfonia No. 1 (1908) foi cem vezes tocada no primeiro ano. Com a chegada da I Guerra Mundial, a música de Elgar ficou um pouco fora de moda, e, depois de ficar viúvo, em 1920, pouco mais compôs. Pouco antes de falecer compôs o magnífico e elegíaco Concerto para Violoncelo, o que talvez sugira que Alice Elgar era a sua principal influência e impulsionadora do seu êxito.
Armado cavaleiro em 1904 e tornado baronete em 1931. Em 1932, trabalhou como o jovem e talentoso violinista Yehudi Menuhin, que na altura tinha apenas 16 anos de idade, na gravação do seu Concerto para violino.
No fim da vida iniciou uma ópera e aceitou a proposta da BBC para compor uma Terceira Sinfonia. Esta encomenda foi proposta pelo seu amigo George Bernard Shaw, a quem Elgar tinha dedicado a obra Severn Suite. A sua doença terminal impediu-o de a completar mas os esboços que deixou permitiram a Anthony Payne completá-la, ao estilo do compositor. Morreu no dia 23 de fevereiro de 1934 e foi enterrado na Abadia de Westminster. No espaço de apenas dois meses morreram outros dois importantes compositores ingleses – Gustav Holst e Frederick Delius.
Georg Friedrich Händel (Halle an der Saale, 23 de fevereiro de 1685 - Londres, 14 de abril de 1759) foi um célebre compositor da Alemanha, naturalizado cidadão britânico em 1726. Desde cedo mostrou notável talento musical, e a despeito da oposição de seu pai, que queria que fosse advogado, conseguiu receber ensino qualificado na arte da música. A primeira parte da sua carreira foi passada em Hamburgo, como violinista e maestro da orquestra da ópera local. Depois, dirigiu-se para a Itália, onde conheceu a fama pela primeira vez, estreando várias obras com grande sucesso e entrando em contato com músicos importantes. Em seguida foi indicado mestre de capela do Eleitor de Hanôver, mas pouco trabalhou para ele, e esteve na maior parte do tempo ausente, em Londres. O seu patrão mais tarde tornou-se rei da Inglaterra, como Jorge I, para quem continuou a compor. Fixou-se definitivamente em Londres, e ali desenvolveu a parte mais importante da sua carreira, como autor de óperas, oratórios e música instrumental. Quando adquiriu a cidadania britânica adotou uma versão anglicizada de seu nome, George Frideric Handel.
Tinha grande facilidade para compor, como prova a sua vasta produção, que compreende mais de 600 obras, muitas delas de grandes proporções, entre elas dezenas de óperas e oratórios em vários movimentos. A sua fama em vida foi enorme, tanto como compositor quanto como instrumentista, e mais de uma vez foi chamado de "divino" pelos seus contemporâneos. A sua música tornou-se conhecida em muitas partes do mundo, foi de especial importância para a formação da cultura musical britânica moderna, e desde a segunda metade do século XX tem sido recuperada com crescente interesse. Hoje ele é considerado um dos grandes mestres do barroco musical europeu.
A recusa do Rei em apoiar o golpe ajudou a abortá-lo ao longo da noite. Também destacou a atitude do presidente da Generalitat de Catalunha, Jordi Pujol, que pouco antes das dez da noite transmitia ao país pelas emissoras de Rádio Nacional e Rádio Exterior
uma alocução na qual apelava à tranquilidade. Até à uma da madrugada
houve diligências a partir do Hotel Palace, na proximidade do Congresso,
lugar eleito como centro de operações pelo general Aramburu Topete, então Diretor Geral da Guarda Civil e o general Sáenz de Santa Maria, pela sua vez Diretor Geral da Polícia Nacional. Por ali também passou o general Alfonso Armada,
parte do plano golpista, que pretendia, simulando negociar com os
assaltantes, propor-se como solução. O seu secreto plano de golpe,
emulando o general francês De Gaulle, fracassou perante a recusa de Tejero a que este presidisse um governo
do qual também fariam parte socialistas e comunistas. Mais tarde,
descobertos os seus planos, seria removido do seu posto de 2º Chefe do
Estado-Maior do Exército, pela sua implicação na conspiração golpista.
(...)
Por volta da uma da manhã de 24 de fevereiro, o Rei falou na televisão, vestido com uniforme de capitão-general, para se colocar contra os golpistas, defender a Constituição espanhola,
chamar à ordem as Forças Armadas, na sua qualidade de
comandante-em-chefe, e desautorizar Milans del Bosch. A partir desse
momento o golpe dá-se por fracassado. Milans del Bosch, isolado,
cancelou os seus planos às cinco da manhã e foi detido, enquanto Tejero
resistiu até ao meio-dia. Seria, porém, durante a manhã do dia 24 que os
deputados foram finalmente libertados.